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Métodos de Exame Parasitológico de Fezes

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Métodos de Exame Parasitológico de Fezes
  
 Exame parasitológico de fezes - (EPF)
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Escolha do Método
Algumas espécies de parasitos só são evidenciadas por técnicas especiais; 
Um exame isolado, onde o resultado é negativo, não deve ser conclusivo, sendo recomendável a sua repetição com outra amostra; 
A produção de cistos, ovos ou larvas não é uniforme ao longo do dia ou do ciclo do parasito.
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Coleta e conservação
Utilizar um recipiente limpo e seco 
Frasco próprio, de boca larga, bem fechado e identificado. 
Identificação 
nome do paciente, 
idade, 
Data, 
hora da coleta.
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Coleta e conservação
Conservar em baixas temperaturas – 5° a 10°C
Formol 10%
MIF (Mertiolato, Iodo e Formol)
SAF
os ovos ou larvas de helmintos e 
os cistos e oocistos de protozoários.
cistos e trofozoítos
ovos, cistos e trofozoitos 
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 Exame macroscópico - verificar a consistência, odor, presença de elementos anormais (muco ou sangue) e de vermes adultos ou parte deles. 
 Exame microscópico - pesquisar e visualizar as formas parasitárias 
Ovos
Larvas
Cistos
Trofozoítos
oocistos
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EXAME MACROSCÓPICO DAS FEZES
As amostras fecais 
Pesquisa de proglotes e de vermes adultos, 
Determinar a consistência, a presença de sangue, de muco e restos alimentares.
Consistência das fezes
Relacionadas a quantidade de água:
fezes formadas, 
semiformadas, 
pastosas, 
diarreicas ou 
líquidas.
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EXAME DE FEZES
Trofozoítos 
fezes diarreicas ou líquidas, nas mucosanguinolentas e nas pastosas, enquanto que os 
Cistos 
fezes formadas ou semiformadas e também nas pastosas. 
Oocistos
fezes de qualquer consistência. 
Ovos e larvas de helmintos 
todos os tipos de amostras fecais, entretanto, nas fezes líquidas se encontram em pequeno número
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Métodos quantitativos - contagem dos ovos nas fezes, para avaliar a intensidade do parasitismo. 
Método de Kato-Katz
 Métodos qualitativos - demonstra a presença das formas parasitárias, sem quantificá-Ias.
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Métodos qualitativos 
SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA 
	Método de Hoffmann, Pons & Janer (HPJ) ou Lutz
SEDIMENTAÇÃO POR CENTRIFUGAÇÃO 
	Método de Blagg ou MIFC e método de Richie, Coprotest
FLUTUAÇÃO ESPONTÂNEA 
	Método de Willis
CENTRIFUGOFLUTUAÇÃO 
	 Método de Faust
CONCENTRAÇÃO DE LARVAS DE HELMINTOS
	 Método de Baermann-Moraes e método de Rugai. 
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EXAME MICROSCÓPICO DAS FEZES:
MÉTODOS UTILIZADOS EM ROTINA PARASITOLÓGICA
	O exame microscópico permite visualizar os estágios de diagnósticos dos protozoários (cistos, trofozoítos, oocistos e esporos) e dos helmintos (ovos, larvas e vermes pequenos).
Método direto
Visualizar a motilidade de trofozoítos dos protozoários em fezes recém emitidas, analisadas até 30 minutos após a evacuação. 
OBS.: Para a identificação de cistos de protozoários e larvas de helmintos, a preparação deve ser corada com lugol.
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EXAME MICROSCÓPICO DAS FEZES
Método de Hoffman, Pons e Janer ou de Lutz
Pesquisa de cistos, oocistos, ovos e larvas. 
Método de Faust e cols.
Fundamenta-se em centrífugo-flutuação de cistos, oocistos, ovos leves e larvas em solução de sulfato de zinco, na densidade 1,18g/ml. Para fezes preservadas recomenda-se a densidade de 1,20g/ml. É indicado para a concentração de cistos de protozoários.
Outro método que pode ser usado é o método de Ritchie, o qual se fundamenta em centrífugo-sedimentação de cistos, oocistos, ovos e larvas em sistema formalina-éter ou formalina-acetato de etila. É indicado para a concentração de cistos e oocistos de protozoários.
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EXAME MICROSCÓPICO DAS FEZES
Método de Baermann-Moraes ou método de Rugai, Mattos e Brizola
Fundamentam no termo hidrotropismo positivo de larvas de nematóides, como as larvas de S. stercoralis e de ancilostomídeos. A temperatura da água deve estar entre 40 e 45°C.
Colorações de esfregaços fecais:
Solução de lugol, coloração pelo tricrômico ou pela hematoxilina férrica, e Giemsa.
Coloração para coccídios intestinais: coloração de Ziehl-Neelsen e suas modificações, e da safranina modificada.
Coloração para microsporídios: Gram-Chromotrope.
Morfometria
feita com micrômetro ocular
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1- Colocar duas a três gotas de salina 0.85% em um lâmina
2- Com o auxílio de um palito, tocar em vários pontos das fezes, transferindo uma pequena porção destas para a lâmina.
3- Espalhar as fezes, fazendo um esfregaço e examinar com as objetivas de 10x e/ou 40x. A espessura do esfregaço não deve impedir a passagem de luz. 
4- Para a identificação de cistos de protozoários e larvas de helmintos, corar a preparação com lugol. O uso de lamínula é facultativo.
Método direto
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SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA - Método de Hoffman, Pons e Janer ( Método de Lutz)
Fundamenta-se na sedimentação espontânea em água, sendo indicado para recuperação de ovos considerados pesados como os de Taenia spp, S. mansoni e ovos inférteis de A. lumbricoides.
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MÉTODO DE HOFFMANN
 ( Sedimentação espontânea)
1. Colocar aproximadamente 2g de fezes em um frasco Borrel, com cerca de 5mL de água, e triturar bem com bastão de vidro.
2. Acrescentar mais 20mL de água.
3. Filtrar a suspensão para um cálice cônico de 200 mL de capacidade, por intermédio de tela metálica ou de náilon, ou gaze cirúrgica dobrada em quatro; os detritos retidos são lavados com mais 20mL de água, agitando-se constantemente com o bastão de vidro, devendo o líquido da lavagem ser recolhido no mesmo cálice.
4. Completar o volume do cálice com água.
5. Deixar essa suspensão em repouso durante duas a 24 horas
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6. Findo esse tempo, observar o aspecto do líquido sobrenadante, tomando uma das duas condutas: 
 	se o líquido estiver turvo, descartá-lo cuidadosamente sem levantar ou perder o sedimento, adicionar mais água até o volume anterior e deixar em repouso por mais 60 minutos; 
se o líquido estiver límpido e o sedimento bom, colher uma amostra do sedimento para exame.
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7. Existem duas técnicas para se colher o sedimento para exame:
a. introduzir uma pipeta
b. desprezar o liquido sobrenadante, homogeneizar o sedimento e colher uma gota do mesmo (esse procedimento é melhor, pois a gota colhida é mais representativa do sedimento).
8. Colocar parte do sedimento numa lâmina e fazer um esfregaço. O uso de lamínulas é facultativo. Examinar com as objetivas de 10x elou 40x. Deve-se examinar, no mínimo, duas lâminas de cada amostra.
9. Para a identificação de cistos de protozoários e larvas de helmintos, corar a preparação com lugol.
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Método de Faust
1. Diluir 10g de fezes em 20mL de água filtrada.
2. Homogeneizar bem.
3. Filtrar através de gaze dobrada em quatro, num copo plástico, e transferir para um tubo de Wasserman (tubo de hemólise).
4. Centrifugar por um minuto a 2.500rpm.
5. Desprezar o líquido sobrenadante e ressuspender o sedimento em água.
6. Repetir as operações 4 e 5 mais duas ou três vezes, até que o líquido sobrenadante fique claro.
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Método de Faust
7. Desprezar a água sobrenadante e ressuspender o sedimento com uma solução de sulfato de zinco a 33%, densidade de 1,18g/mL .
8. Centrifugar novamente por um minuto a 2.500rpm.
9. Os cistos e alguns oocistos de protozoários e os ovos leves, presentes na amostra fecal, estarão na película superficial. Recolher a película com alça de platina, colocar numa lâmina, acrescentar uma gota de lugol e cobrir com lamínula. 
10. Examinar com as objetivas de 10x elou 40 x.
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MÉTODO DA FITA ADESIVA E TRANSPARENTE 
OU SWAB ANAL (MÉTODO DE GRAHAM)
Ovos de E. vermicularis e Taenia spp. 
OBS.: A colheita do material deve ser feita no período matutino, antes do paciente tomar banho ou defecar.
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SEDIMENTAÇÃO POR CENTRIFUGAÇÃO - Métodos de Blagg (MIF), Ritchie, Coprotest - ovos, larvas, cistos e oocistos. 
     
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MÉTODO DE MIFC OU DE BLAGG
1. Colher
as fezes recém-emitidas em liquido conservador de MIF. 
2. Homogeneizar bem.
3. Filtrar a suspensão de fezes em gaze cirúrgica dobradas em quatro, num copo plástico descartável.
4. Transferir 1 a 2mL do filtrado para um tubo cônico de centrifugação, com capacidade para 15mL.
5. Acrescentar 4 a 5mL de éter sulfúrico e agitar
6. Centrifugar por um minuto a 1.500rpm
7. Com o auxílio de um bastão, descolar a camada de detritos da parede do tubo.
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MÉTODO DE MIFC OU DE BLAGG
8. Inverter o tubo para desprezar o liquido, mantendo-o com a boca voltada para baixo, até limpar a parede do mesmo, utilizando um bastão de vidro (ou palito de picolé) contendo algodão na extremidade.
9. Acrescentar ao sedimento gotas de salina e/ou lugol.
10. Inverter o tubo em uma lâmina, deixando escoar todo o sedimento. Se a quantidade de sedimento for excessiva, utilizar uma pipeta para colhê-lo e preparar as lâminas.
11. Cobrir com lamínula e examinar com as objetivas de 10x elou 40 x.
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CENTRÍFUGO-FLUTUAÇÃO - Método de Faust - cistos, oocistos e ovos leves.
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 FLUTUAÇÃO ESPONTÂNEA - Método de Willis - ovos leves. 
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Método de Willis
1. Colocar 10g de fezes em um frasco Borrel .
2. Diluir em solução saturada de açúcar ou sal (NaCl).
3. Completar o volume até a borda do frasco.
4. Colocar na boca do frasco uma lâmina, que deverá estar em contato com o líquido.
5. Deixar em repouso por cinco minutos.
6. Findo esse tempo, retirar rapidamente a lâmina, voltando a parte molhada para cima.
7. Levar ao microscópio e examinar com objetiva de 10x e/ou 40x. O uso de lamínula é facultativo.
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MIGRAÇÃO ATIVA DE LARVAS - hidro e termotropismos positivos - Métodos de Baermann-Moraes (A e B) e de Rugai (C). 
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Métodos de Baermann-Moraes
1. Tomar 8 a 10g de fezes.
2. Colocar numa gaze dobrada em quatro ou em uma peneira.
3. Colocar o material assim preparado sobre um funil de vidro, contendo um tubo de borracha conectado a extremidade inferior de sua haste.
4. Obliterar o tubo de borracha com uma pinça de Hoffman e adicionar, ao funil, água aquecida (45°C) em quantidade suficiente para entrar em contato com as fezes.
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Métodos de Baermann-Moraes
5. Deixar uma hora em repouso.
6. Findo esse tempo, colher 5 a 7mL da água, em um tubo de centrífuga, abrindo-se a pinça.
7. Centrifugar a 1.000rpm por um minuto.
8. Colher o sedimento, sem desprezar o liquido sobrenadante e examinar ao microscópio (10x). Caso se detecte a presença de larvas, essas deverão ser coradas com lugol e observadas com a objetiva de 40x, para identificação.
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Método de Rugai
1. Retirar a tampa do recipiente que acondiciona as fezes e envolvê-lo em uma gaze dobrada em quatro, fazendo uma pequena "trouxa".
2. Colocar o material assim preparado, com a abertura voltada para baixo, num cálice de sedimentação, contendo água aquecida (45°C), em quantidade suficiente para entrar em contato com as fezes.
3. Deixar 1h em repouso.
4. Colher o sedimento no fundo do cálice, com 
a ajuda de uma pipeta.
5. Examinar no microscópio, com a objetiva de 10x.
6. Corar as larvas com o lugol e observá-las com
 o maior aumento, para identificação.
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CONCENTRAÇÃO DE OVOS ATRAVÉS DE FILTRAÇÃO DAS FEZES EM TELA METÁLICA OU DE NÁILON - Método de Kato-Katz - ovos de alguns helmintos
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Método de Kato-Katz
1. Preparar uma solução de verde malaquita (essa solução tem a finalidade de conservar as fezes e clarificar as formas parasitárias), de acordo com a seguinte fórmula:
Glicerina 100mL
Água destilada
Verde-malaquita a 3%
2. Cortar papel celofane semipermeável em pedaços de 24mm por 30mm e deixá-los mergulhados na solução de verde malaquita por pelo menos 24 horas. 
3. Colocar, sobre um papel higiênico, uma porção da amostra de fezes a ser examinada.
4. Comprimir as fezes com um pedaço de tela metálica ou similar de náilon. Nesta malha passam ovos de helmintos e detritos menores do que eles. 
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Método de Kato-Katz
5. Retirar as fezes que passaram para a parte superior da tela e transferi-las, com o auxílio de um palito, para o orifício (6mm de diâmetro) de um cartão retangular de plástico, colocado sobre uma lâmina de microscopia.
6. Após encher completamente o orifício, retirar o cartão, cuidadosamente, deixando as fezes sobre a lâmina de vidro. 
7. Cobrir as fezes com a lamínula de papel celofane embebida na solução de verde malaquita, inverter a lâmina, sobre uma folha de papel absorvente e comprimi-la. 
8. Aguardar uma a duas horas e examinar ao microscópio, contando todos os ovos presentes na preparação. 
9. O número de ovos encontrados no esfregaço fecal, multiplicado por 23, corresponderá ao número de ovos por grama de fezes.
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Coloração
Lugol
Cistos de protozoários e as larvas de helmintos
Hematoxilina férrica
Trofozoitos e cistos de amebas e Giardia.
Henriksen e Pohlenz (Ziehl-Neelsen) e Safranina modificada
Oocistos de coccídeos intestinais (Ctyptosporidium parvum, Isospora belli e Qclospora cayetanensis).
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Ovo de Ancylostomidae
Ovo de Ancylostomidae (larvado)
Ovo de Trichuris trichiura
Ovos de Ascaris lumbricoides
Ovo de Enterobius vermicularis
Ovo de Taenia sp.
Ovo de Hymenolepis sp.
Larva rabditóide L1 ou L2
Larva filarióide L3
Larva filarióide L3 de Strrongyloides stercoralis
Giardia lamblia e Entamoeba histolytica/E dispar
Ovo de Schistosoma mansoni
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DETRITOS
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DETRITOS
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DETRITOS
e uma gota de lugol na metade direita da lâmina;
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