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08/08/2011 1 Luciano J. Pereira HomeostasiaHomeostasia Manutenção das condições constantes do meio interno. Ex: temperatura, pressão arterial, [ ] dos solutos, etc... Características dos Sistemas de ControleCaracterísticas dos Sistemas de Controle ⇒ Feedback Negativo (alça fechada) É o mecanismo que permite oposição ao desvio de qualquer variável controlada. Set point (Ex: 36,5oC) Outros Exemplos de Feedback Negativo:Outros Exemplos de Feedback Negativo: ↑↑↑↑ glicose pâncreas insulina ↓↓↓↓ PA baroceptores ↑↑↑↑ PA↑↑↑↑ PA Sensor Integrador - Sinal de erro Efetor Feedback PositivoFeedback Positivo Sistema em que o efetor leva a variável para mais longe do seu valor inicial. > É instavel > Geralmente acompanha patologias O feedback positivo às vezes pode ser útil:O feedback positivo às vezes pode ser útil: Ex: parto normalEx: parto normal Estiramento cérvice uterina Contrações uterinasEstiramento cérvice uterina Contrações uterinas + + 08/08/2011 2 O feedback positivo às vezes pode ser útil:O feedback positivo às vezes pode ser útil: Ex: Coagulação SangüíneaEx: Coagulação Sangüínea Perda de sangue >> Parada da perda de sangue Luciano J. Pereira Volume e composição dos líquidos corporais • 50 – 70% peso corporal • Inversa à quantidade de gordura corporal Líquido Intracelular Líquido Extracelular L íq ui d o I nt e rs ti ci al Compartimento Hídrico Corpóreo % do peso corpóreo Água corporal total LIC LEC Líquido Intersticial Plasma 60% 40% 20% 16% 4% Volume e composição dos líquidos corporais K+ ------ 4 ------ 140 Ca+2 ----- 1,2 ------ 0,0001 Cl- ---- 108 ------ 4 Proteínas ------ 0,2 ------ 4 Existem ≠≠≠≠ quantitativas A OSMOLARIDADE é a mesma Diferenças de osmolaridade dissipadas pelo movimento da água. Na+ ---- 139 mOsm/L ---- 14 Mecanismos reguladores do volume do LIC e do LEC (1) Feedback Osmoceptor-ADH-rim controla concentração do Na+ e a osmolaridade do LEC (2)Mecanismos responsáveis pela eliminação ou conservação de água pelos rins – Urina diluída – Urina concentrada (3) Mecanismo da sede e do apetite pelo sal • Mol • Concentração Molar • 6 x 1023 moléculas • Osmolaridade • Número de partículas osmoticamente ativas em solução • miliosmol • Vale um milésimo do osmol • 1/1000 Osm 08/08/2011 3 • Osmolalidade • Concentração de uma solução em termos do número de partículas dissolvidas em Kg de água. • Osmolaridade • Concentração osmolar por litro de solução • 1 L de água ≈ 1 Kg de água • Diferenças inferiores a 1% Osmolaridade – prática habitual em estudos fisiológicos (Guyton e Hall, 2002) OSMOLARIDADE Concentração de partículas osmoticamente ativas. OSMOLARIDADE Concentração de partículas osmoticamente ativas. Osmolaridade = [ ] Mol x no de partículas dissociadasOsmolaridade = [ ] Mol x no de partículas dissociadas Exemplos: Glicose > 2 M = 2 Osm Na+Cl- > 2 M = 4 Osm Na+ Cl- ISOSMÓTICA HIPOSMÓTICA HIPEROSMÓTICA OSMOLARIDADE � Número de partículas � Mais importante que a massa da patícula � Cada partícula exerce a mesma quantidade de pressão sobre a membrana Glicose: Peso Molecular= 180g NaCl: Peso molecular=58,5g 1 Mol = 1 osmol 1 Mol = 2 osmóis Osmolaridade = [ ] Mol x no de partículas dissociadasOsmolaridade = [ ] Mol x no de partículas dissociadas Líquidos Corporais ≈ 300 m/OsmLíquidos Corporais ≈ 300 m/Osm Osmose Fluxo de água através de membrana semipermeável, devido as diferenças de concentração do soluto. OsmoseOsmose atravésatravés de de membranamembrana semipermeávelsemipermeável Pressão Osmótica Força impulsora para o fluxo osmótico de água. Pressão necessária para interromper a osmose. É proporcional à osmolariade da solução. HIPERTÔNICA ISOTÔNICA HIPOTÔNICA HIPERTÔNICA 08/08/2011 4 Tonicidade > Exemplos hipotônica isotônica hipertônica Osmolaridade e Tonicidade Toda solução isosmótica é isotônica? Ex: Uréia O A=B ISOSMÓTICA HIPOTÔNICA NaCl Cálculo da concentração do soro fisiológico Cálculo da concentração do soro fisiológico 1 mol de NaCl 2 osmóis - 58,5g 2000 mosmóis - 58,5g 300 mosmóis - X 2000 X = 58,5 x 300 X=8,775g 8,775g - 1000ml Y - 100ml Y=0,8775% 0,9% Cálculo da concentração do soro glicosado Cálculo da concentração do soro glicosado 1 mol de Glicose 1 osmol - 180g 1000 mosmóis - 180g 300 mosmóis - X 1000 X = 180 x 300 X=54g 54g - 1000ml Y - 100ml Y=5,4% 5% Características das Membranas CelularesCaracterísticas das Membranas Celulares Bicamada Lipídica -- HidrofílicaHidrofílica -- HidrofóbicaHidrofóbica Cabeça 2 caudas Proteínas • Bicamada de fosfolipídios • Glicerol fosforilado (cabeça) - hidrofílico • Ácidos graxos (caudas) - hidrofóbico Proteínas -Integrais: - Incrustadas através de toda a membrana - Contato com o LEC e LIC - Periféricas: - Ligação frouxa - Lado intra ou extracelular 08/08/2011 5 Mecanismos de TransportesMecanismos de Transportes -- Difusão SimplesDifusão Simples Movimento aleatório das moléculas ou íons por energia cinética. • Movimentação constante • Maior movimentação de A para B • Difusão Efetiva de A para B A B Fatores que interferem na velocidade da difusão • Intensidade do gradiente de concentração - Maior a diferença, maior a velocidade de difusão • Coeficiente de partição - Compostos apolares têm maior solubilidade • Coeficiente de difusão - Pequenos solutos em soluções não-viscosas têm maior solubilidade • Espessura da membrana - Maior a espessura, menor a velocidade de difusão • Área de superfície disponível para a difusão - Maior a área, maior a velocidade de difusão • Carga (somente para difusão de eletrólitos) - Pode adicionar ou anular os efeitos das diferenças de concentração Difusão simples • Difusão pela bicamada lipídica ▫ Substâncias lipossolúveis • Difusão por canais protéicos ▫ Água e moléculas insolúveis em lipídios ▫ Permeabilidade seletiva � Diâmetro, forma e natureza de cargas elétricas ▫ Presença de comportas � Mecanismo para controle da permeabilidade � Regulação pela voltagem ou agentes químicos Difusão FacilitadaDifusão Facilitada É a difusão mediada por carreador.É a difusão mediada por carreador. • Ocorre a favor do gradiente de concentração � Possuem filtro de seletividade � Possuem comportas � Devem passar por ciclo de fixação e alteração conformacional ⇒⇒⇒⇒ Transporte Ativo Primário⇒⇒⇒⇒ Transporte Ativo Primário O ATP está O ATP está diretamentediretamente acoplado ao processo acoplado ao processo de transporte.de transporte. Bomba de sódio-potássio • Ocorre contra o gradiente de concentração 08/08/2011 6 ⇒⇒⇒⇒ Transporte Ativo Secundário⇒⇒⇒⇒ Transporte Ativo Secundário Ocorre uso indireto de ATP.Ocorre uso indireto de ATP. • Transporte de 2 ou mais solutos acoplados • Na+ de acordo com seu gradiente eletroquímico • Outro soluto se move contra o gradiente eletroquímico • ATP indireto para Na-K ATPase ⇒⇒⇒⇒ Transporte Ativo Secundário⇒⇒⇒⇒ Transporte Ativo Secundário 1) CO-TRANSPORTE (Simporte)1) CO-TRANSPORTE (Simporte) 2) CONTRA-TRANSPORTE (antiporte ou troca)2) CONTRA-TRANSPORTE (antiporte ou troca) Transporte mediado por carreador Transporte mediado por carreador � Tem mais velocidade em baixas concentrações. � É auto-limitada. (SATURAÇÃO) � É necessário especificidade química (ESTEREOESPECIFICIDADE). � Existe competição. (galactose inibe o transporte de glicose) Solutos quimicamente relacionados ResumoResumo dos dos transportestransportes de de membranamembrana Tipo de transporte Ativo ou Passivo Mediado por carreador Utiliza energia metabólica Dependente do gradiente do Na+ Difusão simples Passivo; a favor do gradiente Não Não Não Difusão facilitada Passivo; a favor do gradiente Sim Não Não Transporte ativo primário Ativo; contra o gradiente Sim Sim; direto Não Co- transporte Ativo secundário* Sim Sim; indireto Sim (solutos se movem no mesmo sentido do Na+ através da membrana) Contra- transporte Ativosecundário* Sim Sim; indireto Sim (solutos se movem no mesmo sentido do Na+ através da membrana) Potenciais de membrana e potencias de ação Células excitáveis • Algumas células (neurais e musculares) são capazes de gerar impulsos eletroquímicos em suas membranas 08/08/2011 7 Potenciais de membrana resultantes da Difusão Na+ + + + + + + + Na+ +61 mV K+ + + + + + + + K+ -94 mV - - - - - - - Potencial de Difusão Na+ Cl- Na+ Cl- - + - + - + - + Membrana seletiva para o Na+ Fc Fe Potencial de Equilíbrio Equilíbrio Eletroquímico (Fc = Fe) Fpropulsora = 0 •Depende do gradiente de Concentração É a diferença de potencial gerada pela difusão de íons ao longo de seu gradiente de concentração. Equação de Nernst •Calcula o potencial de equilíbrio para íon monovalente; •Para uma determinada diferença de concentração; •Admitindo-se que a membrana seja permeável a este íon FEM (mv) = ±61 log10 [ Ci ] [Ce ] Equação de Goldman � Potencial de difusão depende de 3 fatores: (1) polaridade da carga elétrica de cada íon (2) permeabilidade da membrana a cada íon (3) concentrações dentro e fora da membrana de cada íon � Repouso : maior permeabilidade ao K+ e ao Cl- FEM (mv)= -61 log [Na]i PNa + [K]i PK + [Cl]e PCl [Na]ePNa + [K]e PK + [Cl]i PCl Potencial de Membrana (Repouso) � Por convenção, o potencial de membrana é expresso como um potencial intracelular em relação ao potencial extracelular. � Resulta dos potenciais de difusão, que por sua vez resultam das diferenças de concentração dos diversos íons. � Diferença de potencial através da membrana de células excitáveis quiescentes. -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ � Gerado por potenciais de difusão � Causas da Eletronegatividade em Repouso: � Canais de vazamento Na-K (100x mais permeáveis ao K) -86 mV � Bomba Na-K (3 Na para 2 K) -4 mV. Potencial de Repouso K+ Na+ Ecélula = -90 mv 08/08/2011 8 Potenciais de Ação São variações rápidas do potencial de membrana que se propagam pelas células excitáveis. + + + + + + - - - - - - Potenciais de Ação � Repouso � Despolarização � Repolarização Estímulo Limiar e Limiar de excitabilidade Limiar de excitabilidade Estímulo sublimiar Base Iônica do Potencial de Ação: M IL IV O L T A G E M +35 -50 -70 1- REPOUSO 1 2 3 - Alta permeabilidade ao K+ - Baixa permeabilidade ao Na+ Base Iônica do Potencial de Ação: M IL IV O L T A G E M +35 -50 -70 2- DESPOLARIZAÇÃO 1 2 3 -Maior condutância ao Na+ -Potencial de membrana fica menos negativo Na+ Base Iônica do Potencial de Ação: M IL IV O L T A G E M +35 -50 -70 3- REPOLARIZAÇÃO 1 2 3 InativadoInativado K+ - Fechamento das comportas de inativação dos canais de Na+ -Aumento da condutância ao K+ 08/08/2011 9 Canais de Sódio Voltagem-Dependentes Comporta de ativação Comporta de inativação Repouso Na+ Despolarização Repolarização LIC LEC 1 2 3 1 2 3 voltagem voltagem Canais de Potássio Voltagem-Dependentes Repouso Despolarização (ativação lenta) Repolarização K+ 3 1 2 3 1 2 Pós-Potencial Hiperpolarizante � Seguinte à repolarização: potencial fica mais negativo. � Condutância ao K+maior que no repouso � Seguinte à repolarização: potencial fica mais negativo. � Condutância ao K+maior que no repouso Características dos Potenciais de Ação - Amplitude - Propagação sem decremento - - - - - - - + + + + + + + + - - + - Resposta Tudo ou Nada Restabelecimento dos gradientes iônicos de Na+ e K+ após Potencial de Ação � Atividade de bombeamento � Proporcional ao cubo da [ ] de Na+ � Atividade de bombeamento � Proporcional ao cubo da [ ] de Na+ Período Refratário Absoluto Relativo 08/08/2011 10 Inibição da excitabilidade Na+ Lidocaína X X Potenciais de Ação - Platô � Aumenta o período de despolarização � Canais de Ca2+ - voltagem dependentes lentos Ritmicidade de tecidos excitáveis Vo lta ge m (m v ) Tempo �O potencial de repouso da membrana é muito próximo do limiar; de forma que os canais de Na+ e Ca2+ são facilmente abertos. �Novo potencial não ocorre imediatamente após um potencial prévio devido o aumento na condutância ao K+ que permanece por alguns milissegundos. Fibra mielinizada Fibra amielinizada Fibras nervosas � Condução saltatória SINAPSE Fibras nervosas Bibliografia Básica: 1) GUYTON, A. C. & HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Capítulo 5. Potenciais de membrana e potenciais de ação. Pag. 53-66. 2) COSTANZO, L.S. Fisiologia. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999 Capítulo 1. Fisiologia Celular.Pag 2-26. Figuras: www.google.com Bibliografia Básica: 1) GUYTON, A. C. & HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Capítulo 5. Potenciais de membrana e potenciais de ação. Pag. 53-66. 2) COSTANZO, L.S. Fisiologia. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999 Capítulo 1. Fisiologia Celular.Pag 2-26. Figuras: www.google.com
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