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Mecânica dos Fluidos Prof. Leandro Filho Aula 06 – Conceitos Básicos de Movimento dos Fluidos • O movimento dos fluidos (cinemática) é utilizado para analisar os efeitos das forças sobre o movimento dos fluidos (dinâmica). • Para o estudo da cinemática dos fluidos considera-se que estes são formados por partículas, cada uma contendo muitas moléculas. • Trata-se o fluido como um meio contínuo composto de partículas fluidas que interagem entre si e com o meio. • Estuda-se portanto o movimento das partículas de fluido e não o movimento das moléculas do fluido. Introdução • A descrição de qualquer propriedade do fluido como massa específica, pressão, velocidade e aceleração é formulada em função das partículas. • A representação dos parâmetros dos fluidos em função das coordenadas espaciais denomina-se campo de escoamento. Introdução • Campo é uma distribuição contínua de quantidades escalares, vetoriais ou tensoriais descritas por funções contínuas de coordenadas espaciais e do tempo. Introdução • Uma das variáveis mais importantes dos escoamentos é o campo de velocidades, que é definido em coordenadas cartesianas como: 𝑉 = 𝑢 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 𝑖 + 𝑣 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 𝑗 + 𝑤 𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡 𝑘 u, v e w são as componentes do vetor velocidade nas direções x, y e z. Introdução • Podemos desta forma descrever o campo vetorial de velocidade especificando a velocidade de todas as partículas de fluidas, ou seja, 𝑉 = 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡). Introdução • Este método de analisar o movimento dos fluidos numa descrição completa dos seus parâmetros (massa específica, pressão, velocidade) em função das coordenadas espaciais e do tempo denomina-se descrição Euleriana. • Desta forma obtém-se informação do escoamento em função do que acontece em pontos fixos do espaço enquanto as partículas de fluido escoam por estes pontos. Introdução • Existe outro método denominado descrição Lagrangiana no qual as partículas de fluidos são rotuladas (identificadas) e suas propriedades são determinadas acompanhando seu movimento. • Aqui se estuda a posição de uma ou várias partículas em função do tempo. Introdução • Se contarmos com informações suficientes para a descrição Euleriana, é possível determinar todas as informações lagrangianas do escoamento e vice- versa. • Geralmente o método Euleriano é mais fácil de ser utilizado para descrever os escoamentos nas investigações experimentais e analíticas. Introdução • Uma partícula de fluido em movimento apresenta componentes de translação, rotação, deformação angular e deformação linear. Cinemática dos Fluidos • As equações do movimento dos fluidos são definidas em sistemas. • Um sistema fechado é uma quantidade fixa de massa separada do meio exterior por fronteiras. • O contorno do sistema denomina-se superfície de Controle, (S.C.). Translação de Um Fluido • A massa não pode atravessar as fronteiras. • A energia em forma de Calor (Q) e Trabalho (W) podem atravessar as fronteiras do sistema. • As fronteiras podem ser móveis ou fixas. Sistemas Abertos denominam-se Volume de Controle (V.C.), que consiste numa região fixa no espaço e na qual se estuda o escoamento do fluido que atravessa o volume. Translação de Um Fluido • Neste Volume de Controle calor, trabalho e massa podem atravessar as fronteiras. • Tal conceito é utilizado para a dedução das equações da continuidade, quantidade de movimento e da energia. Translação de Um Fluido • Considere um dado volume de controle fixo no espaço definido em coordenadas cartesianas. • A movimentação de uma partícula de fluido considerando tal sistema Euleriano de referência é dada por: 𝑟 = 𝑟𝑥 𝑖 + 𝑟𝑦 𝑗 + 𝑟𝑧 𝑘 onde rx, ry, rz são as componentes cartesianas do vetor posição nas direções x, y e z. Campo de Velocidades • O vetor velocidade da partícula de fluido em estudo é definida por: 𝑉 = 𝑢 𝑖 + 𝑣 𝑗 + 𝑤 𝑘 Campo de Velocidades • A velocidade num ponto dado do campo de escoamento pode variar de um instante de tempo para outro. • Desta forma pode-se representar como 𝑉 = 𝑉(𝑥, 𝑦, 𝑧, 𝑡). • O fluido pode estar atravessando a fronteira de um elemento diferencial de volume 𝑑∀. • O vetor de área 𝑑 𝐴 do elemento de superfície aponta sempre para fora da superfície do volume de controle. Campo de Velocidades Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade 𝐷𝑉 𝐷𝑡 = 𝑎𝑃 = 𝑢 𝜕𝑉 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑉 𝜕𝑦 + 𝑤 𝜕𝑉 𝜕𝑧 + 𝜕𝑉 𝜕𝑡 𝐷𝑉 𝐷𝑡 = 𝑢 𝜕𝑉 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑉 𝜕𝑦 + 𝑢 𝜕𝑉 𝜕𝑧 + 𝜕𝑉 𝜕𝑡 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎 + 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade • No caso particular de escoamento permanente tridimensional, a aceleração local é nula 𝜕𝑉 𝜕𝑡 = 0 obtendo-se a expressão: 𝐷𝑉 𝐷𝑡 = 𝑢 𝜕𝑉 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑉 𝜕𝑦 + 𝑢 𝜕𝑉 𝜕𝑧 Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade • Outros casos particulares de escoamento unidimensional e bidimensional simplificam a equação acima. • Por exemplo para escoamento bidimensional não- permanente é dado por: 𝐷𝑉 𝐷𝑡 = 𝑢 𝜕𝑉 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑉 𝜕𝑦 + 𝜕𝑉 𝜕𝑡 Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade • A equação vetorial da derivada substancial pode ser apresentada na forma escalar, na qual as componentes escalares da aceleração substancial ou total da partícula são dadas por: 𝐷𝑢 𝐷𝑡 = 𝑎𝑥𝑃 = 𝑢 𝜕𝑢 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑢 𝜕𝑦 + 𝑤 𝜕𝑢 𝜕𝑧 + 𝜕𝑢 𝜕𝑡 𝐷𝑣 𝐷𝑡 = 𝑎𝑦𝑃 = 𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑦 + 𝑤 𝜕𝑣 𝜕𝑧 + 𝜕𝑣 𝜕𝑡 𝐷𝑤 𝐷𝑡 = 𝑎𝑧𝑃 = 𝑢 𝜕𝑤 𝜕𝑥 + 𝑣 𝜕𝑤 𝜕𝑦 + 𝑤 𝜕𝑤 𝜕𝑧 + 𝜕𝑤 𝜕𝑡 Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade • Em forma compacta : 𝐷𝑉 𝐷𝑡 = (𝑉 ∙ 𝛻)𝑉 + 𝜕𝑉 𝜕𝑡 Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade • Em coordenadas cartesianas: Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade • Em coordenadas cilíndricas: Aceleração de uma Partícula de Fluido num Campo de Velocidade • A aceleração das partículas de fluido pode ser imaginada pela superposição de dois efeitos: Aceleração Convectiva: Num dado instante t consideramos que o campo de escoamento é permanente: • A partícula de fluido nesse instante está para mudar de posição. Aceleração da Partícula de Fluido • A aceleração das partículas de fluido pode ser imaginada pela superposição de dois efeitos: Aceleração Convectiva: • A partícula efetua uma mudança de velocidade porque a velocidade nas posições neste campo será, em geral, diferente em cada instante. • Esta razão de variação da velocidade com o tempo devido à mudança de posição é denominada aceleração de transporte ou aceleração convectiva. (𝑉 ∙ 𝛻)𝑉 Aceleração da Partícula de Fluido • A aceleração das partículas de fluido pode ser imaginada pela superposição de dois efeitos: Aceleração Local: • O termo 𝜕𝑉 𝜕𝑡 deve-se à variação do campo de velocidade na posição ocupada pela partícula no instante t e é chamada aceleração local. Aceleração da Partícula de Fluido • Uma partícula de fluido movendo-se num escoamento real pode girar em torno de três eixos de coordenadas. Esta rotação é uma grandeza vetorial definida como: 𝜔 = 𝜔𝑥 𝑖 + 𝜔𝑦 𝑗 + 𝜔𝑧 𝑘 Rotação de Um Fluido • Considera-se que o sentido positivo (+) do giro é dado pela regra da mão direita (anti-horária): Rotação de Um Fluido Rotaçãode Um Fluido • A rotação de uma partícula está associada a uma tensão de cisalhamento na superfície da partícula. • Como as tensões de cisalhamento estão associadas a fluidos viscosos, somente estes fluidos apresentarão rotação de suas partículas de fluido. • A condição de irrotacionalidade é válida nas regiões onde as forças viscosas são desprezíveis. Rotação de Um Fluido • Define-se a vorticidade como a grandeza que é duas vezes o valor da rotação: ξ = 2𝜔 • A circulação é definida como a integral de linha da componente tangencial da velocidade em torno de uma curva fechada fixa, no escoamento. Γ = 𝐶 𝑣 ∙ 𝑑 𝑠 • 𝑑𝑠 é um vetor elementar de comprimento 𝑑𝑠 tangente a curva. Um sentido (+) corresponde a uma trajetória anti-horária de integração em torno da curva. Rotação de Um Fluido Deformação em Um Fluido Deformação em Um Fluido Deformação em Um Fluido • No volume de controle podem agir forças de superfície e forças de campo. Forças de Superfície As forças de superfície ( 𝐹𝑠 ) agem nas superfícies do volume de controle devido à pressão ( 𝐹𝑠𝑝) e às tensões de cisalhamento ( 𝐹𝑠𝜏) 𝐹𝑠𝑝 = 𝐴 𝑝 𝑑 𝐴 e 𝐹𝑠𝜏 = 𝐴 𝜏 𝑑 𝐴 Campo de Forças Agindo no Volume de Controle • No volume de controle podem agir forças de superfície e forças de campo. Forças de Campo As forças de campo ( 𝐹𝐵 ) são forças que atuam sem contato físico e distribuídas sobre o volume de controle, tais como forças de campo gravitacional e forças de campo eletromagnético. No caso de sistemas fluidomecânicos considera-se como forças de campo a força de campo gravitacional. Campo de Forças Agindo no Volume de Controle • A força total agindo no volume de controle é: 𝐹 = 𝐹𝑥 𝑖 + 𝐹𝑦 𝑗 + 𝐹𝑧 𝑘 • Cujas componentes são dadas por: 𝐹𝑥 = 𝐹𝑠𝑥 + 𝐹𝐵𝑥 𝐹𝑦 = 𝐹𝑠𝑦 + 𝐹𝐵𝑦 𝐹𝑧 = 𝐹𝑠𝑧 + 𝐹𝐵𝑧 Campo de Forças Agindo no Volume de Controle • Se denominamos 𝐵𝑚 as forças de campo por unidade de massa, então a força de campo é dada por: 𝐹𝐵 = 𝐵𝑚𝑑𝑚 onde 𝑑𝑚 = 𝜌𝑑∀. Quando a força de gravidade é a única força de campo é definida por unidade de massa como 𝐵𝑚 = 𝑔. Campo de Forças Agindo no Volume de Controle • Quando 𝐵 é considerada por unidade de volume 𝐵=𝜌 𝑔. A força de campo é definida como: 𝐹𝐵 = 𝐵 𝑑∀ Campo de Forças Agindo no Volume de Controle • As componentes da força de campo na direção x, y, z são dadas como: Campo de Forças Agindo no Volume de Controle • As forças que atuam sobre um elemento de fluido são de dois tipos: Forças de superfícies e Forças de campo. • As forças de superfícies incluem as forças normais (pressão) e forças tangenciais (cisalhamento). • As forças de campo aqui estudadas têm sua origem na ação da gravidade. • As tensões no meio contínuo são resultantes das forças que atuam no elemento de fluido. Campo de Tensões • Considerando a Figura, a força agindo sobre o elemento de fluido apresenta duas componentes, uma normal e outra tangencial ao elemento de área. Campo de Tensões • A tensão normal e a tensão de cisalhamento neste ponto são definidas então pelo limite: Campo de Tensões • Quando se considera o elemento de área orientado aos planos cartesianos, podemos definir as componentes da tensão por índices duplos para designar as tensões: • 1º índice: Indica o plano no qual atua a tensão; • 2º índice: Indica o sentido no qual atua a tensão. Campo de Tensões Campo de Tensões • Os planos são nomeados positivos ou negativos segundo o sentido da sua normal. No caso da Figura o plano do elemento de área dAx é positivo (+) porque aponta no sentido positivo do eixo x. Campo de Tensões • Considerando um elemento de fluido dAx, cuja normal aponta para fora do eixo x como mostra a Figura, a força F é descomposta em cada um das coordenadas e as tensões são determinadas pelo limite, obtendo-se as seguintes tensões: Campo de Tensões • Analogamente teríamos tensões para um elemento de área normal ao plano y e ao plano z. • Desta forma o estado de tensões num ponto é determinado especificando-se as tensões que atuam nos três planos perpendiculares que passam pelo ponto. • Assim, a tensão que passa por um ponto é especificada pelas suas nove componentes sendo denominada tensor de tensões. Campo de Tensões • Tensor de Tensões. Campo de Tensões • Convenção de Sinais: • O vetor de área dA sempre aponta para fora do volume de controle. Campo de Tensões • Convenção de Sinais: • Tensão Positiva ( + ): • Quando o elemento de área dA e a tensão apontam no mesmo sentido (negativo ou positivo) dos eixos de referência. • Tensão Negativa (- ): • Quando e elemento de área e a tensão apontam em sentido contrário. Campo de Tensões • Numa análise de partículas de fluido é necessário avaliar propriedades como massa específica, campo de pressões, forças e tensões. • Para tal se considera um elemento de fluido muito pequeno, reduzido a um ponto, considerando este como um cubo infinitesimal, no qual se realiza uma expansão em serie de Taylor para avaliar as propriedades em estudo em cada uma das caras ou faces do cubo. Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Por exemplo, a Figura apresenta um cubo diferencial de um elemento de fluido no qual, em seu centro, atua uma propriedade P. Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Analisando o plano x-y (normal a z), podemos obter pela série de Taylor o valor da quantidade P nas faces direita e esquerda. Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Tensões normais num elemento de fluido: Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Tensões tangenciais num elemento de fluido: Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Tensões de cisalhamento nas faces do cubo denominadas cara (frente) e fundo do plano normal a z: Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Resumo: Tensões agindo nas fases do elemento de fluido – Direção x Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Da mesma forma poderíamos obter as tensões normais e tangenciais que agem no eixo-y e as tensões normais e tangenciais que agem no eixo-z. Tais equações são utilizadas posteriormente para avaliar na forma diferencial a equação da quantidade de movimento nas coordenadas x, y e z. Expansão em Série de Taylor para Análise do Campo de Escoamento • Considera-se um elemento de fluido diferencial (Figura) de massa 𝑑𝑚 = 𝜌𝑑∀ com volume 𝑑∀= 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧. • No volume de controle podem agir forças de superfície e forças de campo. Campo de Pressão num Fluido Estático • No fluido estático a força de campo que atua é a força de campo gravitacional definida por: 𝑑 𝐹𝐵 = 𝑔𝜌𝑑∀ • As tensões de cisalhamento não podem estar presentes num fluido estático portanto as únicas forças de superfície devem-se às forças de pressão. 𝑑 𝐹𝑠 = 𝑝𝑑 𝐴 Campo de Pressão num Fluido Estático • Analisando o plano x-y do elemento de fluido podemos determinar o valor da pressão nas fases direita e esquerda e superior e inferior: Campo de Pressão num Fluido Estático Campo de Pressão num Fluido Estático • No plano x-z (Figura) podemos determinar as pressões agindo nas face da cara e no fundo. Campo de Pressão num Fluido Estático • A pressão total é o somatório das pressões agindo em todas as fases do V.C, desta forma: Campo de Pressão num Fluido Estático • Os termos de pressão podem ser agrupados na forma: Campo de Pressão num Fluido Estático • Substituindoas pressões e sabendo que Campo de Pressão num Fluido Estático • o termo entre parênteses é definido como gradiente de pressão escrito como 𝑔𝑟𝑎𝑑 𝑝 ou 𝛻𝑝 Campo de Pressão num Fluido Estático • desta forma a força de superfície para o fluido estático pode ser dada como: Campo de Pressão num Fluido Estático • A força total é a soma da força de campo e força de superfície: ou por unidade de volume: Campo de Pressão num Fluido Estático • Para um fluido em movimento • para um fluido estático (𝑎 = 0) 𝑑 𝐹 = 0, desta forma: Campo de Pressão num Fluido Estático • Estes termos representam: • Esta equação vetorial apresenta 3 componentes que devem ser satisfeitas individualmente. Campo de Pressão num Fluido Estático • Para um fluido estático a equação vetorial que representa o campo de pressões é dada por: −𝛻𝑝 + 𝜌 𝑔 = 0 −𝛻𝑝: força de pressão total por unidade de volume num ponto. 𝜌 𝑔: força de campo por unidade de volume num ponto. Variação da Pressão – Fluidos Estáticos • Esta equação vetorial apresenta 3 componentes que devem ser satisfeitas individualmente. Variação da Pressão – Fluidos Estáticos • Alinhando o eixo vertical com o eixo z Variação da Pressão – Fluidos Estáticos • Assim, a pressão é independente das coordenadas x e y. • como a pressão é função de uma única variável, utilizamos a derivada total no lugar da parcial Variação da Pressão – Fluidos Estáticos • Aplicando tal equação entre dois pontos tal como mostra a Figura: Variação da Pressão – Fluidos Estáticos • Explicitando a pressão p1 • Considerando que p2 seja a pressão na superfície livre denominada p0, podemos avaliar a pressão p em qualquer ponto abaixo desta superfície Variação da Pressão – Fluidos Estáticos • Para determinar a quantidade de movimento na forma diferencial é necessário avaliar o campo de forças agindo num elemento de fluido. • A seguir deduziremos as forças que agem na direção x. O mesmo procedimento pode ser aplicado para determinar as forças que agem em y e z. Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • Considera-se que as tensões num elemento de fluido cujo volume de controle é um cubo diferencial com massa 𝑑𝑚 e volume 𝑑∀= 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧. No centro do cubo atuam tensões no sentido positivo da direção x. Estas tensões são 𝜎𝑥𝑥𝜏𝑦𝑧 𝜏𝑧𝑥. • As tensões superficiais avaliadas nas faces do elemento diferencial são obtidas utilizando o desenvolvimento em serie de Taylor. Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • Resumo: Tensões agindo nas fases do elemento de fluido – Direção x Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • Tais tensões originam forças de superfície na direção- x, as quais são adicionadas considerando o sentido positivo (+) e negativo (-) de cada uma delas: • Utilizando as áreas das faces do cubo tais forças são representadas como Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • Analisando cada termo das tensões: Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • Os elementos de área podem ser representados por: • Desta forma, Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • Substituindo a variação das tensões: Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • Da mesma forma podem ser obtidas as componentes das forças na direção-y e na direção-z. Assim as três componentes das forças de superfície são dadas pelas relações apresentadas a seguir. Análise das Forças Superficiais Agindo num Elemento de Fluido • As equações integrais de Mecânica dos Fluidos são utilizadas num volume de controle (V.C.) para analisar o campo de escoamento de maneira global. • As equações diferenciais são utilizadas para estudar o campo de escoamento em forma mais detalhada. • Para obter a expressão que define a conservação da massa na forma diferencial, fazemos uma análise de um volume de controle diferencial num sistema de coordenadas cartesiano. Equação da Conservação da Massa • O princípio da conservação da massa é definido como: • Na forma integral esta expressão é dada por: Equação da Conservação da Massa • A massa dentro do V.C. a qualquer instante é produto da massa específica (𝜌) e o volume (𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧). • Desta forma a taxa de variação da massa dentro do volume de controle na forma diferencial é dada por: Equação da Conservação da Massa • Pode ser demonstrado que a taxa de fluxo resultante através da superfície de controle é dada por: Equação da Conservação da Massa • Desta forma a equação da conservação da massa na forma diferencial é dada por: • Em notação vetorial é definido o operador nabla como: Equação da Conservação da Massa • De tal forma que a equação da conservação da massa pode ser reduzida a: • Que na forma vetorial pode ser representada como: Equação da Conservação da Massa • No caso de escoamento incompressível ρ=constante. Isto significa que a massa específica não é função do tempo nem das coordenadas espaciais. • ou na forma vetorial Escoamento Incompressível • No caso de escoamento permanente todas as propriedades do fluido são independentes do tempo. • Desta forma, no máximo, poderá ocorrer é que V(x,y,z) e ρ(x,y,z) sendo a equação da continuidade dada por: • Ou na forma vetorial Escoamento Permanente • Sistema de Coordenadas Retangulares Equação da Conservação da Massa • Sistema de Coordenadas Retangulares • Fluido Incompressível • Escoamento Permanente Equação da Conservação da Massa • Sistema de Coordenadas Cilíndricas Equação da Conservação da Massa • Sistema de Coordenadas Cilíndricas • Fluido Incompressível • Escoamento Permanente Equação da Conservação da Massa • Sabemos a equação da quantidade de movimento na sua forma integral. • Na forma diferencial expressamos as equações para um sistema infinitesimal de massa dm, para a qual a segunda lei de Newton pode ser expressa como: Equação da Quantidade de Movimento • O termo dm é facilmente determinado pelo produto entre a massa específica do fluido dentro do V.C. e o volume diferencial. • Temos que é definida como derivada substancial. Equação da Quantidade de Movimento Força Agindo sobre uma Partícula de Fluido Força Agindo sobre uma Partícula de Fluido • Segunda Lei de Newton: Força Agindo sobre uma Partícula de Fluido • Forces Acting on a Fluid Particle Momentum Equation • Differential Momentum Equation Momentum Equation • Newtonian Fluid: Navier-Stokes Equations Momentum Equation • Special Case: Euler’s Equation Computational Fluid Dynamics • Some Applications
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