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1/40 O departamento pessoal, também conhecido pelas iniciais DP, faz parte da composição das áreas que fornecem suporte para a empresa. Ou seja, suas atividades são específicas e tem por finalidade cuidar das pessoas que nela trabalham, desde a sua contratação até seu desligamento. O DP é responsável por toda a parte legal da relação entre empregado e empregador. É neste departamento que são executadas as tarefas que envolvem as rotinas trabalhistas. Vejamos a seguir as principais responsabilidades deste departamento: Estrutura do departamento pessoal Recursos Humanos 2/40 3/40 Quando o assunto é DP, precisamos levar em consideração o porte da empresa, visto que a composição desta área depende, consideravelmente, deste fator. Isso significa que, se formos considerar uma empresa de pequeno porte, por exemplo, provavelmente teremos a contratação de outra empresa (terceira) para cuidar destas questões. Agora, se a empresa for de médio porte comporta ter, em seu organograma, esta estrutura. Mesmo assim, algumas empresas optam por contratar empresas especializadas no assunto e manter seu foco na sua atividade fim. Empresas de grande porte, normalmente, possuem uma área bem estruturada de recursos humanos. Esta área é responsável pelo departamento de pessoal. Abaixo temos um exemplo de modelo de estrutura de DP para uma melhor compreensão: Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Imagem de um organograma com a representação de um modelo de estrutura do departamento pessoal. Nele temos a descrição das principais atividades de cada integrante deste departamento, conforme o cargo. No topo, encontra-se a estrutura do departamento de pessoal com a descrição das responsabilidades de todos. Logo abaixo, temos a função do coordenador deste departamento, com a descrição de suas responsabilidades. 4/40 Na base da imagem, estão destacadas as funções de analista de departamento pessoal um, dois e três com as respectivas descrições de cada uma das funções desempenhadas por eles. É importante você saber que, além dos conhecimentos técnicos indispensáveis, existem três atributos fundamentais para o profissional que atua no DP. São eles: : você terá acesso aos dados de todos os colaboradores. : todo pagamento ou recolhimento fora do prazo gera problemas e custos para a empresa. : várias vezes você terá que sanar as dúvidas ou responder aos questionamentos dos demais empregados, referentes aos seus contracheques ou benefícios. Confidencialidade Responsabilidade Respeito e cordialidade Vamos iniciar refletindo sobre a responsabilidade do profissional que trabalha neste departamento. Você imagina como isso acontece na prática? Vamos conhecer qual a resposta para este questionamento, nas linhas a seguir. Imagine que você é esse profissional, e informaram a Procedimentos e documentação referente às admissões/contrato de trabalho você que a candidata Marta foi selecionada para a vaga de vendedor interno. 6/40 7/40 Conforme a situação, você poderá fazer uma comunicação por telefone e depois registrá-la por e-mail. Assim, você garante que o candidato entenda as suas informações e compareça na empresa no dia e na hora agendados. De posse destes documentos, serão confeccionados os formulários e o contrato de trabalho, todos para serem assinados pelo novo empregado. Será feita a entrega de crachá, EPIs, se for o caso, e demais materiais pertinentes ao desempenho da função, permitindo assim o ingresso na empresa, de acordo com as exigências legais. 8/40 Quanto ao contrato de trabalho, normalmente, é utilizado um modelo por prazo determinado, podendo ser prorrogado uma única vez, desde que a soma das duas datas não ultrapasse 90 dias. Passando este período, caso nenhuma das partes queira rescindir, ele passa a vigorar por prazo indeterminado (estas informações estão descritas no contrato). Antes de finalizarmos o assunto sobre contratação, você precisa estar ciente de duas obrigações legais referentes a este processo: contratação de pessoas com deficiência (PCD) ou pessoa com necessidades especiais (PNE) nas empresas. O artigo 93 desta lei determina a contratação de PCDs/PNEs para qualquer empresa com 100 ou mais empregados, na seguinte proporção: A Lei n.º 8.213/1991 dispõe sobre planos de benefícios da previdência e trata, entre outros temas, da 1º 9/40 10/40 A modalidade de contrato de aprendiz tem por finalidade proporcionar a inclusão, no mercado de trabalho, do jovem aprendiz, possibilitando, assim, sua primeira experiência laboral. As empresas têm por obrigação contratar uma cota mínima de 5% do total de empregados, independentemente de seu porte. O contrato do aprendiz é diferenciado, mas com direitos trabalhistas e previdenciários garantidos, sendo que o percentual de recolhimento para o FGTS é de 2% (Artigos 471 a 476). Ainda neste material, temos um item específico que trata dos contratos de trabalho. Como profissional do DP, você poderá ter a responsabilidade pela administração e/ou controle dos benefícios oferecidos pela empresa em que você trabalha. Por esta razão, é importante entender as tendências que estão envolvidas neste assunto. Denomina-se benefício o conjunto de programas ou planos oferecidos pela organização/empresa como complemento ao salário. 2º Benefícios : 11/40 Dentre os benefícios oferecidos pelas empresas, de forma espontânea, podemos citar: vale-refeição, vale- alimentação, assistência médica, assistência odontológica, auxílio educação, seguro de vida, cesta básica, auxílio moradia, previdência privada, participação nos lucros e resultados (PLR), entre outros. Porém, em muitos acordos coletivos de trabalho, já está incluído, em suas cláusulas, alguns destes benefícios. Benefícios tradicionais Benefícios flexíveis O que diferencia uma modalidade da outra, não são os benefícios em si, mas a maneira como são oferecidos aos seus empregados. Isso significa dizer que, na modalidade tradicional, o empregado não tem opção de escolher os benefícios, por exemplo: a empresa oferece assistência médica e auxílio educação, então, você pode optar em ter um ou os dois benefícios. Na modalidade flexível, a empresa poderá apresentar vários benefícios e pontuar cada um, conforme seu custo e relevância, o empregado pode optar por aqueles benefícios que desejar. Vamos supor que a empresa tenha em seu pacote de benefícios as seguintes possibilidades: Temos hoje duas modalidades de Benefícios: Mas, como isso funciona na prática? 12/40 Assistência médica - 6 pontos Assistência odontológica - 3 pontos Auxílio educação - 4 pontos Vale academia - 3 pontos A regra, neste caso, é que o empregado pode optar por, no máximo, 10 pontos e então compor o pacote de benefícios que considerar mais conveniente. João tem 55 anos, para ele é importante ter assistência médica e praticar exercícios (academia), logo, sua escolha não ultrapassa os 10 pontos e está dentro de suas necessidades. Para Carla, que tem 20 anos e é aluna do curso técnico em recursos humanos, é mais interessante ter como benefício o auxílio educação e o vale academia. Neste caso, a Carla poderia optar, também, pela assistência odontológica, pois a soma dos três atinge 10 pontos, porém ela não acha necessário ter esta despesa com este benefício no momento. Resultado: ambos estão escolhendo os benefícios que consideram mais adequados para o momento de vida atual. A necessidade de aumentar a percepção sobre o pacote de benefícios, como fator de retenção e atração de talentos, fez com que algumas empresas de grande porte Vamos analisar dois exemplos práticos 13/40 começassem a investir na modalidade de benefícios flexíveis. Os benefícios flexíveis permitem maximizar o valor percebido pelo funcionário e/ou facilitar o controle dos custos por parte da empresa. Dessa forma, estão se tornando a grande solução para obter, ao mesmo tempo, funcionários mais satisfeitos, eficiência de custos e melhores resultados de negócios. Diferenciar-se da concorrência Atrair talentosReter talentos Controlar custos Mudar o comportamento do colaborador em relação ao uso dos benefícios Demonstrar ao colaborador o valor dos benefícios Satisfazer as necessidades dos colaboradores nas diferentes etapas da sua vida Baseando-se nestas premissas, as empresas buscam flexibilizar os benefícios para: 14/40 A marcação do ponto tem a finalidade de comprovar tanto o horário, como a carga horária em que o empregado esteve à disposição do seu empregador, porém, em muitas empresas, esta marcação não é exigida para cargos de gestão. As marcações do ponto são importadas para um ambiente que irá gerar o cálculo da folha de pagamento, garantindo assim o correto pagamento para os empregados. Atualmente, no Brasil, temos três opções para registro dos horários de entrada, saída e intervalos do trabalhador. São eles: marcação eletrônica, marcação mecânica ou marcação manual. Marcação do ponto Ponto eletrônico, ponto mecânico e ponto manual Controle do ponto (eletrônico, mecânico ou manual), faltas, atrasos, afastamentos legais e banco de horas 15/40 Por uma questão de agilidade e segurança, a maioria das empresas utiliza o ponto eletrônico. Porém, a utilização deste, está diretamente ligada com a correta observância das disposições contidas na portaria 1.510 do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE. O Ministério do Trabalho e Emprego, criado em 1930 por Getúlio Vargas, foi extinto em 2019 com o objetivo de uma maior articulação com as outras áreas do governo. O nome do antigo ministério foi modificado para , do Ministério da Economia. O principal resultado dessa integração foi a carteira de trabalho digital, que substituiu o documento físico a partir de setembro de 2019. Segundo o governo, tal ação ocorreu por meio de uma parceria com a Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, a qual também faz parte do Ministério da Economia. Em julho de 2021, o então ministério foi recriado, passando a ser chamado de Ministério do Trabalho e Previdência Social. Outro assunto que precisa ser considerado, para que não ocorram problemas nos cálculos, tanto da folha de pagamento como nos demais, é o correto registro das faltas, atrasos e afastamentos considerados legais. Isto significa dizer que existem algumas situações, segundo o Secretaria Especial de Previdência e Trabalho Faltas, atrasos e afastamentos legais 16/40 artigo 473 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), em que o trabalhador poderá faltar ao trabalho sem prejuízo do seu salário. Lembrando que o empregado precisa apresentar a comprovação para cada uma das ocorrências. Vamos listar aqui algumas destas situações, para melhor entendimento: Até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica Até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva Por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue, devidamente comprovada Até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior Para os pais, por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana Algumas faltas justificadas 17/40 Pelo período de 120 (cento e vinte) dias de licença- maternidade Por 2 (duas) semanas em caso de aborto não criminoso Pelo período de 15 (quinze) dias no caso de afastamento por motivo de doença ou acidente de trabalho, mediante atestado médico e observada a legislação previdenciária Em alguns acordos coletivos de trabalho estes prazos são maiores. Lembre-se de sempre verificar as definições da empresa em que você trabalha ou vai trabalhar. Para complementar o seu estudo sobre os motivos em que o trabalhador poderá faltar ao trabalho, sem prejuízo do seu salário, faça uma pesquisa na internet e procure o texto . A relação entre capital e trabalho vem sendo alterada, consideravelmente, nos últimos anos. Isto vem acontecendo em função da rapidez com que as mudanças estão ocorrendo. O banco de horas veio para permitir certo equilíbrio nesta relação, suprindo um pouco os problemas entre a sazonalidade das operações nas empresas. Logo, se ocorre um grande volume de trabalho em determinadas Fique atento Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) - planalto Banco de horas Alguns afastamentos legais : 18/40 épocas do ano e em outras ocorre uma calmaria, nada mais lógico que tentar equacionar este problema, permitindo que empregador e empregado mantenham suas finanças e operações/trabalho sem gerar demissões e, logo em seguida, novas admissões. No início da criação do banco de horas, ele servia somente para que as horas excedentes de trabalho fossem compensadas com folgas em dias subsequentes, se previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Porém, a Lei n.º 9.601/1998 ampliou o prazo de compensação. Anteriormente, pela CLT, era semanal, passando para 120 dias com essa mudança, porém mantendo a necessidade de previsão em acordo ou convenção coletiva. Como essa modificação ainda não havia garantia e eficácia para enfrentar a sazonalidade ou os períodos de crise, surgiu, posteriormente, uma nova medida provisória, a Medida Provisória nº 2.164-41/2001, ampliando esse prazo para um ano mas ainda mantendo a previsão em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Contudo, diante do cenário econômico e da necessidade de modernizar as relações trabalhistas, em 2017 o governo trouxe, dentro da reforma trabalhista, a possibilidade de acordar o banco de horas de forma individual, por escrito, com duração máxima de seis meses, podendo tal acordo ser renovado ao fim desse período, desde que o saldo do período anterior seja zerado por compensação ou pelo pagamento do saldo de horas com o devido adicional. 19/40 É importante saber que, mesmo com a nova lei, para que as empresas possam utilizar esta alternativa, será Garantir o limite máximo diário de 10 horas. Caso ultrapasse este limite, estas horas excedentes deverão ser pagas como horas extras Divulgar, obrigatoriamente, aos trabalhadores o saldo do banco de horas, podendo até mesmo ser inserido em um campo do contracheque. No caso de rescisão de contrato, se o empregado tiver um banco de horas com crédito, essas horas deverão ser pagas com os acréscimos legais. Você, como profissional deste departamento, torna-se também um orientador no cumprimento das obrigações trabalhistas, ajudando, por exemplo, a evitar problemas, como processos trabalhistas. Estamos passando por um momento em que estão sendo feitas várias alterações, no que se refere à CLT. Com isso, foram geradas algumas incertezas sobre a necessário: Legislação trabalhista e previdenciária mudanças e atualizações 20/40 relação entre empresa e empregado. Portanto, procure sempre por atualizações. Outro ponto importante para um profissional de DP é ter pleno conhecimento das cláusulas que integram o acordo coletivo da categoria em que a empresa está vinculada. Além das disposições que estão na nossa Constituição e na CLT, temos também os acordos coletivos. Neles estão envolvidos a empresa e os trabalhadores, por meio de seus respectivos sindicatos, assim denominados: sindicato patronal e sindicato dos trabalhadores. Lembre-se de que estes acordos acontecem uma vez por ano, mas nem sempre funcionam como deseja um dos dois lados. Quando não há acordo entre as partes, acontece o dissídio. Para entender melhor estes acordos, vamos verificar algumas definições referentes ao acordo coletivo de trabalho (ACT), à convenção coletiva de trabalho (CCT) e ao dissídio coletivo de trabalho. Confira, a seguir, a descrição de cada um deles: É um acordo firmado entre a entidade sindical dos (ACT) O que isso quer dizer? trabalhadores e uma determinada empresa. Acordo coletivo de trabalhoAcordo coletivo de trabalho 21/40 É um acordo celebrado entre dois sindicatos, ou seja, é um acordo feito entre o sindicato dos trabalhadores e o sindicato patronal. São ações propostas à Justiça do Trabalho por pessoas jurídicas (sindicatos, federações ou confederações de trabalhadores ou de empregadores) para solucionar questões que não puderam ser solucionadas na negociação direta entre trabalhadores e empregadores. A responsabilidade do profissional de DP, que trabalha diretamente com a folha de pagamento, é garantir a não ocorrência de falhas como: pagamentos não efetuados ou pagamentos indevidos (para menos ou para mais); descontos indevidos ou esquecimento de algum desconto, gerando retrabalhado, e descontentamento quando os empregados recebem o contracheque. Algumas pessoas pensam que remuneração e salário têm o mesmo significado, mas são conceitos diferentes. Então, vamos conhecer o significado de cada um. (CCT)Convenção coletiva de trabalho Dissídio coletivo de trabalho Remuneração : 22/40 O é a contraprestação que o trabalhador recebe no final do mês pelo seu trabalho prestado ao empregador. É o valor registrado no contrato de trabalho e na carteira de trabalho e previdência social (CTPS). Segundo a CLT, o salário não pode ser diminuído A é tudo aquilo que o trabalhador recebe no final do mês, ou seja, o salário já mencionado, acrescido dos valores recebidos a outros títulos, como: horas extras, gorjetas, comissões, premiações, bônus, participação nos lucros, triênio, quinquênio, entre outros. Outros conceitos relevantes neste contexto são: piso salarial, salário mínimo nacional e salário mínimo regional. Vejamos cada um deles: O é o menor salário que determinada categoria profissional pode receber pela sua jornada de trabalho (em geral, 44 horas semanais, mas essa jornada possa ser menor). Como ele é um benefício, o piso salarial sempre será superior ao salário mínimo nacional. O é o valor mínimo, garantido por lei, para recebimento como salário. Foi instituído por lei federal e tem o seu valor corrigido mediante decretos. salário remuneração salário mínimo nacional piso salarial Piso salarial : Salário mínimo nacional 23/40 O diferenças regionais, por atividades exercidas, em função do custo de vida de cada região. É importante compreender a diferença entre remuneração fixa e remuneração variável. A pressupõe os valores recebidos todo mês sem variação. Logo, engloba: salário, insalubridade, periculosidade, quinquênio etc. Também integram a remuneração fixa, quando pagas mensalmente, ajudas de custo como: auxílio educação, vale-refeição, vale-alimentação, auxílio moradia/salário utilidade etc. Este último, também chamado de in natura ou em espécie. A engloba todos os valores não fixos recebidos no mês, tais com: horas extras, adicional noturno, comissões, insalubridade e periculosidade sobre horas extras, prêmios, comissões, participação nos lucros etc. Cabe, também, ao profissional de DP fazer os cálculos dos reajustes salariais, tanto individuais quanto coletivos. corrigirparaveioregionalmínimosalário remuneração variável remuneração fixa Salário mínimo regional Reajustes : 24/40 Vamos imaginar que você, um excelente profissional de DP, está sendo observado pelo seu gestor, e ele está muito satisfeito com seu desempenho e engajamento. Por este motivo, resolveu conversar com o diretor da empresa para disponibilizar a você um aumento de 15% sobre seu salário. Esta prática é nomeada de aumento espontâneo. Passados quatro meses, ocorreu o acordo coletivo de trabalho da empresa. Ficou acordado o reajuste salarial da categoria em 8%. Este reajuste é aplicado a todos os empregados. Como fica o seu reajuste? Este percentual deverá ser aplicado sobre seu novo salário. Vamos colocar estas informações em valor simbólico: Clique ou toque para ampliar a imagem. Clique para ampliar a imagem (objetos/contas.png) Salário contratado = Aumento espontâneo = Reajuste da categoria = 8% 15% R$ 2.000,00 https://alt-638e5f8fa10ff.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11797902-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/3_estrutura/objetos/contas.png 25/40 A seguir encontramos a relação dos cálculos que normalmente são gerados dentro dos processos de pagamento aos empregados: Folha de pagamento mensal Adiantamento quinzenal Adiantamento de 13º salário Folha de 13º salário Pagamento participação nos lucros e resultados Cálculo de férias individuais ou coletivas Cálculo de rescisões Na Unidade Curricular , você terá o material específico sobre o cálculo da folha de pagamento. Salário corrigido = (2.000,00 x 1,15) = Salário corrigido = (2.300,00 x 1,08) = R$ 2.300,00 R$ 2.484,00 Auxiliar na elaboração de folha de pagamento Modalidades de cálculos 26/40 As férias são um direito do trabalhador, após o período de, no mínimo, um ano de trabalho. Este período chama-se . Após fechado o período aquisitivo, o empregado tem os 12 meses consecutivos para poder gozar estas férias. Este é chamado de . Importante lembrar que, o último dia de gozo de férias, precisa estar dentro destes 12 meses consecutivos. Por exemplo: você fechou seu período aquisitivo em 15 de junho de 2017, mas as suas férias só serão gozadas em maio de 2018. O primeiro dia de férias acrescido dos 29 dias, não poderá ultrapassar o dia 15 de junho de 2018. Caso as férias sejam concedidas após o período mencionado acima, a empresa terá que pagar estas férias em dobro. Algumas empresas costumam conceder férias coletivas, ou seja, férias para todos os seus empregados ou para determinados setores. Elas podem ser concedidas em dois períodos, mas nenhum deles poderá ser inferior a 10 dias. Para saber mais detalhes sobre essa opção, leia o artigo 139 da CLT. período de gozo período aquisitivo Dicas sobre férias 27/40 Você já pensou em como seria seu comportamento no momento em que você precisasse conversar com um colega de empresa sobre a demissão dele, sendo de sua responsabilidade pedir para ele assinar o aviso prévio? Este não é um bom momento para quem está sendo demitido. Cabe a você ter empatia e não fazer deste momento algo ainda pior. Assista ao filme Amor Sem Escalas (Up in the Air), lançado em 2009. O filme é dirigido por Jason Reitman e foi produzido nos EUA. Este filme retrata a história de um homem, especialista em demissões coorporativas, contratado para desligamento de pessoal e também para mostrar para eles, como uma forma de consolo, que o mundo não acabou e existem grandes opções para melhorar o futuro. Figura 1 – Amor sem escalas Fonte: Dicas sobre rescisões de contrato 28/40 Existe uma prática, utilizada por algumas empresas, para realizar o desligamento dos empregados, de forma a minimizar os efeitos negativos que esta situação gera. No mercado de trabalho esta prática é conhecida como outplacement. As empresas contratam o trabalho de consultorias que oferecem este serviço para orientar o empregado demitido a se recolocar no mercado de trabalho e/ou para a transição para novos cargos/carreira. Entre os serviços incluídos, estão: conselhos práticos, treinamentos, workshops e montagem do currículo. Normalmente, é utilizada para cargos de média e alta liderança dentro da organização. Assim como para todos os demais departamentos de uma empresa, cabe aos profissionais que trabalham no DP, gerar relatórios diversos. Entre eles podemos citar: Geração de líquidos, para serem enviados ao banco, para pagamento dos salários, férias e rescisões Relatório para conferência de informações, como: pagamentos de comissões, prêmios, desconto de vale- transporte, vale-refeição, entre outros, gerados na folha de pagamento Relatórios para conferência dos valores a serem recolhidos, referentes aos encargos sociais, imposto de renda e fornecedores Relatórios para montagem dos indicadores do departamento Geração de arquivo para o departamento contábilGeração de relatórios/arquivos 29/40 Primeiramente, vamos entender o que significa o termo reclamatória trabalhista: Trata-se de uma ação judicial movida pelo empregado contra a empresa ou a ela equiparada, aqui incluímos também o empregador doméstico, ao qual tenha prestado serviço e que visa resgatar direitos decorrentes da relação de emprego, expressamente celebrado ou não entre empregado e empregador. A reclamatória se inicia com a formalização do processo na Justiça do Trabalho, por meio da petição inicial promovida pelo procurador (advogado) do empregado. A empresa, nestas situações, precisa de um preposto para representá-la, junto ao seu advogado, nas audiências decorrentes destas reclamatórias. O preposto não precisa conhecer o reclamante e tampouco ter trabalhado com ele, basta que tenha conhecimento dos fatos, dos procedimentos da empresa, dos pedidos feitos na petição inicial, para que, caso seja solicitado sua oitiva em audiência, possa prestar os esclarecimentos, de acordo com a defesa do empregador, sempre com respostas firmes e convincentes. Você já deve saber que um dos assuntos de relevância na geração de custos, referente ao relacionamento entre empregado e empregador, é o grande número de reclamatórias trabalhistas que são movidas dentro do Brasil. É assustador o volume de entrada de ações, na justiça do trabalho, de empregados contra seus empregadores. Reclamatórias trabalhistas 30/40 Evidente que algumas situações realmente exigem esta atitude por parte do empregado. Porém, existe um grande número de situações que poderiam ser evitadas ou resolvidas antes desse extremo. Esse fato comprova a importância do correto cumprimento das leis que regem a relação de emprego, e o quanto é importante que o profissional, responsável por este departamento, tenha pleno conhecimento deste tema, para poder orientar na correta aplicação das determinações legais e com isso diminuir a incidência de ações trabalhistas. Com as mudanças na nova lei trabalhista, as reclamatórias do trabalhador contra o empregador tiveram uma queda considerável. Uma das mudanças refere-se às custas do processo em caso de ausência nas audiências. Por exemplo, se o trabalhador não comparecer à primeira audiência, ele terá de pagar as custas processuais, o que representa 2% do valor da ação, observando o valor mínimo e o máximo, podendo chegar a quatro vezes o valor do teto máximo da Previdência Social. O valor será cobrado mesmo que o trabalhador seja beneficiário da Justiça gratuita. A única forma de o trabalhador deixar de pagar o valor devido é se, em um prazo de 15 dias, ele comprovar que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificado. Ainda assim, ele somente poderá ingressar com uma nova ação se comprovar que pagou os valores (custas) do processo anterior. Para saber mais detalhes, leia os artigos 763 a 855 da CLT. 31/40 Dissídio individual é o nome dado a uma reclamatória trabalhista movida pelo funcionário contra seu empregador para obtenção de direitos ou reparação de danos causados durante a relação de trabalho. Outra importante atividade, de responsabilidade do profissional do DP, é o correto recolhimento dos encargos sociais e dos tributos, bem como a prestação de informações aos órgãos federais. (objetos/infog3.png) Encargos sociais/eSocial https://alt-638e5f8fa10ff.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11797902-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/3_estrutura/objetos/infog3.png 32/40 Vamos voltar um pouco no tempo. Há muitos anos, foi desenvolvido, pela Caixa Econômica Federal, um aplicativo chamado de sistema empresa de recolhimento do FGTS e informações à previdência social (SEFIP). Este recurso permitiu unir as informações das empresas, quanto aos seus dados financeiros e cadastrais, assim como de seus empregados. Estas informações são repassadas ao FGTS e à Previdência Social. Estamos passando por uma nova mudança, não só a SEFIP está sendo substituída, mas todas as demais obrigações. O que antes era entregue mensalmente ou anualmente pelas empresas, por exemplo: CAGED, RAIS e DIRF, agora, deixa de ser feito e entregue separadamente, passando a estar reunido em um só aplicativo, chamado eSocial. O eSocial é um projeto do governo federal que tem por finalidade unificar o envio das informações da empresa/empregador em relação aos seus empregados. O lançamento desta ferramenta aconteceu em dezembro de 2014, com a existência de um calendário de obrigatoriedade, dividido em grupos, começando pelas empresas que tiveram um faturamento anual acima de R$ 78 milhões, seguindo com aquelas com um faturamento de até R$ 78 milhões (não optantes pelo Simples Nacional) e assim por diante. Você já ouviu falar do eSocial? 33/40 Esse calendário foi modificado algumas vezes, trazendo novas datas de obrigatoriedade para as empresas. Em outras palavras, o eSocial é um sistema de registro, um instrumento de unificação de prestação das informações referentes à escrituração das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas, que tem por finalidade padronizar a transmissão, a validação, o armazenamento e a distribuição de tais dados, constituindo um ambiente nacional. O objetivo do eSocial é atender as necessidades de informações e de cruzamentos de dados, por meio de uma ação conjunta dos seguintes órgãos e entidades do governo federal: 34/40 O eSocial tem como princípios: 35/40 Viabilizar a garantia de direitos previdenciários e trabalhistas Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações Eliminar a redundância das informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas Aprimorar a qualidade de informações das relações de trabalho, previdenciárias e tributárias Conferir tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte Resumindo, no eSocial estarão disponíveis todas as informações, para todos os contribuintes: pessoas físicas e jurídicas; desde o empregador doméstico até as grandes empresas. Algumas obrigações relacionadas ao DP que serão geradas por meio do eSocial: 36/40 RAIS - Relação anual de informações sociais GFIP - Guia de recolhimento do FGTS e de informações à previdência social PPP - Perfil profissiográfico previdenciário GPS - Guia da previdência social DIRF - Declaração do imposto de renda retido na fonte Formulário de seguro – Seguro desemprego CAGED - Cadastro geral de empregados e desempregados CAT - Comunicação de acidente do trabalho Livro de registro empregado – Ficha registro Arquivos eletrônicos – Manual normativo de arquivos digitais (MANAD) Folha de pagamento – Geração das informações sobre os pagamentos, descontos e valores a recolher, referentes a encargos ou tributos A seguir temos o fluxo das informações, para melhor entendimento deste processo. 37/40 (objetos/fluxo.png) Quando alguém for admitido na empresa em que você trabalha, será preciso incluir esta admissão no sistema (software) que a empresa possui e enviar para o eSocial ou, caso seja uma empresa muito pequena e não tenha esta ferramenta, as informações referentes ao cadastro do admitido deverão ser incluídas no próprio link do eSocial. Logo, estas informações já estarão disponíveis para todos os órgãos que fazem parte deste consórcio. Da mesma forma, para rescisões de contrato ou afastamentos. Para acessar informações e estar sempre atualizado sobre este assunto, consulte o portal do eSocial. Vamos analisar um exemplo. Observe: https://alt-638e5f8fa10ff.blackboard.com/bbcswebdav/pid-11797902-dt-content-rid-266410836_1/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TRH/UC04/conteudos/3_estrutura/objetos/fluxo.png 38/40 Lembre-se de manter a guarda, devidamente organizada e segura, de todos os documentos legais exigidos por lei. Eles poderão ser solicitados em fiscalizações e/ou auditorias internas e externas, caso a empresa seja certificada ou busque a certificação da ISO (organização internacional para padronização). A é uma entidade de padronização e normatização, e foi criada em Genebra,na Suíça, em 1947. A ISO tem como objetivo principal aprovar normas internacionais em todos os campos técnicos, como normas técnicas, classificações de países, normas de procedimentos e processos etc. No Brasil, a ISO é representada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Para finalizarmos a introdução ao DP, é necessário destacar a importância dos softwares para o bom andamento dos processos desta área. Há muito tempo existem softwares para automatizar os processos do departamento pessoal. Os cálculos e relatórios para controle e conferência das informações são gerados automaticamente, por exemplo. Porém, estes dados não conversam diretamente com outras áreas da empresa. No máximo geram arquivos que precisam ser trabalhados para serem exportados para outros sistemas; por exemplo, para integrar os dados da folha de pagamento com a contabilidade. Softwares para o departamento pessoal ISO Importante 39/40 Com o passar do tempo surgiram novas tecnologias. Temos, hoje, conforme a disponibilidade de recursos e porte das empresas, softwares que interligam todos os subsistemas de RH. Isso significa que, no momento em que você cadastrar um novo empregado, estas informações já estarão disponíveis para os demais subsistemas de RH. Por exemplo: o profissional que trabalha na estruturação do plano de desenvolvimento individual (PDI), junto ao gestor do novo empregado, terá os dados que ele precisa para começar a montagem. Empresas de grande porte - e muitas de médio porte - optam por adquirir um software integrado. Assim, todas as informações, não só de seus empregados, mas de toda a empresa (financeiro, crédito e cobrança, contabilidade, RH, comercial, estoque, entre outros), ficam armazenadas em um mesmo banco de dados. Estas informações podem ser compartilhadas ou utilizadas, de acordo com as necessidades. A privacidade de acesso é mantida conforme usuário/senha, entre todas as áreas da empresa. Os processos e a geração de relatórios gerencias se tornam mais ágeis. O nome utilizado para este software é (sigla em Inglês para Enterprise Resource Planning). Em português, traduzido para planejamento dos recursos da empresa. Assim, fica mais rápido e seguro o controle das informações. Observe o exemplo a seguir: ERP about:blank 40/40 Após o fechamento da folha de pagamento, momento em que já foram feitas as conferências e já foi gerado, para o banco, o arquivo com o líquido a ser depositado, referentes à folha do mês e às demais obrigações, é preciso fazer a integração destas informações com a contabilidade e, para isso, basta executar um programa para que estas informações sejam contabilizadas automaticamente. Esperamos que este conteúdo tenha ajudado na construção do seu conhecimento sobre DP. Lembre-se de que, mesmo atuando por um longo período nesta área, é importante manter-se atualizado, pois sempre surgem novos desafios, novos problemas a serem superados e, é claro, novas tecnologias da informação que agilizam e garantem melhoria nos processos. Assim, fique sempre de olho nas mudanças que ocorrem na legislação trabalhista e previdenciária, mediante leis, decretos, portarias, NRs (Normas Regulamentadoras) ou medidas provisórias. Mantenha-se atualizado sobre a legislação do Imposto de Renda.