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Resumo de "Direitos da personalidade", cap. 5 - PAMPLONA E STOLZE

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DIREITOS DA PERSONALIDADE, CAP V (STOLZE E PAMPLONA, VOL 1)
O novo Código Civil traz um capítulo específico para os Direitos da Personalidade. Sendo isso sinal de uma modificação axiológica na codificação brasileira, onde o patrimônio (que era o principal bem valorado no CC16, concebido por uma sociedade agrária, tradicionalista e conservadora) é menos valorado frente ao indivíduo, evidenciando o espírito da CF/88.
Conceito e Denominação
Direitos da personalidade são aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e suas projeções sociais. (Esfera extrapatrimonial do indivíduo).
Valores não redutíveis pecuniariamente, como a vida, a integridade física, a intimidade, a honra...
Poderes que o homem exerce sobre sua própria pessoa.
Natureza 
Corrente positivista: Toma por base a ideia de que os direitos da personalidade devem ser somente aqueles reconhecidos pelo Estado, que lhes dariam força jurídica. Não aceitam a existência de direitos inatos à condição humana. Defensor: PELINGIERI
Corrente Jusnaturalista: Os direitos da personalidade correspondem às faculdades exercitadas naturalmente pelo homem, atributos inerentes à condição humana. Cabendo ao Estado apenas reconhecê-los e sancioná-los em um ou outro plano do direito positivo – em nível constitucional ou em nível de legislação ordinária-. Defensor: TEPEDINO
Obs.: Independente da corrente, deve-se conservar um conteúdo mínimo de atributos que preservem essa própria condição humana como um valor a ser tutelado. 
Obs.: “O juiz não poderá negar tutela a quem peça garantias sobre um aspecto da sua existência que não tem previsão específica, porque aquele interesse já tem relevância ao nível de ordenamento e, portanto, uma tutela também em via judicial. ” (Trecho do art. 28 do Código Civil suíço).
A corrente jusnaturalista oferece uma elasticidade maior no que tange situações não imaginadas pela mente humana. Proteção ao homem enquanto ser natural. 
Sobre a universalidade dos direitos da personalidade, há um certo consenso. Há um mínimo de direitos, ligados à pessoa humana, que não podem ficar sem a proteção do Estado. Há determinados direitos que são universais, devem viger em todos os povos. (Declaração dos Direitos Humanos). – Questão a se refletir: mutilação de meninas africanas e mulçumanas (integridade física e dignidade da pessoa humana).
A Construção Da Teoria Dos Direitos Da Personalidade E Das Liberdades Publicas 
Alguns dos direitos da personalidade, porém, se examinados em relação ao Estado (e não em relação aos outros indivíduos), ingressam no campo das liberdades públicas, consagradas pelo Direito Constitucional. 
Os direitos da personalidade situam-se acima do direito positivo, sendo considerados, em nosso entendimento, inerentes ao homem. Devendo o Estado, através de normas positivas, apenas reconhecê-los e protegê-los. Mesmo que tal reconhecimento não ocorra, esses direitos continuariam existindo, em função de seu caráter transcendente da natureza humana, ao contrário das liberdades públicas, que dependem necessariamente da positivação para serem assim consideradas. 
Na primeira manifestação da teoria dos direitos da personalidade, ainda que sob a forma de liberdade pública, situa-se na Carta Magna da Inglaterra de 1215, em que consagrou o reconhecimento de direitos primários do ser humano em face dos detentores do Poder.
3 elementos históricos que contribuíram com a forma decisiva para o desenvolvimento dessa teoria:
O advento do Cristianismo: ressalta-se a ideia da dignidade do homem como filho de Deus. Acima das circunstancias políticas. (status libertatis, status civitatis e status familiae).
A Escola do Direito Natural: assentou a concepção de direitos inatos ao ser humano, correspondentes à sua própria natureza, e a ela unidos de forma absoluta e preexistente ao reconhecimento estatal.
A Filosofia Iluminista: Valorização do indivíduo face ao Estado.
Titularidade 
O ser humano é o titular por excelência da tutela dos direitos da personalidade.
O nascituro não tem personalidade jurídica, mas tem os seus direitos ressalvados pela lei, desde a concepção.
Uma pessoa jurídica não pode receber indenização por dano moral, uma vez que este recai sobre dor íntima e sentimental, no entanto, pode receber por dano à honra e imagem, uma vez que deve zelar pelo seu nome e imagem perante o público-alvo. Princípio do ninguém ferido (neminem laedere). [Extensibilidade dos direitos personalíssimos à pessoa jurídica, não a ponta de se confundir com índole patrimonial – JOSAPHAT MARINHO] – Defensores: Carlos Alberto Bittar, José de Aguiar Dias, Rubens Limongi França, Sergio Severo. CC/02, art. 52 “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
Características 
Absolutos: Oponibilidade erga omnes, impondo à coletividade o dever de respeitá-los. Indisponibilidade (Não se permite ao titular do direito renunciar a ele ou cedê-lo em benefício de terceiro ou da coletividade). Admite, a doutrina especializa, a existência de “direitos da personalidade relativos”, como os direitos subjetivos públicos, que permitem exigir do Estado uma determinada prestação, como ocorre com o direito à saúde, ao trabalho, à educação e à cultura, à segurança e ao ambiente (Para Pablo, se tratam de liberdades públicas e não de direitos da personalidade).
Generalidade ou Caráter Necessário: Consiste no fato de os direitos da personalidade serem outorgados a todas as pessoas, simplesmente por pelo fato de existirem. 
Extrapatrimonialidade: A ausência de um conteúdo patrimonial direto, aferível objetivamente, ainda que sua lesão gere efeitos econômicos. Não impede as manifestações pecuniárias. Exemplo: Direitos autorais = Direitos morais (D. da personalidade) + D. patrimoniais (direito de utilizar, fruir e dispor obra literária, artística ou científica, perfeitamente avaliável em dinheiro). Lei nº 9.610/98, art. 27. “Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis. ”.
Indisponibilidade: Abarca a intransmibissilidade (inalienabilidade) e a Irrenunciabilidade. Nem por vontade própria o indivíduo pode mudar de titular. CC/02, Art. 11 “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. ”. Não se pode separar a honra, a intimidade de seu titular (tem caráter de essencialidade). Apenas excepcionalmente é que se pode admitir a transmissibilidade de alguns poderes ínsitos [inatos] a certos direitos da personalidade. Ex.: Direito à imagem. Ninguém pode pretender transferir juridicamente a sua forma plástica a terceiro. Admite a cessão de uso dos direitos à imagem. Não se trata da transferência do direito em si, mas apenas da sua faculdade de uso. Deverá respeitar a vontade do seu titular e só poderá ser interpretada restritivamente (por exemplo, se eu autorizo a minha imagem numa propaganda na tv, não permite que ela seja também veiculada em outdoors).
Imprescritibilidade: Inexiste um prazo para o seu exercício, não se extinguindo pelo não uso. Está se referindo aos efeitos do tempo para a aquisição ou extinção de direitos. Prescritibilidade da pretensão e reparação do eventual violação a um direito da personalidade, se extinguira pela prescrição, genericamente, no prazo de 3 anos. Art. 206, §3º, CC/02.
Impenhorabilidade: Os direitos morais do autor jamais poderão ser penhorados, não havendo, porém, qualquer impedimento legal na penhora do crédito dos direitos patrimoniais correspondentes. 
Vitaliciedade: Extinguem-se, sem regra, com o seu desaparecimento. Há direitos da personalidade que se projetam além da morte do indivíduo. Ex: Direito ao corpo morto. Ex.: Se a lesão à honra do indivíduo ocorrer após o seu falecimento (atentado à sua memória), ainda assim poder-se-á exigir judicialmente que cesse a lesão (ou ameaça), tendo legitimidade para requerer a medida, na forma do parágrafo único do art. 12, CC/02, “o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parenteem linha reta, ou colateral até o quarto grau”.
Classificação
Com base na tricotomia corpo/mente/espírito:
Vida e integridade física (corpo vivo, cadáver, voz);
Integridade psíquica e criações intelectuais (liberdades, criações intelectuais, privacidade, segredo).
Integridade moral (honra imagem, identidade pessoal)
Direito à vida
A vida é o direito mais precioso do ser humano. Sem ela, nada existe. 
Direito à vida e não um direito sobre a vida.
Ordem jurídica assegura o direito à vida de todo e qualquer ser humano, antes mesmo do nascimento, punindo o aborto e protegendo os direitos do nascituro.
A concepção de um direito à vida implica o reconhecimento estatal da legitimidade do combate individual e coletivo a todas as ameaças à sadia qualidade de vida. Ex.: Alimentos Transgênicos.
Aborto: Considerado crime art. 124 a 127, CPB.
Exceções: a) aborto terapêutico, realizado sob estado de necessidade. Salvar a vida da gestante; b) aborto sentimental (ético ou humanitário): quando a gravidez resultar de estupro. Olhar ADIn n. 3510
 HELÓISA HELENA BARBOSA citada por YONE FREDIANI:
“Considerando que a lei penal pune, mas não conceitua o aborto (etimologicamente: ab = privação + ortus = nascimento), e que esse é definido como a interrupção da gravidez com a morte do produto da concepção, afirma-se inexistir crime de aborto na fertilização ‘in vitro’, visto que a gravidez só existe em organismo vivo, não sendo reconhecida fora dele”.
Eutanásia: a) ativa/benermotásia/sanicídio: emprego de recursos químicos ou mecânicos que culminem na supressão da vida do enfermo incurável; CPB pune, ainda que sob forma de homicídio privilegiado, minorante de 1/6 a 1/3; b) passiva/ortonásia/paraeutanásia: deixar de aplicar recursos clínicos disponíveis, objetivando apressar o falecimento do doente incurável. (Projeto do CPB não considera crime, se houver consentimento do paciente, cônjuge, ascendente, descendente ou irmão); c) Eutanásia social/mistanásia: comum em países subdesenvolvidos. Falta de recursos aliada à má vontade política.
Direito à Integridade Física
 Prezando-se pela incolumidade corpórea e intelectual, repelindo-se lesões causadas ao funcionamento normal do corpo humano.
Limites do poder da vontade individual em confronto com a necessidade de intervenções médicas ou cirúrgicas. CC/02, art. 15. “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou intervenção cirúrgica. ” 
O doente tem a prerrogativa de se recusar ao tratamento, em função do seu direito à integridade física. Não havendo tempo para a oitiva do paciente, o médico tem o dever de realizar o tratamento, independentemente de autorização, eximindo-se de responsabilidade.
Há práticas esportivas em que o risco é assumido pelo praticante. O próprio Direito Penal autoriza a prática dessas atividades, à luz do princípio da adequação social. Assim como no âmbito de determinadas profissões em que o risco à saúde e lesões é inerente à atividade desenvolvida; compete ao responsável pela atividade tomar todas as providências tendentes a evitar ou minimizar as possibilidades de dano, com adoção de todos os mecanismos de segurança previstos na legislação, respondendo pelas lesões causadas. 
 
Direito ao corpo humano
Integridade física. Direito ao corpo vivo e às suas partes integrantes.
Direito ao corpo vivo
O corpo é projeção física da individualidade humana, sendo inalienável, embora seja admitida disposição de suas partes desde que haja justificado interesse público, não implique mutilação e não haja fim lucrativo. 
CC-02, “Art. 13. Salvo por ***exigência médica***, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial”.
***Refere-se tanto ao bem-estar fisco quanto psíquico do paciente.***
CF-88, “Art. 199, §4º. A Lei disporá dobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. ”
Regulamentação: I- Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997. Lei de Transplantes. II- Lei nº 10.211, de 23 de março de 2001. Lei de alteração à Lei de Transplantes.
Lei nº 10.211, “Art. 9. É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do §4º deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea. ”
A lei condiciona doação intervivos, limitando-a a:
Órgãos duplos
Partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, além de corresponder a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora. 
O consentimento do receptor é indispensável. Comprovação de comunicação prévia do Ministério Público. 
Transexualidade: Ainda não admitida pelo nosso ordenamento jurídico. O Tribunal de Justiça do RS se posicionou quanto ao fato, autorizando a operação sob as alegações “pelos evidentes interesses jurídicos em jogo, dados os reflexos não só na sua vida privada, como na vida da sociedade, não podendo tal critério ficar a critério exclusivamente das normas ético-científicas da medicina”. 
Direito ao corpo morto
CC-02, “Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo em parte, para depois da morte. 
Parágrafo Único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. ”
A personalidade jurídica termina com a morte (mors ominia solvit), todavia, é preciso proteger a dignidade do ser humano – e seus restos mortais lhe representam post mortem -, tem-se admitido a preservação, como direitos da personalidade, do cadáver. O direito ao cadáver diz respeito ao próprio defunto, à sua memória. 
Violações do cadáver admitidas:
Direito à prova: Em caso de morte violenta, ou havendo suspeita da prática de crime, é indispensável a realização do exame necroscópico, na forma da legislação (Art. 162, CPP).
Necessidade: Admite-se a retirada de partes do cadáver para fins de transplante e em benefício da ciência, na estrita forma da legislação em vigor, e sem caráter lucrativo.
Doação de órgãos: Inicialmente, previa o art 4º da 9.434:
“Salvo em manifestação de vontade em contrário, nos termos desta lei, presume-se autorizada a doação a doação de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano, para a finalidade de transplantes ou terapêutica post mortem”
Então, consagrou-se o sistema do consentimento presumido no Direito Brasileiro. Dessa forma, a doaçãopost mortem seria presumidamente autorizada pelo falecido. No entanto, através de uma medida provisória (MP nº 1.959), convertida em Lei nº 10.211, passou a ter a seguinte redação:
“A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte”.
Direito à voz
A voz é entendida como emanação natural de som da pessoa.
Inciso XXVIII, a, do art. 5º da CF-88:
”São assegurados nos termos da lei:
A proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas. ”
A voz é componente físico, digno da mais ampla proteção legal. Está sujeito à legislação dos Direitos Autorais (Lei n. 9.610, de 19-02-98, art. 89 e s.). 
Direito À Integridade Psíquica
Nessa classificação, levam-se em conta os elementos intrínsecos do indivíduo, como atributos de sua inteligência ou sentimento, componentes do psíquico humano.
É necessidade jurídica proteger a incolumidade da mente humana.
É o direito-base de onde surgem todos os demais. 
Direito à Liberdade
- Vários têm sido os enforques com que se encara a liberdade (civil, política, religiosa, sexual, etc), com a enunciação de componentes próprios e distintos, como a liberdade de locomoção, de trabalho, de exercício de atividade, de estipulação contratual, de comercio, de culto, de organização sindical, de imprensa, entre outras. 
Liberdade: Poder agir, no seio de uma sociedade organizada, segundo a própria determinação, dentro dos limites impostos por normas definidas.
Somente a própria ordem jurídica, com o fito de garantir seus bens mais preciosos, é que possui a legitimidade necessária para estabelecer limitações à liberdade individual das pessoas. 
A liberdade só tem cabimento na extensão requerida pelo bem-estar social, fora isso, é arbítrio. 
Direito à liberdade de pensamento
Inciso IV do art 5º da CF-88: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.
CF88, “Art220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observando o disposto nesta constituição.” (caput).
- Liberdade do foro íntimo: ninguém pode ser constrangido a pensar deste ou daquele modo.
- Liberdade de consciência e crença: liberdade de opção quanto às convicções políticas, filosóficas e religiosas, devendo a lei resguardar também os locais de culto e das liturgias.
Direito às criações intelectuais (autoria científica, artística e literária).
O direito às criações intelectuais é manifestação direta da liberdade de pensamento.
CF88, Art. 5º:
“XXVII- aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar. 
XXVIII – São assegurados nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX – alei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para a sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País.”
Lei dos direitos autorais – 9.610-98 – em que se reconhecem direitos de cunho moral e direitos de caráter patrimonial ao autor, artigos: 22, 24, 28,29. As demais são reguladas no Código de Propriedade Industrial, Lei n. 9.279-96, sob uma visão mais patrimonial, consistente na outorga de direito exclusivo de exploração econômica ao titular, pelos prazos definidos em seu contexto.
É preciso distinguir, portanto, duas classes de interesses de direitos autorais, morais (direitos da personalidade) e patrimoniais (manifestações econômicas de um direito de propriedade).
- Lei n. 9.610-98:
“Art. 49. Os direitos de autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a terceiros, por ele ou por seus sucessores, a titulo universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes com poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios admitidos em Direito, obedecidas as seguintes limitações:
A transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei”.
Direito à privacidade
Considerada inviolável pelo inciso X, art. 5º, CF88. A vida privada (right of privacy)é é a manifestação de um direito à intimidade. 
CC02, “Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.”.
Proteção Legal da honra e imagem.
Direito à vida privada é a exigibilidade de respeito ao isolamento de cada ser humano, que não pretende que certos aspectos da sua vida cheguem ao conhecimento de terceiros. Direito de estar só.
Exemplo: E-mail, o endereço eletrônico. Propaganda.
Direito ao segredo pessoal, profissional e doméstico. 
Proteção contra a iniscrição. 
Segredo das comunicações: manutenção sigilosa das comunicações em geral. Exemplo: segredo epistolar (correspondência).
Segredo doméstico: é aquele reservado aos recônditos do lar e da vida privada. Inviolabilidade do domicilio. Inclusive entre parentes. 
Segredo Profissional: direito da pessoa que teve de revelar algum segredo da sua esfera íntima a terceiro, por circunstância de atividade profissional. (médicos, advogados, padres, etc.)
Direito À Integridade Moral
Direito à honra
Acompanha o indivíduo do seu nascimento à morte. 
- Objetiva: reputação da pessoa. Nome. Fama.
- Subjetiva: ao sentimento pessoal de estima ou consciência da própria dignidade. 
X, 5º, CF88. “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
CPB: calúnia, difamação e injúria, artigos: 138,139,140.
Direito à imagem
Cunho moral.
Forma plástica da pessoa natural. 
Imagem: expressão exterior sensível da individualidade humana. 
i)Imagem retrato – literalmente aspecto físico da pessoa. Conjunto de caracteres especiais. 
ii)Imagem atributo – exteriorização da personalidade do indivíduo, a forma como ele é visto socialmente. 
A imagem traduz a essência da individualidade humana. 
Não é violação desse direito, apenas, o uso indevido da imagem, mais o desvio da finalidade autorizada. 
Infrator deve ser civilmente responsabilizado.
Autorização do titular deve ser expressa.
CC02, art. 20.
Direito à identidade
Elementos distintivos da pessoa natural ou jurídica. 
Artigos do CC02: 16, 17, 18, 19. 
Nome comercial.
Também é atributo da pessoa jurídica. 
Proteção dos direitos da personalidade
Em vários campos do ordenamento jurídico. Estatutos disciplinadores diversos.
Objetivos, segundo CARLOS ALBERTO BITTAR:
1.cessação de práticas lesivas. 2. Apreensão de materiais oriundos dessa prática. 3. Submissão do agente à cominação de pena. 4. Reparação de danos materiais e morais. 5. Perseguição criminal do agente. 
Poderá ser:
1)preventiva: ajuizamento de ação cautelar ou ordinária, com multa cominatória. Objetivando evitar a concretização de ameaça de lesão ao direito da personalidade. 
2)repressiva: Imposição de sanção civil (pagamento de indenização), ou penal (persecução criminal), em caso de lesão já haver se efetivado.
CC02, Art. 12 – CF, Art 5º, incisos: LXVIII, LXIX, LXX (a,b), LXXI, LXXII (a,b), LXXIII.

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