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Resenha Sociologia e Administração

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
SOCIOLOGIA APLICADA À ADMINISTRAÇÃO
Prof.ª DAYSE MIRANDA
Socialização e Mecanismos de Coesão Social
Texto: DURKHEIM, Émile. Da Divisão do Trabalho Social. In. ARON, Raymond. As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo Editora Martins Fontes, 2002
Saulo Tarso dos Santos
Seropédica, 2013. I
	O presente texto tem como objetivo apresentar a visão de Durkheim na relação entre o indivíduo e a coletividade no meio social onde ele está inserido. Para Durkheim, a sociedade influência o comportamento social do homem, sendo diferenciado em duas formas de solidariedade: a mecânica, que tem uma visão de coletividade e a orgânica, que predomina a individualidade social. O resultado dessa divisão era apreciado pelo capitalismo que enxergava de uma forma que a sociedade acompanhasse o progresso da sociedade moderna. A Sociologia passou a ser considerada como ciência por Émile Durkheim por seus estudos métodos e os fatores sociais, essas características se diferenciavam das outras ciências.
 	A solidariedade mecânica tem como base os indivíduos que são semelhantes, pois têm os mesmos valores e costumes dentro da coletividade, sendo mecanizados, por isso são iguais em relação ao meio social onde estão inseridos atraindo uns aos outros. A consciência que é compartilhada entre eles é comum devido a essa semelhança. Esse tipo de consciência não deixou de existir na sociedade, mas tem enfraquecido mudando de forma devido a vários fatores como o capitalismo, a globalização e a própria modernização da sociedade. A divisão do trabalho quase não era vista na sociedade antiga, os indivíduos eram bem separados, cada um tinha seu papel definido, e o que era levado em consideração eram seus costumes e crenças, pois cada um exercia seu papel social na coletividade. Nessas sociedades o direito era o repressivo que é representado pelos costumes sociais que vêm em primeiro lugar, dessa forma cada grupo ou sociedade primitiva definiam seus valores e os crimes contra esses valores, e quem cometia esses atos eram punidos, pois quanto mais forte a coletividade maior a indignação com o crime praticado naquela sociedade.
 A solidariedade orgânica é oposta a unidade coletiva, o indivíduo gera uma diferenciação devido à consciência individual. O homem com seu comportamento nessa sociedade é mais dependente do outro, pois a consciência criada por esse indivíduo que exerce sua própria função específica é porque não possui a capacidade de realizar as tarefas criando uma interdependência ou solidariedade orgânica para troca de serviços gerando entre eles a integração social. Esse comportamento social do homem vai criando sua personalidade, porém, a idéia da consciência coletiva não é excluída da sociedade e sim reduzida em relação à divisão do trabalho que é mais forte na sociedade moderna e que foi acelerada devido a essa transformação. Nesse modelo de sociedade o direito restitutivo é tratado pela consciência coletiva definida pela sociedade na cooperação reorganizando a ordem, mas isso não pressupõe o cumprimento moral do indivíduo.
 Quando os capitalistas pensavam na diferenciação de funções e especialização de tarefas foi para a melhor retenção de lucros e não na perspectiva social, que é o que Durkheim trata. Comparando a sociedade moderna percebe-se que existia uma anomia naquela sociedade, onde o Estado e a Igreja já não exerciam o controle moral, a ausência das normas e regras naquela sociedade. Com o impacto da industrialização a busca de trabalhos gerou crescente criação de novas funções mais técnicas e diferenciadas, redefinindo dessa maneira as funções e tarefas familiares da visão tradicional, tanto no papel do homem quanto no da mulher, antes a sociedade era mecânica, os papéis eram definidos, o homem era o provedor da casa, caçava seus alimentos para sua subsistência e proteção da familiar, e a mulher dona de casa que zelava pelos filhos e casa. Quando ela adquire novas funções a organização familiar é alterado para que ela se encaixasse no moderno modelo produtivo enquanto ator social
 Em resumo, o crescimento qualitativo e quantitativo que a industrialização criou gerou uma necessidade da individualidade, isso mudou de acordo com o novo padrão produtivo que é mais complexo e que foram mudando as formas de produções, especializando as funções. A Sociedade moderna é induzida por meio de regras que se o individuo não trabalha ele esta em estado anômico, sendo assim fora do padrão dominante produtivo. O trabalho assume então uma ferramenta de efeito integrado na sociedade contemporânea, a função de organizador social em torno do trabalho; esse papel social que é a divisão social do trabalho. Durkheim preocupava-se na união e dependência dos demais indivíduos na interação entre si nos meios produtivos, em virtude dessa divisão gerando assim através da sociabilidade a moral, costumes e novos valores na sociedade, desta forma o indivíduo não é excluído desse padrão dominante produtivo, esse indivíduo é socialmente satisfeito com a divisão social do trabalho que gera o sentimento solidário entre os mesmos, pois esse indivíduo nasce da sociedade e não o contrário dessa situação. A divisão social do trabalho irá interagir o indivíduo ao meio social originando a coesão na sociedade, dando continuidade a modernidade, onde não gera o caos nem, o conflito.

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