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Comportamento Alimentar

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Fisiologia 22 – Comportamento Alimentar 
	O corpo possui maneiras de manter, relativamente, em equilíbrio o que entra e o que é gasto. Mas se a ingestão é maior que o gasto gera aumento de tecido adiposo, mas se o gasto for maior que a ingestão leva ao raquitismo. O mecanismo para a manutenção da homeostase energética, no qual o sistema nervoso monitora a quantidade de gordura corporal, é chamado de hipótese lipostática. 
	Existe um hormônio que sinaliza para o sistema nervoso se há muito ou pouco tecido adiposo, nos fazendo sentir mais ou menos fome. Esse hormônio é chamado leptina, que é liberada pelo tecido adiposo e regula a massa corporal, atuando diretamente em neurônios do hipotálamo, diminuindo o apetite e aumentando o gasto energético. Esse hormônio atua no hipotálamo, e existem três núcleos que estão relacionados com as respostas para o equilíbrio, que são o núcleo arqueado, área hipotalâmica lateral e núcleo paraventricular, mas a leptina atua no núcleo arqueado, que vai modular a atividade das outras regiões do hipotálamo, o núcleo paraventricular vai modular o controle do metabolismo, via dois hormônios: cortisol e tireoide. Já a área hipotalâmica lateral vai modular o comportamento alimentar. 
	A leptina vai atuar no núcleo arqueado em neurônios específicos, que produzem peptídeos específicos, 2 tipos em especial: αMSH e CART. Quando os níveis de leptina estão altos, a atividade desses neurônios que produzem esses peptídeos vai estimular esse núcleo, ao mesmo tempo que inibe o núcleo da área hipotalâmica lateral (centro da fome), estimulando o núcleo paraventricular, que gera dois tipos de resposta: hormonal (ACTH e TSH) e pelo sistema nervoso simpático, gerando aumento do metabolismo. Mas quando os níveis de leptina estão baixos, outros neurônios que produzem outros peptídeos (NPY e AgRP), vão estimular o centro da fome, ao mesmo tempo que inibem o núcleo paraventricular. Esses mecanismos de controle da ingesta de alimentos são de longo prazo. 
	A regulação a curto prazo é feita através de sinais que variam ao longo do dia. O estímulo de comer, que pode variar lentamente com o aumento ou a diminuição dos níveis de leptina, é aumentado por sinais orexigênicos (fome) e sinais anorexigênicos (saciedade). Conforme vamos alimentando, os sinais de saciedade vão aumentando, de modo que paramos de comer, e esse sinal começa a diminuir. O simples fato de ter sinal de saciedade poderia regular a nossa alimentação, mas existem sinais orexigênicos, que nos fazem querer comer. 
	Existem 3 sinais de saciedade: distenção gástrica, que gera um sinal que sobe pelo sistema nervoso, que detectam o estiramento do tecido; CCK (colecistocinina) é um hormônio produzido pelo intestino, age especialmente na presença de alguns alimentos específicos (lipídeos); insulina atua diretamente no hipotálamo como sinal de saciedade. Já os sinais orexigênicos são liberados quando o estômago está vazio e libera um hormônio chamado grelina, e atua diretamente no hipotalamo gerando vontade de comer (tem o mesmo efeito de quando a leptina está baixa). 
Querer: sistema dopaminérgico; também é conhecido como sistema de recompensa, e o comportamento que estimulou esse sistema é reforçado, mas não necessariamente sente-se prazer ao realizar esse comportamento. 
Gostar: sistema serotoninérgico; libera serotonina (derivada do triptofano), que é o “link” entre comer e sentir prazer, e os níveis de serotonina aumentam quando ingerimos certos tipos de alimentos (ex.: carboidratos).

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