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Aula 1 (anexo) O contexto mundial e a sua influência no sistema educacional brasileiro

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1 
O contexto mundial e a sua influência no sistema educacional 
brasileiro 
 
Hoje vivemos em um mundo globalizado, complexo, diversificado com um modelo 
econômico baseado na ideologia do neoliberalismo, com flutuações no mercado de 
trabalho provocando uma insegurança na situação familiar e onde as fronteiras 
foram expandidas ou mesmo derrubadas. 
 
A escola não pode realizar o seu trabalho considerando as condições existentes 
apenas na comunidade onde está inserida. Por outro lado, ela não pode 
desconhecer a cultura existente e o modo de vida do aluno. Esse fato, por si só, 
reveste o trabalho pedagógico de uma complexidade difícil ou mesmo impossível de 
ser totalmente atendida. Aquele mundo comtemplativo do século XIX e do início do 
XX, onde a certeza, a previsibilidade, a crença em verdades cientificamentes 
demonstradas, não existe mais. 
 
No século XXI, o conhecimento é constantemente refeito, os cenários se alteram 
com uma rapidez imensa, o avanço tecnológico colocou a comunicação do fato no 
tempo exato do acontecimento. 
 
Como a escola pode lidar com todas essas mudanças? 
 
Como o professor que foi formado para atuar, em um mundo estável, mais lento, 
menos diversificado, pode dar conta de estar “atualizado” e sintonizado na mesma 
frequência do seu aluno? 
 
Os livros didáticos também não veem conseguindo acompanhar todas as inovações 
geradas pela pesquisa científica e precisam ser resignificados pelo próprio 
professor. A internet e os sites de pesquisa possibilitam diminuir o vácuo existente 
entre o avanço do conhecimento e os conteúdos curriculares dinamizados na 
escola. 
 
 
 
 2 
 
A escola pode desconhecer e continuar o seu trabalho em uma lógica tradicional ou 
pode, mediante a constante atualização do seu currículo, da sua proposta 
pedagógica, do seu projeto político-pedagógico e pela difusão do uso da internet, 
tentar diminuir a distância entre o que acontece no espaço escolar e o mundo mais 
amplo que existe fora dela e que hoje significa o planeta Terra como um todo. 
 
Podemos citar como exemplo de organizações e movimentos que interligam as 
pessoas em torno de um único objetivo os fóruns internacionais e os instrumentos 
formadores de opinião como o Facebook. 
 
Essa nova realidade existente no mundo gerou outras situações como o 
conhecimento imediato da mudança do clima ou dos desastres ecológicos como as 
ondas gigantes, a erupção de um vulcão e de outros fenômenos decorrentes do 
aquecimento global que atingem diversos países simultaneamente. 
 
Como efeitos mais ligados ao contexto social podemos citar o novo modelo de 
sociedade, de família, da própria Igreja - que sempre se caracterizou por ser uma 
instituição regulada por normas seculares e -, finalmente, os avanços tecnológicos 
que alteraram as relações de trabalho, e o pior, o nosso planeta aparentemente 
caminha para o esgotamento de seus recursos naturais. 
 
Todos esses fatos acarretaram uma mudança no paradigma da escola. 
 
Qual é a escola necessária para educar as novas gerações? 
 
A criança já deve ser preparada para a possibilidade de uma escassez de água, de 
alimentos, para um aumento na temperatura, para enfrentar os fenômenos 
climáticos decorrentes do desmatamento? 
 
 
 
 
 3 
Para viver uma vida urbana onde as pessoas não se conhecem, não se visitam, os 
relacionamentos familiares são distantes pelo excesso de horas dedicadas ao 
emprego ou a uma atividade laboral? 
 
Silva, ao falar das transações paradigmáticas, mostra a sua preocupação de que o 
momento no qual estamos vivendo é de transição de um paradigma para outro e 
que esse movimento gera um fluxo de desafios: 
 
Tanto o constituído-resistente traz consigo o germe do 
constituindo-emergente como, obviamente, este carrega 
algumas características daquele, deixando-nos confusos e 
atônitos diante da interseção do novo com o velho, que 
constitui a dinâmica da complexidade do processo transitório. 
(Silva, 2006, p. 20.) 
 
Partindo dessas ideias e do que é apresentado mais amplamente no texto, podemos 
inferir que as transições dos paradigmas de um racionalismo com ênfase na razão, 
no controle e na exatidão, em direção a uma realidade mais complexa, recoberta 
de incertezas, constituem um conjunto de possibilidades de várias ordens, social, 
política, econômica, podendo resultar em trocas positivas em direção ao 
desconhecido. 
 
Considerando que não temos como voltar no tempo, só nos resta ir de encontro ao 
presente e ao futuro. 
 
O autor defende que a ciência sozinha não explica todos os fenômenos e as 
questões atuais, mas nos possibilita vislumbrar novos horizontes, um novo cenário 
se descortinando repleto de possibilidades e gerando um descompasso na ordem 
moderna. 
 
 
 
 
 4 
É importante entender que essas questões estão ainda em movimento constante, 
pois o que é velho resiste e continua existindo paralelamente ou simultaneamente 
até se completar no que autor chamou de “processo transitório”. 
 
Esperamos que você esteja entendendo que para analisar as causas das mudanças e 
da insatisfação que ocorrem hoje, na escola brasileira, se torna necessário perceber 
que constituem uma reação ao que acontece na sociedade atual, não só no Brasil, 
mas no mundo todo. 
 
Esse efeito da incompletude do saber foi um pouco produzido pela ação da própria 
escola, na pesquisa realizada pelas ciências humanas, pela Física, pela Biologia e 
por outros campos do conhecimento, mas ocasiona uma reviravolta, pois determina 
que aquele saber produzido e acumulado seja revisto e reformulado 
incessantemente. 
 
A escola tem o hábito de fazer autocrítica, mas ao mesmo tempo, enorme 
dificuldade em alterar o seu cotidiano. 
 
Essa situação não existe apenas no Brasil, tem um caráter muito mais amplo. 
Outros povos, outras regiões sofrem com as mesmas questões. 
 
O mesmo autor fala que “O professorado vive na tensão entre a resistência do 
paradigma dominante e a emergência de novos paradigmas”. (p. 24) 
 
Essa situação de dubiedade, de um vir a ser constante, pode gerar uma insegurança 
no professor que passa a desconfiar do seu próprio saber, da sua capacidade de 
conduzir a aprendizagem de seus alunos, reveladas na busca constante de realizar 
novos cursos, participar de seminários e encontros. 
 
Para finalizar esse cenário de crise, instabilidades e mudanças constantes, descrito 
com muita propriedade por Silva, contribuiu para criar no Brasil, as condições para 
 
 
 
 5 
a implantação de modelos de avaliação que permitissem identificar o status 
presente e as pistas em direção a um futuro provável.

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