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Matemática Financeira Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente UBERLÂNDIA-MG 2013 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 2 MATEMÁTICA FINANCEIRA 1 INTRODUÇÃO O problema econômico decorre da escassez, ou seja, do fato de que as necessidades das pessoas são satisfeitas por bens e serviços cuja oferta de bens é limitada. Ao longo do processo de desenvolvimento das sociedades, o problema de satisfazer as necessidades foi solucionado através da especialização e através do processo de trocas que é a moeda. Assim o preço passou a ser o denominador comum de medida para o valor dos bens e a moeda um meio para acumular valor e constituir riqueza ou capital. Constatou-se que os bens poderiam ser consumidos ou guardados para consumo futuro. Caso o bem fosse consumido ele desapareceria e, caso houvesse acumulação, o estoque de bens poderia servir para gerar novos bens e/ou riqueza através do processo produtivo. A noção de juro decorre do fato de que a maioria das pessoas prefere consumir seus bens no presente e não no futuro. Em outras palavras, havendo uma preferência temporal para consumir, as pessoas querem uma recompensa pela abstinência. Este prêmio para que não haja consumo é o juro. O juro também pode ser entendido como sendo o custo do crédito ou a remuneração do capital aplicado. Isto é, o juro é o pagamento pelo uso de poder aquisitivo por um determinado período de tempo. Associa-se então o juro à preferência temporal das pessoas, que é o desejo de efetuar o consumo o mais cedo possível. Nestas condições, a taxa de juros mede o custo da unidade de capital no período a que se refere à taxa. A MF trata, em essência, do estudo do valor do dinheiro ao longo do tempo, com o objetivo básico de efetuar análises e comparações dos vários fluxos de entrada e saída de $ de caixa em diferentes momentos. 1.1 TAXA DE JUROS A taxa de juro é o coeficiente que determina o valor do juro, isto é, a remuneração do fator capital utilizado durante certo período de tempo. As taxas de juros se referem sempre a uma unidade de tempo (mês, semestre, ano, etc.) e podem ser representadas equivalentemente de duas maneiras: taxa percentual e taxa unitária. Taxa Percentual: refere-se aos “centos” do capital, ou seja, o valor dos juros para cada centésima parte do capital. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 3 Exemplo: Capital aplicado de R$ 1.000,00 aplicado a 20% ao ano rende de juros, ao final deste período: Juro = R$ 1.000,00 x 20 100 Juro = R$ 10,00 x 20 = R$ 200,00 O Capital de R$ 1.000,00 tem dez centos. Como cada um deles rende 20, a remuneração total da aplicação no período é, portanto, de R$ 200,00. Taxa Unitária: centra-se na unidade de capital. Reflete o rendimento de cada unidade de capital em certo período de tempo. No exemplo acima, a taxa percentual de 20% ao ano indica um rendimento de 0,20 (20%/100) por unidade de capital aplicada. Juro = R$ 1.000,00 x 20 100 Juro = R$ 1.000,00 x 0,20 = R$ 200,00 A transformação da taxa percentual em unitária se processa simplesmente pela divisão da notação em percentual por 100. Para transformação inversa, basta multiplicar a taxa unitária por 100. Exemplos: Taxa Percentual Taxa Unitária 2,5% 0,025 9% 0,09 26% 0,26 97% 0,97 151% 1,51 1300% 13,0 Nas fórmulas de matemática financeira todos os cálculos são efetuados utilizando-se a taxa unitária de juros. Os enunciados e as respostas dos exercícios estão sempre indicados pela taxa percentual. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 4 1.2 DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA A MF se preocupa com o estudo das várias relações dos movimentos monetários ao longo do tempo. Estes movimentos são identificados temporalmente através de um conjunto de entradas e saídas de caixa definido como Fluxo de Caixa. A linha horizontal registra a escala do tempo. O ponto zero indica momento inicial, e os demais pontos representam os períodos de tempo (datas). As setas para cima da linha do tempo refletem as entradas (ou recebimentos) de dinheiro, e as setas para baixo da linha indicam saídas (ou aplicações) de dinheiro. 1.3 REGRAS BÁSICAS Nas fórmulas de MF, tanto o prazo da operação como a taxa de juros devem necessariamente estar expressos na mesma unidade de tempo. Se uma aplicação, por exemplo, foi efetuada pelo prazo de um mês, mas os juros definidos em taxa anual, não há coincidência nos prazos. É indispensável para o uso das fórmulas financeiras transformar a taxa de juro para o intervalo de tempo definido pelo prazo da operação, ou vice-versa, o que for considerado mais apropriado para os cálculos. Os critérios de transformação do prazo e da taxa para a mesma unidade de tempo podem ser efetuados através das regras de juros simples e de juros compostos. 1.4 CRITÉRIOS DE CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS Os critérios (regimes) de capitalização demonstram como os juros são formados e sucessivamente incorporados ao capital no decorrer do tempo. Podem-se identificar dois regimes de capitalização dos juros: simples (ou linear) e composto (ou exponencial). Regime de Capitalização Simples – os juros crescem de forma linear ao longo do tempo. Neste critério, os juros somente incidem sobre o capital inicial da operação (aplicação ou empréstimo), não se registrando juros sobre os saldos acumulados, ou seja, juros sobre juros. Entradas de Caixa (+) + + + + + Saídas 0 1 2 3 4 5 6 7 8 (Tempo) de Caixa (-) - Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 5 Exemplo: admita um empréstimo de R$ 1.000,00 pelo prazo de 5 anos pagando-se a juros simples á razão de 10% ao ano. Observe abaixo a evolução desta operação: Regime de Capitalização Composta – incorpora ao capital somente os juros referentes a cada período, mas também os juros sobre os juros acumulados até o momento anterior. É um comportamento equivalente a uma progressão geométrica no qual os juros incidem sempre sobre o saldo apurado no início do período correspondente (e não unicamente sobre o capital inicial). Admitindo-se no exemplo anterior, que a dívida de $ 1.000,00 deve ser paga em juros compostos à taxa de 10% ao ano, têm-se os resultados ilustrados no quadro a seguir: Saldo no ínicio Juros apurados Saldo devedor ao Crescimento anual de cada ano para cada ano final de cada ano do saldo devedor Ínicio do 1º ano - 1.000,00 - Fim do 1º ano 1.000,00 0,10 x 1.000,00 = 100,00 1.100,00 100,00 Fim do 2º ano 1.100,00 0,10 x 1.000,00 = 100,00 1.200,00 100,00 Fim do 3º ano 1.200,00 0,10 x 1.000,00 = 100,00 1.300,00 100,00 Fim do 4º ano 1.300,00 0,10 x 1.000,00 = 100,00 1.400,00 100,00 Fim do 5º ano 1.400,00 0,10 x 1.000,00 = 100,00 1.500,00 100,00 Ano Saldo no ínicio Juros apurados Saldo devedor ao de cada ano para cada ano final de cada ano Ínicio do 1º ano - 1.000,00 Fim do 1º ano 1.000,00 0,10 x 1.000,00 = 100,00 1.100,00 Fim do 2º ano 1.100,00 0,10 x 1.100,00 = 110,00 1.210,00 Fim do 3º ano 1.210,00 0,10 x 1.210,00 = 121,00 1.331,00 Fim do 4º ano 1.331,00 0,10 x 1.331,00 = 133,10 1.464,10Fim do 5º ano 1.464,10 0,10 x 1.464,10 = 146,41 1.610,51 Ano Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 6 2 JUROS SIMPLES 2.1 FÓRMULAS O valor dos juros é calculado a partir da seguinte expressão: J = C x i x n Onde: J = valor dos juros expressos em unidades monetárias C = capital. É o valor (em $) representativo de determinado momento i = taxa de juros, expressa em sua forma unitária. n = período de tempo Esta formula é básica tanto para o cálculo dos juros como dos outros valores financeiros mediante simples dedução algébrica: C = J i = J n = J i x n C x n C x i EXEMPLOS 1- Um capital de R$ 80.000,00 é aplicado à taxa de 2,5% ao mês durante um trimestre. Pede-se determinar o valor dos juros acumulados neste período. C = R$ 80.000,00 J = C x i x n i = 2,5% ao mês (0,025) J = 80.000,00 x 0,025 x 3 n = 3 meses J = $ 6.000,00 J = ? 2- Um negociante tomou um empréstimo pagando taxa de juros simples de 6% ao mês durante nove meses. Ao final deste período, calculou em R$ 270.000,00 o total dos juros incorridos na operação. Determinar o valor do empréstimo. C = ? i = 6% ao mês (0,06) n = 9 meses J = R$ 270.000,00 C = j i x n Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 7 C= 270.000,00 = 270.000,00 = R$ 500.000,00 0,06 x 9 0,54 3- Um capital de R$ 40.000,00 fica aplicado num fundo de poupança por 11 meses, produzindo um rendimento financeiro de R$ 9.680,00. Pede-se apurar a taxa de juros oferecida por esta operação. C = R$ 40.000,00 i = ? n = 11 meses J = R$ 9.680,00 i = j C x n C= 9.680,00 = 9.680,00 = 0,022 ou 2,2% ao mês 40.000,00 x 11 440.000,00 4- Uma aplicação de R$ 250.000,00, rendendo uma taxa de juros de 1,8% ao mês produz, ao final de determinado período, juros no valor de R$ 27.000,00. Calcule o prazo da aplicação. C = R$ 250.000,00 i = 1,8% ao mês (0,018) n = ? J = R$ 27.000,00 n = j C x i n = 27.000,00 = 27.000,00 = 6 meses 250.000,00 x 0,018 4.500,00 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 8 Exercícios 1. Qual valor dos juros correspondentes a um empréstimo de $ 10.000,00, pelo prazo de 5 meses, sabendo-se que a taxa cobrada é de 3% ao mês? 2. Um capital de $ 25.000,00, aplicado durante 7 meses, rende juros de $ 7.875,00. Determinar a taxa correspondente. 3. Uma aplicação de $ 50.000,00 pelo prazo de 180 dias obteve um rendimento de $ 8.250,00. Qual a taxa anual Correspondente a essa aplicação? 4. Sabendo-se que os juros de $ 6.000,00 foram obtidos com a aplicação de $ 7.500,00, à taxa de 8% ao trimestre, pede-se que se calcule o prazo. 5. Qual o capital que, a taxa de 4% ao mês, rende juros de $ 9.000,00 em 12 meses? 6. Calcular o juro simples referente a um capital de $ 1.000,00 aplicados á uma taxa de juros de 15% ao ano, durante 12 meses. 2.2 MONTANTE E CAPITAL Um determinado capital, quando aplicado a uma taxa de juro por determinado tempo, produz um valor acumulado denominado de montante, e identificado em juros simples por M. Em outras palavras, o montante é constituído do capital mais o valor acumulado dos juros, isto é: M = C + J Sabemos que: J = C x i x n Substituindo esta expressão básica na fórmula do montante supra, e colocando-se C em evidência: M = C + C x i x n M = C (1+ i x n) Desta maneira, para acharmos o valor de C nesta fórmula, fazemos a seguinte transformação algébrica: C = M (1+ i x n) Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 9 A expressão (1 + i x n) é definida como fator de capitalização (ou de valor faturo) dos juros simples. Ao multiplicar um capital por este fator, corrige-se o seu valor para uma data futura, determinando o montante. O Inverso, ou seja, 1/ (1 + i x n) é denominado de fator de atualização (ou de valor presente). Ao se aplicar o fator sobre um valor expresso em uma data futura, apura-se o seu equivalente numa data atual. 1- Uma pessoa aplica R$ 18.000,00 á taxa de 1,5% ao mês durante 8 meses. Determinar o valor acumulado ao final deste período. C = R$ 18.000,00 M = C ( 1 + i x n) i = 1,5% ao mês (0,015) M = 18.000,00 (1 + 0,015 x 8) n = 8 meses M = 18.000,00 x 1,12 M = ? M = R$ 20.160,00 2- Uma dívida de R$ 900.000,00 irá vencer em 4 meses. O credor está oferecendo um desconto de 7% ao mês caso o devedor deseje antecipar o pagamento para hoje. Calcular o valor que o devedor pagaria caso antecipasse a liquidação da dívida. M = R$ 900.000,00 i = 7% ao mês (0,07) n = 4 meses C = ? C = M (1+ i x n) C= 900.000,00 = 900.000,00 = R$ 703.125,00 (1 + 0,07 x 4) 1,28 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 10 Exercícios 1. Calcular o montante de $ 85.000,00 aplicado por 7 meses à taxa linear de 2,5% ao mês. 2. Uma nota promissória de valor nominal de $ 140.000,00 é resgatada dois meses antes de seu vencimento. Qual o valor pago no resgate, sabendo-se que a taxa de juros simples é de 1,9% ao mês? 3. Se uma pessoa necessitar de $100.000,00 daqui a 10 meses, quanto deverá ela depositar hoje num fundo de poupança que remunera à taxa linear de 1% ao mês? 4. Uma pessoa aplicou $ 12.000 numa instituição financeira resgatando, após 7meses, o montante de $13.008,00. Qual a taxa de juros mensal que o aplicador recebeu? 5. Em quanto tempo um capital de $ 4.000,00 aplicado a 29,3% ao ano pelo regime linear renderá $1.940,00? 6. Um capital emprestado gerou $ 96.720,00 de juros. Sabendo-se que o prazo de aplicação foi de 13 meses e a taxa de juros de 6% a.m., calcular o valor do montante. 2.3 TAXA PROPORCIONAL E EQUIVALENTE Para se compreender mais claramente o significado destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envolve dois prazos: • prazo a que refere-se a taxa de juros • prazo de capitalização (ocorrência) dos juros Por exemplo: vamos admitir um empréstimo bancário a uma taxa (custo) nominal de 24% ao ano. O prazo a que se refere especificamente a taxa de juros é anual. A seguir deve-se identificar a periodicidade de ocorrência dos juros. Ao se estabelecer que os encargos incidirão sobre o principal somente ao final de cada ano, os dois prazos considerados são coincidentes. Mas em inúmeras operações estes prazos não são coincidentes. Outro exemplo: A Caderneta de Poupança paga aos seus depositantes uma taxa de juros de 6% ao ano, a qual é agregada (capitalizada) ao principal todo mês através de um percentual proporcional de 0,5%. Tem-se aqui, então, dois prazos – prazo da taxa: ano e prazo de capitalização: mês. Mas conforme abordamos anteriormente, é necessário expressar estes prazos diferentes na mesma base de tempo. Ou transforma-se o prazo específico da taxa para Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 11 o de capitalização ou, de maneira inversa, o período de capitalização passa a ser expresso na unidade de tempo da taxa de juros. No regime de juros simples, diante de sua própria natureza linear, esta transformação é processada pela denominada taxa proporcional de juros também denominada de taxa linear ou nominal. Esta taxa proporcional é obtida da divisão entre a taxa de juros considerada na operação e o número de vezes em que ocorrerão os juros (quantidade de períodos de capitalização). Exemplos: 1) Para uma taxa de juros de 18% ao ano, se a capitalização for definida mensalmente (ocorrerão 12 vezes juros no período de um ano), o percentual de juros que incidirá sobreo capital a cada mês será: Taxa Proporcional = 18% = 1,5% ao mês 12 2) Calcular a taxa de juros semestral proporcional a: a) 60% ao ano i = 60% x 6 = 30% a. s. 12 b) 9% ao trimestre i = 9% x 6 = 18% a. s. 3 3) Calcular a taxa anual proporcional a: a) 6% ao mês i = 6% x 12 = 72% ao ano b) 10% ao bimestre i = 10% x 6 = 60% ao ano. As taxas de juros simples se dizem equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital e pelo mesmo intervalo de tempo, produzem o mesmo volume linear de juros. Por exemplo: em juros simples um capital de R$ 500.000,00, se aplicado pelo prazo de um ano a 2,5% ao mês ou 15% ao semestre, produz o mesmo montante linear de juros. Isto é: • J (2,5% a.m.) = R$ 500.00,00 x 0,025 x 12 = R$ 150.000,00 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 12 • J (15% a.s.) = R$ 500.00,00 x 0,15 x 2 = R$ 150.000,00 Os juros produzidos pelas duas taxas lineares de juros são iguais, logo são definidas como equivalentes. No regime de juros simples, taxas proporcionais (nominais ou lineares) e taxas equivalentes são consideradas a mesma coisa. Exercícios 1. Calcular a taxa mensal proporcional de: a) 14,4% ao ano b) 6,8% ao trimestre c) 11,4% ao semestre d) 110,4% ao ano 2. Calcular a taxa trimestral proporcional a juros de: a) 120% ao ano b) 3,2% ao quadrimestre c) 1,5% ao mês 3. Determinar a taxa de juros anual proporcional à seguintes taxas: a) 2,5% ao mês b) 56% ao quadrimestre c) 12,5% para 5 meses Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 13 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES JUROS SIMPLES 1) Uma dívida é composta de três pagamentos no valor de $ 2.800,00, $ 4.200,00 e $ 7.000,00, vencíveis em 60, 90 e 150 dias, respectivamente. Sabe-se ainda que a taxa de juros simples de mercado é de 4,5% a.m. Determinar o valor da dívida se o devedor liquidar os pagamentos no dia de hoje. 2) Uma calculadora está sendo vendida a prazo nas seguintes condições: $ 128,00 de entrada, $ 192,00 em 30 dias e $ 192,00 em 60 dias. Sendo de 1,1% ao mês a taxa linear de juros, pede-se calcular até que preço é interessante comprar a máquina à vista. 3) Calcular o valor do capital que, aplicado à taxa de 50,4% ao ano, durante dois anos e três meses, produz um montante de $ 600.000,00. 4) Determinar o número de meses necessário para um capital dobrar de valor, com uma taxa de 2% ao mês, no regime de juros simples. 5) Uma loja oferece um computador por $3.000,00 a vista ou por 20% do valor a vista como entrada e mais um pagamento de $ 2.760,00 após 6 meses. Qual a taxa mensal de juros cobrada? 6) Uma pessoa contrai um empréstimo de $ 75.000,00 à taxa linear de 3,3% ao mês. Em determinada data liquida este empréstimo pelo montante de $ 92.325,00 e contrai nova dívida no valor de $40.000,00 pagando uma taxa de juros simples mais baixa. Este último empréstimo é resgatado 10 meses depois pelo montante de $49.600,00. Calcule: a) o prazo do primeiro empréstimo e o valor dos juros pagos. b) a taxa simples de juros mensal e anual cobrada no segundo empréstimo. 7) João emprestou $20.000,00 de Carlos para paga-los após 2 anos. A taxa ajustada foi de 30% a.a. Quanto Carlos poderia aceitar, se 6 meses antes do vencimento da dívida João quisesse resgatá-la e se nesta época o dinheiro valesse 25% a.a.? 8) Se tenho um título com valor nominal de $15.000,00 com vencimento daqui 2 anos e a taxa de juros correntes é de 28%a.a., qual é o valor atual deste título nas seguintes condições: a) Hoje. b) daqui um ano. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 14 c) 4 meses antes do seu vencimento. 9) Qual o valor a ser pago, no final de cinco meses e 18 dias, correspondente a um empréstimo de $ 125.000,00, sabendo-se que a taxa de juros é de 27% ao semestre? 10) Uma aplicação de $ 15.000,00 é efetuada pelo prazo de 3 meses à taxa de juros simples de 26% a.a. Que outra quantia deve ser aplicada por 2 meses à taxa linear de 18% ao ano para se obter o mesmo rendimento financeiro? Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 15 3 JUROS COMPOSTOS O regime de juros compostos considera que os juros formados em cada período são acrescidos ao capital formando o montante (capital mais juros) do período. Esse montante, por sua vez passará render juros no período seguinte formando um novo montante (constituído do capital inicial, dos juros acumulados e dos juros sobre os juros formados em períodos anteriores), e assim por diante. Esse processo de formação dos juros é diferente daquele descrito para os juros simples, onde unicamente o capital rende juros, não ocorrendo remuneração sobre os juros formados em períodos anteriores. 3.1 FÓRMULAS DE JUROS COMPOSTOS No regime de juros compostos, os juros são capitalizados, produzindo juros sobre juros periodicamente. Aqui usaremos as siglas PV (Valor Presente), que corresponde ao Capital estudado em Juros Simples, e FV (Valor Futuro) correspondente ao Montante. Fórmulas: FV= PV (1 + i)n e PV= FV (1 + i)n onde (1 + i)n é o fator de capitalização (ou de valor futuro) a juros compostos, e 1/(1 + i)n o fator de atualização (ou de valor presente) a juros compostos. Por outro lado, sabe-se que o valor monetário dos juros (J) é apurado pela diferença entre o montante (FV) e o capital (PV), podendo-se obter o seu resultado também pela seguinte expressão: J = FV – PV Como: FV = PV (1 + i)n , colocando-se PV em evidência: J = PV [(1 + i)n - 1] Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 16 EXEMPLOS 1. Se uma pessoa deseja obter $ 27.500,00 dentro de um ano, quanto deverá ela depositar hoje numa alternativa de poupança que rende 1,7% de juros compostos ao mês? FV = $ 27.500,00 n = 1 ano (12 meses) i = 1,7% a.m. PV = ? Utilizando a HP-12C: 27500 CHS FV 1,7 i 12 n PV 22.463,70 2. Qual o valor de resgate de uma aplicação de $12.000,00 em um título pelo prazo de 8 meses à taxa de juros composta de 3,5% a.m.? PV = $ 12.000,00 n = 8 meses i = 3,5% a.m. FV = ? FV = PV (1 + i)n FV = 12.000,00 (1 + 0,035)8 FV = 12.000,00 x 1,316809 = $15.801,71 PV= FV (1 + i)n PV= 27.500,00 = 27.500,00 (1 + 0,017)12 (1,017)12 PV= 27.500,00 = $ 22.463,70 1,224197 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 17 Utilizando a HP-12C: 12000 CHS PV 3,5 i 8 n FV 15.801,71 3. Determinar a taxa mensal composta de juros de uma aplicação de $40.000,00 que produz um montante de $43.894,63 ao final de um quadrimestre. PV = $40.000,00 FV = $43.894,63 n = 4 meses i = ? FV = PV (1 + i)n FV = (1 + i)n PV 43.894,63 = (1 + i)4 40.000,00 1,097366 = (1 + i) 4 1,097366 = (1 + i) 4 1 + i = 1,0235 i = 0,0235 ou 2,35% a.m. Utilizando a HP-12C: 40000 CHS PV 43894,63 FV 4 n i 2,35% Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 18 4. Uma aplicação de $22.000,00 efetuada em certa data produz, á taxa composta de juros de 2,4% ao mês, um montante de $ 26.596,40 em certa data futura. Calcular o prazo da operação. PV = 22.000,00 FV = 26.596,40 i = 2,4% a.m. n = ? FV = PV (1 + i)n FV = (1 + i)n PV 26.596,40 = (1,024)n 22.000,001,208927273 = (1,024)n , aplicando-se logaritmos, tem-se: log 1,208927273 = n x log 1,024 n = log 1,208927273 = 0,189733415 log 1,024 0,023716527 n = 8 meses Utilizando a HP-12C: 220000 CHS PV 26.596,40 FV 2,4 i n 8 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 19 5. Determinar o juro pago de um empréstimo de $88.000,00 pelo prazo de 5 meses à taxa composta de 4,5% ao mês. J =? PV = 88.000,00 n = 5 meses i = 4,5% a.m. J = PV [(1 + i) n – 1] J = 88.000 [(1,045) 5 – 1] J = 88.000 (0,246182) = $ 21.664,02 Exercícios 1. Determinar o Valor Futuro, no final de 10 meses, resultante da aplicação de um capital de $ 100.000,00, à taxa de 3,75% ao mês. 2. Um banco lança um título pagando 6% a.t. Se uma pessoa necessitar de 58.000,00 daqui a 12 trimestres, quanto deverá aplicar neste título? 3. Em que prazo uma aplicação de $374.938, à taxa de 3,25% a.m., gera um resgate de $500.000. 4. Calcular a taxa mensal de juros de uma aplicação de $ 68.700,00 que produz um montante de $ 82.084,90 ao final de 8 meses. 5. Calcular o juro de uma aplicação de $300.000 nas seguintes condições de prazo e taxa, i = 2,5% a.m. e n = 1 semestre. 3.2 TAXAS EQUIVALENTES Ao se tratar de juros simples, foi comentado que a taxa equivalente é a própria taxa proporcional da operação. Por exemplo, a taxa de 3% ao mês e 9% ao trimestre são ditas proporcionais. São também equivalentes, pois promove a igualdade dos montantes de um mesmo capital ao final de certo período de tempo. Por exemplo, em juros simples um capital de $80.000,00 produz o mesmo montante em qualquer data se capitalizado a 3% a.m. e 9% a.t. n = 3 meses FV (3% a.m.) = 80.000,00 ( 1 + 0,03 x 3) = $ 87.200,00 FV (9% a.t.) = 80.000,00 (1 + 0,09 x 1) = $ 87.200,00 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 20 O conceito enunciado de taxa equivalente permanece válido para o regime de juros compostos diferenciando-se, no entanto, a fórmula de cálculo da taxa de juros. Podemos utilizar a seguinte fórmula para encontrar a taxa equivalente: i quero = [(1 + i)quero/tenho – 1] x 100 Exemplo: 2% ao mês e 26,82% ao ano são Equivalentes: i anual = [(1,02)360/30 – 1] x 100 i anual = [(1,02)12 – 1] x 100 i anual = [1,2682 – 1] x 100 i anual = 0,2682 x 100 i anual = 26,82% Utilizando a HP-12C: 1,02 enter 360 (quero) enter 30 (tenho) divide y x 1 – 100 x Exercícios 1. Capitalizar as seguintes taxas: a) 2,3% ao mês para um ano b) 0,14% ao dia para 23 dias c) 7,45% ao trimestre para um ano d) 6,75% ao semestre para um ano e) 1,87% equivalente a 20 dias para um ano f) 1,8% ao mês para um trimestre 2. Calcular a taxa composta a 34% ao ano para os seguintes prazos: a) 1 mês b) 1 quadrimestre c) 1 semestre d) 5 meses Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 21 2.3 TAXA NOMINAL E TAXA EFETIVA TAXA NOMINAL - é aquela consignada nos contratos relativos a operações financeiras. É também conhecida como taxa contratada ou taxa oferecida. Na taxa nominal emprega-se uma unidade de tempo que não coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. A taxa nominal é quase sempre fornecida em termos anuais. Assim, por exemplo: • 12% ao ano, com capitalização mensal; • 24% ao ano, com capitalização semestral; • 10% ao ano, com capitalização trimestral; • 18% ao ano, capitalizados diariamente; A taxa nominal é muito utilizada no mercado, quando da formalização dos negócios. Não é, porém, utilizada diretamente nos cálculos, por não corresponder, de fato, ao ganho/custo financeiro do negócio. TAXA EFETIVA – A Taxa Nominal traz em seu enunciado uma taxa efetiva implícita, que é a taxa de juros a ser aplicada em cada período de capitalização. E essa taxa é sempre calculada de forma proporcional, no regime de juros simples. Nos exemplos anteriores as taxas efetivas que estão implícitas nos enunciados das taxas nominais são: • 12% ao ano = 12% a.a. / 12 meses = 1% a.m. • 24% ao ano = 24% a.a. / 2 semestres = 12% a.s. • 10% ao ano = 10% a.a. / 4 trimestres = 2,5% ao trimestre • 18% ao ano = 18% a.a. / 360 dias = 0,050% ao dia Devemos então abandonar os valores das taxas nominais e realizar todos os cálculos financeiros, no regime de juros compostos. A taxa anual equivalente a esta taxa efetiva implícita é sempre maior que a taxa nominal que lhe deu origem, pois esta equivalência é sempre feita no regime de juros compostos. Fórmula Taxa Efetiva: if = (1 + i/q)q – 1 • 12% a.a. = (1 + 0,12/12)12 – 1 = (1,01)12 – 1 = 12,68% a.a. • 24% a.a. = (1 + 0,24/2)2 – 1 = (1,12)2 – 1 = 25,44% a.a. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 22 • 10% a.a. = (1 + 0,10/4)4 – 1 = (1,025)4 – 1 = 10,38% a.a. • 18% a.a. = (1 + 0,18/360)360 – 1 = (1,0005)360 – 1 = 19,72% a.a. Exemplo: A caderneta de poupança paga juros anuais de 6% com capitalização mensal a base de 0,5%. Calcular a rentabilidade efetiva desta aplicação financeira. Taxa Efetiva: if = (1 + i/q)q – 1 = (1 + 0,06/12)12 –1 = (1,005)12 = 6,17% a.a. Exercícios 1- Sendo de 24% a.a. a taxa nominal de juros cobrada por uma instituição, calcular o custo efetivo anual, admitindo que o período de capitalização dos juros seja: a) mensal b) trimestral c) semestral 1- Para cada taxa nominal apresentada a seguir, pede-se calcular a taxa efetiva anual: a) 9% a.a. capitalizados mensalmente b) 14% a.a. capitalizados trimestralmente c) 15% a.a. capitalizados semestralmente d) 12% a.a. capitalizados anualmente Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 23 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES JUROS COMPOSTOS 1) Um sítio é posto a venda por $50.000,00 de entrada e $100.000,00 em 1 ano. Como opção o vendedor pede $124.000,00 á vista. Se a taxa de juros de mercado é de 2,5% a.m., qual a melhor alternativa? 2) Uma empresa obtém um empréstimo de $ 700.000 que será liquidado, de uma só vez, no final de dois anos. Sabendo-se que a taxa de juros é de 25% ao semestre, calcular o valor pelo qual esse empréstimo deverá ser quitado. 3) Um Certificado de Depósito Bancário (CDB) equivalente a $ 500,00 rende juros de 15% ao ano. Sendo seu prazo de 243 dias, calcular o valor de resgate. 4) Admita que uma pessoa irá necessitar de $33.000,00 em 11 meses e $47.000,00 em 14 meses. Quanto deverá ela depositar hoje numa alternativa de investimento que oferece uma taxa efetiva de rentabilidade de 17% a.a.? 5) A aplicação de certo capital, à taxa de 69,588% ao ano, gerou um montante de $820.000 no final de 1 ano e três meses. Calcular o valor dos juros. 6) Um investidor aplicou a quantia de R$150.000,00 em um título de renda fixa resgatável no final do prazo de 12 meses. A taxa de juros composta aplicada ao título é 4% ao mês. O valor de resgate do título no final do 12º mês é: a) R$ 222.000,00. b) R$ 240.154,83. c) R$ 294.230,77. d) R$ 306.000,00. 7) Uma dívida apresenta as seguintes condições de pagamento: $ 6.200,00 vencíveis em certa data e $ 9.600,00 vencíveis 4 meses após. O devedor propõe uma renegociação da dívida nas seguintes condições: $3.000,00 após 3 meses do vencimento do primeiro pagamento original; $4.500,00 daí a 3 meses e o restante 5 meses depois deste último pagamento. Para uma taxa efetiva de juros de 2,9% a.m., calcular o saldo a pagar. 8) Capitalizar as seguintes taxas: a) 2,3% ao mês para um semestre b) 0,19% ao dia para um trimestre c) 7,45% ao trimestre para um mês 9) Calcular a taxa mensal de juros de uma aplicaçãode $ 68.700,00 que produz um montante de $ 82.084,90 ao final de 8 meses. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 24 10) Em que prazo uma aplicação de $374.938, à taxa de 3,25% a.m., gera um resgate de $500.000. 4 DESCONTOS Entende-se por valor nominal o valor de resgate, ou seja, o valor definido para um título em sua data de vencimento. Representa, em outras palavras, o próprio montante da operação. A operação de se liquidar um título antes de seu vencimento envolve geralmente uma recompensa, ou um desconto pelo pagamento antecipado. Desta maneira, o desconto pode ser entendido como a diferença entre o valor nominal de um título e o seu valor atualizado apurado n períodos antes do seu vencimento. Por outro lado, o valor descontado de um título é o seu valor atual na data do desconto, sendo determinado pela diferença entre o valor nominal e o desconto, ou seja: Valor Descontado = Valor Nominal – Desconto As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de juros simples como no de juros compostos. O uso do desconto simples é amplamente adotado em operações de curto prazo, restringindo-se o desconto composto para as operações de longo prazo. 4.1 DESCONTO SIMPLES 4.1.1 DESCONTO RACIONAL OU DESCONTO “POR DENTRO” É o desconto obtido pela diferença entre o valor nominal e o valor atual de um compromisso que seja saldado n períodos antes do seu vencimento. Desconto é a quantia a ser abatida do valor nominal. Valor Descontado é a diferença entre o valor nominal e o desconto. N: Valor nominal (ou montante ou valor futuro) Vr: Valor atual ( ou valor descontado racional) n: Número de períodos antes do vencimento i: Taxa de desconto Dr: Valor do desconto Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 25 Temos: Vr = N 1 + i x n Tem-se: Dr = N – Vr Dr = N - N Dr = N (1+ i x n) – N 1 + i x n 1 + i x n Dr = N x i x n 1 + i x n Esta fórmula permite que seja obtido o valor do desconto racional, calculado para um dado valor nominal (N), a uma taxa de juros (i) e para um prazo de antecipação (n). O valor do desconto “por dentro” também é obtido multiplicando-se o Capital (ou Valor Presente) pela taxa de desconto i, e esse produto pelo prazo da operação n: Dr = C x i x n Como o valor presente é sempre incógnita, sendo normalmente conhecido o Valor Nominal, normalmente utilizaremos a fórmula citada anteriormente. O valor descontado de acordo com a definição, é dado por: Vr = N – Dr Vr = N - N x i x n Dr = N (1+ i x n) – N x i x n 1 + i x n 1 + i x n Vr = N 1 + i x n OBSERVE-SE QUE, EM JUROS SIMPLES, O VALOR DESCONTADO É O PRÓPRIO VALOR ATUAL. Exemplo: Uma pessoa pretende saldar um título de $ 5.500,00, 3 meses antes de seu vencimento. Sabendo-se que a taxa de juros corrente é de 40%a.a., qual o desconto e quanto vai obter? Temos: N = 5.500,00 n = 3 meses i = 40% a.a. / 3,3333% a.m. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 26 Calcular: a) O desconto: Dr = N x i x n 1 + i x n Dr = 5.500,00 x 0,033 x 3 5.500,00 x 0,10 550,00 1 + 0,033 x 3 1 + 0,10 1,10 Dr = $ 500,00 b) Valor Descontado Vr = 5.500,00 – 500,00 = $ 5.000,00 ou Vr = N 5.500,00 5.500,00 $ 5.000,00 1 + i x n 1 + 0,10 1,10 Exercícios 1. Determinar o desconto racional das hipóteses seguintes: a) Valor Nominal: $ 10.000,00 / Taxa: 23% a.a. / Prazo: 3 meses b) Valor Nominal: $ 7.500,00 / Taxa: 29% a.a. / Prazo: 100 dias 2. Determinar o valor atual racional dos seguintes títulos: a) Valor Nominal: $ 20.000,00 / Taxa: 15,9% a.a. / Prazo: 50 dias b) Valor Nominal: $ 12.500,00 / Taxa: 21% a.a. / Prazo: 125 dias 3. Quanto devo pagar por um título no valor nominal de $ 15.000,00 com vencimento em 150 dias se quero ganhar 36% a.a.? Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 27 4.1.2 DESCONTO COMERCIAL OU DESCONTO “POR FORA” É aquele valor que se obtém pelo cálculo do juro simples sobre o valo nominal do compromisso que seja saldado n períodos antes do seu vencimento. Observe que, ao contrário dos juros “por dentro”, que calculam os encargos sobre o capital efetivamente liberado na operação, ou seja, sobre o valor presente, o critério “por fora” apura os juros sobre o montante, indicando custos adicionais ao tomador de recursos. Dc: desconto comercial Vc: valor atual (ou valor descontado comercial) Obtém-se o valor do desconto comercial aplicando-se a definição: Dc = N x i x n E o valor descontado comercial: Vc = N – Dc Vc = N - N x i x n Vc = N (1 – i x n) Exemplo: Consideraremos o exemplo do item anterior, em que o título de $ 5.500,00 é descontado à taxa de 40% a.a., 3 meses antes do vencimento. a) Desconto Comercial Dc = N x i x n Dc = 5.500,00 x 0,0333 x 3 = $ 550,00 b) Valor Descontado Comercial Vc = N (1 – i x n) Vc = 5.500,00 x (1 - 0,0333 x 3) Vc = 5.500,00 x 0,9 Vc = $ 4.950,00 Então a pessoa vai receber $ 4.950,00 pelo desconto comercial, que é menos que os $ 5.000,00 que receberia se o desconto fosse racional. É evidente, portanto, que ao se fazer um desconto comercial a taxa de desconto utilizada não é mais igual à taxa de juros simples capaz de reproduzir o montante. Observa-se que, se o banco ganha $550,00 sobre um valor de $ 4.950,00, em 3 meses, a taxa de juros da operação é: Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 28 i = 550,00 = 0,111 ao trimestre 4.950,00 ou i = 0,044 ao ano Note-se então que, no desconto comercial, é preciso distinguir entre a taxa de desconto utilizada na operação e a taxa implícita que é cobrada de fato. EXERCÍCIOS 1. Calcular o desconto comercial das hipóteses seguintes: a) Valor Nominal: $ 12.500,00 / Taxa: 37% a.a. / Prazo: 250 dias b) Valor Nominal: $ 18.000,00 / Taxa: 35% a.a. / Prazo: 3 meses 2. Se o desconto comercial for de $ 1.125,00, qual será o valor nominal, se a taxa considerada for de 27% a.a. e o prazo de antecedência 100 dias? 3. Uma nota promissória foi descontada 4 meses antes de seu vencimento à taxa de 26% a.a. Sabendo-se que o valor atual comercial foi de $ 18.266,67, qual seria seu valor nominal ? 4. O valor atual de um título é de $ 23.600,00, considerando-se a taxa de 28% a.a. e o prazo de antecipação de 72 dias. Pergunta-se: Qual o desconto comercial? Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 29 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES DESCONTO SIMPLES 1. Um título cujo resgate foi efetuado 145 dias antes do vencimento foi negociado à taxa de 23% a.a. Qual era o valor nominal do título, uma vez que o valor atual racional recebido foi de $ 1.921,95? 2. Valor nominal de uma promissória com vencimento em 15/11/2003 é de $ 2.700,00. Se o dinheiro valer 36% a.a. e a promissória for saldada dia 19/08/2003, de quanto será o desconto por dentro obtido? Qual o valor atual? 3. Se a taxa de juros corrente for de 30% a.a., qual será o valor atual comercial se o desconto de um título no valor de $ 18.000,00 ocorrer 90 dias antes de seu vencimento? 5 FLUXO DE CAIXA (ANUIDADES) Um fluxo de caixa representa uma série de pagamentos ou de recebimentos que se estima ocorrer em determinado intervalo de tempo. É bastante comum, na prática defrontar-se com operações financeiras que se representam por um fluxo de caixa. Por exemplo, empréstimos e financiamentos de diferentes tipos costumam envolver uma seqüência de desembolsos periódicos de caixa. Demaneira idêntica, têm-se os fluxos de pagamento/recebimentos de aluguéis, de prestações oriundas de compras a prazo, etc. Existem dois modelos de fluxo de caixa: • Uniforme – que representa uma característica de formação - padrão. É entendido como o modelo - padrão de uma sucessão de pagamentos e recebimentos. • Não - convencionais Os termos dos fluxos de caixa são genericamente simbolizados por PMT, sendo para as demais variáveis empregadas a mesma simbologia adotada anteriormente (PV, FV, n, i). Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 30 5.1 UNIFORME (MODELO – PADRÃO) Os fluxos de caixa podem ser representados sob diferentes formas e tipos exigindo cada um deles um tratamento específico em termos de formulações. Esquematicamente, os fluxos de caixa são identificados com base nas seguintes Classificações: Postecipados 1. Período de Ocorrência Antecipados Diferidos 2. Periodicidade Periódicos Não periódicos 3. Duração Limitados (Finitos) Indeterminados (Indefinidos) 4. Valores Constantes Variáveis O modelo – padrão de um fluxo de caixa, é verificado quando os termos de uma sucessão de pagamentos ou recebimentos apresentam, ao mesmo tempo, as seguintes classificações: a) Postecipados: indica que os fluxos de pagamentos ou recebimentos começam a ocorrer ao final do primeiro pagamento. b) Limitados: o prazo total do fluxo de caixa é conhecido a priori, sendo finito o número de termos (pagamentos e recebimentos). c) Constantes – indica que os valores dos termos que compõe o fluxo de caixa são iguais entre si. d) Periódicos: é quando os intervalos entre os termos do fluxo são idênticos entre si. Ou seja, o tempo entre um fluxo e outro é constante. Graficamente, o fluxo de caixa uniforme (padrão) é representado da forma seguinte: PV PMT 0 n (tempo)1 2 3 n - 1 PMT PMT PMTPMT Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 31 5.1.1 VALOR PRESENTE O Valor presente de um fluxo de caixa uniforme, conforme discutido no item precedente, para uma taxa periódica de juros, é determinado pelo somatório de valores presentes de cada um de seus valores. Reportando-se à representação gráfica do fluxo - padrão apresentado, tem-se: Logo: PV = PMT + PMT + PMT + ......... PMT + PMT (1+i) (1+1)2 (1+i)3 (1+i)n-1 (1+i)n Fórmula Valor Presente Fluxo de Caixa Uniforme: PV = PMT x 1 – (1 + i) -n i Exemplo: Determinado bem é vendido em 7 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de $ 4.000,00. Para uma taxa de juros de 2,6% a.m., até que preço compensa adquirir o bem à vista? PMT = $ 4.000,00 i = 2,6% a.m. n = 7 PV = ? PV = PMT x 1 – (1+i) –n 4.000,00 x 1 – (1,026)-7 i 0,026 PV = 4.000,00 x 6,325294 = $ 25.301,17 PMT PV 0 n (tempo) PMT PMT PMT PMT 1 2 3 n - 1 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 32 Utilizando a HP-12C: 4000 CHS PMT 2,6 i 7 n PV 25.301,17 5.1.2 VALOR FUTURO O valor futuro, para determinada taxa de juros por período, é a soma dos montantes de cada um dos termos da série de pagamentos/recebimentos. Graficamente tem-se a seguinte representação: O valor futuro pelo padrão ocorre junto com o último termo do fluxo de caixa. Capitalizando-se cada um dos valores da série, apura-se a seguinte expressão: FV = PMT + PMT x (1+i) + PMT x (1+i)2 + PMT x (1+i)3 +...+ PMT x (1+i)n-1 Fórmula Valor Futuro (Montante) de um Fluxo de Caixa uniforme FV = PMT x (1 + i)n -1 i PMT FV 0 n (tempo)1 2 3 n - 1 PMT PMT PMT PMT Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 33 Exemplo: Calcular o Valor Futuro (montante) acumulado ao final do 7º mês de uma seqüência de 7 depósitos mensais e sucessivos, no valor de $ 800,00 cada, numa conta de poupança que remunera a uma taxa de juros de 2,1% a.m. n = 7 i = 2,1% a.m. PMT = $800,00 FV = ? FV = PMT x (1+i)n -1 800,00 x (1,021)7 - 1 i 0,021 FV = 800,00 x 7,456763 = $ 5.965,41 Utilizando a HP-12C: 800 CHS PMT 2,1 i 7 n FV 5.965,41 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 34 Exercícios 1. Que montante obterá uma pessoa que deposite periodicamente $100,00, conforme prazos e taxas a seguir: a) 24 meses – 1% a.m. b) 10 trimestres – 15% a.t. c) 20 semestres – 20% a.s. 2. Um terreno é vendido por $ 10.000,00 de entrada e 36 prestações mensais de $ 500,00. Sabendo-se que a taxa de juros corrente no mercado é de 2,5% a.m., até que preço vale a pena comprar o terreno à vista? 3. Calcular a prestação referente a uma mercadoria, cujo preço a vista é de $ 10.000,00, caso ocorram as seguintes hipóteses sobre as taxas e respectivos prazos: a) Taxa Juros: 2,5% a.m. / Prazo: 12 meses b) Taxa Juros: 3% a.m. / Prazo: 12 meses 4. Numa seção de classificados anuncia-se uma casa por R$ 250.000,00 a vista ou em 4 prestações trimestrais de $ 77.600,00. Qual a melhor opção de compra, uma vez que a taxa de juros correntes é de 10% a.t. 5. Um sítio é posto a venda por $ 300.000,00 a vista, ou a prazo nas seguintes condições: 10% de entrada e o restante em 50 meses, juros de 3% a.m. Qual o valor das prestações? 6. Uma loja de eletrodomésticos oferece o seguinte plano na venda de um refrigerador: a) Entrada = $ 1.000,00 mais 6 prestações mensais de $ 181,55 b) Entrada = $ 500,00 mais 12 prestações mensais de $ 148,01 Sendo a taxa de mercado 2% a.m., qual a melhor alternativa? 7. Certa agência de viagens diz financiar a juros de 1,2% a.m. Sua sistemática no financiamento de $ 10.000,00 em 12 meses é a seguinte: 1,2% x 12 meses = 14,4% a.a. 10.000 x (1,144) = $ 11.440,00 11.440 : 12 = $ 953,33 Portanto, o cliente irá pagar 12 prestações de $ 953,33. A taxa de juros é realmente de 1,2% a.m.? Se não for, qual seria então o valor da prestação nesta taxa? 8. Em quantas prestações mensais de $ 1.004,62 será pago um título de um clube de campo, se seu valor a vista for de $ 10.000,00 e a taxa contratada for de 3% a.m.? Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 35 9. Quanto se deverá depositar mensalmente para que, ao fim de 5 anos, não se processando nenhuma retirada, se tenha $ 50.000,00. Considerar que a instituição paga 2,5% a.m. sobre o saldo credor. 10. Certo executivo, pretendendo viajar durante 12 meses, resolve fazer 6 depósitos mensais em uma financeira, para que sua esposa possa efetuar 12 retiradas mensais de $ 20.000,00, durante o período de sua viagem. A primeira retirada ocorrerá 1 mês após o último depósito. Se a financeira paga 3% a.m., de quanto devem ser os depósitos? 11. Uma empresa está analisando a melhor opção para aquisição de uma máquina. As seguintes opções estão sendo analisadas: Opção 1 Adquirir a máquina do Fornecedor A, à vista, por R$200.000,00. Para tanto, a empresa terá que obter um empréstimo de R$200.000,00 com juros compostos de 2%a.m. no Banco X, a ser pago em três parcelas de igual valor, vencendo a primeira parcela um mês após a data da liberação do empréstimo. Opção 2 Adquirir a máquina do Fornecedor B, em três parcelas mensais sucessivas de R$70.000,00, vencendo a primeira parcela um mês após a data da compra. Com base nos dados informados, é CORRETO afirmar que: a) É mais vantajosa a opção 1, uma vez que a parcela mensal a ser paga ao Banco X é igual a R$69.350,93. b) É mais vantajosa a opção 1, umavez que a parcela mensal a ser paga ao Banco X é igual a R$68.000,00. c) É mais vantajosa a opção 2, uma vez que a parcela mensal a ser paga ao Banco X é igual a R$70.747,20. d) É mais vantajosa a opção 2, uma vez que a parcela mensal a ser paga ao BancoX é igual a R$70.666,67. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 36 5.2 NÃO CONVENCIONAIS PERÍODO DE OCORRÊNCIA � Diferimento (Carência) O diferimento indica que os termos da série começam a ocorrer após o final do primeiro período, conforme ilustrado no gráfico. Em suma, a base de comparação para se definir uma carência é o final do primeiro período. A determinação do montante de um fluxo de caixa com carência segue a formulação desenvolvida do modelo – padrão. Deve ser ressaltado que nesse caso n representa o número de termos da série, e não o seu prazo total. A formulação do valor presente, no entanto, requer um pequeno ajuste, de forma a ser expresso na data zero, ou seja: PV = PMT x 1 – (1 + i) -n x ( 1+i) -c i Exemplo: Observe que o fluxo de caixa apresenta um prazo total de 9 períodos, sendo o número de termos igual a 7 (n = 7), e a carência de 2 períodos ( c = 2). Para uma taxa de juros de 2,2% por período, têm-se os seguintes resultados: 0 1 n (tempo) PMT PMT PMT PMT PMT PMT PMT 2 3 4 5 6 7 Carência 0 1 9 (tempo) 100,00 8 Carência ( C=2) 100,00 100,00 100,00 2 3 4 5 6 7 100,00 100,00100,00 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 37 Valor Presente: PV = 100,00 x 1 – (1,022)-7 x (1,022) –2 0,022 PV = 100 x 6,4225 x 0,957410 = $614,90 Valor Futuro: FV = 100,00 x (1,022)7 – 1 0,022 FV = 100,00 x 7.4793 = $747,93 VALORES No que se refere aos valores, os termos de caixa podem ser constantes, se os fluxos de caixa apresentarem-se sempre iguais, ou variáveis, se os fluxos não forem sempre iguais entre si. Para os fluxos não - convencionais, os valores de caixa apresentam-se desiguais e portanto seu valor presente calculado pela soma dos valores atualizados de cada um de seus termos. O valor futuro, por seu lado, é determinado pelo somatório dos montantes de cada um dos termos ou, ainda, capitalizando-se o valor presente para a data futura. Por exemplo: admita o seguinte fluxo de caixa, para uma taxa de juros de 4% a.a., durante 5 anos: Valor Presente: PV = 80,00 + 126,00 + 194,00 + 340,00 + 570,00 (1,04) (1,04)² (1,04)3 (1,04)4 (1,04)5 PV = 76,92 + 116,49 + 172,46 + 290,63 + 468,50 PV = $ 1.125,00 570,00 0 1 5 (tempo)2 3 4 80,00 126,00 194,00 340,00 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 38 Valor Futuro: FV = 570,00 + 340,00(1,04) + 194,00(1,04)² + 126,00(1,04)3 + 80,00(1,04)4 FV = 570,00 + 353,60 + 209,83 + 141,73 + 93,59 FV = $1.368,80 ou FV = 1.125,00 x (1,04)5 = $1.368,80 Na HP 12c – Valor Presente 0 g Cfo 80 g Cfj 126 gCfj 194 gCfj 340gCfj 570 gCfj 4 i f PV 1.125,01 Na HP 12c – Valor Futuro 1.125,01 CHS PV 4 i 5 n FV 1.368,75 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 39 PERIODICIDADE � Não periódicos Se os termos se verificarem em intervalos irregulares (diferentes entre si), tem–se o que se denomina de fluxos de caixa não - periódicos. O gráfico a seguir ilustra um fluxo de caixa não periódico, onde os valores não se verificam uniformemente em termos de periodicidade. Tanto o calculo do valor presente, como do valor futuro, devem ser processados, respectivamente, pela somatória da atualização e capitalização de cada um dos termos. Ilustrativamente, admita o seguinte fluxo de caixa não periódico: Para uma taxa de juros de 1,9% a.m., tem-se: Valor Presente: PV = 100,00 + 100,00 + 100,00 + 100,00 + 100,00 (1,019)³ (1,019)4 (1,019)8 (1,019)10 PV = 100,00 + 94,51 + 92,75 + 86,02 + 82,84 PV = 456,12 Valor Futuro: FV = 100,00 + 100,00(1,019)2 + 100,00(1,019)6 + 100,00(1,019)7 + 100,00(1,019)10 FV = 100,00 + 103,84 + 119,96 + 114,08 + 120,71 FV = $550,58 ou FV = 456,12 x (1,019)10 = $550,58 0 1 10 (tempo)6 3 períodos 2 períodos 4 períodos 4 PMT PMT PMT 100,00 0 10 100,00100,00 3 4 8 100,00100,00 100,00 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 40 Na HP 12c – Valor Presente 100 g Cfo 0 g Cfj 2 gNj 100gCfj 100 gCfj 0 gCfj 3 gNj 100 g Cfj 0 gCfj 100 g Cfj 1,9 i f PV 456,12 Na HP 12c – Valor Futuro 456,12 CHS PV 1,9 i 10 n FV 550,58 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 41 EXERCÍCIOSEXERCÍCIOSEXERCÍCIOSEXERCÍCIOS 1- Um financiamento no valor de $ 6.800,00 é concedido para pagamento em 10 prestações mensais e iguais com 2 meses de carência. Sendo de 3,6% a.m. a taxa de juros, calcular o valor de cada pagamento mensal. 2- Em um anúncio de uma loja de vendas a crédito informa-se que, pela compra de certo televisor, o cliente pagará 12 prestações mensais de $ 119,96, vencendo a primeira prestação no fim do 6º mês. Qual será o preço a vista deste aparelho, se a taxa de juros for de 3% a.m.? 3- De quanto deve ser a prestação mensal de um eletrodoméstico, cujo preço a vista é de R$ 5.000,00, se a primeira prestação ocorrer 3 meses após a compra? Considerar a taxa de 2% a.m. e um total de 22 prestações. 4- Pedro vende a seu amigo um carro usado, permitindo que este lhe pague conforme puder no prazo de uma ano, sendo cobrados juros de 1% a.m. sobre o saldo devedor. João recebe os seguintes pagamentos: $5.000,00 de entrada, $4.000,00 a 1 mês, $6.000,00 a 2 meses, $1.000,00 a 3 meses e $3.000,00 a 4 meses. Qual é o valor do carro a vista, uma vez que todos estes pagamentos saldaram toda a dívida? 5- Determinar o valor presente (PV) do fluxo identificado a seguir. Admita uma taxa de juros de 2,9% ao mês: 5 prestações mensais e sucessivas de, respectivamente, $ 4.200,00, $ 5.300,00, $ 7.700,00, $ 10.900,00 e $ 15.000,00. 6- Em uma instituição que paga 2,5% a.m. foram feitos 6 depósitos mensais, que pela ordem cronológica foram: $ 300,00, $ 100,00, $ 50,00, $ 500,00, $200,00 e $ 400,00. Qual o montante após o último depósito? 7- Determinar o valor presente (PV) do fluxo identificado a seguir. Admita uma taxa de juros de 2,9% ao mês: 6 prestações iguais de $ 1.200,00 cada, com vencimentos, respectivamente, no 3º mês, 7º mês, 11º mês, 25º mês, 28º mês e 33º mês 8- Um terreno é vendido mediante entrada de $ 10.000,00 e 3 parcelas, sendo a primeira de $ 2.000,00 para 3 meses, a Segunda de $ 6.000,00 para 8 meses e a última de $ 20.000,00 para 12 meses. Sabendo-se que a taxa vigente no mercado é de 35% a.a., qual o preço a vista do terreno? 9- Uma pessoa abre uma conta em uma instituição financeira que paga 2% a.m. sobre o saldo credor, depositando $15.000,00. Após 6 meses, necessitando de dinheiro, retira $7.000,00. Nos dois meses seguintes, deposita, sendo $1.000,00 no primeiro e $2.000,00 no segundo. Trinta dias após o último depósito, o correntista efetua um saque de $5.000,00. Qual é o saldo desta conta, um ano após sua abertura? Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 42 10- Uma imobiliária oferece, em lançamento, uma pequena chácara nas seguintes condições: $20.000,00 de entrada, mais 36 prestações mensais de $ 1.000,00 e, após estas, mais 6 parcelas semestrais de $ 4.000,00 Qual o preço a vista da chácara, uma vez que a taxa de mercado é de 3% ao mês? Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 43 6 SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS Os Sistemas de amortização são desenvolvidos basicamente para operações de empréstimos e financiamentos de longo prazo, envolvendo desembolsos periódicos do principal e encargos financeiros. Para cada sistema de amortização é construída uma planilha financeira, a qual relaciona dentro de certa padronização, os diversos fluxos de pagamentos e recebimentos. São consideradas também modalidades de pagamento com e sem carência. Na carência, não há pagamento do principal, sendo amortizado somente os juros. 6.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS Os sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos tratam, basicamente, da forma pela qual o principal e os encargos financeiros são restituídos ao credor do capital. Vamos definir os principais termos empregados nas operações de empréstimos e financiamento. Encargos (Despesas) Financeiros – representam os juros da operação, caracterizando- se como custo para o devedor e retorno para o credor. Amortização – a amortização refere-se exclusivamente ao pagamento do principal (capital emprestado), o qual é efetuado, geralmente, mediante parcelas periódicas. Saldo devedor – representa o valor do principal da dívida, em determinado momento, após a dedução do valor já pago ao credor a título de amortização. Prestação – é composto do valor da amortização mais os encargos financeiros devidos em determinado período de tempo. Assim: Prestação = Amortização + Encargos financeiros Carência – corresponde ao período compreendido entre o prazo de utilização e o pagamento da primeira amortização. Durante o prazo de carência, portanto, o tomador do empréstimo só paga os juros. É possível também que as partes concordem em que os juros devidos no prazo de carência sejam capitalizados e pagos posteriormente. Neste caso, não haverá desembolso de juros durante a carência. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 44 6.1 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC) O Sistema de Amortização Constante (SAC), como o próprio nome indica, tem como característica básica serem as amortizações do principal sempre iguais (ou constantes) em todo o prazo da operação. O valor da amortização é facilmente obtido mediante a divisão do capital emprestado pelo número de prestações. Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, cujo montante decresce após o pagamento de cada amortização, assumem valores decrescentes nos períodos. Admita que um empréstimo de $100.000,00 deva ser pago, dentro de um prazo de 5 anos, em 10 prestações semestrais e taxa de 30% a.a. . Desconsiderando inicialmente a existência de um prazo de carência, pode-se elaborar a seguinte planilha financeira para a operação de empréstimo. Conforme foi comentado, o SAC determina que a restituição do principal (capital emprestado) seja efetuada em parcelas iguais. Assim, o valor de cada amortização, devida semestralmente é calculado pela simples divisão entre o principal ($100.000,00) e o número fixado de prestações (10 semestres), ou seja: Amortização = Valor do Empréstimo = $100.000,00 = $10.000,00/semestre nº de prestações 10 Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor imediatamente anterior, apresentam valores aritmeticamente decrescentes. Para o final do primeiro semestre, os encargos financeiros somam: 14,0175% x 100.000,00 = $14.017,50; para o final do segundo semestre: 14,0175% x 90.000,00 = $12.615,75 e assim por diante. Somando-se, para cada período, o valor da amortização do principal com os respectivos encargos financeiros , tem-se o valor da prestação semestral do financiamento. Assim, para o primeiro semestre a prestação atinge:$10.000,00 + $14.017,50 = $24.017,50; P eríodo S aldo A m ort iz aç ão Juros P res taç ão S em es tres Devedor 0 $100.000,00 1 $90.000,00 $10.000,00 $14.017,50 $24.017,50 2 $80.000,00 $10.000,00 $12.615,75 $22.615,75 3 $70.000,00 $10.000,00 $11.214,00 $21.214,00 4 $60.000,00 $10.000,00 $9.812,25 $19.812,25 5 $50.000,00 $10.000,00 $8.410,50 $18.410,50 6 $40.000,00 $10.000,00 $7.008,75 $17.008,75 7 $30.000,00 $10.000,00 $5.607,00 $15.607,00 8 $20.000,00 $10.000,00 $4.205,25 $14.205,25 9 $10.000,00 $10.000,00 $2.803,50 $12.803,50 10 $0,00 $10.000,00 $1.401,75 $11.401,75 To ta l $100.000,00 $77.096,25 $177.096,25 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 45 para o segundo semestre: $10.000,00 + $12.615,75 = $22.615,75; e assim sucessivamente. 6.1.1 SAC com Carência Conforme foi comentado, a ilustração desenvolvida não previu a existência de prazo de carência para a amortização do empréstimo. Ao se supor uma carência de 2 anos (contada a partir do final do primeiro semestre), podemos ter a seguinte situação: Aqui os juros são pagos durante a carência estipulada. Assim, ao final dos quatro primeiros semestres, a prestação, constituída unicamente dos encargos financeiros, atinge $14.017,50, ou seja, 14,0175% x $100.000,00. A partir do quinto semestre, tendo sido encerrada a carência de 2 anos (4 semestres), inicia-se a amortização (devolução) do principal emprestado, sendo o fluxo de prestações, deste momento em diante, idêntico ao desenvolvido anteriormente. 6.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS (SAF) O sistema de Amortização Francês (SAF), amplamente adotado no mercado financeiro do Brasil, estipula, que ao contrário do SAC, que as prestações devem ser iguais, periódicas e sucessivas. Equivalem, em outras palavras, ao modelo - padrão de fluxos de caixa. P e ríod o S a ld o A m o rt iz a ç ã o Ju ro s P re s ta ç ã o S e m e s t res D e ved o r 0 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 - 1 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 - 1 4 .0 1 7 ,5 0 1 4 .0 1 7 ,5 0 2 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 - 1 4 .0 1 7 ,5 0 1 4 .0 1 7 ,5 0 3 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 - 1 4 .0 1 7 ,5 0 1 4 .0 1 7 ,5 0 4 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 - 1 4 .0 1 7 ,5 0 1 4 .0 1 7 ,5 0 5 9 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 1 4 .0 1 7 ,5 0 2 4 .0 1 7 ,5 0 6 8 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 1 2 .6 1 5 ,7 5 2 2 .6 1 5 ,7 5 7 7 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 1 1 .2 1 4 ,0 0 2 1 .2 1 4 ,0 0 8 6 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 9 .8 1 2 ,2 5 1 9 .8 1 2 ,2 5 9 5 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 8 .4 1 0 ,5 0 1 8 .4 1 0 ,5 0 1 0 4 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 7 .0 0 8 ,7 5 1 7 .0 0 8 ,7 5 1 1 3 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 5 .6 0 7 ,0 0 1 5 .6 0 7 ,0 0 1 2 2 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 4 .2 0 5 ,2 5 1 4 .2 0 5 ,2 5 1 3 1 0 .0 0 0 ,0 0 1 0 .0 0 0 ,0 0 2 .8 0 3 ,5 0 1 2 .8 0 3 ,5 0 1 4 1 0 .0 0 0 ,0 0 1 .4 0 1 ,7 5 1 1 .4 0 1 ,7 5 T o ta l 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 1 3 3 .1 6 6 ,2 5 2 3 3 .1 6 6 ,2 5 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 46 Os juros por incidirem sobre o saldo devedor, são decrescentes, e as parcelas de amortização assumem valores crescentes. A soma destas parcelas permanece sempre igual ao valor da prestação. Com o intuito de melhor desenvolver a compreensão do sistema francês, vamos considerar o exemplo proposto anteriormente. O quadro a seguir, identifica a planilha financeira deste sistema, a qual é mais bem elaborada partindo-se da última coluna para a primeira. Isto é, calcula-se inicialmente as prestações e, posteriormente, para cada período, os juros e, por diferença,as parcelas de amortização e o respectivo saldo devedor. As prestações semestrais são determinadas pela aplicação a fórmula de valor presente do modelo-padrão: PV = PMT x 1 – (1 + i) -n i Substituindo os valores do exemplo ilustrativo na equação, tem-se: 100.000,00 = PMT x 1 – (1,140175)-10 0,140175 100.000,00 = PMT x 5,212555 PMT = 100.0000,00 = $19.184,45/semestre 5,212555 P e ríod o S a ld o A m o rt iz a ç ã o Ju ro s P re s ta ç ã o S e m e s t res D e ved o r 0 $ 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 1 $ 9 4 .8 3 3 ,0 5 $ 5 .1 6 6 ,9 5 $ 1 4 .0 1 7 ,5 0 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 2 $ 8 8 .9 4 1 ,8 2 $ 5 .8 9 1 ,2 3 $ 1 3 .2 9 3 ,2 2 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 3 $ 8 2 .2 2 4 ,8 0 $ 6 .7 1 7 ,0 3 $ 1 2 .4 6 7 ,4 2 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 4 $ 7 4 .5 6 6 ,2 1 $ 7 .6 5 8 ,5 9 $ 1 1 .5 2 5 ,8 6 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 5 $ 6 5 .8 3 4 ,0 8 $ 8 .7 3 2 ,1 3 $ 1 0 .4 5 2 ,3 2 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 6 $ 5 5 .8 7 7 ,9 2 $ 9 .9 5 6 ,1 6 $ 9 .2 2 8 ,2 9 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 7 $ 4 4 .5 2 6 ,1 6 $ 1 1 .3 5 1 ,7 6 $ 7 .8 3 2 ,6 9 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 8 $ 3 1 .5 8 3 ,1 6 $ 1 2 .9 4 3 ,0 0 $ 6 .2 4 1 ,4 5 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 9 $ 1 6 .8 2 5 ,8 8 $ 1 4 .7 5 7 ,2 8 $ 4 .4 2 7 ,1 7 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 1 0 ($ 0 ,0 0 ) $ 1 6 .8 2 5 ,8 8 $ 2 .3 5 8 ,5 7 $ 1 9 .1 8 4 ,4 5 T o ta l $ 1 0 0 .0 0 0 ,0 0 $ 9 1 .8 4 4 ,4 9 $ 1 9 1 .8 4 4 ,4 9 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 47 Os demais valores da planilha são mensurados de forma seqüencial em cada um dos períodos. Assim, para o primeiro semestre, tem-se: • Juros (calculado sobre o saldo devedor imediatamente anterior): 14,0175% x $100.000,00 = $14.017,50 • Amortização (obtida pela diferença entre o valor da prestação e o dos juros acumulados para o período): $19.184,45 - $14.017,50 = $5.166,95 • Saldo devedor (Saldo anterior no momento zero – Parcela de amortização do semestre): $100.000,00 - $5.166,95 = $94.833,05 Para o segundo semestre, os cálculos são os seguintes: • Juros: 14,0175% x 94.833,05 = $13.293,22 • Amortização: $19.184,45 - $13.293,22 = $5.891,23 • Saldo Devedor: $94.833,05 - $5.891,23 = $88.941,82 e assim por diante. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 48 6.2.1 SAF (Com carência) Identicamente aos demais sistemas, no SAF podem verificar-se períodos de carência, nos quais os encargos financeiros são pagos durante a carência. O sistema francês, com carência e pagamento dos juros no período, conforme ilustrado no quadro acima, segue basicamente o mesmo esquema anterior (SAF sem carência), diferenciando-se unicamente nas prestações dos quatro primeiros semestres (carência). Nestes períodos estão previstos somente pagamentos de $14.017,50 referentes aos juros do principal não amortizado (14,0175% x $100.000,00). Para os demais semestres, o raciocínio é idêntico ao formulado anteriormente, apurando-se prestações com valores constantes, juros decrescentes e amortizações crescentes. Período Saldo Amortização Juros Prestação Semestres Devedor 0 $100.000,00 $0,00 1 $100.000,00 $0,00 $14.017,50 $14.017,50 2 $100.000,00 $0,00 $14.017,50 $14.017,50 3 $100.000,00 $0,00 $14.017,50 $14.017,50 4 $100.000,00 $0,00 $14.017,50 $14.017,50 5 $94.833,05 $5.166,95 $14.017,50 $19.184,45 6 $88.941,82 $5.891,23 $13.293,22 $19.184,45 7 $82.224,80 $6.717,03 $12.467,42 $19.184,45 8 $74.566,21 $7.658,59 $11.525,86 $19.184,45 9 $65.834,08 $8.732,13 $10.452,32 $19.184,45 10 $55.877,92 $9.956,16 $9.228,29 $19.184,45 11 $44.526,16 $11.351,76 $7.832,69 $19.184,45 12 $31.583,16 $12.943,00 $6.241,45 $19.184,45 13 $16.825,88 $14.757,28 $4.427,17 $19.184,45 14 ($0,00) $16.825,88 $2.358,57 $19.184,45 Total 100.000,00 147.914,49 247.914,49 Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 49 Exercícios 1) Um empréstimo no valor de $420.000,00 foi concedido a uma empresa nas seguintes condições: • Taxa de juros: 5% a.t. • Amortização: pagamentos trimestrais • Prazo de Amortização: 3 anos. Pede-se: elaborar a planilha financeira para amortização pelo sistema SAC. a) Sem carência Período Saldo Devedor Amortização Juros Prestação 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 TOTAL Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 50 b) Com carência de 2 trimestres Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 51 2) Com base no exercício número 1, monte uma planilha financeira usando o sistema de amortização francês, admitindo que: a) Sem carência Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 52 b) Com carência de 2 trimestres Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 53 3) Um banco concede um financiamento de $660.000,00 para ser liquidado em 8 pagamentos mensais pelo sistema SAC. A operação é realizada com uma carência de 3 meses, sendo somente os juros pagos neste período. Para uma taxa efetiva de juros de 2,5% ao mês, elaborar a planilha de desembolsos deste financiamento. Prof. Esp. Jausson Monteiro Vicente Matemática Financeira 54 4) Um equipamento no valor de $1.200.000,00 está sendo financiado por um banco pelo prazo de 6 anos. A taxa de juros contratada é de 15% ao ano, e as amortizações anuais são efetuadas pelo sistema francês. O banco concede ainda uma carência de 2 anos para início dos pagamentos, sendo os juros cobrados neste intervalo de tempo. Elaborar a planilha financeira deste empréstimo.
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