Buscar

Instalações para Criação de Cavalos


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

INSTALAÇÕES
Escolha do local:
Topografia: plana a levemente ondulada
Solo: fértil, não muito úmido (excesso de alumínio que forma quelato com Ca, diminuindo Ca, aumentando o risco de cara inchada e problemas de casco). Terreno não pedregoso, senão tiver jeito, casquear e ferrar os animais.
Águas: fontes de água limpas, confiáveis, sempre disponíveis aos animais, embaiados ou não. Cuidado com plantações (herbicidas), cadáveres (botulismo).
Acesso a propriedade: deve ser acessível, próxima a boas estradas.
Instalações básicas do haras:
Baias: de alvenaria, de acordo com o número de animais. Observar o local para construção, nunca construir em encostas de morros (formação de lama, riscos de deslizamentos), preocupar com o calor (frente virada para o nascente, pois o sol da manhã é fundamental, construir em local de boa aeração, preocupar sempre com a ventilação da criação, a fim de diminuir riscos de infecção. CUIDADO: Ventilação em excesso para potros: riscos de pneumonias). Portas de duas partes.
Dimensão: de preferência 4X4 para garanhão e outros, pois você não sabe qual cavalo ou que faixa etária vai utilizá-la.
Cochos: no canto da parede, separar água de alimento. O mínimo de pontas possíveis dentro da baia (cocho chanfrado). Altura de 90 cm. De alvenaria pois não retém calor.
Piso: O ideal é de cimento rugoso ou piso filtro. Piso filtro: 30 cm de brita (filtra urina), 20 cm de carvão vegetal (tira o cheiro de urina) e 40 cm de areia. Desvantagem: CARO. Elimina o problema da cama (tirar as fezes com uma pá e completar com areia, troca-se o carvão a cada 5 anos). Se deixar o animal embaiado direto, a areia penetra na linha branca causando rachaduras no casco.
Cimento rugoso: Declividade de 1% e colocar uma cama, demora a trocar, difícil de conseguir, fica suja rapidamente, etc... As camas podem ser de serragem (raças mais calmas), casca de arroz (por pouco tempo, pode causar cólica, tem sílica), capim seco (o mais recomendado, pois simula o habitat natural). Passar cal antes de colocar a cama (desinfetante).
Telhado: Nunca utilizar telhas de amianto para cobertura.
Farmácia: medicamentos básicos para a criação e para uso em emergências.
Escritório: Local onde devem estar armazenadas todas as informações sobre os animais, fichas de acompanhamento, prescrições veterinárias, atestados, registros, etc...
Sala de arreatas: selas, cabrestos, arreios, cabeçadas, cordas, material de ferrageamento, etc...
Tronco: para intervenções veterinárias. Deve ser colocado em local coberto, para proteger da chuva.
Local para banho: com piso antiderrapante, que poderá ser usado para casqueamento também.
Galpão para ração: Coberto, livre de umidade. Se possível com triturador, misturador, balança.
Redondel: se mal manejado pode causar problemas de tendões e articulações, deve ser com areia não muito funda, com 10 cm de profundidade.
Piquetes:
Tamanho: de acordo com o número de animais. Máximo de 20 hectares.
Cerca: Cuidado com acidentes. Não se deve usar arame farpado (acidentes, tétano). O ideal é de madeira, porém é caro (fazer para o garanhão). Fazer as cercas de arame liso com o primeiro fio mais alto (60-70 cm do solo e 15 cm de espaçamento entre os fios), exceto no piquete maternidade (30 cm do solo de arame liso ou de três réguas com a primeira a 30 cm do solo). Para o garanhão deve ser a 70 cm do solo, com tábua de 10 cm e 30 cm entre a primeira e a segunda, devendo ser dupla.
Gramínea: deve ser observado o tipo de crescimento (cavalo pasta baixo). Deve ser palatável (cavalo tem o paladar apurado, animal seletivo) e de bom valor bromatológico. Oxalato: se tiver níveis acima de 0,5% é problema, observar a relação Ca/oxalato (tem que ser maior que 0,5).
Não adequados: colonião (elevado teor de oxalato), andropogon (com o pastejo fica com falhas, porém pode-se fazer o pastejo com bovinos), capim gordura, braquiária humidicola (elevado teor de oxalato, fotossensibilização, baixo nível de proteína), braquiária decumbens (cavalo come pouco, emagrecimento), estrela roxa (baixa palatabilidade), cetária (alto teor de oxalato), transvala e pangola (alto teor de oxalato em ambas).
Adequados: jaraguá (fazer pastejo rotacionado), coast cross (alta palatabilidade, tem até 14% de proteína, não devendo ser confundido com estrela porto rico, que tem baixa palatabilidade), tifton, estrela branca, pensacola (plantio por semente, crescimento estolinífero e bom valor bromatológico).
Número de piquetes: 10 a 12
Garanhão: com baia e porta aberta, afastado de todos os outros piquetes, sendo um para cada garanhão, separados com cerca dupla e elétrica se necessário.
Maternidade: 2-3 hec no máximo, deve ser perto da sede. As éguas devem ir para ele 15 dias antes do parto, sem suplementação alimentar, até o cio do potro (para evitar diarréia no potro).
Piquetes para éguas com potro ao pé (até a desmama): 2 piquetes, onde será colocado Crip feeding por volta do terceiro mês de vida, e fornecer suplementação para as éguas até o terceiro mês de gestação, individualmente, pelo escore corporal (principal categoria da criação).
Piquete de desmame: 2 piquetes (para machos e fêmeas separados), com unidades de serviço para alimentação individual. Deve ser o melhor pasto do haras (do desmame até 1 ano), pois desenvolvem 80% do tamanho adulto até esta idade. Após 1 ano põe em pasto sem suplementação os que não vão para pista e deixa até a idade reprodutiva (2,5 anos).
Piquetes para manejo reprodutivo e preparo de animais para exposição: 2-3, próximos da sede, podendo ser menores (éguas em rufiação ficam por 6 dias, confirmação de prenhez podem ficar 60 dias no mínimo, sendo ideal 90 dias, devendo ser suplementadas).
Piquetes para éguas prenhes: deve ser um dos melhores piquetes da propriedade, pois não receberão suplementação concentrada, só na seca se precisar.
Piquetes para éguas no terço final de gestação: suplementação individual.
Piquetes para éguas vazias: devem ser isoladas e suplementadas 30-60 dias antes da estação de monta de acordo com o escore corporal.