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Termodinâmica – Segunda Lei Para que um processo ocorra naturalmente, é necessário que obedeça a primeira lei da Termodinâmica (conservação e balanço de energia). Além disso, o processo também precisa obedecer a Segunda Lei da Termodinâmica. A segunda lei da Termodinâmica pode ser descrita de diferentes formas. Talvez, a forma mais geral é: Qualquer processo que ocorre na natureza evolui de forma tal que a soma das entropias de todos os sistemas envolvidos no processo (e a vizinhança) aumenta. Termodinâmica – Segunda Lei No limite, a entropia total pode permanecer constante (ΔS = 0). Esta é a definição de um processo reversível. A primeira lei da termodinâmica é simétrica em relação aos estados inicial e final, ou seja, eles podem ser invertidos e o processo continua obedecendo à 1ª lei. A 1ª lei não estabelece uma direção preferencial para a evolução de um processo Termodinâmica – Segunda Lei A segunda lei estabelece uma direção preferencia para os processos naturais (ΔStotal > 0). No limite (melhor situação possível), Δstotal =0 e o processo é reversível. A entropia é uma função de estado, ou seja depende somente do estado termodinâmico do sistema (não depende do caminho). Termodinâmica – Segunda Lei Em linhas gerais, trabalho pode ser facilmente transformado em calor por meio de processos irreversíveis, mas o calor não pode ser convertido a trabalho de forma tão simples, pelas limitações impostas pela 2ª lei da termodinâmica. Para transformar calor em trabalho, normalmente usamos máquinas térmicas, que operam em ciclos fechados. Termodinâmica – Segunda Lei Uma das consequências da 2ª lei é que é impossível construir uma máquina térmica que opere em um ciclo fechado e que não rejeite calor para uma fonte fria (postulado de Kelvin-Planck). Sem rejeitar calor para a fonte fria, é impossível fechar o ciclo. Termodinâmica – Segunda Lei Representação esquemática de uma usina termelétrica a vapor Termodinâmica – Segunda Lei Aplicando a 1ª Lei da Termodinâmica: W=QH-QL Ex. 6.1 – Uma máquina térmica recebe calor da fonte quente a uma taxa de 80 MW e rejeita 50 MW para a fonte fria. Qual é o trabalho mecânico realizado e a eficiência da máquina? Termodinâmica – Segunda Lei Termodinâmica – Segunda Lei Uma consequência do enunciado de Kelvin-Planck é que nenhuma máquina térmica pode ter 100 % de eficiência, pois sempre é necessário rejeitar calor para uma fonte fria para poder fechar o ciclo. Termodinâmica – Segunda Lei Refrigeradores e bombas de calor O calor sempre é transferido do corpo de mais alta temperatura para o corpo de mais baixa temperatura. Para obter o efeito contrário, é necessário “bombear” o calor, utilizando trabalho mecânico. Isto é realizado em equipamentos de refrigeração. Termodinâmica – Segunda Lei Coeficiente de Performance (COP) de um equipamento de refrigeração: Termodinâmica – Segunda Lei Quando o produto desejado é o calor (sistemas de aquecimento) normalmente se utiliza o nome “bomba de calor”. Termodinâmica – Segunda Lei É impossível construir uma máquina cujo único efeito seja transferir calor de uma fonte fria para uma fonte quente (postulado da 2ª Lei da Termodinâmica de Clausius). Em outras palavras, para bombear calor de uma fonte fria para uma fonte quente, é necessário fornecer trabalho mecânico para o sistema.