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*28/04/2011 * FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO POPULAR PEDAGOGIA – TEREZA RENOU AULA 7 Rio de Janeiro, agosto de 2011 *28/04/2011 * Fundamentos da EJA e Educação Popular 2 7: Sujeitos da EJA: mundo do trabalho e escola Analisar a relação entre processo produtivo, escolarização e o mundo do trabalho. Identificar a estrutura fragmentada da escola no contexto sócio-econômico da produção. *28/04/2011 * Fundamentos da EJA e Educação Popular 3 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 4 * * Trabalho = associado e confundido com: emprego, desemprego e até com capital. Fundamentos da EJA e Educação Popular 5 “O que esquecemos muitas vezes é que o trabalho nas suas formas hoje consideradas tem uma história e que nossa história atual está intimamente relacionada ao trabalho. Podemos inclusive, afirmar que só há história por causa do trabalho, a despeito do atual processo de desemprego e de teorias sobre o “fim do trabalho”. Fonseca * * Esta relação indissociável estabelecida entre o trabalho e a história nos remete à reflexão sobre a função sócio-histórica do trabalho. Tal função/relação nos remete à ontologia do trabalho, como afirma o mesmo autor: “Afirmar que o trabalho está na base da história é afirmar que é o trabalho (historicamente determinado) que funda a história. O trabalho tem então uma dimensão ontológica, ou seja, ele está enraizado na existência dos homens, de tal maneira que sem ele nem homens e nem história existiriam”. Fundamentos da EJA e Educação Popular 6 * * O trabalho apresenta dois sentidos distintos e articulados histórico: forma específica da produção da existência humana sob o capitalismo (assalariado) e ontológico: forma pela qual o homem produz a sua própria existência. Fundamentos da EJA e Educação Popular 7 * * É o trabalho que nos diferencia dos outros seres vivos. Engels afirma: “O trabalho é a fonte de toda riqueza, afirmam os economistas. Assim é, com efeito, ao lado da natureza, encarregada de fornecer os materiais que ele converte em riqueza. O trabalho, porém, é muitíssimo mais do que isso. É a condição básica e fundamental de toda a vida humana. E em tal grau que, até certo ponto, podemos afirmar que o trabalho criou o próprio homem.” Fundamentos da EJA e Educação Popular 8 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 9 Trabalho = ligação à transformação, criação e recriação. É uma ação humana envolvendo: força física, capacidade intelectual e poder de transformar a natureza e a sociedade. Na modernidade = visto como meio de desenvolvimento e enriquecimento do indivíduo. Esta nova visão vai servir para a burguesia incentivar a individualidade e a possibilidade de explorar o trabalho como mercadoria e como produtor de mercadoria. * * Assim, tivemos pessoas trabalhando em condições escravas, servis e, mais recentemente, assalariadas. Fundamentos da EJA e Educação Popular 10 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 11 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 12 “O taylorismo, como filosofia produtiva, assumia como pressuposto a idéia de uma "resistência" operária estrutural ao emprego de trabalho. Partia da existência de um "segundo mundo" na fábrica, diferente e separado da ordem da empresa, governado pelo seu próprio código de honra e por leis especificas não-escritas, e determinado a escamotear a própria força de trabalho, a retardar as operações, a sobretudo, "ocultar", sua potência produtiva real à hierarquia da fábrica. Para (...) restituir ao patrão o conhecimento do processo produtivo, acabando com o monopólio do conhecimento sobre os ofícios possuído pelos trabalhadores, a fábrica taylorista era uma estrutura produtiva feroz, despótica, agressiva, porque era "dualista". Porque se baseava na idéia de uma separação e de uma contraposição estrutural entre os principais sujeitos produtivos.” PARA REFLETIR... * * Pesquisar as principais características e objetivos do Taylorismo Sistema de organização industrial criado pelo engenheiro mecânico e economista norte-americano Frederick Winslow Taylor, no final do século XIX. A principal característica deste sistema é a organização e divisão de tarefas dentro de uma empresa com o objetivo de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e atividade. Frederick W. Taylor: criador do Taylorismo Fundamentos da EJA e Educação Popular 13 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 14 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 15 *28/04/2011 * Fundamentos da EJA e Educação Popular 16 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 17 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 18 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 19 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 20 Ao alienar o trabalhador dos meios de produção, o capitalista processa não só a dualidade básica sistêmica, como também, e por isso, passa a controlar todo o processo econômico da produção ao consumo. Ainda dentro desta dinâmica, acontece outra alienação: a divisão social do trabalho no processo de produção. * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 21 Objetivando aumentar seu controle sobre o trabalhador e sobre o processo produtivo, o capitalista vai impor uma divisão social no local da produção. O sistema fordista/taylorista, ao implantar a linha de produção, e reduzir a participação do trabalhador a procedimentos repetitivos e mecânicos, processa a separação entre o sujeito e o saber, entre o pensar e o fazer. * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 22 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 23 PAPEL da ESCOLA = formação de novos trabalhadores (especializados nas funções manuais ou para as funções pensantes intelectuais). A escola ensinou de acordo com as necessidades fordismo/taylorismo: “A fragmentação, a separação entre trabalho instrumental e intelectual, a organização em linha e o foco na ocupação (...) expressou-se por meio da oferta de escolas que se diferenciavam segundo a classe social que se propunham a formar: trabalhadores ou burgueses. KUENZER, Acácia Zeneida. * * 24 Fundamentos da EJA e Educação Popular * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 25 A Formação na SOCIEDADE e na ESCOLA se processa de duas formas: 1º o homem “UNILATERAL”, (aquele que vai aprender parcialmente procedimentos tecnológicos e, passivamente, atende aos interesses do capital, essa educação é fragmentada), e 2º o sujeito “ONILATERAL” (aquele que, controlando e integrando, na totalidade, saberes e procedimentos técnico-tecnológicos da concepção e da produção, pode atuar de forma ativa na sociedade = formado nas totalidades do intelecto e da tecnologia). * * A EJA está mais próxima de qual tipo de formação: da formação da pessoa unilateral ou da formação do sujeito Onilateral? Fundamentos da EJA e Educação Popular 26 Historicamente voltada para setores marginalizados da sociedade, a modalidade EJA tem recebido nos últimos anos uma visibilidade considerável. E ao mapear algumas questões ligadas à formação de jovens e adultos trabalhadores, devemos refletir a sua função dentro do sistema escolar e o seu papel na sociedade. Nesse sentindo podemos indagar: é possível uma atuação docente na EJA na direção da onilateralidade? * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 27 Em se tratando da EJA enquadrada como modalidade no sistema oficial de educação, ela não pode ser vista como possibilidade de diferente daquela ligada a unilateralidade e ao lugar que a escola tem em nossa sociedade. Porém, quando nos aproximamos do cotidiano da EJA podemos ver mais do que sistemas e subordinações políticas e legais. * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 28 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 29 * * Fundamentos da EJA e Educação Popular 30 * * *
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