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Transcrição Administrativo I

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Primeira aula: 
Direito Administrativo I 
 Direito comum do direito público 
Complementar as lacunas dos outros ramos do Direito. 
 Muita divergência doutrinária, e situação excepcional!! 
Transição de um Estado do bem estar social para um Estado regulador. 
 
 Administração Pública -> Pessoa jurídica integrante do Estado que faz parte do poder 
Executivo. Sujeito. 
 
Mas existem outros particulares que ou colaboram com a administração ou 
cooperam com a administração, mas não fazem parte da administração pública. Mas 
eles realizam, zelam, supervisionam, controlam algo para toda a população. Ex: 
Quando se passa na Br 101 e paga pedágio, você está em uma rodovia concedida. É 
um particular/empresa privada que está realizando uma atividade estatal em nome 
do Estado, mas é uma empresa privada que não faz parte da adm pública nem direta 
nem indireta, mas é um sujeito da administração (sujeito por colaboração). É um 
delegatário de um serviço público. Quando se tem energia elétrica, por exemplo.. é 
um particular que está prestando o serviço em nome do Estado. 
 
Sujeitos por cooperação são ONGs. Organizações não governamentais que cooperam 
com a administração pública no seu afazer, normalmente na área de saúde. Entidade 
sem fim lucrativo. Mas executam a administração pública (geram algo para o 
público). 
 
STF estabeleceu que a ECT e Infraero (duas empresas estatais), apesar de possuir 
regime jurídico de direito híbrido, possuem seus bens impenhoráveis, têm direito de 
fazenda pública, inalienabillidade dos bens -> Que são características da Adm direta – 
Mas a CF não manda tratá-la como se de Direito privada fosse ? Pq o STF estabeleceu 
que elas prestam serviço público com privilégio exclusivo (significa que só ela presta 
esse serviço público, logo, tem todos os benefícios de uma autarquia. E aí percebe-se 
que elas possuem um regime quase idêntico ao de uma adm indireta. Mas é uma 
pessoa jurídica de direito privado). 
 
Saddy adota a corrente de que há 3 atividades da Adm pública: 
1. Prestacional -> Serviço público 
2. Atividade estimulativa -> Fomento 
3. Atividade limitatória ordenatória -> Poder de polícia 
 
Poder executivo realiza pelo menos 4 funções distintas 
1. Atividade diplomática 
2. Atividade política 
3. Atividade financeira 
4. Atividade administrativa 
“A adm pública fica, os governos vão.” 
Alguns entendem que o objeto do direito administrativo ( o que ele estuda) é a 
função administrativa. Mas o professor acha que está incompleto. 
Atividade comum: Relizo em nome próprio para fins próprios. (A Adm. Pública 
também exerce, de forma secundária, mas é exceção. Ex da caneta para professores). 
Atividade Funcional: Eu realizo em meu nome para atingir algo para terceiros. É o que 
a administração pública faz. 
 Característica serviçal. Realiza em nome próprio algo que não é 
para ela, é algo para toda a coletividade. Interesse público, de forma imediata. 
 É o fim maior da Adm. Pública. 
Outra característica - > Grande volume organizativo. 
Adm pública centralizada -> Chefe do executivo e seus ministérios 
Adm. Pública descentralizada-> Autarquias, Fundações, Empresas públicas e 
sociedade de economia mista. 
 
LEGALIDADE – LEGITIMIDADE - LICITUDE 
 
OAB é uma entidade Sui Gêneris -> Não sabe o que é – Autarquia Sui Generis -> 
Judiciário regula. 
 
Norma jurídica é diferente de enunciado normativo (Ex da chuva/guarda-chuva) 
 Norma Princípio -> Gerais. Hipótese smp aberta. Consequência aberta. 
 Norma regra -> Hipótese sempre vai ser fechada. 
Enunciado normativo é a letra da lei. 
 ESTRUTURA DA NORMA JURÍDICA 
Hipótese – Operador deontico – conseqüência jurídica 
 Se chover deve dar guarda-chuvas 
 
 
 LEGALIDADE 
 
 LEGITIMIDADE LICITUDE 
 
 
 Interesse público geral 
 
 
 Hoje não é vinculativo às 
atuações da Adm Pública. O geral é a 
intersecção entre os três pilares, 
respeitando-os. 
 Quais são os interesses públicos 
vinculativos? São aqueles específicos, 
que é o interesse que o legislador/lei 
estabelece como um fim a ser 
alcançado pelo Estado. 
Estado de Direito = Estado de legalidade 
Estado democrático = Legitimidade 
Estado social/justiça = Licitude 
PRINCÍPIO DA JURISDICIDADE -> Hoje o Estado não está vinculado estritamente à lei, mas 
sim à todo Direito como um todo. Art 37, caput CF. Não importa mais a literalidade da 
lei. Normas princípios com força normativa. Princípios implícitos. 
SEGUNDA AULA 
Relação Jurídico administrativa -> O equilíbrio entre os administrados e a Adm. Pública. 
No Brasil não há contencioso administrativo, só a comum – Jurisdição Una. 
Critérios para determinar quem é competente: 
Ato de autoridade da Adm. Pública -> Utiliza Seu poder de império – Usa o Dir. Adm - 
Ato de gestão -> Ato de particular – não existe uma relação jurídico-administrativo 
Vou aplicar ou não o Direito Administrativo no caso concreto? 
Se a Adm. Pública utilizou qualquer de suas prerrogativas para atuar, se utiliza o Dir. 
Adm. para a resolução daquele caso. 
 Não existe conceito de Serviço público, existe uma noção, que ATUALMENTE se 
entende como uma das atividades prestadas pela Adm. Pública. 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O direito é um universo de fontes que visam ordenar a vida social, não sendo possível, 
solucionar os conflitos existentes na sociedade. 
Princípio da Jurisdicidade!! O Estado não está limitado só à lei, mas à lei e a 
todo o Direito. 
Precedentes Adms: Situações concretas que eu vou analisar diante de uma 
decisão que não necessariamente deve ser obedecidos. Conjunto de decisões adm no 
mesmo sentido quando as características do pedido são os mesmo. Pode-se 
negar/mudar o precedente, desde que motive de forma qualificada (Porque 
antigamente agia/decidia de uma forma, e hoje de outra). Dever de obediência à 
Segurança jurídica, confiança legítima e o princípio da igualdade. 
Costumes: Práticas reiteradas (Só os costumes são fontes do Direito no Brasil 
para preenchimento de lacunas) 
Praxes Administrativas: Práticas burocráticas (Ex. Redigir memorando em 
máquina de escrever em vez de computador). 
Normas escritas -> princípio da legalidade. Restringir e vincular as atuações de 
quem é regido por ela. 
 Não só o parlamento/legislativo edita leis atualmente. Ex: Código de 
conduta pelas empresas, estatuto da OAB. 
 Ver características no Manual/apostila. 
Doutrina -> Não é vista como fonte normativa porque ela não faz parte do Estado e 
nenhum poder dele. Influencia indiretamente nas decisões da Adm. Emana 
interpretações de enunciados administrativos. Não significa que não pode usar a 
doutrina como forma vinculativa nas decisões adms. 
OBS.: a própria doutrina n se considera fonte do d. adm., uma vez que possui o 
entendimento de que é instrumento utilizado pelos aplicadores do d. para criar fontes 
normativas. Influencia as diferentes fontes do direito. 
Jurisprudência -> É fonte do Dir. Administrativo. É a interpretação que leva a cabo 
os juízes e tribunais mediante a emissão de sentenças. 
Princípios Gerais do Direito -> Opinião comum entre diferentesoperadores do 
Direito fazem com que determinados princípios sejam inseridos numa lei, sendo 
explícitos. Não há hierarquia entre eles. Força de norma. Se aplica como fonte do 
Direito. Há os implícitos – não expressos na CF, mas entende-se que devem ser 
aplicados como se norma jurídica fosse. 
 Aplicação no ordenamento jurídico administrativo: Princípio da 
Territorialidade. 
PRINCIPIOS X REGRAS 
PRINCIPIOS HOJE POSSUEM FORÇA NORMATIVA. 
N.P.: valores de determinada soc. impostos, a partir de valores fundamentais; grau de 
abstratividade grande; hipótese (ato exercido, p.ex.: correção de prova) e conseq 
jur.(decorrências desse ato, p.ex.: distribuir gabarito, para que se evite subjetividade na 
correçao) ABERTA; depende de uma construção de uma atividade criativa/construtiva, uma 
vez que são abertas as hipóteses e conseq.; não há hierarquização entre os princípios, ainda 
que AXIOLOGICAMENTE, divida-se os p. da adm. em supra, isso é meramente terminológico. 
N.R.: hipótese e conseq. Jurídica FECHADA 
Comparativamente: dar guarda chuva se chover (norma) x principio da n molhabilidade (a 
hipótese seria que não devera se molhar, e a conseq jurídica serão diversas, meios pelos quais 
eu meutilizo para que eu NÃO me molhe). 
Conflito entre normas e regras, depende da aplicabilidade que se da. Normalmente, no d. adm. 
a N.R. tem preferência devido ao principio da legalidade. 
Conflito entre regras, resolve-se através da hierarquia, especificidade e temporalidade; 
Aplicação do TUDO OU NADA. 
Conflito entre princípios resolve-se através da ponderação (p.ex.: meia entrada.. lucro 
empresarial x acesso a lazer e cultura); n se deixa de aplicar um principio (tudo ou nada) 
p.ex.: convenção de varsovia x CDC. Há que se saber que há limitação da resp civil perante 
determinada prestação de serviço pelas cia aéreas, restringindo valores a serem pagos aos 
usuários. CDC prevalece no BR, pois estabelece q resp do prestador devera ser reestabelecida 
ao status quo antes da prestação do serviço. 
 
PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO: 
 
NÃO há hierarquização dos princípios. 
Resolvem todos ou quase todos os problemas. 
♥SUPRA OU SUPER 
♥FUNDAMENTAIS (CONSTITUCIONAIS) 
♥GERAIS EXPLICITOS OU EXPRESSOS (CONSTITUCIONAIS) 
♥GERAIS IMPLICITOS na CF, ou seja, pode existir lei que trate qualquer um desses principios. 
♥SETORIAIS (INFRACONST.). 
 
SUPRA OU SUPER 
Basicamente, essa terminologia invoca o estudante a refletir que em toda e qualquer atuação 
adm., esses serão os dois pressupostos básicos, de modo que a Adm. sempre tenderá a busca-
los exercendo suas atividades. 
São os princípios regedores de toda atuação adm. 
Esses dois princípios, anteriormente, já tiveram carac. Absoluta (juris tantum), mas atualmente 
não há principio que seja absoluto, sempre haverá algum grau de relatividade 
 
→ PRINCIPIO DA ´SUPREMACIA´ DO INTERESSE PUBLICO SOBRE O PRIVADO 
 Hoje a terminologia mais adequada, devido à mitigação do principio seria 
a prossecução, ao invés de supremacia. 
 Interesses coletivos são mais importantes do que os individuais 
 Condição para a própria coletividade 
 Razão pela qual recebe prerrogativas 
 Diz respeito ao interesse público primário, apenas. 
 
→ PRINCIPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PUBLICO 
 O interesse publico é indisponível, n se pode escolher quando ira ou n respeitar o 
interesse publico. O individuo n tem poder para essa escolha, o juiz é quem decide, 
mas o individuo terá o d. de recorrer. Definido em lei um interesse publico, o estado 
não pode abdicar-se daquilo que a lei prevê, na teoria.. na pratica isso n ocorre, p.ex.: 
no caso do policial, que é agente e possui livre arbítrio de aplicar ou n certas 
determinações. NÃO PODE DISPOR DE INTERESSE PUBLICO, entretanto visto a 
realidade há, atualmente FLEXIBILIZAÇÃO. 
 O Estado não é dono do interesse por ele defendido, logo, não poe seguir sua própria 
vontade. Devem obedecer a lei. 
 STJ em 2012 autorizou arbitragem em contratos administrativos 
 
OBS: INTERESSE PUBLICO PRIMARIO X INTERESSE PUBLICO SECUNDARIO 
interesse especifico de toda coletividade interesse da própria adm. para 
posteriormente satisfazer o interesse 
primário da coletividade. 
P.ex.: em casos em que n envolve materialidade seria o caso do militar q n passou na prova que 
o edital errou mas publicou errata, pq permaneceu o interesse pub sobre o privado, de modo 
que, exigindo isso, a adm publica se valeria, para si nprorpia de qualidades físicas essências a 
plena eficiência de suas atividades pelos agentes. 
 
INTERESSE PUBLICO X SOMA DOS INTERESSES INDIVIDUAIS (?) 
 
FUNDAMENTAIS: .. 
→ P. FEDERATIVO Da Rep. Federativa do Brasil 
Todas as entidades da fed. Devem ter voz na vontade politica na Uniao/Cada ente federativo 
tem direito e manifestar sua vontade. 
 Discute-se se mun faz parte ou não na fed, o mun n faz parte do Congresso, por isso alguns 
entendem que eles n fazem parte do ente federativo. 
→ P. REPUBLICANO 
Periodicidade dos mandatos, ideia de que as pessoas no Congresso estão eleitas de forma 
democrática por conta do principio da democracia.. participação popular. 
→ P. DO ESTADO DE DIREITO 
Ideia de que a Adm Pub. está embasada na legalidade. Da mesma forma que o estado 
democrático liga-se à legitimidade. Estado de justiça liga-se à licitude 
 
→ P. REPUBLICANO 
Periodicidade dos mandatos, ideia de que as pessoas no Congresso estão eleitas de forma 
democrática por conta do principio da democracia.. participação popular. 
→ P. DO ESTADO DE DIREITO 
Ideia de que a Adm Pub. está embasada na legalidade. Da mesma forma que o estado 
democrático liga-se à legitimidade. Estado de justiça liga-se à licitude 
→ P. DA SEPARAÇÃO DOS PODERES 
Funções típicas e atípicas, freios e contrapesos, dos 3 poderes. 
→ P. LIVRE INICIATIVA 
Estado capitalista, o Est. deve se abster de atuar na atividade económica, devendo-se 
equilibrar nos princípios da n intervenção/abstenção e da subsidiariedade. 
Assegura o capitalismo. Estado intervém na economia/ativ. Privada de forma subsidiária. 
 
PRINCIPIOS GERAIS EXPLICITOS/EXPRESSOS 
→ P. DA LEGALIDADE: para o poder publico, é distinta a visão que possuem acerca desse 
principio no âmbito do d. privado. 
Para o d. privado, estaremos diante de norma geral permissiva implícita, ou seja, na relação 
entre privados poderá se fazer o que bem entender, desde que n disponha contra norma 
existente. “Pode fazer tudo desde que não haja lei proibindo”. 
Para o d. publico é norma geral proibitiva implícita, ou seja, a Adm. Pública não pode fazer o 
que quiser e bem entender, só poderá fazer o que estiver autorizado em lei/ permitido pela 
norma. Em casos de lacunas a Adm. Publica também n poderá atuar, é por isso que deve-se 
normatizar para regular sua atuação. 
OBS.: estamos diante de uma transformação que leva o p. da legalidade para o p. da 
juridicidade, onde n se vincula exclusivamente à lei mais a todo direito, para princípios e etc…., 
n importa a letra da lei, mas sim o valor, a finalidade que a lei quer atingir, deste modo poderá, 
o agente da adm. publica, utilizar-se de formas que visem a cumprir com a finalidade da lei, 
sem necessariamente segui-la de modo estrito (p.ex.: policial que n aplicou a multa e exigiu 
que fosse posteriormente à delegacia mostrar que possuía determinado equipamento exigido 
pela lei que, necessariamente exigia multa daquele que se abstivesse de tal cumprimento. 
Ratio legis). 
A legalidade é ainda aplicada de forma mt estrita. 
Exceção: estado de sitio, de defesa 
TEORIA DA SUPREMACIA ESPECIAL: podendo, a partir de uma situação concreta, dar a ela 
uma solução casuística, enquanto n existe relação jurídica. 
OBS.: decretopresidencial é um ato administrativo, não uma lei, sendo assim, é atuação da 
A.P., sendo que o individuo só poderá deixar de fazer algo senão em virtude de LEI, o decreto 
presidencial, sendo um ato adm. não poderá, então, restringir o uso de minissaia. (DECRETO 
PRESIDENCIAL – ATO ADM – X LEI). Deste modo, em determinadas cidades pequenas os 
prefeitos que decretam que os indivíduos n podem fazer algo, por ser ato adm., esses 
indivíduos não seriam obrigados. Entretanto, se leg. decidir, atraves de lei que não poderá usar 
minissaia, daí sim, o individuo n poderá usar. 
 
→ P. DA IMPESSOALIDADE: caput, ART 37, CF 
Vertente Subjetiva e Objetiva 
O ato não é praticado pelo operante, mas 
sim pela pessoa jurídica do Dir. público 
na qual ele participa. EX: O servidor que 
pratica o ato, não responde por seus atos 
de forma pessoal, mas na forma 
coorperativa (p.ex.: prof da UFF age, 
dentro de sua função, em nome da UFF, 
não em seu próprio nome – A UFF é a 
responsável pelos atos do servidor). 
Decisão administrativa tenha como 
destinatário a coletividade, ou seja, o ato 
adm não pode prejudicar ou faorecer 
determinada pessoa. A Adm. Pública só 
pode realizar atribuição em respeito à 
isonomia , sem tratar de forma distinta. 
 
→ P. DA MORALIDADE: liga-se à ideia de etica, MORAL, probo, atuar com dignidade, verosímil 
- atuar respeitando a boa-fé objetiva. 
Teoria do mínimo ético: o d.esta dentro da moral 
Teoria dos círculos independentes: d. e moral estão em dois círculos distintos que n se 
confundem 
Teoria do circulo secante: há aspectos do d. e da moral na parte secante que se confundem, 
havendo aspectos individuais do d. e da moral. 
p.ex.: utilizar-se de material da entidade para fins próprios que n sejam ligadas à função do 
servidor dentro daquele órgão; estabelecer contratação direta quando a lei manda fazer 
licitação. (essas situações violam o princípio da moralidade 
IMORAL X AMORAL (amabas inserem-se no p. da moralidade) 
Imoral: violação do d. x amoral: n viola o d., mas sim a moral, n sofrendo nenhuma sancao 
jurídica.→ P. DA PUBLICIDADE: qualquer forma de abertura e transparência da adm. 
Publicação de determinada vontade a Adm. Pública no diário oficial. 
Publicidade entendida como de modo estabelecido pela CF, que seria publicar no instrumento 
oficial as tomadas de decisões da A.P., que seriam decisões relacionadas à coletividade ou 
aquelas q sejam atos individuais que possa interferir sobre terceiros (p.ex.: formação do 
bacharelado em direito de individuo X). 
Parte majoritária da doutrina refere-se à publicidade de modo que, a A.P. deverá agir de modo 
transparente e aberto, realizando os atos adm. com a maxima transparência, ser claro para 
que todos tenham nocao do que se trata (sem o juridiques). 
PUBLICIDADE X TRANSPARENCIA X ABERTURA 
T.: publicação de forma clara 
A.: dar acesso ao povo as informações 
P.: publicação no diário oficial 
PROCESSO ADM. É PUBLICO! 
Exceção: estabelecimento de confidencialidade que pode ser de 5 a 20 anos, e so existe 2 atos 
adm. no BR. 
 Caput art 37/CF  Art 3º, II, lei 9784/99 
→ P. DA EFICIENCIA: foi incluso com a EC 19/98 (EMENDÃO) era p. implícito, tornando-se 
expresso. Caput, do ART. 37, CF. Não estava expresso na CF, após, trouxe mais segurança. 
 Conseguir o melhor benefício com o menor custo 
 Duração rasoável do processo adm. 
 Estágio probatório 
 Contrato de gestão das agências executivas 
Alguns estabelecem q atuar de modo eficiente é atuar de modo económico, celere etc.. junção 
de grandes princípios do d. adm. 
Quando A.P. se utiliza dos bens publicas, ela gere o interesse de toda coletividfade, n podendo 
atuar do modo como ela quiser. 
Utiliza-se mecanismos pela A.P. que buscam buscar a eficiência em sua função exercida. 
→ P. DA PARTICIPAÇÃO: relaciona-se ao p. da democracia, em que se tenta demonstrar maior 
participação do particular na atividade adm., é a chamada democracia substancial, na qual o 
Estado tende a buscar manifestações da coletividade em relação às politicas publicas. Por 
conseguinte, tomando essa decisão, haverá maior LEGITIMIDADE. 
Daí as contestações serão menores, pois foram os próprios interessados que escolhem (p.ex.: 
coleta de opinião, referendo, participação de contribuintes etc…). 
 Participação das decisões coletivas – Ex: Audiência pública 
 
→ P. DA CELERIDADE PROCESSUAL 
Assegura Prazo razoável do processo. 
Nem sempre o prazo legal é respeitado – C/ explicação razoável 
 
→ P. DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
Rito estabelecido em lei devera se respeitado 
Cumprimento de um rito predefinido como condição de validade da decisão material, decisao 
justa e proporcional. 
 
→ P. DO CONTRADITORIO E DA AMPLA DEFESA 
Deve ouvir os interessados e contemplar, nas decisões, as considerações arguidas. 
Deve assegurar os meios de prova 
 
PRINCIPIOS GERAIS IMPLICITOS: 
(.. na CF, n necessariamente implícitos em leis. 
Princípios em que a sociedade entendem como 
principio geral do d. adm., mas que ainda n 
foram positivados) 
→ P. DA CONFIANCA LEGITIMA: A.P. deve atuar dando o max. De confiabilidade ao individuo, 
atuando de boa fe, para que o particular confie nas decisões futuras. N podendo ficar 
mudando o precedente adm toda hora, perdendo a seg. jurídica e a confiança legitima que são 
princípios atrelados. Normalmente o p. da S.J. esta ligado ao p. da C.L., de modo que a A.P. 
deverá atuar dando o max. Numero de respaldo acerca de uma decisão, para o individuo 
confie na decisão adm., dando segurança para pop., estabelecendo previsibilidade às suas 
decisões. Para isso deve-se publicar as decisões dando a elas maior visibilidade; 
→ P. DA LIBERDADE: O homem é livre para fazer o que não estiver previsto em lei. A liberdade 
de uma pessoa está limitada na forma que as normas regulamentam. 
→ P. DA SEGURANÇA JURIDICA: Conceder ao administrativo uma maior segurança em relação 
as decisões da adm. 
→ P. DA ISONOMIA, IMPARCIALIDADE, GENERALIDADE, IGUALDADE: Todos são iguais na 
medida das suas desigualdades. 
→ P. DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE (no BR, a mesma coisa)
 EUA Alemanha Todos os razoáveis incluem proporção 
Razoabilidade: Teoria do homem médio 
Proporcionalidade: Força x Falta // Se a falta é pequena, força pequena. 
 
→ P. DA CONTINUIDADE 
→ P. DA ECONOMICIDADE: Levar menos tempo, menos pessoal, menos material 
→ P. DA MOTIVAÇÃO: todo e qualquer atuação adm. deve ser devidamente 
fundamentada/motivado, n apenas os vinculados, mas o discrionario também -> Para existir o 
controle. 
SUJEITOS 
Para entender a diferença entre Adm. direta e indireta, precisa-se entender a 
diferença entre Desconcentração e Descentralização. 
 Ligado a ideia de órgão Ligado a ideia de entidade 
 Não criação de uma nova Tem a criação de uma nova personalidade Jurídica 
personalidade jurídica 
 
Imagina uma determinada Entidadade da Adm. Pública que queira criar um 
determinado órgão interno pra realizar uma atribuição específica por conta de uma 
matéria. Ou seja, vamos dividir as matérias. E fulano vai ficar com as coisas relacionadas 
aos alunos, outro setor vai ficar com as coisas relacionadas à Pós-graduação, outro à 
graduação, aquele ali vai é pesquisa, e aquele é extensão. 
Então eu tenho uma determinada entidade pública, com a sua personalidade jurídica 
(Ex. UFF – Entidade autárquica que desconcentra a sua função em diferentes órgãos -> 
PROGRAD, PROESP --- A fim de desmembrar as matérias -> Necessidade de 
desconcentrar -> Cria órgãos, mas não cria nova pessoa jurídica.) 
 
Outra coisa é quando o Estado percebe que não adianta desconcentrar aquela 
atividade da administração, pois ela cresceu de uma forma tão grande que nada 
impede que a Adn. Púbica realize a adm da área educacional daquele município,mas 
ele pode decidir descentralizar -> Criar uma nova personalidade jurídica – um novo 
ente. Ex: O município pode administrar as obras da cidade, mas decide criar uma 
empresa pública para fazer isso. E faz isso para dar mais autonomia financeira, 
gestacional para essa entidade que se está descentralizada (Estatal, autarquia ou 
fundação). O grau de autonomia vai depender da legislação do que ele vá se tornar. A 
LEI QUE OUTORGA ESSA CRIAÇÃO QUE VAI ESTABELECER O GRAU DE AUTONOMIA QUE 
ESSE NOVO ENTE VAI TER. 
Nada impede que, uma vez que o município decide descentralizar a atividade 
educacional para autarquias (UFF, UFRJ), ela desconcentre. 
Pessoa jurídica de direito privado NÃO cria novos órgãos, nem desconcentram as suas 
atividades. 
 
Normalmente a descentração deriva de um novo órgão. Ex: a ECT hoje é uma empresa 
pública. Se ela é uma empresa pública, o que aconteceu foi uma descentralização. Mas até 
1967 ela era um departamento brasileiro de correios e telégrafos (dignifica que ela era um 
órgão do ministério da comunicação – Então tinha a presidência da república, dentro da 
presidência tinha o ministério das comunicações [desconcentração], aí dentro desse 
ministério tinha o departamento brasileiro de correios e telégrafos que foi criando 
secretarias, subseções, etc ). Até que a presidência e seu ministério resolveram descentralizar 
o DCT para que ele tivesse autonomia e pudesse realizar as suas atividades com eficiência, 
transformando-o em empresa pública, através de uma lei. 
OBS: Empresa pública NÃO cria órgãos (natureza de direito privado) – Só as autarquias e 
fundações criam órgãos, ou a própria adm direta. 
Resumindo: Desconcentração não se cria uma nova personalidade jurídida (ligada a ideia de 
órgão). 
Ex: Delegacia de polícia, ministério da união 
 
Descentralização cria-se uma nova personalidade jurídica -> Dar mais autonomia. 
Ex: Autarquias, fundações, etc. 
 
OBS: Eu tenho dentro de uma Adm Pública, a Administração Direta e Indireta 
(Descentralizada ou por outorga) 
Administração Centralizada – Direta 
Nada mais é do que a cúpula da Adm. Pública local/regional/federal. 
 Quem faz parte? A Presidência da república, seus ministérios e secretarias. Em nível 
Estadual, o governo do Estado e suas secretarias. Em nível municipal, o prefeito e as suas 
secretarias. 
  Classificação quanto à Estrutura: 
 Simples: Normalmente é o último órgão da pirâmide – Não se 
subdivide.  Composto: É aquele que tem outros órgãos dentro de si 
 
  Quanto à Função 
 Singular: Quando as decisões está na mão de apenas um agente público. Pode ser 
unilateral 
 Colegiado: O poder de decisão fica com um colegiado, um grupo ou agentes 
públicos, por maioria da unanimidade. 
  Quanto ao grau de autonomia (Vai depender da legislação) 
 INDEPENDENTE -> Criados pela CF. Não estão sujeitos a qualquer subordinação. 
Órgãos da Adm. centralizada. Não podem ser extintos, salvo por uma reforma da CF. 
Por ex: O congresso nacional, TCU, câmara, própria Presidência da República, MP.. 
  AUTÔNOMO -> Não foram criados pela CF. Possuem autonomia financeira, 
gestacional. Não possuem a mesma autonomia do que os independentes, mas estão 
intimamente ligados a eles. Maior flexibilização em criar e extinguir. Ex: AGU, 
ministérios, secretarias, etc. 
  SUPERIOR -> Diretamente ligado ao autônomo e possui competência diretiva e 
decisória. Não tem autonomia financeira nem adm. Ex: Gabinetes, secretarias-gerais, 
procuradorias e coordenadorias. 
  SUBALTERNO -> Aqueles órgãos que não tem qualquer poder de decisão. 
Normalmente são órgãos singulares que não possui nenhum outro dentro dele. Só 
aplicam e executam as ordens superiores. Ex: Repartições comuns. 
 
 
Administração Descentralizada 
Obs: Pode haver Departamento x com natureza de autarquia, porque presta 
serviço/atividade típica de administração 
 Indireta ou Sujeitos por outorga  Composta por entidades personalizadas  Possuem especialidade em suas atribuições 
AUTARQUIA COMUM 
-> é uma pessoa jurídica de Direito Público, criada por lei específica para 
desempenhar atividade típica da Adm. Ex: INSS, IBAMA, INCRA, Banco Central, 
Universidades Públicas. 
-> Como se fosse adm direta – Possui as mesmas características da Adm Central, mas faz 
parte da Adm Descentralizada, logo, houve uma descentralização, e com isso, uma 
personalidade jurídica. 
-> Buscar definição no Decreto lei 200/1967 -> Art. 4º e 5º. 
CF/88 revogou certos conceitos. Cuidado!! 
-> Braço da Adm Direta – Personalidade Jurídica de Direito Público (a mesma do Ente que a 
criou). 
-> Autarquia tem que ser criada e extinta por lei. Sendo assim, não precisa ir ao cartório 
registrá-la. Uma vez publicada a lei, ela já existe. 
-> Forma: Sui Gêneris (Não sabe o que é ) 
-> Possui Privilégios processuais: Prazo em quádruplo para contestar, em dobro para 
recorrer, desnecessidade de adiantar custas e de anexar procuração de representante legal, 
etc. 
-> Pagamento de dívidas: Precatório (Art. 100 CF/88). 
-> Bens impenhoráveis, inalienáveis, imprescritíveis. 
-> Foro: JF (Art 109 CF). 
->Imunidade tributária. 
-> Responsabilidade Objetiva e direta. Art 37, caput CF. 
-> Procedimento de preenchimento de cargo: Regra estatutária com obrigatoriedade de 
CONCURSO PÚBLICO. Servidores Públicos. Art. 37, II, CF. 
-> Liticação OBRIGATÓRIA pra toda e qualquer venda/compra que venha realizar – Art 37, XXI 
CF e Art 1º da lei 8666/93. 
Resumindo: Autarquia e Adm Central são a mesma coisa, a única mudança que se faz é que 
para fugir do rigor hierárquico e dar mais autonomia, cria uma nova personalidade jurídica 
que realiza atividades típicas da Adm. 
Dentre as atividades: 
o Exercer o poder de polícia Ex: IBAMA 
o Prestar serviço público Ex: CNEN 
o Fomento público Ex: SUFRAMA, SUDAM, SUDENE Exercem as três ativ. Da Adm - 
o Intervir na ordem econômica Ex: BACEN, CADE 
o Intervir na ordem social Ex: INSS, UFF, UFRJ 
 
 
AUTARQUIAS ESPECIAIS 
Com o tempo, principalmente pela transformação do Estado do bem estar social para um 
Estado regulador, foi percebendo que para dar cabo a essa nova função do Estado que é a 
função regulatória, era preciso criar um novo ente da Adm indireta, então se criou as 
Autarquias especiais (Agências reguladoras) – Porque quando foram criadas, o Estado 
percebeu se criá-las como as autarquias comuns, não teriam o grau de independência 
necessário e suficiente para exercer a função regulatória daquele determinado setor 
econômico (apolítica e técnica). 
Art 174, CF/88. 
Basicamente, são 4 coisas que diferenciam a autonomia que uma autarquia comum tem de 
uma agência reguladora: 
1. Não possui atividade típica da Adm, ela possui atividade típica do ESTADO. Significa 
que além das três atividades da Adm Pública (executivo), ela também possui função 
quase judicial (podendo realizar conciliação, mediação e arbitragem) e quase 
legislativa (possibilidade de criar resoluções normativas), ou seja, o Estado quando 
criou essas autarquias (por lei), realizou um processo de deslegalização (Essas 
determinadas regras relacionadas ao setor de telecomunicações, setor de petróleo, 
etc.. não precisam mais ser tratadas pelo reserva de lei, não precisa mais ser o 
parlamento dizer o que pode e o que não pode, pois não detém da mesma 
capacidade técnica que a Ag. Reguladora possui – então deixa de ter a necessidade de 
ser regulado por lei – pode então criar resoluções que vão efetivamente criar direitos 
e deveres – para assim conseguir regular o mercado). Decisão arbitral que ela tem 
possui força normativa. No EUA, é comum falar que as Agências reguladoras formam 
o quarto poder. 
 
2. Estabilidade dos dirigentes: Impossibilidade de exoneração. É escolhido pelo 
presidente da república e sabatinado pelo senado. Uma vez escolhidos,são estáveis 
durante todo o mandato. Para que não existisse uma composição única por partido, a 
legislação criadora das Ag. Reguladora estabeleceu um mecanismo para que houvesse 
um ciclo de poder, de forma que todo ano um diretor da Ag. Reguladora fosse 
trocado, não tendo decisões políticas, e sim técnicas. Apolítica e técnica. De forma 
que o presidente da república não tivesse influência nas decisões tomadas pela 
agência reguladora. Diminuição a autonomia das Ag. Reguladoras (?) 
 
Qual o problema em dar estabilidade aos dirigentes? A CF estabelece que só há três 
formas de ingressar no serviço público: Cargo comissionado (livre nomeação e 
exoneração), concurso público (prestação de provas e títulos) ou por cargo 
temporário. Quando a legislação que criou a Ag. Reguladora e estabeleceu que o 
chefe do executivo nomeia livremente quem ele quiser, mas uma vez nomeado, não 
pode exonerar. Mas ora, a CF não cria essa possibilidade – Então você não pode dar 
estabilidade a uma pessoa por 4 anos que não fez concurso público. Então, por mais 
que a CF não estabelecesse de forma nítida e clara essa “estabilidade”, entendeu-se 
por mutação constitucional que o que existia na concepção do Art 21, XII c/c Art 37, I 
e II que havia a viabilidade jurídica da estabilidade dos dirigentes. 
 
3. Não existe controle hierárquico: Ex: A ANS esta vinculada ao ministério da saúde, mas 
a decisão do seu colegiado de diretores é final. Não existe controle hierárquico dessa 
decisão tomada, pois ela é a última. Não há a possibilidade de um recurso hierárquico 
próprio (Ex. recurso de nota de prova na UFF). Não existe subordinação entre a Ag. 
Reguladora e ao ente que a criou – ela só deve obedecer as políticas públicas. 
 
4. Autonomia financeira: Inexistência da necessidade de buscar recursos do tesouro 
público/nacional. Cobram taxas as entidades que elas regulam/fiscalizam. Algumas 
Ag. Reguladoras estaduais e municipais continuam dependendo do tesouro nacional 
porque a taxa de regulação não é suficiente para manter as suas necessidades. 
 
 
Nada impede que uma nova lei de uma nova agência reguladora (federal) crie 
mais autonomia. A legislação que determina a autonomia. 
 
Entre as autarquias comuns e as agências reguladoras há outras autarquias 
(professor chama de autarquias especiais) que podem estar mais perto da 
autarquia comum ou mais próxima à Agência reguladora, mas não é nem uma 
nem outra. Então é uma autarquia especial porque está ali variando de um grau 
de autonomia de acordo com a legislação que a criou. 
 
As autarquias educacionais (não são autarquias comuns nem agência 
reguladora). Estão mais próximas da autarquia comum. 
 A CVM, o CADE, BACEN -> Não são agências reguladoras (não possui as quatro 
características), mas estão bem mais próximas delas do que das autarquias comuns. 
Há quem chame a CVM, CADE e BACEN de Agência reguladora, o professor não 
entende de forma igual. O maior grau de independência dado às autarquias foi dado 
para as agências reguladoras – Essas três autarquias não possuem as 4 características 
das Ag. Reguladoras. 
Ou seja, há as autarquias especiais reguladoras, e as autarquias especiais de sentido 
estrito, e essa última fica entre as Ag. Reguladoras e as comuns. 
Nem toda Ag. Reguladora tem o nome de Ag. Reguladora. As vezes é só Agência. 
O ente regulador, sendo apolítico e técnico, tem que se encontrar no ponto ótimo do 
triângulo equilátero. 
 
 
3 características do ente regulador: 
1. Permeabilidade 
2. Transparência -> Abertura, publicidade 
3. Neutralidade -> Decisões previsíveis -> TÉCNICAS 
 
*Captura do ente regulador -> Teoria da Captura 
Uma força de todas as partes do triângulo equilátero tentando fazer a captura 
do ente regulador. Ex: Iniciativa privada – congresso com Ag. Reguladora ou 
poder público. Nessa relação, o consumidor é hipossuficiente. 
 
Triângulo de aço (o não pontilhado) 
 Grupos de interesse para tomada de uma determinada decisão 
 Poder legislativo 
 Adm. Pública 
Grupo de interesses dá apoio financeiro a alguém para se eleger no legislativo -> 
Quando ela se elege, quer em troca uma legislação que proteja os interesses daquele 
grupo. Regulação mais branda. Ele quer ser pouco fiscalizado. Ele quer que o executivo 
feche os olhos para a receita. 
Grupos de interesse que oferece apoio ao legislativo, que oferece apoio ao Adm e esse 
ciclo vai sempre existir. Então o ente regulador tem que tentar sempre ser neutral a 
tudo isso. 
 
Agência reguladora -> Autoridade reguladora independente. 
 
Faz parte da Adm Pública Executa atividade típica da regulação 
 
Interferência pública 
intencional nas 
escolhas de terceiros 
Pode-se interferir de 3 formas: 
1. Só indicando alguma coisa 
2. Insitativa (o Estado ínsita) 
3. Imperativa (Estado impõe) Ex: Rótulos nos alimentos, indicação de caloria, 
se tem glúten ou não, etc. 
 
Avocar -> Quando se delega algo para alguém e pega para si de volta. Ou 
quando se tem um subalterno e avoca a competência do subalterno, ou seja, 
um competência que não é sua, mas avoca para si (Você deve/tem que saber 
fazer o que o seu subalterno faz). Avocação por parte do presidente da 
república: Decisão populista (?) – Tira a independência das Agências 
reguladoras, o que faz com que cada vez mais se aproxime das comuns. 
 
ATOS EXECUTIVOS, QUASE LEGISLATIVOS E QUASE JUDICANTES. 
 
Características Quase normativa/legislativa e Quase judicante 
A função executiva todas as autarquias possui 
 
Delegação legislativa – STF – Delegalização – Isso não precisa mais ser tratada 
em lei. Tira da reserva de lei e coloca em atribuição administrativa. 
 
AUTARQUIAS TERRITORIAIS 
Hoje não existe mais 
Já existiu. Os territórios federais são considerados autarquias. 
 
AUTARQUIAS COORPORATIVAS 
Não possui as quatro características das reguladoras 
Aquelas que regulamentam determinada profissão. Quando uma profissão é 
regulamentada/legalizada, se via um ente fiscalizador daquela profissão. Ex: 
CRM, OAB. Confiadas pelo poder público para fiscalizar aquela profissão que 
ele reconheceu como existente. Nem toda profissão tem entidade própria. 
Quando se reconhece por lei determinada profissão, ela pode criar uma 
entidade autárquica que pode fiscalizar os próprios profissionais daquela 
profissão. 
Só a OAB foi estabelecida na CF como uma entidade profissional, como uma 
Autarquia Coorporativa -> O STF decidiu que ela se trata de uma Autarquia 
Coorporatia Sui Gêneris (O que tem de bom em ser autarquia – Prazo em 
dobro, pagar em precatório, bens impenhoráveis -/- O que tem de bom no 
privado – não licitar – não precisa fazer concurso público). 
 
EMPRESAS ESTATAIS 
 Exercem atividades industriais e comerciais. Ou seja, já não tem atividade 
fiscalizatória, não tem atividade estimulativa. Só tem a atividade prestacional 
do Estado prestando serviço público ou uma atividade econômica em sentido 
estrito (Industrial ou comercial). 
 Então o Estado cria uma empresa pública ou sociedade de economia mista 
que genericamente é chamada de empresa estatal. 
 Isso não significa que hoje o poder de polícia não possa ser delegado para um 
particular (EX: Vistoria do carro, vistoria no aeroporto – Consentimento de 
polícia). 
 Personalidade jurídica de Direito PRIVADO 
 Regime híbrido porque ao mesmo tempo que possui personalidade jurídica 
de Direito Privado, se elas prestam serviço público, elas vão estar mais 
próximas de uma autarquia, das características de uma autarquia. Se 
exercem atividade econômica em sentido estrito vai estar mais próximas de 
uma empresa privada. 
 O ARt 173 parágrafo primeiro CF, diz que as empresas estatais devem ser 
tratadas como se empresas privadas fossem – Não deve-se fazer qualquer 
diferença entre uma estatal e uma empresa privada. Só que na prática, esse 
parágrafoprimeiro deveria criar os Estatutos das Estatais (Por ex: As 
empresas estatais TEM QUE LICITAR PARA ATIVIDADE DE MEIO, não precisa 
licitar para atividade de fim. Então você percebe que o BB precisa licitar 
atividade de meio e o Bradesco não. Então não está havendo um tratamento 
diferente ? Elas não competem no mesmo mercado ? O BB está realizando 
uma atividade economia de sentido estrito, estando mais próxima de um 
particular, mas não chega ser um particular. Como ele faz parte da Adm, ele 
tem que cumprir algumas obrigações de direito público, então tem que licitar 
para as atividades de meio sim. 
 Personalidade jurídica de Direito privado, mas o regime jurídico é híbrido, 
significa dizer se a estatal presta serviço público, vai ser pessoa jurídica de 
direito privado, com regime jurídico de direito público. Se a estatal presta 
atividade econômica de sentido estrito, ela vai ser pessoa jurídica de direito 
privado com regime jurídico de direito privado. Então a doutrina fez um 
escalonamento “A CF diz que as estatais devem ser tratadas como se 
empresas privadas fossem (mas isso se ela prestar atividade econômica de 
sentido estrito). Se ela prestar serviço público, ela vai ter várias 
características de direito público. Por exemplo: Se elas forem empresas que 
prestam serviço público, os bens delas vão ser bens especiais, a 
responsabilidade é objetiva. Se elas forem estatais que prestam atividade 
econômica de sentido estrito, logo, mais próximas às empresas privadas, os 
bens delas são bens privados, a responsabilidade será subjetiva. 
 
Resumidamente, serviço público tem que ter 4 elementos para que uma atividade econômica 
seja considerada serviço público: 
1. Tem que ser prestada por um Estado ou um delegatário. 
2. Regime total ou parcial de direito púbico 
3. Visa o interesse da toda coletividade 
4. Deve ser criado por lei ou pela CF 
Ex: A Petrobrás é o Estado prestando serviço? Sim, é uma empresa estatal e faz parte da Adm 
Indireta. Visa o interesse da coletividade? Sim. Se utiliza de um regime total ou parcial de 
direito público? Sim. Ah, então ela presta serviço público? Não. Porque falta o quarto 
elemento. Ela não foi criada por lei – aquela atividade não foi definida como serviço público. 
A legislação que vai estabelecer se determinada atividade é ou não serviço público. Se a lei 
não falar, é uma atividade econômica de sentido estrito. Ou seja, o BB e a CEF só existem 
porque estão repeitando o art 173, caput CF o Estado criou para desenvolver a atividade 
bancária que é uma atividade econômica de sentido estrito. Nenhuma lei no Brasil define a 
atividade bancária como serviço público. Atividade econômica de sentido estrito se dá por 
exceção – Se não prestar serviço público, presta ativ econômica de sentido estrito. 
 
O STF tem feito uma classificação em QUATRO: 
1. Estatal que presta serviço público com privilégio exclusivo. 
A ECT é uma estatal, empresa pública, que presta um serviço público com caráter de 
exclusividade (Não há competidor). O STF vem entendendo que a ECT por mais que 
seja pessoa jurídica de Direito privado, os bens dela são impenhoráveis, que paga por 
precatório, que imunidade tributária (série de carac das autarquias). Ou seja, é uma 
empresa de direito privado, COM PRIVILÉGIO EXCLUSIVO, NÃO POSSUI COMPETIÇÃO.. 
O STF vem dando a ela as mesmas características de uma autarquia. Além da ECT, 
também acontece com a INFRAERO. Há outras entidades pleiteando essas mesmas 
garantias. 
 
2. Estatal que presta serviço público sem privilégio exclusivo. 
Se é sem privilégio exclusivo, não recebe os benefícios das autarquias. Possui natureza 
jurídica de direito privado e regime jurídico de direito público, mas não tem as 
mesmas características das autarquias. Mas mesmo assim é próx ao regime público 
por conta da característica híbrida. 
 
3. Estatais que prestam atividade econômica de sentido estrito de forma monopolizadas 
com algum tipo de reserva de mercado. 
Regime jurídico de direito privado 
Não vai estar tão próxima da iniciativa privada, nem das autarquias. Vai ter algumas 
características próprias de regime público. 
 
4. Estatais que prestam atividade econômica de sentido estrito não monopolizadas. 
Regime jurídico de direito privado 
Tem que ser tratadas de forma idêntica a uma empresa privada, segundo o STF. 
Observar os limites que a CF estabelece!! Se ela disser que precisa fazer concurso 
público, se fará concurso público. Mas todos os seus funcionários são celetistas. 
 
MONOPÓLIO ESTÁ PARA ATIVIDADE ECONÔMICA DE SENTIDO ESTRITO, ASSIM COMO 
PRIVILÉGIO EXCLUSIVO ESTÁ PARA O SERVIÇO PÚBLICO. 
Com relação a sua criação e exclusão -> O decreto lei 200 art 5, II e III fala literalmente 
que ela deve ser criada por lei. Porém, o decreto-lei de 67 e a CF/88 dizem que no art 37, 
XIX diz que basta a autorização legislativa, inciso XX diz também. Ou seja, a CF não 
recepcionou essa parte dos dois incisos que dizem precisar da lei, porque ela mesmo 
afirma que basta a autorização legislativa. Então a estatal não precisa ser criada por lei, 
não significa que ela não possa ser criada por lei, ela pode, a lei é maior. Porém, se ela for 
criada por lei, não precisa ser registrada no cartório. Mas se ela for criada por autorização 
legislativa, ou seja, se a lei só autoriza e o Estado decide criar uma estatal, ele deve ir no 
cartório e leva-la a registro. Princípio da simetria. 
 
 A forma: 
A empresa pública, segundo o dec 200/67, é 100% pública, o que não significa que ela 
seja 100% de uma mesma entidade. Ela pode ser 51% da união, e 49% do Estado e 
continua sendo 100% pública. Não pode ter um particular com ação da CEF, por exemplo. 
Agora, a forma pela qual ela vai ser criada, vai ser qualquer forma permitida pela 
legislação societária (S.A., LTDA, Sociedade Simples, etc). 
A empresa pública FEDERAL possui foro privilegiado que é a Justiça Federal. Art 109 CF. 
Já a sociedade de economia mista, em âmbito FEDERAL, ela necessariamente tem que ser 
uma S.A. porque a legislação manda. Nada impede que a legislação ESTADUAL, OU 
MUNICIPAL que estabeleça ou autorize outra forma para a sociedade de economia mista 
estaduais/municipais. Normalmente, pelo princípio da simetria continua igual ao federal. 
Mas nada impede que seja diferente. 
Tem que ter a maioria das ações de poder de voto, de controle. Essa entidade de 
economia mista não necessariamente é 50% + 1% das ações do total das 100% das ações 
da estatal. Ela é 50% + 1% das ações que dão direito de voto, direito de controle daquela 
estatal. Pode ter estatal com 30% nas mãos de controladores sendo 15% + 1 da estatal, e 
70% nas mãos de iniciativa privada. Para fugir do controle hierárquico. 
Não há privilégio fiscal nem processual – tratada como se empresa privada fosse. Do 
contrário, estaria violando a livre concorrência. 
 Bens: à princípio são privados, mas há quem entenda que que é de uso comum ou de uso 
especial. 
REGIME DE PESSOAL: São pessoas jurídicas de Direito Privado, então são celetistas – 
Carteira assinada -> Mas as própria CF manda fazer concurso público. Só que eles podem 
ser mandados embora a qualquer momento que a CLT permita/estabeleça. Por isso, 
possuem tranquilidade, e não estabilidade. 
SOBRE LICITAÇÃO: Precisam licitar atividade de MEIO por imposição da CF, e não licitam 
atividade de fim. 
RESPONSABILIDADE: Se estiver prestando atividade econômica de sentido estrito, é 
subjetiva. Se for serviço público, é objetiva. 
Então temos as autarquias, pessoa jurídica de direito público, com todas as características e 
privilégios da Adm direta. 
Temos as Estatais, pessoa jurídica de direito privado, que a princípio, segundo a CF, deveriam ser 
tratadas como se empresas privadas fosse. Só que ao longo do tempo foi-se criando outras 
nuances, a ponto do STF recentemente falar que determinadas estatais possuem característicasde autarquias. 
 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
Em 84 o STF estabeleceu que a fundação pública ela pode ser fundação pública de direito 
público e fundação pública de direito privado. 
As fundações públicas de direito público, vão ter exatamente as mesmas características que 
as autarquias. Por isso, com o tempo elas foram sendo chamadas de fundações autárquicas. E 
assim, devem ser criadas e extintas por lei, devem fazer licitação, os agentes são estatutários, 
personalidade jurídica de direito público. 
As fundações públicas de direito privado, vão estar mais próximas das características das 
empresas estatais com personalidade jurídica de Dir. Privado. Sendo assim, basta autorização 
legislativa para que sejam criadas, devem fazer licitação, os agentes são celetistas, 
personalidade jurídica de direito privado. 
Na prática, em âmbito FEDERAL, não existe mais fundação pública de direito privado – 
porque não existe mais em criar com as características que o STF impôs. Então só existe 
Fundações públicas de direito público que possui natureza de autarquia. 
 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS 
Em 2005 foi criada a lei 11.107 que estabeleceu que os consórcios públicos podem ser 
consórcios públicos de direito público e consórcios públicos de direito privado. 
Se for consórcio público de direito privado NÃO vai fazer parte da Administração. 
Se for consórcio público de direito público faz parte da Administração. 
O problema é que essa lei estabeleceu que o consórcio público pode ser (se for de direito 
público) parte integrante da Adm, mas não falou o que que é. E como o decreto 200/67 só 
falam que existem quatro espécies de entes da Adm indireta (Autarquia, empresa pública, 
soc de economia mista e fundação), alguns doutrinadores dizem que se o consórcio público 
de direito público faz parte da Adm indireta, alguma dessas 4 ele é. E só se encaixa na 
autarquia!! Então, além daqueles quatro tipos de autarquias, existe uma quinta espécie que 
são os consórcios públicos. Outros entendem que não! Que não necessariamente o dec-lei 
200/67 deveria ser modificado, até porque não é praxe legislativa modificar legislações 
anteriores à 88 que foram recepcionados pela CF. Então uma nova lei criou uma nova espécie 
de Adm indireta (além daquelas quatro). 
Resumindo: Alguns acham que consórcio público é uma quinta espécie da Adm Indireta, e 
outros acham que é uma quinta espécie de autarquia. 
Os consórcios Públicos regulamentaram o art 241 CF que falam de gestão associada do 
serviço público, então eles são criados para realizar essa gestão associada do serviço púplico. 
Eles são criados por entes federativos, então são transfederativos (porque vai integrar 
diferentes entes da federação). Então pode-se pegar 4 municípios do da região dos lagos, 
criar um consórcio público de direito público, e instituírem dentro da sua infraestrutura 
administrativa um novo ente (Cada município vai ter um novo ente da Adm indireta, com 
uma nova personalidade jurídica única para todos – porque é transfederativo). A legislação 
usada será a do município com maior espaço territorial, se tiver o Estado dentro desse 
consórcio público, obviamente, a legislação aplicável será a Estadual para qualquer problema 
jurídico existente. Ex: Desenvolver serviço de saneamento básico junto com outros 
municípios. Ex: Usados comumente em resíduos sólidos – aterros sanitários. 
 
SUJEITOS POR COLABORAÇÃO 
São aqueles que executam a adm, mas não fazem parte da Administração. De uma forma ou 
de outra, colaboram, cooperam, participam ou fazem parceria com o poder público sem fazer 
parte da Administração. Prática comum dentro do direito administrativo. Séc XIX A atividade 
em favor da coletividade prestada pela Adm Pública começou a crescer de uma maneira tal 
que precisou socorrer ao particular para que ele a auxiliasse na realização dessa atividade. 
Estado gerencial - 3 setores: 
1º -> Formado pela Adm Direta e Indireta 
2º -> Sujeitos privados por colaboração COM FINS LUCRATIVOS. 
3º -> Sociedade Civil (particulares) SEM FINS LUCRATIVOS – Sujeito por cooperação. 
 
O professor André Saddy prefere falar que existe as entidades cooperativas e colaborativas. 
Pode existir uma entidade privada que colabore com a Administração, que tenha fins 
lucrativos, mas na verdade não tem interesses opostos à Adm, e sim interesses recíprocos. É 
o caso, por exemplo dos acordos multilaterais realizados pela Administração em situações de 
Convênios – Convênios Administrativos – Pode-se realizar convênio com a empresa privada 
com fins lucrativos, só que aqui não se tem um contrato, ou seja, não se tem interesses 
opostos. 
 Ex: Nos contratos, a ADm quer as salas limpas, o particular quer receber o valor X, o lucro. 
Mas pode-se ter situações de interesses recíprocos, mas não significa que o particular que 
tem um convênio com a Adm não vise a lucratividade. Naquele determinado convênio ela 
pode não visar, mas na sua essência de existência (personalidade) ela visa a lucratividade. O 
que é diferente do terceiro setor que qualquer atividade que ele realize e a sua própria 
personalidade jurídica vão sempre ser atreladas a ausência de fim lucrativo. 
 
Ou seja, nem sempre o segundo setor, quando tem algum tipo de vínculo ou parceria com o 
Estado visa o lucro daquela parceria em particular. O que se deve levar em consideração é se 
a personalidade jurídica daquele que tem a relação com a Adm tem ou não fins lucrativos. 
Convênio está dentro dos sujeitos por colaboração, mas não visa o lucro (diretamente). É 
uma associação da sociedade civil com fins lucrativos, com interesses recíprocos (distinto do 
contrato), é mais comum no terceiro setor. Se receber verba, tem que prestar conta daquela 
verba. Se o convênio é com o poder público, NÃO precisa realizar o procedimento licitatório, 
porque não é um contrato – Então pode-se escolher o particular que quiser para aquele 
convênio, assinar esse convênio e a partir daí reverter verbas públicas para esse particular 
realizar aquela atividade administrativa, ao final, esse particular vai prestar contas e voltar a 
exercer as suas atividades. Então o convênio é um instrumento tanto do segundo setor 
quanto do terceiro setor. 
Sujeitos de colaboração são quaisquer particulares que na sua personalidade possui um fim 
lucrativo, mas nos seus atos, PODE SER que ali não estejam buscando um fim lucrativo. Ex: a 
Adm pode realizar um convênio com um particular que auxilie os antigos catadores de lixo 
para que realizem a reciclagem do lixo local. Então ela faz esse convênio porque ela quer 
ensinar aos catadores de lixo como faz a separação do lixo, até porque ela depois vai visar o 
lucro pq esse lixo vai para a empresa dela depois (comprado), e a sua própria indústria de 
reciclagem vai se beneficiar disso com o lixo já separado e bonitinho. 
 
A forma mais comum de visar lucro através de uma parceria com a iniciativa privada é o 
contrato administrativo, tendo que realizar um procedimento licitatório. E tem outros 
instrumentos existentes que normalmente decorrem de um contrato administrativo, só que a 
legislação varia de acordo com qual instrumento eles vão utilizar para chegar a esse contrato 
administrativo, ou seja, se a lei 8666 ou outra lei específica, por ex: a lei 8987, a lei 11079, 
etc. 
Uma segunda forma são as concessões do serviço público são instrumentos realizados via 
procedimento licitatório, via 8666, mas que depois são regidas pela lei 8987. Então, se está 
diante SEMPRE de um contrato administrativo, SEMPRE precedido de licitação (porque o art 
175 da CF assim estabelece), SEMPRE com segurança jurídica (e não com estabilidade jurídica 
– porque se está diante de um contrato que estabelece como tem que ser prestado o serviço, 
que há cláusulas de direitos que devem ser respeitados por ambas as partes). Então, a Adm 
Pública tem o poder, diante de cláusulas exorbitantes modificar o contratounilateralmente? 
Sim, porque ela é a Adm. Pública, mas tem que obedecer ao princípio do equilíbrio 
econômico financeiro do contrato. Ex: Obrigado ter helicóptero na br 101 – O particular pode 
cobrar tarifa a mais no pedágio, já que essa cláusula foi incluída no contrato posteriormente, 
e a empresa privada está visando o lucro. 
Esse particular que se associa com o Estado com fins lucrativos, pode se associar mediante 
três grandes instrumentos quando se está diante de um serviço público: 
1. Concessão 
2. Permissão 
3. Autorização 
 
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 
Hoje pode ser comum, patrocinada ou administrativa. 
São as prestações transferidas da 
sociedade para o Estado. 
A atribuição de executar atividade econômica é da iniciativa privada. Nossa CF estabelece 
isso no art 170 e no art 1º - Princípio da livre iniciativa. Ou seja, quem tem que prestar ativ 
econômica, qualquer que seja ela, é a iniciativa privada. Mas pode ser que o particular não 
queira realizar essa atividade, e aí ele transfere essa responsabilidade que é dele para o 
Estado através da CF ou da lei pela sua manifestação de vontade ao não querer prestar 
determinada ativ econômica e querer que a Adm Pública preste, transformando aquilo em 
serviço público. Só que a Adm Pública pode prestar essa atividade de forma de forma direta 
ou indireta (ela mesma pode prestar ou delegar a um particular fazendo um regime 
concorrencial/licitatório para prestar uma atividade em nome da Adm Pública). 
Concessão é um contrato administrativo, é precedido de licitação, ele outorga ao particular 
segurança jurídica, ele possui um prazo determinado, e o concessionário necessariamente 
tem que ser uma pessoa jurídica, não pode ser pessoa física. 
Além disso, a Adm faz uma total transferência de risco ao particular, ou seja, se ele está 
prestando mal o serviço e não consegue os seus 10% de lucro, por exemplo, o risco é dela – 
consequentemente se auferir 2%, no próximo ano terá que ter 12% - aumentando a tarifa. 
Ou seja, lucro ela vai sempre ter. 
A concessão comum sempre será de uma forma ou de outra AUTOSSUSTENTÁVEL, mas essa 
autos sustentabilidade tem que ser vista dentro de um princípio do direito público que é o 
princípio da modicidade tarifária. Contrato autofinanciado. Não adianta ser só 
autossustentável, tem que ser autossustentável atrelado com a modicidade tarifária. 
Ex: Eu tenho uma determinada rodovia, e nela eu tenho uma determinada praça de pedágio. 
Supõe que 1000 carros por minuto passam pela autopista fluminense, então se tem um custo 
de 40 milhões de reais por ano pra manter aquela rodovia e se eu quero ter um lucro de +- 
10%, eu tenho que ganhar 400 milhões de reais no final. Então, quanto devo cobrar para essa 
tarifa? Divide-se pelo número de carros que passam por ano na rodovia. Digamos que se 
chegue ao valor de 2 reais. Com esse valor, eu já vou ter o meu lucro, e vou custear toda a 
manutenção daquela rodovia. Esse valor é uma tarifa módica? Sim (mas o que pode ser 
módico para um pode não ser para outro). 
A lei de concessão 8987 é de permissão também. Por conseguinte, quando se fala em 
subcontratação, subconcessão e transferência total, também está referindo à permissão do 
serviço público. 
 
PERMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO 
Um Pouco distinta da concessão. Uma das diferenças é que na permissão, pode-se delegar 
para uma pessoa FÍSICA. 
 Primeiro porque toda a doutrina diz que ela é um ato administrativo unilateral e não um 
contrato administrativo. Se ela é um ato administrativo tem que realizar licitação? A princípio 
não!! Porque a CF Art 37 e lei 8666 art 21 estabelece que só tem que realizar licitação se a 
materialização da vontade administrativa se da pelo contrato administrativo. Então se tem 
um ato administrativo, não precisa licitar. Porém, a CF estabeleceu em seu art 175 que a 
permissão do serviço público TEM que ser precedida de licitação. Então a doutrina fala “Não 
é um contrato administrativo, é um ato adm unilateral. Mas ele necessariamente tem que ser 
precedido de licitação porque o art 175 estabelece/obriga. ” Só que o STF e a legislação 8987 
no art 40 estabeleceu que a permissão do serviço público é um contrato administrativo com 
uma justificação histórica. Por que o legislador contratualizou a permissão? Porque a UNIÃO 
só pode criar normas gerais de licitações e contratos, não podem criar normas específicas. A 
competência (art 21 CF) estabelece “Criar normas gerais de licitações e contratos”. Então se 
ele quer criar normas gerais sobre a permissão, tem que configurar a permissão como um 
contrato adm. Sendo assim, tudo sobre concessão, aplica-se de forma subsidiária à permissão 
porque o legislador está entendendo que se trata de um contrato adm, e, por conseguinte 
ele pode criar normas gerais de licitações e contratos. Ou seja, para viabilizar o uso da 
permissão do serviço público. Como o STF justificou? Se o artigo 175 estabelece que antes da 
permissão tem que ter licitação, e se o art 37 inciso XXI diz que precisa de licitação para um 
contrato, então permissão é um contrato. Argumento jurídico para uma decisão política do 
STF. 
A doutrina e a história sempre estabeleceram que a permissão era um ato administrativo 
precário. Ou seja, no momento em que a Adm quiser extinguir aquele determinado ato, não 
precisa indenizar aquele particular. Não existe elemento subjetivo na assinatura/formação de 
um ato administrativo unilateral permissional do serviço público. 
Se ela é precária, investiriam rios de dinheiro para realizar aquele serviço público? Se da noite 
pro dia o Estado pode tirar e não indenizar? Não. 
Ex: Alguns livros estabelecem que táxi é um permissionário do serviço público – Investir 30 ou 
40 mil em um carro é viável. Mas ainda assim o Estado pode, duas semanas depois revogar 
todas as permissões concedidas aos taxistas daquele município porque ele resolveu fazer 
uma concessão. 
Segundo a defesa do STF, como pode ter um contrato, negócio jurídico que estabelece 
direitos e deveres para ambas as partes? Como pode ter um contrato administrativo precário 
que não vai dar direito subjetivo? Não pode existir um contrato adm precário. Além disso, 
quando se estabelece um contrato, há um prazo de vigência para aquela relação jurídica. 
Como se estabelece um prazo se existe precariedade?? 
Adiantou na prática? Não, porque a permissão praticamente nunca saiu do papel. Porque 
apesar do STF falar que ele é um contrato administrativo, ele diz que é precário. Então 
ninguém vai querer investir um custo relativamente alto em um determinado serviço público, 
seja ele qual for, se a qualquer momento essa atividade pode ser retirada da sua mão sem 
qualquer indenização. Ou seja, já que a permissão NÃO traz segurança jurídica por ser 
precária, não te dá direitos subjetivos sobre o prazo daquele instrumento, só vai acontecer se 
o custo for baixo. 
Então se eu fizer licitação (porque é obrigado a fazer) para permissão do serviço público da 
manutenção da infraestrutura aeroportuária vai aparecer algum licitante? Não!! Então acaba 
que o Estado não se utiliza da permissão para a realização de grandes obras, por ex. 
Permissão do serviço público é diferente da permissão de uso do bem público. Ex: particular 
que vende água/salgado na faculdade ou a copiadora (visando lucro – atividade de meio) é 
permissão de uso do bem público – tem que ver a lei municipal/estadual. Vai saber se é 
serviço público se a lei estabelecer ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 
Cuidado!! Porque o art 175 quando fala de delegação do serviço público, só usa o termo 
concessão e permissão do serviço público – não usa o termo autorização do serviço público – 
porque a autorização é algo relativamente recente. Mas o art 21 fala. Muitos manuais não 
tratam do tema, porque muitos entendem que não existe autorização do serviço público,porque ela só se da em um setor que é o de telecomunicações. Lei 9472/97 estabeleceu no 
art 65 uma dualidade de regime jurídico do serviço público (esse serv púb pode ser prestado 
em regime público ou privado – e se for em regime público, ele vai ser delegado do regime de 
concessão e permissão – Quando for prestado por um regime privado, mesmo sendo serviço 
público, ele vai ser prestado mediante autorização do serviço público). Só que essa 
autorização não é aquela clássica do poder de polícia. 
Autorização de uso do bem público é ato administrativo autorizatário é precaríssimo – mais frágil do que o 
permissionário. 
 
Por ex: Autorização para fazer um bloco de carnaval na rua x, isso acontece uma vez por ano. Pode ser que esse ano tenha, e ano que vem não tenha. A autorização pode ser revogada a qualquer momento, é um ato administrativo 
discricionário precaríssimo. 
 
Na permissão, o Estado tem um maior cuidado ao retirar porque já existe um costume daqui, 
etc. Na autorização de bem público não! Ele pode conceder, mas a qualquer momento resolver tirar. 
 
 
A autorização DO SERVIÇO PÚBLICO é um ato administrativo VINCULADO. Se o particular 
preenche os requisitos que a lei geral de telecomunicações estabelece, ele tem direito de 
receber aquela autorização. Ninguém diz que é contrato! Todos dizem se tratar de um ato. 
Mas aqui, não se está falando de um ato discricionário. 
O que vai estabelecer se determinado serviço é ou não essencial vai ser o tempo e a agência 
reguladora. Então hoje, por exemplo: Hoje a internet banda larga/orelhão não são mais 
essenciais, então, por conseguinte, quem quiser prestar aquele serviço vai realizar uma 
AUTORIZAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO. Para serviços NÃO ESSENCIAIS. Para isso, a lei 
estabelece que ele tem que ser uma empresa, que ele tem que ter uma sala de tantos 
metros² e um computador para fazer uma determinada coisa, e outros 5 elementos. E se a 
empresa tiver esses elementos, ela vau reunir a documentação e apresentar para ter aquela 
autorização do serviço público. A agência reguladora não tem a opção de outorgar ou não a 
autorização do serviço público. Se tiver os elementos, a Adm é OBRIGADA a conceder a 
autorização do serviço público, e isso chamamos de autorização vinculada, pois ela está 
vinculada a dar esse instrumento para aqueles que cumprirem os requisitos legalmente 
estabelecidos. 
Essa autorização do serviço público só existe em âmbito federal na lei geral de 
telecomunicações. No Estado e município pode haver outras legislações. A doutrina começou 
a estabelecer que essas autorizações do serviço público também podem ser utilizadas em 
situações de calamidade de emergência e urgência. Por ex: Eu tenho uma concessionária de 
serviço público que está prestando a distribuição de energia elétrica. Digamos que a ampla 
(concessionária de serv público em Macaé) venha a ter um mal administrador que leva a 
empresa à falência. A gente consegue viver sem luz hoje? É um serviço essencial que tem que 
ser contínuo e regular, não pode ser interrompido – e se a empresa falir, quem vai prestar 
esse serviço para todo o Estado do Rio de Janeiro? Sendo que esse serviço é responsabilidade 
do Estado, mas pode ser que ele também não tenha capacidade para exercer aquilo agora. 
Então a doutrina fala hoje em dia que a autorização do serviço público também pode ser 
utilizada em situações de urgência, emergência ou calamidade. Então vai conceder a 
autorização do serviço público por TEMPO DETERMINADO a uma empresa que queira prestar 
aquele serviço, realizando um contrato, e a empresa vai prestar aquele serviço até que a 
Adm. Pública faça novamente um concurso púbico para realizar aquele serviço, ou delegue 
novamente para um particular através de licitação. 
Então, a autorização pode ser temporária, com prazo fixado, sem licitação para qualquer 
outra empresa que a Adm pública queira realizar essa atividade que é da Adm em uma 
situação de calamidade ou emergência. E nesses casos, não são só no setor de 
telecomunicações, e sim qualquer atividade de serviço público. A DOUTRINA DIZ ISSO!! NÃO 
HÁ LEGALIDADE NISSO, NÃO EXISTE LEI QUE REGULE ISSO. E DOUTRINA NÃO É FONTE DO 
DIREITO. ISSO NUNCA EXISTIU. 
Logo, não se pode dizer que a autorização DO SERVIÇO PÚBLICO é precaríssima, porque ela 
sempre vai ser VINCULADA. A precaríssima é a autorização de uso de bem público, é a 
autorização de poder de polícia. 
Quando se tem um serviço público, se está diante de um USUÁRIO do serviço público. 
Quando se tem uma atividade econômica de sentido estrito, se está diante de um 
CONSUMIDOR. 
Então, na autorização de serviço público não vai poder ser tirada unilateralmente porque ela 
não é precária. Só vai poder ser tirada se deixar de preencher aqueles requisitos legalmente 
estabelecidos. 
Art. 21, XI 
SUBCONTRATAÇÃO 
É quando a empresa uma vez contratada, decide contratar uma outra empresa para prestar o 
serviço pela qual ela foi contratada. Ex: Eu faço uma concessão com a CCR pra as barcas do 
Rio de Janeiro, ou faço um contrato administrativo de concessão com a autopista fluminense, 
então ela contrata uma empresa terceirizada fora da sua estrutura para fazer o transporte de 
malotes de dinheiro da praça de pedágio até o banco. Mas quem foi contratada para fazer 
aquilo foi a Autopista, mas ela pode não querer fazer aquilo e querer contratar uma outra 
empresa para fazer. Ela não é uma empresa privada?! Sim. Precisa fazer licitação para 
contratar essa terceira empresa? NÃO!!!!! Então a subcontratação é a mera contratação de 
outras entidades para realizar o que é de responsabilidade da Concessionária. Quem vai ser 
responsável pelo serviço que está sendo prestado? A concessionária. NÃO PRECISA TER A 
AUTORIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO, NEM EXIGE A LICITAÇÃO. 
SUBCONCESSÃO 
Dois requisitos: Estipulação/previsão no contrato e a autorização do poder concedente 
Ex: Tenho 100 km de rodovia, mas 20 km dão muito problema, então a concessionária quer 
subconceder esses 20km e ficar responsável pelos 80 primeiros km. Isso é possível, desde que 
o contrato de concessão estabelecido inicialmente autorize a possibilidade de subconcessão. 
A partir do momento que eu queira, tenho que pedir ao poder concedente. Se ele autorizar, e 
o contrato prever essa possibilidade, pode-se conceder. Deve-se fazer licitação sob a 
modalidade de concorrência para que um terceiro (empresa B) administre os 20 km, e assim 
vai sub-rogar todos os direitos da empresa A pelos 20 km. Ou seja, se o contrato inicial é de 
30 anos, e já está no décimo ano... a empresa B vai estar responsável pelos 20 km durante os 
próximos 20 anos. 
Não vai ser uma nova concessão com um novo contrato. Vai ser a mesma concessão, com 
dois concessionários. Ou seja, é o mesmo contrato administrativo. Só que como eu tenho que 
escolher um novo concedente, eu tenho que realizar um procedimento licitatório. Não é o 
poder público que vai bancar o procedimento licitatório porque quem não quer mais aqueles 
20 km é a empresa A. Agora, quem tem que fazer o procedimento licitatório? O poder 
público. 
TRANSFERÊNCIA TOTAL 
Eu não posso pegar os 100km da rodovia que tenho e transferir totalmente para um outro 
particular. 
O que a legislação chama de transferência total é quando o controle acionário de uma 
empresa passa para uma outra pessoa. Por ex: A Barcas S.A concessionária do transporte 
aquaviário entre Rio e Niterói era de propriedade do grupo 1001, mas o grupo 1001 vendeu 
as ações da Barcas S.A. para a CCR, que passou a ser a nova proprietária das Barcas S.A que 
passou a ser chamado de CCR Barcas S.A. NÃO PRECISA FAZER PROCEDIMENTO 
LICITATÓRIO!! NEM TERIA COMO!! É VENDA DE AÇÕES! 
Há quem entenda que seria necessário sim o procedimento licitatório para não acontecer 
cartel, conluio, etc. 
Se a lei nada falar, basta a comunicação com o poder público, a não ser que o contrato 
estabeleçaque ele precise de uma autorização. Dependendo do montante, do valor, tem que 
comunicar ao CADE. 
 
INTERVENÇÃO NA GESTÃO DO DELEGATÁRIO 
O serviço que o delegatário presta tem que ser um serviço adequado, seja ele autorizatário, 
permissionário ou concessionário. 
Serviço módico, com atualidade, 
com continuidade, com 
regularidade, com cortesia e todos 
os princípios do serviço público. 
Só que se esse serviço não estiver sendo bem prestado, a ponto do poder público ter vontade 
de extinguir, encampar aquela relação que ele tem com o particular. Mas antes dele 
encampar, ele tem que tentar criar mecanismos para tentar evitar a extinção daquela 
determinada parceria com o particular. Do contrário vai estar violando o princípio da ordem 
econômica e livre iniciativa Art 1º, IV. Então o poder público faz a intervenção na gestão 
privada daquele serviço público. Nomeia um interventor, estabelecendo o nome do 
interventor, o motivo da intervenção, o tempo de intervenção, para verificar a 
possibilidade/solução ou não daquele particular continuar prestando aquela atividade nos 
próximos anos. 
Se o interventor perceber que aqueles problemas de má prestação da empresa são 
insanáveis pelos próximos 10 anos, por exemplo, é mais interessante o poder público 
extinguir aquela relação jurídica, e aí ele vai sugerir a extinção da concessão. 
Mas se depois da intervenção ele entender que é possível continuar prestando aquela 
atividade, ele vai instruir a forma de continuar para prestar um bom serviço para a 
coletividade, e avisar ao poder público que a empresa privada tem capacidade e que deve 
fiscalizar para verificar se eles vão seguir a forma que o interventor instruiu. 
A intervenção só pode ser feita se existe uma motivação (anomalia gestacional, financeira, 
etc). 
ESPÉCIES DE EXTINÇÃO DO CONTRATO 
OBS: Todos os bens atrelados à realização do serviço, após a extinção do contrato, serão 
revertidos para o poder público. 
1. Pelo termo do contrato – Ele era de 30 anos e se completou os 30 anos – Forma 
natural de extinção. 
2. Renúncia por parte do particular – Não existe na concessão e na permissão do serviço 
público – SÓ NA AUTORIZAÇÃO que é vinculada. 
3. Encampação – Quando se muda o interesse público – Ex: Mudança de partido político 
no executivo. Quando se encampa o serviço público, tem que indenizar o 
concessionário. Indenização: Danos emergentes, lucros cessantes ou só amortização 
do investimento? 
4. Caducidade – Quando existe inexecução total ou parcial do contrato administrativo. O 
particular não cumpre com as cláusulas contratuais, pode ser multado, e 
eventualmente se as penalidades chegarem a um nível extremo, o contrato pode ser 
extinto por caducidade. A princípio ele não teria que ser indenizado, mas se tiverem 
bens que ele adquiriu e que ainda não foram amortizados/recuperação de gastos, 
então esses bens vão ter que ser indenizados. NÃO é indenização de lucro cessante ou 
emergente, só os bens não amortizados porque ao final da concessão aqueles bens 
que eram usados para a prestação do serviço público vão ser revertidos ao poder 
público. 
5. Rescisão do contrato – Ocorre por iniciativa da concessionária que tem que continuar 
prestando o serviço até o trânsito em julgado daquela ação. 
 
REVERSÃO EM CASOS DE EXTINÇÃO DA DELEGAÇÃO 
Reversão é automática. É a transferência dos bens do concessionário para o patrimônio 
da concedente em virtude da extinção do contrato. Não é extinção do serviço, mas da 
delegação. 
 
Competição no serviço público (Ex das diferentes linhas de ônibus que passam em 
Copacabana), competição pelo serviço público (EX: Tem as barcas, e a van, os ônibus 
competindo pelo serviço público entre si) – A Adm cada dia que passa tem que estimular 
a competividade. 
PPP – PARCERIA PÚBLICO PRIVADO 
Na concessão comum, necessariamente é autossustentável. 
Na PPP, em vez de passar 1000 carros por minuto, só passam 100. Então, ao calcular a 
tarifa que deveria ser cobrada, ela chegaria a 40 reais, o que não seria módico. Então, 
para atrelar a modicidade tarifária, o Estado paga 30 reais, e os usuários pagam 10. 
PPP = Concessão patrocinada/especial -> Contraprestação do Estado + Tarifa do usuário 
Prazo: de 5 a 35 anos. 
O subsídio pode ser via isenção de tributos, concessão de espaço público ou qualquer 
outro tipo de fomento do Estado. NA PPP é tarifa do usuário, mais a contraprestação 
PECUNIÁRIA do Estado que tem que pagar ao particular os 30 reais em dinheiro. 
 
O contrato da PPP é diferente do contrato da concessão comum, porque aqui não existe um 
serviço autossustentável, logo, não há uma total transferência de risco ao particular, existe 
um COMPARTILHAMENTO/DIVISÃO/DISTRIBUIÇÃO de riscos e de ganhos. 
 
CONCESSÃO ADMINISTRATIVA 
Concessão administrativa pode ser de serviço público ou de serviço ao Estado. Nenhuma das 
duas tem tarifa. A diferença é que em uma o Estado vai pagar pra ele usar, e na outra ele vai 
pagar para a população usar. 
Também tem compartilhamento de riscos e de ganhos. 
Pode-se nessa mesma rodovia, não colocar pedágio, fazer o que se chama de pedágio 
fantasma – Toda pessoa que passar ali o Estado vai pagar os 40 reais. Vai ser uma rodovia 
administrada pela iniciativa privada, mas o usuário não vai pagar nada. NÃO HÁ TARIFA. 
Pode-se ter o usuário do serviço como usuário direto, e, por conseguinte a Adm como 
indireta, o que se chama de PPP administrativa de serviço público, não há tarifa 
ou 
Adm. Pública como usuária direta e o usuário comum/população como indireto, tendo uma 
concessão administrativa de serviço ao Estado. Não há tarifa, mas o Estado vai pagar pelo 
prazo do contrato (pode ser de 5 a 35 anos) um valor mensal para a manutenção daquele 
determinado prédio que ela vai ser usuária direta. 
Ex: Contrução de uma repartição pública para a secretaria de meio ambiente, vou fazer esse 
prédio através de contrato administrativo – concessão administrativa. Quem vai ser o usuário 
direto desse serviço? A Adm. Pública. Concessão adm de serviço ao Estado. Não tem 
qualquer relação com o serviço público. 
Ex: Construção de uma escola pública. Quem vai ser o usuário direto daquela escola? A 
população. Concessão adm de serviço público – faltou luz? A empresa privada vai resolver, e 
durante 30 anos (por ex) vai fazer a manutenção dessa escola. As escolas de BH são Conc. 
Adm. de serv. Púb – administradas pela iniciativa privada. 
A concessão adm visa o lucro porque a iniciativa privada vai estar recebendo pelo dinheiro. 
Na escola de BH, a odebrech recebe por cada aluno matriculado. O usuário não paga a tarifa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFERENÇA BÁSICA ENTRE OS TRÊS TIPOS DE CONCESSÃO 
CONCESSÃO COMUM CONCESSÃO PATROCINADA CONCESSÃO ADMINISTRATIVA Pode cobrar tarifa Pode cobrar tarifa Não pode cobrar tarifa – pode ter como usuário direto o Estado ou Adm. É autossustentável (O particular só recebe pela tarifa do usuário) Não é autossustentável (Há a contraprestação do Estado) Não é autossustentável (Contraprestação do Estado) Não há compartilhamento de riscos e ganhos Há compartilhamento de riscos e Ganhos Há compartilhamento de riscos e ganhos 
Tem prazo determinado (Não importa quando, mas tem que determinar) Prazo de 5 a 35 anos Prazo de 5 a 35 anos 
Não existe valor mínimo Existe valor mínimo Existe valor mínimo 
 Lei de PPP estabelece garantias distintas da lei de concessão. Art 8º. Ganha a licitação quem Oferecer o menor valor de contraprestação do Estado. 
Lei de PPP estabelece garantias distintas da lei de concessão. Art 8º. Ganha a licitação quem Oferecer o menor valor de contraprestação do Estado. Criação de uma sociedade de propósitos específicos pra cada PPP Criação de uma sociedade de propósitos específicos pra cada PPP
 FUNDO GARANTIDOR!! Se o Estado não paga o que tem que pagar, existe um fundo de 6 milhões em que o particular pode acioná-lo

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