Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Escola de Cieˆncia e Tecnologia Aula 21 - Autovalores e Autovetores Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Fabiana T. Santana Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 1 / 16 Refereˆncias Bibliogra´ficas: 1. H. Anton, C. Rorres. A´lgebra Linear com Aplicac¸o˜es. 8a ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 2 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Objetivo Encontrar uma base ortonormal de Rn com o produto interno euclidiano que consista de autovetores de uma matriz A de tamanho n× n. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 3 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Para encontrar a base do Rn formada por autovetores de uma matriz A iremos utilizar a definic¸a˜o abaixo e o pro´ximo teorema. Definic¸a˜o 1.1 Uma matriz quadrada P e´ ortogonal se P−1 = P T . Observac¸a˜o 1.1 Se P e´ matriz ortogonal, enta˜o PP T = I e P TP = I. Esta propriedade pode ser usada como um crite´rio para verificar se uma matriz quadrada P e´ ortogonal. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 4 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Teorema 1.1 Se P e´ uma matriz n× n as seguintes afirmac¸o˜es sa˜o equivalentes: (a) P e´ ortogonal. (b) Os vetores-linha de P formam um conjunto ortonormal de Rn em relac¸a˜o ao produto interno euclidiano. (c) Os vetores-coluna de P formam um conjunto ortonormal de Rn em relac¸a˜o ao produto interno euclidiano. Isto e´, se conseguirmos encontrar uma matriz P (ortogonal) formada por autovetores, o problema de encontrar uma base de Rn esta´ resolvido. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 5 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Uma matriz A de tamanho n× n e´ ortogonalmente diagonaliza´vel se existir uma matriz ortogonal P tal que P−1AP = D, isto e´, P TAP = D, onde D e´ uma matriz diagonal. Problema´tica: Quais matrizes A sa˜o ortogonalmente diagonaliza´veis? Como encontrar uma matriz ortogonal P que diagonaliza A? Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 6 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Respostas a`s perguntas anteriores: Suponha que A e´ ortogonalmente diagonaliza´vel. Logo, P TAP = D (1) Como P e´ ortogonal, temos que PP T = P TP = I (2) Multiplicando (1) por P a esquerda e por P T a direita, temos que A = PDP T (3) Transpondo ambos os lados de (3) e usando DT = D, temos AT = (PDP T )T = (P T )TDTP T = PDP T = A (4) Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 7 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Conclusa˜o : Para A ser ortogonalmente diagonaliza´vel a matriz A tem que ser sime´trica, isto e´ A = AT Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 8 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Teorema 1.2 Se A e´ uma matriz n× n, enta˜o as seguintes afirmac¸o˜es sa˜o equivalentes: (a) A e´ ortogonalmente diagonaliza´vel. (b) A tem um conjunto ortonormal de n autovetores. (c) A e´ sime´trica. Teorema 1.3 Se A e´ uma matriz sime´trica, enta˜o: (a) Os autovalores de A sa˜o reais. (b) Autovalores de auto-espac¸os diferentes sa˜o ortogonais. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 9 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Procedimento para diagonalizar ortogonalmente uma matriz sime´trica A Passo 1: Encontre uma base para cada auto-espac¸o de A. Passo 2: Aplique o processo de Gram-Schmidt a cada uma destas bases para obter uma base ortonormal de cada auto-espac¸o. Passo 3: Forme a matriz P cujas colunas sa˜o os vetores de base constru´ıdos no Passo 2; esta matriz diagonaliza A ortogonalmente. As colunas de P constituem uma base ortonormal de Rn. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 10 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Exemplo 1.1 Encontre uma matriz ortogonal P que diagonaliza A = 4 2 22 4 2 2 2 4 . (Esse problema e´ equivalente a`: Encontre uma base ortonormal de R3 a partir da matriz A) Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 11 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Soluc¸a˜o: A equac¸a˜o caracter´ıstica de A e´: det(λI −A) = 0 ⇒ det λ− 4 −2 −2−2 λ− 4 −2 −2 −2 λ− 4 = 0 ⇒ (λ− 2)2(λ− 8) = 0 (5) Da equac¸a˜o (5), segue que os autovalores de A sa˜o λ = 2 e λ = 8 Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 12 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Continuac¸a˜o: Para λ = 2, pode ser mostrado que → u1= −11 0 , →u2= −10 1 formam uma base para o auto-espac¸o. Aplicando o processo de Gram-Schimidt a {→u1, →u2} e normalizando os vetores encontrados, obtemos os seguintes vetores ortonormais: → v1= −1/√21/√2 0 , →v2= −1/ √ 6 −1/√6 2/ √ 6 Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 13 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Continuac¸a˜o: Para λ = 8, pode ser mostrado que → u3= 11 1 forma uma base para o auto-espac¸o. Aplicando o processo de Gram-Schimidt a {→u3} e normalizando o vetor encontrado, obtemos os seguintes vetores ortonormais: → v3= 1/ √ 3 1/ √ 3 1/ √ 3 Observe que quando a base de autovetores possue apenas um vetor o processo de Gram-Schimidt resultara´ no pro´prio vetor. Enta˜o, basta normalizar. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 14 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Continuac¸a˜o: Os vetores → v1, → v2 e → v3 sa˜o as colunas da matriz ortogonal P que diagonaliza A ortogonalmente. P = −1/ √ 2 −1/√6 1/√3 1/ √ 2 −1/√6 1/√3 0 2/ √ 6 1/ √ 3 O conjunto {→v1, →v2,→v3} e´ uma base ortonormal de R3 associada a` matriz A. Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 15 / 16 Aula 21 - Diagonalizac¸a˜o Ortogonal Exerc´ıcios: Lista 5.1 Fabiana T. Santana UFRN-ECT A´lgebra Linear 16 / 16 Aula 21 - Diagonalização Ortogonal
Compartilhar