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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPIA 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
DISCIPLINA: FIS051 ÉTICA E DEONTOLOGIA NA 
FISIOTERAPIA 
 
 
Período: 3º Turno: Vespertino Data: 14/03/2024 
Docente: Prof.ª Michelle Alexandrina dos Santos Furtado 
Discente: Arielle Silva de Souza 
 
ESTUDO DIRIGIDO 
 
1. Conceitue a diferença entre ética e moral, e apresente um exemplo prático de problema ético-
moral enfrentado na atuação fisioterapêutica (baseando-se no código de ética e deontologia da 
fisioterapia). 
R: Ética – a palavra ética se deriva do termo grego “ethos”: modo de ser ou caráter. É o 
conjunto de padrões e valores morais de um grupo ou indivíduo. É reflexivo e filosófico. 
Moral – do latim “moris”: que significa “costume”, “maneira de se comportar regulada pelo 
uso”. São normas, princípios, costumes, valores que norteiam o comportamento do 
indivíduo no seu grupo social. É normativa e prática. 
Exemplo prático: 
Um fisioterapeuta é solicitado por um paciente a fornecer um atestado médico para justificar 
ausência no trabalho, mesmo que o paciente não apresente uma condição médica que 
justifique tal ausência. O fisioterapeuta enfrenta o dilema ético de fornecer o atestado para 
atender ao pedido do paciente ou recusar-se a emitir o documento, mantendo a integridade 
profissional e evitando contribuir para uma prática desonesta. 
Neste caso, o fisioterapeuta deve seguir os princípios éticos de honestidade e integridade, 
recusando-se a emitir um atestado médico falso. Isso é fundamental para preservar a 
confiança na profissão e manter a ética profissional. O fisioterapeuta pode oferecer outras 
formas de apoio ao paciente, como fornecer tratamento adequado para ajudá-lo a lidar com 
sua condição médica, se houver, e orientá-lo sobre como proceder corretamente em relação 
à ausência no trabalho. 
2. Descreve as três principais vertentes da ética e moral e resuma suas subdivisões. 
R: As três principais vertentes da ética e moral são: 
1. Metaética: Esta vertente investiga os fundamentos, natureza e significado da ética e 
moralidade. Ela lida com questões sobre a natureza da moralidade, tais como se existem 
valores morais objetivos, qual é a origem das normas morais e se os juízos morais são 
objetivos ou subjetivos. As principais subdivisões da metaética incluem: 
 
 - Realismo Moral: Afirma que existem verdades morais objetivas que são independentes 
das opiniões individuais ou culturais. 
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 - Antirrealismo Moral: Nega a existência de verdades morais objetivas, argumentando que 
a moralidade é subjetiva ou culturalmente relativa. 
 - Cognitivismo: Afirma que os juízos morais expressam crenças que podem ser 
verdadeiras ou falsas. 
 - Não-Cognitivismo: Argumenta que os juízos morais não são expressões de crenças, mas 
sim expressões de emoções, atitudes ou preferências. 
 
2. Ética Normativa: Esta vertente se concentra na elaboração de regras e princípios que 
devem guiar o comportamento moral das pessoas. As principais subdivisões são: 
 - Deontologia: Enfatiza a importância dos deveres e obrigações morais, 
independentemente das consequências. Exemplos incluem o imperativo categórico de Kant 
e os códigos de ética profissional. 
 - Teleologia: Também conhecida como ética consequencialista, considera que a 
moralidade de uma ação é determinada pelas suas consequências. Diferentes formas de 
teleologia incluem o utilitarismo, que busca maximizar a felicidade ou o bem-estar geral, e o 
eudemonismo, que enfatiza o florescimento humano ou a realização de virtudes. 
 
3. Ética Aplicada: Esta vertente se concentra na aplicação dos princípios éticos e morais a 
questões concretas e práticas da vida cotidiana. As principais subdivisões da ética aplicada 
incluem: 
 - Bioética: Envolve questões éticas relacionadas à vida e à saúde, como o aborto, 
eutanásia, pesquisa com células-tronco e cuidados no final da vida. 
 - Ética Profissional: Lida com questões morais no contexto dos negócios e organizações, 
incluindo responsabilidade social corporativa, tratamento justo dos funcionários e práticas 
éticas de marketing. 
 - Ética Ambiental: Trata de questões éticas relacionadas ao meio ambiente e 
sustentabilidade, como conservação de recursos naturais, poluição e mudanças climáticas. 
3. Disserte sobre a ética deontológica e sua importância para a criação do código de ética na 
fisioterapia. 
R: A ética deontológica desempenha um papel fundamental na criação do código de ética na 
fisioterapia, pois fornece os princípios fundamentais que orientam o comportamento ético 
dos profissionais dessa área. Deontologia, derivada da palavra grega "deon", que significa 
dever, refere-se à abordagem ética que se concentra nos deveres e obrigações morais 
intrínsecos, independentemente das consequências das ações. 
A ética deontológica é fundamental para a criação do código de ética na fisioterapia, 
fornecendo os princípios básicos para a construção de normas e regras que regulam a 
conduta dos profissionais. A aplicação da ética deontológica na fisioterapia garante a 
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proteção dos pacientes, promove a confiança na profissão e contribui para a construção de 
uma sociedade mais justa e ética. 
4. A ética profissional representa um conjunto de normas e valores morais que direcionam a conduta 
dos integrantes de determinada profissão. No que tange as condutas profissionais, qual a relação 
entre ética profissional e moral? E quais os benefícios da ética profissional no ambiente de 
trabalho? 
R: A moral se refere aos valores e princípios que norteiam a conduta humana em geral, 
enquanto a ética profissional é a aplicação desses valores e princípios no contexto 
específico de uma profissão. A moral fornece a base para a ética profissional. Os princípios 
éticos de uma profissão são derivados dos valores morais mais amplos da sociedade. No 
entanto, a ética profissional vai além da moral, pois define normas e regras específicas que 
se aplicam a um determinado campo de atuação. 
A ética profissional é fundamental para o sucesso de qualquer organização. Ao promover a 
confiança, a reputação, a produtividade, a redução de riscos e a inovação, a ética 
profissional contribui para a criação de um ambiente de trabalho mais positivo e eficiente. 
5. Um código de conduta é um documento que define os princípios, valores e normas de 
comportamento esperados de todos os membros de uma organização. Ele serve como um guia 
para as ações e decisões no dia a dia, promovendo um ambiente de respeito, confiança e justiça. 
Cite 3 exemplos gerais de direitos e deveres que se encontram nesses códigos pelas empresas. 
R: Direitos: Ser tratado com respeito e dignidade; Ter um ambiente de trabalho seguro e 
saudável; Ter acesso a oportunidades de desenvolvimento profissional. 
Deveres: Agir com honestidade e integridade em todas as suas ações; Preservar o sigilo de 
informações confidenciais; Evitar conflitos de interesses. 
6. Com os avanços da fisioterapia ao longo da história e a transição do curso de caráter tecnicista 
para profissional de nível superior, como podemos definir a inserção da ética e da deontologia na 
prática da fisioterapia e a importância dos princípios éticos no crescimento da profissão? 
R: A integração da ética e da deontologia na prática da fisioterapia é crucial devido à natureza 
do trabalho dos fisioterapeutas, que envolve lidar com a saúde e o bem-estar dos pacientes. 
Aqui está um pouco mais de detalhes sobre sua importância: 
Qualidade do cuidado: Os princípios éticos orientam os fisioterapeutasa oferecerem 
cuidados de qualidade, baseados no respeito pelos direitos e necessidades individuais dos 
pacientes. Isso inclui garantir que os tratamentos sejam seguros, eficazes e baseados em 
evidências científicas. 
 
Confiança do público: Ao aderir aos princípios éticos, os fisioterapeutas constroem 
confiança com o público. Os pacientes se sentem seguros ao saberem que serão tratados 
com integridade, respeito e profissionalismo, o que fortalece a relação terapêutica. 
Desenvolvimento profissional: O compromisso com a ética promove o desenvolvimento 
contínuo dos fisioterapeutas. Isso os incentiva a refletir criticamente sobre suas práticas 
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clínicas, buscar educação continuada e se manter atualizados sobre as melhores práticas e 
tecnologias disponíveis. 
Legitimidade da profissão: Ao seguir padrões éticos elevados, os fisioterapeutas fortalecem 
a legitimidade da profissão perante outras áreas da saúde, órgãos reguladores e a sociedade 
em geral. Isso é essencial para o reconhecimento e respeito da fisioterapia como uma 
profissão vital para o sistema de saúde. 
Portanto, a ética e a deontologia não são apenas aspectos complementares, mas sim 
fundamentais para a prática e o crescimento contínuo da fisioterapia como uma profissão 
respeitada e confiável. 
7. Cite e conceitue os princípios da bioética. 
R: Autonomia - Relaciona-se ao direito de todas as pessoas serem tratadas como agentes 
autônomos e portadoras de dignidade; 
Beneficência - Preconiza o tratamento das pessoas de forma ética, não só respeitando suas 
decisões como protegendo-as de danos e garantindo seu bem-estar; 
Não maleficência - Não maleficência significa não infligir mal ou dano enquanto beneficência 
baseia-se em impedir males ou danos, saná-los e fazer ou promover o bem (Beauchamp e 
Childress, 2002); 
Justiça (equidade) - Inclui a distribuição justa dos riscos e benefícios em quem ou qual grupo 
social deve ser beneficiário da investigação ou de seus resultados. 
8. A fisioterapia tem a função de desenvolver, manter e restaurar a capacidade funcional e 
movimento, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. E no encontro entre profissional e 
paciente, a bioética e fisioterapia se aproximam, buscando garantir a autonomia e a beneficência 
ao paciente, oferecendo as melhores oportunidades de cuidado. Porém, no Brasil, pesquisas que 
focam a interface entre esses dois campos são recentes e precisam de discussões deontológicas 
sobre essas tomadas de decisões éticas em saúde. Diante disso, 
(1) explane o que autonomia do paciente: A autonomia do paciente é um dos princípios éticos 
mais importantes na prática médica e na pesquisa científica. Ela reconhece o direito 
fundamental do indivíduo de ter controle sobre sua própria saúde e tratamento. Isso significa 
que os pacientes têm o direito de tomar decisões informadas e livres sobre os cuidados 
médicos que desejam receber, bem como de participar ou não de pesquisas médicas ou 
experimentos clínicos. Para garantir que os pacientes possam exercer sua autonomia de 
maneira eficaz, é essencial que recebam informações claras e compreensíveis sobre sua 
condição de saúde, opções de tratamento disponíveis, riscos e benefícios associados a 
essas opções, assim como quaisquer alternativas viáveis. Isso é conhecido como 
consentimento informado, onde os pacientes dão seu consentimento com pleno 
conhecimento dos fatos. 
(2) qual a importância do termo de consentimento livre e esclarecido, para preservar essa 
autonomia do paciente na pesquisa científica: O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
(TCLE) é um documento fundamental que garante a autonomia do paciente na pesquisa 
científica. Ele informa o paciente sobre os objetivos, os métodos, os riscos e os benefícios 
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da pesquisa, permitindo que ele tome uma decisão consciente e livre sobre sua participação. 
É fundamental para garantir que os participantes estejam plenamente informados sobre os 
objetivos, procedimentos, riscos e benefícios do estudo, permitindo que tomem uma 
decisão voluntária e consciente sobre sua participação. O respeito à autonomia do paciente 
na pesquisa é essencial para proteger sua segurança, privacidade e bem-estar 
(3) qual o papel do Comite de Ética em Pesquisa (CEP) para o pesquisador e paciente: Um CEP é 
um colegiado interdisciplinar e independente, de relevância pública, de caráter consultivo, 
deliberativo e educativo, criado para defender os interesses dos participantes da pesquisa 
em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de 
padrões éticos. 
Importância do CEP para o Pesquisador: Garante a aprovação ética da pesquisa; Protege o 
pesquisador de responsabilidades éticas e legais. 
Importância do CEP para o Paciente: Protege os direitos do paciente; Assegura a qualidade 
da pesquisa; Promove o acesso à informação. 
9. Qual a relação entre o código de ética e o exercício profissional na fisioterapia? 
R: Artigo 1º - O Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia, trata dos deveres do 
fisioterapeuta, no que tange ao controle ético do exercício de sua profissão, sem prejuízo de 
todos os direitos e prerrogativas assegurados pelo ordenamento jurídico. 
 
O Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia é um documento fundamental que 
estabelece os princípios, valores e normas que norteiam a conduta dos profissionais de 
fisioterapia em todo o Brasil. Sua relação com o exercício profissional é profunda e 
abrangente, influenciando diretamente a qualidade dos serviços prestados, a relação com 
os pacientes, a imagem da profissão e a construção de um ambiente de trabalho ético e 
profissional. 
10. Quais são os principais objetivos do código de ética, quem são os órgãos reguladores e quais 
suas funções para assegurar os direitos dos profissionais? 
R: Os principais objetivos do código de ética da fisioterapia são estabelecer padrões de 
conduta profissional e promover a integridade, a responsabilidade e a qualidade no exercício 
da profissão. Além disso, o código busca proteger os direitos dos pacientes, garantindo que 
recebam cuidados adequados, respeitosos e éticos. 
 
Os órgãos reguladores da profissão de fisioterapia variam de acordo com o país, mas 
geralmente incluem: 
1. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO): No Brasil, o COFFITO 
é o órgão regulador responsável por normatizar, fiscalizar e defender o exercício profissional 
da fisioterapia e da terapia ocupacional em todo o território nacional. Ele estabelece o 
Código de Ética da profissão, define as atribuições dos profissionais e fiscaliza o 
cumprimento das normas éticas e técnicas. 
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2. Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO): São órgãos 
regionais vinculados ao COFFITO, responsáveis pela fiscalização e registro dos 
profissionais fisioterapeutas em seus respectivos estados. Eles também auxiliam na 
aplicação do código de ética e na promoção de ações educativas e de orientação para os 
profissionais. 
 
As funções desses órgãos reguladores incluem: 
- Registro e fiscalização: Os conselhos reguladores são responsáveis por registrar os 
profissionais, garantindo que atendam aos requisitos de formação e competência para 
exercer a profissão. Além disso, eles fiscalizam o exercício da profissão, investigando 
denúncias de práticas inadequadas ou antiéticas e aplicando as devidas penalidades 
quando necessário. 
- Normatização e orientação:Esses órgãos estabelecem normas e regulamentos para 
orientar a conduta dos profissionais, incluindo o código de ética. Eles também oferecem 
orientação e suporte aos profissionais, esclarecendo dúvidas sobre questões éticas e legais 
relacionadas à prática da fisioterapia. 
- Educação continuada: Os conselhos reguladores promovem a educação continuada dos 
profissionais, incentivando a atualização e aprimoramento constante de conhecimentos e 
habilidades. Isso contribui para a qualidade dos serviços prestados e para o 
desenvolvimento profissional. 
Em resumo, os órgãos reguladores da fisioterapia desempenham um papel fundamental na 
garantia dos direitos dos profissionais, na promoção da ética e na qualidade dos serviços 
de fisioterapia oferecidos à população. Eles são responsáveis por normatizar, fiscalizar e 
orientar o exercício da profissão, assegurando que os padrões éticos e técnicos sejam 
respeitados. 
11. Baseado no código de ética, cite 5 deveres e 5 proibições do fisioterapeuta no âmbito das 
responsabilidades fundamentais do fisioterapeuta. 
R: 
5 deveres: 
I - Assumir responsabilidade técnica por serviço de fisioterapia, em caráter de urgência, se 
solicitado ou for único profissional do setor; 
II - Exercer sua atividade com zelo, probidade e decoro e obedecer aos preceitos da ética 
profissional, da moral, do civismo e das leis em vigor; 
III - Utilizar todos os conhecimentos técnicos-científicos e aprimorá-los contínua e 
permanentemente; 
IV - Manter segredo sobre fato sigiloso; 
V - Colocar seus serviços profissionais à disposição da comunidade em caso de guerra, 
catástrofe, epidemia ou crise social. 
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5 proibições: 
I – Negar a assistência ao ser humano ou à coletividade em caso de indubitável urgência; 
II – Recomendar, prescrever e executar tratamento ou nele colaborar quando: 
a) Desnecessário; 
b) Proibido por lei ou pela ética profissional; 
c) Atentatório à moral ou à saúde do cliente/paciente/usuário; 
d) Praticado sem o consentimento formal do cliente/paciente/usuário ou de seu 
represente legal ou responsável, quando se trata de menor ou incapaz. 
III – Praticar qualquer ato que não esteja regulamentado pelo Conselho Federal de 
Fisioterapia e de Terapia Ocupacional (COFFITO); 
IV – Autorizar a utilização ou coibi-la, mesmo a título gratuito, de seu nome ou de sociedade 
que seja sócio, para atos que impliquem na mercantilização da saúde e da Fisioterapia; 
V – Divulgar, para fins de autopromoção, declaração, atestado, imagem ou carta de 
agradecimento emitida por cliente/paciente/usuário ou familiar desde, em razão de serviço 
de profissional prestado. 
12. Quantos Crefitos temos regulamentados no Brasil e a importância do desmembramento e 
criação do Crefito 20? 
No Brasil, existem 16 Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefitos), 
um para cada estado e o Distrito Federal. Cada Crefito é responsável por regular e fiscalizar 
o exercício das profissões de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional em sua área de atuação 
A importância do desmembramento e criação do Crefito 20 promove: maior 
representatividade; agilidade na resolução de demandas; melhoria na fiscalização; 
aproximação dos profissionais e valorização da profissão. 
13. Caso clínico 1: Um fisioterapeuta conversando com um paciente de forma informal, relatou que 
está sendo atendido por um colega Fisioterapeuta e como está transcorrendo o tratamento ao qual 
está sendo submetido e você, por algum motivo, discorda desse tratamento para aquele caso em 
questão. Porém, o paciente não procurou você para ser atendido e o profissional que o está 
atendendo também não pediu sua opinião profissional sobre o caso. Qual a conduta ética a seguir 
baseado pelo código de ética e deontologia da fisioterapia? 
R: A conduta ética a seguir, baseada no código de ética e deontologia da fisioterapia, seria 
respeitar a relação terapêutica estabelecida entre o paciente e o colega fisioterapeuta que 
está realizando o tratamento. Isso significa não interferir no tratamento do colega sem o 
consentimento do paciente ou sem ser solicitado pelo profissional que está conduzindo o 
tratamento. O fisioterapeuta que discorda do tratamento não deve discutir abertamente suas 
divergências com o paciente, pois isso pode gerar confusão, desconfiança e até mesmo 
prejudicar o vínculo terapêutico entre o paciente e o colega. Em vez disso, se houver sérias 
preocupações sobre o tratamento, o fisioterapeuta pode optar por abordar o colega de forma 
privada e respeitosa, compartilhando suas preocupações e oferecendo sugestões 
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construtivas, caso seja apropriado. É importante lembrar que, como profissionais de saúde, 
nosso objetivo principal é o bem-estar e a segurança do paciente. Portanto, qualquer ação 
ou intervenção deve ser feita considerando sempre o melhor interesse do paciente, 
respeitando os limites éticos e profissionais estabelecidos pelo código de ética da profissão. 
14. Caso clínico 2: Uma paciente com quadro de diástase abdominal, devido duas gestações 
seguidas, e linfedema nas pernas, procurou uma fisioterapeuta que fosse especialista em 
fisioterapia dermatofuncional e no momento da avaliação, solicitou que suas imagens e dados 
fossem mantidos de forma sigilosa. Porém, ao longo das sessões fisioterapêuticas, a paciente 
procurou o registro de especialista do COFFITO da profissional e não encontrou e a profissional 
postou fotos da paciente de antes e depois de corpo inteiro e rosto identificável nas redes sociais. 
Desse modo, quais foram as condutas antiéticas e quais artigos dão embasamento para entrar com 
uma denúncia contra essa profissional, baseado no código de ética e deontologia da fisioterapia. 
R: As condutas antiéticas cometidas pela fisioterapeuta neste caso incluem: 
Violação da Confidencialidade: A fisioterapeuta violou o princípio da confidencialidade ao 
divulgar imagens e dados da paciente sem sua autorização, mesmo após a solicitação 
explícita de sigilo. 
Ausência de Registro de Especialista: A profissional se intitulou especialista em fisioterapia 
dermatofuncional sem o devido registro no COFFITO, o que configura publicidade enganosa 
e exercício ilegal da profissão. 
Exposição da Imagem da Paciente: A publicação de fotos da paciente de corpo inteiro e rosto 
identificável nas redes sociais sem sua autorização configura uma violação de sua 
privacidade e imagem pessoal. 
Artigos do Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia (CEFITO) que embasam a denúncia: 
Artigo 3º – Para o exercício profissional da Fisioterapia é obrigatória a inscrição no Conselho 
Regional da circunscrição em que atuar na forma da legislação em vigor, mantendo 
obrigatoriamente seus dados cadastrais atualizados junto ao sistema COFFITO/CREFITOS. 
Artigo 10: III - Praticar qualquer ato que não esteja regulamentado pelo Conselho Federal de 
Fisioterapia e de Terapia Ocupacional (COFFITO); 
Artigo 15 – É proibido ao fisioterapeuta: V – inserir em anúncio ou divulgação profissional, 
bem como expor em seu local de atendimento/trabalho, nome, iniciais de nomes, endereço, 
fotografia, inclusive aquelas que comparam quadros anteriores e posteriores ao tratamento 
realizado, ou qualquer outra referência que possibilite a identificação de 
cliente/paciente/usuário, salvo para divulgação em comunicações e eventos de cunho 
acadêmico científico, com a autorização formal prévia do cliente/paciente/usuário ou do 
responsável legal. 
Artigo 32 – É proibido ao fisioterapeuta: III – fazer referência a casos clínicos identificáveis, 
exibir cliente/paciente/usuário ou sua imagemem anúncios profissionais ou na divulgação 
de assuntos fisioterapêuticos em qualquer meio de comunicação, salvo quando autorizado 
pelo cliente/paciente/usuário ou seu responsável legal.

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