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IRA, IRC e Métodos 
Dialíticos 
LUCIANA DA COSTA ZIVIANI 
 
Aparelho 
urinário 
Fisiologia do Sistema Urinário 
 
 Rins 
• Órgãos de cor marrom-avermelhada, com cerca de 10cm de 
comprimento, cujo formato lembra um feijão. 
• Os rins estão localizados na parte posterior da cavidade abdominal, 
abaixo do diafragma e ao lado da coluna vertebral. 
Fisiologia do Sistema Urinário 
 
Anatomia renal: 
• As unidades funcionais dos rins denominam-se 
néfrons, os quais respondem pela filtração do sangue. 
Cada rim pode ter de 1 a 4 milhões de néfrons. 
• O néfron é uma estrutura tubular que possui, em uma 
das extremidades, uma dilatação chamada cápsula 
renal (ou de Bowman), no interior da qual esta uma 
rede capilares sanguíneos denominada glomérulo 
renal (ou de Malpighi). Ao conjunto formado pela 
cápsula renal e pelo glomérulo renal dá-se o nome de 
corpúsculo renal. 
RINS 
FUNÇÕES DO RIM 
• Eliminar substâncias tóxicas oriundas do 
metabolismo, como por exemplo, a ureia e 
creatinina; 
• Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo 
humano, tais como: sódio, potássio, cálcio, 
magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, 
cloro e outras; 
• Regular o equilíbrio ácido-básico, mantendo 
constante o pH sanguíneo; 
• Regular a osmolaridade e volume de líquido 
corporal eliminando o excesso de água do 
organismo; 
FUNÇÕES DO RIM 
• Excreção de substâncias exógenas como por 
exemplo medicações e antibióticos; 
• Produção de hormônios: Eritropoetina (estimula 
a produção de hemácias), renina (eleva a 
pressão arterial), vitamina D (atua no 
metabolismo ósseo e regula a concentração de 
cálcio e fósforo no organismo), cininas e 
prostaglandinas. 
• Produção de urina para exercer suas funções 
excretórias. 
Fisiologia 
EXCRETORA HOMEOSTÁTICA HORMONAL 
Função excretora 
Eliminação de substâncias tóxicas ao 
organismo 
Sangue Filtrado Reabsorção 
Função homeostática 
Equilíbrio ácido básico 
•Reabsorção de bicarbonato 
•Excreção de acidez titulável 
Equilíbrio Hidroeletrolítico 
Função hormonal 
eritropoitina 
Conduz à produção e 
amadurecimento de 
glóbulos vermelhos 
renina 
SRAA (Sistema Renina 
Angiotensina 
Aldosterona) 
Eleva PA 
Ativação da vit D: 
absorção do cálcio dos 
alimentos através do 
intestino. 
Fisiologia do Sistema Urinário 
Fisiologia do Sistema Urinário 
• Diariamente passa nos glomérulos renais cerca de 
2000L de sangue, resultando na produção de 
cerca de 160L de filtrado glomerular, para formar 
de 1 a 1,5 litro de urina. 
 
• Normalmente, todas as substâncias úteis 
presentes no filtrado glomerular são reabsorvidas 
ao longo dos túbulos renais, voltando para o 
sangue . 
 
• Entretanto, quando há o excesso de substâncias, 
este não retorna e é eliminado na urina (ex.: 
glicose na urina de pessoas diabéticas). 
Fisiologia do Sistema Urinário 
• Ao final do processo, o filtrado glomerular transformou-se 
em urina, um líquido contendo água, uréia, ácido úrico e 
sais. 
 
• A cor amarelada deve-se a presença de urobilina, excreta 
produzida pelo fígado durante a degradação da 
hemoglobina das hemácias velhas. 
 
• Quando os rins deixam de funcionar apropriadamente, a 
filtração não acontece e as toxinas se acumulam no 
sangue, levando a um quadro conhecido por uremia, 
caracterizado pelo aumento exagerado de uréia no sangue. 
 
• Os sintomas da uremia incluem: náusea e vômito, 
anorexia, fraqueza, alteração do estado mental, dispnéia e 
edema. 
Insuficiência Renal Aguda 
(IRA) 
Perda da função renal súbita, rápida e reversível 
IRA pré renal 
Perfusão renal prejudicada 
Ocorre devido à redução do fluxo 
plasmático renal e do ritmo de 
filtração glomerular. 
Causas: 
-hipotensão arterial 
-débito cardíaco diminuído 
-Obstrução arterial 
-hipovolemia (hemorragias, diarréias, 
queimaduras). 
É necessário ao menos 20 ml/hora de 
urina para que os catabólitos sejam 
excretados 
IRA renal 
Lesão no tecido renal 
A principal causa é a necrose tubular 
aguda (isquêmica e/ou tóxica) 
Causas renais: 
-Nefrite intersticial aguda 
-Glomerulonefrites 
-Doenças vasculares renais 
Causas gerais: 
-sepse 
-drogas nefrotóxicas 
 
IRA pós renal 
Secundárias a obstrução intra ou 
extra-renal por: 
-cálculos, 
-traumas, 
-coágulos, 
-tumores 
-Hipertrofia prostática 
-Fibrose retroperitonial 
-Bexiga neurogênica 
 
 
IRA renal 
Lesão tubular 
Células não lesadas 
Lesão subcelular 
não letal 
Necrose celular 
Regeneração Apoptose 
Disfunção celular 
Insuficiência Renal Crônica 
(IRC) 
PRINCIPAIS CAUSAS 
Glomerulonefrite crônica 
Nefroesclerose hipertensiva 
Nefropatia diabética 
Consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível 
da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina). 
Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal de 
insuficiência renal crônica - IRC), os rins não conseguem 
mais manter a normalidade do meio interno do paciente. 
IRC- Estadiamento 
•Fase 0 - função renal normal sem lesão renal 
•Fase 1 - lesão renal, com função normal 
•Fase 2 - insuficiência renal funcional ou leve 
•Fase 3 - insuficiência renal laboratorial ou 
moderada 
•Fase 4 - insuficiência renal clínica ou severa 
•Fase 5 – fase terminal, paciente apresenta 
insuficiência renal crônica 
SINAIS E SINTOMAS 
Dentre os principais sintomas da doença renal crônica 
temos: 
 
Hipertensão arterial: É o achado clínico mais comum na 
doença renal crônica, podendo estar presente nos 
estágios iniciais da doença (estágios 1 e 2), sendo que 
nos estágio mais avançados, quase todos os pacientes 
apresentarão hipertensão arterial. 
Dislipidemia: A elevação dos níveis de triglicérides e 
da lipoproteína de baixa densidade (LDL) é frequente nos 
pacientes com doença renal crônica a partir do estagio 3. 
Anemia: Comum na doença renal crônica nos estágios 3 
a 5, causada pela deficiência de eritropoetina, um 
hormônio sintetizado no rim e responsável por estimular a 
produção de glóbulos vermelhos no sangue. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dislipidemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Triglic%C3%A9rides
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna_de_baixa_densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna_de_baixa_densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna_de_baixa_densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna_de_baixa_densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna_de_baixa_densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna_de_baixa_densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna_de_baixa_densidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eritropoetina
SINAIS E SINTOMAS 
Distúrbio mineral e ósseo da doença renal crônica: Conjunto 
de alterações caracteriza pela deficiência de vitamina D 
ativada, hiperfosfatemia, hiperparatireoidismo e osteodistrofia 
renal. 
Acidose metabólica: Provocada pela incapacidade dos rins 
em excretar os ácidos produzidos pela metabolismo do 
organismo. 
Desnutrição: Comum em pacientes com doença renal 
crônica mais avançada, ou seja, estágios 4 e 5. 
Retenção de sódio e água: A incapacidade do rim excretar o 
excesso de água e sódio do organismo, pode levar ao 
aparecimento e hiponatremia, edema e congestão pulmonar. 
Hiperpotassemia: Costuma se desenvolver nos estágio 4 e 5 
da doença renal crônica e é provocada pela incapacidade do 
rim em eliminar o excesso de potássio organismo. 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Dist%C3%BArbio_mineral_e_%C3%B3sseo_da_doen%C3%A7a_renal_cr%C3%B4nica&action=edit&redlink=1
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_D
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_D
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_D
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperfosfatemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperparatireoidismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osteodistrofia_renal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osteodistrofia_renal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Osteodistrofia_renal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidose_metab%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidose_metab%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidose_metab%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidose_metab%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Desnutri%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiponatremia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Edema
https://pt.wikipedia.org/wiki/Congest%C3%A3o_pulmonar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Congest%C3%A3o_pulmonar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Congest%C3%A3o_pulmonar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipercaliemia
SINAIS E SINTOMAS 
Síndrome urêmica ou uremia: É o conjunto de 
sinais e sintomas provenientes do acúmulo de 
toxinas que normalmente são eliminadas pelos 
rins. 
Os sintomas clássicos da uremia são náuseas, 
mal estar, vômito, fraqueza, cefaléia (dores de 
cabeça). 
Os sintomas mais graves são, confusão 
mental, torpor (alto nível de sonolência súbita), 
distúrbios na coagulação sanguínea e pode 
levar até ao estado de coma. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uremia
TRATAMENTO 
O tratamento da doença renal crônica pode ser dividido em 
duas fases: o tratamento conservador e a terapia renal 
substitutiva. 
TRATAMENTO CONSERVADOR 
 
No tratamento conservador, o objetivo principal é retardar a 
progressão da doença renal, evitando uma maior perda da 
função renal, além de tratar suas complicações, como por 
exemplo a anemia, acidose metabólica e doença mineral 
óssea. 
Tais medidas compreendem o uso de medicações, controle 
da pressão arterial, diabetes, mudança do estilo de vida como 
perda de peso, cessar tabagismo, atividade física, dieta pobre 
em sódio, entre outros. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acidose_metab%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Dist%C3%BArbio_mineral_e_%C3%B3sseo_da_doen%C3%A7a_renal_cr%C3%B4nica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Dist%C3%BArbio_mineral_e_%C3%B3sseo_da_doen%C3%A7a_renal_cr%C3%B4nica&action=edit&redlink=1
TRATAMENTO 
TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA 
 
A terapia renal substitutiva está indicada para os pacientes 
com doença renal crônica em fase avançada onde o 
tratamento conservador não é mais suficiente para garantir o 
equilíbrio do organismo e o bem estar do paciente. 
 
Geralmente esses pacientes estão no estágio 5 da doença 
renal crônica, onde o paciente necessita de algum tratamento 
que substitua a função dos rins, ou seja, necessita de um 
tratamento que retire as impurezas e o excesso de líquido 
acumulado no corpo, em decorrência da doença renal 
crônica. Para isso, existem três modalidades de terapia renal 
substitutiva: Hemodiálise, Diálise Peritoneal e Transplante 
Renal. 
HEMODIÁLISE 
HEMODIÁLISE 
A hemodiálise (HD) é um processo utilizado em pacientes 
com doença aguda e que necessitam de diálise por curto período 
(dias a semanas) ou em pacientes com doença renal terminal 
(DRT) que necessitam de tratamento prolongado ou 
permanente. 
 
Uma membrana sintética semipermeável substitui os 
glomérulos e túbulos renais e atua como filtro para os rins 
deficientes. 
 
Para a hemodiálise ser satisfatória necessita que um grande 
volume de sangue passe pelo filtro, cerca de 300 a 450 ml/min. 
 
Em pacientes com IRC, a hemodiálise previne a morte. 
HEMODIÁLISE 
Entretanto, a hemodiálise não cura nem reverte a doença renal 
e não é capaz de compensar as perdas das atividades endócrinas 
ou metabólicas do rim e o impacto que a insuficiência renal e 
seu tratamento tem sobre a qualidade de vida dos pacientes. 
 
Estes podem ser submetidos à hemodiálise durante o resto de 
suas vidas (geralmente três vezes por semana durante, no 
mínimo 3 a 4 horas por tratamento) ou até receberem um 
transplante renal bem sucedido. 
 
Os pacientes são colocados em hemodiálise crônica quando 
necessitam da mesma para a sobrevivência e para o controle de 
sintomas urêmicos. 
HEMODIÁLISE 
Os objetivos da hemodiálise são extrair substâncias 
nitrogenadas tóxicas do sangue e remover o excesso de 
água. 
 
Na hemodiálise, o sangue, (repleto de toxinas e 
metabólitos nitrogenados), é desviado da pessoa para o 
dialisador, onde o sangue é depurado e, então, retorna a 
pessoa. 
 
Três princípios regulam a ação da hemodiálise: difusão, 
osmose e ultrafiltração. As toxinas e escórias presentes no 
sangue são removidas por difusão, (deslocando-se de uma 
área de maior concentração no dialisador). 
 
 
 
HEMODIÁLISE 
O excesso de água é removido do sangue por osmose. A remoção 
de água pode ser controlada criando-se um gradiente de pressão, isto 
é, a água move-se de uma área de alta pressão (o paciente) para uma 
de baixa pressão (o dialisado). 
 
Este gradiente pode ser aumentado pela adição de pressão negativa, 
conhecida como ultrafiltração, à máquina. A pressão negativa é uma 
força de aspiração aplicada à membrana que facilita a remoção da 
água. 
 
Durante a hemodiálise, o paciente, o dialisador e o banho dialisado 
exigem monitorização constante para detectar as numerosas 
complicações que podem surgir (por exemplo, embolia gasosa, 
ultrafiltração inadequada ou excessiva [hipotensão, cólica, vômito], 
extravasamento de sangue, contaminação e complicações da fístula). 
HEMODIÁLISE 
Hemodiálise contínua (HDC): o tratamento procede 
de maneira ininterrupta, 24 por dia, com fluxos de 
sangue (100 a 150mL/min.) e de solução de diálise (0,5 
a 2 L/h). 
Oferece controle metabólico, remoção de líquidos, 
controle do equilíbrio ácido/base e equilíbrio 
eletrolítico. 
Proporcionando menor instabilidade hemodinâmica 
no paciente. 
Para evitar o risco de dano ao segmento da bomba, 
recomenda-se mudar a linha a cada 72 horas, no 
máximo. 
HEMODIÁLISE 
Características do Dialisado: Composição semelhante ao plasma. 
 
Composição do dialisato para HD 
-Na ; K ; Ca; Mg; Cloreto; Glicose. 
-Acetato ou Bicarbonato 
 
Bicarbonato - diminui aacidose metabólica, diminuindo as 
alterações hemodinâmicas, não promove queda do PCO2 sanguíneo; 
a solução de bicarbonato tende a precipitar cálcio e bicarbonato por 
isso, deve-se ter rigorosa esterilização na máquina de diálise; 
 
O ajuste do banho de dialisado, por possuir características muito 
semelhantes ao plasma, é capaz de controlar os níveis dos eletrólitos 
no sangue do paciente. A difusão de grandes moléculas, como as 
proteínas e os eritrócitos, é impedida pela membrana semipermeável. 
COMPONENTES DA HEMODIÁLISE 
Circuito de sangue: denominado linha ou set, corresponde à 
tubulação por onde o sangue passará durante sua circulação 
extracorpórea. É denominada linha arterial o segmento que leva 
o sangue do paciente para o dialisador e linha venosa o 
seguimento que retorna com o sangue já dialisado. 
 
Circuito de solução dialisante: tem por função levar a 
solução dialisante até o dialisador e retornar com esta 
acompanhada dos componentes sanguíneos excretados. Essa 
solução que retorna pode ser reciclada e passar novamente no 
dialisador, assim como apenas uma parte dela ser reciclada, ou 
até mesmo ser eliminada no esgoto toda a solução que retorna 
do dialisador, vai depender da saturação de toxinas do líquido. 
COMPONENTES DA HEMODIÁLISE 
Máquina de diálise: existem vários modelos de 
máquinas. Atualmente encontra-se máquinas que controlam 
tanto a circulação sanguínea como a da solução, sem que se 
tenha de usar outra máquina. 
As máquinas de diálise possuem alarmes para as suas 
mais diversas funções. 
 
COMPONENTES DA HEMODIÁLISE 
Membrana dialisadora: denominada dialisador ou capilar, 
consiste em uma estrutura de formato em espiral, tubular ou plano, 
composta por milhares de fibras ocas no interior de um 
compartimento maior. 
Essas fibras ocas são formadas por uma membrana semipermeável 
sintética ou de celulose. 
Em seu interior passa o sangue e, ao seu redor, no compartimento 
maior, passa a solução dialisante. 
O sangue e a solução dialisante não se misturam, mas fazem suas 
trocas por meio de uma membrana semipermeável localizada no 
capilar. 
COMPONENTES DA HEMODIÁLISE 
Os capilares têm diversas classificações numéricas, que 
determinam seu tamanho e o diâmetro dos poros da membrana 
interna responsável pela maior ou menor perda de água e de outros 
compostos sangüíneos. Portanto, a escolha do capilar depende da 
estrutura física e biológica do paciente, bem como de sua idade. 
 
Todos os dialisadores possuem quatro aberturas, das quais duas 
estão ligadas às fibras internas e logo tornam-se responsáveis pela 
entrada e saída do sangue do capilar, e as outras duas ficam para a 
entrada e saída da solução dialisadora. 
 
Durante a sessão de hemodiálise, o capilar fica posicionado na 
vertical e o sentido do sangue é sempre de cima para baixo, enquanto 
a solução circula no dialisador de baixo para cima, proporcionando 
assim uma maior troca entre ambos. 
COMPONENTES DA HEMODIÁLISE 
HEMODIÁLISE 
VIAS DE ACESSO 
 
A via de acesso para a hemodiálise é exclusivamente 
vascular, envolvendo artérias e veias, em conjunto ou 
separado. 
Esse acesso vascular é dividido em temporário e 
permanente, e estes compreendem: 
Temporário: cateter curta permanência (Shilley) - 
ideal que não passe de 04 semanas e cateter de longa 
permanência (Permcath) – pode permanecer até 02 
ano, em boas condições; 
Permanente: fístula arteriovenosa(FAV). 
 
HEMODIÁLISE 
VIAS DE ACESSO 
 
Cateteres: constitui um acesso temporário para 
hemodiálise que é estabelecido através da inserção 
percutânea em uma veia calibrosa (jugular interna, 
femural e subclávia). 
 
Pode ser de duplo ou triplo lúmen e 
confeccionado de diferentes materiais. 
 
Tem as vias de acesso diferenciadas por cor (Azul 
para venoso e Vermelha para arterial). 
HEMODIÁLISE 
Cuidados de enfermagem: 
 
Curativo a cada 48h (gaze) ou quando necessário no local 
do cateter, filme transparente estéril pode ser até 7 dias; 
Proteger no banho; 
 
Em casos de hiperemia ou secreção purulenta, comunicar 
ao médico e colher amostra da secreção para análise 
laboratorial. Nestes casos, a critério médico, o cateter é 
retirado imediatamente; 
 
Caso o cateter tenha sido heparinizado, aspirar a heparina 
de cada lúmen do cateter e lavar com 10ml de soro 
fisiológico a 0,9%, cada lúmen. 
HEMODIÁLISE 
A heparina do cateter é uma conduta que varia muito 
nos serviços de diálise, onde a proporção entre heparina 
e soro pode ser aproximadamente de 0,2 ml heparina 
5.000 UI para 9,2 ml de SF 0,9%, 5ml para cada lúmen; 
 
Após a lavagem dos lúmens, fechar cada luz 
mantendo ambas oclusivas com a ponta sempre fixada 
em direção à cabeça ou para cima. 
 
Orientar o paciente a procurar o serviço de diálise a 
qualquer alteração do cateter duplo-lúmen. 
HEMODIÁLISE 
VIAS DE ACESSO 
Fístula arteriovenosa (FAV), [permanente] - consiste em 
uma anastomose (ligação) subcutânea de uma artéria com 
uma veia, (criada cirurgicamente, geralmente no antebraço, 
conectando-se ou unindo-se uma artéria a uma veia, seja de 
forma látero-lateral ou término-lateral). 
Com o tempo, a veia sofre dilatação de seu calibre e 
espaçamento da parede, permitindo sua utilização continua 
e prolongada, através de várias punções feitas pela agulha 
de diálise. 
A fístula arteriovenosa pode ser usada depois de 4 a 6 
semanas após sua formação. Normalmente escolhe-se o 
membro não-dominante, a fim de se evitarem complicações 
em seu funcionamento. 
HEMODIÁLISE 
Complicações da F.A.V.: 
Precoces –hemorragias, trombose, infecção. 
Tardias –redução de fluxo, trombose, formação de 
aneurisma, aumento do débito cardíaco. 
 
Cuidados de enfermagem: 
Após a cirurgia de fístula arteriovenosa, orientar o 
paciente a exercitar o da F.A.V.; abrindo e fechado a 
mão com ajuda de uma bolinha da borracha, por 
exemplo. 
Até a retirada dos pontos, fazer curativo diário com 
soro fisiológico a 0,9% sem ocluir. 
 
HEMODIÁLISE 
A F.A.V. leva em torno de duas a três semanas para 
madurar, isto é, ficar em condições de uso. 
Verificar frêmito. 
Não verificar PA ou puncionar vaso no membro da 
fístula. 
Nunca ocluir o vaso, mesmo com sangramento após 
retirada da agulha. 
Verificar mais frequentemente frêmito quando há 
hipotensão. 
 
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES 
• Desequilíbrios hídricos 
• Hipotensão 
• Desequilíbrios eletrolíticos 
• Infecção 
• Sangramento e heparinização 
• Problemas no equipamento 
Diálise Peritoneal 
A diálise peritoneal constitui um método que fornece ao paciente 
maior estabilidade hemodinâmica já que as trocas são efetuadas mais 
lentamente e de modo fisiológico, entretanto existe mais de uma 
opção dentro dessa terapia de substituição renal. São eles: 
CAPD - Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua: Funciona 24 
horas por dia, todos os dias com 4 a 5 trocas diárias de solução de 2,0 
a 2,5 litros. 
O tempo de infusão médio é de 10 minutos e o de drenagem é de 
aproximadamente 20 minutos. A solução permanece na cavidade 
abdominal no intervalo entre trocas (4 a 6 horas), nesse período o 
paciente fica livre para realizar suas atividades tendo de tornar a 
realizar o ciclo de infusão e drenagem uma vez transcorrido o 
intervalo prescrito. O cateter implantado no abdômen fica adaptado a 
um equipo pequeno, fechado e fixado ao corpo. A CAPD é a terapia 
indicada para início de tratamento. 
Diálise Peritoneal 
DPI – Diálise Peritoneal intermitente: Ocorre duas vezes por 
semana com sessões de 18 a 24 horas de duração onde são utilizados 
40 litros de solução. 
• Caracteriza-se como uma terapia intermediária entre CAPD e DPA 
e está indicada para pacientes que não podem realizar hemodiálise e 
não possuem condições satisfatórias para o auto-cuidado. 
• A característica intermediária desta modalidade permitea 
confecção de acesso vascular permanente, caso haja indicação para 
continuidade da terapia renal substitutiva sob a forma de 
hemodiálise, ou ainda, o treinamento do paciente para as 
modalidades domiciliares de diálise peritoneal (CAPD e DPA). 
• As bolsas de DPI são de 5 litros e a realização da terapia necessita 
do uso de uma máquina. É ela quem realiza de modo automático a 
infusão do líquido aquecido na cavidade abdominal e as drenagens 
sempre que transcorridos o tempo necessário. 
Diálise Peritoneal 
 DPA – Diálise Peritoneal Automatizada: as trocas ocorrem durante 
a noite ou dia através de uma máquina, a cicladora, por um período 
curto e um intervalo longo de permanência da solução infundida. 
 
A DPA é realizada todas as noites com auxílio de uma máquina 
cicladora que automaticamente realiza o processo de infusão e 
drenagem de solução da cavidade peritoneal, efetuando a drenagem de 
toxinas e água, seguindo a programação de acordo com a prescrição. 
Normalmente são realizados de 4 a 5 ciclos noturnos e, durante o dia, 
o paciente fica com a cavidade livre ou com líquido se for esta a 
programação. Em alguns casos é feita manualmente a realização de 
mais um ciclo durante o dia. 
 
As indicações para DPA são: necessidade do dia livre, dependência de 
outra pessoas, altos transportadores com retenção de líquidos, menor 
risco de complicações mecânicas e otimização da diálise peritoneal. 
COMPLICAÇÕES 
• Recuperação incompleta de líquidos 
• Vazamento ao redor do cateter 
• Líquido peritonial sanguinolento 
• Peritonite 
• Infecção do cateter 
• Hipotensão/hipertensão 
• Distúrbios eletrolíticos 
• Imobilidade 
• Desconforto 
Comparação da hemodiálise e da 
diálise peritonial 
Tipo de diálise 
 
Peritonial 
 
Hemodiálise 
 
Acesso 
 
Cateter peritonial 
 
Fístula AV ou cateter duplo 
lúmem 
 
Exigência de 
heparina 
 
Não 
 
Sistêmica 
 
 
Tempo de tratamento 
 
Contínuo ou intercâmbio 
intermitente 
 
3-4 horas 3 ou 4X por semana 
 
Vantagens 
 
Remoção contínua de resíduos e 
líquidos, melhor estabilidade 
hemodinâmica, menores 
restrições dietéticas 
 
Remoção rápida e eficaz de 
resíduos e líquidos, útil para 
doses exageradas ou 
intoxicações 
 Desvantagens 
 
Contra indicada após cirurgia 
abdominal,remoção lenta de 
resíduos 
 
Frequentes métodos de acesso 
vascular, tensão em um sistema 
vascular comprometido, perdas 
sanguíneas.

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