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Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Termodinâmica A Termodinâmica é a área da Física que investiga os processos pelos quais calor se converte em trabalho ou trabalho se converte em calor. Para melhor entendimento vamos definir alguns conceitos: Sistema Termodinâmico Esse sistema é um espaço ou região definido por limites reais ou imaginários, que selecionamos com o objetivo de delimitar o estudo da energia e suas transformações. O sistema selecionado poderá ser grande ou pequeno, como por exemplo um sistema de refrigeração de um refrigerador ou condicionador de ar, ou simplesmente o gás que ocupa o espaço do cilindro num compressor. Outra característica do sistema é a que o define como fechado ou aberto. Um sistema fechado é aquele em que somente a energia transpõe os limites do sistema, enquanto no aberto, tanto a energia quanto uma certa quantidade de matéria transpões os limites. Estado de um Sistema. Este será descrito pelo conjunto de propriedades físicas do sistema, como a temperatura, pressão, volume, massa, entropia, etc. O estado é uma condição momentânea do sistema, onde somente pode ser descrito enquanto as propriedades deste sejam imutáveis naquele momento, enquanto há o equilíbrio. processo. Um processo é o caminho que um sistema usa para percorrer sucessivos estados termodinâmicos. Dentre diferentes processos temos o de quase-equilíbrio: aquele em que o desvio do equilíbrio termodinâmico é infinitesimal e todos os estados pelo qual o sistema passa pode ser considerado como estados de equilíbrio. Muitos processos reais podem ser aproximados com precisão pelo processo de quase-equilíbrio. Primeira lei da Termodinâmica A primeira lei da Termodinâmica é uma lei de conservação de energia que mostra a equivalência entre calor e trabalho. “A energia interna Eint de um sistema tende a aumentar se acrescentamos energia na forma de calor Q e diminuir se removemos energia na forma de trabalho ( ) realizado sobre o sistema.” Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com De acordo com essa lei: A variação da energia interna U do sistema é igual à diferença entre o calor Q trocado pelo sistema e o trabalho W envolvido na transformação. Então: Portanto, a variação da energia interna U de um sistema termodinâmico é o resultado de um balanço energético entre o calor Q trocado e o trabalho envolvido na transformação. Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Exemplo: 1) Ao receber uma quantidade de calor Q=50J, um gás realiza um trabalho igual a 12J, sabendo que a Energia interna do sistema antes de receber calor era U=100J, qual será esta energia após o recebimento? Alguns casos específicos da Primeira Lei da Termodinâmica Processos adiabáticos É um processo em que não existe troca de calor entre o sistema e a sua vizinhança, ou seja: o sistema está muito bem isolado termicamente. Na Natureza existem processos que podemos aproximar como adiabáticos. São aqueles que ocorrem tão rapidamente que o sistema chega ao seu estado final antes que possa trocar calos com a vizinhança. Num processo adiabático, Q = 0 e de acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica: Processos a volume constante São os chamados processos isométricos. Usando a definição de trabalho executado pelo sistema entre os estados inicial e final, encontramos que: porque não aconteceu variação de volume. Através da Primeira Lei da Termodinâmica encontramos que: Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Expansão Livre São processos nos quais não há troca de calor com o ambiente e nenhum trabalho é realizado. Assim Q = W = 0 e, de acordo com a primeira lei temos: ( ) Processos Cíclicos Uma transformação gasosa é chamada de transformação cíclica ou ciclo quando o estado final do gás coincide com o estado inicial. Durante o processo, a temperatura poderá variar continuamente. Ao retornar ao estado inicial, a temperatura final será a mesma do início. Portanto, em qualquer transformação cíclica: Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Trabalho na transformação cíclica Em uma transformação cíclica, o trabalho é calculado pela soma algébrica dos trabalhos de todas as etapas do ciclo. Trabalho Na Transformação cíclica Portanto, em qualquer ciclo: interna do ciclo no diagrama p x V Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Processos Irreversíveis e Entropia A associação entre o caráter unidirecional dos processos e airreversibilidade é tão universal que aceitamos como perfeitamente natural. Se um desses processos ocorresse espontaneamente no sentido inverso, ficaríamos perplexos, entretanto nenhum desses processos “ no sentido contrário” violaria a lei da conservação da energia. Um exemplo disso é você ficaria surpreso se colocasse as mãos em torno de uma xícara de café quente e suas mãos ficassem mais frias e a xícara mais quente. Este obviamente é o sentido errado para a transferência de calor, mas a energia total do sistema fechado( mãos + xícara de café) seria igual a energia total se o processo ocorresse no sentido correto. A Essência do processo irreversível é que não é possível definir os estados intermediários de uma transformação termodinâmica. Como não podemos conhecer o percurso utilizado, não podemos reverter o processo pelo mesmo caminho. Sendo processos que ocorrem apenas em uma direção. Entropia: a entropia é uma propriedade intrínseca dos sistemas caracterizados pelo fato de seu valor aumentar quando aumenta a desordem dos processos naturais, ela está associada com o grau de organização de um sistema. E esse grau de organização não pode nunca diminuir naturalmente. "As transformações naturais sempre levam a um aumento na entropia do Universo" Assim não são as mudanças de energia em um sistema fechado que determinam o sentido dos processos irreversíveis; esse sentido é determinado por outra propriedade, que é a “ variação de entropia ∆S do sistema”. Sendo assim podemos enunciar a propriedade mais importante da entropia. “ Se um processo irreversível ocorre em um sistema fechado, a entropia S do sistema sempre aumenta” A entropia é diferente da energia, pois enquanto a energia obedece uma lei de conservação permanecendo constante, a entropia não obedece nenhuma lei de conservação, nos processos irreversíveis, a entropia de um sistema fechado aumenta. A entropia produzida, é a medida do " tamanho " do efeito da irreversibilidade presente dentro do sistema operando sob um ciclo termodinâmico. Graças a essa propriedade, a variação de entropia é as vezes chamada de “ seta do tempo”. Existem duas formas equivalentes de definir a variação da entropia de um sistema: 1 – Em termos da temperatura do sistema e da energia que o sistema ganha ou perde em forma de calor. 2 – contando as diferentes formas de distribuir os átomos ou moléculas que compões o sistema. Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Quando um sistema esfria significa que diminuiu a sua energia interna e, portanto a amplitude de seus movimentos, o números de graus de liberdade. Isso implica em torná-lo mais organizado. Nessa situação, esfriar o sistema significaria diminuir a entropia, e por isso em um sistema isolado a temperatura nunca diminui. Variação de Entropia A variação de entropia de entropia pode ser entendida como a medida da indisponibilidade da energia do sistema em sua evolução natural. Pois quando ocorre uma transformação natural, outras formas de energia se convertem em calor aumentando assim a indisponibilidade da energia no sistema e aumenta a entropia. Na imagem ao lado observamos o gás no estado de equilíbrio inicial, confinado por uma válvula fechada do lado esquerdo de um recipiente termicamente isolado. Quando abrimos a válvula, o gás se expande para ocupar todo o recipiente (figura abaixo), atingindo, depois de um certo tempo, o estado de equilíbrio final . Este é um processo irreversível; as moléculas do gás jamais voltam a ocupar apenas o lado esquerdo do recipiente. Podemos observar que na imagem superior o volume é menor e a pressão no recipiente é maior e na figura abaixo o volume é maior e a pressão no recipiente é menor, porém a pressão e o volume são propriedades de estado ou seja as propriedades que dependem apenas do estado do gás e não da forma como ele chegou a esse estado. Outras variáveis de estado são a temperatura e a energia. Vamos supor que o gás possua mais uma variável de estado: a entropia além disso, definimos a variação de entropia Sf – Si do sistema durante o processo. Nestas condições, a variação de entropia do sistema é dada pelo quociente entre a energia transferida para o sistema sobre a forma de calor, ΔQ, e a temperatura absoluta constante a que este se encontra: ; Para corpos sólidos temos: ( ) Assim a variação de entropia depende não só da energia transferida na forma de calor, mas também da temperatura na qual a transferência ocorre. No SI a unidade de entropia e de variação de entropia é Joule por Kelvin. Em um ciclo reversível, a variação de entropia é zero. Em todo processo irreversível a variação de entropia é maior que zero. A Segunda lei afirma que a entropia de um sistema isolado nunca pode decrescer. Quando um sistema isolado alcança uma configuração de máxima entropia, já não pode experimentar mudanças: foi alcançado o equilíbrio. Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Segunda lei da Termodinâmica Existem processos que só acontecem em um sentido, são os processos irreversíveis. A segunda lei da termodinâmica dá conta desta questão, assim como das possíveis maneiras de transformar calor em trabalho. A segunda lei da Termodinâmica pode ser enunciada da seguinte forma: “ Se um processo ocorre em um sistema fechado, a entropia do sistema aumenta se o processo for irreversível e permanece constante se o processo for reversível.” ( 2ª lei da termodinâmica) Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas. Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e Kelvin-Planck: Enunciado de Clausius: O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta. Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema. Enunciado de Kelvin-Planck: É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho. Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo. Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: EngenhariaCivil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Máquinas térmicas Máquina térmica ou motor é um dispositivo que extrai energia do ambiente, na forma de calor, e realiza trabalho útil. No interior de toda máquina térmica está uma substância de trabalho, que sofre as transformações termodinâmicas que possibilitam as mudanças de forma da energia. Para que uma máquina funcione de maneira permanente é necessário que ela opere em ciclos, ou seja: a substância de trabalho passa por diversas transformações termodinâmicas até retornar ao estado inicial, completando um ciclo. De modo geral as máquinas térmicas operam em ciclo entre duas fontes térmicas com temperaturas diferentes. Uma máquina térmica retira calor da fonte quente e rejeita parte desse calor para uma fonte fria e transforma essa diferença de energia em trabalho mecânico. Uma máquina de Carnot Em um ciclo de uma máquina de Carnot a substância de trabalho passa por quatro processos diferentes, onde dois processos são isotérmicos (ab e cd) e os outros dois processos são adiabáticos (bc e da). A máquina de Carnot é considerada uma máquina ideal, todos os processos são reversíveis e as transferências de energia são realizadas sem as perdas causadas por efeito como atrito e a turbulência. Os elementos de uma máquina de Carnot. As duas setas pretas sugerem uma substância de trabalho operando ciclicamente, como se se tratasse de um diagrama P ~V. Uma energia | QQ| é transferida na forma de calor de uma fonte quente a uma temperatura TQ para substância de trabalho. Uma energia |QF| é transferida na forma de calor da substância de trabalho para fonte fria à temperatura TF. Um trabalho W é realizado pela máquina térmica ( na verdade pela substância de trabalho) sobre o ambiente. Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Um exemplo prático é uma locomotiva a vapor ( maria fumaça). Nessa máquina, a fonte quente é a caldeira ( fornalha ), e a fonte fria é o ar atmosférico. O calor retirado da caldeira é parcialmente transformado em trabalho motor que aciona a máquina, e a diferença é rejeitada para atmosfera. Para uma máquina de Carnot o trabalho realizado durante um ciclo é dado por: | | | | A variação líquida de entropia em uma máquina de Carnot é dada por: | | | | Observe que é positiva, já que uma energia | | é adicionada à substância de trabalho na forma de calor ( o que representa um aumento de entropia) e é negativa pois uma energia | | é removida da substância de trabalho na forma de calor ( que representa uma diminuição de entropia). Como a entropia é uma função de estado devemos ter para o ciclo completo. Fazendo na equação acima temos: | | | | Como , temos | | | | , ou seja, mais energia é retirado na forma de calor da fonte quente do que fornecida à fonte fria. A eficiência de uma Máquina de Carnot ( ) é definida como o trabalho que a máquina realiza por ciclo ( “energia utilizada”) dividido pela energia que recebe em forma de calor por ciclo (“energia adquirida”). | | Ou podemos escrever a eficiência da seguinte forma: | | | | | | | | | | Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Onde as temperaturas estão em Kelvin e logo a eficiência de uma máquina térmica é positiva e menor que a unidade, ou seja menor que 100%. Exemplo de aplicação: Uma máquina de Carnot opera entre as temperaturas TQ = 850K e TF = 300 K. A máquina realiza 1200 J de trabalho em cada ciclo, que leva 0,25s. a) Qual é a eficiência da máquina? b) Qual é a potência da máquina? c) Qual é a energia | | extraída na forma de calor da fonte quente a cada ciclo? d) Qual é a energia |QF| liberada na forma de calor para fonte fria a cada ciclo? e) De quanto varia a entropia da substância de trabalho devido a energia recebida da fonte quente? f) De quanto varia a entropia da substância de trabalho devido a energia cedida à fonte fria? Solução: ) ) ) | | | | | | | | ) | | | | | | | | ) ) Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Refrigeradores Refrigerador é um dispositivo cuja função é transferir calor de um reservatório térmico em uma temperatura mais baixa para um outro reservatório térmico em uma temperatura mais alta. Nos refrigeradores domésticos, por exemplo, o trabalho é realizado por um compressor elétrico, que transfere energia do compartimento onde são guardado alimentos ( fonte fria) para o ambiente ( fonte quente). Em um processo natural o calor se transfere de um reservatório com temperatura mais alta para outro com uma temperatura mais baixa. Para conseguir realizar uma transferência de calor num sentido contrário ao sentido natural, o refrigerador necessita executar trabalho na substância de trabalho. De maneira semelhante a uma máquina térmica ideal, em um refrigerador ideal todos os processos são reversíveis. Em um refrigerador de Carnot temos um ciclo passando pelos mesmos estados de uma máquina de Carnot, mas com uma seqüência de transformações em um sentido contrário, como mostra a figura ao lado. O equivalente à eficiência de uma máquina térmica é definido como coeficiente de desempenho de um refrigerador K : | | | | | | | |Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com Exercícios: 1) Um trabalho de 200 J é realizado sobre um sistema e uma quantidade de calor de 70,0 cal é removida do sistema. Qual é o valor ( incluindo o sinal) do: a) trabalho , b) quantidade de calor , c) variação de energia interna. ) ) ) 2) Um gás em uma câmara passa pelo ciclo mostrado na figura abaixo. Determine a energia transferida pelo sistema na forma de calor durante o processo CA se a energia adicionada como calor QAB durante o processo AB é de 20 J, nenhuma energia é transferida como calor durante o processo BC e o trabalho realizado durante o ciclo é de 15 J. 3)Em uma transformação termodinâmica sofrida por uma amostra de gás ideal, o volume e a temperatura absoluta variam como indica o gráfico a seguir, enquanto a pressão se mantém igual a 20 N/m 2 . Sabendo-se que nessa transformação o gás absorve 250 J de calor, pode-se afirmar que a variação de sua energia interna é de: Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com 4) Numa transformação isotérmica de um gás ideal, o produto p V é constante e vale 33.240J. A constante dos gases perfeitos é 8,31J/mol.K e o número de mols do gás é n=5. Durante o processo, o gás recebe do meio exterior 2.000 J do calor. Determine: a) Se o gás esta sofrendo expansão ou compressão; b) A temperatura do processo; c) A variação da energia interna do gás; d) O trabalho realizado na transformação. 5) O gráfico abaixo ilustra uma transformação 100 moles de gás ideal monoatômico recebem do meio exterior uma quantidade de calor 1800000 J. Dado R=8,32 J/mol.K. Determine: a) o trabalho realizado pelo gás; b) a variação da energia interna do gás; c) a temperatura do gás no estado A. 6)Uma amostra de 2,50 mols de um gás ideal se expande reversível e isotermicamente a 360 K até que o volume seja duas vezes maior. Qual é o aumento da entropia do gás? 7) Quanta energia deve ser transferida em forma de calor para uma expansão isotérmica reversível de um gás ideal a 132ºC se a entropia do gás aumenta de 46,0 J/K? : 8) Determine: a) Qual é a variação de entropia de um cubo de gelo de 12,0 g que funde totalmente em um balde de água cuja temperatura está ligeiramente acima do ponto de congelamento da água? b) Qual é a variação de entropia de uma colher de sopa de água, com uma massa de 5,00g, que evapora totalmente ao ser colocada em uma placa quente cuja temperatura está ligeiramente acima do ponto de ebulição da água? 9) Suponha que 4,00 mols de um gás ideal sofram uma expansão isotérmica reversível do volume V1 para o volume V2 = 2,00 V1 a uma temperatura T = 400 K. Determine : a) O trabalho realizado pelo gás W = 9,22.10 3J b) A variação de entropia do gás R = 23,1 J/K Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com c) Se a expansão fosse reversível e adiabática em vez de isotérmica, qual seria a variação da entropia do gás? Seria igual a zero 10) Determine: a) a energia absorvida na forma de calor. Q = 57900 J b) a variação de entropia de um bloco de cobre de 2,0 Kg cuja a temperatura aumenta reversivelmente de 25º C para 100ºC. calor específico do cobre é 386 J/Kg.K 11) Um bloco de cobre de 50 g cuja a temperatura é 400 K é colocado em uma caixa isolada juntamente com um bloco de chumbo de 100 g cuja a temperatura é 200 K. a) qual é a temperatura de equilíbrio do sistema dos dois blocos? B) Qual é a variação de energia interna do sistema do estado inicial para o estado de equilíbrio? C) qual é a variação de entropia do sistema? (Dados: ccobre = 386 J/Kg.K e cchumbo = 128 J/Kg.K ) . R : a) 320 K ; b) ; c) 1,72 J/K 12) Uma máquina de Carnot cuja a fonte fria está a 17º C tem uma eficiência de 40%. De quanto deve ser elevada a temperatura da fonte quente para que a eficiência aumente para 50% ? R :Deve ser elevada 97K 13) Uma máquina de Carnot absorve 52 KJ na forma de calor e rejeita 36 KJ na forma de calor em cada ciclo. Calcule (a) a eficiência da máquina e (b) o trabalho realizado pelo ciclo em quilojoules. R: a) 31% b) W = 16 KJ 14) Uma máquina de Carnot tem uma eficiência de 22%. Ela opera entre duas fontes de calor de temperatura constante cuja diferença de temperatura é 75ºC. Qual é o a temperatura (a) da fonte fria e (b) da fonte quente? R: a) 266 K ; b) 341 K ou 68ºC 15) Em um reator de fusão nuclear hipotético, o combustível é o gás deutério a uma temperatura de 7.10 8 K. Se o gás pudesse ser usado para operar uma máquina de Carnot com TF = 100ºC, qual seria a eficiência da máquina? Tome as duas temperaturas como exatas e calcule a resposta com sete algarismos significativos. R = 99,999995% 16) Uma máquina de Carnot opera entre 235ºC e 115ºC, absovendo 6,3.10 4 J por Ciclo na temperatura mais alta. (a) Qual é a eficiência da máquina? (b) qual é o trabalho por ciclo que está máquina é capaz de realizar? R : a) 23,6 % b) 1,49.10 4 J 17) Uma máquina de Carnot de 500W opera entre fontes de calor a temperatura constante de 100º C e 60ºC. Qual é a taxa com a qual a energia é (a) absorvida pela máquina na forma de calor e (b) rejeitada pela máquina na forma de calor? R = a) 4,67 KJ/s b) 4,17 KJ/s Centro de Educação Superior de Brasília Centro Universitário Instituto de Educação Superior de Brasília Curso: Engenharia Civil Professor: Douglas Esteves Disciplina : Física II Notas de Aula : Física II Curso: Engenharia Civil ( 3° Semestre ) Professor: Douglas Esteves e-mail: matematyco2010@gmail.com 18) Qual deve ser o trabalho realizado por um refrigerador de Carnot para transferir 1,0 J na forma de calor (a) de uma fonte de calor a 7,0ºC para uma fonte de calor a 27ºC, (b) de uma fonte a -73ºC para uma fontea 27º C , (c) de uma fonte a -173ºC para uma fonte de 27ºC. R = a) 0,071 J ; b) 0,50 J ; c) 2,0 J 19) Um motor à vapor realiza um trabalho de 12kJ quando lhe é fornecido uma quantidade de calor igual a 23kJ. Qual a capacidade percentual que o motor tem de transformar energia térmica em trabalho? N= 52,17% 20) Qual o rendimento máximo teórico de uma máquina à vapor, cujo fluido entra a 560ºC e abandona o ciclo a 200ºC? R = 43,2 % 21) Em uma máquina térmica são fornecidos 3kJ de calor pela fonte quente para o início do ciclo e 780J passam para a fonte fria. Qual o trabalho realizado pela máquina, se considerarmos que toda a energia que não é transformada em calor passa a realizar trabalho? W = 2220 J 22) Uma máquina que opera em ciclo de Carnot tem a temperatura de sua fonte quente igual a 330°C e fonte fria à 10°C. Qual é o rendimento dessa máquina? R = 53% 23) O rendimento de uma máquina térmica de Carnot é de 25% e a fonte fria é a própria atmosfera a 27°C. Determinar a temperatura da fonte quente. R = 127ºC 24) Uma máquina térmica recebe de uma fonte quente 100 cal e transfere para uma fonte fria 70 cal. Qual o rendimento desta máquina ? R = 30% 25) Uma máquina térmica de Carnot recebe de uma fonte quente 1000 cal por ciclo. Sendo as temperaturas das fontes quente e fria, respectivamente, 127 °C e 427 °C, determinar: a) o rendimento da máquina R = 43% b) o trabalho, em joules, realizado pela máquina em cada ciclo. R = 1806 J c) a quantidade de calor, em joules, rejeitada para a fonte fria R = 2394 J Usar como equivalência 1 cal = 4,2 J Bibliografia consultada Alonso, M. S. e Finn, E. J., Física, Ed. Edgard Blucher Editora, São Paulo, 1999. Young, H. D. e Freedman, R. A. Física II - Termodinâmica e Ondas, Pearson Education do Brasil (qualquer edição). Halliday, D., Resnick, R, Walker, J Fundamentos de Física 2- Gravitação, Ondas e Termodinâmica, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. (9ª Edição).
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