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24/02/2016 1 Radiologia Pediátrica Henrique Augusto Lino Faculdade de Medicina UIT POSICIONANDO O PACIENTE 24/02/2016 2 24/02/2016 3 RADIOLOGIA TORÁCICA 3 anos de idade normal 24/02/2016 4 12 anos de idade normal Inspiração e Expiração • Avaliar inspiração • Difícil obtenção no paciente pediátrico • Expiração pode simular patologia pulmonar Inspiração Expiração Timo • Reconhecer o timo • Localizado no mediastino anterior • Dois lobos, fundidos no centro • O lobo esquerdo usualmente é maior que o direito • Tamanho, forma e extensão muito variáveis • Pode simular massa mediastinal ou massa pulmonar • Sinal da Vela • Sinal da Onda TAUSEND, MILTON E.; STERN, WILHELM Z. Thymic patterns in the newborn. American Journal of Roentgenology, v. 95, n. 1, p. 125-130, 1965. STAATZ, GUNDULA. Pediatric Imaging: Dx-Direct. Stuttgart: Thieme, 2007. 24/02/2016 5 Adolescente Criança O sinal da vela e o sinal da onda Formas do Timo STAATZ, GUNDULA. Pediatric Imaging: Dx-Direct. Stuttgart: Thieme, 2007. Dimensões cardíacas • Crianças pequenas - índice cárdio-torácico: maior que 50%. • Adulto <0,5; Criança <0,65 • Incidência lateral: permite avaliação adequada do coração. • Inspiração adequada é fundamental STAATZ, GUNDULA. Pediatric Imaging: Dx-Direct. Stuttgart: Thieme, 2007. Cardiomegalia na Criança • Cardiomegalia na Criança: –Ápice toca a parede lateral em AP –Borda posterior toca a coluna na lateral • Causas –Regurgitação valvar severa (especialmente tricúspide – anomalia de Ebstein) –Efusão pericárdica –Cardiomiopatia – dificuldade de ejeção –Tumores cardíacos (raros) –Massas mediastinais (DDx) COLEY, Brian D. Caffey's pediatric diagnostic imaging. Elsevier Health Sciences, 2013. STAATZ, GUNDULA. Pediatric Imaging: Dx-Direct. Stuttgart: Thieme, 2007. 24/02/2016 6 Inspiração Expiração Otimizando a avaliação da radiografia do tórax • Lembrar: radiografias normais são diferentes em idades diferentes. • Utilizar duas incidências. • Repetir radiografias inspiradas. • Repetir radiografias com rotação do paciente • Aqueles que gostam de trabalhar com crianças conseguem exames de melhor qualidade. COLEY, Brian D. Caffey's pediatric diagnostic imaging. Elsevier Health Sciences, 2013. PIRTTIMA; JCW-SLCDCTAECS ET AL. Pediatric Radiology. [Online] INFECÇÕES Sinal da Silhueta • Duas substâncias de mesma densidade, em contato direto, não podem ser diferenciadas entre si em uma radiografia. • Esse fenômeno, a perda da silhueta (contorno) radiográfico, é o sinal da silhueta. GOODMAN, LAWRENCE R. Felson’s principles of chest roentgenology. Philadelphia: Saunders/Elsevier, 2007 FELSON, Benjamin; FELSON, Henry. Localization of Intrathoracic Lesions by Means of the Postero-Anterior Roentgenogram: The Silhouette Sign Radiology, v. 55, n. 3, p. 363-374, 1950. • Duas caixas, criando um modelo do coração e aorta. • O coração e aorta ascendente estão na mesma caixa, enquanto a descendente está em outra. • Foi colocado líquido em uma das caixas em cada situação. 24/02/2016 7 Interfaces • Lobo médio e língula estão em contato com o coração, e são estruturas anteriores. • Lobos inferiores são inferiores e posteriores à fissura oblíqua, não estão em contato com as bordas cardíacas que são anteriores, mas estão em contato com o diafragma. • Doenças no lobo inferior sobrepõe-se ao hilo e coração, mas não obscurecem suas silhuetas por não estarem em contato direto. • A aorta descendente não é visível quando há uma consolidação de lobo inferior. GOODMAN, LAWRENCE R. Felson’s principles of chest roentgenology. Philadelphia: Saunders/Elsevier, 2007 Interfaces • A borda cardíaca superior e aorta ascendente são estruturas anteriores à direita. • A aorta descendente é posterior e à esquerda. • Lateralmente, o botão aórtico e a traqueia estão no meio do tórax. • O lobo superior direito ocupa o meio e ápice do tórax, delimitado pela fissura horizontal e anterior à fissura oblíqua. Consolidações do lobo superior direito causam sinal da silhueta na aorta ascendente e interface traqueopulmonar direita. • O lobo superior esquerdo ocupa posição anterior e medio- superior. Consolidação da parte superior desse lobo oblitera átrio esquerdo, botão aórtico e mediastino médio. GOODMAN, LAWRENCE R. Felson’s principles of chest roentgenology. Philadelphia: Saunders/Elsevier, 2007 Broncogramas Aéreos • Quando o pulmão está consolidado e os alvéolos contêm ar, o pulmão denso delineia os brônquios cheios de ar. • A visualização do ar em brônquios intrapulmonares é o sinal do broncograma aéreo. GOODMAN, LAWRENCE R. Felson’s principles of chest roentgenology. Philadelphia: Saunders/Elsevier, 2007 Brônquio(B) e Vaso(V) antes e depois da consolidação Pneumonias • Pneumonias adquiridas na comunidade podem ser causadas por vários organismos • Em crianças com até 5 anos, são geralmente virais • Bactérias e micoplasma tornam-se comuns com o crescimento • Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é o mais comum na infância, usualmente ocorrendo infecção nos meses frios. • Parainfluenza, influenza e adenovírus também são patógenos comuns. • Infecções virais tendem a afetar severamente a árvore traqueobrônquica, resultando em bronquiolite e bronquite, com relativa preservação do parênquima pulmonar. 24/02/2016 8 Pneumonias • A radiografia nesse paciente pode determinar se é viral ou bacteriana. • Em suma, virais resultam em bronquite com bainha peribrônquica, alterações hilares e hiperinsuflação. • Bacterianas irão manifestar-se como consolidação lobar focal com efusão pleural (comum). Lateral PA Pneumonia Bacteriana • Neonatal –Causada por infecção ascendente à partir do trato genital materno –Estreptococos (grupo B) e Clamídia –Clamídia geralmente por volta das 4 semanas de vida –Conjuntivite por clamídia pode auxiliar no diagnóstico –Outros organismos comuns são S. aureus, Haemophilus influenza (tipo B) e pneumococo. Pneumonia Bacteriana • Achados radiológicos são diagnósticos, mas não específicos para o organismo • Achados radiológicos variam de tórax normal à densidades alveolares difusas notadamente bilaterais, com ou sem broncograma aéreo. • Apresentação mais típica é uma pneumonia lobar – consolidação lobar com broncogramas aéreos • A consolidação pode possuir aspecto arredondado – pneumonia redonda, que pode simular massa pulmonar Lateral PA 24/02/2016 9 Lateral PA Pneumonia Bacteriana • Pneumatoceles são frequentes em infecções por S. aureus, e não devem ser confundidas com abscessos pulmonares • Pneumatoceles – Paredes finas e Regulares – Paciente clinicamente melhor – Forma de enfisema intersticial localizado – Auto-limitadas – Raramente grandes pneumatoceles persistentes precisarão de cirurgia • Abscessos – Paredes espessas e irregulares – Nível hidroaéreo – Crianças muito doentes Uma semana depois Inicial Pneumonia Bacteriana • Derrames pleurais são comuns em pneumonias bacterianas • Maioria transudativa – efusão parapneumônica • Resolução com antibioticoterapia • Empiema é resultado da propagação da infecção para o líquido pleural • Diferenciar transudato parapneumônico estéril de um empiema é difícil em imagem • Geralmente amostra de líquido pleural é necessária • Crianças com empiema e pneumonia sem resposta à antibioticoterapia requerem drenagem • CT pode auxiliar no planejamento e monitoramento da drenagem LateralPA 24/02/2016 10 Tuberculose • Ainda muito significante no século XXI • TB primária difere da TB secundária de adultos. • Produz consolidação focal lobar em qualquer lobo pulmonar • Adenopatia hilar e efusão pleural são comuns • Se os pulmões são infectados secundariamente via hematogênica, haverá TB miliar, com micronódulos uniformes distribuídos difusamente pelos pulmões Lateral PA DOENÇAS PLEURAIS Gás Livre • Gás livre no tórax ou no abdome é uma complicação frequente de doenças ou terapia no ambiente neonatal • Todos os exames devem ser revistados para não deixar de encontrar pneumotórax, pneumomediastino e pneumoperitônio • Em dúvidas, pode ser usada a radiografia em decúbito com o lado de interesse para cima 24/02/2016 11 Pneumotórax • A maioria dos exames neonatais são feitos em AP decúbito, então o ar irá ficar na porção menos dependente do corpo • No tórax, ela é anterior e inferior • Nesses locais, então, deve-se procurar por um pneumotórax –Borda cardíaca mais definida que o usual –Sulco costodiafragmático mais agudo e definido (deep sulcus sign) Pneumotórax • Radiografia –Hemitórax expandido e hipertransparente –Pulmão retraído medialmente –Depressão ou inversão diafragmática ipsilateral –Desvio contralateral do mediastino • Ortostatismo –Pulmão desviado inferior e medialmente • Decúbito –Pulmão desviado lateral e posteriormente Decúbito Lateral AP Decúbito Lateral AP 24/02/2016 12 Pneumotórax Neonatal • O desafio diagnóstico é a quantidade menor de ar • Acumula-se anterior e medialmente no espaço pleural • Dois sinais podem ajudar –Sinal do hemitórax hipodenso em pneumotórax anterior –Sinal da estria/faixa medial no pneumotórax medial Pneumotórax Neonatal • Esses sinais podem ser apreciados em decúbito e posicionamentos adicionais podem ajudar na confirmação –Sinal do hemitórax hipodenso é visto como áreas bilaterais ou unilaterais de hiperlucência em lateral; o ar será visto acumulando-se anteriormente –Sinal da estria medial será visto como uma área de hiperlucência na interface medial do pulmão e mediastino, que pode ser confirmada em decúbito lateral com o ar subindo e acumulando-se ao longo da parede lateral do tórax Pneumotórax Hipertensivo • Acúmulo progressivo de ar no espaço pleural, geralmente secundário a laceração pulmonar permitindo que o ar ocupe o espaço pleural, sem retorno. • Sinais: –Desvio contralateral da traquéia –Desvio contralateral de estruturas mediastinais. –Rebaixamento do diafragma Pneumomediastino • Visível como maior definição da silhueta das estruturas mediastínicas (grandes vasos, timo e parede traqueal/brônquica) • Sinal da Vela de Veleiro (ou da Asa de Anjo) – timo delineado por ar, estando cada lobo demonstrado lateralmente. Difere do sinal do veleiro do timo normal. 24/02/2016 13 Derrame Pleural • Radiografias em ortostatismo. – Obliteração do ângulo costofrênico. – Sinal do menisco (parábola). – Perda de definição do diafragma ( sinal da silhueta). – Identificação de vasos através da área de opacidade. • Radiografias em decúbito dorsal. – Opacidade variável do hemitórax. – Obliteração do ângulo costofrênico. – Perda de definição do diafragma ( sinal da silhueta). – Identificação de vasos através da área de opacidade. • Radiografias em decúbito lateral com raios horizontais. – Coleção líquida na porção dependente do hemitórax. 24/02/2016 14 OUTRAS DOENÇAS TORÁCICAS Doença da Membrana Hialina • Também denominada Síndrome da Angústia Respiratória Neonatal, doença pulmonar do prematuro ou deficiência de surfactante • Relativamente comum, resultado da produção insuficiente de surfactante • Pneumócitos II imaturos não conseguem produzir surfactante • Falta dele resulta em redução da tensão superficial dos alvéolos e oclusão Doença da Membrana Hialina • Radiografia de tórax –Tipicamente resulta em pulmões em vidro fosco –Redução de volume –Tórax em forma de sino –Geralmente bilateral e simétrico –Broncogramas aéreos podem estar evidentes –Hiperinsuflação (em paciente não ventilado) exclui o diagnóstico –Em pacientes intubados pode ocorrer a hiperinsuflação –O diagnóstico pode ser seguramente excluído se o neonato possui uma radiografia normal 6 horas após o nascimento –Se tratado com surfactante, pode haver melhora assimétrica Atelectasia e hemorragia AP Decúbito 24/02/2016 15 Hérnia Diafragmática • Hérnia diafragmática são definidas como defeitos congênitos ou adquiridos no diafragma • Existem dois tipos principais de hérnia diafragmática congênita. –Hérnia de Bochdalek: mais comum, localizada posteriormente e usualmente presente na infância –Hérnia de Margagni: menor, anterior, de apresentação mais tardia, através do ângulo esternocostal • Hérnias de hiato também pode ocorrer, mas são mais incomuns e distintas. Anatopatológico AP decúbito 24/02/2016 16 RADIOLOGIA ABDOMINAL Distribuição de Gases • Ocorrem bolsas de ar através de várias áreas do abdome. • Intestino delgado, cólon e reto. Distribuição normal de gases abdominais 24/02/2016 17 Distribuição normal de gases abdominais Íleo Adinâmico • Distensão gasosa, generalizada e uniforme do intestino delgado e grosso, com falta de um ponto de transição que permite distinção da obstrução de intestino delgado • Quando localizado, pode ser uma alça sentinela 24/02/2016 18 Íleo Meconial • Causado por mecônio espesso e viscoso que adere à parede do intestino delgado • Causa obstrução – frequentemente ao nível da valva íleocecal no neonato • Quase todos os pacientes possuem também fibrose cística • 10-15% dos pacientes com fibrose cística possuem íleo meconial • Complicações – Atresia e/ou estenose – Volvo – Perfuração – Peritonite meconial (devido obstrução e isquemia pelo mecônio viscoso) • Pode ser tratado não cirurgicamente com enemas solúveis em água para aliviar a obstrução • Tratamento cirúrgico Íleo Meconial - Radiológico • Microcólon (não usual) • Padrão “espumoso” ou em “bolha de sabão” de gás intestinal (ar misturado com mecônio), frequentemente no quadrante inferior direito • Alças de intestino delgado dilatado • Obstrução de intestino delgado • Calcificações devido peritonite meconial (15%) • Íleo distal dilatado com mecônio e mais volumoso que o microcólon em enema contrastado 24/02/2016 19 Volvo de Intestino Delgado • Intestino delgado retorcido em torno de seu pedículo vascular • Ocorre por má rotação • Posicionamento anormal das junções duodenojejunal e íleocecal resultam em encurtamento dos ligamentos do mesentério • Pacientes apresentam dentro de um mês –Vômito bilioso –Distensão abdominal –Choque Volvo de Intestino Delgado • Desordens associadas –Gastroquise –Onfalocele –Hérnia diafragmática –Atresia/estenose duodenal ou jejunal –Pâncreas anular • Complicações – Isquemia intestinal –Necrose no domínio da AMS • Emergência cirúgica Volvo de Intestino Delgado - Radiografia • Radiografias não são sensíveis no início • Podem ter aspecto de obstrução intestinal ou pneumoperitônio tardiamente • Obstrução completa pode levar à distensão da ampola duodenal e estômago –Sinal da bolha dupla – Junção duodenojejunal mais baixa que bolha duodenal e à direita da posição normal –Curso espiral das alças intestinais –Espessamento da parede duodenal –Mal posicionamento do ceco Volvo de Intestino Delgado- Fluoroscopia • Exame de escolha na suspeita diagnóstica • Achados –Sinal de saca-rolhas –Afunilamento da ponta do intestino na obstrução completa –Intestino mal rotacionado Volvo de Intestino Deltado – TC • Geralmente usada em pacientes mais velhos • Quando a apresentação é não-específica • Achados –Sinal do redemoinho: mesentério retorcido –Intestino mal-rotacionado –Inversão da relação AMS e VMS –Obstrução intestinal –Gás/líquido em casos avançados 24/02/2016 20 Intussuscepção • Telescopagem de uma porção do intestino em outra • Idade de apresentação é normalmente entre 3 e 24 meses • Algumas vezes, pode ser associada à tumor, fezes volumosas (fibrose cística) ou linfoma, geralmente em crianças mais velhas que 2 anos • Dor abdominal em cólica, sangue nas fezes e vômito • Tratamento por fluoroscopia – redução com ar ou enema • Tratamento cirúrgico se não redutível 24/02/2016 21 Intussuscepção • US como estudo inicial em crianças com suspeita • Achado importante: sinal do “pseudo-rim” –Anéis hiper e hipo ecogênicos indicando a telescopagem 24/02/2016 22 Intussuscepção • Enema com ar • Pre-reduction scout film • Demonstration of intussusception in hepatic flexure (A) • Reduced to ileocecal valve (B) • Completely reduced with air refluxed into small bowel (C) Atresia duodenal • Causa mais comum de obstrução congênita de duodeno • Defeito de recanalização do duodeno na região da ampola de Vater • Frequentemente diagnosticada pré-natal por US obstétrico • Incidência de 1 em 10.000 nascimentos • Associada com – Síndrome de Down (30%) – Má rotação intestinal (20%) – Doenças cardíacas (20%) – Anomalias renais – Fístula traqueoesofágica – Anomalias VACTERL • Vômito bilioso no primeiro dia de vida • Tratamento cirúrgico Atresia Duodenal • Sinal da “bolha dupla” (estômago e ampola duodenal dilatados) –Estômago dilatado e nenhum gás distal ao duodeno proximal • Não há nenhum outro gás no intestino delgado ou grosso • Também pode ser visto em US obstétrico 24/02/2016 23 Atresia jejuno-ileal • Atresia segmental do jejuno ou íleo • Associada a má rotação intestinal e volvo (25%) e fibrose cística (10%) • Vômitos nos primeiros dias de vida ou abdome distendido Enterocolite Necrotizante • Mais comum emergência gastrointestinal adquirida em prematuros • Menos frequente em crianças mais velhas • Relaciona-se à infecção e isquemia • Comumente afeta o íleo e cólon ascendente • Usualmente apresenta-se na primeira ou segunda semana de vida com – Fezes sanguinolentes (50%) – Diarréia explosiva – Vômito bilioso – Estresse respiratório leve – Sepse generalizada – Distensão do abdome – Dificuldades para alimentar Enterocolite Necrotizante • Alças intestinais dilatadas • Paredes intestinais espessadas • Ausência de gás intestinal • Pneumatose Intestinal – Hipodensidade linear na parede, paralela ao lúmen • Pneumoperitônio – Usualmente requer intervenção cirúrgica – Pode ser necessário decúbito lateral – Crianças podem ter uma perfuração oculta: sem gás intraperitoneal. • Gás no Sistema Porta – Sinal de gravidade • Ascite – Achado tardio e sinal de gravidade 24/02/2016 24 Apendicite • Obstrução do lúmen apendicial • Distensão, infecção sobreposta, isquemia e perfuração • Incidência de 7-12% no mundo ocidental, ocorrendo em qualquer idade • Sintomas – Febre (56%) – Náuseas e vômitos (40%) – Dor no quadrante inferior direito – Sinal de McBurney (72%) – Leucocitose (88%) • Em 20-30% dos pacientes, sinais clássicos e sintomas não estão presentes • Perfuração é uma complicação séria • Remoção cirúrgica do apêndice 24/02/2016 25 Pneumoperitônio Neonatal • As causas de pneumoperitônio neonatal são • Perfuração de vísceras ocas –Enterocolite necrotizante : mais comum – Íleo meconial na fibrose cística –Doença de Hirschsprung –Atresia intestinal –Úlcera péptica • Iatrogênicas – Intubação ou ventilação mecânica –Termômetro retal –Enema Pneumoperitônio Neonatal • Essencialmente os mesmos para os adultos • Geralmente é necessário fazer diagnóstico com paciente em decúbito • Decúbito horizontal com raios horizontais pode ser útil • Sinais –Sinal de Football –Sinal de Rigler 24/02/2016 26 Ascaridíase • Radiografia simples • Os vermes podem ser vistos como densidades de tecidos moles curvilíneas. • Caso obstrução intestinal esteja presente, o padrão típico de alças dilatadas com múltiplos níveis hidroaéreos pode ser visto em ortostatismo. • Estudos contrastados • Os vermes são vistos como estruturas longitudinais tubulares de defeitos de preenchimento no enema baritado (caso o trato alimentar do verme esteja vazio) • Caso o trato alimentar do verme esteja distendido, ele irá aparecer como bandas paralelas. • Em seções tranversais, o verme aparece como o sinal do “alvo” na parede abdominal e o ponto central representa seu tubo digestivo. 24/02/2016 27 24/02/2016 28 Referências • BONTRAGER, Kenneth L.; LAMPIGNANO, John P. Bontrager’s Handbook of Radiographic Positioning and Techniques8: Bontrager’s Handbook of Radiographic Positioning and Techniques. Elsevier Health Sciences, 2013. • COLEY, Brian D. Caffey's pediatric diagnostic imaging. Elsevier Health Sciences, 2013. • FELSON, Benjamin; FELSON, Henry. Localization of Intrathoracic Lesions by Means of the Postero-Anterior Roentgenogram: The Silhouette Sign Radiology, v. 55, n. 3, p. 363-374, 1950. • GOODMAN, LAWRENCE R. Felson’s principles of chest roentgenology. Philadelphia: Saunders/Elsevier, 2007 • HUSAIN AN. Color atlas of pediatric pathology. Demos Medical Publishing; 2011. • PIRTTIMA; JCW-SLCDCTAECS. T, HIGGINBOTHAM; SPKMJW, GAY AGS. JMSB. Pediatric Radiology. [Online] Available from: http://www.med- ed.virginia.edu/courses/rad/peds/index.html [Accessed: 11th October 2015] • STAATZ, GUNDULA; HONNEF, DAGMAR; PIROTH, WERNER. Pediatric Imaging. Thieme, 2008.
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