Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
26/02/2016 1 1 Artrite Reumatoide Artrite Reumatoide Distúrbio inflamatório sistêmico, ataca principalmente as articulações. Produz uma sinovite proliferativa e inflamatória não supurativa que progride para a destruição da cartilagem articular e anquilose das articulações. Causa desconhecida, mas predisposição genética, ambiental e autoimunidade afetam o desenvolvimento, progressão e cronicidade da doença. 2 Epidemiologia Prevalente em 1% da população mundial. Mulheres jovens são 3 a 5 vezes mais afetadas que os homens. Em pessoas mais velhas, H : M é similar. Mais comum entre 30 e 70 anos. 3 Patogenia Desencadeada, possivelmente, pela exposição de um hospedeiro geneticamente suscetível a um antígeno artritogênico, resultando na eliminação da autotolerância imunológica e reação inflamatória crônica. Artrite aguda se inicia, mas ela é continuidade da reação autoimune, com ativação das células T helper CD4+ e a liberação local de mediadores inflamatórios e citocinas que destroem a articulação. 4 Susceptbilidade genética HLA-DRB1 PTPN22 Protein tyrosine phosphatase, non-receptor type 22 HLA class II histocompatibility antigen, DRB1-9 beta chain 5 Artritogênio ambiental Proteínas citrulinadas (proteínas modificadas pela conversão enzimática de arginina em citrulina, muitas sendo fibrinas) 6 26/02/2016 2 Autoimunidade Falha na autotolerância em células T ou B, levando à desequilíbrio entre a ativação dos linfócitos e os mecanismos de controle. 7 8 Mecanismos de Autoimunidade Defeitos em seleção negativa ou síntese de receptores de linf. B; Números e funções defeituosas de T reguladores; Apoptose defeituosa de linf. autorreativos maduros; Função inadequada de receptores inibitórios; Ativação de APC, que supera mecanismos reguladores, resultando em ativação excessiva de T. 9 10 Mecanismo de cronicidade Autoimunidade na AR Linf. T Ag indutor ? CD4+, TH1, TH17, Linf. B ativados, Plasmócitos, Macrófagos etc. IL-1, IL-8, TNF, IL-6, IFN-ϒ (recrutamento de linf.; indução da secreção de enzimas proteolíticas pela sinóvia) Ativação de osteoclastos IgM e IgG reativos com Fc/Fab de IgG: fatores reumatoides. (80% dos pacientes) Anticorpos anti-CCP 11 12 Em novos modelos, fatores ambientais, como tabagismo, induzem a citrulação de proteínas próprias, desencadeando a criação de novos epítopos antígenos. Com a tolerância falha, cél. T e Ac respodem contra o Ag. 26/02/2016 3 13 Morfologia - Articular A sinóvia torna-se edemaciada, espessada e hiperplásica, transformando seu contorno liso num contorno coberto por franjas bulbares delicadas. 14 15 Morfologia - Articular Infiltração do estroma sinovial por um denso infiltrado inflamatório perivascular composto por agregados linfoides. Maior vascularização devido à vasodilatação e à angiogênese, com depósito de hemossiderina superficial. Agregação de fibrina cobrindo porções da sinóvia e flutuando no espaço articular como grãos de arroz. 16 Morfologia - Articular Acúmulo de neutrófilos no fluido sinovial e ao longo da superfície da sinóvia, mas não é usual alcançar profundidade no estroma sinovial. Atividade osteoclástica no osso subjacente, permitindo que a sinóvia penetre no osso formando erosões justaarticulares, cistos subcondrais e osteoporose. Formação do pannus. Após destruição da cartilagem, o pannus une os ossos apostos, formando anquilose fibrosa, eventualmente calcificando-se formando anquilose óssea. 17 18 Hipertrofia sinovial acentuada com formação de vilosidades; Denso agregado linfoide no tecido subsinovial. 26/02/2016 4 Morfologia - Pele Nódulos reumatoides regiões mais sujeitas à pressão (p. ex.:face ulnar do antebraço, cotovelos, região occipital e área lombossacral); Firmes, indolores e arredondados; Zona central de necrose fibinoide circundada por um bordo proeminente de histiócitos epitelióides e inúmeros linfócitos e plasmócitos. 19 20 Vascular Doença grave erosiva, nódulos reumatoides e altos títulos de fator reumatoide risco de síndrome vasculítica. Segmentos de pequenas artérias endarterite obliterante neuropatia periférica, úlceras e gangrena 21 Curso Clínico Extremamente variável, se iniciando de forma insidiosa e lenta. Inicialmente o paciente relata um desconforto músculoesquelético e fadiga. Após várias semanas as articulações são envolvidas no processo. Curso Clínico Acometimento articular: -Simétrico - Principalmente nas pequenas articulações -Sintomas: edema, eritema, dor, rigidez articular - Limitação inicial baixa que de forma progressiva se torna mais grave Curso Clínico Nas fases avançadas, após anos de inflamação crônica, as lesões resultam em deformidades, principalmente nas mãos: Estreitamento do espaço articular com perda da cartilagem articular. Destruição de ligamentos e cápsulas articulares, causando desvio radial do punho, desvio ulnar dos dedos e anormalidades em flexão-hiperextensão dos dedos. 26/02/2016 5 Diagnóstico Clínico - Laboratórial Critérios definidos pela American Rheumatism Association: 1rigidez matinal 2artrite em três ou mais áreas articulares, 3- artrite das articulações típicas das mãos 4- artrite simétrica 5 nódulos reumatoides 6 fator reumatoide sérico 7 alterações radiográficas típicas. Diagnóstico Clínico - Laboratórial Principais indicadores laboratoriais: - O fator reumatóide (FR) - O anticorpo anti-CCP Diagnóstico Radiológico Destruição dos tendões, ligamentos e cápsulas articulares produzem deformidades características Incial – tumefação de tecidos moles; osteopenia local (justarticular); erosão óssea central e marginal; estreitamento do espaço articular. Tardio – perda de espaço articular; mudanças destrutivas; subluxação articular; fragmentação e fraturas. O resultado final é a presença de articulações deformadas, que não apresentam estabilidade e mínima ou nenhuma amplitude de movimento. 28 29 30 Tratamento Alívio da dor e inflamação. Drogas antiinflamatórias não esteroidais e glicocorticóides em baixa dosagem ou intra-articular. Drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (metotrexato e antagonistas da TNF). 26/02/2016 6 Referências ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e molecular. Elsevier Brasil, 2011. KIERSZENBAUM, Abraham L. Histology and cell biology: an introduction to pathology. Elsevier Brasil, 2007. KUMAR, Vinay. Robbins & Cotran Patologia-Bases Patológicas das Doenças. Elsevier Brasil, 2011. MURRAY, James RD; HOLMES, Erskine J.; MISRA, Rakesh R. A–Z of Musculoskeletal and Trauma Radiology. 2008. 32
Compartilhar