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CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTRADAS I ELEMENTOS ELEMENTOS DA SEÇÃO TRANSVERSAL É o espaço dimensionado e destinado à passagem de um veículo por vez. A largura das faixas de rolamento é obtida adicionando-se à largura do veículo de projeto a largura de uma faixa de segurança, função da velocidade de projeto e do nível de conforto de viagem que se deseja proporcionar. Os valores básicos recomendados para a largura de uma faixa de rolamento pavimentada em tangente são tabelados. FAIXAS DE TRÁFEGO, FAIXA DE TRÂNSITO OU FAIXA DE ROLAMENTO FAIXAS DE TRÁFEGO, FAIXA DE TRÂNSITO OU FAIXA DE ROLAMENTO É o espaço adjacente às faixas de tráfego que é destinado à parada emergencial de veículos, não sendo em geral dimensionado para suportar o trânsito de veículos (que pode ocorrer em caráter esporádico). ACOSTAMENTO ACOSTAMENTO - externo ACOSTAMENTO - interno Largura do espaço das pistas, no caso de pista dupla, medido entre os bordos das faixas internas, incluindo, por definição, as larguras dos acostamentos internos. LARGURA DO CANTEIRO CENTRAL • A superfície dos canteiros deve preferencialmente ser revestida por grama e rebaixada em relação ao nível da pista • A seção do dispositivo de drenagem não deve constituir-se em obstáculo para veículos desgovernados • Para tanto, os taludes do canteiro central devem ter valores entre 1:10 e 1:6, excepcionalmente, 1:4, de maneira a dispensar o emprego de barreiras e defensas metálicas CANTEIRO CENTRAL DECLIVIDADE Declividade nos dois sentidos – Abaulada ou Coroada Declividade nos dois sentidos – Abaulada ou Coroada VANTAGENS • A drenagem da via é mais rápida • O desnível entre as bordas da pista é eliminado ou reduzido • A componente tangencial à pista da aceleração da gravidade tende a afastar o veículo. Recomendável nas pistas com duplo sentido de tráfego, contribuindo para a separação dos fluxos opostos • O efeito de arco contribui para o aumento da resistência estrutural de pavimentos mais simples Declividade nos dois sentidos – Abaulada ou Coroada DESVANTAGENS • Pode oferecer maiores dificuldades construtivas e requerer maiores quantidades de dispositivos de drenagem • No caso de rodovias de pista dupla com canteiro central com predominância de trechos em tangente, a necessidade permanente de dispositivos adicionais de drenagem pode onerar a implantação e a manutenção da rodovia • Ao mudar de faixa os veículos ficam sujeitos à ação da aceleração transversal DECLIVIDADE Declividade único sentido • Geralmente os dispositivos de drenagem são necessários apenas em um dos lados da pista • O sentido de atuação da aceleração transversal é constante • A concepção da transição da superelevação é mais simples Declividade único sentido VANTAGENS • Maior acúmulo de águas pluviais na faixa de cota mais baixa • Desnível entre as bordas externa e interna da pista DESVANTAGENS • Valor mínimo adotado para a declividade transversal é de 2% para pavimentos betuminosos de elevada qualidade e de 1,5% para pavimentos de concreto de cimento Portland • Para pistas que apresentem revestimento com maior grau de porosidade ou onde seja possível a ocorrência de recalques diferenciais da plataforma, situações aceitáveis apenas para vias de classes de projeto inferiores, tem sido adotada superelevação mínima de 2,5% a, no máximo, 3% • Também no caso de pistas com caimento único e mais de duas faixas, poderá ser conveniente, por motivos de drenagem, adotar declividade transversal superior a 2% Declividades da pista e do acostamento em tangente • Pistas não pavimentadas devem ter declividade transversal de 3%, excepcionalmente 4% • Os acostamentos, pavimentados ou não, deverão normalmente apresentar declividade de 5% • Os acostamentos e faixas de segurança internas poderão ter caimento para a pista ou então para o canteiro, dependendo de circunstâncias específicas Declividades da pista e do acostamento em tangente Forma de caracterizar a inclinação da saia do aterro ou da rampa do corte, sendo expresso pela relação v : h (ou v/h) entre os catetos vertical (v) e horizontal (h) de um triângulo retângulo cuja hipotenusa coincide com a superfície inclinada (matematicamente, o talude expressa a tangente do ângulo que a superfície inclinada forma com o horizonte); TALUDES A inclinação desses taludes deve ser tal que garanta a estabilidade dos maciços, evitando o desprendimento de barreiras. A inclinação deste tipo de talude é variável com a natureza do terreno, sendo que as Normas para projeto de estradas recomendam o seguinte: • Terrenos com possibilidade de escorregamento ou desmoronamento V/H = 1/1 • Terrenos sem possibilidade de escorregamento ou desmoronamento V/H = 3/2 • Terrenos de rocha viva Vertical TALUDE DE CORTE A inclinação deste tipo de talude depende da altura do aterro, sendo que as Normas recomendam o seguinte: • Aterros com menos de 3,00 m de altura máxima V/H = 1/4 • Aterros com mais de 3,00 m de altura máxima V/H = 1/2 TALUDE DE ATERRO É desejável o emprego de taludes com as inclinações as mais suaves possíveis • baixas declividades proporcionam maiores distâncias de visibilidade aos motoristas nas regiõesde corte • melhor conformação às formas da natureza em regiões de relevo suave • melhor impressão visual e estética • maior estabilidade geotécnica, na maioria dos casos • menores custos de manutenção, com a possibilidade de plantar grama em sua área e eventualmente mecanizar a conservação TALUDES É desejável o emprego de taludes com as inclinações as mais suaves possíveis • nos aterros o emprego de taludes suaves oferece melhores condições de retorno à pista de veículos desgovernados, reduzindo a probabilidade de tombamento • Há que se considerar também que a inclinação dos taludes influencia os custos de implantação • Inclinação desejável de 1:4 ou 1:6 TALUDES É a superfície lateral (geralmente inclinada) que resulta da conformação de uma seção de aterro; a interseção dessa superfície com o terreno natural é denominada pé do aterro, sendo sua interseção com a plataforma é denominada crista do aterro. SAIA DO ATERRO DEFENSAS OU BARREIRAS Empregados para evitar que veículos desgovernados • atinjam objetos localizados nas proximidades da rodovia, tais como postes de iluminação ou sinalização, pilares de obras de arte especiais, árvores etc. DEFENSAS OU BARREIRAS Empregados para evitar que veículos desgovernados • cruzem o canteiro central e se choquem com outros veículos do fluxo de tráfego oposto DEFENSAS OU BARREIRAS Empregados para evitar que veículos desgovernados • deixem a pista e desçam ou tombem por taludes de aterros íngremes, com declividades maiores que 1:4, com possibilidade de quedas de alturas consideráveis, colisão com muros de arrimo, protuberâncias rochosas ou dispositivos de drenagem de grande porte quedas em precipícios ou em rios etc. DEFENSAS OU BARREIRAS Necessidade de defensa ou barreira rígida em aterros DEFENSAS OU BARREIRAS DEFENSAS OU BARREIRAS Necessidade de defensa ou barreira rígida em canteiros centrais DNER, 1999 D E F E N S A S O U B A R R E IR A S Sarjeta dispositivo de drenagem superficial, nas seções de corte. Objetivo coletar as águas de superfície, conduzindo-as longitudinalmente para fora do corte. a) Rampas das Sarjetas: • Na parte contígua ao acostamento 25 % • Na parte contígua ao corte mesma inclinação deste talude SARJETAS b) Distância Horizontal entre o início da sarjeta, a partir do acostamento, e o seu ponto mais baixo,deverá variar: • Entre 2,00 m e 1,50 m (Classe Especial e Classe I); • Maior ou igual a 1,00 m (Classe II e III). SARJETAS São dispositivos (geralmente varas ou estacas) que servem para referenciar a posição das marcas físicas correspondentes às cristas dos cortes ou dos pés dos aterros, colocados em pontos afastados por uma distância fixa convencionada (original em inglês, que designa afastamento). Seu objetivo é facilitar a reposição das marcas, se arrancadas durante a construção dos cortes ou dos aterros. OFF-SETS Faixa de terra destinada a construção, a operação e as futuras ampliações da estrada. Possibilita condições condições para alargamentos alargamentos, duplicações duplicações e obtenção obtenção de materiais para uso na construção da estrada. A largura é variável em função da classe da rodovia. Nas zonas rurais a faixa de domínio terá uma largura mínima limitada pela distancia de 10 m, contada a partir das cristas dos cortes ou dos pés dos aterros, para cada um dos lados FAIXA DE DOMÍNIO FAIXA DE DOMÍNIO Projetos de melhoramentos de estradas, quando for muito elevado o custo dos terrenos ou imóveis a desapropriar, abrangidos pela faixa de domínio, a largura dessa faixa poderá, por exceção, ser reduzida até os mínimos
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