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ACESSE AQUI ESTE MATERIAL DIGITAL! GUSTAVO OLIVEIRA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Coordenador(a) de Conteúdo Maquiel Duarte Vidal Projeto Gráfico e Capa Arthur Cantareli Silva Editoração Camila Luiza Nardelli Isabella Santos Magalhaes Design Educacional Vanessa Graciele Tibúrcio Revisão Textual Harry Wiese Ilustração Andre Luis Azevedo da Silva Fotos Shutterstock e Envato Impresso por: Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722. Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). Núcleo de Educação a Distância. OLIVEIRA, Gustavo. Educação Ambiental / Gustavo Oliveira. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024. 176 p. ISBN papel 978-65-6137-517-7 ISBN digital 978-65-6137-518-4 1. Palavra-chave 2. Palavra-chave 3. EaD. I. Título. CDD - 363.70071 EXPEDIENTE FICHA CATALOGRÁFICA N964 03506825 RECURSOS DE IMERSÃO Utilizado para temas, assuntos ou con- ceitos avançados, levando ao aprofun- damento do que está sendo trabalhado naquele momento do texto. APROFUNDANDO Uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Aqui você terá indicações de filmes que se conectam com o tema do conteúdo. INDICAÇÃO DE FILME Uma dose extra de conhecimento é sempre bem-vinda. Aqui você terá indicações de livros que agregarão muito na sua vida profissional. INDICAÇÃO DE LIVRO Utilizado para desmistificar pontos que possam gerar confusão sobre o tema. Após o texto trazer a explicação, essa interlocução pode trazer pontos adicionais que contribuam para que o estudante não fique com dúvidas sobre o tema. ZOOM NO CONHECIMENTO Este item corresponde a uma proposta de reflexão que pode ser apresentada por meio de uma frase, um trecho breve ou uma pergunta. PENSANDO JUNTOS Utilizado para aprofundar o conhecimento em conteúdos relevantes utilizando uma lingua- gem audiovisual. EM FOCO Utilizado para agregar um con- teúdo externo. EU INDICO Professores especialistas e con- vidados, ampliando as discus- sões sobre os temas por meio de fantásticos podcasts. PLAY NO CONHECIMENTO PRODUTOS AUDIOVISUAIS Os elementos abaixo possuem recursos audiovisuais. Recursos de mídia dispo- níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem. 7 63 4 121 U N I D A D E 3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE CONSCIENTIZAÇÃO E INOVAÇÃO NOS PROBLEMAS AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEOS . . . . . . . . . . . . .122 SUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICA E COMUNITÁRIA POR MEIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .140 EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA MULTIDIMENSIONAL PARA A SUSTENTABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .160 7U N I D A D E 1 FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS, HISTÓRIA E FILOSOFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL À LUZ DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL . . . . . . . . . . . . .44 63U N I D A D E 2 ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE ENSINO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64 ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE ENSINO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82 PROJETOS E ATIVIDADES PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL E NÃO FORMAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100 5 SUMÁRIO UNIDADE 1 MINHAS METAS FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS, HISTÓRIA E FILOSOFIA Identificar e definir os principais conceitos relacionados à Educação Ambiental. Descrever marcos históricos no desenvolvimento da Educação Ambiental. Analisar dilemas éticos relacionados ao meio ambiente. Explanar programas de Educação Ambiental em escolas, comunidades ou locais de trabalho. Analisar informações relacionadas às questões ambientais, identificando fontes confiáveis e avaliando a validade de argumentos. Aplicar conceitos da Educação Ambiental para analisar e propor soluções para problemas ambientais do mundo real. Analisar o progresso e o impacto de programas de Educação Ambiental. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1 8 INICIE SUA JORNADA Você sabe o que é Educação Ambiental? Inicialmente, nós precisamos considerar que no mundo globalizado, a Educa- ção Ambiental vem surgindo como uma importante área para o enfrentamento dos desafios ambientais, que envolvem desde as mudanças climáticas até a per- da de biodiversidade, exigindo assim a atenção de todos os atores sociais. Deste modo, a problematização inicia com a percepção da magnitude dos problemas ambientais e da necessidade de soluções sustentáveis em tempo hábil, de modo que possamos atender à atual e às futuras gerações. Nesse contexto, é que a Educação Ambiental tem o papel de relacionar a capacidade de compreender o ambiente e a responsabilidade de agir de maneira sustentável, apontando como os estudantes e futuros profissionais, devem enten- der o impacto das suas ações sobre o mundo e a sociedade. Assim, sob a ótica da experimentação na Educação Ambiental, verifica-se o envolvimento das atividades práticas que solidificam os conhecimentos teóri- cos, levando a campos, laboratórios e iniciativas de conservação onde se possa implementar ideias e aprender com a interação direta com o ambiente. Por isso, a participação de projetos de reciclagem, visitas em áreas de conservação ou envolvimento em ações ecológicas, são fundamentais para conectar de forma tangível os princípios da Educação Ambiental. Assim, com base nesses pontos é importante pensar nas ações, escolhas e responsabilidades em relação ao ambiente, à medida que se avança em inicia- tivas de como se pode contribuir para a sustentabilidade. Afinal, a Educação Ambiental incentiva a questionar, aprimorar e adaptar as atividades profissionais para criar um mundo mais equilibrado, tornando a sociedade comprometida com um futuro ambientalmente responsável e promissor. E então, preparados para mergulhar no universo desse tema e compreender mais sobre a educação ambiental? Vamos começar! UNIASSELVI 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 Convidamos você a acessar o nosso podcast com o tema Evolução do Desenvolvi- mento da Educação Ambiental, onde exploramos as origens da Educação Ambien- tal, sua evolução ao longo do tempo e seu impacto na promoção da conscientiza- ção e ação voltadas à sustentabilidade. Recurso de mídia disponível no conteúdo digital do ambiente virtual de apren- dizagem. PLAY NO CONHECIMENTO VAMOS RECORDAR? A interdisciplinaridade é um dos princípios da Educação Ambiental, pois reconhece que as questões ambientais são complexas e interconectadas e, portanto, não podem ser compreendidas de maneira isolada. Assim, ela promove a integração de conhecimentos de diversas áreas, incluindo biologia, ecologia, sociologia, ética, economia e outras disciplinas relevantes, resultando em uma compreensão mais abrangente das questões ambientais e capacitando os estudantes a abordá-las de forma crítica e assertiva. Para relembrar e aprofundar seus estudos acerca das questões ambientais com foco na educação ambiental, leia o artigo: A interdisciplinaridade na educação ambiental. Acesse: http://www.fsj.edu.br/transformar/index.php/transformar/article/view/216 Com base neste artigo, nós acreditamos que você possa verificar a importância da Educação Ambiental no contexto escolar, pois ele destaca a abordagem interdisciplinar como uma forma eficaz deconsciente. Sob a ótica da sustentabilidade cabe apontar que ela emerge como um pilar fundamental nesse tríptico, delineando práticas que garantam a preservação dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ecossistêmico. Assim, a crescente consciência ambiental impulsiona empresas e governos a adotarem estratégias sustentáveis, promovendo a responsabilidade social e econômica. Nesse contexto, a inovação é a força motriz que impulsiona a transformação necessária para enfrentar os desafios da sustentabilidade, por meio de novas ideias, processos e modelos de negócios surgem constantemente, oferecendo soluções criativas para problemas prementes. É nessa estrutura que a tecnologia atua diretamente na efetivação das práticas sustentáveis e inovadoras, pois à medida que avançamos, a convergência entre sustentabilidade, inovação e tecnologia torna-se mais imperativa, corroborando com o compromisso de práticas sustentáveis que tragam soluções inovadoras. Indicação de vídeo: Para aprofundar seus estudos, assista ao vídeo: Sustentabilidade, inovação e tecnologia | Carlos Piazza. Link da indicação: https://www.youtube.com/watch?v=0rz5uEh76kk. 4 1 DESENVOLVA SEU POTENCIAL Você sabia que as tratativas interdisciplinares na Educação Ambiental são es- tratégias que buscam integrar conhecimentos e práticas de diversas disciplinas para abordar questões ambientais de forma mais abrangente e holística? Sim, essa linha de abordagem reconhece que os problemas ambientais são dinâmicos e múltiplos, e por isso necessitam da colaboração de distintas áreas do conhe- cimento para serem compreendidos e resolvidos (JAEGER; FREITAS, 2021). Por isso, precisamos encarar es- sas dinâmicas interdisciplinares dentro dos conceitos da Edu- cação Ambiental, por meio de algumas frentes como a integração curricular que tem como foco conectar o ensino de conceitos am- bientais a várias disciplinas dentro do currículo escolar (FRICHS COTICA.; CAR- NIATTO, 2020). Integração curricular Tal tratativa fortalece o entendimento dos estudantes sobre questões ambientais e promove uma percepção mais abrangente das interações entre aspectos sociais, econômicos e ambientais. Nesse sentido é importante destacarmos que uma das principais vantagens da integração curricular com a educação ambiental é oportunizar e tornar os tópicos ambientais mais relevantes para os estudantes, incorporando questões como mu- danças climáticas, conservação da biodiversidade e uso sustentável de recursos naturais nas disciplinas existentes (MARQUES; RAIMUNDO; XAVIER, 2019). UNIASSELVI 4 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 3 Ademais, a integração curricular tende a incentivar professores de distintas áreas a trabalharem em conjunto com abordagens mais complexas. Tal colabora- ção entre disciplinas enriquece a experiência educacional dos estudantes e reflete a natureza interconectada dos desafios ambientais do mundo real. Assim, ao realizarmos projetos interdisciplinares podemos ter um envolvimento em atividades práticas, como investigações de ecossistemas locais, análise de da- dos de qualidade do ar e da água ou planejamento de soluções sustentáveis para problemas ambientais mais direcionados, tendo como consequência um apren- dizado ativo com o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas e pensamento crítico (MARQUES; RAIMUNDO; XAVIER, 2019). Para compreendermos melhor a integração curricular é simples. Basta reforçar o conceito da Educação Ambiental como área preparadora de estudantes com visões conscientes e responsáveis. Por isso, quanto mais se investe em conheci- mento sobre o meio ambiente, mais se desenvolve a percepção do papel da pro- teção e conservação do meio ambiente. Assim, ao capacitar os estudantes com uma educação ambiental integrada, estamos moldando as gerações futuras com os instrumentos necessários no enfrentamento dos desafios ambientais globais de maneira informada e eficaz. APROFUNDANDO 4 8 Você sabia que o pensamento crítico é uma habilidade mental de suma impor- tância que envolve a avaliação, análise e reflexão sobre informações e ideias de maneira lógica e ponderada? Exatamente, essa habilidade pode ser direcionada para diversos aspectos da vida, desde a resolução de problemas do dia a dia, até a tomada de decisões complexas. APROFUNDANDO Outro fator importante é que esse tipo de aprendizagem fomenta o desenvolvi- mento de habilidades socioemocionais, como trabalho em equipe, comunicação eficaz e resolução de conflitos, que são essenciais para o sucesso em ambientes profissionais colaborativos. Diante desses pontos, a integração curricular, quando bem-sucedida, oferece uma visão renovada para a educação, capaz de preparar os estudantes para os desafios complexos e interconectados do mundo em que vivemos. Aprendizado baseado em problemas O aprendizado baseado em problemas confi- gura-se como uma abordagem educacional que traz em sua estrutura uma inovação que coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, desafiando-os a resolver problemas atuais e reais do mundo moder- no. Por isso, esses estudantes são apresen- tados a situações-problema complexas e em seguida são estimulados a investigar, pesquisar e criar soluções que façam sentido com o proposto (MASTRODI; BITTENCOURT, 2023). Nessa dinâmica, o aprendizado deve ultrapassar o conhecimento mais con- ceitual e teoria e avançar rumo ao desenvolvimento de habilidades de pensamen- to crítico, resolução de problemas e trabalho em equipe. UNIASSELVI 4 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 3 PROBLEMATIZAÇÃO: inicia com a explanação do problema ou cenário motivado por situações reais. A partir disso, os estudantes são encorajados a entender o problema, identificar soluções em seu conhecimento e criar perguntas e objetivos de aprendizado. APRENDIZADO ATIVO: nesse momento, os estudantes assumem o protagonismo e têm papel ativo em seu próprio aprendizado. Afinal, nessa fase, eles exploram recursos, fazem pesquisas, cola- boram com colegas e desenvolvem soluções para o problema apresentado. COLABORAÇÃO: os estudantes são direcionados constantemente para o trabalho em equipe para re- solver o problema, e com isso desenvolvem habilidades de gerenciamento do tempo, comunicação, negociação e liderança, criando assim diferentes perspectivas. APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO: com o conhecimento adquirido se deseja que os estudantes como as habilidades são importantes para situações reais, por meio das práticas. O aprendizado baseado em problemas, conforme sugerido por Jaeger e Frei- tas (2021), pode seguir quatro elementos importantes, tais como: Sob o ponto de vista dos benefícios desse aprendizado, cabe apontar que os estudantes adquirem conhecimento teórico e o aplicam a situações práticas, o que ajuda a conectá-los ao mundo real e assim prepará-los para enfrentar as adversidades, por meio da autoconfiança e a autodisciplina. De acordo com Jaeger e Freitas (2021), dentre alguns exemplos de aprendizado baseados em problemas ambientais, podemos destacar: 5 1 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA COMUNIDADE: os estudantes podem ser encorajados a desenvolver um plano para gerenciar os re- síduos sólidos de uma comunidade de maneira mais sustentável, abordando coleta, reciclagem, compostagem e educação pública. MUDANÇAS CLIMÁTICAS E ADAPTAÇÃO: os estudantes podem buscar estratégias de adaptação às mudanças climáticas em sua região. Afinal, as mudanças climáticas impactam negativamente os ecossistemas, resultando em desequilíbrios nos ciclos naturais. Além disso, com padrões climáticos instáveis e extremos afetam a produção agrícola, causando escassez de alimentos e insegurança alimentar em regiões vulneráveis. POLUIÇÃO DA ÁGUA E QUALIDADE DA ÁGUA: os estudantes podem investigar fontes de poluição da água em sua região e desenvol- ver soluções para melhorar a qualidade da água. Afinal, a poluição é um dos problemas ambientais mais prementes e complexos enfrentados globalmente, pois conformeas atividades humanas continuam a crescer, a qualidade da água em todo o mundo é ameaçada por poluentes variados, demandando uma abordagem urgente e abrangen- te para proteger e restaurar os recursos hídricos. ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL: os estudantes podem investigar práticas alimentares sustentáveis, incluindo a produ- ção de alimentos orgânicos, a redução do desperdício de alimentos e o papel da agri- cultura na conservação do meio ambiente. Visto que a busca por alimentação susten- tável é cada vez mais importante em um mundo que enfrenta desafios ambientais e sociais complexos. Assim, a medida que se produz, distribui e consome alimentos de forma mais sustentável, se consegue alcançar a saúde do planeta e das comunidades. Diante dessa dinâmica, cabe apontar que ao aproveitar as oportunidades que essa abordagem oferece, podemos moldar um ambiente educacional mais dinâ- mico, preparando os alunos com conhecimento teórico, habilidades e atitudes necessárias para enfrentar os desafios complexos e em constante evolução da sociedade contemporânea. UNIASSELVI 5 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 3 Projetos interdisciplinares Os projetos interdisciplinares em educação ambiental agregam a colaboração de dis- tintas disciplinas e áreas do conhecimento para explorar as questões ambientais que em muitas situações são complexos e de difícil solução. Por isso, essa colaboração busca promover a compreensão das interações entre a sociedade e o meio ambiente. Nesse contexto, esses projetos ajudam os estudantes a perceberem as questões am- bientais sob diferentes perspectivas, de modo que possam combinar conhecimentos de ciências naturais, ciências sociais, matemática, arte e demais disciplinas para enten- der completamente os desafios ambientais (MASTRODI; BITTENCOURT, 2023). Esses encaminhamentos são muito importantes, pois os projetos, em muitos casos, agregam problemas ambientais que podem ir desde poluição, conservação da biodiversidade, até gestão de recursos naturais e mudanças climáticas. Por conta disso, o trabalho colaborativo é de suma importância nos projetos interdis- ciplinares em educação ambiental, permitindo que os estudantes aprendam a tra- balhar em equipe, integrando suas habilidades e conhecimentos para encontrar soluções para os problemas ambientais apresentados (JAEGER; FREITAS, 2021). Experiências práticas As experiências práticas contribuem no processo de aprendizado de outras discipli- nas, permitindo que os estudantes tenham a oportunidade de vivenciar o conheci- mento e aplicá-lo a situações do mundo real. Além disso, esse aprendizado teórico permite que se consiga explorar e compreender a complexidade dos fenômenos naturais e dos desafios ambientais (MASTRODI; BITTENCOURT, 2023). Assim, uma das principais vantagens das experiências práticas é a conexão direta com o ambiente e a natureza, pois os estudantes podem observar ecos- sistemas, coletar dados, fazer medições e realizar experimentos em ambientes naturais, o que enriquece sua compreensão da biodiversidade, dos ciclos bio- geoquímicos e dos impactos humanos sobre o meio ambiente. 5 1 O trabalho em campo promove o desenvolvimento de habilidades práticas e trabalho em equipe, direcionando o aprendizado de colaboração na coleta de dados e na tomada de decisões, proporcionando uma conexão mais direta com a realidade local, permitindo que os alunos compreendam como as questões ambientais se manifestam em seu próprio entorno, para uma conscientização mais significativa e personalizada. Outro ponto positivo é a oportunidade de sair da sala de aula e se envolver diretamente com situações reais, afinal, o contato direto com ambientes naturais desperta uma sensibilidade ambiental mais profunda, permitindo que os alunos desenvolvem empatia em relação à natureza, compreendendo os impactos das atividades humanas e motivando a busca por soluções sustentáveis e enrique- cendo a compreensão dos sistemas ambientais. Parcerias com a comunidade As parcerias com a comunidade ocorrem com a colaboração entre escolas e a comunidade local, direcionando estratégias que trazem diversos be- nefícios para o aprendizado e desenvolvimento dos estudantes. Assim, ao conectar o currículo com as necessidades e recursos da comunidade local, os estudantes veem como os conceitos se traduzem em ações e soluções tan- gíveis. Além disso, parcerias com a comunidade oferecem oportunidades de aprendizado experiencial, promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais (JAEGER; FREITAS, 2021). Para que você possa entender melhor as experiências práticas da educação am- biental, deixo o vídeo intitulado: Educação ambiental tem que ser revolucionária. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=9k2UmB4Y-WM&t=47s. EU INDICO UNIASSELVI 5 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 3 Por isso, a colaboração com a comunidade pode abranger uma ampla varie- dade de áreas, desde a participação em projetos de preservação do meio ambiente até parcerias com organizações locais que promovem a educação, saúde e bem-es- tar. Essas parcerias ajudam a fortalecer o vínculo entre a escola e a comunidade, criando um senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada. Como as parcerias com a comunidade podem fortalecer a eficácia dos progra- mas de Educação Ambiental e o engajamento dos estudantes em questões ecológicas locais? PENSANDO JUNTOS Nesse contexto, trabalhar em colaboração com a comunidade local, organizações não governamentais e profissionais de diversas áreas, por exemplo, biólogos, engenheiros, urbanistas, pode enriquecer a experiência de Educação Ambiental, proporcionando resultados valiosos sobre questões ambientais específicas. Estudante! Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gos- taríamos de indicar a aula que preparamos especialmente para você. Acredi- tamos que esta aula irá complementar e aprofundar ainda mais o seu entendi- mento sobre o tema. EM FOCO Em termos gerais, cabe apontar que a colaboração entre instituições educacionais e a comunidade ajuda diretamente na promoção da educação ambiental eficaz, pois essas parcerias estabelecem uma ponte entre a teoria aprendida em sala de aula e a aplicação prática na vida cotidiana, criando um ecossistema educacional mais amplo e relevante. 5 4 NOVOS DESAFIOS As abordagens interdisciplinares na Educação Ambiental têm uma relação im- portante entre a teoria e a prática. Afinal, a teoria em abordagens interdiscipli- nares gera uma base sólida e um entendimento conceitual das questões am- bientais, ecologia, ciências sociais e outras disciplinas relacionadas. Tal base, é fundamental para que se possa trabalhar no campo, pois fornece o conhecimento necessário para compreender os problemas ambientais e suas causas. Já sob a ótica da parte prática na Educação Ambiental interdisciplinar, verifica-se o envolvimento da aplicação efetiva da teoria no mundo real por profissionais que utilizam seu conhecimento teórico para desenvolver e implementar programas educacionais, projetos de conservação, estratégias de sensibilização ambiental, entre outros. Por isso, profissionais que compreendem a teoria interdisciplinar têm a capaci- dade de abordar questões ambientais de maneira mais analítica, considerando aspectos científicos, sociais, econômicos e culturais. Consequentemente com essa ba- gagem, se consegue atingir soluções sustentáveis e de promoção da sustentabilidade. A crescente preocupação com as questões ambientais e a necessidade de abordagens interdisciplinares tornaram os profissionais em Educação Am- biental altamente procurados no mercado de trabalho, principalmente por organizações governamentais, não governamentais e empresas que buscam especialistas que possam contribuir para a resolução de problemas ambien- tais que surgem cada vez mais complexos. Nessa linha, a conexão entre teoria e prática na Educação Ambiental tam- bém impulsiona a educação continuada e a inovação. Afinal, é necessário que se esteja sempre atualiza-do no sentido de novas descobertas e abor- dagens nas diversas disciplinas envolvidas. Isso o torna capaz de desenvolver soluções inovadoras e adaptar-se às mudanças nas perspectivas ambientais. UNIASSELVI 5 5 1. Os projetos interdisciplinares em Educação Ambiental desempenham um papel crucial na formação de indivíduos conscientes e engajados em relação ao meio ambiente, ao integrar conhecimentos de várias disciplinas e proporcionar uma compreensão mais abrangente e aprofundada das questões ambientais (SOUZA, 2020). Fonte: SOUZA, F. R. da S. Educação Ambiental e sustentabilidade: uma intervenção emergente na escola. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 15(3), 115–121, 2020. Assinale a alternativa que melhor reflete a necessidade de projetos interdisciplinares nesse contexto.: a) São opcionais e raramente contribuem para uma compreensão mais ampla das questões ambientais. b) São desnecessários, pois a abordagem de questões ambientais pode ser realizada de maneira mais eficiente em disciplinas isoladas. c) São caros e difíceis de serem implementados, tornando-os desaconselháveis. d) São relevantes apenas para estudantes avançados, não tendo relevância para o ensino básico. e) São essenciais, pois permitem a integração de diferentes áreas de conhecimento e a abordagem holística das questões ambientais. 2. Os princípios da Educação Ambiental são previstos na Política Nacional de Educação Am- biental (PNEA), conforme estabelecido na Lei nº 9.795/1999. Esses princípios são funda- mentais para orientar e nortear as práticas de EA em todo o país, e sua inclusão no livro ajudaria a fornecer uma base sólida para os leitores entenderem os fundamentos da Edu- cação Ambiental no contexto brasileiro. Assim, a análise das questões ambientais à luz da Educação Ambiental envolve uma abordagem interdisciplinar que busca compreender e abordar os desafios e problemas ambientais de maneira holística, contribuindo fortemente na promoção da consciência, compreensão e ação em relação ao meio ambiente (SILVA; AGUIAR; JURADO, 2020). Fonte: SILVA, M. P. da; AGUIAR, P. A. de; JURADO, R. G. As tecnologias digitais da informação e comunica- ção como polinizadoras dos projetos criativos eco formadores na perspectiva da educação ambiental. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 31, n. 1, p. 182–204, 2020. AUTOATIVIDADE 5 1 De acordo com os princípios da Educação Ambiental, a reflexão crítica sobre as questões ambientais deve ser: a) Limitada a tópicos específicos dentro de cada disciplina acadêmica. b) Uma atividade isolada, desvinculada do currículo escolar. c) De responsabilidade exclusiva dos órgãos governamentais. d) Uma tarefa exclusiva de organizações não governamentais (ONGs). e) Uma abordagem interdisciplinar que promova a reflexão crítica e ação em relação às questões ambientais. 3. À medida que se enfrentam desafios cada vez mais complexos em relação ao meio ambien- te, a colaboração entre governos, organizações não governamentais, empresas e cidadãos torna-se essencial. Nesse sentido, essas parcerias podem abranger uma ampla variedade de questões ambientais, incluindo a conservação da biodiversidade, a gestão de resíduos, a redução das emissões de gases de efeito estufa e a promoção de práticas sustentáveis (LOUZADA et al., 2022). Fonte: LOUZADA, A. F. et al. Educação ambiental: um relato de experiência na comunidade indígena Assuriní, município de Tucuruí (PA). Revista Brasileira de Educação Ambiental, 17(1), 28–53, 2022. Qual é o principal benefício da colaboração entre instituições educacionais e a comunidade na resolução de questões ambientais? a) Aumento da competição entre as partes envolvidas. b) Isolamento das instituições educacionais em relação aos problemas ambientais. c) Redução da responsabilidade das instituições educacionais em relação aos problemas ambientais. d) Aumento da burocracia e da complexidade na tomada de decisões. e) Integração de conhecimentos, recursos e esforços para abordar questões ambientais de maneira mais eficaz. AUTOATIVIDADE 5 1 REFERÊNCIAS FRICHS COTICA, K. J.; CARNIATTO, I. A relação entre legislação, a educação ambiental e os problemas enfrentados na gestão de resíduos sólidos pelas comunidades rurais. International Journal of Environmental Resilience Research and Science, v. 2, n. 2, 2020. JAEGER, A. P.; FREITAS, E. M. de. Prática de educação ambiental: percepção de professores do ensino fundamental de escolas públicas municipais do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(1), 23–34, 2021. LOUZADA, A. F. et al. Educação ambiental: um relato de experiência na comunidade indíge- na Assuriní, município de Tucuruí (PA). Revista Brasileira de Educação Ambiental, 17(1), 28–53, 2022. MARQUES, R.; RAIMUNDO, J. A.; XAVIER, C. R. Educação Ambiental: retrocessos e contradições na Base Nacional Comum Curricular. Interfaces da Educação, 10(29), 445–467, 2019. MASTRODI, J.; BITTENCOURT, C. M. Uma análise da implementação e revisão da Educação Am- biental formal no município de Campinas (SP). Revista Brasileira de Educação Ambiental, 18(5), 325–343, 2023. SILVA, M. P. da; AGUIAR, P. A. de; JURADO, R. G. As tecnologias digitais da informação e comuni- cação como polinizadoras dos projetos criativos eco formadores na perspectiva da educação ambiental. Revista Polyphonía, Goiânia, v. 31, n. 1, p. 182–204, 2020. SOUZA, F. R. da S. Educação Ambiental e sustentabilidade: uma intervenção emergente na es- cola. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 15(3), 115–121, 2020. 5 8 1. a) A implementação de projetos interdisciplinares na educação contemporânea destaca-se como uma abordagem inovadora, buscando integrar conhecimentos de diversas disciplinas para promover uma aprendizagem mais contextualizada e significativa. b) A criação de projetos interdisciplinares não necessários e quando bem-sucedidos trazem uma comunicação eficaz e uma compreensão compartilhada dos objetivos educacionais entre os educadores envolvidos. c) Os projetos interdisciplinares fomentam habilidades socioemocionais, como trabalho em equipe, comunicação e resolução de conflitos, fundamentais para o sucesso futuro dos estudantes. d) Estes projetos preparam os estudantes com conhecimentos disciplinares, habilidades e perspectivas necessárias para prosperar em um mundo cada vez mais interconectado e complexo, em todos os níveis de ensino e) Os projetos interdisciplinares em Educação Ambiental são importantes, pois permitem a integração de diferentes áreas de conhecimento e a abordagem holística das questões ambientais.” Isso está alinhado com a importância da interdisciplinaridade na Educação Ambiental. 2. a) A Educação Ambiental busca integrar conhecimentos de diversas disciplinas, reconhecendo a complexidade das questões ambientais. b) A Educação Ambiental reconhece que o aprendizado faz parte do ambiente escolar formal e da ideia de aprendizado contínuo ao longo da vida, incentivando a busca constante por conhecimento e a adaptação às mudanças ambientais e sociais. c) A Educação Ambiental é de responsabilidade compartilhada, desenvolvendo habilidades e conhecimentos que permitam a promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social. d) A Educação Ambiental é de responsabilidade compartilhada, incluindo Ongs que ajudam a desenvolver habilidades e conhecimentos que permitam a promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social. e) Assim, esses pontos estão de acordo com os princípios da Educação Ambiental, refletindo a compreensão de que a Educação Ambiental promove uma análise crítica e interdisciplinar das questões ambientais. GABARITO 5 9 3. a) A colaboração entre instituições educacionais e a comunidade na resolução de questões ambientais beneficia o meio ambiente e promove um engajamento mais profundo e apren- dizado significativo. b) A colaboração traz soluções para questões ambientais e agrega os conhecimentos das instituições. c) Aumenta a responsabilidade das instituiçõeseducacionais em relação aos problemas ambientais e traz uma visão holística. d) A colaboração entre instituições educacionais e a comunidade na resolução de questões ambientais, tende a reduzir a burocracia e a complexidade na tomada de decisões. e) Alinhado com o principal benefício da colaboração entre instituições educacionais e a comunidade, refletindo a compreensão de que a integração de conhecimentos e esforços é fundamental para lidar de forma eficaz com questões ambientais. GABARITO 1 1 MINHAS ANOTAÇÕES 1 1 UNIDADE 2 MINHAS METAS ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE ENSINO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL Identificar as principais estratégias de ensino utilizadas na Educação Ambiental Formal. Explicar as bases teóricas por trás das estratégias de ensino em Educação Ambiental. Descrever as tecnologias de ensino mais comuns empregadas para abordar questões ambientais nas escolas. Analisar a eficácia de diferentes metodologias de ensino ambiental. Avaliar o impacto de uma estratégia de ensino ambiental em termos de mudanças no conhecimento e comportamento dos estudantes. Analisar as estratégias de ensino utilizadas nos programas de Educação Ambiental Formal. Explanar a importância de treinamento dos professores na Educação Ambiental Formal. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4 1 4 INICIE SUA JORNADA Para iniciarmos a nossa conversa direcionada para as estratégias e metodo- logias utilizadas, é preciso considerarmos que a Educação Ambiental Formal inicia seu processo de ensino a partir de uma problematização, que consiste em identificar questões e desafios ambientais que os estudantes possam ex- plorar e avaliar de maneira assertiva. Nessa linha, cabe apontar que muitas questões ambientais são complexas e interconectadas, tornando desafiador identificar e abordar suas causas funda- mentais, como a falta de conexão direta com os problemas ambientais locais que pode resultar em falta de engajamento por parte dos estudantes, gerando um acesso limitado a recursos em que algumas instituições podem enfrentar, dificultando a realização de atividades práticas ou pesquisas de campo. A partir desse estabelecimento se consegue envolver a exploração das questões ambientais de maneira mais direcionada, enfatizando a compreensão dos conceitos e da relevância desses desdobramentos para as comunidades locais. Além disso, nesse momento é preciso que os educadores usem de métodos visuais para ilustrar os conceitos e envolvam os estudantes de uma maneira mais aprofundada. Nesse contexto, é que a experimentação tende a oportunizar a aplicação de atividades práticas, que envolva a realização de projetos de conservação, ações práticas de restauração ambiental, excursões a áreas naturais ou até mesmo a realização de experimentos para que se consiga compreender de uma forma mais sensorial as temáticas ambientais. Assim, os estudantes devem ser incentivados a analisar as experiências e os conhe- cimentos adquiridos, buscando refletir sobre o impacto de suas ações no desenvol- vimento de uma consciência mais crítica para a resolução de problemas ambientais. E, então, preparado para conhecer as estratégias e metodologias aplicadas na educação ambiental formal? Vamos juntos! UNIASSELVI 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 4 Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema “Avaliação da eficácia das estratégias de ensino em educação ambiental”, em que exploramos as princi- pais estratégias aplicadas no ensino em Educação Ambiental, juntamente com a eficácia da aplicação de cada uma delas. Recurso de mídia disponível no conteúdo digital do ambiente virtual de apren- dizagem. PLAY NO CONHECIMENTO VAMOS RECORDAR? A Educação Ambiental e a formação de pessoas cada vez mais conscientes sobre questões ambientais estão, diretamente, relacionadas aos objetivos de um mundo mais promissor. Nesse sentido, a Educação Formal, contribui para que os estudantes tenham a oportunidade de adquirir conhecimento sobre o meio ambiente e juntamente com isso, desenvolver as habilidades e atitudes necessárias para agir de forma responsável. Por isso, a Educação Ambiental formal tem o objetivo de incentivar ações práticas, por meio de projetos, experimentos e atividades que direcionem a conservação, a organização de campanhas de reciclagem ou a criação de soluções para desafios ambientais locais. Assim, para recordar e aprofundar o tema das questões ambientais por meio da Educação Formal, leia o artigo intitulado: Educação ambiental e cidadania por meio da educação formal. Acesse: https://periodicos.unifesp.br/index.php/revbea/ article/view/13884. DESENVOLVA SEU POTENCIAL ESTRATÉGIAS DE ENSINO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL Você sabia que a Educação Ambiental Formal tem a função de formar pessoas conscientes e engajadas em questões relacionadas ao Meio Ambiente? Isso mes- mo! Mas para isso, visando ao atingimento dos objetivos dessa formação é fun- 1 1 damental aplicar estratégias de ensino que promovam a compreensão, o respeito e a ação responsável em relação ao Meio Ambiente. Afinal, esses formatos con- tribuem na construção de conhecimento e no desenvolvimento de habilidades práticas e atitudes sustentáveis (STEDILE; CAMARDELO; CIOATO, 2021). Aprendizado por experiências Nesse formato, que atual- mente se aposta no aprendi- zado por meio de experiên- cias na Educação Ambiental, pois coloca os estudantes no centro da ação, permitindo que aprendam diretamente com a experiência prática e interação com o ambiente natural. Tais tratativas, buscam envolvê-los em atividades práticas que os conectam às questões am- bientais em um formato mais sensorial e relevante (LIMA; OLIVEIRA, 2022). Por meio dessa abordagem, os estudantes adquirem conhecimento, desenvol- vem um senso mais profundo de apreço pelo ambiente natural e uma conscienti- zação, testemunhando os desafios e as ameaças enfrentadas pelo meio ambiente, o que pode inspirar uma ação mais responsável e sustentável. O aprendizado no formato das experiências desenvolve habilidades adicionais de pensamento crítico, resolução de problemas e tomada de decisões informadas. Assim, os estudantes são desafiados a considerar as implicações de suas ações no meio ambiente e a explorar soluções para problemas ambientais reais. APROFUNDANDO Ademais, o aprendizado por experiências envolve os estudantes, criando cone- xões mais próximas ao meio ambiente, pois quando se experimenta o ambiente natural de maneira direta e pessoal, é mais provável que obtenham iniciativas de práticas sustentáveis (LIMA; OLIVEIRA, 2022). UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 4 Aprendizado colaborativo Essa estratégia configura-se como uma abordagem pedagógica que destaca a colaboração entre os estudantes como um formato de explorar e compreender as questões ambientais, reconhecendo a interconexão intrínseca entre as pessoas e o meio ambiente. Por isso, nessa dinâmica precisamos garantir que os estudantes sejam enco- rajados a compartilhar ideias, conhecimentos e experiências, e a trabalhar em grupos para investigar questões ambientais, desenvolver soluções e promover a conscientização ambiental (STEDILE; CAMARDELO; CIOATO, 2021). Para compreendermos melhor quanto essa estratégia ajuda positivamente na Educação Ambiental, vamos conhecer os benefícios obtidos no aprendizado: NOVAS PERSPECTIVAS: o trabalho em grupo enriquece a discussão, permitindo que os estudantes se depa- rem com uma variedade de perspectivas e soluções para problemas ambientais. Além disso, esse formato de trabalho proporciona um ambiente propício para a diversidade de perspectivas, pois os alunos trazem experiências, conhecimentos e valores distintos para a discussão, enriquecendo a compreensão coletiva sobre questões ambientais. HABILIDADES SOCIAIS: a comunicação é uma habilidade muito importante que ajuda na solução de problemas e conflitos, permitindo que os estudantes aprendam a compartilhar responsabilidades e a trabalhar em equipe.Ademais, a comunicação eficaz permite que os estudantes compreendam as perspectivas dos outros e desenvolvam empatia, para considerar as preocupações e necessidades de diferentes partes interessadas, promovendo aborda- gens mais inclusivas e equitativas. EMPODERAMENTO: esse formato de aprendizado confere aos estudantes a habilidade de se tornarem agentes ativos de mudanças positivas em suas comunidades, afinal, ao oferecer opor- tunidades para explorar, discutir e agir em questões ambientais, aplicando conceitos aprendidos na resolução de problemas reais e capacitando-os a abordar desafios am- bientais de maneira efetiva e sustentável. 1 8 Nessa linha, é importante destacarmos que o aprendizado colaborativo na Edu- cação Ambiental pode ser aplicado em projetos de envolvimento comunitário, em programas de conscientização ambiental e em esforços de resolução de pro- blemas da atualidade (STEDILE; CAMARDELO; CIOATO, 2021). APRENDIZADO ATIVO: o aprendizado colaborativo estimula o pensamento crítico e a resolução de proble- mas, desafiando os estudantes a aplicarem o que aprenderam na busca de soluções práticas. Adicionalmente, cabe apontar que o cerne do aprendizado ativo é a aplicação prática do conhecimento adquirido, em que os estudantes aprendem diferentes áreas de conhecimento e compreendem com mais assertividade os desafios ambientais. CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL A LONGO PRAZO: ao desenvolverem soluções para questões ambientais, os estudantes estão mais sujei- tos a internalizar os conceitos e princípios de sustentabilidade. Como o aprendizado colaborativo pode ser efetivamente integrado na Educação Ambiental Formal para promover a conscientização, ação coletiva e soluções para questões ambientais urgentes? PENSANDO JUNTOS Diante do exposto, cabe frisar que o aprendizado colaborativo é uma abordagem educacional que enfatiza a interação e cooperação entre os alunos, promovendo a construção de conhecimento por meio da troca de ideias, experiências e habilida- des. Assim, tal método é particularmente relevante na Educação Ambiental, onde a resolução de problemas complexos e a promoção da sustentabilidade, muitas vezes, exigem abordagens multidisciplinares e a participação ativa de diversas pessoas. UNIASSELVI 1 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 4 Recursos de aprendizado Os recursos de aprendizado na Educação Ambiental representam uma evolução no modo como as questões ambientais são ensinadas e compreendidas, pois aju- dam a envolver os estudantes de forma mais eficaz e inspirar uma conscientização sobre questões ambientais (NARCIZO, 2012). Nesse sentido, atualmente, nós temos diversos recursos visuais, como ví- deos, imagens, gráficos, e infográficos e demais elementos visuais que têm a capacidade de tornar as informações mais acessíveis. Como exemplos desses formatos podemos citar os aplicativos e jogos educativos que abordam questões ambientais, permitindo o aprendizado de uma forma interativa e divertida de aprender (LIMA; OLIVEIRA, 2022). Outro formato que podemos men- cionar é o das plataformas on-line que fornecem o acesso a cursos e recursos relacionados à Educação Ambiental, permitindo que os estudantes possam participar de aulas virtuais, acessar ma- teriais de leitura, participar de fóruns de discussão e realizar avaliações on-line. Esse formato não podemos deixar de mencionar as redes sociais que posi- tivamente ajudam na disseminação de informações e na mobilização de ações relacionadas ao Meio Ambiente, permitindo que os educadores possam desen- volver atividades alternativas que gerem discussões e conscientização ambiental (LIMA; OLIVEIRA, 2022). Porém, cabe salientarmos que integração de tecnologias na Educação Am- biental oferece uma gama diversificada de recursos valiosos para os estudantes, proporcionando simulações, realidade virtual e outras ferramentas interativas que enriquecem o aprendizado teórico. É de suma importância que o uso dessas tecnologias deve ser harmonizado com experiências práticas e vivências ao ar livre, pois o contato direto com a natureza oferece uma dimensão única que vai além das representações digitais, permitindo que os estudantes explorem, observem e interajam fisicamente com o ambiente natural. 1 1 Tal abordagem equilibrada visa criar uma experiência educacional mais holística, promovendo o entendimento conceitual e a conexão com o meio ambiente. Assim, ao reconhecer a importância de experiências práticas, a Educação Ambiental busca proporcionar aos estudantes oportunidades tangíveis de investigação e descoberta, permitindo que essas experiências práticas estimulem a curiosidade natural, incenti- vem a exploração ativa e contribuem para o desenvolvimento de habilidades práticas, desde a coleta de dados até a análise crítica de fenômenos ambientais. Desse modo, ao fomentar a combinação entre tecnologia e experiências ao ar livre, a Educação Ambiental busca criar uma conexão mais profunda e signi- ficativa entre os estudantes e o ambiente natural, pois a interação direta com a natureza promove uma consciência ambiental mais ampla, conduzindo a ações de cultivar uma mentalidade de preservação e responsabilidade, capacitando os estudantes a se tornarem defensores ativos da sustentabilidade. Em termos gerais, o equilíbrio entre tecnologia e experiências ao ar livre representa uma estratégia educacional que busca formar pessoas informadas, engajadas e conectadas emocionalmente com o meio ambiente. Outro ponto importante para abordarmos diz respeito às estratégias de ensi- no em Educação Ambiental, que são fundamentadas em diversas bases teóricas que visam promover a compreensão e a ação dos indivíduos em relação ao meio ambiente, dentre elas: (WATANABE, 2011). CONSTRUTIVISMO: baseado nas teorias de Piaget e Vygotsky, o construtivismo enfatiza a construção ativa do conhecimento pelo aluno, por meio da interação com o ambiente. Nas estratégias de ensino em Educação Ambiental, isso se reflete no incentivo à investigação, à reflexão crítica e à resolução de problemas ambientais. APRENDIZAGEM EXPERIENCIAL: a comunicação é uma habilidade muito importante que ajuda na solução de problemas e conflitos, permitindo que os estudantes aprendam a compartilhar responsabilidades e a trabalhar em equipe. Ademais, a comunicação eficaz permite que os estudantes compreendam as perspectivas dos outros e desenvolvam empatia, para considerar as preocupações e necessidades de diferentes partes interessadas, promovendo aborda- gens mais inclusivas e equitativas. UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 4 Essas são apenas algumas das bases teóricas por trás das estratégias de ensino em Educação Ambiental. Por isso, a combinação e aplicação dessas teorias variam de acordo com o contexto educacional e os objetivos específicos de cada atividade ou programa de Educação Ambiental. USO DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL A tecnologia está revolucionando o formato de como os estudantes interagem com questões ambientais e compreendem os desafios ambientais no mundo glo- balizado. Ela proporciona ferramentas inovadoras para aprimorar a conscien- tização e o engajamento por meio do acesso a recursos digitais e plataformas educacionais, permitindo que se crie experiências de aprendizado. ECOLOGIA COGNITIVA Originada dos estudos de Gibson e Barker, a ecologia cognitiva examina como os seres humanos percebem e interagem com seu ambiente físico e social. Nas estratégias de ensino em Educação Ambiental, essa perspectiva destaca a importância de considerar o contexto ambiental e social dos alunos ao desenvolver atividades educacionais, a fim de tornar a aprendizagem mais relevante e significativa. EDUCAÇÃO CRÍTICA: Influenciada pelas teorias críticas de Paulo Freire e outros, essa abordagem enfatiza a im- portância da conscientização, da análise crítica e da ação transformadora em relação aos problemas ambientais e sociais. Nas estratégias de ensino em Educação Ambiental, isso se refletena promoção do pensamento crítico, na análise das causas subjacentes dos problemas ambientais e na busca por soluções baseadas na justiça social e ambiental. TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIOAMBIENTAL: Esta abordagem destaca a inter-relação entre os aspectos sociais e ambientais do co- nhecimento, enfatizando a importância de considerar o contexto sociocultural dos alu- nos ao abordar questões ambientais. 1 1 Atualmente, a disponibilidade de informa- ções em tempo real permite um maior acesso aos temas ambientais, como qualidade do ar, níveis de poluição da água e informações sobre a bio- diversidade, da mesma forma que implicações que podem ocorrer devido a ações erradas (VAR- NES; MINASI, 2023). REALIDADE VIRTUAL: Permite que os estudantes possam se transportar para ambientes virtuais, permitindo que eles explorem ecossistemas, desafios ambientais e soluções de maneira imersiva. FERRAMENTAS DE MAPEAMENTO: Recursos como o Google Earth permitem que os estudantes explorem a geografia, a topografia e as mudanças ambientais globais, criando mapas interativos e analisando da- dos geoespaciais relacionados ao Meio Ambiente. A tecnologia é uma ferramenta poderosa que impulsiona a colaboração global e amplia o impacto positivo em nossa relação com o meio ambiente. Além disso, ela está cada vez conectando os estudantes uns aos outros, compartilhando ideias, projetos e soluções para desafios ambientais. APROFUNDANDO Nessa dinâmica, a Educação Ambiental Formal é uma ferramenta que contribui para capacitar os estudantes a compreenderem e abordarem os desafios ambien- tais contemporâneos, pois a incorporação de tecnologias pode elevar o impacto dessa educação, proporcionando experiências mais dinâmicas e interativas. Por isso, dentre as principais tecnologias que podem ser usadas na Educação Am- biental Formal, destacamos: UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 4 Com base nesses pontos, a integração dessas tecnologias na Educação Ambiental Formal oferece uma oportunidade única para inspirar os alunos, capacitá-los com habilidades práticas e promover uma compreensão mais profunda e envol- vente das questões ambientais. Afinal, ao aproveitar essas ferramentas inovado- ras, está-se construindo bases para futuras gerações, rumo à sustentabilidade. TREINAMENTO DE PROFESSORES EM ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL O treinamento de professores em estratégias e metodologias de Educação Am- biental permite preparar e capacitar os educadores com as ferramentas e co- nhecimentos necessários para transmitir efetivamente conceitos e práticas de sustentabilidade aos estudantes. Assim, o treinamento inicia com a compreensão das questões ambientais atuais e das abordagens pedagógicas mais eficazes, incluindo a exploração de assuntos como mudanças climáticas, biodiversidade, conservação, reciclagem e o RECURSOS MULTIMÍDIA: Nesses formatos podemos considerar os vídeos, podcasts, infográficos e apresenta- ções interativas que ajudam no fornecimento de informações visuais e auditivas sobre questões ambientais. DISPOSITIVOS DE MONITORAMENTO AMBIENTAL: Ajudam na coleta de dados em tempo real sobre qualidade do ar, qualidade da água, clima e outros parâmetros ambientais, promovendo assim a aprendizagem baseada em evidências e a compreensão das mudanças ambientais. RECURSOS DE PESQUISA ON-LINE: Nessas tecnologias estão inclusas as bibliotecas digitais, bases de dados científicas e recursos de pesquisa on-line fornecem acesso a estudos, relatórios e informações atua- lizadas sobre questões ambientais, permitindo autonomia nas pesquisas autônomas. 1 4 papel da ação individual e coletiva na promoção da sustentabilidade. Além disso, é preciso que haja treinamentos no sentido de adaptar os princípios da Educação Ambiental junto as demais áreas e disciplinas (VARNES; MINASI, 2023). Outro ponto a destacarmos em relação a esses treinamentos, envolve o desen- volvimento de competências pedagógicas específicas, contribuindo para que os educadores aprendam a utilizar abordagens de ensino ativas, como aprendizado baseado em projetos, aprendizado ao ar livre, e uso de tecnologia educacional, para tornar as aulas mais envolventes e práticas. É preciso que haja treinamento para avaliar o progresso dos estudantes em relação aos objetivos de Educação Ambiental, envolvendo o uso de avaliações formativas e somativas, além de estratégias para medir a compreensão, a conscientização ambiental e a aplicação do conhecimento na resolução de problemas ambientais. Adicionalmente, os professores precisam de atualizações regulares sobre novos desenvolvimentos, descobertas científicas e melhores práticas na Educação Am- biental (VARNES; MINASI, 2023). Para que você possa entender melhor os tipos de treinamentos para os professo- res, deixo o vídeo intitulado: Formação ambiental para professores. Acesse: https:// www.youtube.com/watch?v=0FRO3aDmRSs. EU INDICO UNIASSELVI 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 4 Diante dessas abordagens, cabe apontar que ao fornecer treinamento específico em estratégias pedagógicas, os educadores podem adquirir ferramentas para integrar a Educação Ambiental de maneira transversal em diversos aspectos do currículo, enriquecendo o aprendizado dos alunos e demonstrando como a sus- tentabilidade pode ser incorporada em disciplinas variadas, tornando-a uma parte essencial da experiência educacional (VARNES; MINASI, 2023). Com o treinamento adequado, os professores podem explorar métodos prá- ticos, como projetos interdisciplinares, aprendizado baseado em problemas e saídas de campo, proporcionando aos alunos uma compreensão mais profunda e significativa das questões ambientais. Em última análise, o treinamento de professores em estratégias e metodolo- gias de Educação Ambiental é uma peça fundamental para moldar uma geração de estudantes que compreende e valoriza a importância da sustentabilidade em sua formação educacional (VARNES; MINASI, 2023). NOVOS DESAFIOS A conexão entre teoria e prática tem grande impacto no mercado de tra- balho e nas perspectivas de carreira no campo das estratégias e metodologias de ensino em Educação Ambiental Formal. Afinal, a teoria fornece o alicerce conceitual e pedagógico para a Educação Ambiental Formal, trazendo teorias de aprendizagem e métodos de ensino. Já a conexão com a prática ocorre quando os educadores traduzem as teorias em ações reais, implementando estratégias e metodologias de ensino que se baseiam em princípios teóricos para envolver os estudantes a promover a conscientização e inspi- rar a ação ambiental por meio de atividades, projetos e discussões com os estudantes. Estudante! Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gostaríamos de indicar a aula que preparamos especialmente para você. Acreditamos que esta aula irá complementar e aprofundar ainda mais o seu entendimento sobre o tema. EM FOCO 1 1 Assim, a relação da teoria e prática evidencia que a Educação Ambiental está em constante evolução devido às mudanças nas questões ambientais e nas abor- dagens pedagógicas, evidenciando a necessidade de os profissionais de educação ambiental estarem sempre atualizados e preparados para enfrentar os desafios emergentes e aplicar abordagens inovadoras. Nesse contexto, profissionais que conseguem integrar efetivamente a teoria em suas práticas de ensino são valorizados no mercado de trabalho. Por isso, aqueles que possuem experiência em estratégias e metodologias de ensino em Educação Ambien- tal Formal estão bem-posicionados frente à liderança em instituições educacionais, organizações não governamentais, órgãos governamentais e empresas que valorizam a educação ambiental como parte de suas iniciativas de responsabilidade social. UNIASSELVI 1 1 1. Na Educação Ambiental Formal, diversos recursos de aprendizado podem ser utilizados para enriquecer a experiência dos estudantes e promover a conscientização ambiental. Por isso, a escolha dos recursos de aprendizadodepende dos objetivos educacionais, do público-alvo e do contexto da Educação Ambiental Formal, tendo, muitas vezes, uma com- binação desses recursos para proporcionar uma experiência abrangente e envolvente para os alunos (NARCIZO, 2012). Fonte: NARCIZO, K. R. dos S. Uma análise sobre a importância de trabalhar educação ambiental nas escolas. REMEA – Revista Eletrônica Do Mestrado Em Educação Ambiental, 22, 2012. Sobre esses recursos, qual dos seguintes recursos de aprendizado é especialmente útil para promover a conexão direta entre os alunos e o ambiente natural, proporcionando experiên- cias práticas e sensoriais: a) Palestras em sala de aula com apresentações de slides sobre temas ambientais. b) Debates e discussões em sala de aula sobre questões ambientais. c) Pesquisa em bibliotecas e aulas teóricas sobre teorias da educação ambiental. d) Filmes e documentários sobre problemas ambientais globais. e) Visitas a áreas naturais, como parques e reservas ambientais. 2. As estratégias de ensino na Educação Ambiental Formal fazem a promoção da conscienti- zação e do aprendizado dos estudantes em relação a questões ambientais, afinal ela ocorre no contexto escolar e envolve a integração de temas ambientais no currículo, seguindo diretrizes educacionais e planos de estudo (STEDILE; CAMARDELO; CIOATO, 2021). Fonte: STEDILE, N. L. R.; CAMARDELO, A. M. P.; CIOATO, F. M. Educação ambiental no ensino formal para o correto manejo de resíduos. Revista Brasileira De Educação Ambiental, 16(1), 96–113, 2021. Analise as afirmativas a seguir: I - A Educação Ambiental Formal deve se limitar à abordagem tradicional de aulas exposi- tivas, uma vez que outras estratégias são ineficazes para transmitir conhecimento. II - Estratégias ativas, como a aprendizagem baseada em problemas e a educação ao ar livre, têm sido amplamente adotadas na Educação Ambiental Formal, promovendo o engajamento e o aprendizado significativo. III - Estratégias de ensino na Educação Ambiental Formal não precisam ser adaptadas às necessidades específicas dos estudantes ou ao contexto da escola. IV - A incorporação de estratégias de ensino que envolvem a participação ativa dos estu- dantes contribui para o desenvolvimento de competências críticas e para a formação de cidadãos mais conscientes das questões ambientais. AUTOATIVIDADE 1 8 V - Estratégias de ensino na Educação Ambiental Formal não requerem a integração de questões sociais e culturais, uma vez que o foco deve ser apenas nas questões am- bientais. Selecione a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) I, apenas. b) III, apenas. c) II e IV apenas. d) I e II, apenas. e) II e III, apenas. 3. A utilização de recursos de pesquisa on-line permite o acesso a uma variedade de infor- mações e ferramentas interativas. Além disso, o uso de recursos de pesquisa on-line na Educação Ambiental formal amplia o acesso a informações sobre questões ambientais e estimula a conscientização e a participação dos alunos na proteção do meio ambiente (COSTA; SILVA; SILVA, 2022). Fonte: COSTA, D. C.; SILVA, J. G. da; SILVA, M. A. A. da. Educação ambiental durante a pandemia: refletindo a partir da prática docente no ensino fundamental. Revista de Estudos em Educação e Diversidade – REED, 3(8), 1-19, 2022. Com base nesses pontos, assinale a alternativa que melhor descreve o papel dos recursos de pesquisa on-line na Educação Ambiental formal: a) Os recursos de pesquisa on-line são usados exclusivamente para fins de entretenimento, não desempenhando um papel significativo na Educação Ambiental formal. b) Os recursos de pesquisa on-line são uma ameaça à Educação Ambiental formal, uma vez que podem fornecer informações imprecisas e não confiáveis. c) Os recursos de pesquisa on-line são usados apenas por alunos avançados, e não são acessíveis à maioria dos estudantes de Educação Ambienta. d) Os recursos de pesquisa on-line ajudam a ampliar o acesso a informações e engajar os alunos na proteção do meio ambiente. e) Os recursos de pesquisa on-line não são relevantes na Educação Ambiental formal, pois os materiais impressos ainda são mais eficazes nesse contexto. AUTOATIVIDADE 1 9 REFERÊNCIAS COSTA, D. C.; SILVA, J. G. da; SILVA, M. A. A. da. Educação ambiental durante a pandemia: refle- tindo a partir da prática docente no ensino fundamental. Revista de Estudos em Educação e Diversidade – REED, 3(8), 1-19, 2022. LIMA, S. B.; OLIVEIRA, A. L. de. Educação ambiental e cidadania por meio da educação formal. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 17(6), 420–439, 2022. NARCIZO, K. R. dos S. (2012). Uma análise sobre a importância de trabalhar educação ambiental nas escolas. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 22, 2012. STEDILE, N. L. R.; CAMARDELO, A. M. P.; CIOATO, F. M. Educação ambiental no ensino formal para o correto manejo de resíduos. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(1), 96–113, 2021. VARNES, K.; MINASI, L. F. A educação ambiental no cotidiano docente dos anos iniciais de uma escola pública estadual no município do Rio Grande (RS). Revista Brasileira de Educação Am- biental, 18(6), 157–181, 2023. WATANABE, C. B. Fundamentos teóricos e prática da educação ambiental. ETEC Brasil. Insti- tuto Federal do Paraná, 2011. 8 1 1. Opção E. As visitas a áreas naturais, como parques e reservas ambientais, proporcionam uma experiência prática e sensorial, permitindo que os alunos entrem em contato direto com o ambiente natural. Essas experiências podem ter um impacto significativo na compreensão e na conscientização ambiental dos estudantes, tornando-as uma ferramenta eficaz na Educação Ambiental formal. 2. Opção C. A aprendizagem baseada em problemas e a educação ao ar livre capturam a atenção dos estudantes ao apresentar desafios reais e contextos tangíveis. Assim, a resolu- ção de problemas práticos e a exploração de ambientes naturais despertam naturalmente o interesse dos alunos, resultando em maior envolvimento nas atividades educacionais. Outro ponto importante, é que ambas as estratégias proporcionam uma contextualização do aprendizado, conectando teoria e prática e assim ajudam os estudantes a aplicarem os conceitos a situações do mundo real. 3. Opção D. A Educação Ambiental formal tem como objetivo conscientizar os alunos sobre questões ambientais, promovendo a compreensão da importância da preservação do meio ambiente e incentivando a adoção de práticas sustentáveis. Por isso, os recursos de pesquisa on-line ajudam a ampliar o acesso a informações e engajar os alunos na proteção do meio ambiente. GABARITO 8 1 MINHAS METAS ESTRATÉGIAS E METODOLOGIAS DE ENSINO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL Identificar os princípios e conceitos da Educação Ambiental não Formal. Explorar as instituições envolvidas na promoção da Educação Ambiental não Formal. Explicar a importância da Educação Ambiental não Formal na conscientização ambiental. Descrever o papel das atividades práticas na Educação Ambiental não Formal. Compreender como a Educação Ambiental não Formal pode ser adaptada para diferentes públicos-alvo. Aplicar estratégias de engajamento do público em um programa de Educação Ambiental não Formal. Utilizar tecnologia e mídia de forma eficaz na entrega de conteúdo de Educação Ambiental não Formal. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5 8 1 INICIE SUA JORNADA Para iniciarmos nosso aprendizado, é imperativo reconhecer que a Educação Ambiental não Formal desempenha um papel primordial na reflexão e aborda- gem das questões ambientais que enfrentamos atualmente. No contexto da crise ambiental global, caracterizada por mudanças climáticas, perda de biodiversida- de, poluição generalizada e escassez de recursos naturais, a necessidade de uma educação que transcenda os limites da sala de aula tradicional torna-se evidente. A Educação Ambiental não Formal é aquela que ocorre fora do ambiente escolar Formal e engloba uma variedade de abordagens, como programas comu- nitários,atividades ao ar livre, iniciativas governamentais, campanhas de cons- cientização e projetos interdisciplinares. Tal forma de educação oferece oportu- nidades para explorar, discutir e entender as questões ambientais de maneiras práticas e contextualizadas. Nesse contexto, ao enfrentarmos esses desafios, a Educação Ambiental não Formal busca agregar nas ações individuais e coletivas, orientando a compreen- der o impacto das decisões e comportamentos no meio ambiente e na sociedade de modo geral. Afinal, ela está ligada à conscientização de que cada ação, por menor que seja, tem consequências e que nossas escolhas podem contribuir para um ambiente mais sustentável. Uma das características mais significativas da Educação Ambiental não For- mal é o destaque para experiência prática, envolvendo atividades ao ar livre, projetos de conservação, visitas a ambientes naturais e o envolvimento ativo dos participantes em ações ambientais. Nessa linha, as pessoas envolvidas podem vivenciar os conceitos de sustentabilidade e desenvolver habilidades práticas para lidar com desafios ambientais. Diante do exposto, podemos refletir o processo de Educação Ambiental não Formal como algo importante para que os participantes reflitam sobre suas experiências, avaliem os resultados e considerem como podem aplicar o que aprenderam no cotidiano. A partir dessas premissas se consegue consolidar o conhecimento e transformar a conscientização em ação sustentável, tornando a Educação Ambiental não Formal uma ferramenta na construção de um futuro mais responsável e ecológico. E então, preparados para conhecer sobre as estratégias e metodologias apli- cadas na educação ambiental não formal? Vamos juntos! UNIASSELVI 8 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 5 Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema “Sustentabilidade e con- servação ambiental como foco da educação ambiental não formal”, em que explo- ramos a importância da sustentabilidade e da conservação ambiental como foco da educação ambiental não formal, proporcionando informações sobre práticas sustentáveis. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir- tual de aprendizagem. PLAY NO CONHECIMENTO VAMOS RECORDAR? Assim, para recordar e aprofundar o tema das questões ambientais por meio da Educação Ambiental não Formal, leia o artigo intitulado: Educação ambiental em contextos de educação não formal: uma análise de práticas educativas desenvolvidas no Zoológico de Pomerode. Acesse: https://periodicos.furg.br/remea/article/view/11688. 8 4 DESENVOLVA SEU POTENCIAL PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL Vamos conhecer os princípios da Educação Ambiental não Formal? Para ini- ciarmos nosso aprofundamento sobre o tema é importante falarmos que esses princípios têm o objetivo de sensibilizar, conscientizar e envolver as pessoas na proteção e preservação do Meio Ambiente, orientando a prática da Educação Ambiental em contextos informais, como programas comunitários, museus, organizações não governamentais, ambientes naturais, entre outros (MORAES; MORAES; BATTISTELLE, 2018). Dentre os princípios, o aprendizado participativo que direciona o enga- jamento ativo dos participantes para a compreensão e a internalização dos con- ceitos ambientais. Nessa dinâmica, os aprendizes são incentivados a explorar, questionar, experimentar e interagir, tornando o processo de aprendizado mais envolvente e eficaz. Outra abordagem é em relação ao foco holístico que reconhece que as ques- tões ambientais estão interconectadas com questões sociais, econômicas e cul- turais, ajudando a abordar problemas ambientais de maneira mais abrangente, considerando seu impacto em toda a sociedade. Juntamente com isso, o empoderamento capacita as pessoas a tomar deci- sões informadas e a agir em acordo com a conservação ambiental, fornecendo ferramentas e conhecimento para agir de maneira mais sustentável e com atri- butos para envolver outras pessoas a assumirem um papel ativo na proteção do meio ambiente. E por fim, a contextualização local que permite adaptar às necessidades e interesses específicos de cada comunidade, considerando as características locais, os problemas ambientais e as culturas. Tais pontos permitem que as iniciativas educacionais sejam mais relevantes e eficazes, abordando questões que tragam impactos positivos para a sociedade. UNIASSELVI 8 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 5 Nessa dinâmica, ao adotar esses princípios, a Educação Ambiental não Formal busca criar uma base sólida para a construção de sociedades mais conscientes, responsáveis e comprometidas com a sustentabilidade. Tal abordagem dinâmica e interativa contribui para a formação de pessoas ativas e informadas, prontas para enfrentar os desafios ambientais da atualidade. ESTRATÉGIAS DE ENGAJAMENTO DO PÚBLICO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL Você sabia que as estratégias de engajamento do público contribuem positiva- mente para tornar o aprendizado sobre questões ambientais envolvente, inspi- rador e eficaz? Isso mesmo! Uma das estratégias para envolver as pessoas é o uso de abordagens práticas e experiências do mundo real. Para isso, é importante en- volver atividades ao ar livre, visitas a ambientes naturais, projetos de conservação e demais vivências que permitam que os participantes se conectem diretamente com as temáticas ambientais (QUEIROZ et al., 2017). Assim, ao experimentar o ambiente natural, as pessoas podem desenvolver uma compreensão mais profunda das questões ambientais, afinal, a Educação Ambiental não Formal pode trazer em suas capacidades a utilização de abor- dagens interativas, como jogos, simulações e atividades práticas, para cativar o público e estimular a participação ativa. A Educação Ambiental não Formal se baseia em princípios que buscam promover a conscientização e ação ambiental fora do contexto tradicional da sala de aula, envolvendo comunidades, organizações não governamentais, instituições cul- turais, entre outros. Alguns dos principais princípios da Educação Ambiental não Formal incluem: flexibilidade e adaptabilidade, participação e empoderamento, aprendizagem ao longo da vida, enfoque prático e experiencial, interdisciplina- ridade e contextualização. Assim, estes são alguns dos princípios fundamentais que orientam a Educação Ambiental não Formal, contribuindo para sua eficácia na promoção da conscientização e ação ambiental em diversas comunidades e contextos (RODRIGUES; SCHULZ; TOMIO, 2020). APROFUNDANDO 8 1 Ainda podemos destacar o uso de tecnologia e mídia que permite a criação de conteúdo visualmente atraente e acessível que pode alcançar um público mais amplo, estimulando o debate e a colaboração. Outra estratégia que se aplica com eficiência é a de conexão com as preocupações e interesses do público-alvo, pois a Educação Ambiental não Formal se esforça para levar o conteúdo para o dia a dia das pessoas, abordando questões que impactam suas comunidades e seu bem-estar (MORAES; MORAES; BATTISTELLE, 2018). As tratativas de promoção da reflexão e do pensamento crítico encorajam os participantes a questionar suas crenças e valores em relação às questões am- bientais, considerando as ações individuais que impactam o planeta. Isso leva a uma conscientização mais profunda e ao comprometimento em adotar práticas sustentáveis. APROFUNDANDO UNIASSELVI 8 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 5 A partir das iniciativas frente a esse tema, é que podemos direcionar esforços para exercer a Educação Ambiental não Formal. Como exemplos de iniciativas para alcançar o engajamento do público na Educação Ambiental não Formal, temos: PROJETOS DE CONSERVAÇÃO COMUNITÁRIA: incentivar a participação da comunidade em projetos de conservação locais, como lim- peza de praias, reflorestamento de áreas degradadas ou monitoramento de espécies. OFICINAS PRÁTICAS: criar oficinas práticas em que os participantes possam aprender a fazer composta- gem, reciclagem de materiais, jardinagem orgânica ou construirabrigos para animais. Além disso, podemos destacar que a participação ativa ajuda a reforçar os conceitos ambientais. EXPOSIÇÕES INTERATIVAS: desenvolver exposições interativas em centros de visitantes, museus ou bibliotecas, com atividades práticas, jogos e demonstrações relacionadas ao meio ambiente. CAMPANHAS DE SENSIBILIZAÇÃO: criar campanhas de sensibilização, como campanhas de redução de desperdício, eco- nomia de água e energia, ou conscientização sobre a importância da biodiversidade. EVENTOS TEMÁTICOS: produzir eventos temáticos, com atividades, palestras, exposições e passeios relacio- nados ao tema. ATIVIDADES DE ARTE E CULTURA: direcionar atividades artísticas e culturais, como pintura, música, teatro e dança, que abordem temas ambientais e estimulem a expressão criativa. 8 8 PALESTRAS E DEBATES: desenvolver palestras, debates e mesas-redondas com especialistas em questões ambientais, proporcionando uma plataforma para discussão e aprendizado. PROGRAMAS DE ADOÇÃO DE ÁREAS VERDES: incentive grupos, famílias ou empresas a adotarem áreas verdes locais e se responsa- bilizarem por sua preservação. TRILHAS INTERPRETATIVAS: criar trilhas interpretativas em áreas naturais, parques ou reservas, com placas infor- mativas e guias que explicam a ecologia e os aspectos ambientais da região. HORTAS COMUNITÁRIAS: desenvolver hortas comunitárias onde os participantes possam aprender sobre agri- cultura sustentável, práticas de cultivo orgânico e produção de alimentos saudáveis. PROGRAMAS DE VOLUNTARIADO AMBIENTAL: criar programas de voluntariado em que as pessoas possam contribuir ativamente para projetos de conservação e restauração ambiental. PARCERIAS COM ESCOLAS E INSTITUIÇÕES LOCAIS: direcionar ações que criem parcerias com escolas, universidades, ONGs e outras instituições locais para ampliar o alcance das atividades de Educação Ambiental não Formal. Em termos gerais, as estratégias de engajamento do público na Educação Am- biental desempenham a função de contribuir para sociedades mais conscientes e comprometidas com a sustentabilidade, assim ao explorar abordagens inovado- ras que vão além dos métodos convencionais, esse consegue capturar a atenção e a participação ativa de públicos diversos. UNIASSELVI 8 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 5 A Educação Ambiental não Formal, ao se valer dessas estratégias, não apenas dissemina conhecimentos sobre questões ambientais, mas também nutre uma conexão emocional e prática entre os indivíduos e o meio ambiente. Tal abor- dagem dinâmica transcende barreiras tradicionais, oferecendo oportunidades para que pessoas de todas as idades e contextos participem ativamente na busca por soluções sustentáveis. Nesse sentido, essa modalidade de Educação Ambiental emerge como um catalisador para construir um futuro em que a harmonia entre humanos e meio ambiente seja alcançada. AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DO IMPACTO DAS ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL A avaliação e mensuração do impacto das atividades de Educação Ambiental não Formal são conduzidas por meio da coleta de dados que ajudam a compreender o alcance e a influência das atividades em relação aos objetivos estabelecidos. Uma das abordagens na avaliação do impacto ambiental é a coleta de dados quantitativos e qualitativos que podem incluir a medição de indicadores, como a mudança no conhecimento, nas atitudes e no comportamento dos participantes em relação as tratativas ambientais (RODRIGUES; SCHULZ; TOMIO, 2020). 9 1 A avaliação do impacto deve englobar tanto os participantes, quanto as análises das repercussões mais amplas das atividades, como a influência nas políticas públicas, a conscientização da comunidade e a promoção da sustentabilidade em outros locais e instituições (PINTO; CAMILO, 2020). Diante disso, essas tratativas ajudam de maneira direta a aprimorar os progra- mas de Educação Ambiental não Formal, identificando os acertos e direcionando os envolvidos a fazerem ajustes e melhorias contínuas, tornando suas iniciativas ainda mais eficazes na promoção da conscientização ambiental e na ação susten- tável (MORAES; MORAES; BATTISTELLE, 2018). ÉTICA E VALORES NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL A incorporação de valores éticos na dinâmica da Educação Ambiental não For- mal contribui positivamente na construção de uma sociedade mais responsável e comprometida com a conservação do planeta. Por isso, um dos princípios que devem ser incorporados é a valorização do respeito e da empatia em relação ao Meio Ambiente (RODRIGUES; SCHULZ; TOMIO, 2020). A Educação Ambiental não Formal visa influenciar a forma como as pessoas pen- sam e agem em relação ao meio ambiente ao longo do tempo, não apenas duran- te o período do programa. Nesse sentido, a mensuração do impacto deve levar em consideração as transformações que ocorrem em um período mais amplo, princi- palmente por vivermos em um mundo globalizado, onde as variáveis ambientais podem mudar rapidamente. APROFUNDANDO Como a incorporação de princípios éticos e valores na Educação Ambiental não Formal pode impactar na conscientização e a ação das pessoas em relação às questões ambientais? Quais são os desafios e as oportunidades de promover a ética e os valores ambientais em programas educacionais não formais e como isso pode contribuir para a construção de uma sociedade mais sustentável? PENSANDO JUNTOS UNIASSELVI 9 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 5 Tais tratativas implicam o reconhecimento de que todos os seres vivos têm um valor intrínseco e merecem consideração e proteção, tendo então essa área do conhecimento a finalidade de promover a ideia de que as pessoas são parte de um ecossistema interconectado. Além disso, a ética ambiental envolve a promoção de práticas de sustentabilidade e o consumo responsável, corroborando para que os envolvidos sejam incentivados a considerar o impacto de suas escolhas diárias no meio ambiente (PINTO; CAMILO, 2020). Dentre alguns princípios éticos e valores que podem ser incorporados nesse contexto, podemos destacar: ÉTICA DA SUSTENTABILIDADE: reconhece a necessidade de equilibrar as necessidades presentes e futuras da socie- dade, da economia e do meio ambiente. RESPEITO PELA NATUREZA: incentivar o respeito e a reverência pela natureza, reconhecendo que todos os seres vi- vos e os ecossistemas têm um valor intrínseco e devem ser tratados com consideração. RESPONSABILIDADE: promover a responsabilidade individual e coletiva em relação ao meio ambiente, enfatizando que cada um tem a responsabilidade de contribuir para a preservação e a sustentabilidade. SOLIDARIEDADE E COOPERAÇÃO: fomentar a solidariedade entre as pessoas e a cooperação em projetos e ações de conservação ambiental, destacando a interdependência entre os seres humanos e a natureza. JUSTIÇA AMBIENTAL: abordar questões de justiça ambiental, reconhecendo que certos grupos podem ser desproporcionalmente afetados pelos problemas ambientais e buscando soluções equitativas. 9 1 Diante desses valores conseguimos conduzir o entendimento da importância de agir de maneira a preservar o ambiente para as gerações futuras, afinal, isso implica tomar decisões responsáveis e adotar práticas de conservação que garan- tam a qualidade de vida das gerações que ainda virão (PINTO; CAMILO, 2020). CAPACITAÇÃO DE EDUCADORES E FACILITADORES EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO FORMAL. A capacitação de educadores e facilitadores é de suma importância no contexto da Educação Ambiental não Formal, pois gera a transmissão de conhecimentos e práticas sustentáveis, inspirando o público a se tornar mais consciente e compro- metido com questões ambientais. Assim, para que haja sucesso nessas tratativas, devemos considerar alguns fatores, tais como: ■ Compreender os conceitos: esses profissionais devem possuir uma compreensão sólida dos princípios e conceitos fundamentais da Edu- cação Ambiental, incluindo conhecimentos sobre ecossistemas, bio- diversidade, mudanças climáticas, gestão de recursose questões am- bientais atuais. ■ Metodologias de ensino: é preciso pensar no desenvolvimento de habi- lidades pedagógicas e metodológicas para criar ambientes de aprendizado envolventes, direcionando os profissionais a aprenderem a usar aborda- gens práticas, interativas e experiências do mundo real. ■ Sensibilidade cultural: a formação deve englobar a importância de res- peitar e adaptar as abordagens às diferentes culturas e contextos locais, garantindo que os programas sejam culturalmente relevantes e eficazes. ■ Habilidades de comunicação: um dos pontos mais importantes no sucesso da Educação Ambiental não Formal, diz respeito a comuni- cação dos conceitos ambientais complexos de maneira acessível e ins- piradora, envolvendo o uso de linguagem adequada e estratégias de comunicação persuasivas. ■ Avaliação e mensuração de impacto: educadores e facilitadores são capacitados a avaliar o impacto das atividades de Educação Ambiental não Formal e a ajustar seus métodos com base nos resultados. UNIASSELVI 9 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 5 ■ Formação contínua: as questões ambientais estão em constante evo- lução, com novas descobertas e desafios. Por conta disso, a capacitação contínua contribui positivamente para manter os profissionais atualiza- dos e informados sobre as tendências e desenvolvimentos mais recentes. Com base nesses pontos, é importante frisarmos que a capacitação de educado- res e facilitadores em Educação Ambiental não Formal ajuda na promoção do entendimento e da ação em prol do meio ambiente. Afinal, esses profissionais direcionam as pessoas na adoção de práticas que tragam sustentabilidade em suas comunidades (RODRIGUES; SCHULZ; TOMIO, 2020). Para que você possa entender melhor os tipos de metodologias de ensino que podem ser adaptados à Educação Ambiental não Formal, deixo o vídeo intitulado: Quais são os 9 tipos de METODOLOGIAS ATIVAS de ensino aprendizagem e quais são seus objetivos. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=4XnBpAvQF6Q. EU INDICO Nesse sentido, as estratégias interativas, o uso de metodologias inovadoras e a abordagem holística das questões ambientais desempenham um papel im- portante, pois a capacitação efetiva atualiza os profissionais sobre as últimas tendências e os capacita a adaptar seus métodos conforme a diversidade de públicos e contextos. Ademais, ao final deste percurso, compreendemos que a capacitação de edu- cadores e facilitadores em Educação Ambiental não Formal é um investimento não apenas na formação individual, mas no contexto social, em que cada facili- tador qualificado se torna um multiplicador de impacto, influenciando positi- vamente a vida de muitos e contribuindo para a construção de uma cultura que valoriza e preserva o meio ambiente. Desse modo, ao priorizar a capacitação desses profissionais, se está pavimen- tando o caminho para uma sociedade mais consciente, sustentável e comprome- tida com a proteção do planeta. 9 4 NOVOS DESAFIOS A conexão entre a teoria e a prática em relação às estratégias e metodologias de ensino em Educação Ambiental não Formal nos ajuda a preparar profissionais que possam atender às demandas do mercado de trabalho e contribuir de maneira eficaz para a promoção da conscientização ambiental. Afinal, no mercado de tra- balho, as perspectivas para aqueles que compreendem essa conexão são amplas. Para entendermos mais essa amplitude, precisamos considerar que a teoria fornece o conhecimento de base, enquanto a prática permite que os profissio- nais adquiram habilidades práticas para implementar as estratégias de Educação Ambiental não Formal. Isso é de suma importância para os profissionais que trabalham em locais direcionados às questões ambientais, pois ajuda a adquirem experiências práticas, fortalecendo a empregabilidade e a capacidade de envolver o público de maneira eficaz. Nesse contexto, a interconexão entre teoria e prática permite que os profis- sionais sejam inovadores e estejam atentos às mudanças nas questões ambien- tais e nas preferências do público. No mercado de trabalho, a capacidade de adaptar as estratégias com base em novas informações e desafios ambientais é altamente valorizada. Outro ponto positivo da conexão entre teoria e prática é no que diz respei- to à compreensão dos princípios éticos e valores ambientais na Educação Am- biental não Formal, pois ajudam a conduzir práticas responsáveis e sustentáveis, afinal, profissionais que compreendem as estratégias e metodologias de ensino em Educação Ambiental não Formal são bem-posicionados para desempenhar funções de coordenação, gestão de projetos, atuando como agentes de mudança e defensores da conservação ambiental. Estudante! Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gosta- ríamos de indicar a aula que preparamos especialmente para você. Acreditamos que esta aula irá complementar e aprofundar ainda mais o seu entendimento so- bre o tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir- tual de aprendizagem. EM FOCO UNIASSELVI 9 5 1. A Educação Ambiental não Formal ajuda na conscientização e no envolvimento da comu- nidade em questões ambientais, por meio de metodologias fora do ambiente educacional tradicional. Assim, considere a situação em que em uma ONG ambiental, voluntários estão organizando um workshop sobre conservação da vida marinha para crianças de uma comu- nidade costeira. O objetivo é aumentar a conscientização sobre a importância dos oceanos e da biodiversidade marinha e por isso os organizadores decidem utilizar atividades práticas, como a coleta de resíduos na praia, a observação de animais marinhos em um aquário portátil e a exibição de documentários sobre a vida nos oceanos (SANTOS; ABESSA, 2021). Fonte: SANTOS, A. J. R. G. dos; ABESSA, D. M. de S. Realidade virtual como ferramenta de sensibilização do público na conservação da biodiversidade marinha. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(5), 46–73, 2021. Assinale a alternativa que melhor representa uma metodologia de ensino característica da Educação Ambiental não Formal: a) Ensino exclusivamente teórico, com foco na apresentação de conceitos e teorias am- bientais em sala de aula. b) Realização de palestras com especialistas em meio ambiente, sem a necessidade de envolvimento direto dos participantes em atividades práticas. c) Uso de jogos de memória como principal método de ensino, permitindo que as crianças desenvolvam habilidades de resolução de problemas. d) Uso de jogos de tabuleiro como principal método de ensino, permitindo que as crianças desenvolvam habilidades de resolução de problemas. e) Abordagem prática e vivencial, como a coleta de resíduos na praia e a observação de animais marinhos, para estimular o envolvimento ativo e a aprendizagem experiencial. 2. Os princípios da Educação Ambiental não Formal são diretrizes que orientam a abordagem da educação ambiental em contextos fora do ambiente escolar Formal. Além disso, eles enfatizam a importância de envolver o público em atividades práticas, promover a cons- cientização e a ação em relação às questões ambientais (BARBOSA., 2016). Fonte: BARBOSA T. de J. V. Atividades de ensino em espaços não formais amazônicos: um relato de ex- periência integrando conhecimentos botânicos e ambientais. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 11(4), 174–183, 2016. Analise as afirmativas a seguir: I - A Educação Ambiental não Formal é limitada a atividades realizadas em escolas e ins- tituições de ensino. II - A participação ativa e o diálogo são princípios-chave da Educação Ambiental não Formal, envolvendo o público em atividades práticas e discussões sobre questões ambientais. AUTOATIVIDADE 9 1 III - A Educação Ambiental não Formal não requer a colaboração com organizações da sociedade civil, uma vez que pode ser conduzida de forma independente por qualquer indivíduo interessado em questões ambientais. IV - A interdisciplinaridade e a abordagem sistêmica são princípios importantespromover a conscientização ambiental e o desenvolvimento de habilidades essenciais nos alunos. Nessa abordagem é importante reconhecer que, apesar de sua importância, ainda existem dúvidas sobre como a Educação Ambiental, que devem ser abordadas e integradas ao processo educativo, refletindo um desafio comum em muitos sistemas de ensino em todo o mundo. Por isso, a parceria entre a Educação Ambiental e a abordagem interdisciplinar visa formar pessoas com habilidades para atuar no mundo contemporâneo, uma vez que se enfrentam desafios ambientais, como mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição. 1 1 DESENVOLVA SEU POTENCIAL Você sabia que a Educação Ambiental se configura como uma área interconectada, que tem como base uma gama de princípios para promover a conscientização, compreensão e ação no que diz respeito às questões ambientais? Além disso, ela tem em sua estrutura, elementos que formam a base do pensamento crítico e da tomada de decisões responsáveis em um mundo globalizado que enfrenta desafios ambientais complexos (AGUDO; TOZONI-REIS, 2020). Dentre os diversos fundamentos da Educação Ambiental, um dos pontos de maior destaque é o reconhecimento que as questões ambientais são intrinsecamen- te complexas e interligadas, não podendo ser compreendidas de maneira isolada. Afinal, precisamos compreender que ela busca integrar conhecimentos de distintas áreas, incluindo ciências naturais, sociais e humanas, para proporcionar uma com- preensão abrangente dos desafios ambientais (AGUDO; TOZONI-REIS, 2020). Os desafios ambientais compreendem questões que impactam a saúde dos ecos- sistemas e podem abranger diversos problemas interligados como as mudanças climáticas, perdas da biodiversidade, desmatamento, poluição, entre outros. APROFUNDANDO Outro ponto importante para destacarmos é no que diz respeito à contextua- lização social, pois esse processo educativo reconhece que o meio ambiente está diretamente ligado às atividades sociais, e por isso, deve ser considerado no contexto cultural e econômico ao abordar questões ambientais. CONCEITOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Conceitualmente, a Educação Ambiental é uma abordagem educacional que tem como objetivo principal promover a conscientização, compreensão e ação em relação às questões ambientais, envolvendo a percepção das ameaças ambientais e a compreensão de como as atividades humanas podem impactar a biosfera. Nesse UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 sentido, a educação ambiental vem se tornando cada vez mais indispensável no que diz respeito ao direcionamento de ações ecológicas e de compromisso com a preservação do meio ambiente (AGUDO; TOZONI-REIS, 2020). A essência da Educação Ambiental está fundamentada na interdisciplinari- dade, integrando conhecimentos das ciências naturais, sociais e humanas. Ela reconhece que os problemas ambientais são complexos e interconectados, exi- gindo abordagens holísticas para sua compreensão e resolução. Dessa forma, a Educação Ambiental busca promover uma visão sistêmica do mundo, onde os elementos naturais e humanos são entendidos como partes de um sistema interdependente (LAYRARGUES; TORRES, 2022). Além disso, a Educação Ambiental busca promover uma mudança de pa- radigma em relação ao desenvolvimento humano, substituindo o modelo de desenvolvimento baseado na exploração indiscriminada dos recursos naturais por um modelo que valorize a conservação, a equidade social e a qualidade de vida da presente e futuras gerações (LAYRARGUES; TORRES, 2022). A Educação Ambiental se desenha nas ações que se tomam para preservar e pro- teger o Meio Ambiente. Minhas escolhas diárias refletem o respeito e a responsa- bilidade com o meio ambiente? PENSANDO JUNTOS A Educação Ambiental tem relação direta com a sustentabilidade, pois agrega a ideia de que as ações humanas devem ser conduzidas de maneira a atender às necessidades do presente sem com- prometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas necessidades. Por conta disso, é de suma importância que se envolva a promoção de práticas e políticas ambientalmente responsáveis (AGUDO; TOZONI-REIS, 2020). A Educação Ambiental tem relação direta com a sustentabilidade 1 1 Outro conceito importante é em relação à participação ativa, que destaca a rele- vância de envolver a sociedade em ações para melhorar o ambiente, por intermé- dio de programas de reciclagem, projetos comunitários, programas de reciclagem, conservação de habitats naturais e demais atividades práticas que tenham como foco capacitar pessoas para que se tornem protagonistas de mudanças. Sob o ponto de vista da ética e da cidadania ambiental é de suma importância destacar a importância do envolvimento de valores éticos, que tragam uma percepção em relação ao meio ambiente e a responsabilidade das pessoas em contribuir para a qualidade ambiental. Nesse contexto, a educação ambiental tem em seus conceitos a premissa de criar uma base ética que incentive as pessoas a agir de forma responsável em relação ao meio ambiente e a se possibilitar que sejam desenvolvidos processos que influenciem as políticas e práticas ambientais. Sustentabilidade se dá pela capacidade de atendimento das necessidades da atual e futuras gerações, garantindo a preservação do meio ambiente, a equidade social e o desenvolvimento econômico a longo prazo. APROFUNDANDO Para que você possa entender melhor a cidadania ambiental, deixo o vídeo “Cons- ciência ambiental”, que possui uma função importante na promoção de ações sus- tentáveis e na proteção do meio ambiente. Link: https://www.youtube.com/watch?v=RQ-C9A5t6dQ. EU INDICO Por fim, a educação ambiental destaca a necessidade de considerar distintas perspectivas culturais e sociais na busca por alternativas ambientais, com foco na igualdade social e de possibilidades de acesso a recursos ambientais, gerando assim maior inclusão e equidade em todas as suas atividades e iniciativas. UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO SÉCULO XXI A Educação Ambiental evoluiu ao longo do tempo em resposta às crescentes preocupações am- bientais e à necessidade de cons- cientização das pessoas sobre a importância da conservação e do cuidado ao meio ambiente. Por conta disso, no século XIX, hou- ve uma grande mudança devido à Revolução Industrial, que resultou na industrialização e em um afas- tamento crescente das pessoas em relação aos cuidados com o meio ambiente, à medida que os centros urbanos e as atividades econômi- cas se desenvolviam (MARQUES; RIOS; ALVES, 2022). A Revolução Industrial é marcada como o momento de transformação econômica, social e tecnológica, desenhando uma transição de economias agrárias e artesanais para economias industriais, em que a produção ocorre em grande escala e em tempo mais acelerado. Nos dias atuais, a Educação Ambiental continua a se desenvolver, incorporando abordagens interdisciplinares e adaptando-se aos desafios atuais, como as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade e a gestão sustentável de recursos naturais. Além disso, as tecnologias modernas e as mídias sociais vêm se apresen- tando como de suma importância na disseminação de informações e no envol- vimento das pessoas em questões ambientais (AGUDO; TOZONI-REIS, 2020). 1 4 Frente às dinâmicas do mundo cotidiano e à globalização, a educação am- biental vem sendo reconhecida como uma ferramenta para promover a conscien- tização, a compreensão e a ação em relação ao meio ambiente, se estendendo a contextos formais, como escolas e universidades, bem como a abordagens não formais, como programas comunitários e campanhas de sensibilização pública. Esse cenário tem evidenciado a integração da tecnologia e da mídia digital, como as plataformas on-line, aplicativos e redes sociais que ajudam constante- mente na disseminação das informações e na conscientização ambiental, possibi- litando a criação de mecanismos que compartilham conhecimentos,da Educação Ambiental não Formal, permitindo a compreensão das complexas interações entre os elementos do meio ambiente. V - A Educação Ambiental não Formal é uma estratégia eficaz para promover a conscienti- zação ambiental e o engajamento cívico. Selecione a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) II e IV apenas. 3. A Educação Ambiental não Formal deve promover práticas sustentáveis na sociedade, ultrapassando as linhas das instituições educacionais tradicionais, como escolas e univer- sidades. Nesse contexto, os valores desempenham um papel importante na formação de indivíduos conscientes e comprometidos com a preservação do meio ambiente (PISKE; NEUWALD; GARCIA, 2018). Fonte: PISKE, E. L.; NEUWALD, M. C.; GARCIA, N. M. Sustentabilidade ambiental, a ética nas e com as relações humanas e as interações afetivas: tríade necessária as pesquisas em Educação Ambiental. REMEA – Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, (1), 88–101, 2018. Qual é o principal objetivo dos valores na Educação Ambiental não Formal? a) Promover a competição entre os participantes. b) Fomentar o respeito, a responsabilidade e a ética ambiental. c) Reforçar a hierarquia nas atividades de aprendizado. d) Isolar os indivíduos das questões ambientais. e) Desencorajar a participação ativa dos envolvidos. AUTOATIVIDADE 9 1 REFERÊNCIAS BARBOSA, T. de J. V. Atividades de ensino em espaços não formais amazônicos: um relato de experiência integrando conhecimentos botânicos e ambientais. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 11(4), 174–183, 2016. MORAES, S. de S.; MORAES, G. L. de; BATTISTELLE, R. A. G. Educação ambiental em espaço não formal: a atuação da igreja católica. Revista de Educação Ambiental, 22(1), 96–110, 2018. PINTO, B. C. T.; CAMILO, G. da S. Atividade prática de educação ambiental em espaço não for- mal: aspectos da bacia hidrográfica como tema gerador. Revista de Educação Ambiental, 25(2), 536–558, 2020. PISKE, E. L.; NEUWALD, M. C.; GARCIA, N. M. Sustentabilidade ambiental, a ética nas e com as relações humanas e as interações afetivas: tríade necessária as pesquisas em Educação Am- biental. REMEA – Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, (1), 88–101, 2018. QUEIROZ, R. et al. A caracterização dos espaços não formais de educação científica para o en- sino de ciências. Revista Areté | Revista Amazônica de Ensino de Ciências, [S.l.], v. 4, n. 7, p. 12. 2017. RODRIGUES, F.; SCHULZ, L.; TOMIO, D. Educação ambiental em contextos de educação não formal: uma análise de práticas educativas desenvolvidas no Zoológico de Pomerode. REMEA. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 37(4), 282–302, 2020. SANTOS, A. J. R. G. dos; ABESSA, D. M. de S. Realidade virtual como ferramenta de sensibilização do público na conservação da biodiversidade marinha. Revista Brasileira de Educação Am- biental, 16(5), 46–73, 2021. 9 8 1. Opção E. Na Educação Ambiental não Formal, é comum utilizar metodologias que envolvem os participantes de forma ativa em atividades práticas e vivenciais. A coleta de resíduos na praia e a observação de animais marinhos são exemplos de abordagens que estimulam o envolvimento direto dos participantes, permitindo que vivenciem a temática ambiental de maneira prática. Essas metodologias facilitam a conscientização e a aprendizagem expe- riencial, características da Educação Ambiental não Formal, que muitas vezes ocorre fora do ambiente educacional tradicional. 2. Opção E. Afirmativa II: a participação ativa e o diálogo são princípios-chave da Educação Ambiental não Formal, envolvendo o público em atividades práticas e discussões sobre questões ambientais. Afirmativa IV: a interdisciplinaridade e a abordagem sistêmica são princípios importantes da Educação Ambiental não Formal, permitindo a compreensão das complexas interações entre os elementos do meio ambiente. 3. Opção B. O papel dos valores na Educação Ambiental não Formal é promover o respeito pelo Meio Ambiente, a responsabilidade pessoal em relação às questões ambientais e a ética ambiental. Isso ajuda a construir uma sociedade mais consciente e comprometida com a preservação do meio ambiente. GABARITO 9 9 MINHAS METAS PROJETOS E ATIVIDADES PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL E NÃO FORMAL Compreender as diferenças entre abordagens na Educação Ambiental Formal e não Formal. Analisar as habilidades de implementação de projetos em contextos formais, adaptando as estratégias de ensino. Avaliar a eficácia de projetos em contextos não formais, considerando os desafios e oportunidades para melhorias. Conhecer as barreiras que surgem durante a implementação de projetos e atividades práticas. Compreender soluções para superar as barreiras à implementação de projetos práticos. Analisar as práticas atuais de envolvimento da comunidade em projetos de Educação Ambiental, identificando áreas de melhoria. Analisar o impacto do engajamento da comunidade em projetos de Educação Ambiental. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6 1 1 1 INICIE SUA JORNADA Para compreendermos o tema proposto é preciso considerarmos que o ponto de partida para Educação Ambiental é a construção de projetos e atividades práti- cas. Tais ações implicam identificar questões ambientais relevantes, para que a partir disso se possa estimular a curiosidade e o questionamento, incentivando os participantes a entenderem a complexidade dos problemas ambientais e a reconhecerem a importância de buscar soluções. Nessa dinâmica, uma das principais problematizações diz respeito à falta de conscientização inicial por parte dos participantes da Educação Ambiental sobre os potenciais problemas ambientais que afetam diretamente suas vidas e o meio ambiente. Afinal, em muitos casos, a desconexão entre as ações cotidianas e as consequências ambientais pode levar a uma falta de compreensão e, consequen- temente, a uma baixa motivação para a adoção de práticas sustentáveis. Nesse contexto, com base na identificação, os participantes da educação am- biental começam a verificar os potenciais problemas identificados, envolvendo a exploração da relação entre suas vidas e o meio ambiente. Assim, os projetos e atividades práticas proporcionam a oportunidade de vivências em situações concretas, tornando as questões ambientais mais tangíveis e pessoais. É nessa dinâmica que a experimentação surge como o estágio em que os participantes colocam em prática as soluções para os problemas ambientais identificados, incluindo a realização de ações práticas que venham a permitir que os envolvidos adquiram habilidades práticas e compreendam a eficácia das ações ambientais. Por conta disso, o processo de educação ambiental por meio de projetos e atividades práticas, orienta os participantes a analisarem e discutirem suas expe- riências, avaliando o impacto de suas ações e considerando como podem con- tribuir de maneira contínua para a preservação ambiental. Ademais, é de suma importância considerarmos que o pensamento crítico contribui para uma com- preensão mais profunda da interconexão entre a sociedade e o meio ambiente. E então, preparado para conhecer os projetos e atividades práticas em Edu- cação Ambiental Formal e não Formal? Vamos começar! UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 6 Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema “Perspectivas futuras dos projetos e atividades práticas na educação ambiental formal e não formal”, em que exploramos tratativas para que as pessoas possam ser agentes de mudança sustentável em suas comunidades e na sociedade. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem. PLAY NO CONHECIMENTO VAMOS RECORDAR? Sendo assim, para recordar e aprofundar o tema em relação a necessidade dos investimentos em Educação Ambiental formal e não Formal no controle de riscos e desastres ambientais, leia o artigo intitulado: “Educaçãopara redução de riscos e desastres: experiências formais e não formais no estado do Rio de Janeiro”. Acesse: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/31322/17802. 1 1 1 DESENVOLVA SEU POTENCIAL METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM As metodologias de ensino e aprendizagem configuram-se como as estratégias e abordagens que os educadores utilizam para facilitar a comunicação, a constru- ção de conhecimento e a aquisição de competências para os envolvidos na edu- cação ambiental, seja no âmbito formal, seja no informal (GARCIA et al., 2023). Nessa linha, atualmente existem distintas metodologias que podem ser apli- cadas, conforme os objetivos da educação, do conteúdo a ser ensinado e os perfis dos envolvidos (GARCIA et al., 2023): ABORDAGENS: é importante sempre fazer um contraponto das abordagens tradicionais de ensino com as abordagens ativas em Educação Ambiental, destacando a importância de envolver os alunos de forma participativa e dinâmica. EDUCAÇÃO EXPERIENCIAL: envolver os participantes em atividades práticas e reflexivas, promovendo uma com- preensão mais profunda das questões ambientais. APRENDIZAGEM COOPERATIVA: conduzir a orientação na aprendizagem cooperativa, estimulando a colaboração entre os participantes, possibilitando a troca de ideias e a resolução conjunta de problemas ambientais. APRENDIZAGEM AO AR LIVRE: nessa dinâmica é importante destacar a aprendizagem ao ar livre na Educação Am- biental, mostrando como a natureza pode ser um ambiente de aprendizado contínuo e produtivo. UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 6 Em termos gerais, as metodologias de ensino e aprendizagem ajudam na mol- dagem de experiências educacionais significativas e eficazes, pois ao longo da exploração, fica claro que a diversificação de abordagens pedagógicas atende à variedade de estilos de aprendizagem e promove o engajamento, a retenção do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades críticas nos estudantes. Nesse sentido, a adoção de métodos inovadores, como a aprendizagem baseada em problemas, a integração de tecnologias educacionais e a promoção de aborda- gens participativas, amplia as fronteiras do aprendizado convencional, e acompa- nha as demandas de uma sociedade em constante evolução (GARCIA et al., 2023). A eficácia das metodologias de ensino deve agregar a diversidade, a integração cuidadosa e a adaptabilidade ao contexto educacional específico. Por isso, a inte- ração entre educadores, estudantes e metodologias é dinâmica, e a busca contínua por abordagens inovadoras que estimulem o pensamento crítico e a resolução de problemas é importante para preparar os estudantes para os desafios da atualidade. PROJETOS EM CONTEXTOS FORMAIS Nessa modalidade, devemos destacar o envolvimento da implementação de ini- ciativas educacionais dentro de instituições de ensino, como escolas e univer- sidades, instituições de ensino de modo geral, que têm como foco promover a conscientização e a compreensão das questões ambientais, bem como incentivar ações sustentáveis. MÉTODOS DE ENSINO EM SALA DE AULA: nessa linha é importante conduzir as aulas expositivas, discussões em grupo e atividades práticas, podendo ser adaptadas para abordar questões ambientais de maneira eficiente. INTEGRAÇÃO DA ARTE E DA CULTURA: demonstrar como a integração da arte e da cultura nas metodologias de ensino po- dem criar conexões emocionais e promover uma apreciação mais profunda do meio ambiente. 1 1 4 Diante desses pontos, muitos são os projetos em contextos formais que podem abranger uma variedade de atividades que se integram ao currículo acadêmico, dentre elas, conforme Martins, Teixeira e Sousa (2023): ■ Hortas e jardins sustentáveis: nessa linha, indica-se conduzir os envolvidos na criação e manutenção de hortas e jardins dentro da escola, orientando sobre agricultura sustentável, biodiversidade, conservação do solo, entre outras atividades. ■ Campanhas e gestão de resíduos: na educação ambiental formal se pode implementar programas de reciclagem e ensinar os estu- dantes sobre a importância da atenuação, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos. ■ Fiscalização da qualidade da água: uma das atividades que po- dem ser efetivamente aplicadas é a de coletar e analisar amostras de água de rios, lagos ou córregos locais, avaliando a qualidade da água e identificando possíveis fontes de poluição. ■ Projetos de conservação: conduzir ações para estudar a fauna e flora locais, identificar espécies em risco e desenvolver ações de con- UNIASSELVI 1 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 6 servação, como a criação de áreas de refúgio para a vida selvagem, podem ser pontos de suma importância no contexto formal. ■ Orientação para o consumo sustentável: conduzir programas e projetos que promovam o consumo consciente, abordando questões como desperdício de recursos e a orientação de uso sustentável. ■ Energias renováveis: atualmente, a eficiência energética e as al- ternativas de fontes de energia renovável têm se tornado cada vez mais presente dentro do contexto de globalização. Por isso, orientar sobre a importância da energia solar ou eólica para os estudantes, é de suma importância para demonstrar a viabilidade e os benefícios dessas tecnologias. ■ Pesquisa científica: incentivar os estudantes a realizar pesquisas científicas relacionadas a questões ambientais, com a oportunidade de apresentar seus resultados em eventos e demais centros de pesquisa. ■ Parcerias com organizações ambientais: nesse tipo de atividade orienta-se buscar parcerias com organizações não governamentais, agências governamentais e grupos de conservação para expandir as oportunidades de aprendizado e engajamento dos estudantes. Diante desses pontos, cabe apontarmos que é de grande relevância que os proje- tos de Educação Ambiental Formal sejam interdisciplinares, práticos e relevantes para a comunidade local, envolvendo ativamente os estudantes e estimulando o pensamento crítico e a ação sustentável. 1 1 1 Assim, cabe apontar que os projetos de Educação Ambiental em contextos for- mais emergem como instrumentos para a construção de sociedades mais susten- táveis e conscientes, por meio da integração de projetos ambientais no ambiente formal de ensino se consegue enriquecer o processo educacional e capacitar os estudantes a se tornarem agentes ativos na preservação do Meio Ambiente (NOGUEIRA, 2023). Ao proporcionar experiências práticas, interdisciplinares e contextualiza- das, os projetos de educação ambiental demonstram ser uma resposta eficaz aos desafios ambientais contemporâneos, pois transmitem conhecimento teórico e estimulam a aplicação prática dos conceitos, promovendo habilidades impor- tantes, como pensamento crítico, trabalho em equipe e resolução de problemas (NOGUEIRA, 2023). No entanto, a implementação bem-sucedida desses projetos requer uma abordagem holística e colaborativa, envolvendo educadores, estudantes, insti- tuições de ensino e comunidades locais, considerando parcerias entre atores para a disseminação eficaz do conhecimento ambiental (NOGUEIRA, 2023). PROJETOS EM CONTEXTOS NÃO FORMAIS Já sob a ótica dos projetos em contextos de educação ambiental não formal, po- demos considerar quaisquer tipos de iniciativas que acontecem fora do sistema de ensino formal, que podem ser conduzidos por organizações da sociedade, instituições culturais, organizações não governamentais, grupos comunitários e demais entidades que tenham o foco ambiental. Considerando os contextos de educação ambiental formal, os projetos ajudam a enriquecer o currículo acadêmico tradicional e proporcionar uma compreensão mais profunda e prática das questões ambientais. Por isso, ao integrar atividades práticas e projetos ambientais nas instituições de ensino, os estudantes têm a opor- tunidade de aplicar conceitos teóricos na resolução de problemas do mundo real, desenvolver habilidades práticas, participar ativamente do processo deaprendiza- gem e internalizar a importância da sustentabilidade em sua formação educacional. APROFUNDANDO UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 6 Nesse contexto, os projetos têm como finalidade promover a conscientização ambiental, a educação e a mudança de comportamento em relação às questões ambientais. Por isso, para compreendermos melhor como essa a modalidade não formal ocorre, podemos considerar alguns exemplos, tais como: PROGRAMAS ON-LINE: é muito comum que haja o desenvolvimento de plataformas digitais, cursos on-line para oferecer educação ambiental acessível a um público mais amplo. PROGRAMAS DE AGRICULTURA URBANA: para esse tipo de atividade ocorre o incentivo da prática da agricultura urbana, como a criação de hortas comunitárias, jardins verticais e a produção de alimentos locais e sustentáveis. CURSOS SOBRE SUSTENTABILIDADE: nessa dinâmica ocorre a criação de cursos e workshops que orientam e ensinam as habilidades práticas relacionadas à sustentabilidade, como compostagem, eficiência energética e agricultura orgânica. TRILHAS E VISITAS A RESERVAS NATURAIS: direcionar a orientação para que haja visitas a áreas naturais, trilhas ecológicas, par- ques e reservas para que os envolvidos tenham experiências práticas de aprendizado sobre ecossistemas locais, biodiversidade e conservação. EVENTOS E FEIRAS: conduzir eventos, feiras e exposições que abordem temas ambientais, com palestras, atividades práticas e a participação de organizações ambientais, juntamente com o incentivo a projetos de arte e cultura ambiental, como exposições de arte e perfor- mances que tratem das temáticas ambientais. 1 1 8 A avaliação da eficácia de projetos em contextos não formais de Educação Am- biental é fundamental para garantir que essas iniciativas atinjam seus objetivos e gerem impacto positivo nas comunidades e no meio ambiente. A avaliação pode apresentar desafios específicos, bem como oportunidades para melhorias, da seguinte maneira: Desafios: ■ Medição de impacto a longo prazo: avaliar o impacto de projetos de Educação Ambiental não Formal ao longo do tempo pode ser desafiador devido à natureza complexa e multifacetada dos problemas ambientais. Muitas vezes, os resultados só se tornam visíveis após um período consi- derável, o que torna difícil avaliar a eficácia a curto prazo. ■ Diversidade de públicos e contextos: projetos em contextos não for- mais geralmente envolvem uma variedade de participantes, com dife- rentes origens, idades, níveis de educação e experiências prévias. Isso torna desafiador desenvolver métodos de avaliação que sejam inclusivos e sensíveis à diversidade dos públicos envolvidos. ■ Disponibilidade de recursos: muitas vezes, os projetos em contextos não formais enfrentam restrições de recursos, incluindo tempo, finan- ciamento e pessoal. Isso pode limitar a capacidade de realizar avaliações abrangentes e detalhadas da eficácia do projeto. Oportunidades para melhorias: ■ Desenvolvimento de indicadores claros de sucesso: definir indica- dores claros de sucesso e estabelecer metas mensuráveis pode ajudar na avaliação da eficácia dos projetos em contextos não formais. Isso permi- te que os projetos acompanhem seu progresso e identifiquem áreas que precisam de melhorias. ■ Uso de métodos participativos: envolvendo os participantes no pro- cesso de avaliação, os projetos podem obter insights valiosos sobre seu impacto e eficácia percebidos. Métodos participativos, como grupos fo- cais e entrevistas participativas, podem ajudar a capturar as percepções e experiências dos participantes de forma mais holística. UNIASSELVI 1 1 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 6 ■ Aprendizado contínuo e adaptação: os projetos devem adotar uma abordagem de aprendizado contínuo, usando os resultados da avaliação para informar a tomada de decisões e adaptar as estratégias conforme necessário. Isso permite que os projetos sejam mais responsivos às ne- cessidades e desafios específicos de suas comunidades-alvo. Diante desses pontos, avaliar a eficácia de projetos em contextos não formais de Educação Ambiental apresenta desafios, mas também oferece oportunidades para melhorias. Por isso, ao enfrentar esses desafios com métodos de avaliação adequados e utilizar os resultados para informar práticas futuras, os projetos podem maximizar seu impacto e contribuir de forma mais eficaz para a cons- cientização e ação ambiental. Nesse sentido, os projetos de educação ambiental não formal contribuem ativamente para complementar a educação formal e envolver a comunidade de maneira prática e inspiradora, corroborando com a sensibilização das pessoas e capacitando-as a tomar medidas sustentáveis e a se tornarem defensoras do Meio Ambiente. DESAFIOS E BARREIRAS PARA IMPLEMENTAR PROJETOS E ATIVIDADES PRÁTICAS A implementação de projetos e atividades práticas de educação ambiental, tanto em contextos formais quanto não formais, enfrenta uma gama de desafios e bar- reiras que podem dificultar o alcance de seus objetivos. Por isso, um dos desafios mais comuns encontrados nesse contexto é a escassez de recursos financeiros (GARCIA et al., 2023). Essa limitação pode ser especialmente prejudicial em contextos de educa- ção formal, onde os orçamentos, muitas vezes, são apertados. Afinal, a falta de financiamento pode limitar a capacidade de adquirir materiais, equipamentos e fornecer a infraestrutura necessária para a realização das atividades práticas. Outro ponto importante para considerarmos é em relação a falta de apoio institucional, pois escolas e demais instituições que promovem a Educação Am- biental podem enfrentar resistência ou falta de apoio por parte da administra- ção, professores e membros da comunidade. Tais cenários, podem dificultar a 1 1 1 obtenção de aprovação para implementar projetos ou obter o comprometimento necessário para que eles tenham bons resultados. As barreiras burocráticas também são um desafio que podem dificultar a obtenção de autorizações para visitas a áreas naturais protegidas, parcerias com outras instituições, contratação de mão de obra operacional e intelectual, entre outras situações que podem atrasar a execução dos projetos. As barreiras burocráticas são obstáculos que envolvem regulamentações, proce- dimentos e processos administrativos complexos que podem dificultar a realiza- ção de projetos e atividades de educação ambiental, sejam em contextos formais ou não formais. APROFUNDANDO Para complementar nosso entendimento frente aos desafios e barreiras, podemos destacar a resistência à mudança, principalmente, em projetos que envolvem a alteração de comportamentos e práticas estabelecidas. Em muitos casos os estu- dantes, professores e comunidades podem resistir a mudanças em suas rotinas diá- rias, o que pode dificultar a adoção de ações sustentáveis (GARCIA et al., 2023). E por fim, a falta de qualificação de professores e educadores para o ensino, afinal a Educação Ambiental requer abordagens pedagógicas específicas e o co- nhecimento de conteúdos relacionados ao meio ambiente. UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 6 ENGAJAMENTO DA COMUNIDADE O engajamento da comunidade tem um grande impacto no sucesso de iniciativas de Educação Ambiental. Além disso, essas ações se referem à participação ativa e o envolvimento da comunidade local, alunos, educadores, pais, organizações locais e outros interessados em atividades e projetos de educação ambiental tanto em contextos formais como não formais (ALVES; GUTJAHR; PONTES, 2019). Como as estratégias de engajamento da comunidade podem ser adaptadas para atender às necessidades e características específicas de projetos de Educação Ambiental Formal e não Formal, promovendo uma participação mais ativa e eficaz dos membros da comunidade? PENSANDO JUNTOS Nessa dinâmica, para entendermos quais ações e estratégias são utilizadas na atualidade para promover o engajamento efetivo da comunidade, destacamos (ALVES; GUTJAHR; PONTES, 2019).AGREGAR AS PARTES INTERESSADAS: agregar membros da comunidade, estudantes, pais, professores e outros interessados na fase de planejamento do projeto, contribui para que as vozes sejam ouvidas e que suas preocupações e ideias sejam incorporadas ao projeto. ESTABELECER PARCERIAS COM ORGANIZAÇÕES LOCAIS: buscar a colaboração com organizações não governamentais, agências governa- mentais, empresas locais e grupos comunitários que tenham interesse em questões ambientais. 1 1 1 COMUNICAÇÃO: estratégias de comunicação eficazes, como reuniões comunitárias, boletins informa- tivos, redes sociais e sites, ajudam a manter os membros da comunidade informados sobre o progresso dos projetos para que se consiga envolvê-los ativamente. ATIVIDADES ABERTOS À COMUNIDADE: campanhas de limpeza, trilhas ecológicas, feiras ambientais, podem ser atividades práticas que ajudam a gerar a participação da comunidade. INCENTIVAR A PARTICIPAÇÃO ATIVA: oportunizar nas práticas o envolvimento da comunidade, como voluntariado em pro- jetos de restauração ambiental, monitoramento da qualidade da água ou plantio de árvores, por exemplo. LIDERANÇA COMUNITÁRIA: apoiar líderes locais que possam ajudar ativamente na promoção de projetos e ativida- des de educação ambiental na comunidade. ADAPTAR AS INFORMAÇÕES VINDAS DA COMUNIDADE: buscar informações de maneira regular dos membros da comunidade e usá-las para ajustar e melhorar o projeto, demonstrando o compromisso com a transparência e a colaboração. Diante desses pontos, verificamos que atualmente, existe uma variedade de ações e estratégias que são utilizadas para promover o engajamento efetivo da comu- nidade em questões ambientais. UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 6 Conceitualmente, o engajamento da comunidade é um elemento que fortale- ce significativamente a eficácia dos projetos de educação ambiental, pois traz o envolvimento ativo dos membros da comunidade e aumenta a relevância e a aplicabilidade das iniciativas, para uma série de benefícios que potencializam o impacto positivo as questões ambientais (MARTINS; TEIXEIRA; SOUSA, 2023). O engajamento da comunidade fortalece a eficácia dos projetos de educação am- biental, criando um senso de propriedade e responsabilidade compartilhada em relação às questões ambientais. Por isso, quando a comunidade se sente parte integrante do processo, se consegue um maior envolvimento para conduzir ações de sustentabilidade e de proteção ambiental. APROFUNDANDO Para que você possa entender melhor como se pode conduzir as ações para atingir o engajamento com a comunidade, deixo o vídeo intitulado: Menos é mais: educação ambiental transforma comunidade de São Paulo”. Acesse: https://www. youtube.com/watch?v=1ghZ4vVuKE8. EU INDICO Diante dessas abordagens, verifica-se que para atingir o engajamento efetivo com a comunidade, é preciso envolver a implementação de estratégias e ações deliberadas que promovam a participação, conscientização e colaboração. 1 1 4 NOVOS DESAFIOS A conexão entre teoria e prática em projetos e atividades de Educação Am- biental, seja em contextos formais ou não formais, tem um impacto de suma relevância na formação de pessoas para o mercado de trabalho e impacta nas perspectivas de carreira. Afinal, os projetos e atividades práticas permitem que os envolvidos experi- mentem na prática o que aprendem nas salas de aula teóricas, pois isso fortalece a compreensão dos conceitos e gera habilidades práticas, como resolução de problemas, trabalho em equipe e liderança. Assim, conforme a conscientização ambiental se desenvolve e a sustentabi- lidade se torna uma prioridade global, o mercado de trabalho oferece oportu- nidades crescentes nas áreas ambientais, como consultoria ambiental, gestão de recursos naturais, planejamento urbano sustentável e Educação Ambiental, tanto para iniciativas formais, quanto informais. Por conta disso, conduzir a participação nessas atividades contribui para que os envolvidos tenham experiências valiosas que ajudam a fazer a diferença no mercado de trabalho, pois, muitas vezes, as oportunidades de carreira estão em se fazer conexões que podem levar a oportunidades de estágio, colaborações profissionais e até mesmo ofertas de emprego. Estudante! Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gosta- ríamos de indicar a aula que preparamos especialmente para você. Acreditamos que esta aula irá complementar e aprofundar ainda mais o seu entendimento so- bre o tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir- tual de aprendizagem. EM FOCO UNIASSELVI 1 1 5 1. A Educação Ambiental em contextos formais, como escolas e instituições de ensino, ajuda a formar pessoas conscientes e responsáveis em relação ao meio ambiente. Nesse contexto, considere que uma escola está planejando um projeto de Educação Ambiental formal para alunos do ensino médio. O objetivo é promover a conscientização sobre a importância da conservação da biodiversidade local. Os alunos serão envolvidos em atividades práticas, como a identificação de espécies de fauna e flora na área circundante à escola, a criação de um jardim de plantas nativas e a organização de palestras com especialistas em biodi- versidade (OLIVEIRA; CAVALCANTE; JESUS, 2023). Fonte: OLIVEIRA, F. R. de; CAVALCANTE, K. V.; JESUS, E. L. de. Sustentabilidade e educação ambiental no contexto do novo ensino médio: um olhar sobre a proposta curricular e pedagógica do Estado do Amazonas. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 18(2), 135–151, 2023. Assinale a alternativa que melhor representa um benefício dos projetos em contextos formais de Educação Ambiental: a) Projetos em contextos formais não são eficazes, uma vez que os alunos devem se con- centrar apenas em conteúdo teórico. b) A abordagem de projetos é restrita a contextos não formais de Educação Ambiental, não sendo apropriada para escolas e instituições de ensino. c) Projetos permitem que os alunos se envolvam ativamente na identificação de espécies e na conservação da biodiversidade, promovendo o aprendizado prático e a conscien- tização ambiental. d) Projetos em contextos formais devem ser evitados, pois podem ser disruptivos para o currículo acadêmico tradicional e) Os projetos em contextos formais não têm impacto significativo na conscientização am- biental dos alunos e, portanto, não são recomendados. 2. A Educação Ambiental não formal ajuda na conscientização e no engajamento da comuni- dade em questões ambientais. Por isso, a escolha das metodologias de ensino e aprendi- zagem desempenha um papel na eficácia dessas atividades e contribui nas atividades da educação ambiental não formal (ARRUDA; SIQUEIRA, 2020). Fonte: ARRUDA, J. S.; SIQUEIRA, L. M. R. de C. metodologias ativas, ensino híbrido e os artefatos digitais: sala de aula em tempos de pandemia. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades. Rev . Pemo, v. 3, n. 1, p. e314292, 2020. Analise as afirmativas a seguir: I - Metodologias ativas, como jogos educativos e atividades práticas ao ar livre, são inefica- zes na Educação Ambiental não Formal, uma vez que não permitem a transmissão direta de informações aos participantes. AUTOATIVIDADE 1 1 1 II - A diversidade de metodologias, incluindo debates, simulações, excursões ao ar livre e atividades práticas, pode aumentar o envolvimento dos participantes e a compreensão das questões ambientais. III - A abordagem tradicional de palestras e apresentações é a única metodologia eficaz na Educação Ambiental não formal, uma vez que permite uma transmissão direta de informações aos participantes. IV - As metodologias ativas e participativas na Educação Ambiental não Formal são mais eficazes na promoção de comportamentos sustentáveis, uma vez que envolvem os par- ticipantes de forma prática e reflexiva. V - As metodologias ativas e participativas são relevantes apenas na Educação Ambiental formal, não contribuindo para a experiência de aprendizagem em ambientesnão formais. Selecione a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) II e IV apenas. 3. A Educação Ambiental não Formal contribui na disseminação do conhecimento e na promo- ção da sustentabilidade. Por isso, muitos são os cursos sobre sustentabilidade e educação ambiental que frequentemente são oferecidos por organizações da sociedade civil, ONGs, e outras instituições não formais. Esses cursos podem abordar uma variedade de tópicos e de- safios relacionados à sustentabilidade e à conscientização ambiental (OLIVEIRA et al., 2023). Fonte: OLIVEIRA, V. S. da C. et al. Curso de extensão “pensando a educação ambiental e os desafios na e nos pós-pandemia”: um relato de experiência. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 18(4), 87–97, 2023. Em cursos sobre sustentabilidade e Educação Ambiental não formal, é comum abordar uma ampla gama de tópicos para promover a conscientização e a ação ambiental. Qual dos se- guintes tópicos pode ser especialmente relevante para esses cursos, visto que se concentra nas interações entre seres humanos e o meio ambiente? a) Agricultura de subsistência em comunidades rurais. b) Astronomia e a formação do universo. c) Princípios básicos da química orgânica. d) Tecnologia da informação e programação de computadores. e) Literatura clássica do século XIX. AUTOATIVIDADE 1 1 1 REFERÊNCIAS ALVES, R. J. M.; GUTJAHR, A. L. N.; PONTES, A. N. Processo metodológico de elaboração de uma cartilha educativa socioambiental e suas possíveis aplicações na sociedade. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 14(2), 69–85, 2019. ARRUDA, J. S.; SIQUEIRA, L. M. R. de C. metodologias ativas, ensino híbrido e os artefatos digitais: sala de aula em tempos de pandemia. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades. Rev . Pemo, v. 3, n. 1, p. e314292, 2020. GARCIA, T. D. et al. Eco barreira como prática para educação ambiental na despoluição do ribei- rão Alambari, no município de Cambará (PR). Revista Brasileira de Educação Ambiental, 18(1), 492–596, 2023. MARTINS, B. T. A.; TEIXEIRA, C.; SOUSA, F. F. de. Centro de educação ambiental: um espaço não formal de educação ambiental na visão de professores das escolas estaduais de Itaúna – MG. REMEA – Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 34(3), 320–339, 2023. NOGUEIRA, C. Contribuições para a educação ambiental crítica. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 18(3), 156–171, 2023. OLIVEIRA, V. S. da C. et al. Curso de extensão “pensando a educação ambiental e os desafios na e nos pós-pandemia”: um relato de experiência. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 18(4), 87–97, 2023. OLIVEIRA, F. R. de; CAVALCANTE, K. V.; JESUS, E. L. de. Sustentabilidade e educação ambiental no contexto do novo ensino médio: um olhar sobre a proposta curricular e pedagógica do Esta- do do Amazonas. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 18(2), 135–151, 2023. 1 1 8 1. Opção C. Os projetos em contextos formais de Educação Ambiental têm o benefício de permitir que os alunos se envolvam ativamente em atividades práticas e na aplicação dos conceitos aprendidos. Isso promove o aprendizado prático, a conscientização ambiental e a compreensão mais profunda das questões ambientais, como a conservação da biodiver- sidade. Essa abordagem permite que os alunos se tornem agentes ativos na proteção do meio ambiente, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis e comprometidos. 2. Opção E. Afirmativa II: a diversidade de metodologias, incluindo debates, simulações, excur- sões ao ar livre e atividades práticas, pode aumentar o envolvimento dos participantes e a compreensão das questões ambientais, tornando a experiência mais eficaz. Afirmativa IV: as metodologias ativas e participativas na Educação Ambiental não Formal são mais eficazes na promoção de comportamentos sustentáveis, reforçando a relevância dessa abordagem. 3. Opção A. A agricultura de subsistência em comunidades rurais é um tópico relevante em cursos de sustentabilidade e educação ambiental não formal, uma vez que aborda as práticas agrícolas locais, o uso dos recursos naturais e os impactos no meio ambiente. Essa aborda- gem promove a compreensão das interações complexas entre as atividades humanas e o ecossistema, incentivando a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. GABARITO 1 1 9 UNIDADE 3 MINHAS METAS EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FERRAMENTA DE CONSCIENTIZAÇÃO E INOVAÇÃO NOS PROBLEMAS AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEOS Descrever os principais desafios ambientais contemporâneos. Explicar as interconexões entre diferentes desafios ambientais contemporâneos e suas implicações para o planeta e a sociedade. Demonstrar como a conscientização ambiental pode levar a ações individuais e coletivas para abordar problemas ambientais. Analisar as barreiras psicológicas e sociais que impedem a mudança de comportamento em relação a questões ambientais. Descrever as estratégias utilizadas para promover a mudança de comportamento. Compreender as diferentes abordagens e estratégias usadas em experiências internacio- nais de educação ambiental e seu impacto em comunidades locais. Avaliar a eficácia de programas de educação ambiental, identificando os critérios de sucesso e propondo melhorias com base em evidências. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7 1 1 1 INICIE SUA JORNADA No mundo globalizado, a Educação Ambiental tem grande relevância, pois fun- ciona como ferramenta de conscientização e inovação, frente à identificação e análise dos desafios ambientais contemporâneos que afetam o meio ambiente. Desafios que muitas vezes se encontram como urgentes e ameaçam a qualidade de vida das gerações futuras. Nesse sentido, dentre as atribuições da Educação Ambiental, é importante destacar a capacitação das pessoas a compreenderem o impacto das ações da sociedade e as implicações nos ecossistemas globais. Tais frentes precisam funda- mentalmente envolver a conexão emocional e intelectual com questões ambien- tais, despertando o senso de responsabilidade e solidariedade para com o planeta. Diante desses pontos, um desafio significativo no contexto da “Educação Ambiental como Ferramenta de Conscientização e Inovação nos Problemas Ambientais Contemporâneos” é a falta de acesso equitativo a esse tipo de edu- cação. Afinal, a disparidade no acesso pode ocorrer devido a diversas razões, como diferenças socioeconômicas, geográficas e de infraestrutura educacional, criando uma lacuna no nível de conscientização e inovação, visto que algumas comunidades podem ter acesso limitado ou inexistente a programas de educação ambiental de qualidade. A partir desses pontos, a Educação Ambiental tende a proporcionar a opor- tunidade de experimentar soluções e estratégias práticas para reduzir esses desa- fios emergentes, incluindo projetos de conservação, iniciativas de reciclagem, a implementação de energias renováveis, promoção de estilos de vida sustentáveis, entre várias outras frentes que podem ser adaptadas aos avanços tecnológicos e científicos. Diante disso, é importante refletirmos sobre o envolvimento fundamental da análise crítica das ações empreendidas e a avaliação de seus impactos. Afinal, é necessário avaliar o que funcionou, o que não funcionou e como as estratégias podem ser adaptadas a novos contextos. Ademais, devemos estimular a apren- dizagem contínua e a adaptação às mudanças nas questões ambientais em um processo contínuo que leva à inovação e ao desenvolvimento de soluções cada vez mais eficazes. Então, preparado para conhecer as ações da Educação Ambiental para pro- mover a conscientização e inovação nos problemas ambientais? Vamos começar? UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 7 Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema “A participação ativa da comunidade na resolução de problemas ambientais”, em que destacamos a in- tenção de informar e envolver a comunidade no tópico da participação ativa na resoluçãode problemas ambientais, com ênfase na inspiração, educação e ação. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de apren- dizagem. PLAY NO CONHECIMENTO VAMOS RECORDAR? Assim, para recordar e aprofundar o tema em relação às barreiras que impedem a mudança de comportamento em relação a questões ambientais e propor estratégias para superá-las, leia o artigo intitulado: Elementos da inovação social para a promoção do consumo sustentável: a validação de um framework com especialistas. Acesse: https://revistas.unijui.edu.br/index.php/ desenvolvimentoemquestao/article/view/11064. DESENVOLVA SEU POTENCIAL DESAFIOS AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEOS Os desafios ambientais contemporâneos correspondem a diversos problemas que impactam nosso meio ambiente e a qualidade de vida de todos, tanto das gera- ções presentes e futuras. Além disso, é importante considerarmos que os desafios estão diretamente ligados às ações humanas e ao crescimento populacional, que geram efeitos em nossos ecossistemas, na biodiversidade, nos recursos naturais e no clima global (ARAÚJO et al., 2022). Nessa dinâmica, os desafios ambientais contemporâneos são questões críticas que afetam o meio ambiente e a sustentabilidade global, tendo efeitos relevantes em ecossistemas, economias e na qualidade de vida das pessoas. 1 1 4 Diante desses fatores, é de suma importância conhecermos os principais de- safios ambientais contemporâneos, para que possamos discutir e juntos criar reflexões e soluções sustentáveis. Assim, entre os principais desafios, temos (ARAÚJO et al., 2022): DESMATAMENTO: esse problema ambiental surge das atividades econômicas, como a agricultura, mineração e expansão urbana, resultando assim em perda de florestas, que possuem função de absorção de carbono e na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas. ESCASSEZ HÍDRICA: o crescimento populacional, a agricultura intensiva e as mudanças climáticas estão potencializando a demanda por água doce, levando a problemas de escassez em muitas partes do mundo. UNIASSELVI 1 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 7 MUDANÇAS CLIMÁTICAS: com o aumento das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, precisa- mos pensar em soluções, visto ao aquecimento global e o surgimento de eventos cli- máticos extremos. Tais pontos, ameaçam nossa segurança alimentar e comprometem os recursos hídricos, a saúde pública e a estabilidade dos ecossistemas. URBANIZAÇÃO: o rápido crescimento das cidades apresenta desafios ambientais, incluindo o consumo de recursos naturais, a poluição do ar e a gestão de resíduos. PERDA DE BIODIVERSIDADE: esse desafio ocorre devido à degradação dos habitats naturais, à exploração insusten- tável de recursos naturais e à poluição, que gera a extinção de espécies, pois compro- mete a diversidade genética e a prestação de serviços ecossistêmicos. POLUIÇÃO: esse desafio tem efeitos adversos, tanto em ecossistemas aquáticos, aéreos e terres- tres, afinal, a poluição contribui para problemas como a chuva ácida, a degradação da qualidade da água e doenças respiratórias. Além disso, a produção e o descarte inadequados de plásticos geram problemas nos oceanos e danos à vida marinha. 1 1 1 Nessa linha, fica evidente que enfrentar esses desafios requer atitudes rápidas e coletivas, pois os problemas acabam sendo emergentes. Além disso, a conscien- tização e a adoção de práticas mais sustentáveis são essenciais para reverter a tendência e proteger o meio ambiente. Nesse contexto, a educação ambiental não é apenas uma ferramenta de conscien- tização, mas um motor essencial para a mudança, pois funciona como potenciali- zadora na geração de líderes ambientais, capacitando comunidades e promovendo a inovação, a educação ambiental lança as bases para um futuro mais sustentável. Em termos gerais, os desafios ambientais contemporâneos representam uma chamada urgente à ação global, exigindo esforços colaborativos e inovação em todas as esferas da sociedade. Desse modo, conforme se enfrentam questões prementes, como mudanças climáticas, perda de biodiversidade, poluição e es- cassez de recursos, torna-se de suma importância adotar abordagens holísticas e sustentáveis (DE SOUZA JUNIOR; DE SOUZA, 2022). IMPORTÂNCIA DA CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL Ter consciência ambiental corresponde à compreensão do meio ambiente em sua totalidade e as consequências que certos atos no dia a dia podem causar a ele. Além disso, ser conscientizado ambientalmente é entender que a sobrevivência dos ecos- sistemas depende de ações do coletivo e da busca incessante por informações. Nessa dinâmica, a conscientização ambiental pode ser visualizada em dis- tintas linhas e abordagens, dentre as principais, conforme Araújo et al. (2022): Por intermédio de esforços conjuntos, podemos desenvolver soluções inovadoras e políticas assertivas para abordar os problemas complexos e garantir um futuro mais saudável e equilibrado para todos. Nesse contexto, com uma abordagem direcionada e regionalizada desses problemas é preciso que haja esforços coor- denados em níveis locais, nacionais e globais, bem como mudanças no compor- tamento de uso dos recursos naturais (OLIVEIRA et al., 2021). APROFUNDANDO UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 7 ■ Proteção ambiental: a conscientização ajuda as pessoas a entender a importância da conservação dos recursos naturais, como água, ar, solo, biodiversidade e habitats, promovendo a adaptação de práticas e políticas mais sustentáveis para evitar danos ao ambiente. ■ Mudanças comportamentais: promove a mudança de comporta- mento, pois entende-se que pessoas informadas e conscientes estão mais propensas a aderir ações cotidianas mais sustentáveis, como reduzir o consumo de energia e reciclar, por exemplo. ■ Responsabilidade individual e coletiva: ajuda as pessoas a reco- nhecerem sua responsabilidade individual na preservação do meio ambiente. Além disso, contribui para a participação em esforços coletivos, como voluntariado em projetos ambientais e a pressão por políticas ambientais mais eficazes. ■ Tomada de decisão informada: permite que indivíduos, comu- nidades e governos tomem decisões mais informadas em relação a questões ambientais, como a aprovação de leis, regulamentos e políticas que afetam o meio ambiente. ■ Retorno de desastres naturais: uma população consciente am- bientalmente está mais preparada para lidar com desastres naturais, como enchentes, incêndios florestais e furacões, e pode contribuir para esforços de mitigação e recuperação. ■ Inovação tecnológica: impulsiona a inovação e o desenvolvimen- to de tecnologias mais limpas e eficientes que reduzem o impacto ambiental de atividades industriais e cotidianas. ■ Preparação para as perspectivas do futuro: conscientizar as gera- ções presentes e futuras sobre os desafios ambientais contribui para preparar a sociedade para um futuro em que a sustentabilidade seja cada vez mais prioridade nas agendas globais. Diante desses pontos, a conscientização ambiental contribui para criar uma so- ciedade mais consciente, responsável e ativa na preservação do meio ambiente, buscando aderir no cotidiano práticas sustentáveis, na proteção da natureza e no enfrentamento de desafios ambientais contemporâneos (ARAÚJO et al., 2022). 1 1 8 MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DE CONSUMO A mudança de comportamento de consumo é uma necessidade cada vez mais rele- vante em um mundo globalizado, em que as demandas ambientais e a pressão so- bre os recursos naturais estão em constante crescimento. A conscientização sobre os efeitos negativos desse consumo tem contribuído para que haja um despertar das pessoas para a importância de se realizar escolhas mais sustentáveis. Tais mu- danças de comportamento de consumo envolvem a adoção de abordagens mais conscientes, responsáveis e éticas em relação às nossas escolhas e estilo de vida. Nesse sentido, a atenuação do consumo excessivo, a preferência por produtos duráveis e a escolha de opçõesde consumo mais ecológicas são passos impor- tantes que precisam ser incentivados pelas empresas, instituições, comunidades e demais partes interessadas. Para o sucesso na mudança de comportamento de consumo, é preciso que haja o incentivo de políticas e iniciativas governamentais que proponha práticas susten- táveis e promova a responsabilidade na redução de impactos ambientais negati- vos. Assim, a colaboração entre pessoas, empresas e governos ajuda a garantir um futuro mais sustentável em prol do meio ambiente. APROFUNDANDO Assim, ao adotar práticas como a reutilização, reciclagem e compra de produtos locais, podemos contribuir para a preservação do meio ambiente e a redução do desperdício. A mudança de comportamento de consumo é um tópico crucial no contexto dos desafios ambientais contemporâneos. Assim, como nosso comportamento de consumo atual impacta o meio ambiente e quais ações individuais e coletivas po- demos adotar para torná-lo mais sustentável e consciente? PENSANDO JUNTOS UNIASSELVI 1 1 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 7 EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Educação Ambiental é uma preocupação global e muitos países têm buscado implementar programas e iniciativas para conscientizar as pessoas sobre ques- tões ambientais e promover a sustentabilidade. Nesse sentido, para entendermos melhor sobre as experiências internacionais que vem se destacando no cenário mundial de Educação Ambiental, temos, conforme Martelli et al. (2019): SUÉCIA: a Suécia é conhecida por suas práticas ambientais avançadas, afinal, o país incorpora em seu sistema educacional, elementos que incentivam os envolvidos na Educação Ambiental a explorar a natureza e aprender sobre conservação ambiental. Ademais, nos últimos anos vem adotando atividades de reciclagem e programas de educação ambiental, tanto em contextos formais, quanto informais. COSTA RICA: conhecida por seu compromisso com a sustentabilidade e a conservação da biodi- versidade, por meio de programas em parques nacionais e reservas, incentivando os visitantes a compreender e respeitar o meio ambiente. FINLÂNDIA: possui em seu sistema educacional, a sustentabilidade, a conservação da natureza e a promoção de estilos de vida ecológicos. A abordagem finlandesa enfatiza o ensino prático, que permite aos estudantes aprender fazendo, com atividades ao ar livre, visi- tas a parques e reservas naturais e projetos relacionados ao meio ambiente. CANADÁ: o país prioriza a Educação Ambiental por meio de seu compromisso com a conser- vação da natureza, incentivando as pessoas a se envolverem com a natureza e a compreender as questões ambientais locais e globais. Além disso, eles incentivam a Educação Ambiental em pessoas muitos jovens, por meio de grupos e iniciativas ambientais, pressionando por mudanças positivas e defendendo ações em relação às mudanças climáticas. 1 1 1 Diante desses pontos, cabe apontarmos que essas experiências internacionais de Educação Ambiental demonstram como distintos locais do mundo, considerando diferentes realidades abordam a cons- cientização ambiental e a promoção da sustentabilidade em suas comunidades e sistemas educacionais de maneira espe- cífica (MARTELLI et al., 2019). Assim, verificamos que cada um deles pode contribuir e promover a conscientização e a ação em relação a questões ambientais críticas de manei- ras mais construtivas uns com os outros. ALEMANHA: investe em Educação Ambiental por meio de escolas sustentáveis, programas de educação ao ar livre e incentivos para o uso de transportes públicos e bicicletas. Nes- se sentido, cabe destacarmos que a Alemanha também é pioneira na promoção de edifícios verdes e práticas de construção sustentável. JAPÃO: aborda já no currículo escolar temas como a gestão de resíduos e a conservação da água, conduzindo programas de educação em áreas rurais e urbanas para promover a conscientização ambiental. Devido à localização do Japão, a Educação Ambiental fre- quentemente aborda questões relacionadas aos ecossistemas marinhos, em que os es- tudantes aprendem sobre a importância da conservação dos oceanos e da vida marinha. AUSTRÁLIA: o país promove programas educacionais que destacam a importância da biodiversi- dade marinha e devido à vulnerabilidade a eventos climáticos extremos, a Educação Ambiental também aborda questões relacionadas a esses temas, incluindo a ciência por trás das mudanças climáticas e a importância da adaptação e mitigação. UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 7 PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Os programas de Educação Ambiental configuram-se como iniciativas projeta- das para gerar a conscientização, o conhecimento e o engajamento das pessoas em relação a questões ambientais e à sustentabilidade, desenvolvendo práticas ambientalmente responsáveis (ROSAS PORTO et al., 2021). Por isso, para compreendermos melhor como esses programas podem fun- cionar na prática, é interessante que verifiquemos alguns exemplos, dentre eles a Educação Ambiental nas Escolas, que inclui a inclusão de tópicos ambientais nos currículos escolares e atividades práticas para os estudantes aprenderem sobre o meio ambiente e seus ecossistemas. Além disso, sob o ponto de vista de práticas, podemos destacar as organiza- ções ambientais e parques nacionais que têm a finalidade de informar ao público a importância da conservação da biodiversidade e dos ecossistemas naturais. Nessa dinâmica, muitas comunidades locais organizam frentes de trabalho nas comunidades, seja por meio de campanhas de sensibilização pública, seja progra- mas de ecoturismo incluindo trilhas interpretativas, passeios educativos e visitas a centros de visitantes (ROSAS PORTO et al., 2021). Outro formato importante direcionado à Educação Ambiental são os projetos de restauração ambiental, que buscam realizar atividades de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, que em muitos casos envolvem programas de Educação Ambiental para envolver a comunidade local e voluntários. Esses programas de Educação Ambiental atuam diretamente na conscientização ambiental e no engajamento da comunidade na proteção do meio ambiente, prio- rizando sempre a formação de uma sociedade mais responsável e preocupada com a preservação do planeta. APROFUNDANDO E por fim, mencionamos as parcerias empresariais que devido à competitividade e a busca por certificações, implementam programas de Educação Ambiental para conscientizar colaboradores e partes interessadas sobre práticas comerciais sustentáveis, redução do impacto ambiental e atendimento das regulamentações. 1 1 1 Como os programas de Educação Ambiental podem inspirar ações individuais e coletivas que promovam a conscientização e a mudança positiva em relação ao meio ambiente? PENSANDO JUNTOS Estudante! Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gosta- ríamos de indicar a aula que preparamos especialmente para você. Acreditamos que essa aula irá complementar e aprofundar ainda mais o seu entendimento so- bre o tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir- tual de aprendizagem. EM FOCO UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 7 NOVOS DESAFIOS A Educação Ambiental, como ferramenta de conscientização e inovação nos problemas ambientais contemporâneos, tem grande impacto nas mudanças para um mundo mais sustentável, principalmente, por trazer em suas características teóricas fornecimento de base de conhecimento necessária para entender ques- tões ambientais e soluções potenciais. No mercado de trabalho, isso se traduz em oportunidades para aplicar essas teorias em práticas reais, seja desenvolvendo estratégias de sustentabilidade em empresas ou instituições, seja implementando projetos de conservação da natu- reza ou orientação a gestão de recursos naturais. Afinal, a Educação Ambiental equipa os envolvidos com informações e com- preensão sobre questões ambientais e isso se reflete em profissionais que estão mais cientes dosimpactos ambientais de suas ações e das oportunidades para aprimorar práticas comerciais sustentáveis. Ademais, eles podem impactar o pensamento crítico de outras partes interessadas a adotar abordagens mais res- ponsáveis em relação ao meio ambiente. Nesse contexto, conforme a sociedade valoriza a sustentabilidade, profissio- nais com formação em Educação Ambiental são mais procurados no mercado de trabalho, fazendo com que empregadores busquem pessoas com conhecimento e experiência para ajudar suas organizações a atender a regulamentações ambien- tais, melhorar sua imagem sustentável e atender às demandas dos consumidores por produtos e serviços ecologicamente corretos. Diante disso, fica evidente que a teoria adquirida na Educação Ambiental fornece uma base sólida, enquanto a prática no mercado de trabalho permite que os profissionais aprofundem sua expertise junto a equipes multidisciplinares capazes de resolver os problemas ambientais contemporâneos. 1 1 4 1. Ao longo dos anos, a preocupação com a proteção ambiental tem se tornado uma questão central em nível global, evidenciando a necessidade de preservar os recursos naturais e reduzir o impacto ambiental das atividades humanas. Por isso, para abordar essa questão, governos e organizações em todo o mundo têm implementado políticas e medidas de conservação ambiental, por meio de ações que pode variar de acordo com as variáveis de um mundo globalizado (SANTOS et al., 2019). Fonte: SANTOS, F. das C. V. et al. O potencial do Birdwatching na Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba (Piauí, Brasil). Revista Brasileira de Ecoturismo, 12(5), 2019. Assinale a alternativa correta: a) As mudanças climáticas são um desafio ambiental enfrentado atualmente, e todas as outras preocupações são secundárias. b) A proteção ambiental deve ser maior em nações em desenvolvimento, já que a erradi- cação da pobreza é mais importante. c) A degradação dos ecossistemas aquáticos, como oceanos e rios, afeta a biodiversidade parcialmente e a saúde do planeta. d) O desenvolvimento sustentável busca atender às necessidades presentes sem compro- meter as gerações futuras. e) A maneira de proteger o meio ambiente é por meio de regulamentações governamen- tais, sem envolver a participação da sociedade civil. 2. Os desafios ambientais contemporâneos representam uma série de questões críticas que afetam o planeta e a qualidade de vida das gerações presentes e futuras. Por isso, com- preender e enfrentar esses desafios é uma prioridade global, pois as consequências de não agir podem ser devastadoras (COSTA et al., 2019). Fonte: COSTA, P. G. et al. Trilhas interpretativas para o uso público em parques: desafios para a educação ambiental. Revista Brasileira de Ecoturismo, 12(5), 2019. Analise as afirmativas a seguir: I - A perda de biodiversidade não é um problema global, pois afeta principalmente áreas remotas e selvagens, e não tem impacto direto nas áreas urbanas. II - As mudanças climáticas, causadas principalmente pela emissão de gases de efeito es- tufa, representam um dos maiores desafios ambientais da atualidade. III - A escassez de recursos hídricos, como resultado do aumento da demanda e da degra- dação da qualidade da água, é um desafio ambiental crescente em várias regiões do mundo. AUTOATIVIDADE 1 1 5 IV - A poluição do ar e da água é um desafio ambiental do passado, e a legislação ambiental eficaz já resolveu a maioria desses problemas. V - Não têm relação direta com a qualidade de vida das pessoas ou com a economia global. Selecione a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e IV, apenas. e) II e III apenas. 3. As práticas sustentáveis têm se tornado uma prioridade para governos em todo o mundo, juntamente com a crescente conscientização sobre os desafios ambientais, sociais e eco- nômicos, que evidenciam uma série de políticas e iniciativas governamentais destinadas a promover a sustentabilidade. Estes esforços unem diversas estratégias para alcançar esses objetivos a nível local e global (LUCENA; MIOTTO; DE MORI, 2022). Fonte: LUCENA, A. F. E.; MIOTTO, J. L.; DE MORI, L. M. Avaliação de práticas sustentáveis aplicáveis ao projeto e construção de edificações do setor financeiro. Engenharia Civil UM, (57), 50–58, 2022. Dentre as políticas e iniciativas governamentais voltadas para práticas sustentáveis, qual das seguintes alternativas representa uma estratégia eficaz para promover a sustentabilidade? a) Eliminação de todas as atividades industriais para reduzir o impacto ambiental. b) Redução de regulamentações ambientais para impulsionar o crescimento econômico. c) Uso indiscriminado de recursos naturais para acelerar o desenvolvimento econômico. d) Ignorar as questões ambientais em prol de objetivos de curto prazo. e) Estabelecimento de metas de redução de emissões de carbono e promoção de energias renováveis. AUTOATIVIDADE 1 1 1 REFERÊNCIAS ARAÚJO, A. C. da M. et al. Elementos da inovação social para a promoção do consumo susten- tável: a validação de um framework com especialistas. Desenvolvimento em Questão, 20(58), 2022. COSTA, P. G. et al. Trilhas interpretativas para o uso público em parques: desafios para a educa- ção ambiental. Revista Brasileira de Ecoturismo, 12(5), 2019. DE SOUZA JÚNIOR, J. N. B.; DE SOUZA, P. R. P. (2022). Educação ambiental como instrumento de conscientização para a importância de se preservar os rios. Brazilian Journal of Development, 8(9), 61860–61877. LUCENA, A. F. E.; MIOTTO, J. L.; DE MORI, L. M. Avaliação de práticas sustentáveis aplicáveis ao projeto e construção de edificações do setor financeiro. Engenharia Civil UM, (57), 50–58, 2022. MARTELLI, A. et al. Educação ambiental intermunicipal na conscientização de alunos sobre a preservação do Rio do Peixe. Brazilian Journal of Development, 5(7), 9378–9392, 2019. OLIVEIRA, A. L. A. et al. Inovação em educação ambiental: um estudo de caso sobre a trilha dos sentidos do Parque Estadual Mata do Limoeiro. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(3), 429–438, 2021. ROSAS PORTO, P. et al. Educação ambiental: tendências contemporâneas e o esperançar no enfrentamento aos problemas socioambientais. REMEA – Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, 38(3), 197–217, 2021. SANTOS, F. das C. V. et al. O potencial do Birdwatching na Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba (Piauí, Brasil). Revista Brasileira de Ecoturismo, 12(5), 2019. 1 1 1 1. Opção D; O desenvolvimento sustentável é um conceito fundamental na proteção ambien- tal, que visa equilibrar o crescimento econômico com a preservação dos recursos naturais e a qualidade de vida das gerações futuras. É um princípio-chave para a proteção do meio ambiente, buscando garantir que as ações atuais não prejudiquem a capacidade das futuras gerações de satisfazer suas próprias necessidades. 2. Opção E. Afirmativa I: as mudanças climáticas, causadas principalmente pela emissão de gases de efeito estufa, representam um dos maiores desafios ambientais da atualidade, com impactos significativos em todo o mundo. Afirmativa IV: a escassez de recursos hídricos é um desafio crescente em várias regiões do mundo, devido ao aumento da demanda e à degradação da qualidade da água. Assim, esses desafios estão intrinsecamente ligados a atividades humanas, desde a exploração excessiva de recursos naturais até a emissão desenfreada de poluentes. 3. Opção E. Estabelecer metas de redução de emissões de carbono e promover energias reno- váveis são ações concretas que muitos governos estão adotando para combater as mudanças climáticas e promover práticas sustentáveis. Afinal, essas medidas visam reduzir a pegada de carbono, diminuir a dependência de combustíveis fósseis e incentivar a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis, contribuindo para um futuro mais sustentável. GABARITO 1 1 8 MINHAS ANOTAÇÕES 1 1 9 MINHAS METAS SUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICAE COMUNITÁRIA POR MEIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Identificar os principais conceitos e princípios da sustentabilidade socioeconômica e comunitária. Relacionar os conceitos de sustentabilidade a situações reais, destacando práticas insustentáveis. Analisar como práticas econômicas locais podem ser alinhadas com os princípios da Educação Ambiental. Avaliar as estratégias da Educação Ambiental que impactam o desenvolvimento sustentável. Compreender a eficácia de práticas agrícolas sustentáveis na garantia da segurança alimentar. Analisar a sustentabilidade socioeconômica e impactos da Educação Ambiental. Analisar o progresso da sustentabilidade socioeconômica. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8 1 4 1 INICIE SUA JORNADA A busca pela sustentabilidade socioeconômica e comunitária por meio da Edu- cação Ambiental é uma necessidade emergente em nosso mundo globalizado. Assim, ao visualizarmos as questões globais verificamos que as atividades da sociedade, vem, muitas vezes, impactando negativamente o meio ambiente e as comunidades, seja por problemas de degradação ambiental, ou até mesmo das desigualdades sociais. Nessa linha, a Educação Ambiental surge como fonte de informação para as pessoas, buscando transformar a maneira de pensar e agir. Afinal, ela atua como instrumento de capacitação de pessoas e comunidades. Por isso, a sustentabili- dade socioeconômica e comunitária corresponde à busca por equilíbrio entre as necessidades atuais e futuras, de modo a não prejudicar o meio ambiente, ao mesmo tempo em que impulsionam o desenvolvimento das comunidades. Para transformar os conceitos teóricos em atividades práticas para atingir a sustentabilidade socioeconômica e comunitária, é preciso envolver a expe- rimentação de novas abordagens e a implementação de projetos e programas. Nesse sentido, as comunidades podem adotar práticas sustentáveis, como agri- cultura orgânica, reciclagem, eficiência energética e gerenciamento de resíduos, que reduzam o impacto ambiental ao mesmo tempo que criam empregos locais e fortalecem a economia. Diante disso, conforme as comunidades e as pessoas experimentam práticas sustentáveis e promovem a conscientização ambiental, é importante refletir sobre os resultados para avaliar o progresso, identificar desafios e ajustar as estratégias conforme necessário. E então, preparado para compreender as tratativas sobre sustentabilidade so- cioeconômica e comunitária por meio da Educação Ambiental? Vamos começar? Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema “Oportunidades para avançar na sustentabilidade socioeconômica e comunitária”, em que abordamos as tratativas para avançar na sustentabilidade socioeconômica e comunitária, tendo uma abordagem holística e de identificação de oportunidades que possam pro- mover mudanças positivas. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem. PLAY NO CONHECIMENTO UNIASSELVI 1 4 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 8 DESENVOLVA SEU POTENCIAL INTRODUÇÃO À SUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICA E COMUNITÁRIA No cenário atual, a sustentabilidade socioeconômica e comunitária busca cons- tantemente impulsionar o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação dos valores sociais e ambientais. Além disso, tem como foco princi- pal a criação de um ambiente onde o progresso econômico não comprometa o desenvolvimento social e ambiental (HAYASHI et al., 2021). Mais especificamente sob a ótica socioeconômica, a sustentabilidade tem como objetivo repensar modelos de produção e consumo, adotando práticas mais eficientes e responsáveis, possibilitando que haja inclusão social e assegurando que os benefícios do desenvolvimento sejam distribuídos de maneira justa. VAMOS RECORDAR? Para recordar e aprofundar o tema entre Educação Ambiental e a Democracia Participativa como potencializadores da sustentabilidade socioeconômica e comunitária, leia o artigo intitulado: “A gestão dos recursos hídricos no brasil: educação ambiental e democracia participativa na promoção do desenvolvimento sustentável”. Acesse: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/ article/view/4693. 1 4 1 Já no contexto comunitário, a sustentabilidade tem o foco de fortalecimento das relações locais e na promoção da autonomia das comunidades, envolvendo a valorização das culturas locais, o estímulo à participação cidadã e o desenvolvi- mento de práticas que melhorem as relações comunitárias (HAYASHI et al., 2021). Como podemos cultivar práticas de sustentabilidade socioeconômica e comuni- tária que promovam o bem-estar presente, mas também garantam ecossistemas saudáveis para as futuras gerações? PENSANDO JUNTOS DESENVOLVIMENTO EQUITATIVO: promover um desenvolvimento em que os benefícios econômicos são distribuídos de maneira justa, reduzindo as disparidades sociais e melhorando a qualidade de vida de toda a comunidade. DIVERSIDADE: incentivar a diversidade cultural, social e econômica presente em uma comunidade, reconhecendo diferentes contextos e abordagens adaptadas para alcançar a susten- tabilidade. RESILIÊNCIA COMUNITÁRIA: fortalecer a resiliência das comunidades, orientando as pessoas a se adaptarem as mudanças econômicas, sociais ou ambientais. Diante desses conceitos, é de suma importância reforçarmos que a sustenta- bilidade socioeconômica e comunitária é de responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e sociedade, e pode ser aplicada no formato de (HAYASHI et al., 2021): UNIASSELVI 1 4 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 8 Diante do exposto, ao abordarmos os princípios da sustentabilidade em uma perspectiva que considera os aspectos ambientais e os fatores sociais e econômi- cos, se reconhece a interconexão entre as dimensões. Por isso, a compreensão da sustentabilidade socioeconômica e comunitária exige uma abordagem integrada, onde o progresso é mensurado em termos econômicos, de bem-estar social e saúde da comunidade. Além disso, o envolvimento ativo das comunidades locais e a promoção de práticas sustentáveis nas esferas sociais e econômicas são elementos-chave para alcançar uma verdadeira sustentabilidade. Em que, ao fomentar a participação comunitária, fortalecer os laços sociais e promover modelos econômicos mais inclusivos, se consegue construir sociedades mais resilientes, capazes de enfrentar os desafios contemporâneos. INCLUSÃO SOCIAL: eliminar barreiras sociais e econômicas, promovendo a inclusão de todos os membros da comunidade, promovendo a igualdade de oportunidades, independentemente de origem, gênero, idade ou classe social. DESENVOLVIMENTO LOCAL: aborda a importância do desenvolvimento sustentável em características locais, por meio do reconhecimento de soluções que tragam suporte para o cotidiano das comunidades. EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO: ocorrem por meio do investimento em programas de educação e capacitação que fortalecem as habilidades locais, gerando a inovação e preparando as comunidades para enfrentar desafios ambientais. VALOR COMPARTILHADO: é direcionado para que as empresas não visem apenas ao lucro, mas também contri- buam para a sociedade e o meio ambiente, alinhando seus objetivos com os interes- ses da comunidade. 1 4 4 Já com relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) cabe apontar que são uma série de metas globais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) como parte da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Essa agenda foi adotada por todos os Estados-Membros da ONU em setembro de 2015, durante a Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (SILVA; LEITE, 2022). A Agenda 2030 é um plano de ação ambicioso e universal que visa abordar os principais desafios globais, como a pobreza, a fome, a desigualdade, as mudanças cli- máticas, entre outros, e promover um desenvolvimento sustentável em todo o mundo. Ela é composta por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), cada um com metas específicas a serem alcançadasaté o ano de 2030 (SILVA; LEITE, 2022). A abordagem dos ODS se baseia em três pilares interconectados do desenvol- vimento sustentável: econômico, social e ambiental. Eles reconhecem a necessi- dade de equilibrar o crescimento econômico com a inclusão social e a proteção ambiental, garantindo que as necessidades das gerações presentes não comprome- tam a capacidade das gerações futuras de atender às suas próprias necessidades. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são: Erradicação da Po- breza; Fome Zero e Agricultura Sustentável; Saúde e Bem-Estar; Educação de Qualidade; Igualdade de Gênero; Água Potável e Saneamento; Energia Limpa e Acessível; Trabalho Decente e Crescimento Econômico; Indústria, Inovação e In- fraestrutura; Redução das Desigualdades; Cidades e Comunidades Sustentáveis; Consumo e Produção Responsáveis; Ação Contra a Mudança Global do Clima; Vida na Água; Vida Terrestre; Paz, Justiça e Instituições Eficazes e Parcerias e Meios de Implementação (SILVA; LEITE, 2022). Diante disso, cabe apontarmos que os ODS são integrados e indivisíveis, o progresso em um objetivo, muitas vezes, depende do progresso em outros. Além disso, eles reconhecem a importância da cooperação global e da parceria entre governos, setor privado, sociedade civil e outras partes interessadas para alcançar essas metas ambiciosas. Assim, ao longo dos anos, os ODS têm servido como um importante quadro de referência para orientar políticas nacionais e globais, mobilizar recursos e promover ações concretas em direção a um mundo mais sustentável e inclusivo para todos. No entanto, ainda há muito a ser feito para alcançar esses objetivos até 2030, e o envolvimento e comprometimento de todos os setores da sociedade são essenciais para garantir seu sucesso. UNIASSELVI 1 4 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 8 ECONOMIA LOCAL A economia local configura-se como direcionador do desenvolvimento de co- munidades e regiões específicas, agregando atividades econômicas que ocorrem em uma área geográfica restrita, seja por meio de empresas pequenas, seja por meio de iniciativas artesanais e agricultura local. Nesse contexto, essa abordagem coloca em foco a importância de fortalecer a infraestrutura econômica dentro de uma comunidade, trazendo retornos positivos (SOUSA; SOUSA, 2021). Ademais, a economia local tem a função de construir a identidade comunitá- ria, por meio do apoio as atividades locais, em que os moradores possam contri- buir para a preservação e fortalecendo as relações sociais. Afinal, ao incentivar a produção e o consumo dentro da própria região, há uma proximidade entre pro- dutores e consumidores facilitando a implementação de práticas mais sustentáveis. Porém, cabe apontarmos que a economia local enfrenta desafios, especialmente nas questões mercadológicas, como a concorrência com grandes corporações e da globalização. Desse modo, é preciso sempre pensar em políticas públicas que possibilitem o empreendedorismo local, a educação financeira e o suporte às pequenas empresas (SOUSA; SOUSA, 2021). 1 4 1 A economia local, quando desenvolvida de maneira sustentável, contribui para a criação de empregos, o estímulo ao empreendedorismo e a construção de laços comunitários mais robustos. Por isso, o entendimento das características espe- cíficas de cada região permite a implementação de estratégias econômicas que consideram as necessidades locais, preservam a cultura e promovem a equidade. Nesse contexto, a economia local se torna uma ferramenta de grande ajuda para enfrentar desafios globais, fomentando a sustentabilidade e reduzindo a dependência de modelos centralizados. AGRICULTURA SUSTENTÁVEL E SEGURANÇA ALIMENTAR A Agricultura Sustentável corrobora com a garantia da segurança alimentar, ao mesmo tempo em que preserva os recursos naturais e promove práticas agrícolas responsáveis, com o objetivo de atender às necessidades alimentares. Por isso, um dos princípios fundamentais da agricultura sustentável é o mane- jo responsável dos recursos naturais, como solo e água, por meio do envolvimento das práticas de cultivo que conservem a fertilidade do solo, evitem a erosão e re- duzam a dependência de produtos químicos. Nessa dinâmica, cabe compreender- mos que ao adotar técnicas sustentáveis, se consegue contribuir de maneira mais direcionada com a preservação dos ecossistemas (ZMYSLOWSKI et al., 2021). Assim, vamos analisar alguns exemplos de como ocorre a interconexão entre agricultura sustentável e segurança alimentar? Vamos lá (ZMYSLOWSKI et al., 2021)! A economia local é uma peça importante no desenvolvimento sustentável, pois à medida que valoriza e apoia as atividades econômicas dentro de uma comunidade, é possível construir um suporte sólido para o progresso que respeita as pessoas e o meio ambiente, possibilitando uma abordagem mais equitativa e consciente. APROFUNDANDO UNIASSELVI 1 4 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 8 ■ Uso de insumos: o uso eficiente de insumos, como fertilizantes e pesticidas, por exemplo, ajuda a atenuar os impactos negativos sobre os ecossistemas, corroborando com a redução da poluição e a pre- servação dos recursos naturais. ■ Atividades de irrigação: adotar práticas de gestão de água sustentá- veis, como técnicas de irrigação eficientes e a coleta de água da chuva, para que haja o uso sustentável dos recursos hídricos na agricultura. ■ Diversificação alimentar: com a diversificação se consegue ampliar a oferta de alimentos e garantir uma alimentação mais equilibrada, contribuindo para a segurança alimentar e a saúde da população. ■ Resiliência ao clima: conduz ações que aumentam a resiliência dos sistemas agrícolas às mudanças climáticas, como a implementação de culturas adaptadas e a promoção de práticas de conservação do solo. ■ Agricultura orgânica: essa agricultura evita o uso de produtos quí- micos sintéticos, promovendo a saúde do solo, a biodiversidade e a qualidade dos alimentos. ■ Agricultura de precisão: considera o uso de tecnologias como sen- sores, GPS e drones, por exemplo, para otimizar o uso de insumos, melhorar o manejo de culturas e reduzir o desperdício. ■ Práticas agroflorestais: agregam florestas e culturas agrícolas, pos- sibilitando uma maior resiliência do ecossistema e assim proporcio- nando benefícios econômicos como a produção florestal. Nesse contexto, a Agricultura Sustentável, ao integrar práticas que preservam a biodiversidade, promove o uso eficiente dos recursos naturais e reduzem os impactos ambientais, emerge como uma solução proativa para enfrentar as mu- danças climáticas e as demandas crescentes por alimentos. Além disso, ao adotar métodos como agricultura orgânica, rotação de culturas e agroecologia, se con- segue construir sistemas alimentares mais resilientes e equitativos. Já sob a ótica da segurança alimentar, destaca-se o fortalecimento da diver- sidade de culturas, a promoção de práticas agrícolas resilientes e a redução do desperdício alimentar são elementos importantes para assegurar que todas as comunidades tenham acesso a alimentos nutritivos e em quantidade suficiente. 1 4 8 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE Os indicadores de sustentabilidade são mensurados por meio da avaliação do desempenho de uma atividade, organização ou comunidade em relação a práticas sustentáveis. Tais formatos ajudam a monitorar, medir e comunicar o progresso em direção a objetivos ambientais, sociais e econômicos. Assim, dentre alguns indicadores de sustentabilidade utilizados, sob uma ótica ambiental podemos destacar a medição de emissões totais de gases de efeito estufa associadas a uma atividade, organização ou comunidade e a aferição da quantidade de resíduos gerados e a eficácia das práticas de reciclagem e redução de resíduos (PEIXOTO et al., 2022). Já no que diz respeito aos indicadores sociais, podemos considerar a mensuração da representação e a equidade de gênero, etnia e outras dimensões da diversi- dade dentro de uma organização e o desempenho em termospromovem a ação e conectam pessoas em todo o mundo em prol das causas ambientais (MARQUES; RIOS; ALVES, 2022). Adicionalmente a esses desdobramentos, outro ponto importante é no que diz respeito a sustentabilidade, que destaca a importância de ensinar seus princípios em todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior. Permi- tindo assim que a Educação Ambiental tenha um comportamento de interconectar o meio ambiente, economia e sociedade (AGUDO; TOZONI-REIS, 2020). Filme: Rio O filme “Rio” é no formato animação e se passa na cidade do Rio de Janeiro, abordando temas relacionados à conservação da na- tureza e à importância da educação ambiental de maneira diver- tida e envolvente. No filme, os personagens principais são araras- -azuis, uma espécie em perigo de extinção. A história destaca a importância da conservação da biodiversidade e da proteção de espécies ameaçadas, o que se alinha com um dos objetivos da educação ambiental, que é aumentar a conscientização sobre a diversidade de vida na Terra e a necessidade de protegê-la. Acesse: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-146550/. INDICAÇÃO DE FILME Diante disso, a Educação Ambiental do século XXI, vem com uma abordagem do pensamento sistêmico e da resolução de problemas ambientais por meio de iniciativas colaborativas e de alternativas cada vez mais sustentáveis. UNIASSELVI 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 ASPECTOS FILOSÓFICOS SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL A filosofia da Educação Ambiental consiste em um agregado de princípios e va- lores que direcionam uma abordagem educacional, fornecendo elementos éticos e conceituais para gerar uma maior conscientização ambiental, compreensão da interconexão entre pessoas e meio ambiente, e a ação para com a sustentabilidade. Nesse sentido, dentre os principais apontamentos filosóficos, tem-se, conforme Grandisoli, Curvelo e Neiman (2021): HOLISMO nesse apontamento, a filosofia da Educação Ambiental identifica a interdependência de todos os recursos do ecossistema, promovendo um olhar holístico que salienta a integração de conhecimentos de diversas disciplinas e a compreensão de que todas as maneiras de vida estão interligadas. SUSTENTABILIDADE nesse direcionamento, a educação ambiental destaca a importância de que se tenha práticas e estilos de vida sustentáveis, garantindo que as ações da sociedade não com- prometam a capacidade das futuras gerações de atender às suas necessidades. 1 1 ÉTICA AMBIENTAL sob a ótica da ética, a educação ambiental busca incentivar a responsabilidade e o res- peito pelo meio ambiente, questionando o antropocentrismo e promovendo uma ética que traga em seus encaminhamentos os direitos de todas as espécies e ecossistemas. PARTICIPAÇÃO CIDADÃ sob um olhar filosófico a Educação Ambiental deve sempre promover a participação ativa das pessoas na tomada de decisões que dizem respeito ao meio ambiente, pois por meio de suas premissas e diretrizes, incentiva o engajamento cívico e os cuidados para com as questões ambientais, aconselhando as comunidades a agirem de maneira coletiva. CONSCIENTIZAÇÃO E EMPODERAMENTO as características da educação ambiental buscam promover a conscientização das pes- soas sobre as questões ambientais, juntamente com o conhecimento e as habilidades que se precisa, para capacitar pessoas a tomar decisões assertivas e a promover mudan- ças positivas no meio ambiente. INTERDISCIPLINARIDADE é de direcionamento da educação ambiental incentivar a interdisciplinaridade, integrando conhecimentos de distintas áreas, como ciências naturais, sociais e humanas, para uma compreensão geral dos problemas ambientais. CONTEXTUALIZAÇÃO CULTURAL nessa linha, destaca-se a importância das perspectivas culturais na maneira como as pessoas interagem com o meio ambiente, buscando sempre o conhecimento tradicional e as práticas locais, para que sejam promovidas abordagens culturalmente sensíveis e que tenham impactos na conscientização e nas questões ambientais (GRANDISOLI; CUR- VELO; NEIMAN, 2021). UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 1 Você sabe o que significa antropocentrismo? Ele nada mais é que um olhar do mundo que coloca o ser humano no centro de todas as coisas e atribui um valor superior à humanidade em relação ao restante da natureza. Deste modo, histori- camente, esse pensamento foi dominante na filosofia, religião e algumas culturas, desencadeando uma exploração excessiva e degradação do meio ambiente em nome do benefício das sociedades. Diante do exposto, filosoficamente, a Educação Ambiental tem em sua com- posição uma abordagem que traga uma base sólida na promoção da conscienti- zação, compreensão e ação em relação às questões ambientais. Ademais, a filosofia deve sempre orientar a prática da Educação Ambiental, apontando a importância de uma visão holística, da sustentabilidade, da éti- ca, da participação cidadã, do empoderamento, da interdisciplinaridade e da contextualização cultural, permitindo assim que exista a construção de pessoas mais comprometidas e conscientes. Olá! Agora quero convidar você para assistir ao nosso vídeo e enriquecer seus es- tudos. Neste vídeo, vamos falar a respeito de temas relevantes para a área. Recurso de mídia disponível no conteúdo digital do ambiente virtual de apren- dizagem. EM FOCO NOVOS DESAFIOS A conexão entre teoria e prática na Educação Ambiental tende a preparar pessoas para o mercado de trabalho e suas perspectivas profissionais, gerando uma base teó- rica sólida e incentivando a aplicação prática dos conhecimentos em distintas áreas. 1 8 Por isso, para compreendermos como essa conexão ocorre precisamos desta- car que a Educação Ambiental gera uma base teórica sólida, que agrega conceitos e princípios relacionados à ecologia, sustentabilidade, ética ambiental, interdis- ciplinaridade, entre outras áreas importantes. Nesse sentido, é fundamental que haja uma compreensão profunda dessas teorias e conceitos, de modo que os profissionais em Educação Ambiental te- nham uma percepção ampla direcionando esforços no planejamento ambiental, conservação, gestão de recursos naturais, políticas ambientais e educação. Ademais, a Educação Ambiental também enfatiza a aplicação prática dos con- ceitos aprendidos, incluindo atividades de campo, projetos práticos, trabalho em laboratórios e experiências ao ar livre. Assim, os profissionais que têm a oportunidade de aplicar seus conhecimentos na prática adquirem habilidades importantes, como pesquisa de campo, monitoramento ambiental, educação ao ar livre, desenvolvimento de programas de conservação e sustentabilidade, e engajamento comunitário. Afinal, com a crescente conscientização global sobre questões ambientais, há uma demanda crescente por profissionais em Educação Ambiental, visto que o mercado de trabalho oferece uma gama de oportunidades em governos, organizações não go- vernamentais, empresas, instituições educacionais e demais segmentos relacionados. Já em relação à diversidade dos campos de atuação, os profissionais podem atuar em diversas áreas, como educação formal e não formal, ecoturismo, consul- toria ambiental, gestão de áreas naturais, políticas ambientais, entre outros. Nesse contexto, muitas são as necessidades por estratégias e projetos que objetivem resolver problemas ambientais e melhorar a qualidade de vida. Diante disso, a conexão entre teoria e prática na Educação Ambiental permite que os profissionais sejam bem-preparados para enfrentar desafios reais no merca- do de trabalho, à medida que a sociedade valoriza cada vez mais a sustentabilidade e a conscientização ambiental, as perspectivas de carreira na Educação Ambiental continuam a crescer, tornando-se uma escolha importante e promissora para mui- tas pessoas que desejam fazer a diferença no mundo e no mercado de trabalho. UNIASSELVI 1 9 1. A Educação Ambiental é um campo interdisciplinar que desafia os limites das disciplinas tradicionais, buscando uma compreensão mais abrangentede lesões, doenças ocupacionais e práticas de segurança no local de trabalho. Como exemplos de indicadores de sustentabilidades, podemos destacar os ambientais que se repre- sentam nas emissões de gases do efeito estufa ou consumo de água e energia e os UNIASSELVI 1 4 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 8 indicadores sociais que podem ser visualizados em taxas de emprego e desem- prego e participação da comunidade (PEIXOTO et al., 2022). Os indicadores de sustentabilidade surgem como bússolas que nos orientam no que diz respeito à responsabilidade ambiental, social e econômica. Além disso, são reflexos tangíveis do impacto das nossas atividades, das escolhas que faze- mos hoje e das heranças que deixamos para as gerações futuras. Por isso, como podemos transformar os indicadores de sustentabilidade em potenciais ferramen- tas que inspiram ações importantes? PENSANDO JUNTOS E por fim, com relação a indicadores econômicos, temos formatos de medir o desempenho financeiro por meio do acesso a serviços financeiros e a capacidade de participação econômica de grupos diversos, da mesma forma que podemos avaliar a sustentabilidade das práticas de aquisição, produção e distribuição ao longo da cadeia de suprimentos (PORTO; PROENÇA, 2019). PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADOS PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICA E COMUNITÁRIA Nessa dinâmica, é importante destacarmos que os programas de educação am- biental voltados para a sustentabilidade socioeconômica e comunitária são fun- damentais na capacitação das comunidades para enfrentar desafios ambientais enquanto promovem os desenvolvimentos econômico e social, por meio de al- guns elementos importantes que são, segundo Peixoto et al. (2022): 1 5 1 CAPACITAÇÃO EMPRESARIAL SUSTENTÁVEL: por meio do desenvolvimento de programas de treinamento para empreendedores locais, incentivando práticas de negócios sustentáveis. EDUCAÇÃO FINANCEIRA SUSTENTÁVEL: implementar programas que ensinem a importância do investimento responsável e práticas financeiras éticas, fornecendo informações sobre investimentos em projetos sustentáveis e empresas sociais. HABILIDADES LOCAIS: proporcionar cursos de capacitação em habilidades locais, como artesanato, agricultu- ra, turismo sustentável e tecnologias verdes, fomentando a criação de cooperativas e redes locais para fortalecer a economia comunitária. DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO: gerar a conscientização sobre os benefícios do ecoturismo para a comunidade, ofe- recendo treinamentos para desenvolver infraestrutura turística sustentável e serviços relacionados ao ecoturismo. TROCA DE CONHECIMENTO: possibilitar a criação de redes locais para a troca de conhecimentos e experiências sustentáveis, seja por meio de eventos, seja por meio de palestras com especialistas para compartilhar boas práticas. UNIASSELVI 1 5 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 8 Em termos gerais, os programas de educação ambiental voltados para a susten- tabilidade socioeconômica e comunitária destacam a grande importância de investir em iniciativas educacionais que transcendam as fronteiras do ambien- talismo tradicional. EXEMPLIFICANDO Projeto comunidade sustentável Objetivo: capacitar a comunidade local para o desenvolvimento sustentável, integrando aspectos socioeconômicos e ambientais. Componentes do programa: 1 . Educação ambiental e capacitação socioeconômica: • Realização de oficinas e cursos sobre práticas sustentáveis de uso da terra, agri- cultura orgânica, gestão de resíduos, manejo de recursos hídricos, entre outros. • Capacitação em habilidades socioeconômicas, como empreendedorismo, gestão financeira, marketing local, visando o desenvolvimento de negócios sus- tentáveis na comunidade. 2 . Promoção da participação comunitária: • Estímulo à participação ativa dos membros da comunidade na tomada de de- cisões relacionadas ao desenvolvimento local. • Criação de espaços de diálogo e intercâmbio de conhecimentos entre difer- entes grupos da comunidade, incluindo líderes comunitários, agricultores, jovens e mulheres. 3 . Fortalecimento da economia local: • Apoio à criação de cooperativas e associações locais voltadas para atividades econômicas sustentáveis, como agricultura familiar, artesanato, turismo comu- nitário, entre outros. • Estímulo à compra e consumo de produtos locais, promovendo a economia cir- cular e reduzindo o impacto ambiental associado ao transporte de mercadorias. 4 . Monitoramento e avaliação: • Estabelecimento de indicadores socioeconômicos e ambientais para monitorar o progresso do programa ao longo do tempo. • Avaliação periódica dos resultados alcançados e identificação de áreas para melhoria e ajuste das atividades. 5 . Integração com políticas públicas e parcerias: • Articulação com órgãos governamentais, ONGs e outras instituições para alinhar o programa com políticas públicas existentes e ampliar seu alcance e impacto. • Busca por recursos e apoio financeiro para a sustentabilidade e continuidade do programa a longo prazo. 1 5 1 6 . Resultados esperados: • Melhoria da qualidade de vida da comunidade, com aumento da renda e re- dução da pobreza. • Fortalecimento da coesão social e da participação cívica. • Conservação dos recursos naturais locais e proteção do meio ambiente. • Desenvolvimento de uma economia local resiliente e sustentável. Com base nesse exemplo, cabe destacar que a eficácia do programa dependerá da adaptação às necessidades e características específicas da comunidade-alvo, bem como do engajamento e apoio contínuo de todas as partes interessadas envolvidas. Assim, ao abordar temas que conectam os aspectos socioeconômicos e comu- nitários à sustentabilidade, esses programas não apenas ampliam o escopo da conscientização, mas também capacitam os participantes a desempenharem papéis ativos na construção de um futuro mais sustentável. A compreensão de que práticas sustentáveis não são apenas benéficas para o meio ambiente, mas também para o bem-estar social e econômico, é fundamental para moldar men- talidades e comportamentos. Para que você possa entender um pouco melhor sobre a educação financeira sus- tentável, deixo o vídeo intitulado: Educação Financeira e Sustentabilidade. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=Xekq9aI4Vpc. EU INDICO Estudante! Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gosta- ríamos de indicar a aula que preparamos especialmente para você. Acreditamos que esta aula irá complementar e aprofundar ainda mais o seu entendimento so- bre o tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir- tual de aprendizagem. EM FOCO UNIASSELVI 1 5 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 8 NOVOS DESAFIOS A conexão entre teoria e prática na sustentabilidade socioeconômica e comu- nitária por meio da educação ambiental é de suma importância, pois ajuda a moldar a compreensão conceitual e direcionar as ações no mercado de trabalho. Assim, a teoria fornece os alicerces conceituais da sustentabilidade socioeco- nômica e comunitária, com a compreensão dos princípios da interdependência entre as esferas social, econômica e ambiental, enquanto a prática busca atender às necessidades reais e emergentes nas comunidades. Desse modo, ao entrar no mercado de trabalho, profissionais capacitados pela educação ambiental podem aplicar esses conceitos de forma prática, refletindo em tomadas de decisão sustentáveis, gestão eficiente de recursos e a integração de práticas socioeconômicas responsáveis em organizações. Ademais, devido aos problemas do mundo globalizado, os profissionais são desafiados a encontrar soluções criativas que promovam a sustentabilidade, respondendo às demandas da comunidade e do ambiente. Outro ponto importante que necessita da Educação Ambiental é no que diz respeito à sustentabilidade comunitária, pois aborda valores sustentáveis, como ética, responsabilidade social e justiça, que contribuem na orientação no mercado de trabalho, influenciando a cultura organizacional e a forma como as empresasse envolvem com as comunidades. Em termos gerais, a interação dinâmica entre teoria e prática na sustentabili- dade socioeconômica e comunitária destaca a importância da educação ambien- tal como potencializadora para a transformação efetiva no mercado de trabalho, impulsionando profissionais a se tornarem agentes de mudança sustentável, à medida que as instituições reconhecem a importância de práticas sustentáveis para a resiliência e o sucesso a longo prazo. 1 5 4 1. No contexto do desenvolvimento sustentável, a economia local visa alcançar níveis de equidade social, preservação ambiental e o fortalecimento das comunidades. Assim, o fortalecimento da economia local é um dos pilares fundamentais para alcançar um de- senvolvimento sustentável que atenda às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras (CORÁ; HENRIQUE, 2021). Fonte: CORÁ, J.; HENRIQUES, C. O turismo criativo como base para as políticas focadas no desenvolvi- mento sustentável local: O caso de Brasília e do Recife – Brasil. Revista Turismo & Desenvolvimento, 36(1), 367-379, 2021. Nesse cenário, considerando as interações entre economia local e desenvolvimento sus- tentável, é correto afirmar que: a) A economia local, ao priorizar a produção e consumo de bens e serviços no âmbito regional, contribui para a redução das emissões de carbono associadas ao transporte de mercadorias. b) O desenvolvimento sustentável, muitas vezes, requer a integração de práticas econômi- cas globais, prejudicando a autonomia e a resiliência das economias locais. c) A promoção de feiras e mercados locais é uma estratégia eficaz para fortalecer a econo- mia local, proporcionando um ambiente propício para o comércio de produtos regionais. d) O desenvolvimento sustentável, por natureza, tende a gerar desigualdades sociais, visto que as comunidades locais são impactadas de maneira desproporcional pelas mudanças nas práticas econômicas. e) Investimentos em capacitação e empreendedorismo local são essenciais para impulsio- nar a economia regional de forma sustentável, promovendo o desenvolvimento social e econômico. 2. A sustentabilidade socioeconômica e comunitária refere-se à busca de práticas e estraté- gias que equilibram o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente e promovem o bem-estar social em comunidades. Desse modo, essa abordagem busca criar sistemas sustentáveis que atendam às necessidades de um mundo globalizado, com variáveis econômicas, sociais e ambientais que mudam constantemente (SANTOS; PIZZIO; RODRIGUES, 2021). Fonte: SANTOS, L. N. dos; PIZZIO, A.; RODRIGUES, W. Plano de manejo e desenvolvimento: a experiên- cia dos comunitários da Resex do Ciriaco na implementação de projetos. Informe GEPEC, v. 25, n. 1, p. 27–45, 2021. Analise as afirmativas a seguir: I - O desenvolvimento econômico sempre entra em conflito com a preservação ambiental, tornando impossível alcançar a sustentabilidade socioeconômica. AUTOATIVIDADE 1 5 5 II - A sustentabilidade socioeconômica busca integrar princípios ambientais, sociais e eco- nômicos para promover um desenvolvimento equilibrado. III - Comunidades sustentáveis são aquelas que priorizam exclusivamente o crescimento econômico, ignorando aspectos sociais e ambientais. IV - A sustentabilidade socioeconômica é um conceito ultrapassado e não se aplica aos desafios contemporâneos. V - A participação comunitária é essencial para o sucesso de iniciativas de sustentabilidade socioeconômica, garantindo que as soluções atendam às necessidades locais. Selecione a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) II e V apenas. 3. No contexto contemporâneo, a busca por sustentabilidade socioeconômica tem se desta- cado como um imperativo para o desenvolvimento equitativo das sociedades. Além disso, a integração de práticas que conciliam o progresso econômico com a promoção da justiça social e a preservação ambiental vem se tornando cada vez mais desafios do mudo con- temporâneo (PENSO-CAMPOS; SILVEIRA; PÉRICO, 2022). Fonte: PENSO-CAMPOS, J. M.; SILVEIRA, E. F. da; PÉRICO, E. Análise espaço-temporal da sustentabilidade nos municípios da região costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Gestão e Desen- volvimento Regional, 18, 2022. Nesse contexto, é correto o que se afirma em: a) A sustentabilidade socioeconômica visa garantir o crescimento econômico contínuo, priorizando as necessidades presentes em detrimento das futuras. b) A inclusão social e a equidade são elementos centrais da sustentabilidade socioeconô- mica, buscando reduzir disparidades e promover oportunidades para todos os estratos da sociedade. c) A maximização dos lucros das empresas é o principal indicador de sustentabilidade socioeconômica, uma vez que contribui diretamente para o fortalecimento da economia. d) A exploração descontrolada de recursos naturais é uma prática alinhada com os princí- pios da sustentabilidade socioeconômica, pois gera empregos e estimula o crescimento econômico. e) A implementação de políticas públicas que promovam a economia circular é uma estra- tégia eficaz para alcançar a sustentabilidade socioeconômica, reduzindo o desperdício e incentivando práticas mais eficientes. AUTOATIVIDADE 1 5 1 REFERÊNCIAS CORÁ, J.; HENRIQUES, C. O turismo criativo como base para as políticas focadas no desenvolvi- mento sustentável local: O caso de Brasília e do Recife – Brasil. Revista Turismo & Desenvolvi- mento, 36(1), 367-379, 2021. HAYASHI, C. et al. Community radios as tools in non-formal education, subsidizing environmental education in peripheral urban regions. Research, Society and Development, v. 10, n. 11, 2021. PEIXOTO, V. de M. et al. Participação e avaliação de projetos de educação ambiental nos muni- cípios limítrofes à bacia petrolífera de Campos (RJ). Revista Brasileira de Educação Ambiental, 17(5), 239–262, 2022. PENSO-CAMPOS, J. M.; SILVEIRA, E. F. da; PÉRICO, E. Análise espaço-temporal da sustentabilidade nos municípios da região costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 18, 2022. PORTO, N. P.; PROENÇA, A. R. G. B. (2019). Análise socioeconômica do turismo comunitário na Comunidade Indígena Nova Esperança, RDS Puranga Conquista (AM). Revista Brasileira de Ecoturismo, 12(4), 2019. SANTOS, L. N. dos; PIZZIO, A.; RODRIGUES, W. Plano de manejo e desenvolvimento: a experiên- cia dos comunitários da Resex do Ciriaco na implementação de projetos. Informe GEPEC, v. 25, n. 1, p. 27–45, 2021. SILVA MAIA, A. F.; LEITE, F. W. B. (2022). Financiamento ao desenvolvimento alinhado aos ODS da ONU: a reorientação estratégica do BDMG. Revista Tempo do Mundo, (29), 271-294. SOUSA, O. S.; SOUSA, L. B. Concreto com conchas de mariscos: etnomatemática e construção civil, sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação, v. 3, n. Especial, p. 123-141, 23 nov. 2021. ZMYSLOWSKI, C. T. et al. Parcerias público-privadas em unidades de conservação ameaçam o turismo de base comunitária e a sustentabilidade de comunidades tradicionais. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 10(3), 293–316, 2021. 1 5 1 1. Opção E. Os investimentos em capacitação e empreendedorismo local são essenciais para impulsionar a economia regional de forma sustentável, promovendo o desenvolvimento social e econômico. Sendo assim, essa abordagem fortalece a economia regional e contri- bui para a criação de empregos, a melhoria da qualidade de vida e a promoção de práticas econômicas sustentáveis. 2. Opção E. Afirmativa II: a sustentabilidade socioeconômica visa equilibrar princípios ambien- tais, sociais e econômicos para promover um desenvolvimento sustentável que atenda às necessidades presentes e futuras. Afirmativa IV: a participação comunitária é fundamental para o sucesso de iniciativas sustentáveis, garantindo que as soluções se alinhem com as necessidadese valores locais. Além disso, a participação comunitária envolve a colaboração ativa dos membros da comunidade no processo de tomada de decisões e na implementa- ção de iniciativas sustentáveis. Isso garante que as soluções propostas sejam sensíveis às necessidades específicas da comunidade. 3. A alternativa D está alinhada com os princípios da sustentabilidade socioeconômica ao des- tacar a importância da economia circular como estratégia eficaz. Já as demais alternativas apresentam interpretações equivocadas ou contrárias aos princípios da sustentabilidade socioeconômica, pois não abordam a necessidade de garantir a qualidade de vida para as futuras gerações, reforçando a importância de abordagens que promovam a sustentabili- dade a longo prazo. GABARITO 1 5 8 MINHAS ANOTAÇÕES 1 5 9 MINHAS METAS EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA MULTIDIMENSIONAL PARA A SUSTENTABILIDADE Compreender os princípios fundamentais da inovação verde e como ela pode ser poten- cializada por meio da Educação Ambiental. Analisar as soluções inovadoras sob a ótica verde em contextos urbanos. Identificar os desafios ambientais específicos enfrentados em ambientes urbanos. Abordar estratégias de educação ambiental podem contribuir para a economia circular. Compreender os conceitos de economia circular na avaliação de práticas comerciais sustentáveis. Compreender os elementos fundamentais da cadeia de suprimentos sustentáveis. Compreender as estratégias educacionais para envolver stakeholders na criação de cadeias de suprimentos sustentáveis. Sintetizar informações sobre o impacto ambiental positivo de práticas sustentáveis na cadeia de suprimentos. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9 1 1 1 INICIE SUA JORNADA A Educação Ambiental apresenta-se como uma estratégia multidimensional para a sustentabilidade, pois analisa os desafios complexos que demandam reflexão e ação. Assim, a problematização inicia-se ao considerar as crescentes ameaças ao Meio Ambiente e a necessidade de abordagens integradas sobre problemas ambientais. Além disso, observa-se que a falta de consciência ambiental e práticas sustentáveis resultam em problemas de curto, médio e longo prazo. Nesse contexto, as estratégias multidimensionais para a sustentabilidade tra- zem a ideia de transmissão de informações de forma dinâmica e educativa no sentido de empoderar pessoas e comunidades. Afinal, as estratégias utilizadas são adaptadas para promover uma compreensão holística das interconexões entre ação humana e ecossistemas. Por isso, ao integrar conhecimentos científicos, valo- res éticos e práticas do dia a dia, a Educação Ambiental se desenvolve em um ce- nário de transformação e direcionador de escolhas mais conscientes e sustentáveis. Nessa linha, experimentar possibilidades permite que os envolvidos na Edu- cação Ambiental vivenciem os impactos de suas ações no ambiente, promovendo uma conexão emocional e um comprometimento mais profundo com a susten- tabilidade, consolidando o conhecimento teórico e as atividades práticas. Diante disso, cabe refletirmos sobre o ciclo da Educação Ambiental como estratégia multidimensional, afinal ela busca proporcionar momentos de con- templação sobre as experiências vividas, internalizando aprendizados e repen- sando ações e atitudes. Ademais, é nesse processo que a Educação Ambiental se reinventa continuamente, adaptando-se às dinâmicas ambientais e sociais em constante mudança. E então, preparado para compreender as tratativas sobre Educação Ambiental como Estratégia Multidimensional para a Sustentabilidade? Vamos começar? Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema “Educação ambien- tal para stakeholders na cadeia de suprimentos”, em que abordamos ações que estimulem a continuidade do aprendizado, proporcionando uma fonte contínua de informações relevantes e inspiradoras sobre Educação Ambiental na cadeia de suprimentos. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem. PLAY NO CONHECIMENTO UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 9 DESENVOLVA SEU POTENCIAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INOVAÇÃO VERDE A inovação verde configura-se como uma abordagem transformadora que tem como foco buscar soluções sustentáveis que equilibram o desenvolvimento econô- mico com a preservação ambiental. Esse formato de inovação transcende a adapta- ção de práticas existentes, propondo novas abordagens que reduzem os impactos negativos e contribuem ativamente para os ecossistemas (COSTA et al., 2020). Nessa dinâmica, a inovação verde sob a ótica da Educação Ambiental pode ser abordada dentro dos seguintes elementos (COSTA et al., 2020): VAMOS RECORDAR? Para recordar e aprofundar o tema de Educação Ambiental como Estratégia Multidimensional para a Sustentabilidade, leia o artigo intitulado: “Inovação e sustentabilidade em pequenas empresas: um estudo com participantes do programa agentes locais de inovação em Rondônia (Brasil)”. Acesse: https://reunir.revistas.ufcg.edu.br/index.php/uacc/article/view/685. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ADAPTADA ÀS EMPRESAS: nessa dinâmica se busca explorar como as empresas podem integrar programas de Educação Ambiental para fomentar a inovação verde entre seus colaboradores, investi- gando as melhores práticas sustentáveis após implementarem programas educacionais. INCUBADORAS DE INOVAÇÃO VERDE: as incubadoras funcionam nas premissas de criação de programas de apoio para impulsionar startups e projetos voltados para a inovação verde. Para isso, as empresas devem investigar projetos de sucesso que surgiram desses ambientes de inovação e adaptarem as suas atividades diárias. 1 1 1 Diante desses pontos, ao abordar os elementos é importante sempre oferecer uma análise abrangente da relação entre Educação Ambiental e inovação verde, destacando os sucessos, desafios e as oportunidades para avançar em direção a práticas mais sustentáveis. TECNOLOGIAS SUSTENTÁVEIS: é muito importante sob a ótica de inovação verde, pensar como a Educação Ambiental pode inspirar e motivar o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que tenham impactos positivos no meio ambiente. Nesse contexto, se deve investigar casos de empresas ou startups que surgiram a partir de uma mentalidade educacional voltada para a sustentabilidade. DESIGN SUSTENTÁVEL: buscar sempre influenciar profissionais de design a incorporar práticas sustentáveis em seus projetos, seja por meio de análise de casos de produtos ou designs que fo- ram influenciados por uma abordagem educacional voltada para a sustentabilidade. DESAFIOS E BARREIRAS NA INOVAÇÃO VERDE: indica-se fazer a verificação dos desafios enfrentados por empreendedores e pesqui- sadores na área de inovação verde, por meio do diagnóstico de como a Educação Am- biental consegue superar as barreiras, promovendo uma mentalidade mais favorável à inovação sustentável. PARCERIAS ACADÊMICAS E INDUSTRIAIS: buscam parcerias entre instituições acadêmicas e empresas para impulsionar a pes- quisa e o desenvolvimento de soluções inovadoras para desafios ambientais. IMPACTO DA INOVAÇÃO VERDE NA CONSCIENTIZAÇÃO: na inovação verde é importante buscar projetos e tecnologias inovadoras que for- neçam uma maior conscientização pública sobre questões ambientais. Para isso, é importante avaliar como a Educação Ambiental pode ser promovida por meio da divulgação de iniciativas de inovação verde e seu impacto positivo na sociedade. UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 9 Além disso, a inovação verde refere-se a novas tecnologias, proces- sos, produtos ou modelos de negócios que têm como objetivo principal promover a sustentabilidade ambiental, reduzindo o impacto negativo no meio ambiente e contribuindo para a transição para uma economia mais verde e eficiente em recursos. Como exemplo podemos destacar as o transporte sustentável, por meio dos veículos elétricos, que são auto- móveis, ônibus e bicicletas elétricas que ajudam a reduzir as emissões de carbono e a poluição do arnas cidades. 1 1 4 Desse modo, cabe apontar a capacidade da Educação Ambiental em inspirar mu- danças importantes de atitude e comportamento. Por meio de programas educa- cionais bem-sucedidos se consegue fornecer conhecimentos sólidos sobre questões ambientais e incentivar uma compreensão holística dos desafios socioambientais. Também é possível promover a adoção de práticas mais sustentáveis. Ademais, o engajamento ativo da comunidade, o surgimento de líderes cons- cientes e o desenvolvimento de projetos locais bem-sucedidos são potencializa- dores dos impactos positivos alcançados. Como a integração da Educação Ambiental com a inovação verde pode possibili- tar mudanças sociais, tanto na promoção de práticas sustentáveis, quanto na for- mação de uma mentalidade voltada para soluções inovadoras frente aos desafios ambientais contemporâneos? PENSANDO JUNTOS EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO CONTEXTO URBANO O crescimento dos centros urbanos vem se tornando cada vez mais acelerado e isso é uma realidade que impacta o meio ambiente, gerando uma gama de desa- fios ambientais e sociais. Além disso, esse crescimento implica muitos casos em uma transformação irreversível de ecossistemas naturais, seja na substituição de locais verdes por estruturas urbanas, seja na perda de biodiversidade, degradação do solo e alterações nos ciclos hidrológicos (COSTA et al., 2020). Outro ponto de suma importância para comentarmos é no que diz respeito ao crescimento populacional nas áreas urbanas que vem gerando cada vez mais demandas por recursos naturais, como água, energia e matéria-prima. Associado a esses pontos, temos também a exploração desenfreada dos recursos que vêm criando um cenário de escassez, poluição e perda da qualidade dos ecossistemas. Assim, temos o grande desafio de encontrar um equilíbrio sustentável que satisfaça as necessidades urbanas sem comprometer os recursos naturais e a qua- lidade de vida. Assim, pensando em conciliar essas variáveis com o desenvolvi- mento sustentável, a Educação Ambiental surge como ferramenta transforma- dora dos contextos urbanos. UNIASSELVI 1 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 9 Nessa linha, para compreendermos um pouco melhor essas iniciativas de trans- formação, podemos considerar algumas alternativas em prol da sustentabilidade: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS: a Educação Ambiental possibilita o suporte para investigar como os programas podem influenciar práticas de gestão de resíduos em ambientes urbanos. Dentre as alternati- vas podemos citar as iniciativas de redução, reciclagem e reutilização de resíduos nas cidades. QUALIDADE DO AR: buscar mecanismos de como a Educação Ambiental pode aumentar a conscientiza- ção sobre a qualidade do ar nas cidades e incentivar ações para reduzir a poluição atmosférica. Para isso, se devem buscar projetos que abordam a relação entre mobili- dade urbana e qualidade do ar. PARQUES URBANOS: a Educação Ambiental pode ser integrada ao design e gestão de parques urbanos, promovendo a conscientização sobre ecossistemas urbanos e a importância da biodiversidade nas cidades. Afinal, atualmente, muitos centros urbanos incorporam o planejamento de parques urbanos com princípios sustentáveis. ESCOLAS URBANAS: buscar parcerias com as escolas para integrar a prática da Educação Ambiental no currículo escolar em ambientes urbanos, trazendo questões específicas, como a cone- xão entre os estudantes e seus ambientes urbanos. AGRICULTURA URBANA: a Educação Ambiental pode promover a agricultura urbana como uma prática sus- tentável nas cidades, por meio de projetos que incentivam a produção de alimentos localmente em áreas urbanas. 1 1 1 Com base nessas alternativas em prol da sustentabilidade, verifica-se que a Edu- cação Ambiental e o crescimento dos centros urbanos devem caminhar juntos, para que se consiga trabalhar desafios específicos enfrentados nas áreas urbanas, promovendo práticas mais sustentáveis e uma maior conscientização ambiental (SAPIENZA; PANDOLFI, 2019). EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ECONOMIA CIRCULAR Você sabe o que é economia circular? MOBILIDADE SUSTENTÁVEL: adotar transportes mais sustentáveis nas áreas urbanas, por meio da exploração de programas educacionais que visam transformar atitudes em relação ao uso de trans- porte público, bicicletas e carros elétricos. DESENVOLVIMENTO URBANO: nesses elementos, indicam-se analisar casos de cidades que implementaram es- tratégias educacionais para orientar seu crescimento de maneira mais sustentável, investigando como a Educação Ambiental pode moldar políticas e práticas de desen- volvimento urbano sustentável. UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 9 A economia circular emerge como uma resposta inovadora e necessária aos desa- fios ambientais e sociais associados ao modelo econômico, pois conceitualmente aborda a reutilização e reparo. Assim, nessa dinâmica se pode pensar em negócios baseados em compartilhamento que promovem a responsabilidade do fabricante por todo o ciclo de vida do produto, incentivando a eficiência e a sustentabilidade (COSTA et al., 2020). A economia circular tem raízes históricas que remontam à prática milenar da reciclagem, momento em que as civilizações antigas tinham sistemas rudimen- tares de coleta e reciclagem de materiais, como metal e vidro. Tal abordagem reflete uma mentalidade circular, na qual os recursos eram reutilizados para mi- nimizar o desperdício. APROFUNDANDO Nesse sentido, além das vantagens ambientais, a economia circular traz oportu- nidades econômicas e sociais, que incorpora a redução de resíduos e contribui para a redução dos impactos ambientais, enquanto a criação de empregos em seg- mentos como reparo, reciclagem e remanufatura alavanca a economia sustentável. Afinal, em um mundo globalizado, em que se necessita de uma maior consciência acerca dos limites dos recursos, a economia circular se desenvolve como resposta promissora, oferecendo soluções práticas (LAYRARGUES; TORRES, 2022). Como exemplos de condutas na Economia Circular como respaldo da edu- cação ambienta, podemos mencionar a reciclagem, em que os materiais recu- perados são reintegrados à cadeia, evitando a extração incessante de recursos naturais (LAYRARGUES; TORRES, 2022). Outra ação é no sentido da reutilização e o reparo, pilares da Economia Circular, que são promovidos pela Educação Ambiental. Assim, pessoas bem abastecidas de informações sobre os impactos positivos da reutilização e reparo, tornam-se agentes ativos na promoção dessas práticas. Diante do exposto, cabe destacarmos que a interseção entre Educação Am- biental e economia circular representa uma abordagem importante no alcance de soluções sustentáveis diante dos desafios ambientais, pois a Educação Ambiental ajuda a conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação ambien- 1 1 8 tal e incentivar a adoção de práticas sustentáveis, enquanto a Economia Circu- lar é uma resposta estratégica para transformar esses ideais em ações tangíveis (LAYRARGUES; TORRES, 2022). EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CADEIA DE SUPRIMENTOS SUSTENTÁVEL Explorar a interseção entre Educação Ambiental e cadeia de suprimentos susten- tável é de suma importância no desenvolvimento de práticas mais conscientes e responsáveis nas atividades de todas as partes interessadas. Assim, para conhe- cermos as frentes de trabalho que podem ocorrer nessa interseção, destacamos, conforme Lima, Costa e Pereira (2020): ■ Conscientização e capacitação: a Educação Ambiental pode atuar aumentando a conscientização e capacitando os profissionais da ca- deia de suprimentos a adotarem práticas mais sustentáveis. ■ Desenvolvimento de habilidades: nessa frente é de suma im- portância se atentar para programas educacionais que buscam aprimorar as habilidades de tomada de decisão, análise de riscos e implementação de práticas sustentáveis na gestão da cadeia de suprimentos. ■ Engajamento dos fornecedores: buscar meios educacionais para envolver e capacitar os fornecedores naadaptação de práticas sus- tentáveis, promovendo assim uma compreensão compartilhada. ■ Compartilhamento de práticas: analisar como os preceitos da Educação Ambiental podem facilitar o compartilhamento de prá- ticas sustentáveis entre as empresas na cadeia de suprimentos. ■ Avaliação de desempenho: explorar como a Educação Ambiental pode influenciar a criação e implementação de métricas de desem- penho sustentável na gestão da cadeia de suprimentos. Analisar mé- todos de avaliação que consideram não apenas eficiência econômica, mas também impactos ambientais e sociais. UNIASSELVI 1 1 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 9 ■ Liderança: investigar como a Educação Ambiental pode contribuir para o desenvolvimento de líderes capazes de promover mudanças sustentáveis no gerenciamento da cadeia de suprimentos. ■ Inovação educacional: explorar como inovações na educação, como o uso de tecnologias educacionais, podem ser aplicadas para promover a sustentabilidade na cadeia de suprimentos. Adicionalmente a esses pontos, é importante frisar que a educação capacita os profissionais da cadeia de suprimentos a tomar decisões mais informadas e sus- tentáveis, abrangendo a seleção de materiais, métodos de produção, embalagens e opções de transporte. Por conta disso, profissionais educados ambientalmente são mais propensos a considerar o ciclo de vida dos produtos e a buscar alter- nativas que minimizem impactos negativos ao longo da cadeia de suprimentos. Diante desses pontos, ao integrar a Educação Ambiental à cadeia de supri- mentos, as organizações não apenas avançam em direção à sustentabilidade, mas também contribuem para a construção de uma cultura empresarial que valoriza a responsabilidade ambiental e social. Para que você possa entender melhor a interação entre a Educação Ambiental e a Cadeia de Suprimentos, deixo o vídeo intitulado: ”Cadeia de fornecimento sus- tentável: 10 tendências de sustentabilidade”. Acesse: https://www.youtube.com/ watch?v=NzMVPr6fhog&t=83s. EU INDICO A conscientização promovida pela Educação Ambiental permeia cada nível da cadeia de suprimentos, capacitando profissionais e stakeholders a compreen- derem os impactos de suas decisões sobre o meio ambiente. Tal consciência estimula a tomada de decisões mais responsáveis e promove uma cultura de sustentabilidade que transcende fronteiras organizacionais. 1 1 1 Já a tomada de decisões sustentáveis na cadeia de suprimentos não é apenas uma escolha ética, mas também um investimento estratégico, afinal, a eficiência operacional resultante da otimização de processos, a redução de desperdícios e o uso eficiente de recursos contribuem para a preservação ambiental e agregam valor econômico. Além disso, a Educação Ambiental abre espaço para a inovação e adaptação contínuas, pois profissionais educados ambientalmente são mais propensos a buscar soluções inovadoras, alinhando a cadeia de suprimentos com as demandas de um mundo em constante evolução. Assim, a reflexão sobre Educação Ambiental e Cadeia de Suprimentos Sus- tentáve responde aos desafios ambientais contemporâneos, oferecendo oportuni- dades para a construção de um futuro mais equitativo, eficiente e ambientalmente consciente. Por conta disso, ao adotar práticas educacionais ambientais em toda a cadeia de suprimentos, se está transformando processos, e construindo uma mentalidade coletiva voltada para a sustentabilidade e a preservação do nosso planeta para as gerações futuras. Estudante! Para expandir seus conhecimentos sobre o assunto abordado, gosta- ríamos de indicar a aula que preparamos especialmente para você. Acreditamos que essa aula irá complementar e aprofundar ainda mais o seu entendimento so- bre o tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente vir- tual de aprendizagem. EM FOCO UNIASSELVI 1 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 9 NOVOS DESAFIOS A conexão entre teoria e prática na Educação Ambiental como Estratégia Multi- dimensional para a Sustentabilidade ajuda a preparar profissionais capacitados e engajados em promover práticas sustentáveis no mercado de trabalho. Nessa dinâmica, a teoria, muitas vezes, adquirida por meio programas formais ou informais, fornece o conhecimento sobre os princípios da sustentabilidade e estratégias multidimensionais na Educação Ambiental. Complementarmente, a prática surge por meio de programas de formação profissional e capacitação que proporcionam experiências práticas, simulações e estudos de caso e demais meios de aprendizado. Assim, para integração os profissionais com uma compreensão sólida da Educação Ambiental podem atuar na adaptação de ações sustentáveis nas em- presas, envolvendo programas de conscientização ambiental, estratégias de eco- nomia de recursos e a promoção de uma cultura organizacional voltada para a sustentabilidade. Outro ponto importante relacionado às estratégias multidimensionais, é que profissionais especializados conseguem analisar, aconselhar e implementar prá- ticas sustentáveis em uma variedade de setores, auxiliando as organizações na adoção de abordagens sustentáveis em qualquer cadeia de suprimentos. Diante desses pontos, cabe apontarmos que as iniciativas de aprendizado con- tínuo proporcionam oportunidades para os profissionais aplicarem e adaptarem os conceitos aprendidos à dinâmica específica das partes interessadas, tornando todos aptos a enfrentar os desafios ambientais contemporâneos. 1 1 1 1. No cenário contemporâneo, as incubadoras de inovação verde têm emergido como catali- sadoras fundamentais para o desenvolvimento de soluções sustentáveis. Além disso, essas incubadoras desempenham um papel crucial ao fornecer suporte estratégico, recursos e networking para startups e empreendimentos focados em iniciativas ambientais (SEVERO; DORION; GUIMARÃES, 2020). Fonte: SEVERO, E. A.; DORION, E. C. H.; GUIMARÃES, J. C. F. de. Hélices holísticas de inovação e eco inova- ção: drivers para o desenvolvimento sustentável. Revista Gestão e Desenvolvimento, 17(2), 57–81, 2020. Considerando esse contexto, é correto o que se afirma em: a) As incubadoras de inovação verde buscam promover exclusivamente projetos voltados para a preservação da biodiversidade. b) A colaboração entre startups, empresas consolidadas e instituições de pesquisa é uma característica comum das incubadoras de inovação verde. c) O papel das incubadoras de inovação verde está limitado ao financiamento de startups, sem oferecer suporte técnico ou networking. d) A inovação verde visa apenas a redução de custos para as empresas, sem considerar seu impacto social e ambiental. e) As incubadoras de inovação verde são exclusivas de grandes centros urbanos, não al- cançando áreas rurais ou comunidades remotas. 2. A Educação Ambiental é reconhecida como uma ferramenta que traz a ação em prol da sustentabilidade, informando sobre questões ambientais, abrangendo dimensões sociais, econômicas e culturais e tornando-se uma estratégia multidimensional para enfrentar os desafios contemporâneos (BEZERRA; LIMA, 2020). Fonte: BEZERRA, C. de L.; LIMA, D. de J. KAHOOT: uma ferramenta didático-pedagógica para o ensino de educação ambiental. Revista Encantar, v. 2, p. 01–12, 2020. Em relação à Educação Ambiental como estratégia multidimensional para a sustentabilidade, analise as afirmativas a seguir: I - A Educação Ambiental foca exclusivamente na transmissão de conhecimento sobre questões ambientais, sem considerar suas implicações sociais e econômicas. II - A abordagem multidimensional da Educação Ambiental envolve a integração de as- pectos sociais, econômicos e culturais, visando a uma compreensão holística da sus- tentabilidade. III - A Educação Ambiental é uma estratégia isolada, incapaz de promover mudanças efetivas de comportamento em direção à sustentabilidade. AUTOATIVIDADE 1 1 1 IV - A dimensão cultural da Educação Ambiental diz respeito apenas às tradições locais, sem considerar a diversidade cultural global. V - A EducaçãoAmbiental como estratégia multidimensional contribui para a formação de cidadãos conscientes, capazes de participar ativamente na construção de sociedades mais sustentáveis. Selecione a alternativa que contém as afirmativas corretas: a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) II e V apenas. 3. No contexto do desenvolvimento urbano sustentável, a economia circular emerge como uma abordagem inovadora, visando transformar o modo como os recursos são produzidos, consumidos e descartados nas cidades. Tal transição para um modelo circular busca mi- nimizar o desperdício, promover a eficiência no uso de recursos e criar ambientes urbanos mais resilientes (ARAÚJO, 2022). Fonte: ARAÚJO, C. S. de. Economia circular urbana como recurso para uma cidade circular: um estudo bibliométrico. Revista Produção e Desenvolvimento, 8 (1), 2022. Considerando esse cenário, é correto o que se afirma em: a) A economia circular na perspectiva do desenvolvimento urbano está restrita à gestão de resíduos sólidos. b) A economia circular, ao promover a reutilização de materiais, não contribui para a geração de empregos no contexto urbano. c) A implantação de práticas circulares nas cidades reduz a dependência de recursos na- turais finitos. d) A economia circular é incompatível com o crescimento econômico das cidades, uma vez que prioriza a minimização do consumo. e) A participação ativa da comunidade é dispensável na promoção da economia circular no desenvolvimento urbano. AUTOATIVIDADE 1 1 4 REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, R.; SANTOS, M.; MAIA, R. Estratégias para educação ambiental sobre o ecos- sistema manguezal na educação básica. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(5), 115– 133, 2021. ARAÚJO, C. S. de. Economia circular urbana como recurso para uma cidade circular: um estudo bibliométrico. Revista Produção e Desenvolvimento, 8 (1), 2022. BEZERRA, C. de L.; LIMA, D. de J. KAHOOT: uma ferramenta didático-pedagógica para o ensino de educação ambiental. Revista Encantar, v. 2, p. 01–12, 2020. COSTA, M. J. M. et al. Educação ambiental e patrimonial: perspectivas e contribuições para a pre- servação do patrimônio natural e desenvolvimento da área Itaqui-Bacanga em São Luís – MA. Revista CPC, 15(29), 96-123, 2020. LAYRARGUES, P. P.; TORRES, A. B. F. Por uma educação menos seletiva: reciclando conceitos em educação ambiental e resíduos sólidos. Revista Brasileira De Educação Ambiental, 17(5), 33–53, 2022. LIMA, V. A.; COSTA, E. da S.; PEREIRA, R. da S. Inovação e sustentabilidade em pequenas em- presas: um estudo com participantes do programa agentes locais de inovação em Rondônia (Brasil). Revista de Administração Contabilidade e Sustentabilidade, 10(1), 43-54. 2020. SAPIENZA, R.; PANDOLFI, M. A. C. Responsabilidade social e sustentabilidade como estratégias das empresas. Revista Interface Tecnológica, v. 16, n. 1, p. 327–336, 2019. SEVERO, E. A.; DORION, E. C. H.; GUIMARÃES, J. C. F. de. Hélices holísticas de inovação e eco ino- vação: drivers para o desenvolvimento sustentável. Revista Gestão e Desenvolvimento, 17(2), 57–81, 2020. 1 1 5 1. A alternativa B é verdadeira, pois a colaboração entre startups, empresas consolidadas e instituições de pesquisa é uma característica distintiva das incubadoras de inovação verde. Essa sinergia promove o compartilhamento de conhecimento, recursos e experiências, impulsionando o desenvolvimento de soluções sustentáveis de forma abrangente. As demais afirmativas são falsas, pois as incubadoras de inovação verde não se limitam à preservação da biodiversidade e buscam impacto social e ambiental positivo. 2. Opção E. Afirmativa II: a abordagem multidimensional da Educação Ambiental integra aspec- tos sociais, econômicos e culturais, proporcionando uma compreensão holística dos desafios e soluções para a sustentabilidade. Afirmativa V: a Educação Ambiental como estratégia multidimensional contribui para a formação de cidadãos conscientes, capacitando-os a desempenhar um papel ativo na construção de sociedades mais sustentáveis. Além disso, a Educação Ambiental não se limita à transmissão de informações sobre questões ambientais, mas busca desenvolver a consciência ambiental dos indivíduos, incluindo uma compreensão profunda dos desafios e das interconexões entre o meio ambiente, a sociedade e a economia. 3. Opção C. A alternativa é verdadeira, uma vez que a implantação de práticas circulares nas cidades visa reduzir a dependência de recursos naturais finitos. Assim, a economia circular promove a reutilização, reciclagem e recuperação de materiais, contribuindo para a con- servação de recursos e a mitigação dos impactos ambientais associados à extração de matérias-primas. As demais alternativas são falsas, pois a economia circular na perspectiva do desenvolvimento urbano vai além da gestão de resíduos sólidos e não é incompatível com o crescimento econômico das cidades. GABARITO 1 1 1e profunda das questões am- bientais. Afinal, a interdisciplinaridade aborda a complexidade dos problemas ambientais, considerando fatores biológicos, sociais, econômicos e políticos (LEAL, 2021). Fonte: LEAL, J. L. P. Educação ambiental e abordagem em CTSA: estudo da potencialidade educacional de protótipo fotovoltaico em comunidade pesqueira. Revista Comunicação Universitária, v. 1, n. 1, 2021. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta: a) A interdisciplinaridade na Educação Ambiental não é necessária, uma vez que as disci- plinas tradicionais já abordam de forma satisfatória as questões ambientais. b) A interdisciplinaridade na Educação Ambiental é importante apenas para estudantes que desejam seguir carreiras ambientais, não sendo relevante para a formação de cidadãos comuns. c) A interdisciplinaridade na Educação Ambiental é uma abordagem que se limita à teoria, sem aplicação prática real na solução dos problemas ambientais. d) A interdisciplinaridade na Educação Ambiental é fundamental para abordar a comple- xidade dos impactos ambientais positivos, considerando diferentes perspectivas e co- nhecimentos de diversas disciplinas. e) A interdisciplinaridade na Educação Ambiental é fundamental para abordar a complexi- dade dos problemas ambientais, considerando diferentes perspectivas e conhecimentos de diversas disciplinas. 2. A ética ambiental tem se tornado uma preocupação crescente na sociedade contempo- rânea, à medida que as questões relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade ganham destaque. No entanto, a reflexão sobre o comportamento ético em relação ao ambiente natural não é um conceito novo, pois a filosofia ambiental e a ética ambiental se desenvolveram ao longo do tempo, influenciadas por diversos pensadores, correntes filosóficas e movimentos sociais (MATA et al., 2020). Fonte: MATA, H. T. C. et al. A ética ambiental e o desenvolvimento sustentável. Environmental Ethics and Sustainable Development. Brazil. J. Polit. Econ. 22 (1), 2020. Nesse contexto, qual é o principal enfoque da ética ambiental? AUTOATIVIDADE 1 1 a) A ética ambiental se concentra exclusivamente na preservação de habitats naturais in- tocados. b) A ética ambiental está centrada na promoção da superioridade dos seres humanos em relação à natureza. c) A ética ambiental está centrada na promoção da superioridade dos seres humanos em relação à tecnologia. d) A ética ambiental se limita a questões econômicas relacionadas à exploração de recursos naturais. e) A ética ambiental aborda a questão de como os seres humanos devem se relacionar com o ambiente natural que os cerca. 3. A Educação Ambiental é um campo de estudo e prática que tem evoluído ao longo do tempo, especialmente, no século XXI, um período marcado por desafios ambientais globais, como as mudanças climáticas, perda de biodiversidade e degradação do meio ambiente. A educação ambiental, no século XXI, assume um papel na conscientização, mobilização e capacitação das gerações atuais e futuras para lidar com esses desafios (CASTRO; SILVA; CASTRO, 2020). Fonte: CASTRO, E. M. N. V. de; SILVA, E. R. da; CASTRO, K. N. V. de (2020). Educação Ambiental para além do capital: um desafio do século XXI. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 15(4), 507–527. Qual é o principal enfoque da Educação Ambiental no século XXI? a) A Educação Ambiental no século XXI visa, principalmente, à promoção de um estilo de vida consumista. b) A Educação Ambiental do século XXI não se preocupa com a interconexão entre a hu- manidade e o meio ambiente. c) A Educação Ambiental no século XVI estava focada na industrialização e na exploração de recursos naturais. d) A Educação Ambiental do século XXI está voltada exclusivamente para a conservação de áreas selvagens. e) No século XXI, a Educação Ambiental deve promover uma compreensão profunda da interconexão entre a humanidade e o meio ambiente, bem como a urgência de agir de forma sustentável. AUTOATIVIDADE 1 1 REFERÊNCIAS AGUDO, M. de M.; TOZONI-REIS, M. F. de C. A educação ambiental histórico-crítica: uma constru- ção coletiva. Nuances: estudos sobre educação, Presidente Prudente, v. 31, n. esp.1, p. 143–159, 2020. CASTRO, E. M. N. V. de; SILVA, E. R. da; CASTRO, K. N. V. de (2020). Educação Ambiental para além do capital: um desafio do século XXI. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 15(4), 507–527. GRANDISOLI, E.; CURVELO, E. C.; NEIMAN, Z. Políticas públicas de educação ambiental: história, formação e desafios. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(6), 321–347, 2021. LAYRARGUES, P. P.; TORRES, A. B. F. (2022). Por uma educação menos seletiva: reciclando con- ceitos em educação ambiental e resíduos sólidos. Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 17(5), 33–53. LEAL, J. L. P. Educação ambiental e abordagem em CTSA: estudo da potencialidade educacio- nal de protótipo fotovoltaico em comunidade pesqueira. Revista Comunicação Universitária, v. 1, n. 1, 2021. MARQUES, W. R. A.; RIOS, D. L.; ALVES, K. dos S. A percepção ambiental na aplicação da Edu- cação Ambiental em escolas. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 17(2), 527–545, 2022. MATA, H. T. C. et al. A ética ambiental e o desenvolvimento sustentável. Environmental Ethics and Sustainable Development. Brazil. J. Polit. Econ. 22 (1), 2020. 1 1 1. Opção E, pois reflete a importância da interdisciplinaridade na Educação Ambiental, que é fundamental para abordar a complexidade dos problemas ambientais, considerando diferentes perspectivas e conhecimentos de diversas disciplinas. Além disso, ela promove uma compreensão mais abrangente e profunda das questões ambientais, capacitando os estudantes a enfrentar os desafios ambientais de forma mais eficaz. 2. Opção E. A ética ambiental aborda a questão de como os seres humanos devem se relacio- nar com o ambiente natural que os cerca, se concentrando na questão de como os seres humanos devem se relacionar com o ambiente natural que os cerca. Além disso, ela não se limita a questões econômicas ou à promoção da superioridade dos seres humanos em relação à natureza, mas envolve uma reflexão sobre a responsabilidade moral dos seres humanos em relação ao meio ambiente e à promoção da sustentabilidade. 3. Opção E. No século XXI, a Educação Ambiental deve promover uma compreensão profunda da interconexão entre a humanidade e o meio ambiente, bem como a urgência de agir de forma sustentável, devendo ir além da simples transmissão de informações e se concentrar na promoção de uma compreensão profunda da interconexão entre a humanidade e o meio ambiente, bem como na urgência de agir de forma sustentável. GABARITO 1 1 MINHAS METAS EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL À LUZ DA LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS Identificar as principais leis e regulamentos relacionados à Educação Ambiental no con- texto do país. Reconhecer as políticas públicas relevantes que impactam a evolução da Educação Ambiental. Compreender os objetivos das leis e políticas públicas relacionadas à Educação Ambiental. Descrever as principais alterações na legislação e políticas públicas que impactam a Educação Ambiental ao longo do tempo. Analisar a legislação ambiental e seu efeito na prática da Educação Ambiental. Verificar estratégias de Educação Ambiental que estejam em conformidade com as leis. Identificar as diferentes abordagens de Educação Ambiental em relação às regulamenta- ções legais. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2 1 4 INICIE SUA JORNADA A evolução da Educação Ambiental sob a ótica da legislação e políticas públicas configura-se como uma abordagem de suma importância atualmente, pois está ligada à nossa responsabilidade em ter cuidados com o Meio Ambiente. Para isso, devemos reconhecer que a Educação Ambiental ocorre em um contexto dinâmico e em constante mudança, devido aos desafios ambientais globais, que exigem que se aprimorem constantemente as abordagens educacionais. Este tema de aprendizagem aponta queas leis e políticas públicas são as bases que norteiam as práticas de Educação Ambiental, estabelecendo princípios e di- retrizes para a educação, que possam criar um ambiente para o desenvolvimento de uma consciência ambiental sustentável. Além disso, por meio dessas tratativas, se forma um quadro estrutural para a agregação da Educação Ambiental nas instituições e comunidades. Nessa linha, por meio de projetos, programas e iniciativas práticas, a Educação Ambiental pode ser levada à vida real, contribuindo para que a sociedade aplique o conhecimento adquirido nos ambientes educacionais. Assim, experimentar o impac- to da legislação e das políticas públicas em ação permite uma compreensão mensu- rável de como essas estruturas impactam o meio ambiente e a sociedade. Diante disso, é sempre de suma importância refletir, para que se consiga avaliar o progresso e os desafios, revisando a eficácia das políticas públicas e da legislação em relação à Educação Ambiental, identificando lacunas e áreas de melhoria. Adicionalmente, essas ações estimulam a adaptação e o aprimora- mento das estratégias educacionais, mantendo-as alinhadas com as necessidades ambientais em constante evolução (FRICHS-COTICA; CARNIATTO, 2020). E então, preparado para mergulhar no universo deste tema de apren- dizagem e compreender mais sobre a educação ambiental, sob a ótica da legislação? Vamos começar! UNIASSELVI 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 2 DESENVOLVA SEU POTENCIAL MARCOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL A evolução da Educação Ambiental (EA) à luz da legislação e políticas públicas reflete um processo contínuo de reconhecimento da importância da conscienti- zação ambiental para o desenvolvimento sustentável. Em escala mundial, desde a Conferência de Estocolmo em 1972, a EA tem sido cada vez mais integrada às agendas políticas, culminando na inclusão do tema nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Países como Sué- cia, Alemanha e Brasil têm liderado iniciativas globais nesse campo. Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema Políticas públicas e estratégias de implementação da Educação Ambiental, em que exploramos as principais tratativas para que a educação ambiental seja implementada de forma assertiva e eficiente, entendendo as melhores estratégias e políticas que tragam impactos sociais positivos. Recurso de mídia disponível no conteúdo digital do ambiente virtual de apren- dizagem. PLAY NO CONHECIMENTO VAMOS RECORDAR? O licenciamento ambiental é um processo regulatório pelo qual as autoridades governamentais avaliam e concedem permissão para atividades, projetos ou empreendimentos que possam ter impacto no meio ambiente. Por isso, para relembrar e aprofundar seus estudos, assista ao vídeo: Licenciamento ambiental: o que é e por que é importante? Link da indicação: https://www.youtube.com/watch?v=sWEQw6smo5w. 1 1 No contexto nacional, o Brasil se destaca com a Lei de Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99), que estabelece diretrizes para a EA em todos os níveis de ensino. Além disso, programas como o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) têm promovido a implementação de práticas sustentáveis em diversas esferas da sociedade brasileira. Em nível estadual, vários estados têm desenvolvido legislações específicas e políticas públicas voltadas para a EA, como é o caso do Estado de São Paulo, que possui o Programa de Educação Ambiental e Sustentabilidade (ProEAS). Essas iniciativas visam fortalecer a educação ambiental nas escolas e comunidades locais, capacitando cidadãos para a promoção da sustentabilidade. No âmbito municipal, observam-se exemplos de boas práticas, como a im- plementação de projetos de coleta seletiva, criação de áreas verdes urbanas e programas de conscientização ambiental em escolas e bairros. Cidades como Curitiba, com seu programa de reciclagem e educação ambiental, e Porto Alegre, com o Projeto Educação Ambiental na Comunidade, são exemplos inspiradores de como as políticas locais podem impactar positivamente o meio ambiente. Em temos gerais, a evolução da Educação Ambiental por meio da legislação e políticas públicas reflete o reconhecimento crescente da importância da cons- cientização ambiental para enfrentar os desafios ambientais contemporâneos. Ao integrar a EA em todas as esferas governamentais, desde o âmbito municipal até o internacional, é possível promover uma cultura de sustentabilidade que contribua para o bem-estar das gerações presentes e futuras. UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 2 Para iniciarmos nossa conversa sobre os marcos legais da Educação Ambiental, é importante destacarmos que cada momento é um reflexo do crescente reconheci- mento da necessidade de promover a conscientização e a ação em relação ao meio ambiente. Afinal, durante os anos muitos são os países que têm desenvolvido di- recionamentos importantes para as práticas educacionais da Educação Ambiental. A Conferência de Tbilisi, realizada em outubro de 1977, na capital da Geórgia, Tbilisi, foi um marco significativo no desenvolvimento da Educação Ambiental em nível internacional. O evento é formalmente conhecido como a “Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental”, e é frequen- temente referido como a “Conferência de Tbilisi sobre Educação Ambiental”. A conferência foi organizada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Em nível nacional, a Lei Federal nº 9.795/1999 estabeleceu a Política Nacio- nal de Educação Ambiental, definindo princípios, objetivos e diretrizes para a educação ambiental no país e definiu a educação ambiental como um compo- nente de suma importância dentro da dinâmica da educação formal. Já a Lei Federal nº 9.985/2000, que envolve o Sistema Nacional de Uni- dades de Conservação da Natureza (SNUC), trouxe as definições para a pro- moção da Educação Ambiental como uma das finalidades das unidades de conservação, incentivando a conscientização e o engajamento da sociedade na conservação da biodiversidade. Neste vídeo você terá a oportunidade de aprender mais sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=IkaBmRUE0eI&pp=y- gUjUG9sw610aWNhIE5hY2lvbmFsIGRvIE1laW8gQW1iaWVudGU%3D. EU INDICO Nesse sentido, a legislação de Educação Ambiental demonstra um compromisso con- tínuo com a conscientização ambiental e a importância de permitir que as gerações futuras possam ter conhecimento e habilidades para resolver os desafios ambientais. 1 8 Certamente, a importância da Educação Ambiental é respaldada por uma série de leis e regulamentações que reconhecem sua relevância na promoção da conscientização e na proteção do meio ambiente. Aqui estão alguns exemplos fundamentados na legislação brasileira: (SILVA, 2021). • LEI DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (LEI Nº 9 .795/99): essa legislação estabelece a Educação Ambiental como um componente essencial da educação nacional, tanto formal quanto não formal. Segundo a lei, a Educação Ambien- tal deve integrar os currículos de ensino fundamental e médio, assim como a educação superior, além de ser promovida em todos os níveis de ensino, incluindo a educação da comunidade em geral. • LEI DA MATA ATLÂNTICA (LEI Nº 11 .428/06): essa legislação reconhece a importância da Educação Ambiental na conservação e re- cuperação desse bioma. Ela estabelece que a Educação Ambiental é um dos instru- mentos essenciais para promover o conhecimento e a valorização da Mata Atlântica, visando à sua preservação. • LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI Nº 9 .605/98): embora essa lei se concentre principalmente em punir atividades que causem danos ao meio ambiente, ela também ressalta a importância da prevenção por meio da cons- cientização. A Educação Ambiental é um dos meios eficazes para reduzir e prevenir a prática de crimes contra o meio ambiente, contribuindo para a formaçãode uma cultura de respeito e cuidado com a natureza. • LEI DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LEI Nº 12 .305/10): essa legislação destaca a necessidade de promover a Educação Ambiental para a gestão adequada dos resíduos sólidos. Através da conscientização sobre a redução, reutilização e reciclagem de resíduos, a Educação Ambiental desempenha um papel fundamental na implementação dessa política e na mudança de hábitos da população. UNIASSELVI 1 9 TEMA DE APRENDIZAGEM 2 Esses exemplos demonstram como a Educação Ambiental não apenas é reconhe- cida, mas também é essencial para o cumprimento das leis ambientais e para a construção de uma sociedade mais sustentável e consciente de suas responsabi- lidades ambientais. Os desafios ambientais configuram-se como problemas complexos e urgen- tes que impactam o Meio Ambiente e também a nossa qualidade de vida. Nesse sentido, buscar resolver essas questões exige ações globais, envolvendo governos, sociedade civil, empresas e pessoas, por intermédio das políticas e tecnologias sustentáveis que contribuem positivamente nesse caminho (MARQUES; RAI- MUNDO; XAVIER, 2019). LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS NACIONAIS NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL A legislação e as políticas públi- cas nacionais são de grande im- portância dentro das tratativas da Educação Ambiental, pois servem de instrumentos para conscienti- zar e agir em relação às questões ambientais. Assim, muitos locais têm adotado abordagens legislativas e políticas para garantir que a Educação Ambiental seja uma parte integrante dos sistemas de ensino e das frentes governamentais. A Educação Ambiental (EA) tem sido alvo de atenção nos municípios do Vale do Itajaí, evidenciado pelas legislações locais que buscam promover a conscientização e práticas sustentáveis. Um exemplo notável é o Programa de Educação Ambiental (PROMEA) de Luiz Alves/SC, cujo Decreto nº 330/2023 homologa suas diretrizes. Essas iniciativas refletem um avanço significativo na integração da EA às políticas municipais, reconhecendo sua importância para o desenvolvimento sustentável. Ao revisar o histórico da EA nessas regiões, é possível observar uma progressão contínua, desde a conscientização básica até a implementação de programas estru- turados. Municípios como Luiz Alves têm se destacado ao estabelecerem diretrizes claras e ações concretas para envolver a comunidade na proteção do meio ambiente. 1 1 Através do PROMEA, Luiz Alves/SC demonstra um compromisso firme com a educação ambiental, englobando desde ações educativas nas escolas até iniciativas de preservação de áreas naturais. Esse enfoque holístico reflete a com- preensão da interdependência entre o ser humano e o meio ambiente, essencial para promover mudanças de comportamento e atitudes sustentáveis. Essas legislações municipais não apenas estabelecem diretrizes para a EA, mas também incentivam parcerias entre governo, setor privado e sociedade civil, forta- lecendo o engajamento comunitário em prol do meio ambiente. Além disso, servem como exemplo inspirador para outros municípios, demonstrando como políticas locais podem contribuir para a construção de um futuro mais sustentável, portanto, as legislações municipais, como o PROMEA, de Luiz Alves/SC, desempenham um papel primordial na evolução da EA, proporcionando um arcabouço legal e prático para promover a conscientização ambiental e a adoção de práticas sustentáveis em nível local. Esses esforços são essenciais para enfrentar os desafios ambientais e construir comunidades mais resilientes e responsáveis ambientalmente. Já o Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA) é uma iniciativa do Governo Federal, que visa promover a gestão ambiental integrada e o desenvol- vimento sustentável em todo o país. Lançado em 1973, o PNMA é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e compreende uma série de ações, projetos e políticas voltados para a proteção e preservação do meio ambiente. Nesse contexto, uma das principais características do PNMA é sua abor- dagem integrada, que busca envolver diversos setores da sociedade, incluindo governos municipais, estaduais e federais, organizações não governamentais, setor privado e comunidades locais. Por meio de programas de capacitação, fi- nanciamento de projetos ambientais, elaboração de legislação ambiental e estí- mulo à pesquisa científica, o PNMA trabalha para fortalecer a gestão ambiental em todas as esferas da sociedade brasileira. A partir desses marcos, outras leis foram se formando anos mais tarde para complementar a regulamentação, tais como: (LELIS; MARQUES, 2021). • LEI FEDERAL Nº 12 .187/2009 (POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA): essa lei estabelece a obrigatoriedade da promoção da educação ambiental para a mi- tigação das mudanças climáticas e a adaptação a seus efeitos. UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 2 Adicionalmente, a política atua como um mecanismo para a implementação das políticas públicas relacionadas à Educação Ambiental, visando à mobilização e a capacitação de distintos segmentos da sociedade para a promoção da conscien- tização ambiental. Tais leis e políticas públicas refletem o compromisso dos governos em pro- mover a conscientização e a ação em relação ao meio ambiente, reconhecendo a importância de educar pessoas para compreender as interações com o ambiente e na atuação responsável na proteção e conservação do planeta. Nessa linha, é im- • LEI FEDERAL Nº 12 .305/2010 (POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS): essa lei aborda a necessidade de educação ambiental para a gestão de resíduos sóli- dos, com foco na redução, reutilização e reciclagem de resíduos. • RESOLUÇÃO CONAMA Nº 461/2013: essa resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente estabelece diretrizes para a educação ambiental, em especial nas áreas de conservação da biodiversidade. • LEI FEDERAL Nº 13 .153/2015 (POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS): essa lei requer a realização de programas de educação ambiental para as populações afe- tadas por barragens, promovendo a conscientização sobre riscos e medidas de segurança. • LEI FEDERAL Nº 13 .116/2015 (POLÍTICA NACIONAL DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA RURAL): essa lei estabelece a importância da educação ambiental para promover práticas sus- tentáveis nas áreas rurais. • LEI FEDERAL Nº 13 .210/2015 (POLÍTICA NACIONAL DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES): essa lei incentiva a educação ambiental para promover práticas sustentáveis na agricultura. 1 1 portante considerarmos que a legislação e as políticas públicas são instrumentos essenciais para moldar o futuro de nossa sociedade para ações mais sustentáveis. Outro ponto importante, é que no Brasil existem políticas públicas direcio- nadas para a Educação Ambiental em distintos segmentos, como a educação formal, a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável. Além disso, essas políticas têm como foco incentivar a inclusão das questões ambientais em todos os pontos da sociedade. Para que você possa entender melhor o impacto revolucionário da educação am- biental por meio das suas diretrizes, deixo o vídeo Educação ambiental tem que ser revolucionária, que traz uma abordagem sobre a revolução cultural da sociedade. Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=9k2UmB4Y-WM&pp=ygUpcG9saXR- pY2EgbmFjaW9uYWwgZGUgZWR1Y2HDp8OjbyBhbWJpZW50YWw%3D. EU INDICO DESENVOLVIMENTOS E MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Ao longo dos anos, o Brasil fez al- terações relevantes na legislação de ordem ambiental, principalmente, em relação à Educação Ambiental, de- vido ao reflexo do compromisso do país com a conscientização e a ação em relação às questões ambientais. Para entendermos melhor vamos falar inicialmente so- bre a Lei da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999), que se configura como um divisor de água na definição da obrigatoriedade da Educação Ambiental em diferentes níveis de ensino. Nesse contexto, o principal objetivo da lei é estabelecer a Política Nacional de Educação Ambiental,visando à integração da educação ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino. Para isso, ela define a educação ambiental UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 2 como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade, estabelecendo diversos princípios, como a abordagem interdisciplinar, o respeito à diversidade, a promoção da cidadania, a participação social, a transversalidade, a continuidade e a contextualização, entre outros (ROSA; SILVA; FLACH, 2021). Adicionalmente a essa lei, cabe apontarmos a enfatização da Educação am- biental em distintas disciplinas e em atividades escolares, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no Brasil, é a Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. A lei estabelece as normas gerais para a educação no país e abrange todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior, orientando o sistema educacional brasileiro. Por isso, ao falarmos em desenvolvimento da educação ambiental é impor- tante destacar a formação de educadores ambientais, percebendo a necessi- dade de pessoas qualificadas que apliquem os conceitos incorporados na área do conhecimento de maneira eficiente. A legislação ambiental do Brasil evidencia o compromisso do país em me- lhorar a Educação Ambiental como instrumento para a conscientização e ação no que diz respeito às questões ambientais, refletindo a necessidade de uma so- ciedade mais consciente e capacitada para enfrentar os desafios ambientais da atualidade (ROSA; SILVA; FLACH, 2021). Assim, o Brasil tem passado por várias alterações em sua legislação am- biental, refletindo o compromisso do país em melhorar a Educação Ambiental e a conscientização sobre questões relacionadas ao meio ambiente, dentre as principais a inclusão nos Currículos Escolares, buscando incluir a Educação Ambiental de forma mais aplicada nos currículos escolares, tanto na educação básica quanto no ensino superior. À medida que novas leis e regulamentações ambientais foram criadas, elas, muitas vezes, incorporaram disposições relacionadas à Educação Ambiental. Por exemplo, leis sobre conservação da biodiversidade, gestão de resíduos sólidos e mudanças climáticas frequentemente incluem requisitos específicos de conscien- tização e educação ambiental. Por parte do governo e organizações não governamentais têm implemen- tado programas e iniciativas destinados a promover a Educação Ambiental em 1 4 diversas comunidades. Isso inclui projetos de conscientização, treinamento de professores e educação ambiental não formal. Diante disso, cabe apontar que a legislação brasileira frequentemente incorpora disposições para a participação pública em decisões relacionadas ao meio ambien- te, criando oportunidades para que a sociedade civil influencie a forma como a Educação Ambiental é abordada e implementada (ROSA; SILVA; FLACH, 2021). IMPLEMENTAÇÃO E EFICÁCIA DAS POLÍTICAS Sob o ponto de vista da implementação eficaz das políticas de Educação Am- biental, é de suma importância considerarmos a necessidade políticas que repre- sentam o compromisso do governo em garantir a Educação Ambiental tanto por parte integrante do sistema educacional, quanto por parte da sociedade de modo geral. Vamos agora entender alguns pontos importantes que são determinantes na eficiência dessas políticas? Vamos considerar que a implementação bem-sucedida precisa que seja feita uma abordagem ampla que agregue a formação correta de educadores, o desen- volvimento de materiais educativos relevantes e o envolvimento da comunidade. Para isso, a Educação Ambiental deve ser agregada de maneira interdisciplinar, permitindo que os conceitos ambientais sejam integrados às disciplinas existen- tes, tornando o aprendizado mais eficiente. UNIASSELVI 1 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 2 Além disso, a avaliação constante ajuda na mensuração da eficácia das políticas de Educação Ambiental, incluindo os indicadores de sucesso como a melhoria na compreensão dos estudantes sobre questões ambientais, a mudança de comportamento em direção à sustentabilidade e a participação ativa da co- munidade em projetos ambientais (ROSA; SILVA; FLACH, 2021). A implementação eficaz e a avaliação contínua das políticas de Educação Ambiental ajudam a promover a conscientização sobre questões ambientais e capacitar a sociedade a atuarem de maneira sustentável. Por isso, as políticas devem ser integradas ao sistema educacional e à cultura da sociedade, garantindo que a Educação Ambiental seja parte da formação de pessoas conscientes e responsáveis em relação ao meio ambiente. A legislação de Educação Ambiental está promovendo efetivamente uma mudan- ça de comportamento em relação ao meio ambiente? Como isso é medido? PENSANDO JUNTOS O segredo das baleias A série “O segredo das baleias” é um documentário produzido pelo diretor James Cameron, dividida em quatro episódios que mostra não só o modo de vida, como também os desafios de habitar um oceano que não para de se transformar. Além disso, a série mostra como a ajuda da ciência e da tecnologia permi- tem testemunhar como esses mamíferos se comunicam, criam amizades para a vida toda, ensinam aos filhotes as tradições, amam e sofrem a perda de entes queridos. INDICAÇÃO DE FILME 1 1 Estratégias educacionais Nesse contexto para a implementação e eficácia das políticas, é importante buscar a adaptação e o aprimoramento das estratégias educacionais para manter a educa- ção ambiental atuante diante das necessidades ambientais em constante evolução, por intermédio das seguintes ações: (MARQUES; RAIMUNDO; XAVIER; 2019). • Adaptabilidade: é importante buscar meios de ensino que sejam adap- táveis e possam ser flexíveis, permitindo a incorporação de informações e formatos de ensino mais atualizados. • Formação de educadores: gera oportunidades de formação e desen- volvimento profissional para educadores, visando melhores práticas em educação ambiental. • Colaboração interdisciplinar: gerar a colaboração entre distintos formatos e áreas de estudo, de modo a abordar questões ambientais de maneira holística. • Aplicação da tecnologia: utilizar aplicativos, plataformas on-line e mídias sociais, para que o ensino da educação ambiental se torne mais envolvente e interativo. • Avaliação contínua: buscar avaliar o currículo e os programas de educação ambiental para perceber as áreas que necessitam ser atualizadas e melhoradas com base nas mudanças ambientais e nas últimas descobertas científicas. • Integração da atualidade: incorporar eventos, descobertas e desafios ambientais atuais nos materiais de ensino, de modo a manter os estudan- tes atualizados e conscientes das questões emergentes. • Enfoque em habilidades práticas: concentrar-se em desenvolver habili- dades práticas que permitam aos alunos agir de forma eficaz na resolução de problemas ambientais, como a conservação de recursos, a gestão de resíduos e a promoção de práticas sustentáveis. • Parcerias: firmar parcerias com organizações ambientais e comunidades locais para enriquecer a experiência educacional e promover a ação prática. • Inclusão: permitir que a educação ambiental seja inclusiva para todos, considerando origens culturais, econômicas e sociais. UNIASSELVI 1 1 TEMA DE APRENDIZAGEM 2 • Ação prática: incentivar os estudantes a serem defensores ativos do meio ambiente, por meio de ações práticas, como campanhas de conscientiza- ção e projetos de conservação. Integração da temática ambiental no currículo escolar Uma estratégia educacional eficaz para manter a Educação Ambiental envolve a integração da temática ambiental em diversos aspectos do currículo escolar. Isso pode incluir a realização de projetos interdisciplinares que abordem questões am- bientais em disciplinas comociências, geografia, matemática e língua portuguesa. Por exemplo, os alunos podem realizar pesquisas sobre a biodiversidade local, calcular o impacto das atividades humanas no meio ambiente e desenvolver habilidades de comunicação ao escrever relatórios ou apresentações sobre suas descobertas. Além disso, é essencial promover atividades práticas e experiências de apren- dizagem ao ar livre, que permitam aos alunos conectar-se diretamente com a natureza e compreender sua importância, incluindo visitas a áreas naturais pro- tegidas, como parques e reservas, onde os estudantes possam participar de trilhas ecológicas, atividades de observação da fauna e flora, e até mesmo projetos de restauração ambiental, como o plantio de árvores nativas. Essas experiências não apenas complementam o aprendizado em sala de aula, mas também ajudam a cultivar um vínculo emocional com o meio ambiente, incenti- vando atitudes de cuidado e responsabilidade ambiental ao longo da vida dos alunos. Diante disso, cabe destacar que as estratégias educacionais ajudam fortemente a garantir que a educação ambiental continue a ser eficaz na abordagem das crescen- tes demandas ambientais, ajudando a manter a relevância da educação ambiental. NOVOS DESAFIOS A conexão entre teoria e prática sob o ponto de vista da evolução da Educação Ambiental, em relação ao desenvolvimento da legislação e políticas públicas, se dá do entendimento de como as regulamentações e teorias educacionais se traduzem em ações que impactam o mercado de trabalho e suas perspectivas. 1 8 Com relação às perspectivas, podemos destacar a legislativa e política que envolve a análise das regulamentações governamentais e políticas públicas re- lacionadas à Educação Ambiental, a perspectiva educacional e de formação profissional que se concentra nas teorias e práticas educacionais relacionadas à Educação Ambiental, bem como na sua integração nos currículos escolares e programas de formação profissional e a perspectiva do mercado de trabalho e desenvolvimento sustentável que examina como as ações promovidas pela Educação Ambiental, juntamente com as regulamentações e políticas públicas, impactam o mercado de trabalho. Conceitualmente, verificamos que as teorias da Educação Ambiental, junto à sustentabilidade, fornecem o alicerce para a prática da Educação Ambiental, por meio da compreensão de como as pessoas aprendem sobre questões ambientais, como desenvolvem habilidades de pensamento crítico e como promovem a conscientização e a ação ambiental. Ainda, é importante reforçarmos que a legislação e as políticas públicas, em muitos locais do mundo, estabelecem diretrizes e obrigações para a inclusão da Educação Ambiental nos sistemas de ensino e essas políticas também podem regulamentar a formação de professores, a promoção da educação ambiental não formal e o envolvimento da comunidade de modo geral. E a partir disso, que a implementação da Educação Ambiental ocorre nas es- colas, universidades, organizações da sociedade civil e outros locais educacionais, necessitando fundamentalmente que sejam envolvidas ações na criação de currí- culos, programas e métodos de ensino que impactem as diretrizes da legislação e políticas públicas. Ainda, os educadores e profissionais da Educação Ambiental têm a responsabilidade de traduzir a teoria em prática, melhorando as abor- dagens pedagógicas e as necessidades específicas de seus alunos e comunidades. Nesse sentido, para analisarmos essas abordagens no mercado de trabalho, é importante entender que a ênfase na Educação Ambiental na legislação e nas políticas públicas vem ao longo dos anos impulsionando a demanda por profissio- nais que tenham conhecimento e experiência em Educação Ambiental, incluindo professores, educadores ambientais, especialistas em comunicação ambiental, consultores em sustentabilidade e demais profissionais, afinal o mercado de tra- balho está crescendo, à medida que as empresas e organizações reconhecem a im- portância de incorporar questões ambientais em suas operações e comunicações. UNIASSELVI 1 9 1. O Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA) é um programa de extrema importância para a gestão ambiental no Brasil. Além disso, o PNMA é um instrumento essencial para a promoção de políticas e ações voltadas para a conservação, preservação e uso sustentável dos recursos naturais do país. Dada a relevância desse programa, esta questão tem como objetivo avaliar o conhecimento dos estudantes sobre pontos importantes do PNMA e seu impacto nas políticas de proteção ambiental no Brasil (SILVA; LIMA, 2023). Fonte: SILVA, A. P.; LIMA, R. G. Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA): Avaliação de sua efetivi- dade na gestão ambiental do Brasil. São Paulo: Editora Ambiental, 2023. Assinale a alternativa correta: a) O PNMA foi criado com o propósito de explorar economicamente os recursos naturais, sem considerar a conservação ambiental. b) O PNMA não estabelece diretrizes para a gestão de áreas protegidas, como unidades de conservação. c) O PNMA não prevê a criação de mecanismos de financiamento e incentivos para ações de conservação e uso sustentável dos recursos naturais. d) O PNMA busca promover a proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no Brasil, articulando ações e políticas ambientais em âmbito nacional e estadual. e) O PNMA é exclusivamente uma política de âmbito federal e não envolve a participação dos estados e municípios. 2. A Lei de Educação Ambiental, também conhecida como Lei nº 9.795/99, no contexto bra- sileiro, é um instrumento legal de grande relevância para promover a conscientização e ação em relação à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente. De acordo com o estudo da Lei, verificam-se diretrizes para a inclusão da Educação Ambiental nos sistemas de ensino do país (OLIVEIRA; SANTOS, 2022). Fonte: OLIVEIRA, A. M.; SANTOS, R. P. A Lei de educação ambiental no contexto brasileiro. São Paulo: Editora Educação Sustentável, 2022. Assinale a alternativa correta: a) Estabelece que a educação ambiental deve ser restrita às escolas, sem considerar a importância de sua disseminação em outros espaços educativos. b) Determina que a educação ambiental deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de ensino. c) Não prevê a obrigatoriedade da integração da temática ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino. AUTOATIVIDADE 4 1 d) Não considera a participação da comunidade e o incentivo à educação ambiental como um direito público subjetivo. e) É exclusivamente voltada para a educação formal, não abrangendo a educação não formal e a educação informal. 3. A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) é regulamentada pela Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que estabelece diretrizes e princípios para a promoção da educação ambiental no Brasil. Além disso, essa legislação é um marco fundamental para a promoção da conscientização e da formação de cidadãos conscientes e responsáveis em relação às questões ambientais (BRASIL, 1999). Fonte: BRASIL. (1999). Lei Federal nº 9 .795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 de abril de 1999. Disponível em: https://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 13 mar. 2024. Analise as afirmativas a seguir: I - A PNEA foi instituída pela Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, e estabelece a educação ambiental como um componente essencial da educação brasileira, em todos os níveis de ensino. II - A PNEA reconhece a importância da interdisciplinaridade e da abordagem crítica na educação ambiental, visando à formação de cidadãos capazes de compreender e atuar de forma consciente e responsável em relação ao meio ambiente. III - A PNEA coloca a responsabilidade exclusiva nas escolas e instituições de ensino, excluin- do a participação da sociedade civil na promoção daeducação ambiental. IV - A PNEA não aborda a necessidade de cooperação internacional para promover a edu- cação ambiental, considerando que as questões ambientais são de responsabilidade exclusiva dos países individualmente. V - A PNEA promove a integração da educação ambiental com a gestão ambiental, bus- cando alinhar a consciência ambiental à tomada de decisões e à ação prática na esfera pública e privada. É correto o que se afirma em: a) I, apenas. b) II e IV, apenas. c) III e IV, apenas. d) I, II e III, apenas. e) I, II e V, apenas AUTOATIVIDADE 4 1 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei nº 9 .394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educa- ção nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. BRASIL. (1999). Lei Federal nº 9 .795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 de abril de 1999. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em: 13 mar. 2024. FRICHS COTICA, K. J.; CARNIATTO, I. A relação entre legislação, a educação ambiental e os problemas enfrentados na gestão de resíduos sólidos pelas comunidades rurais. International Journal of Environmental Resilience Research and Science, v. 2, n. 2, 2020. LELIS, D. A. de J.; MARQUES, R. Políticas públicas de educação ambiental no Brasil: um panora- ma a partir de acontecimentos internacionais e nacionais. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvi- mento, v. 7, 2021. LUIZ ALVES. Decreto N .Q 330/2023. (2023). Homologa o Programa de Educação Ambiental de Luiz Alves (PROMEA) e dá outras providências. MARQUES, R.; RAIMUNDO, J. A.; XAVIER, C. R. Educação ambiental: retrocessos e contradições na base nacional comum curricular. Interfaces da Educação, 10(29), 445–467, 2019. OLIVEIRA, A. M.; SANTOS, R. P. A Lei de educação ambiental no contexto brasileiro. São Paulo: Editora Educação Sustentável, 2022. ROSA, G. M. da; SILVA, F. R. da; FLACH, K. A. Educação ambiental na educação escolar e a res- ponsabilidade social: desafios e possibilidades nas questões ambientais. Revista Brasileira de Educação Ambiental, 16(5), 411–430, 2021. SILVA, E. F. da et al. (2021). Análise da percepção ambiental dos moradores do entorno das la- goas de Piratininga e Itaipu, Niterói (RJ). Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 16(2), 446–469. SILVA, A. P.; LIMA, R. G. Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA): Avaliação de sua efetivi- dade na gestão ambiental do Brasil. São Paulo: Editora Ambiental, 2023. 4 1 1. O PNMA busca promover a proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no Brasil, articulando ações e políticas ambientais em âmbito nacional e estadual, fortalecendo as instituições ambientais, além de estabelecer mecanismos de financiamento para projetos relacionados à conservação e uso sustentável dos recursos naturais. 2. A Lei de Educação Ambiental determina que a educação ambiental deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e moda- lidades de ensino. Afinal, a lei estabelece que a educação ambiental deve ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e moda- lidades de ensino, abrangendo não apenas a educação formal, mas também a educação não formal e a educação informal. 3. Afirmativa I: a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) foi instituída pela Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, e estabelece a educação ambiental como um componente essencial da educação brasileira, em todos os níveis de ensino. Essa afirmativa está em conformidade com a legislação vigente. Afirmativa II: a PNEA reconhece a importância da interdisciplina- ridade e da abordagem crítica na educação ambiental, visando à formação de cidadãos capazes de compreender e atuar de forma consciente e responsável em relação ao meio ambiente. Isso é um princípio fundamental da educação ambiental. Afirmativa V: a PNEA promove a integração da educação ambiental com a gestão ambiental, buscando alinhar a consciência ambiental à tomada de decisões e à ação prática na esfera pública e privada. Isso é fundamental para a eficácia da educação ambiental na promoção da sustentabilidade. GABARITO 4 1 MINHAS METAS ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Descrever as áreas envolvidas na Educação Ambiental Interdisciplinar. Compreender os conceitos de interdisciplinaridade na Educação Ambiental e as intercone- xões entre as disciplinas. Aplicar princípios interdisciplinares para analisar problemas, integrando o conhecimento para propor soluções. Analisar de maneira crítica as questões ambientais, considerando diferentes perspectivas disciplinares. Avaliar as abordagens na Educação Ambiental, identificando os benefícios e limitações. Analisar projetos interdisciplinares que abordem problemas ambientais, integrando estraté- gias de resolução. Verificar questões éticas relacionadas à Educação Ambiental Interdisciplinar, considerando a responsabilidade social e ambiental. Sintetizar as experiências para a conscientização ambiental e engajamento ativo nas comunidades. T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3 4 4 INICIE SUA JORNADA Vamos começar nossa jornada entendendo que as abordagens interdisciplinares na Educação Ambiental são importantes para que se tenha uma percepção mais clara e direcionada das questões ambientais. No entanto, ao mergulharmos nesse assunto educacional, nos deparamos com uma série de desafios e reflexões que demandam uma análise crítica. Afinal, a implementação prática de abordagens interdisciplinares se depara com a necessidade de superar estruturas curriculares tradicionais, principalmente pelo fato de haver uma rigidez dos currículos, mui- tas vezes, dificultando a flexibilidade necessária para abordar temas complexos que transcendem as fronteiras disciplinares. Nesse sentido, conforme os estudantes atribuem significado aos problemas ambientais em um contexto mais amplo, eles consequentemente aprendem como essas questões impactam o ambiente, a sociedade, a economia e a cultura. Com base nessas abordagens, se consegue promover uma compreensão dos desafios ambientais e assim se verifica a importância da interdisciplinaridade. Já no campo experimental, é preciso que seja permitido aos estudantes se envolverem em atividades práticas, de modo que possam realizar pesquisas de campo, coletar dados, analisar amostras e realizar experimentos relacionados aos problemas ambientais. Tais tratativas, ajudam a traduzir a teoria em ação, tornando o aprendizado mais tangível e relevante. Assim, no sentido de refletir sobre esses pontos, é necessário destacar a importância de incentivar os estudantes a analisar e avaliar as experiências e descobertas, considerando as distintas disciplinas que ajudam na resolução de problemas ambientais. Afinal, essas ações podem ser aplicadas diariamente, es- timulando a conscientização ambiental e preparando os estudantes para o en- frentamento dos desafios do mundo real. E então, preparado para compreender as tratativas em relação à interdisci- plinaridade? Vamos começar. UNIASSELVI 4 5 TEMA DE APRENDIZAGEM 3 Convidamos você a acessar o nosso podcast sobre o tema “A tecnologia para promover a interdisciplinaridade na educação ambiental”, em que exploramos as principais tecnologias utilizadas nas dinâmicas ambientais e de preparação dos estudantes para atuar nos problemas ambientais. Recurso de mídia disponível no conteúdo digital do ambiente virtual de apren- dizagem. PLAY NO CONHECIMENTO VAMOS RECORDAR? A interseção entre sustentabilidade, inovação e tecnologia representa um caminho para enfrentar os desafios contemporâneos do nosso planeta, assim a busca por soluções sustentáveis impulsiona a inovação, enquanto a tecnologia desempenha um papel na implementação eficiente dessas soluções. Por conta disso, essas três forças convergem para moldar um futuro mais equitativo e ambientalmente