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Conflitos Trabalhistas e Ação Judicial

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CONFLITOS TRABALHISTAS
Quanto às partes: a CLT usa a palavra “dissídios” (individuais e coletivos).
1 – Dissídios Individuais: conflito entre uma ou mais pessoas contra uma ou mais pessoas, postulando direitos próprios, interesses próprios, decorrentes de normas já existentes.
2 – Dissídios Coletivos: tratam de interesses abstratos, pertinentes a uma categoria. Direitos de pessoas indeterminadas representadas por um sindicato.
Quanto ao Objeto: 
1 – Conflitos de direito: garantia de emprego.
2 – Conflitos Econômicos: aumento de salário
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Quanto aos efeitos da sentença: 
1 – Declaratórios: declara a existência ou inexistência relação jurídica. Declaração de certeza de algo. Sempre fará uma declaração acerca de um objeto do processo. As sentenças condenatórias ou constitutivas também são declaratórias.
2 – Constitutivos: criam, extinguem ou modificam direitos. Ela reconhece um direito pré-existente.
3 – Condenatórios: envolvem obrigações de dar, fazer ou não fazer. Condena ao pagamento de algum direito.
4 - Sentenças mandamentais e executivas lato sensu: a doutrina tradicional não reconhece essa classificação e alegam que a sentença condenatória já abrangeria a mandamental e a executiva. Os doutrinadores modernos, a exemplo de Bezerra Leite aceitam. A sentença mandamental é a imposição de uma ordem de conduta para que um ato seja realizado. Já a executiva é a retirada do patrimônio do devedor para pagamento da obrigação. Uma é a ordem outra é a prática.
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Quanto à forma de solução dos conflitos:
1 – Mediação: quando um terceiro é chamado pelas partes para solucionar o conflito. 
2 – Arbitragem: A CLT é omissa. Lei 9.307/96 dispõe sobre a arbitragem. Sua decisão tem força coercitiva. A arbitragem não impede o acesso aos tribunais (art. 5º, XXXV da CF).
Vantagens: rapidez, segredo, menos burocracia, especialização técnica dos árbitros.
Desvantagens: custo elevado, árbitros podem ser parciais, confiança das partes.
O árbitro pode ser qualquer pessoa: padre, advogado, médico – tem que ter conhecimento e bom senso.
3 – Jurisdição: é o processo judicial como forma de solucionar conflitos – interferência do Estado.
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AÇÃO TRABALHISTA
É o direito de provocar o exercício da tutela jurisdicional pelo Estado, para solucionar dado conflito existente entre certas pessoas.
ELEMENTOS DA AÇÃO: os sujeitos, o objeto e a causa de pedir.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES INDIVIDUAIS:
1 – Quanto aos autores: individuais e coletivas;	
2 – Quanto à providência jurisdicional: antigamente a classificação era trinaria (3 – conhecimento, cautelar e executiva). Agora a doutrina moderna classifica em quinária (5 – conhecimento, cautelar, executiva, mandamentais e executivas lato sensu). 
3 – Quanto ao procedimento: 
3.1. Rito ordinário: + 40 SM.
3.2. Rito Sumaríssimo: - 40 SM.
3.3.Procedimentos Especiais: LEF, Cautelares, etc.
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CLASSIFICAÇÕES DAS AÇÕES COLETIVAS: 1 – Econômicos: tem por objeto a criação de novas condições de trabalho. Ex: aumento de salário; 2 – Jurídicos: interpretar certa norma. Ex: garantia de emprego.
CONDIÇÕES DA AÇÃO: seguimos a teoria tricotômica proposta por Liebman. 1 – Possibilidade jurídica do pedido; 2 – Interesse de agir; 3 – Legitimidade da parte.
PRESSUPOSTOS DA EXISTÊNCIA DO PROCESSO: 1 – Jurisdição: órgão para o qual é dirigida a ação. Tem que ter poder. 2 – Pedido: tem que haver pedido de direito ferido- petição inicial. 3 – Partes: alguém tem que ser prejudicado. Bezerra Leite ainda traz um quarto item: 4 – citação: sem a citação não existe processo. Antes da citação existe a ação, mas não existe o processo.
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PRESSUPOSTOS DE VALIDADE DO PROCESSO: 1 – Competência: cada órgão tem sua competência; 2 – Insuspeição: o juiz tem que ser imparcial; 3 – Inexistência de coisa julgada: não pode-se julgar ação já decidida; 4 – Inexistência de litispendência: se já existe uma ação com mesmo pedido, não pode haver outra idêntica; 5 – Capacidade Processual dos Litigantes: 18 anos são capazes. – 18 anos assistido pelos pais ou procuradores do Trabalho; 6 – Regularidade da Petição Inicial: tem que ter os requisitos necessários; 7 – Regularidade da Citação: citação não pode ser nula para que o processo seja válido. A inexistência de citação torna o processo inexistente e a citação nula invalida o processo; 8 – Perempção: art. 732 CLT – autor der causa a dois arquivamentos não poderá propor ação no período de 6 meses. Parte da doutrina não aceita esse pressuposto em virtude do art. 5º, XXXV da CF – inafastabilidade da jurisdição; 9 – ausência de tentativa de conciliação perante a CCP – art. 625 D CLT.
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ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS
ATOS: são os atos praticados no curso do processo. São classificados em: 1 - OBJETIVOS: atos postulatórios (inicial, reclamação oral, reduzida a termo, contestação reconvenção), atos de impulso (petições dando andamento ao feito, termos preparados pela própria secretaria), atos instrutores (quesitos, laudo do perito, colheita dos depoimentos) atos de provimento (despachos, decisões interlocutórias e sentenças) e 2 – SUBJETIVOS: atos das partes (petições), do juiz (sentença) e atos de terceiros (perícias).
Art. 770 da CLT – atos processuais - dias úteis das 6:00 às 20:00 hs.
Art. 813 CLT – audiência das 08:00 – 18:00 hs.
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Art. 172 do CPC – juiz pode autorizar prazos fora do expediente ou final de semana.
Prazos de recursos, impugnações: dentro do horário de expediente – 12:00 às 18:00 hs.
Os atos são públicos. A JT não envolve separação, divórcio, alimentos, mas será sigiloso se houver pedido da parte.
Existe o STDI – Sistema de Transmissão de Dados e Imagens, onde os advogados devem se cadastrar no site do TRT 12 para fazer petições eletrônicas. Para fins de aferição do cumprimento de prazo processual são tempestivas as petições eletrônicas integralmente recebidas até as 24h (vinte e quatro horas) do seu último dia. Fica limitado a 40 (quarenta) o número de páginas das petições enviadas nos termos desta Portaria, nele incluídos os anexos, se houver, respeitado, ainda, quanto ao sistema de peticionamento eletrônico, o limite de 4 Mb (quatro megabytes) por ato processual.
Fax Símile: não é mais aceito petições por fax – desde 01.12.2008.
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TST - Empresa perde prazo recursal por não observar limite de páginas aceitas pelo sistema E-Doc. O fato ocorreu quando a empresa interpôs recurso de revista no TRT da 24ª Região (MS), por meio do e-Doc, no último dia do prazo recursal, sem observar que o número de páginas do recurso excedia a limitação do sistema e, por isso, o documento foi rejeitado. Assim, quando a empresa interpôs novo recurso, em papel, ele estava intempestivo, ou seja, havia se esgotado o prazo. O relator do agravo de instrumento, ministro Fernando Eizo Ono, ressaltou que o peticionamento por meio do E-Doc é facultativo. Ao utilizá-lo, a empresa aceitou todas as condições previstas para a adesão do serviço, dentre elas a de observar o formato eletrônico estabelecido para o envio de petições. É o entendimento da Instrução Normativa nº 30/2007 do TST, que atribui ao usuário a responsabilidade pela edição da petição e anexos em conformidade com as restrições imposta pelo serviço. Processo: AIRR-88400-63.2009.5.24.0007 (TST)
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Pela lei do processo eletrônico – Lei 11.419/2006: a publicação eletrônica substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal. Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.  Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-se nos autos a sua realização. Nesta hipótese, nos casos em que a consulta se dê em dia não
útil, a intimação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte. A consulta deverá ser feita em até 10 (dez) dias corridos contados da data do envio da intimação, sob pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo.
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TERMO: é a redução a escrito de certos atos processuais praticados nos autos de um processo. Art. 771, 772 e 773 da CLT.
Por escrito, tinta, datilografados ou carimbo.
Assinado pelas partes ou procuradores ou juízes. Se a parte não puder assinar e não tiver procurador, assina duas testemunhas a rogo.
Se a parte se recusar ou assinar ata: juiz certifica.
Se não souber assinar: digital.
PRAZOS: é o período em que o ato processual deve ser praticado. Inexistindo na lei são 5 dias.
Podem ser: Legais: decorrem da lei: 8 dias para RO.
Judiciais: determinados pelo Juiz: impugnação em 10 dias.
Convencionais: determinados pelas partes: 15 dias para acordo.
Peremptórios: são fatais, improrrogáveis. Exceção: juiz pode prorrogar por justo motivo ou calamidade pública.
Prorrogáveis: juiz pode dilatar – laudo muito difícil.
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Suspensão do prazo: quando acaba a suspensão o prazo começa de onde parou. Interrupção do prazo: quando acaba a interrupção o prazo começa do início.
Contagem dos prazos: Contínuos. Exclui o dia do início e inclui o último - art. 775 CLT. 
NÃO É DA JUNTADA, MAS DA INTIMAÇÃO - art. 774 da CLT.
SÚMULA 262, I do TST – Se a intimação foi feita sábado, considera-se feita segunda e o prazo começa terça-feira.
Prazo em quádruplo para contestar e dobro para recorrer para Fazenda Pública – tem entendimentos que não se aplica e outro que se aplica.
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Recesso: 20 de dezembro a 06 de janeiro. Sérgio Pinto diz que não começa a recontagem do excedente após o recesso. Amauri Mascarro e o TST (S. 262, II) dizem que recomeça.
No recesso em regra não se pratica nenhum ato. Exceção: art. 173 do CPC – arresto, sequestro, penhora, etc.
A contagem dos prazos recursais fica suspensa durante o recesso forense, que vai de 20/12 a 6/1, não devendo este período ser considerado na hora de contabilizar o prazo final. Com essa justificativa, prevista na Súmula 262, item II, do Tribunal Superior do Trabalho, a Quarta Turma do TST determinou o processamento de embargos de declaração que foram apresentados por uma ex-funcionária da Fundação dos Economiários Federais (Funcef). O relator, ministro Fernando Eizo Ono, ressaltou que, no TST, prevalece o entendimento de que o recesso do Judiciário se equipara às férias forenses inclusive no primeiro e segundo graus de jurisdição. Assim, o prazo voltou a fluir apenas em 9/1/2012 (segunda-feira, dia útil, segundo dia do prazo) e findou em 12/1/2012 (quinta-feira, dia útil, quinto dia do prazo), afirmou. A decisão foi unânime. (RR-263300-06.2008.5.02.0061).
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Art. 191 do CPC: prazo em dobro para diferentes procuradores. Há um posicionamento dúbio pelo TST: Aqueles que entendem que é cabível, fundamentam pelo princípio da ampla defesa e do contraditório. Os que contrariam, baseiam na simplicidade e celeridade. Pinto Martins entende que não se aplica. Nelcy Luiz que se aplica. Para não perder o prazo é melhor não aplicar. 
OJ. 310 do TST: PRAZO EM DOBRO – INCOMPATIBILIDADE COM O PRINCÍPIO DA CELERIDADE. 
Jurisprudência contrária: “O art. 191 do CPC tem aplicação subsidiária nos processos que tramitam nesta Justiça Especializada, vez que não é incompatível com as normas trabalhistas (art. 769 da CLT). Logo, quando os litisconsortes forem representados por diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, recorrer e, de modo geral, para manifestar-se nos autos.” (TST, RR 476.391/98.4, Rel. Min Antônio Fábio Ribeiro, Ac. 5ª Turma)
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PRAZOS E O NOVO CPC
A regulamentação dos prazos processuais sofreu significativa alteração no chamado “Novo Código de Processo Civil” (NCPC):
A contagem de prazos em dias levará em conta apenas os dias úteis (art. 219, NCPC);
Admite-se expressamente a tempestividade de ato processual praticado antes do inicio do prazo (art. 218, Parágrafo 4o, NCPC), pondo fim a discussão sobre intempestividade/extemporaneidade dos embargos declaratórios prematuros;
Suspensão do curso dos prazos processuais, bem como a realização de audiências, no período compreendido entre 20 de dezembro e 20 de janeiro (art. 220, NCPC);
Abra-se a possibilidade, desde que exista anuência das partes, para o Juiz reduzir prazos peremptórios (art. 222, parágrafo 1o, NCPC);
Possuem prazo em dobro, apenas em dobro vale frisar, para manifestarem-se nos autos: o Ministério Público (art. 180, NCPC); A União, Estados, Distrito Federal, Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (art. 183, NCPC); a Defensória Pública, escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito e entidades que prestem assistência jurídica gratuita em razão de convênio firmado com a Defensoria Pública (art. 186, NCPC);
O Litisconsortes, com procuradores distintos, possuem prazo em dobro, desde que não sejam os advogados integrantes do mesmo escritório e que não se trate de processo em autos eletrônicos (art. 229, NCPC).
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COMUNICAÇÃO: atos emitidos pelo Boletim Eletrônico para os advogados. Para as partes primeiro pelo correio c/ AR, depois pelo Oficial de Justiça e por último por edital.
A comunicação deve ser feita para aquele que deve fazer o ato. 
A CLT usa a palavra “notificação” para todos os atos.
Parte deve ter pelo menos 5 dias para defesa.
A citação não precisa ser pessoal – pode ser feita no mesmo endereço.
Súmula 16 TST – presunção de entrega pelo correio em 48 hs. Cabe prova em contrário. Súmula 429 STJ – citação pelo correio precisa do AR comprovando entrega.
Art. 217 CPC – morte, casamento, etc. O réu tem que alegar nulidade, pois não tem como saber já que foi feito pelo correio.
Comunicação por Carta Precatória, Rogatória e de ordem.
Não existe citação por hora certa na JT.
No procedimento sumaríssimo não existe citação por edital.
Se o reclamado é citado por edital, não se nomeia curador.
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PARTES, PROCURADORES, TERCEIROS
Reclamante: autor. Reclamado: réu.
Alexandre Freitas Câmara: separa sujeitos da demanda de sujeitos do processo (mais amplo, pois outros podem surgir: MPT, assistência – simples ou litisconsorcial, etc.).
Outras denominações: suscitante e suscitado (dissídio coletivo). Recorrente e recorrido, agravante e agravado, exequente e executado, liquidante e liquidado, excipiente e excepto.
CAPACIDADE CIVIL: art. 3º e 4º CC.
CAPACIDADE PROCESSUAL: art. 792 CLT. No processo do trabalho pode trabalhar com dezesseis anos ou com catorze na condição de aprendiz.
Art. 439 CLT: dos 16 aos 18 pode firmar recibo, mas o TRCT tem que ser assistido pelos responsáveis. A partir dos 18 tem capacidade plena.
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CAPACIDADE POSTULATÓRIA: é aquela relacionada à postulação em juízo. No âmbito civil é dada ao advogado, salvo nos juizados especiais e juízo de paz.
IUS POSTULANDI: partes podem comparecer em juízo sem advogado. É desde a Vara até o TST – se tiver que fazer RE tem que ter advogado. Nos dissídios coletivos é obrigatória participação de advogado. Nas ações impetradas pelos herdeiros do empregado tem que ter advogado.
Problema: o art. 791 permite que a parte compareça em juízo sem advogado. O art. 133 da CF diz que é advogado é indispensável à administração da justiça. O problema está no caso do art. 133 CF ter revogado o art. 791 da CLT. 
Nas audiências a parte tem que comparecer pessoalmente. Ocorrerá revelia e confissão se o advogado comparecer e a parte não.
O empregado em caso de doença ou outro motivo comprovado pode fazer-se representar por outro empregado da mesma profissão ou pelo Sindicato. Art. 843, § 2º da CLT.
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REPRESENTAÇÃO: terceiro representando direito do autor ou do réu. Estar no lugar de alguém, desempenhar o papel que lhe é confiado. Ex: pais podem representar direitos dos filhos até os
18 anos, sindicato representar a categoria, empregador é representado pelo preposto.
A CLT usa a expressão “representar” para maiores de 16 e menores de 18. No processo do trabalho irmão mais velho ou tio não pode assistir + 16 – 18 anos.
A Procuradoria do Trabalho deverá intervir nas ações de loucos, surdos-mudos, índios, etc.
Art. 12 CPC: Massa falida: síndico; Associação: administrador de bens ou presidente; União: Advocacia Geral da União; Estados e Municípios: Procuradores; Condomínio: síndico.
Empregador doméstico: duas correntes: uma quem registrou e outra qualquer pessoa da família, diante da peculiaridade da situação.
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Empregador pode ser representado por PREPOSTO (desde que tenha conhecimento dos fatos). Art. 843, §1º CLT x Súmula 377 TST. O artigo diz que não precisa ser empregado para ser preposto, a súmula diz que precisa.
Foi editada e lei complementar 123/2006: de 14 de dezembro de 2006: instituiu o estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte. Estabelece no art.54 que é facultado ao empregador de micro empresa fazer-se substituir ou representar-se por terceiros que conheçam dos fatos, AINDA QUE NÃO POSSUAM VÍNCULO TRABALHISTA OU SOCIETÁRIO. Então a Súmula do TST foi adaptada pela Resolução nº 146 TST de 24.04.2008.
O preposto obriga o reclamado, assim a pessoa que comparecer precisa ter conhecimento dos fatos. Tudo que disser pode ser usado contra o reclamado.
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PROCURAÇÃO: art. 38 do CPC – receber citação, reconhecer procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar, receber e dar quitação – poderes especiais – expressos.
Não necessita reconhecer assinatura.
S.383 do TST: Recurso não é considerado ato urgente. A procuração deve acompanhar o recurso.
A Súmula 456 do TST, de 19 de maio de 2014, é resultado da conversão Orientação Jurisprudencial nº 373 da SBDI-1. A procuração firmada em nome da pessoa jurídica, deverá conter, pelo menos: nome do outorgante e nome do signatário. Caso contrário, o instrumento será considerado invalido, visto que tais elementos são dados que os individualizam.
A lei 12.437, de 06 de julho de 2011, alterou o art. 791 da CLT, no seu § 3º, para dizer: “A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.”
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LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ: art. 14 CPC – deveres das partes.
Tem corrente que diz que não existe litigância de má-fé na JT.
Hipóteses da litigância – art. 17 CPC.
Multa 1% do valor da causa.
Assistência judiciária não abrange a isenção da multa da litigância.
Se a litigância foi causada pelo advogado a parte tem direito de regresso contra o advogado
A pena de litigância pode ser aplicada de ofício pelo Juiz.
ASSÉDIO PROCESSUAL: nova teoria. Consiste o assédio processual na procrastinação por uma das partes no andamento de processo, em qualquer uma de suas fases, negando-se a cumprir decisões judiciais, amparando-se ou não em norma processual, para interpor recursos, agravos, embargos, requerimentos de provas, petições despropositadas, procedendo de modo temerário e provocando incidentes manifestamente infundados, tudo objetivando obstaculizar a entrega da prestação jurisdicional à parte contrária.
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SUCESSÃO PROCESSUAL: falecido, espólio, certidão dependentes do INSS, consignação e pagamento.
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL: sindicato (art. 8º, III CF e art. 513, “a” CLT).
Dependentes, sucessores – FGTS.
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O STF reafirmou entendimento de que os sindicatos têm ampla legitimidade extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou individuais dos empregados que representam, inclusive nas liquidações e execuções de sentença, independentemente de autorização dos sindicalizados. A decisão foi tomada pelo Plenário Virtual da Corte, que reconheceu a repercussão geral do tema tratado no Recurso Extraordinário (RE) nº 883642. Quanto ao mérito do RE, o Ministro destacou que o art. 8º, inciso III, da Constituição Federal estabelece a legitimidade extraordinária dos sindicatos. Segundo ele, essa legitimidade extraordinária é ampla, abrangendo a liquidação e execução dos créditos reconhecidos aos trabalhadores. “Por se tratar de típica hipótese de substituição processual, é desnecessária qualquer autorização dos substituídos”, afirmou. 
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LITISCONSÓRCIO: várias pessoas em um ou nos dois polos da ação. Vários empregados da mesma função, pedindo adicional de insalubridade.
Os atos de um litisconsorte não aproveitam aos demais, com exceção do recurso de um deles. A confissão de um litisconsorte não prejudica os demais.
A acumulação de processos é diferente de litisconsórcio já que lá são várias ações de vários empregados da mesma empresa, pedindo as mesmas coisas. O juiz mandar reunir os processos. (art. 842 CLT).
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS: uma pessoa que originalmente não é parte na causa, nela ingressa para defender seus interesses jurídicos. Grande maioria da doutrina admite somente a assistência. 
Espécies: 
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Assistência: terceiros intervem pelo fato de ter interesse na demanda. Ex: sindicato assistindo empregado no processo.
Oposição: terceiro pretende direito sobre o qual se controvertem autor e réu. Ex: empregador quer reaver mostruário de empregado e terceiro diz que é o dono do mostruário.
Nomeação à autoria: quem detem a coisa em nome alheio e for demandado em nome próprio, deve indicar quem é o verdadeiro proprietário ou possuidor.
Denunciação da lide: art. 70 CPC – aquele que estiver obrigado por contrato em ação regressiva. Tem posicionamento que não cabe na JT. Ex: sucessão de empregadores.
Factum principis: fato do príncipe. Quando a administração pública impossibilita a execução do contrato de trabalho. Ex: bingos. A responsabilidade passa para a Administração Pública (Vara da Fazenda Pública).
Chamamento ao processo: devedores solidários – fiadores. Entende-se inaplicável na JT pela maioria doutrinária. Mas alguns admitem em caso de grupos econômicos, condomínio sem convenção registrada, sociedade irregular e consórcio de empregadores.
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ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA: Art.790, § 3º da CLT. A maioria da jurisprudência é no sentido de que mesmo na assistência judiciária gratuita tem que fazer o depósito recursal.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS: É um assunto polêmico na Justiça do Trabalho. Em função da sucumbência, há divergência doutrinária:
Corrente liberal: defende a sucumbência, baseada no art.133 da CF e art.20 do CPC: baseada ainda no art.22 lei 8906/94.
Corrente restritiva: defendida pelo TST: posição nas S.219 e 329 do TST: além da OJ 305 da SDI 1 do TST.
Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família.

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