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Síntese da Unidade 3

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Disciplinas 
 
Educação Inclusiva: 
Princípios e Práticas 
Docentes 
 
Prof. Gabriela Maffei 
Curso 
 
 PEDAGOGIA 
Módulo 
 
5.1 
 Síntese da Unidade III: INTEGRAÇÃO X INCLUSÃO 
 
 
 
 A integração x segregação, sendo este último, muitas vezes, iniciado desde nascimento do 
sujeito, na sua família, pela sua dificuldade de lidar com fatos não esperados, ou seja, “anormais”, 
pelas expectativas de desenvolvimento que se esvaecem. 
 Os deficientes, muitas vezes, constituíam uma classe parasita, completamente incapaz de 
sustentar-se e de cuidar de sua própria vida. 
Aristóteles (384-322 aC): Segundo ele, era inútil o Estado investir na educação da pessoa surda, 
pois “o pensamento é impossível sem a palavra”. 
 Posteriormente, essas instituições de atendimento ao deficiente, são defendidas como forma 
conveniente de educação, na medida em que possibilitam o atendimento a este de modo mais 
adequado diante das solicitações de suas necessidades específicas. Dessa forma, são vistas como 
um modo de proteção ao próprio indivíduo, diante da incapacidade da sociedade em oferecer 
estruturas mais adequadas e integradas de serviços. Neste contexto, as instituições especializadas 
mudam de configuração: de proteção à sociedade, passam a “proteger” o indivíduo. Assim, hoje 
pelas peculiaridades e especificidades dos atendimentos prestados e pelo discurso integrador que 
fundamenta suas ações, as instituições têm sido analisadas como um momento necessário de 
segregação, para uma posterior integração mais eficiente, como se precisássemos (ou 
pudéssemos) estar: “abstraindo a pessoa de seu contexto social, a fim de „concertá-la‟ ou torná-la 
„menos diferente‟, e depois devolvê-la a este contexto, de forma que não haveria menos motivo 
para estigmatizá-la e marginalizá-la nos inúmeros espaços sociais”. 
As práticas pedagógicas foram também transportadas das instituições de ensino especial para a 
escola regular, configurado em um programa de educação individualizado desenhado e 
desenvolvido, essencialmente, pelo professor de educação especial, de acordo com as 
características do aluno especial. Isto lhe assegurava o direito a um lugar na escola normal, 
enquanto que para o sistema não era necessário se questionar ou preconizar mudanças. Se 
professores e alunos não conseguirem serão excluídos. 
 Com o conceito de integração, o integrar constituía localizar no sujeito o foco da mudança, e as 
reais dificuldades encontradas no processo de busca de “normalização” da pessoa com deficiência. 
 Então, integrar... integração...significava localizar no sujeito o alvo da mudança, embora para 
tanto se tomasse como necessário à efetivação de mudanças na comunidade. 
 Ele tem se caracterizado pelo pressuposto de que a pessoa com deficiência tem direito à 
convivência não segregada e ao acesso imediato e contínuo aos recursos disponíveis aos demais 
cidadãos. 
 Inclusão Social nada mais é que trazer aquele que é excluído socialmente por algum motivo, 
para uma sociedade que participe de todos os aspectos e dimensões da vida – o econômico, o 
cultural, o político, o religioso e todos os demais, além do ambiental. 
 Hoje, a integração escolar está prevista na LDB 9.394/96 – título III (do direito à educação e do 
dever de educar), inciso III, que diz que o atendimento educacional especializado gratuito aos 
educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Contudo a 
legislação educacional, desde a Lei de Diretrizes e Bases 4.024/61, aborda implicitamente a 
questão, quando pretende “adequar e enquadrar a educação da pessoa deficiente, dentro do 
possível, na educação regular”. Daí a necessidade de, em sendo desiguais, a eles seja assegurada 
a igualdade de oportunidade, ou seja, venham a ser tratados como se fossem iguais. 
 O princípio constitucional da igualdade deve assegurar que as pessoas terão sua individualidade 
e suas diferenças respeitadas, proporcionando iguais oportunidades a todos, de forma que ninguém 
se sinta discriminado por estar fora de um estereótipo social. A escola até então, regular, o modelo 
mais comum, caracteriza-se pelo princípio da homogeneidade, ou seja, as classes são 
homogêneas, pois este tipo de instituição recebe apenas matrículas das crianças denominadas 
“normais”. A escola especial assume um duplo papel, pois ela difunde a ideia de que o trabalho ali 
desenvolvido visa proteger e preparar a pessoa portadora de deficiência para uma futura 
reintegração na sociedade; contudo não pode-se negar que reforça a prática social da identificação 
e da segregação social, mantendo essas pessoas à margem do contexto social. 
 A integração vem romper com estas barreiras, contudo não atende de modo satisfatório as 
necessidades desses sujeitos, pois, na integração tudo depende do aluno e ele é que tem que se 
adaptar buscando alternativas para se integrar. Propiciar aos professores da classe comum um 
suporte técnico; perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e 
processos diferentes; levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as 
crianças portadoras de deficiências e propiciar um atendimento integrado ao professor de classe 
comum. A inclusão social e escolar não é um processo que envolva somente um lado, mas abrange 
duas direções, envolve atuação junto à pessoa com necessidades educacionais especiais, assim 
como, ação unida à sociedade. E a ideia da inclusão, prever ações e mudanças decisivas e 
assertivas, no sujeito e no contexto, sendo assim, no processo de desenvolvimento do sujeito e no 
processo de reajuste da realidade social. 
 Deficiência física: “alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo uma no, 
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, 
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, 
hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade 
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para 
o desempenho de funções”. 
 Deficiência auditiva: “perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em 
graus e níveis” que vão de 25 decibéis (surdez leve) à anacusia (surdez profunda). 
 Deficiência visual: “acuidade visual igual ou menor que 20/200 no melhor olho, após a melhor 
correção, ou campo visual inferior a 20 (tabela de Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as 
situações”. 
 Deficiência mental: “funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, 
oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais 
áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às 
demandas da sociedade”. 
 Deficiência múltipla: “é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências 
primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam consequências no 
seu desenvolvimento global e na sua capacidade adaptativa”. 
 Superdotadas ou com altas habilidades, que se caracterizam por um notável desempenho e 
elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: 
• alta capacidade intelectual geral; 
• aptidão acadêmica específica; 
• pensamento criativo ou produtivo; 
• capacidade de liderança; 
• talento especial para artes; 
• capacidade psicomotora. 
 
 Condutas típicas. Estas podem ser definidas como manifestações de comportamento típicas de 
portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos, que ocasionam 
atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira 
atendimento educacional especializado.Autismo, que é uma síndrome definida por alterações presentes, em geral, por volta do 3º ano 
de vida e que se caracteriza pela presença de desvios nas relações interpessoais, 
linguagem/comunicação, jogos e comportamentos. 
As pessoas com deficiência passaram a ser consideradas como possuidoras dos mesmos direitos 
e deveres dos outros cidadãos e, entre eles, o direito à participação na vida social e à sua 
consequente integração escolar e profissional. 
1. Fase filantrópica – em que as pessoas com deficiência são consideradas doentes e portadoras 
de incapacidades permanentes inerentes à sua natureza 
2. Fase da “assistência pública” – em que o mesmo estatuto de “doentes” e “inválidos” implica 
a institucionalização da ajuda e da assistência social. 
3. Fase dos direitos fundamentais, iguais para todas as pessoas, quaisquer que sejam as suas 
limitações ou incapacidades. 
4. Fase da igualdade de oportunidades – época em que o desenvolvimento econômico e cultural 
acarreta a massificação da escola e, ao mesmo tempo, faz surgir o grande contingente de crianças 
e jovens que, não tendo um rendimento escolar adequado aos objetivos da instituição escolar, 
passam a engrossar o grupo das crianças e jovens deficientes mentais ou com dificuldades de 
aprendizagem. 
5. Fase do direito à integração – se na fase anterior se “promovia” o aumento das “deficiências”, 
uma vez que a ignorância das diferenças, o não respeito pelas diferenças individuais mascarado 
como defesa dos direitos de “igualdade” agravava essas diferenças, agora é o conceito de “norma” 
ou de “normalidade” que passa a ser posto em questão. 
 
 Os benefícios da inclusão de alunos com necessidades educativas especiais na escola regular 
são evidentes (apesar das dificuldades) e TODOS os autores desta integração “lucram” com ela. 
 Na sequência destes movimentos e conquistas é elaborado o conceito de inclusão social, 
processo que funciona em mão dupla: a sociedade e os segmentos até então excluídos (inclusive 
o das PPD) buscam equacionar soluções e alternativas, para garantir a equiparação de 
oportunidades e de direitos. 
 Não se trata simplesmente de transferir os alunos da escola especial para a escola regular, mas 
sim de remodelar e modificar a escola regular para que esta possa atender a uma ampla variedade 
de alunos. 
 Assim, principalmente na área pedagógica, não parece correto ter-se como ponto de referência 
as deficiências ou incapacidades (atitude infelizmente ainda frequente nas nossas escolas), mas 
sim compreender que o que é importante é o ser humano. 
 No campo da pedagogia teremos de evitar que a deficiência se coloque entre o professor e o 
aluno, impedindo-nos de ver a pessoa que está por detrás dessa deficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom estudo! 
Equipe de Dependência Pedagogia.

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