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ESTAFILOCOCOS Profª: Jane M. Costa Infectologia Medicina 5° Semestre COCOS GRAM POSITIVOS FAMÍLIAS: MICROCOCCACEAE STREPTOCOCCACEAE ASPECTO MORFO- TINTORIAL ESTREPTOCOS e ESTAFILOCOC0S FAMÍLIAS MICROCOCCACEAE MICROCOCCUS STAPHYLOCOCCUS STREPTOCOCCACEAE AEROCOCCUS STREPTOCOCCUS ENTEROCOCCUS ESTAFILOCOCOS Cocos, arranjos irregulares, Imóveis, não esporulados, Gram positivos, Anaeróbios facultativos Staphylococcus aureus Características gerais dos estafilococos Cocos Gram positivos com 1 - 1,5 m Imóveis Não esporulantes Anaeróbios facultativos Pouco exigentes Crescimento de 15 - 45ºC Catalase positivos Estafilococcias Farhat K. C et al, 2008. PRINCIPAIS ESPÉCIES Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Staphylococcus saprophyticus Staphylococcus capitis Staphylococcus haemolyticus ESTAFILOCOCOS STAPHYLÉ 0,5 à 1,5µm de diâmetro 10% SAL 35 ESPÉCIES e 17 SUB-ESPÉCIES COLÔNIAS DOURADAS, RÓSEAS OU ESBRANQUIÇADAS COMPONENTES ESTRUTURAIS CÁPSULA PAREDE CELULAR (PEPTIDOGLICANO) ÁCIDO TEICOICO PROTEÍNA A MEMBRANA CITOPLASMÁTICA ESTRUTURA • O gênero compreende cerca de 35 espécies. • Colonizam a pele e mucosas de animais e seres humanos (tratos respiratório, urogenital, gastrointestinal), bem como solo, água, plantas e objetos. • Exemplos de espécies associadas a doenças em humanos: Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Staphylococcus haemolyticus Staphylococcus lugdunensis S. warneri Staphylococcus saprophyticus Coagulase Negativos Coagulase Positivos Staphylococcus • É comum a colonização persistente ou por curto período de tempo nas narinas anterioes de S. aureus em 20-40% de adultos (importante no ambiente hospitalar e em manipuladores de alimentos). • Esses microorganismos são capazes de sobreviver em superfícies secas por longos períodos de tempo. • As infecções estafilocócicas têm distribuição mundial. EPIDEMIOLOGIA Staphylococcus – Fatores de Virulência ENZIMAS CATALASE COAGULASE HIALURONIDASE FIBRINOLISINA(estafiloquinase) LIPASES NUCLEASES PENICILINASE TOXINAS HEMOLISINAS α,β,δ,γ e LEUCOCIDINA PANTON-VALENTINE (P-V) ESFOLIATINAS A e B(estável e label) ENTEROTOXINAS (A à E) e (G à I) TOXINA 1 (SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO) Enterotoxinas B e C – TSS Toxina da síndrome do choque tóxico 1 (TSST1) – TSS e escarlatina estafilocócica Toxinas esfoliativas A e B – SSSS e impetigo bolhoso ESTAFILOCOCCIAS Exotoxinas (superantígenos) Estafilococcias Estafilococos Produzem várias enzimas dentre elas a coagulase que permite diferenciar S. aureus das outras espécies. Frequentemente colonizam pele (axilas, períneo, narinas) e mucosas. Estafilococcias • Transmissão: • Contato interpessoal direto; • Objetos contaminados pelo ar; • Invasão tissular; • Produção e liberação de enzimas e toxinas. Estafilococcias • Atingem todas as faixas etárias, hígidos ou não; • Os RN podem ser colonizados no coto umbilical e área perineal; • Faz parte da flora humana, colonizando a orofaringe; • Fatores de risco: Diabetes Melito, IRC, IHC, desnutrição grave, fibrose cística, usuários de drogas endovenosas e imunodeficiências. Estafilococcias Microbiologia Gênero- Staphylococcus Gram positivo, cocos individuais, imóveis, não esporulados; Isolados aos pares, em pequenas cadeias de 4 a 5 cocos – agrupamentos em cachos; S. aureus coagulase + S. epidermidis coagulase - S. haemolyticus coagulase - S. saprophyticus coagulase - Os estafilococos apresentam proteínas de superfície que facilitam sua aderência e permanência em tecidos e corpos estranhos. Os estafilococos coagulase-negativos produzem um biofilme de exopolis- sacarídeo que os tornam inacessíveis às defesas do hospedeiro e aos antibióticos quando ligados a corpo estranho. Espécies associadas ao homem S. aureus S. epidermidis S. saprophyticus S. lugdunensis S. warneri S. haemolyticus S. hominis S. capitis S. intermedius Generalidades Coagulase negativo – S. epidermidis Coagulase positivo – S. aureus S. aureus Persistente na flora – 10% a 20 % Forma transitória – 30% a 50% Sítios de colonização - Narinas - Axilas - Períneo - Faringe - Mãos ESTAFILOCOCCIAS Staphylococcus aureus • S. aureus é espécie mais importante do gênero, podendo causar uma variedade de processos infecciosos em seres humanos. • O nome “aureus” significa “dourado” em latim, qualidade atribuída ao pigmento amarelo característico produzido pela bactéria, quando a cultura é incubada em temperatura ambiente por 72h. Epidemiologia Mudanças ↑ das infecções comunitárias e nosocomiais nos últimos 20 anos ↑ do uso de dispositivos intravasculares ↑ das infecções por MRSA pressão seletiva por uso de ATB Infecções em UTI persistem aumentando Epidemias ↑ de cepas MRSA rápida disseminação para outras regiões geográficas Epidemiologia – S. aureus Colonizam freqüentemente: pele, nasofaringe, cólon e vagina 30 - 50% população – portadores nasais ↑ 95 -100% em ambientes hospitalares Colonização quebra da barreira acesso aos tecidos produção de toxinas resposta do hospedeiro MRSA – S. aureus meticilina resistente - devido alteração das proteínas ligadoras de penicilina – PLP 2’ (Penicilina – Binding – Protein – 2’ = PBP 2’ ou PLP 2’) - a partir de 1980 MRSA res. (determinada pelo gene mec A) Epidemiologia Colonização e infecção Humanos reservatórios naturais 30 a 50 % de adultos saudáveis são colonizados 10 a 20 % colonização persistente MSSA e MRSA Colonizados risco aumentado para infecção subseqüente 11 a 43 % Staphylococcus aureus Até 70% da população hospitalar é colonizada. As populações mais susceptíveis às infecções: Pacientes com lesões de pele, queimados, usuários de agulhas, diabéticos, pacientes em diálise, pacientes pós-operatório, etc. Transmissão: Normalmente se dá por contato das mãos que são transitoriamente contaminadas. Pode ocorrer pelo ar, através de partículas suspensas, emitidas por pacientes (p/ ex.) traqueostomizados. As áreas de maior risco são as CTIs, unidades de queimados, berçários, etc. Os maiores fatores de risco são: Internação prolongada, uso de dispositivo intravascular, uso prévio de antibióticos, lesões de pele, etc. Epidemiologia Transmissão Auto-infecção Infecções nosocomiais mãos dos profissionais de saúde colonizados com cepas autógenas ou de pacientes infectados Exposição única a carreador persistente Fontes ambientais Patogênese Colonização comensal de axilas, vagina, faringe ou pele danificada quebra de barreira de pele e/ou mucosa acesso a tecidos adjacentes e/ou corrente sanguínea Virulência X defesa do hospedeiro Mucina Patogênese Resposta do hospedeiro PMN principal defesa formação de abscessos Defesa X Dano tecidual Ratos sem molécula intracelular de adesão de leucócitos 1 ↑ mortalidade ↓ infecção estafilocócica grave (menor dano tecidual) Habitat Cavidade nasal Pele de pessoas e animais normais É capaz de produzir enterotoxinas termorresistentes que causam uma doença no homem, denominada intoxicação estafilocócica ESTAFILOCOCOS 5. Patologia Furúnculo ( modeloda infecção estafilocócica ) S.aureus no folículo piloso Formação de parede + células inflamatórias + tecido fibroso Drenagem Tecido de granulação e cicatrização final Necrose tecidual + produção de fibrina No centro da lesão ocorre liquefação Dinâmica da infecção por S. aureus Restritos à porta de entrada Folículo piloso e vias aéreas Lesões, suturas, catéteres Inflamação: edema, formação de coágulo, pús, necrose => Abscesso Disseminação: lesões metastáticas Septicemia Intoxicações alimentares, SCT, SSSS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FOLICULITE FURÚNCULO HORDÉOLO IMPETIGO FERIDA CIRÚRGICA PÉ DIABÉTICO BACTERIEMIA e SEPSE ENDOCARDITE PNEUMONIA OSTEOMIELITE ARTRITE SÍNDROME DA PELE ESCALDADA SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO INTOXICAÇÃO ALIMENTAR Manifestações Clínicas Infecções Localizadas: Foliculites Furúnculos Impetigo Paroníquia Celulites Linfadenites Antraz Hordéolo Hidradenite Mastites Piodermites - definição Doenças da pele causada pelos germes piogênicos: Estafilococos e estreptococos. Acomete diferentes sítios anatômicos com quadro clínico peculiar. Piodermites - etiologia Flora cutânea – variável conforme as áreas anatômicas. Estafilococos: naso-laringe; portadores sadios (20%); infecções primárias e secundárias; resistência aos antimicrobianos Estreptococos: oro-faringe; Gram+, grupo A Lancefield, s. pyogenes, portadores sadios (10%), febre reumática e glomerulonefrite. Piodermite - classificação Classsificação Clínica: Impetigo; Ectima; Erisipela/celulite; Escarlatina; Foliculite: superfial, sicose da barba, foliculite queloidiana, furúnculo e antraz; Periporite; Abscesso da glândula sudorípara; Hidrosadenite. Conceito - Infecção superficial da pele Epidemiologia - 60% das piodermites - Crianças em idade pré-escolar e escolar - Falta de higiene, doença cutânea pré-existente, fatores predisponentes Etiologia - Staphylococcus aureus - Streptococcus (clima quente e úmido): Grupo A IMPETIGO Doenças mediada pela proliferação dos microorganismos Infecções cutâneas Foliculite E uma infecção benigna, restrita aos óstios dos folículos pilosos. Caracteriza-se por lesões avermelhadas e dolorosas. O terçol e quando ocorre a foliculite na base da pálpebra. Manifestações Clínicas Infecção superficial. Começa com mácula e evolui para vesículas. Que sofrem ruptura, formando uma crosta. Impetigo Bolhoso Impetigo Bolhoso: S. aureus, S. pyogenes, ambos; Produtor de uma toxina epidermolítica, grupo II (80%). fagotipo 71 60%; pequenas vesículas que se transformam em bolhas flácidas de até 2 cm de diâmetro, límpido, passando a turvo; O teto da bolha rompe-se facilmente,revelando uma base eritematosa, brilhante e úmida. Em RN- membros inferiores, regiões de dobras e face- lesões múltiplos e em diferentes estágios; mais comum entre crianças de 2 a 5 anos Impetigo não-bolhoso (crostoso) S.aureus ou em combinação com o estreptococo beta-hemolítico do grupo A; O impetigo crostoso pode ocorrer em pele normal ou a impetiginização pode surgir sobre: dermatose prévia como dermatite atópica, dermatite de contato, picadas de inseto, pediculose e escabiose. A desnutrição e higiene precária são fatores predisponentes. Vesícula, sobre uma base eritematosa, que se rompe com facilidade. A ulceração superficial - recoberta por secreção purulenta cujo ressecamento dá origem a uma crosta aderente e amarelada (melicérica). 1 a 2 cm de diâmetro, cresce centrifugamente, nem sempre com cicatrização central. É freqüente o achado de lesões satélites por autoinoculação. face, ao redor do nariz e da boca. A linfadenopatia regional é comum e pode surgir febre nos casos mais graves. Antibiótico tópico (3 x dia) - Mupirocin - Ác. fusídico - Neomicina + bacitracina - Gentamicina Antibiótico oral (7 a 10 dias) - Cefalexina - Cefadroxil - Eritromicina e macrolídeos - Penicilina IMPETIGO Tratamento Impetiginização PIODERMITES PREDOMINANTEMENTE ESTAFILOCÓCICAS Foliculite Furúnculo Antraz Periporite Hidrosadenite Paroníquia Infecção do folículo piloso (S. aureus) Superficial (foliculite ostiofolicular) Profunda (sicose e hordéolo) Variantes - Foliculite decalvante - Foliculite queloidiana da nuca - Pseudofoliculite FOLICULITE Tratamento - Higiene - Afastar fatores predisponentes - Compressas com antissépticos - Antibiótico tópico - Antibiótico oral: cefalexina, eritromicina ou tetraciclina - Cirurgia e Laser (light sheer) FOLICULITE Foliculite Foliculite superficial FOLICULITE e FURÚNCULO Furúnculos Uma extensão da foliculite; lesões elevadas, dolorosas, com centros necróticos e com material purulento. Áreas úmidas e com atrito (axilas, nariz, nádegas). Carbúnculos O carbúnculo ocorre quando furúnculos convalescem e afetam o tecido subcutâneo, mais profundo. Os pacientes com carbúnculo apresentam febre e calafrios, indicando a disseminação sistêmica. Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos microorganismos Infecções cutâneas CARBÚNCULO e IMPETIGO BOLHOSO Foliculite Foliculite superficial comum por S. aureus Corticóides tópicos (alta potência) podem ser fator predisponente Pústulas com halo eritematoso se agrupam, podem cicatrizar em 7-10 dias ou se tornar crônica Pode aprofundar com cicatriz Foliculite Superficial Pseudofoliculite Sicose Infecção subaguda ou crônica purulenta da porção inferior do folículo piloso É comum na barba 3a. e 4a. décadas Staph. aureus Associado a pele oleosa, dermatite seborreica e blefarite Sicose da Barba Ectima Infecção de pele caracterizada pela formação de crosta aderente e espessa sob a qual aparece uma ulceração purulenta a irregular Strepto e staphylo Comum em glúteos e MMII Deixa cicatriz furúnculo Hordéolo/Terçol Furúnculo Características Clínicas Furúnculo: pequeno nódulo eritematoso que evolui com pústula, necrose e cicatrização após eliminação do centro necrótico Deixa uma área violácea que evolui com cicatriz permanente Infecção aguda e geralmente necrótica do folículo piloso por Staphylo aureus Furúnculo Necrose em poucos dias a semanas São dolorosos e latejantes tardiamente Únicos ou múltiplos – podem aparecer em grupos Febre e mal estar geral podem ocorrer Ocorrem em face e pescoço, membros, glúteos e região anogenital Infecção do folículo piloso e glândula sebácea (S. aureus) Pescoço, face, axilas e nádegas Nódulo endurecido, eritema, calor, dor, flutuação e drenagem Fatores sistêmicos - Obesidade - Discrasia sanguínea - Defeitos na função neutrofílica - Imunossupressores - Diabetes mellitus FURÚNCULO Furúnculo – Diagnóstico diferencial Foliculites: mais superficiais Herpes simples: vesículas Acne: polimorfismo, comedão, face e tronco Rosácea Miíases furunculóide: orifício Hidrosadenite: dobras Furúnculo - Complicações Podem coalescer – antraz Celulite Trombose de seio cavernoso pode ocorrer em lesões de lábio superior e malar Septicemia em desnutridos Ausência de cepas específicas Avaliar co-morbidades Cuidado geral com a pele e vestuário Ácido fusídico 2x/d por 4 semanas (pacientes e familiares) Rifampicina 600 mg/d por 10dias FURUNCULOSE DE REPETIÇÃO Furúnculo e Carbúnculo Infecção de folículos pilosos e glândulas sebáceas em placa única (S. aureus) Imunossuprimidos ou Diabetes mellitus Nuca, dorso e coxas Febre e toxemia Área eritematosa, endurecida com múltiplos orifícios de drenagem de pus Diagnóstico diferencial – Acne grau III, hidrosadenite, cisto epidermóide infectado e miíase furunculóide ANTRAZ Diagnóstico - Clínico, gram e cultura Complicações - Celulite, bacteremia (osteomielite, endocardite aguda ou abscesso cerebral), infecção do seio cavernoso e recorrência da infecção ANTRAZ Tratamento - Medidas locais - Antibióticos sistêmicos: Oxacilina - 100 mg Kg/d EV 4/4h Clindamicina - 150 a 300 mg VO 6/6h Eritromicina - 250 a 500 mg VO 6/6h Vancomicina - 250 a 500 mg EV 6/6h - Drenagem cirúrgica Foliculite, furúnculo, antraz, trauma, corpo estranho ou queimaduras Nódulo eritematoso – cavidade purulenta Tratamento: incisão e drenagem ABSCESSO Obstrução das glândulas apócrinas (dilatação dos ductos, ruptura e colonização bacteriana) Mulheres / puberdade Uso de desodorantes, raspagem e depilação mecânica, roupas justas Fatores sistêmicos: Diabetes mellitus, anemia e obesidade FOLICULITES SECUNDÁRIAS Hidrosadenite Pápula, nódulo eritematoso profundo e doloroso, agrupados com drenagem de secreção purulenta, cicatrizes retráteis Diagnóstico diferencial: furúnculo, actinomicose, escrofuloderma e linfogranuloma venéreo Tratamento - Evitar traumatismos - Antissépticos - Antibióticos tópicos e sistêmicos - Corticóide - Drenagem - Cirurgia do cavo axilar FOLICULITES SECUNDÁRIAS Hidrosadenite Grave / homens Comedões, pápulas e pústulas, nódulos, abscessos intercomunicantes e fístulas, bridas e quelóides Face, pescoço e tórax Tratamento: isotretinoína oral FOLICULITES SECUNDÁRIAS Acne conglobata Nódulos e abscessos intercomunicantes com drenagem de secreção purulenta. Cicatrizes queloideanas e alopecia Foliculite dissecante do couro cabeludo FOLICULITES SECUNDÁRIAS Diagnóstico diferencial - Foliculite queloideana - Kerion Tratamento: - Antibiótico sistêmico - Isotretinoína oral: (0.5 a 2.0 mg/kg/d) Foliculite dissecante do couro cabeludo FOLICULITES SECUNDÁRIAS Foliculite Queloidiana Foliculite Decalvante Infecção dobra ungueal após injúria local (roer unhas, remoção cutícula, umidade) Tratamento: - Compressas com antisséptico - Antibiótico tópico/sistêmico - Cirurgia PARONÍQUIA PARONÍQUIA Piodemites - tratamento Cuidados gerais: higiene pessoal e dos contatos/conviventes; Correção e/ou afastamento dos fatores predisponentes; Antissépticos tópicos; Antibióticos: tópicos e/ou sistêmicos. Piodermites- complicações e prognóstico Autolimitada na maioria das ocasiões; Glomerulonefrite pós-estreptocócica; Infecção em outros órgãos e sepsis; Deformidades: Cicatrizes, alopécia, linfedema; Recidivas/recaídas. PIODERMITES GENERALIDADES Flora permanente Habitat Contagiosidade Influência do hospedeiro Resistência à penicilina ESTAFILOCOCUS ESTREPTOCOCOS + anexos < > + - glabra > < - Piodermites - Bacteriologia Piodermite Agente mais frequente Impetigo bolhoso Staph. aureus Impetigo não-bolhoso Streptococcus Ectima Strep. pyogenes Foliculites Trauma + Staph. aureus Furúnculo Staph. aureus Celulite / Erisipela Streptococcus Complicações – Infecção do TCSC Abcesso Celulite Necrose Celulite Caráter agudo que atingem os tecidos mais profundos da pele, especialmente o subcutâneo; Estreptococo beta-hemolítico do grupo A e S.aureus; febre, linfadenopatia regional e dor; O limite nítido entre a pele lesada e a pele sã é impreciso. Celulite CELULITE e ABSCESSO Fasciíte necrosante: Pele, subcutâneo, fáscias musculares; Perineal, pelve, coxas, pernas, pés e parede abdominal; Necrose tecidual por liberação de gás em espaços fechados; Efeito de enzimas e toxinas bacterianas; S. aureus, E. coli, Streptococcus beta-hemolíticos, Bacteroides fragilis, Clostridium perfringens; Doença de Fournier- região perineal- febre e toxemia; Fasciíte necrosante: Diagnóstico - avaliação laboratorial e radiológica; - leucocitose c/ desvio p/ esquerda; - hiponatremia, elevação da creatinina, hipocalcemia, hipoalbuminemia e hiperglicemia; - hemocultura : positiva em 60% casos; - aumento ác. lático, aumento CPK. Diagnóstico - gasometria arterial : acidose metabólica; - CIVD - Rx : evidencia gás subcutâneo; - TC ( superior) : revela acúmulo de líquido, necrose muscular e espessamento fascial; - RNM : maior sensibilidade e especificidade que a TC. S. aureus – septicemia Consequência de infecção local 1/3 dos casos não há evidência do foco inicial Início súbito: febre, calafrios, taquicardia Alta letalidade Estafilococcias - tratamento Antibioticoterapia: Cefalosporina de 1ª geração (cefalexina/cefalotina) Oxacilina Clindamicina Vancomicina/Teicoplanina/Daptomicina nos casos resistentes Drenagem das secreções purulentas Controles nutricional e hidroeletrolítico Medidas gerais de higiene cutâneo-mucosa – importante também na profilaxia Estafilococcias - prognóstico Depende : da apresentação clínica das condições gerais do paciente da presença ou não de complicações do tratamento precoce Infecções cutâneas geralmente são auto- limitadas Pior prognóstico: idosos, endocardite e acometimento de SNC; manifestações não supurativas PIOMIOSITE É a infecção de músculos esqueléticos, sendo causada pelo S. aureus em mais de 80% dos casos. Deve ser lembrada como diagnóstico diferencial em crianças com aparência de quadro séptico e naquelas com dores musculares ou articulares EPIDEMIOLOGIA •Tem prevalência em países tropicais, por isso o nome Piomiosite Tropical, acometendo principalmente adultos sem doença de base associada. •Em países temperados tem maior prevalência em crianças ou adultos com doença de base QUADRO CLÍNICO Febre Dor local Edema na região do músculo afetado Pode estar sem sinais inflamatórios locais Envolvimento freqüente de mais de um grupo muscular não contíguo Envolvimento articular Dor em flanco (abcesso de psoas) QUADRO CLÍNICO Associado a traumas musculares em metade dos casos (porta de entrada para a bactéria) O abcesso primário de Psoas pode ser relacionado também com: Doença inflamatória intestinal; à traumas gastrintestinais e genito-urinários; como complicação de espondilite tuberculosa; Anemia Falciforme; HIV ou outra imunodeficiência; usuários de drogas intravenosas. DIAGNÓSTICO Quadro Clínico Exame Físico Exames de Imagem Punção por agulha do material purulento (guiada por Tomografia), seguido de bacterioscópico e cultura positivos. Eosinofilia é comum em indivíduos com Piomiosite em países tropicais (papel de parasitas na gênese do processo?). EXAMES DE IMAGEM Radiografia de Abdome Ultra-som de Abdome Tomografia Computadorizada Ressonância Nuclear Magnética TRATAMENTO Drenagem por cateter percutâneo guiada por TC Drenagem cirúrgica Antibioticoterapia Caso não ocorra melhora do quadro após antibioticoterapia e desbridamento cirúrgico, considerar recorrência do foco inicial ou foco secundário não detectado inicialmente. Infecções Sistêmicas: São aquelas que envolvem disseminação hematogênica com bacteremias e sinais sistêmicos da infecção: Sepse ( Temp, FC, FR, Leuc ) Endocardite.Infecções Sistêmicas: Pneumonia. Pericardite Empiema Abscessos viscerais. Artrites sépticas, Osteomielites, Espondilodiscite. Infecções associadas a corpo estranho. S. aureus – infecções profundas Osteomielites Primária ou hematogênica: disseminação de S. aureus a partir de um foco de infecção (pele) Secundária: decorrentes de traumas, processos cirúrgicos Bacteremia Origem: infecções estafilocócicas localizadas Abscessos metastáticos em diferentes órgãos Endocardites O S. aureus pode causar infecções em feridas cirúrgicas. Esses microorganismos que colonizam a pele são introduzidos na ferida e as infecções são caracterizadas por edema, eritrema, dor e acúmulo de material purulento. Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos microorganismos Infecções cutâneas Infecções de Feridas ARTRITE DOR: CALOR RUBOR AUMENTO DE VOLUME IMPOTÊNCIA FUNCIONAL ARTRITE SÉPTICA Artrite instalação aguda com: FEBRE .... Comprometimento do estado geral Bacteremia Paciente com: sp Infecção Imunodeprimido Artropatia MICROORGANISMOS NA ARTRITE SÉPTICA MO < 2 anos 2 – 15 anos 16 – 50 anos >50 anos S. aureus 40% 50% 15% 70% Streptococcus 25% 30% 5% 15% Haemophilus 30% 9% - - N. gonorrhoeae - 5% 75% - BGN 3% 5% 5% 8% Outras Infecções Ocorre geralmente a partir de uma infecção localizada em outro sítio. Também podem ocorrer por aceso direto da bactéria na corrente sanguínea através de cateteres ou outros dispositivos. Em geral, pacientes apresentam sintomas sistêmicos. Bacteremia e Endocardite Osteomielite Infecção osséa que pode ocorrer a partir de uma infecção local ou por via hematogênica. Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos microorganismos Manchas de Janeway Nódulos de Osler Hemorragias subungueais Manchas de Roth BACTEREMIA ESTAFILOCÓCICA E ENDOCARDITE Pneumonia e Empiema • Pneumonia por aspiração de secreções orais (secundária à intubação e ventilação mecânica, na de origem hospitalar ou pela disseminação hematogênica (complicação de endocardite). • Bacteremias, formação de abscessos nos pulmões e empiema pleural. • Pneumonia necrotizante com alta taxa de mortalidade = cepas CA-MRSA (comunidade) Manifestações Clínicas Doenças mediada pela proliferação dos microorganismos Outras infecções Pneumonia estafilocócica Epidemiologia Doença grave Rapidamente progressiva Menos freqüente que as pneumonias virais e pneumocócicas Meio do outono e início da primavera Geralmente precedida por infecção viral das VAS < 3 meses 30 % < 1ano 70 % Meninos mais acometidos que meninas Pneumonia estafilocócica Patogenia Broncopneumonia confluente Maioria unilateral ou mais proeminente em um lado Extensas áreas de necrose hemorrágica Áreas irregulares de cavitação Pleura exudato fibrinipurulento Abscessos aglomerados de bactérias, leucócitos, hemácias e restos necróticos Pneumonia estafilocócica Manifestações clínicas Progressão rápida dos sintomas Perturbações gastrointestinais: Vômitos Anorexia Diarréia Distensão abdominal íleo paralítico Exame físico: ↓ da expansão do lado afetado MV ↓ Roncos e estertores esparsos Derrame pleural, piopneumotórax macicez, MV e FTV abolidos Exames enganosos Pneumonia estafilocócica Diagnóstico Pneumonia de início abrupto e progressão rápida em lactentes História de furunculose Internação recente Abscesso de seio materno Diagnósticos diferenciais: Outras pneumonias: S. pneumoniae Streptococcus do grupo A Klebsiella H. influenzae (tipo B e não-tipável) Tuberculose Corpo estranho com formação de abscesso Pneumonia estafilocócica Achados laboratoriais Leucocitose: Neutrofilia Desvio à esquerda Anemia leve a moderada Culturas: Hemocultura Aspirado traqueal Punção pleural Orofaringe sem valor diagnóstico Coloração Gram cocos Gram + em cachos Líquido pleural: Exudato pH < 7,2 Glicose ↓ Proteína > 2,5 g/dl PMN 300-100000 Pneumonia estafilocócica Achados radiográficos Início broncopneumonia inespecífica Infiltrado: Limitado em extensão Denso e homogêneo Envolve todo o lobo ou hemitórax Pulmão direito 65 % Bilateral < 20 % Derrame pleural ou empiema evolução da maioria dos pacientes Piopneumotórax 25 % Pneumatoceles comuns persistem por meses Melhora clínica precede a radiológica Pneumonia estafilocócica Achados radiográficos Pneumonia estafilocócica Complicações Empiema, piopneumotórax e pneumatoceles evolução natural da doença Lesões sépticas fora do trato respiratório: Raras, exceto em lactentes jovens Pericardite Meningite Osteomielite Numerosos abscessos de partes moles Pneumonia estafilocócica Prognóstico ↑ da sobrevida com tratamentos atuais Mortalidade 10 a 30 % Duração da doença antes da internação Idade Adequação do tratamento Outras doenças ou complicações Crianças normais boa chance de recuperação completa Curso prolongado hospitalização por várias semanas Doenças Mediadas por Toxinas: Síndrome do Choque Tóxico. Síndrome da Pele Escaldada. Intoxicação Alimentar. Outras exotoxinas Toxina exfoliativa: protease Síndrome da pele escaldada (SSSS) Enterotoxinas (A - G) - intoxicações termoestáveis, resistentes ao suco gástrico, provocando vômitos e diarréia TSST-1: Síndrome do choque tóxico (1978) febre, hipotensão, eritrodermia, vômito Exotoxinas atuando como superantígenos S. aureus – intoxicação alimentar Alimentos aspecto e sabor normal Ingestão da toxina previamente formada no alimento contaminado Carnes, batatas, sorvetes, produtos de confeitaria Enterotoxina termoestável (alimentos cozidos) Vômitos e diarréia aquosa subitamente Incubação – 2 a 6 h Melhora – 8 a 12 h Tratamento apenas reposição hidro-eletrolítica Intoxicação alimentar estafilocócica (Enterotoxinas A-E, H e I) • Resulta da ingestão de alimento contaminado com cepas produtoras de enterotoxinas termoestáveis. • Alimentos mais comumente contaminados são: carnes processadas, bolos recheados com creme, produtos de padaria, salada de batata e sorvete. • Os alimentos podem ser contaminados através de pessoas com colonização nasal. • Após 2-6 horas da ingestão de alimentos contaminados, surgem os sintomas: dores abdominais ou náuseas, diarréia, vômitos. Pode ocorrer suores e dores de cabeça, mas não febre e em 24 horas não há mais sintomas. Manifestações Clínicas Doenças mediada através da produção de toxinas: Intoxicação Alimentar: Relacionada a Enterotoxina B. Alimentos que entram em contato com as mãos de manipuladores de alimentos, parcialmente cozidos, com inadequada refrigeração. Inicio da doença 2-6 hs após a ingestão dos alimentos. Salivação, náuseas, vômitos, diarréia aquosa, ocasionalmente diarréia com muco e sangue, cólicas abdominais e desidratação. Testes para pesquisa de Enterotoxinas nos alimentos. A quantidade necessária para desencadear a intoxicação 1 micrograma corresponde à quantidade encontrada no alimento quando a contaminação por Staphylococcus aureus atinge 100.000 células por grama Intoxicação estafilocócica Ingestão de alimentos contendo enterotoxinas produzidas por cepas enterotoxigênicas de Staphylococcus aureus.Há sete tipos de enterotoxinas que o Staphylococcus aureus é capaz de produzir. Aparecimento dos sintomas 20 minutos a 2 horas após a ingestão do alimento com a enterotoxina. Sensibilidade às enterotoxinas Quantidade de toxina produzida no alimento Quantidade de alimento ingerido e saúde geral Sintomas e intensidade Sintomas característicos Náusea Ânsia de vômito, Vômitos, Cólicas abdominais, Sudorese e prostração. Tratamento: Reposição hidro-eletrolítica adequada. Anti-eméticos. Melhora em 12 hs. Síndrome do Choque Tóxico Diversas toxinas envolvidas: TSST 1, enterotoxinas A e B. 2/3 dos casos em mulheres. Muitos casos relacionados com período menstrual e/ou uso de tampões de alta absorvência/permanência. Casos relacionados com infecção pós- operatória, mastites, queimaduras, lesões cutâneas, osteomielites Exotoxina 1 Mulheres (uso de tampões vaginais) Febre, hipotensão, rash eritematoso, eritema escarlatiniforme generalizado (aumentado em torno do sítio infectado) Descamação de palmas e plantas (após 1 a 2 semanas) Tratamento: - Remoção do tampão - Drenagem de abscesso - Hidratação venosa - Antibiótico sistêmico Precoce – gamaglobulina EV e plasma fresco SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO ESTAFILOCÓCICO (TSS) Quadro Clínico: Hipertermia ( >38,9 Cº ). Hipotensão Ortostática. Rash (Eritrodermia macular difusa). Descamação (Após duas semanas). Envolvimento Multissistêmico: GI, Muscular, Mucosas, Renal, Hepático, Hematológico, SNC. Culturas normalmente negativas Síndrome do choque tóxico Tratamento: Oxacilina 2g EV 4/4 hs. Clindamicina 600mg EV 6/6 hs (?). Mupirocina nasal. Tratamento de suporte. Retirada de corpo estranho, desbridamentos e drenagens quando necessário. S. aureus – Síndrome da pele escaldada ou doença de Ritter RN e lactentes < de 5 anos Quadro abrupto: Eritema perioral corpo inteiro ( queimadura solar) grandes bolhas separando epiderme Sinal de Nikolsky (+) uma leve pressão descola a pele Perda de cabelo e unha S. aureus – Síndrome da pele escaldada ou doença de Ritter Produção de toxina – exfoliatina Atividade proteolítica dissolve matriz mucopolissacarídica da epiderme e resulta na separação intra-epitelial das ligações celulares do estrato granuloso S. aureus – Síndrome da pele escaldada ou doença de Ritter Distúrbios hidroeletrolíticos e da termorregulação Bom prognóstico, + ou - em 10 dias paciente curado sem seqüelas (são produzidos anticorpos protetores) Letalidade 3% Estafilococos isolados em pele e nasofaringe, raro no sangue SSSS Criança Adulto imunocomprometido Mortalidade: 2-3% Tratamento Medidas gerais Antibioticoterapia? Síndrome da pele escaldada estafilocócica -Sinal de Nikolski +: Descama em lâminas de “papel molhado’’, deixa superfície úmida e brilhante; -Formação de crostas e fissuras em torno da boca e olhos. Diagnóstico: -Clínico; -Cultura de S. aureus. Tratamento: Oxacilina. Síndrome da pele escaldada estafilocócica Agente: Staphylococcus aureus; Faixa etária: RN e lactentes; Foco infeccioso: Otite, conjuntivite e piodermite; Manifestações clínicas: -Choro e irritabilidade; -Febre ou afebril; -Eritema escarlatiforme dolorido periorbital, perioral, flexural (poupa mucosas); -Esfoliação após 24 a 48h; Síndrome da Pele Escaldada Síndrome da Pele Escaldada: Doença rara entre adultos. Nefropatas ou Imunodeprimidos. Eritema Difuso que se segue de bolhas (24 hs). Lesões bolhosas que lembram queimaduras. Sinal de Nikolski. Exotoxina – Toxina esfoliativa. Normalmente as culturas das lesões bolhosas são negativas. Doenças mediada através da produção de toxinas: Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica (SSSS ET-A e ET-B) Caracterizada pelo aparecimento abrupto de um eritema perioral,que cobre o corpo em dois dias. Uma leve pressão desloca a pele (sinal de Nikolsy) e há o aparecimento de bolhas ou vesículas cutâneas, seguidas da descamação das camadas superficiais da pele. Habitualmente observada em recém-nascidos ou lactentes. Toxinas esfoliatinas (separação das ligações celulares no estrato granuloso). Manifestações Clínicas Síndrome do Choque Tóxico (TSS TTST-1) Descrita pela 1ª vez em 1978. • Multissistêmica: febre, hipotensão, tontura, descamação cutânea, eritrodermia, e acometimento de pelo menos mais três sítios orgânicos (pode ser fatal). • Inicialmente foi observada em mulheres menstruadas e em uso e tampões hiper-absorvíveis. • Posteriormente, observada em mulheres e homens, como complicação de abscessos, osteomielite, infecções de feridas cirúrgicas e pneumonia secundária a gripe. Manifestações Clínicas Doenças mediada através da produção de toxinas: S. aureus – síndrome do choque tóxico Mulheres jovens, hígidas, uso de tampão vaginal por tempo prolongado Início abrupto: febre, vômitos, diarréia, infecção de mucosas, confusão mental, hipotensão Eritema – 7 a 10 dias – descamação de face e tronco, seguido de extremidades Surtos no início do período menstrual Toxina TSST - 1 Exotoxina Febre Desconforto e dor ao contato Rash escarlatiniforme generalizado, linhas de Pastia +, descamação inicial em face após 2 a 5 dias Faringite, língua em framboesa Enantema do palato ausente ERUPÇÃO ESCARLATINIFORME ESTAFILOCÓCICA ERUPÇÃO ESCARLATINIFORME ESTAFILOCÓCICA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Piodermites SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA (SSSS) Tratamento: Oxacilina 200-400mg/kg/dia EV 4/4 hs. Tratamento local do foco da infecção. Adequada reposição hidro-eletrolítica. Tratamento de suporte. Cuidados com as lesões da pele e infecções secundárias. Staphylococcus epidermidis Baixa virulência Microbiota normal, causando doença oportunista (próteses, traumas, e procedimentos cirúrgicos amplos) 1 a 10%- endocardite válvulas naturais 40% - prótese valvar 60 a 95% - derivações liquóricas 30 a 50%- peritonite em paciente em diálise Importante causa de infecções neonatais Staphylococcus epidermidis • Segunda espécie mais importante do gênero Staphylococcus. • Faz parte da flora normal da pele e da mucosa de seres humanos. • Não produzem coagulase. Resistência a antimicrobianos. • Apresentam muitos fatores de adesão, sendo importantes patógenos hospitalares podendo causar infecções especialmente em pacientes que fazem uso de dispositivos plásticos (cateter, próteses). • Outras infecções: bacteremia (cateteres infectados), infecções cutâneas, oculares (pós-cirúrgcas), peritonite, etc. Doenças causadas por S. epidermidis Formação de biofilmes Doenças causadas por S. epidermidis Formação de biofilmes Staphylococcus epidermidis São habitantes naturais da pele. Normalmente são associados à infecções hospitalares. São os agentes mais freqüentes quando associados à infecções em válvula artificial, infecção associada a cateter vascular, diálise peritoneal e shunt do SNC. Staphylococcus saprophyticcus Infecções urinárias Infecções oportunistas Staphylococcus saprophyticus Germe freqüentemente associado a ITU de mulheres jovens e sexualmente ativas. Staphylococcus saprophyticus • Causa importante de infecção do trato urinário, especialmente em mulheres jovens e sexualmente ativas, podendo causar cistite, uretrite e pielonefrite e, raramente, bacteremia. • Coagulase negativo. • Também pode ser encontrado colonizando trato urogenital e o reto (principalreservatório). Resistente à novobiocina. • S. cohnii subsp. cohnii, S. cohnii subsp. urealyticus, S. sciuri e S. xylosus. S. lugdunensis & S. haemolyticus S. lugdunensis pode causar doenças como: artrite, bacteremia, endocardite e infecções do trato respiratório. S. haemolyticus pode causar doenças como: bacteremia, infecções de ossos e articulações, endocardite, infecção do trato urinário e infecções de feridas. Resistência a vancomicina. ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.1.Esfregaços: Indistinguível os microrganismos saprófitas ( S.epidermidis ) dos patogênicos ( S.aureus ). 6.2.Cultura : Semeados em placa de ágar-sangue a 37º C. 6.3.Teste da catalase H2o2 + crescimento bacteriano Formação de bolhas (teste positivo) Diferencia Staphylococcus (+) de Streptococcus(-) IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL MATERIAL BIOLÓGICO EXAME DIRETO CULTURA IDENTIFICAÇÃO BIOQUÍMICA ANTIBIOGRAMA Diagnóstico Laboratorial • Os estafilococos apresentam-se em espécimes clínicos como células isoladas ou em grupos – Cocos Gram positivos Não é recomendada a microscopia em materiais como: • O pus aspirado (basicamente formado de células necróticas, com poucos microorganismos). • Sangue de pacientes com bacteremia (o sangue deve ser cultivado menos de 1 microorganismo/ml de sangue). • Não é recomendada a coloração do Gram de pacientes com intoxicação alimentar. O diagnóstico é feito pela clínica e um histórico de ingestão alimentar. Microscopia Cultura • Os estafilococos crescem bem em meios sólidos e não-seletivos incubados aerobica ou anaerobicamente e em 24 horas, há aparecimento de colônias grandes, lisas, cremosas, pigmentadas, com bordas arredondadas e convexas. • Quase todas as amostras de estafilococos produzem hemólise no agar sangue (hemolisinas). • Os estafilococos podem ser isolados seletivamente em meios sólidos, suplementados com 7,5% de NaCl e 1% de manitol. Diagnóstico Laboratorial IDENTIFICAÇÃO DOS ESTAFILOCOCOS PROVA DA CATALASE COAGULASE LIGADA e LIVRE TESTE DA DNase PROVA DA NOVOBIOCINA BIOLOGIA MOLECULAR Staphylococcus aureus - Diagnóstico Coagulases: • Ligada: a superfície externa da maioria das maioria das cepas de S. aureus apresenta a coagulase ligada (teste em lâmina), que converte o fibrinogênio em fibrina insolúvel, levando os estafilococos a se agregarem. • Livre: S. aureus produzem também uma coagulase livre, extra-celular (teste em tubo). Protéina A: • Presente apenas na superfície de cepas de S. aureus (diagnóstico – kit “staficlin” – aglutinação com látex). • Está ligada a membrana citoplasmática ou ao peptidioglicano. • Tem a habilidade de se ligar a receptores de Fc das imunoglobulinas o que impede a opsonização e a fagocitose. Staphylococcus aureus Diagnóstico Diagnóstico Laboratorial Espécie Cogulase Ligada Coagulase Livre S. aureus subesp. anaerobius - + S. aureus subesp. aureus + + S. lugdunensis + - S. scheleiferi subesp. coagulans + - S. scheleiferi subesp.scheleiferi + - S. hycus - V S. intermedius V + Diagnóstico Laboratorial Espécie PYR Manitol S. aureus neg pos S. epidermidis neg neg S. lugdunensis pos neg S. haemolyticus pos neg S. schleiferi pos neg S. intermedius pos variável • Testes bioquímicos relativamente simples (reações da catalase, coagulase (ligada e livre), proteína A, presença de nucleases, fermentação do manitol e utilização do PYR, podem ser utilizadas para a identificar S. aureus. • A identificação dos estafilococos coagulase negativos requer várias provas bioquímicas adicionais (sistemas comerciais de identificação). • Muitos laboratórios dividem os estafilococos coagulase negativos em dois grupos: saprophyticus e não saprophyticus, baseado na sua susceptibilidade à novobiocina (exceções: S. cohnii). Diagnóstico Laboratorial • A penicilina era a principal opção terapêutica para infecções estafilocócicas até os anos 60, quando rapidamente começaram a surgir cepas resistentes à penicilina. • Atualmente apenas 10% das cepas são sensíveis a penicilina. • Esta resistência é mediada pela produção de penicilinases. Diagnóstico Laboratorial Tratamento, Prevenção e Controle • Para contornar o problema de resistência as penicilinas foram criadas penicilinas semi-sintéticas resistentes à hidrólise pelas β–lactamases (meticilina, oxacilina, etc). • Atualmente 30-50% das cepas de S. aureus e 50% de estafilococos coagulase negativos são resistentes a estas penicilinas semi-sintéticas, sendo conhecidas como “MRSA”. • A resistência é devida à aquisição do gene mecA que codifica uma proteína ligadora de penicilina alterada (PBP-2), com baixa afinidade pelos beta- lactâmicos. • Até há pouco tempo atrás, cepas de MRSA estavam restritas no ambiente hospitalar, mas surtos na comunidade (CA-MRSA) têm sido relatados e estão associados ao desenvolvimento de doenças graves. Diagnóstico Laboratorial Tratamento, Prevenção e Controle • Opção de tratamento para cepas MRSA: glicopeptídeos (vancomicina, teicoplanina). • Em 1997, foi relatada no Japão, a primeira cepa clínica de S. aureus com resistência intermediaria à vancomicina. • No ano de 2002, foi descrito nos EUA a primeira cepas de S. aureus resistente à vancomicina (VRSA). • Novas drogas: linezolida, synercid, daptomicina. Diagnóstico Laboratorial Tratamento, Prevenção e Controle Tratamento, Prevenção e Controle • Limpeza apropriada da ferida e aplicação de um desinfetante adequado (sabonete germicida, solução de iodo, hexaclorofeno). • Completa lavagem das mãos e cobertura da pele exposta auxilia o pessoal médico evitar infecções ou disseminá-la para outros pacientes. • E difícil controlar a disseminação dos microorganismos resistentes à meticilina (MRSA) - portadores nasais assintomáticos. Diagnóstico Laboratorial PROVA DA NOVOBIOCINA Staphylococcus saprophyticus Resistência bacteriana Introdução MRSA > 50 % em pacientes de UTI (CDC) Brasil MRSA – 40 a 80 % (UTI) Índices de mortalidade mais altos com MRSA (49 a 55 %) que com MSSA (20 a 32 %) 2,5 vezes maior com MRSA Resistência bacteriana Grupos de risco para GISA e GRSA Terapia prolongada com vancomicina Colonização prévia por MRSA ou VRE Infecção documentada por MRSA Pacientes em hemodiálise portadores de MRSA e que recebem tratamento freqüente com glicopeptídeos Resistência bacteriana MRSA adquirido na comunidade Infecção de indivíduos saudáveis, sem fatores de risco Diferentes das cepas nosocomiais Crianças e adultos jovens sem fatores de risco associados a infecção por MRSA 1988 – 90 X 1993 – 95 10 : 100000 X 259 : 100000 (8 X 35) p < 0,001 (Herold BC; Chicago;1998) Resistência bacteriana AC-MRSA – significância clínica Pele e partes moles mais acometidos Infecção invasiva Morte Lesões de pele crianças DM e tabaco adultos Infecções de pele e pneumonia graves tratamento adequado Drogas disponíveis: Penicilinas associadas ou não aos inibidores de betalactamases. Penicilinas antiestafilocócicas. Cefalosporinas de 1º e 2º e 4ºgeração. Vancomicina e Teicoplamina. Linezulida. Quinupristina/dalfopristina. Rifampicina. Clindamicina. Ciprofloxacina. Aminglicosídeos (?). Tigeciclina Daptomicina OBRIGADA!
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