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Estudos Epidemiológicos - Desenhos e Delineamentos

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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar - CVE/SES-SP
Última atualização em Novembro 2006
HA
DDT
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EPIDEMIOLOGIA
INTRODUÇÃO - Definições:
Epidemiologia: “ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde”.
Vigilância Epidemiológica: “conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como, detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças” (Lei Orgânica da Saúde - Lei Nº. 8080/90).
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Métodos empregados em Epidemiologia - modo científico de abordar e investigar a saúde da população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso.
Enfoques para pesquisar um tema
1. Estudo de Caso
2. Investigação Experimental de Laboratório
3. Pesquisa Populacional/Observacional
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Critérios para a classificação dos métodos
o propósito geral - estudos descritivos e analíticos (comparativos)
o modo de exposição das pessoas ao fator em foco - estudos de observação e de intervenção (experimentais)
direção temporal das observações - estudos prospectivos, retrospectivos e transversais
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estudos Descritivos
informam sobre a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos: Incidência ou Prevalência
Estudos Analíticos
estudos comparativos que trabalham com “hipóteses” - estudos de causa e efeito, exposição e doença
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Epidemiologia Descritiva: possibilita a caracterização da doença/agravo no: 
Tempo: curso da epidemia/doença, o tipo de curva e período de incubação (tendência histórica)
Lugar: extensão geográfica do problema
Pessoa: grupo de pessoas, faixa etária, exposição aos fatores de risco
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
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Tx de Incidência = Número de casos novos* X 1000 hab.
			 Número de pessoas expostas ao risco*
(*) em determinado período
Tx de Prevalência = Número de casos novos e antigos*X 1000 hab.
				 Número de pessoas na população*
(*) em determinado período
Tx de Ataque = número de de Doentes* X 100
			 número de comensais/população sob risco* 
(*) em determinado período
Taxa de Ataque = é a incidência da doença calculada para cada fator de risco provável/causa, isto é, por fator suspeito. Por ex.,em um surto de diarréia devido a alimentos, um alimento que apresentar a taxa de ataque mais alta, para os que o ingeriram, e a mais baixa, para os que não o ingeriram, é provavelmente o responsável pelo surto.
Medidas de freqüência das doenças:
indicadores 
*
Como desenhar uma Curva Epidêmica (período de exposição): 
1) conhecer o início dos sintomas de cada pessoa (para algumas doenças com período curto de incubação, trabalhar com horas é mais apropriado)
2) O número de casos é plotado no eixo Y e a unidade de tempo no eixo X
3) Em geral a unidade de tempo é o período de incubação da doença (se conhecido) e o tempo de aparecimento/distribuição dos casos (horas, dias, semanas, mês, ano); regra útil - selecionar uma unidade de tempo 1/4 a 1/3 do período de incubação da doença suspeita (ex. Hepatite A - 15-50 = 4-16 dias)
4) Desenhar o período pré e pós-epidêmico nos surtos/epidemias
Caracterização dos casos no tempo:
 conhecer a tendência da doença
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Como interpretar uma Curva Epidêmica: 
 1)Considerar a forma geral, a qual pode determinar o padrão da epidemia/tendência da doença: fonte comum ou transmissão pessoa-a-pessoa, o tempo de exposição de pessoas suscetíveis e os períodos médios mínimo e máximo de incubação para a doença
2) Uma curva com um aclive e um declive gradual sugere uma fonte comum, um foco/ponto - “epidemia de ponto” onde as pessoas se expuseram por um breve período de tempo (surgimento repentino de casos) 
3) Quando a duração à exposição é prolongada a epidemia é chamada de “epidemia de fonte comum prolongada”, e a curva epidêmica terá um platô, em vez de um pico
 4) A disseminação pessoa-a-pessoa - “epidemia propagada” - deve ter uma série de picos mais altos progressivamente e cada um com seu período de incubação
5) Casos que surgem isolados: “remotos/afastados” - podem ser casos não relacionados com uma fonte comum ou pessoas que foram expostas mais precocemente ou mais tardiamente que a maioria dos afetados; podem ser também casos secundários - contato com um doente. 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
*
Curva Epidêmica do Surto de Diarréia em General Salgado, DIR XXII S. J. Rio Preto, 1999
Fonte: DDTHA/CVE-SES/SP
Exemplos:
Gráfico11
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		0
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		28
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		23
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		24
		8
		2
		12
		4
Semanas epidemiológicas
Casos de DDA
Plan1
				Auriflama		General Salgado
		1997 *		492
		1998		460		30
		1999		229		249
		2000 **		154		120
Plan1
		0		0
		0		0
		0		0
		0		0
Auriflama
General Salgado
Ano
Número de casos de diarréia
Monitorização da doenças diarreica agudas de 
General Salgado e Auriflama, 1997-2000.
* Somente dados de Auriflama
** Dados até a semana epidemiológica 33
Plan2
		SE		Número de casos				Número de casos				Número de casos
		1		0				0				8
		2		0				0				10
		3		2				0				5
		4		0				0				16
		5		0				1				5
		6		1				0				6
		7		0				0				2
		8		4				0				1
		9		0				1				3
		10		0				0				7
		11		0				0				3
		12		0				0				0
		13		0				0				5
		14		0				0				8
		15		0				0				3
		16		0				0				0
		17		0				0				3
		18		0				0				1
		19		2				3				1
		20		0				0				4
		21		0				0				5
		22		1				0				6
		23		0				2				2
		24		1				0				4
		25		0				0				0
		26		3				1				1
		27		0				0				0
		28		1				0				0
		29		0				0				0
		30		4				0				3
		31		0				0				5
		32		2				0				2
		33		0				0				1
		34		0				0
		35		1				0
		36		0				0
		37		0				0
		38		0				0
		39		1				28
		40		1				18
		41		0				14
		42		0				8
		43		0				11
		44		0				18
		45		0				59
		46		2				23
		47		0				12
		48		0				24
		49		4				8
		50		0				2
		51		0				12
		52		0				4
Plan2
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Semanas epidemiológicas
Número de casos de diarréia
Casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica, 
General Salgado, 1998
Plan3
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		0
		0
		0
Semanas epidemiológicas
Número de casos de diarréia
Casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica,
 General Salgado, 1999
		8
		10
		5
		16
		5
		6
		2
		1
		3
7
		3
		0
		5
		8
		3
		0
		3
		1
		1
		4
		5
		6
		2
		4
		0
		1
		0
		0
		0
		3
		5
		2
		1
Semanas epidemiológicas
Número de casos de diarréia
Casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica, 
General Salgado, 2000
		
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Curva Epidêmica do Surto de Hepatite A no Município de São Pedro, DIR XV Piracicaba, Nov. 2000 a Fev. 2002
Fonte: DDTHA/CVE-SES/SP
Exemplos:
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Mediana é uma medida de tendência central. É o meio de um conjunto de observações quando esse número é impar ou a média dos pares do meio quando o número de observações é par. 
Assim o cálculo da mediana se expressa:
Para amostras de número N ímpar a mediana será o valor da variável que ocupa o posto de ordem N +1
 				 2
Para amostras de número N par a mediana será a média aritmética dos valores que ocupam os postos de ordem N e N +2 
 	 		 2 2
Período de incubação:
 	Calcula-se usualmente o período de 
 		incubação de um surto/epidemia/casos, através 		da mediana.
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Calcular o período mediano de incubação através do cálculo da mediana se obtém por ordenar os períodos de incubação em ordem crescente e numerados conforme os exemplos abaixo:
Exemplo 1:
Ordem		1	2	3	4	5	6	7
PI dos casos	6	8	8	10	10	12	17	
São 7 casos - número ímpar de casos N = 7
Md = 7 + 1 = 4 
 2 O resultado encontrado corresponde à 4a. posição. Assim, o período mediano de 	 incubação é de 10 horas.
Exemplo 2:
Ordem		1	2	3	4	5	6	
PI dos casos	6	8	10	16	12	17	
São 6 casos - número par de casos N = 6
Md = 10 + 16 = 13 
 2 O resultado encontrado corresponde à média aritmética dos 				períodos na 3a. e 4a. posições. Assim, o período mediano de incubação é 			de 13 horas.
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Mapear casos por locais de ocorrência: bairros, ruas, estabelecimentos, locais de lazer, etc..Detectar grupos de surtos/casos ou padrões que podem fornecer pistas para identificação do problema/causa em investigação.
O ideal é fazer o mapa utilizando a Taxa de Incidência dos casos na população.
Caracterização dos casos por lugar:
 determinar a extensão geográfica do problema
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Grupos de pessoas – freqüência da doença por faixa etária, sexo, raça, ocupação, renda, tipo de lazer, uso de medicamentos, doenças antecedentes, etc. = suscetibilidade à doença e riscos de exposição
Caracterização dos casos por pessoa:
 determinar as características dos grupos e a suscetibilidade à doença e riscos de exposição
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Principais desenhos
1. Estudo de Caso/Série de Casos (Descritivo)
2. Transversal
3. Ecológico
4. Caso-controle
5. Coorte
6. Ensaio Clínico Randomizado
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Definir e identificar casos/agravos do estudo
Caso confirmado: clínica compatível e confirmação laboratorial.
Caso provável: caso clinicamente compatível ligado epidemiologicamente ao caso confirmado (em caso de surtos/epidemias)
Caso possível: clínica compatível ocorrendo dentro do mesmo período do surto/eventos/agravos e na mesma área
Caso primário: contato com uma fonte principal de transmissão - por exemplo, alimento, esgoto, creche, etc.. - Taxa de incidência dos casos primários
Caso secundário: contato com um caso primário - por ex. via de transmissão pessoa-a-pessoa, em casa, etc..- Taxa de incidência dos casos secundários
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 TABELA PARA A ANÁLISE DE DADOS
____________________________________________
 Exposição	 	 Doença 
 ao fator	 Sim		Não			Total*
 Sim		 a		 b			a + b
 Não		 c		 d			c + d
____________________________________________
 Total	 a + c	b + d			N ____________________________________________
*
Principais medidas de associação:
Risco Relativo (RR) - a razão entre dois riscos, isto é, compara a incidência nos expostos com a incidência entre os não-expostos 
(a/a+b)/(c/c+d) ou se a/a+b >c/c+d
Odds ratio (razão de produtos cruzados ou razão de prevalências) - compara a proporção de expostos entre os casos com a proporção de expostos entre os controles
ad/bc 
Associação: < 1 = não há associação ou fator de proteção; 
			 > 1 = associação de causa e efeito (testes 			estatísticos são necessários para validar os 			resultados)
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Exemplos clássicos:
1. Estudo de Casos/Série de Casos
relato de um caso ou mais com detalhes de características clínicas e laboratoriais. O exemplo original - descrição de série de casos de AIDS em homens jovens homossexuais e Sarcoma de Kaposi.
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
2. Estudo Transversal - (seccional, corte, corte-transversal,vertical, pontual ou prevalência)
 [causa e efeito] ou [exposição ao fator e doença] são investigados ao mesmo tempo. 
Na análise de dados é que se saberá quem são os “expostos” e “não-expostos” e quem são os “doentes” e sadios”.
Exemplo clássico: migração e doença mental
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Delineamento de um estudo transversal
1. Seleção da população
2. Verificação simultânea da exposição e da doença
3. Análises de dados
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
 Estrutura de um Estudo Transversal
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estudo Transversal: Migração e doença mental em adultos de meia idade
_______________________________________________________
Exposição	 Doença Mental
 ao fator	 Sim		Não	Total	Tx. 							Prev.(%)
 Migrante	 18		 282	 300	 6
 N-Migr.	 21		 679	 700	 3
_____________________________________________
 Total		 39		 961	1000	 4 
_____________________________________________
Razão de Prevalência: 2; Fonte: Pereira, 1995
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
3. Estudos Ecológicos
avaliam correlações ou tendências baseadas em informações derivadas de outros grupos;
áreas geográficas são geralmente as unidades de análise;
servem para levantar hipóteses;
são pesquisas estatísticas;
Exemplo: associação entre álcool e Ca estômago
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Área 1 Tabelas dos Estudos Ecológicos
 Doença
 Presente Ausente Total
Exposição Presente a1=? b1=? a1+b1
 Ausente c1=? d1=? c1+d1
 Total a1+c1 b1+d1 a1+b1+c1+d1 
Área 2
 Doença
 Presente Ausente Total
Exposição Presente a2=? b2=? a2+b2
 Ausente c2=? d2=? c2+d2 
 Total a2+c2 b2+d2 a2+b2+c2+d2
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
4. Estudos de Caso-Controle - a investigação parte do “efeito” para chegar às “causas”
pesquisa etiológica, retrospectiva, de trás para frente, após o fato consumado;
as pessoas são escolhidas porque tem uma doença (os casos) e as pessoas comparáveis sem a doença (os controles) são investigadas para saber se foram expostas aos fatores de risco.
Exemplo - Surto de diarréia em General Salgado e via de transmissão - Água da rede pública e o agente etiológico - Cyclospora cayetanensis
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Delineamento de um estudo de Caso-Controle
1. Seleção da população com as características que possibilitem a investigação exposição-doença;
2. Escolha rigorosa dos casos e controles
3. Verificação do nível de exposição de cada participante
4. Análise dos dados
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estrutura de um Estudo de Caso-Controle
(Casos)
Análise de Dados
Expostos
Não - Expostos
Expostos
Não - Expostos
Doentes
Grupos de Casos
Não-Doentes
Grupo de Controles
a
b
c
d
População
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Caso-controle: Associação toxoplasmose e debilidade mental em crianças
_______________________________________________________
Sorologia	 Deficiência mental
para Toxo	Sim (casos)	Não (controles)	 
Sim 45		 15
Não		255		285
Total		300		300
______________________________________________
OR = (45x285)/(15x255)=3,35 Fonte: Pereira, 1995
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
5. Estudos de Coorte - parte-se da “causa” em direção ao “efeito”
observam-se situações na vida real - por exemplo - exercício físico e coronariopatia; dieta e coronariopatia, etc..
os grupos são acompanhadas por um determinado período de vida
Estudos prospectivos (dieta e coronariopatia) e retrospectivos (investigação de surtos)
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Coorte: Associação exercício físico e mortalidade por coronariopatia
_______________________________________________________
Atividade	 Óbitos
física 		 Sim 		Não Total	 Tx. Mort.
							 por mil
Sedentário 400		 4.600	 5.000	 80	
Não-sedentário 80		 1.920	 2.000	 40
Total		 480	 6.520 7.000 69
______________________________________________
RR= 80/40=2 Fonte:Pereira, 1995
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
 Estrutura de um Estudo de Coorte (amostra)
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TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
6. Estudos Experimentais - ensaios clínicos randomizados
parte da “causa” para o “efeito”, os participantes são colocados aleatoriamente nos grupos - de estudo e de controle;
realiza-se a intervenção em apenas 1 dos grupos (vacina, medicamentos, dietas, etc..- o outro grupo recebe placebo);
Compara-se o RR nos dois grupos
OBS: São estudo de intervenção - os participantes são submetidos à condições artificiais
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estrutura dos Estudos clínicos randomizados:
Participantes
Expostos
Não-expostos
Grupos por randomização
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Ensaio clínico randomizado: eficácia de vacina e placebo
_______________________________________________________
Grupos Casos de Doenças
 		 Sim 		Não Total	 Taxa 
							 Incidência
Vacinados 20		 980	 1.000	 2	
Não-vacinados 100		 900	 1.000	 10
Total		 120	 1.880 2.000 6
______________________________________________
RR= 2/10=0,2 Fonte:Pereira, 1995
Vacinados = vacina - fator de proteção
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Validade de uma investigação - grau de correção das conclusões alcançadas
validade interna - conclusões são corretas para a amostra investigada
validade externa - pode extrapolar para a população de onde veio a amostra ou para outras populações
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Viés Metodológico - sinônimo de erro sistemático, vício, tendenciosidade, desvio, bias (do inglês)
Viés de seleção - erros referentes à escolha da população/pessoas.
Viés de aferição - erros na coleta, nos formulários, nas perguntas, despreparo dos entrevistadores.
Viés de confundimento - interações entre variáveis, outras associações, análise estatística inadequada.
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Avaliação dos resultados - testes estatísticos para as associações encontradas 
Y = f (X)
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Vantagens e desvantagens dos principais desenhos de estudos epidemiológicos
 Tipo		Vantagens		 Desvantagens
Estudo de caso	barato e fácil para		 não pode ser usado para
		gerar hipóteses		 testar hipóteses
Série de casos	fornece dados descritivos	 sem grupo controle, não pode 
		em doenças características	 ser usado para testar hipóteses
Transversal	permite conhecer prevalência,	 não permite conhecer tempo 		fácil, pode gerar hipóteses	 da exposição				
 Ecológico		respostas rápidas, pode gerar	 dificuldade para controlar 
		hipóteses			 confundimentos
 Fonte: Grisso, 1993
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
 Tipo		Vantagens		 Desvantagens
Caso-controle	permite estudos múltiplos de	 Difícil seleção de controles,
		exposição e doenças raras, requer possibilidade de bias nos dados 
		poucos sujeitos, logística fácil e	 de exposição, a incidência não
		rápida, não tão caro		 pode ser medida
Coorte		Permite estudos múltiplos de	 Possibilidade de bias nos efeitos, 
		efeitos e exposições raras, menor caro, exige tempo, inadequado
		possibilidade de bias na seleção e para doenças raras, poucas
 	nos dados de exposição, a incidên- exposições, perda dos sujeitos
	 cia pode ser medida
Ensaios clínicos	desennho mais convincente, maior mais caro, artificial, logística
randomizados	controle para evitar confundimento difícil, objeções éticas
		 ou variáveis desconhecidas	
 Fonte: Grisso, 1993
*
Estudo de Caso-Controle da Febre Tifóide
Ver Estudo de Caso em Sala de Aula – Versão do Estudante neste site, em Documentos Técnicos e Material Educativo
- exemplo aplicado às Doenças Transmitidas por Água e Alimentos
*
FT Total 
Curva Epidêmica da Febre Tifóide – Resposta do Estudo de Caso
Plan1
		Data de aparição		Área		Número de casos
		11/4/90		Gibson		2
		10/5/90		Gibson		13
		10/6/90		Gibson		6
		10/12/90		Gibson		7
		14/10/1990		Gibson		6
		7/10/1990		Gibson		7
		1/11/1990		Gibson		2
		11/8/90		Gibson		1
		10/13/90		Gibson		5
		9/30/90		Gibson		5
		10/19/90		Peters		3
		11/14/90		Peters		1
		10/4/90		Peters		11
		10/12/90		Peters		7
		9/29/90		Peters		2
		10/22/90		Peters		2
		10/1/90		Peters		2
		3/10/1990		Peters		5
		9/10/1990		Peters		4
		10/23/90		Peters		1
		10/18/90		Peters		2
		10/27/90		Peters		2
		10/11/90		Savannah		3
		10/10/90		Savannah		9
		9/27/90		Savannah		2
		10/8/90		Savannah		7
		9/28/90		Savannah		2
		11/2/90		Savannah		3
		10/17/90		Savannah		3
		10/25/90		Savannah		1
		10/19/90		Savannah		3
		15/10/1990		Savannah		8
		11/11/1990		Savannah		1
		22/10/1990		Savannah		2
		16/10/1990		Savannah		3
		10/24/90		Savannah		1
		29/10/1990		Savannah		1
		
		
		28		2
		29		2
		30		5
		1		2
		2		3
		3		5
		4		0
		5
		6
		7
		8
		9
		10
		11
		12
		13
		14
		15
		16
		17
		18
		19
		20
		21
		22
		23
		24
		25
		26
		27
		28
		29
		30
		31
		1
		2
		3
		4
		5
		6
		7
		8
		9
		10
		11
		12
		13
		14
		15
Plan2
		Data de aparição		Área		Número de casos
		9/30/90		Gibson		5
		10/5/90		Gibson		13
		10/6/90		Gibson		6
		10/12/90		Gibson		7
		10/13/90		Gibson		5
		1/11/1990		Gibson		2
		11/4/90		Gibson		2
		11/8/90		Gibson		1
		14/10/1990		Gibson		6
		7/10/1990		Gibson		7
		9/29/90		Peters		2
		10/1/90		Peters		2
		3/10/1990		Peters		5
		9/10/1990		Peters		4
		10/4/90		Peters		11
		10/12/90		Peters		7
		10/18/90		Peters		2
		10/19/90		Peters		3
		10/22/90		Peters		2
		10/23/90		Peters		1
		10/27/90		Peters		2
		11/14/90		Peters		1
		9/27/90		Savannah		2
		9/28/90		Savannah		2
		10/8/90		Savannah		7
		10/10/90		Savannah		9
		10/11/90		Savannah		3
		15/10/1990		Savannah		8
		16/10/1990		Savannah		3
		10/17/90		Savannah		3
		10/19/90		Savannah		3
		22/10/1990		Savannah
2
		10/24/90		Savannah		1
		10/25/90		Savannah		1
		29/10/1990		Savannah		1
		11/2/90		Savannah		3
		11/11/1990		Savannah		1
		
		
		
		
		9/30/90		Gibson		5
		10/5/90		Gibson		13
		10/6/90		Gibson		6
		7/10/1990		Gibson		7
		10/12/90		Gibson		7
		10/13/90		Gibson		5
		14/10/1990		Gibson		6
		1/11/1990		Gibson		2
		11/4/90		Gibson		2
		11/8/90		Gibson		1
GráfFT total
		2
		2
		2
		5
		2
		0
		5
		11
		13
		6
		7
		7
		4
		9
		3
		14
		5
		6
		8
		3
		3
		2
		6
		0
		0
		4
		1
		1
		1
		0
		2
		0
		1
		0
		0
		2
		3
		0
		2
		0
		0
		0
		1
		0
		0
		1
		0
		0
		1
GráfFTGibson
		5
		13
		6
		7
		7
		5
		6
		2
		2
		1
Plan3
		
		
		9/27/90		2
		9/28/90		2
		9/29/90		2
		9/30/90		5
		10/1/90		2
		10/2/90		0
		3/10/1990		5
		10/4/90		11
		10/5/90		13
		10/6/90		6
		7/10/1990		7
		10/8/90		7
		9/10/1990		4
		10/10/90		9
		10/11/90		3
		10/12/90		14
		10/13/90		5
		14/10/1990		6
		15/10/1990		8
		16/10/1990		3
		10/17/90		3
		10/18/90		2
		10/19/90		6
		10/20/90		0
		10/21/90		0
		10/22/90		4
		10/23/90		1
		10/24/90		1
		10/25/90		1
		10/26/90		0
		10/27/90		2
		10/28/90		0
		29/10/1990		1
		10/30/90		0
		10/31/90		0
		1/11/1990		2
		11/2/90		3
		11/3/90		0
		11/4/90		2
		11/5/90		0
		11/6/90		0
		11/7/90		0
		11/8/90		1
		11/9/90		0
		11/10/90		0
		11/11/1990		1
		11/12/90		0
		11/13/90		0
		11/14/90		1
				145
		
		
		
		
		Gibson
		
		9/30/90		5
		10/5/90		13
		10/6/90		6
		7/10/1990		7
		10/12/90		7
		10/13/90		5
		14/10/1990		6
		1/11/1990		2
		11/4/90		2
		11/8/90		1
				54
		
		Peters
		9/29/90		2
		10/1/90		2
		3/10/1990		5
		10/4/90		11
		9/10/1990		4
		10/12/90		7
		10/18/90		2
		10/19/90		3
		10/22/90		2
		10/23/90		1
		10/27/90		2
		11/14/90		1
				42
		
		
		Savannah
		9/27/90		2
		9/28/90		2
		10/8/90		7
		10/10/90		9
		10/11/90		3
		15/10/1990		8
		16/10/1990		3
		10/17/90		3
		10/19/90		3
		22/10/1990		2
		10/24/90		1
		10/25/90		1
		29/10/1990		1
		11/2/90		3
		11/11/1990		1
*
Resposta: Curva Epidêmica
Casos FT São Miguel
*
Resposta: Curva Epidêmica
Casos FT São Pedro
*
Resposta: Curva Epidêmica 
Casos FT São Gabriel
*
Tx de Ataque (1...N) Doentes Expostos) = A/A + B
Tx de Ataque (1...N) Doentes Não-Expostos = C/C + D
RR = (A/A + B)/(C/C + D) RA = (A/A + B) - (C/C + D) 
OR = AD/BC
Determinar o Intervalo de Confiança (IC) e aplicar Testes estatísticos para determinar a força/significância da associação.
Tabela 2x2 - Doença e Exposições = 1, 2, 3 ....N
Exposição
Doentes
Não-Doentes
Total
Expostos
A
B
A + B
Não-Expostos
C
D
C + D
Total
A + C
B + D
A + B + C + D
*
POPULAÇÃO
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
DOENTES
DOENTES
NÃO-DOENTES
NÃO-DOENTES
Estudo de Coorte Retrospectiva
a
b
c
d
*
DOENTES
NÃO-DOENTES
POPULAÇÃO
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
NÃO-DOENTES
DOENTES
Estudo de Coorte
a
b
c
d
*
POPULAÇÃO
DOENTES
NÃO-DOENTES
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
a
c
b
d
Estudo de Caso-Controle:
*
Estudo de Caso-Controle:
*
Estudo Transversal:
*
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
BIBLIOGRAFIA
Gordis, L. Epidemiology. W.B. Daunders Company, Baltimore, Philadelphia, 1996.
Newbold, P. Statistics for Business & Economics, Ed. Prentice-Hall, Englewood Cliffs, New jersey, 4 th Edition, 1994.
Pereira, MG. Epidemiologia - Teoria e Prática. Ed. Guanabara/Koogan, 1995.
Veronesi, R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. Ed. Atheneu, 1996.
Waldman, EA & Costa Rosa, T. E. Vigilância em Saúde Pública. Coleção Saúde & Cidadania. Ed. Peirópolis, Vol. 7, 1998.
WHO Global SalmSurv. Estudo de Caso – Febre Tifóide. [material técnico], Set. 2005.
*
Nosso site:
http://www.cve.saude.sp.gov.br < Doenças Transmitidas por Água e Alimentos > 
Nosso telefone:
DV Hídrica - (11) 3081-9804
Nosso e. mail 
dvhidri@saude.sp.gov.br

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