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1 Espectrometria de Absorção Atômica 2 3 ESPECTROMETRIA: Medida do espectro eletromagnético Absorção atômica - faixa do espectro: 190 – 800 nm 4 “A espectrometria de absorção atômica (AAS) é um técnica espectroanalítica para determinações quantitativas de elementos baseada na absorção da radiação por átomos livres no estado gasoso” Atomic Absorption Spectrometry B. Welz and M. Speling, Wiley-VCH, Weinheim, Germany, 1999 5 Todos os átomos absorvem luz O comprimento de onda, no qual a luz é absorvida, é específico para cada elemento. Se uma amostra contém níquel, por exemplo, mas possui outros elementos como chumbo e cobre sendo expostos à luz do comprimento de onda característico para níquel, somente os átomos de níquel irão absorver esta luz; A quantidade de luz absorvida neste comprimento de onda é proporcional ao número de átomos do elemento selecionado em um caminho ótico; Princípios básicos da espectrofotometria de absorção atômica 6 Envolve a medida de absorção da intensidade da radiação eletromagnética, proveniente de uma fonte de luz, por átomos gasosos no estado fundamental; Determinação quantitativa de elementos (metais e alguns não metais) em uma ampla variedade de amostras (águas, materiais biológicos, clínicos, ambientais, alimentos, geológicos, etc.). 7 Conc A bs Amostra = ? y = a + bx Técnica relativa 8 8 Fundamentos Espectrometria Molecular Faixa do espectro: 190 – 800 nm Moléculas absorvem a radiação Espectro em forma de banda Ex: colorimetria, espectrofotometria Atômica Faixa do espectro: 190 – 800 nm Átomos absorvem a radiação Espectro em forma de raias Ex: absorção atômica, emissão atômica 9 9 Fundamentos Nível de energia eletrônico Nível de energia vibracional Nível de energia rotacional l Absorção Molecular: espectro de bandas 10 10 Fundamentos Absorção Atômica: espectro de raias Nível de energia eletrônico Nível de energia vibracional Nível de energia rotacional l 11 11 Fundamentos Princípios de Kirchoff Um elemento no estado fundamental é capaz de absorver radiação no mesmo l que ele emite quando excitado E0 E* l E0 E* E0 E* l Absorção atômica Emissão atômica 12 12 Fundamentos Principais Técnicas Atômicas Espectrometria de Absorção Atômica (AAS) Espectrometria de Emissão Atômica (AES) Fonte de radiação Atomizador Monocromador Detector I0 IT Atomizador Monocromador Detector IE 13 13 Fundamentos Fonte de radiação Atomizador Monocromador Detector IF Espectrometria de Fluorescência Atômica (AFS) 14 14 Espectrometria de Absorção Atômica Espectrometria de Absorção Atômica (AAS) Bunsen e Kirchoff: análise espectral da chama Rutherford e Bohr: modelos atômicos com camadas eletrônicas Planck, Einstein: Números quânticos e níveis de energia E = hc / l 1955 – Alan Walsh: princípios da absorção atômica e primeiro equipamento 15 15 Definição A AAS consiste na medida da absorção da energia luminosa por átomos no estado fundamental Princípio da AAS Fonte de radiação Atomizador Monocromador Detector I0 IT Espectrometria de Absorção Atômica 16 16 A energia radiante, proveniente de uma fonte, que atravessa uma nuvem com vapor atômico sofre a absorção exatamente naqueles l que podem excitar os átomos do vapor atômico. Todos os demais l, cujas energias não correspondem às energias de excitação atômica, atravessam a nuvem atômica sem sofrer atenuação de intensidade. Vapor atômico I0 IT Espectrometria de Absorção Atômica 17 17 Espectrometria de Absorção Atômica Relação entre radiação e concentração??? Lei de Beer A = a b c = log I0 / IT A: absorbância a: absortividade b: percurso ótico c: concentração “A absorbância é diretamente proporcional à concentração da espécie absorvente, em determinadas condições” 18 19 Componentes fundamentais de absorção atômica Fonte de radiação Atomizador Monocromador Detector I0 IT Atomizador: átomos são gerados para que possam absorver a radiação proveniente da lâmpada de catodo oco e, conseqüentemente, determinada a concentração do elemento de interesse M o (g) Fonte de radiação (l) A = log I0/It I0 It Átomos gasosos radiação (l) Atomização 21 COMPONENTES FUNDAMENTAIS DA ABSORÇÃO ATÔMICA • Fonte, que fornece as raias de emissão da espécie atômica interessada; • Nebulizador, para introduzir a amostra na forma de um aerossol na chama; • Monocromador, para isolar o comprimento de onda desejado, • Sistema de dados, apropriado para medir a potência do sinal que alcança o detector fotossensível. 22 23 24 25 EQUIPAMENTO • Fontes de radiação • LÂMPADAS DE DESCARGA: produzem um espectro de raias por meio da passagem de uma corrente elétrica através de vapor de metal (útil para produzir espectros dos metais alcalinos e do mercúrio) FUNÇÃO: emitir radiação nos l específico para o elemento 26 • LÂMPADAS DE CÁTODO OCO: são usadas mais amplamente, e consistem num tubo de vidro com grossas paredes contendo Neônio ou Argônio à baixa pressão, provido de um cátodo feito ou recoberto do elemento de interesse, comumente em forma de cilindro fechado em uma das extremidades, com um ânodo em forma de fio de Tungstênio. EQUIPAMENTO 27 Lâmpada é preenchida com um gás inerte Características da HCL • CÁTODO é recoberto com uma liga ou um sal do elemento; normalmente é necessário uma lâmpada para cada elemento • LÂMPADA é preenchida com um gás inerte Emite um espectro de raias atômicas, com l específico de cada elemento • FUNÇÃO é emitir radiação no l específico para o elemento Janela de Quartzo Ânodo Disco de Mica Cátodo Oco 28 29 29 Espectrometria de Absorção Atômica Lâmpada de Alumínio 30 32 33 34 Excitação por radiofreqüência Mais intensa que HCL, mas menos estável Elemento ou sal do elemento selado no interior de um bulbo de quartzo EDL para ~ 17 elementos Excitação por radiofreqüência Mais intensa que HCL, mas menos estável • Elemento ou sal do elemento selado no interior de um bulbo de quartzo EDL para ~ 17 elementos Lâmpada de Descarga sem Eletrodo (EDL) • Excitação por radiofreqüência • Mais intensa que HCL, mas menos estável • Usada para ~ 17 elementos Bobina de RF Bulbo de quartzo EQUIPAMENTO 35 Equipamento • Nebulizadores-combustores • Dispositivo que serve para dispersar a amostra em forma de partículas atômicas neutras no caminho óptico do aparelho. • A amostra é introduzida como um aerossol em uma chama produzida pela queima de um gás combustível. • Outros tipos de atomização: Forno de Grafite, Geração de Hidretos FUNÇÃO: formar átomos livres no estado fundamental, aptos a absorver uma parte da radiação emitida Como gerar nuvem de átomos? Chama química: ar-C2H2; N2O-C2H2 Chama elétrica: plasmas (M+*) Vapor frio (Hg) Hidretos (As, Sb, Bi, Pb, etc.): compostos voláteis Tubo de grafite Atomizadores metálicos (tubo, tira, filamento, etc) 37Técnicas de Atomização de Amostras Atomização por chama (mais comum) Nebulizador Câmara de mistura Capilar Cabeça do Queimador Feixe Ótico Eficiência de nebulização ~5% 38 queimador nebulizador 40 • TIPOS DE CHAMAS Oxidante Combustível Temperatura ºC Ar O2 Ar N2O O2 H2 H2 Acetileno Acetileno Acetileno 2000-2100 2550-2750 2100-2400 2600-2800 3050-3150 Vai depender do combustível e do oxidante utilizados 41 REGIÕES DA CHAMA 42 O tipo de chama mais utilizado em espectrometria de absorção atômica é uma mistura ar/acetileno, numa proporção relativamente elevada de oxidante em relação ao combustível (chama azul). As mudanças na proporção oxidante/combustível podem alterar os equilíbrios, melhorando a eficiência de atomização. A chama redutora (amarela) é obtida aumentando-se a quantidade de acetileno em relação ao ar, promovendo um aumento da pressão parcial de uma série de produtos da combustão (por exemplo CO), facilitando a atomização de elementos com tendências a formação de óxidos refratários. Por outro lado, a chama oxidante (azul clara) é obtida diminuindo a quantidade de acetileno em relação ao ar, favorecendo aqueles elementos cuja eficiência de atomização se dá via formação de óxidos. 43 Chamas Redutoras: Excesso de gás combustível (C2H2) *Utilizadas na determinação de elementos com tendências a formar óxidos refratários (Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Mo, Cr, Sn) -limitações: alta emissão devido aos carbonos não queimados Chamas Oxidantes: Pouco gás combustível (C2H2) *Utilizadas na determinação de elementos com características mais voláteis e metais nobres (Au, Ir, Pd, Pt, Rh, etc) Chamas ar-acetileno (2250 oC) C2H2 + O2 + 4N2 2CO + H2 + 4N2 C2H2 + 5/2O2 + 10N2 2CO2 + H2O + 10N2 Emissão de bandas (maiores intensidades) CH (431,4 nm) C2 (473,7 e 516,5 nm) OH (306,4 nm) Chamas óxido nitroso-acetileno (2850 oC) C2H2 + 2N2O 2CO + H2 + 2N2 C2H2 + 5N2O 2CO2 + H2O + 5N2 Emissão de bandas CN (590,6 nm) NH (336,0 nm) ar/C2H2 ~ 30 elementos N2O/C2H2 ~ 68 elementos 48 • ATOMIZADORES DE CHAMA: • É necessário o controle da relação combustível/oxidante. • A atomização por chama para amostras líquidas apresentava melhores resultados em relação aos demais métodos analíticos em termos de reprodutibilidade. Entretanto, em termos de eficiência de amostragem e de sensibilidade, os outros métodos de atomização são muito melhores. TECNICAS DE ATOMIZAÇÃO 49 ATOMIZADORES DE CHAMA Desvantagem: • A maior parte da amostra vai para o dreno de descarte. • As maiores gotas são descartadas restando pouco analito. • O tempo de permanência do átomo no caminho óptico é curto, bem menor que 1s. 50 50 Espectrometria de Absorção Atômica Solução Problema Aerosol Sólido/Gás Moléculas gasosas Átomos Íons Spray Líquido/Gás nebulização Dessolvatação v o la tiliz a ç ã o dissociação ionização íons excitados átomos excitados 51 51 Espectrometria de Absorção Atômica Na+ e Cl-(aq) nebulização Dessolvatação v o la tiliz a ç ã o dissociação ionização Na+ e Cl- (aerossol) NaCl (sólido) NaCl (gasoso) Na 0 e Cl0(gás) Na* (gás) Na+ + e-(gás) Na+*(gás) 52 52 Espectrometria de Absorção Atômica Vapor atômico A absorbância é proporcional ao vapor atômico na chama, que é proporcional a concentração do elemento na solução original h = altura de observação vm = velocidade dos gases através da fenda tr= tempo médio de residência tr = vm h ar + C2H2 amostra h Io It Io It Atomização na chama Para cada elemento existe composição de chama e altura de observação mais adequadas Ar Na+ Cl- C2H2 NaCls NaCll NaClg Na + Cl dessolvatação dissociação fusão vaporização Atomização na chama hobs N2O M+ + A- C2H2 MOs MOl MOg M + O dessolvatação dissociação fusão vaporização Atomização na chama: via óxido hobs N2O Cu2+ + C2H2 CuOs CuOl CuOg Cu + O dessolvatação dissociação fusão vaporização NO3 - NO3 - Atomização na chama: via óxido hobs Resumo de eventos em uma chama laminar de mistura prévia Fl = taxa de aspiração da amostra Fcomb = vazão do gás combustível Fox = vazão do gás oxidante n = eficiência de nebulização s = fração dessolvatada v = fração volatilizada a = fração atomizada hobs = altura de observação Aspiração da amostra Aerossol líquido/gás Oxidante Combustível Dreno Amostra M+ A- Amostra nebulizada Nebulização Condensação MA (g) MA (l) MA (s) Aerossol líquido/gás Vaporização Fusão Dessolvatação Sublimação Combinação Dissociação Atomização Possíveis vias M+* M* MOH*; MO* M+ M + A MOH; MO Recombinação Ionização Desionização Emissão Excitação Dissociação Combinação Dissociação Excitação Emissão de bandas E m d ir eç ão a c h am a M+(g) M+*(g) (excitação do íon) -1e- M(g) M*(g) (excitação do aerossol) MX(g) (vaporização do líquido) MX(l) (fusão do cristal) MX(s) (vaporização do solvente) MX(l) (formação aerossol) MX(l) (solução contendo analito) 63 63 Espectrometria de Absorção Atômica Monocromador FUNÇÃO: selecionar apenas 1 l que chegará ao detector 64 64 Espectrometria de Absorção Atômica Componentes do monocromador Fenda de entrada e de saída, espelhos e prisma/grade de difração Fenda de saída Fenda de entrada Grade de difração Espelhos 65 65 Espectrometria de Absorção Atômica Monocromador permite chegar ao detector uma faixa de l Largura de banda espectral = 0,2 nm – 2,0 nm Apenas esta faixa de l passará pela fenda de saída e alcançará o detector 66 Equipamento • Detectores e indicadores • Empregam tubos fotomultiplicadores, para converter energia radiante em sinal elétrico. Deve responder a um sinal modulado da fonte, sem interferência da chama. O monocromador seleciona um comprimento de onda correspondente ao pico de absorção antes de ir para o detector, que transforma radiação em corrente elétrica. FUNÇÃO: transformar a energia radiante (luz) em corrente elétrica 67 67 Espectrometria de Absorção Atômica Espectrometria de Absorção Atômica Esquema geral de um equipamento de AAS Fonte Atomizador Monocromador Detector 68 Espectrofotômetro de Absorção Atômica com chama. 69 69 Espectrometria de Absorção Atômica Espectrometria de Absorção Atômica Fabricante Perkin-Elmer 70 ATOMIZAÇÃO ELETROTÉRMICA: A atomização eletrotérmica resulta em uma melhoria da sensibilidade porque a amostra inteira é atomizada em um período curto e o tempo médio de permanência dos átomos no caminho óptico é de um segundo ou mais. Apresenta menor interferência que a atomização por chama. 71 • Atomizadores eletrotérmicos Formados por:• Tubo de grafite • Dois contatos elétricos • Fluxo externo e interno de gás inerte • Forno de grafite com plataforma de L’vov: para obter picos mais reprodutíveis 72 AAS com Forno de Grafite (GF AAS) Fabricante Analytic Jena Forno Chama 73 Espectrofotômetro de Absorção Atômica com Forno de Grafite 74 AAS com Forno de Grafite (GF AAS) Única Modificação no equipamento: substituição do atomizador O nebulizador/queimador é substituído por um FORNO DE GRAFITE O forno de grafite é conectado a dois eletrodos por onde passa uma corrente elétrica, que os aquecem até temperaturas de 2600 ºC 75 76 77 TECNICAS DE ATOMIZAÇÃO DE AMOSTRAS ESPECIALIZADAS • ATOMIZAÇÃO POR DESCARGA POR EMISSÃO : • Consiste de uma célula cilíndrica com um buraco circular. A amostra é pressionada contra esse buraco com um parafuso de torção de forma que sele o tubo. • Para que esta técnica seja aplicável, a amostra deve ser um condutor elétrico ou deve ser transformada em pastilha junto com um condutor elétrico pulverizado, como pó muito fino de cobre ou grafite. • Amostras em solução também têm sido analisadas por deposição sobre um cátodo de grafite, alumínio ou cobre. 78 TECNICAS DE ATOMIZAÇÃO DE AMOSTRAS • ATOMIZAÇÃO POR VAPOR FRIO: • A técnica de vapor frio é um método de vaporização aplicável somente para a determinação de mercúrio porque é o único elemento metálico que tem pressão de vapor apreciável em temperatura ambiente. • A determinação de mercúrio em vários tipos de amostras é de importância fundamental nos dias de hoje, pela toxicidade de vários compostos orgânicos de mercúrio e sua ampla distribuição pelo meio ambiente. Geração de vapor de mercúrio a frio Hg2+ + Sn2+ Hg0 + Sn4+ Vantagens 1. Reação muito rápida 2. Reação específica para mercúrio inorgânico 3. Facilmente automatizável O Hg é um elemento que na temperatura ambiente existe no estado de vapor (20 oC - 14 mg/m3 de ar) A técnica permite a determinação de ultra-traços de Hg (0,1 ng) usando pré-concentração em coluna de ouro. NaBH4 + 3H2O + HCl = H3BO3 + NaCl + 2H (reduz Hg2+ e algumas espécies) Hg2+ + Sn2+ = Hgo + Sn4+ (reduz somente Hg2+) contaminação Interferências químicas e espectrais Geração de Vapor Frio (CV) Diagrama de fluxos de sistema de geração de vapor a frio Feixe de radiação Bomba Dreno Separador gás / líquido Controlador de vazão Cela de quartzo amostra ácido NaBH 4 Gás inerte (N 2 ou Ar ) I o I t Feixe de radiação Bomba Dreno Separador gás / líquido Controlador de vazão Cela de quartzo Hg2+ Gás inerte (N 2 ou Ar ) Sn2+ Io It Cubeta de fluxo contínuo para vapor de Hg in out out Io It Determinação de mercúrio por AAS com geração de vapor frio Hg(II) é reduzido a Hg0 por SnCl2.2H2O em meio ácido l = 253,7 nm Limites de detecção: µg L-1 e ng L-1 Sn2+ + Hg2+ Sn4+ + Hg0 As (III) – AsH3(g) Se(VI) Se(IV) – SeH4(g) Sb(III) – SbH3(g) Bi(III) – BiH3(g) Ge (IV) – GeH4(g) Pb(IV) – PbH4(g) Reação química BH4 - + 3H2O + H + H3BO3 + 4 H2 GERADOR DE HIDRETOS Geraçao de vapor Reações para formação de hidretos Zn(s) + 2HCl = ZnCl2(g) + 2H Mm+ + 2H = MHm(g) + H2 NaBH4 + 3H2O + HCl = H3BO3 + NaCl + 2H Mm+ + 2H = MHm(g) + H2 Vantagens NaBH4: reação rápida alta eficiência de transporte (~100%) permite a separação do analito específica para alguns estados de oxidação permite especiação química [Se(IV) e Se(VI)] fácil automatização Limitações: é possível ocorrer interferências requer ajuste cuidadoso das condições químicas específica para alguns estados de oxidação Etapas para a geração de hidretos geração química ou eletroquímica transporte até o atomizador coleta do hidreto formado (N2 líquido ou em superfície grafitica modificada com Rh ou Ir) decomposição para formar a nuvem atômica Sistema de geração de hidretos e atomização para AAS 3BH4 - + 3H + + 4H3AsO3 3H3BO3 + 4AsH3 + 3H2O 90 90 Espectrometria de Absorção Atômica Características da HG AAS Limite de detecção: cerca de 1000 vezes menor que na FAAS LD na faixa de mg.L-1 Elementos: detecta cerca de 8 elementos (FAAS ~ 64, TOTAL ~70) Volume de amostra: 0,1- 5 mL por medida (FAAS ~ 2-5 mL) Tempo de medida: cerca de 30 – 60 segundos (FAAS ~ 5-10 seg) Custo: pouco mais caro que um FAAS Analista: muito mais conhecimento que para FAAS 91 91 Espectrometria de Absorção Atômica Quadro comparativo AAS Custo Tempo Interferentes Qualidade do operador LD N° elementos Vol. amostra FAAS Baixo Rápido Poucos Média mg L-1 ~ 64 ~ 15 mL GF AAS Alto Lento Muitos Alta mg L-1 ~ 55 ~ 100 mL HG AAS Médio Médio Muitos Alta mg L-1 ~ 8 100 mL – 10 mL 92 Sistema de Geração de Hidretos SpectrAA 240FS/280FS • 94 Interferências na Espectroscopia de Absorção Atômica. • Interferência é qualquer efeito que modifica o sinal enquanto a concentração do analito permanece constante. • Ela pode ser eliminada pela remoção da fonte de interferência ou pela preparação de padrões que apresentem a mesma interferência. • Em absorção atômica podemos encontrar interferências espectrais e interferências químicas 95 RESUMINDO 96 Interferências • Interferências Espectrais: • Podem resultar da presença de produtos de combustão com banda larga de absorção ou produtos particulados que espalham a radiação. • Não são tão comuns pelo fato das linhas de emissão dos cátodos ocos serem muito estreitas. • Auto-absorção: • Impede que um fóton atinja o detector, pois a própria espécie, no estado fundamental, consegue absorver a radiação emitida por ela no estado excitado. 97 Método de correção de duas linhas • Emprega como referência uma linha da fonte, próxima da linha do analito, mas não pode ser absorvida por ela. • Nessas condições, a diminuição da potência da linha é usada para corrigir a absorbância da linha do analito. • A linha de referência pode ser de impurezas da própria amostra, neônio ou argônio, porém nem sempre uma linha de referência adequada está disponível. Métodos de Correção 98 Método de correção de Fonte Contínua • Uma lâmpada de deutério emite radiação contínua na região do UV. • A absorbância da radiação do deutério é subtraída daquela do feixe do analito e o controle da largura da fenda ajuda na correção do efeito de fundo. • No entanto, os instrumentos de correção possuem baixo desempenho, devido ao excesso de ruído e à baixa emissão do deutério na região do visível. 99 100 101 Correção de fundo baseado no Efeito Zeeman • Efeito Zeeman: Quando um vapor atômico é submetido a um campo magnético forte ocorre o desdobramento em várias linhas de absorção para cada transição eletrônica. A soma das absorbâncias dessas linhas é igual à absorbância da linha inicial formada. 102 • É utilizado um ímã permanente que circunda o fornode grafite e desdobra os níveis de energia produzindo os picos de absorção. • A aplicação do instrumento de correção baseia-se na diferença entre as respostas de dois tipos de picos de absorção à radiação polarizada. • O pico “p” absorve radiação paralelamente à do campo magnético externo e o pico “s” absorve radiação perpendicularmente ao campo. Correção de Fundo por efeito Zeeman 103 Correção de fundo por efeito Zeeman • O sistema de dados é programado para subtrair a absorbância obtida durante o meio ciclo perpendicular daquela do meio ciclo paralelo, gerando então um valor corrigido de fundo. 104 105 Correção de fundo baseada em Fonte de Auto-Reversão • Baseado na auto-absorção da radiação emitida pelas lâmpadas de cátodo oco, operadas com correntes altas. • As correntes altas produzem muitos átomos não excitados que absorvem a radiação dos átomos excitados. • O sistema de aquisição de dados subtrai a absorbância de fundo total, que é obtida no pico de absorção de radiação mínima, para resultar em um valor corrigido. 106 INTERFERÊNCIAS QUÍMICAS • São mais comuns do que as espectrais e dependem das condições de operação. • Os equilíbrios de maior interesse incluem: - a formação de compostos de baixa volaticidade, - os que envolvem reações de dissociação - reações de ionização. 107 Formação de compostos de baixa volaticidade • Ânions podem formar compostos de baixa volaticidade com o analito, reduzindo a velocidade de atomização do analito Ex: A presença de excesso de sulfato e fosfato causa a queda da absorbância do cálcio. • A presença de cátions também interfere Ex: Na presença do Al, a determinação do Mg atinge valores menores que os esperados. 108 Minimização das interferências • Uso de temperaturas mais altas. • Uso de agentes de liberação, cátions que reagem preferencialmente com o interferente. Ex: O excesso de íon estrôncio e lantânio diminuem a interferência do fosfato na determinação do cálcio, e do Al na determinação do Mg. 109 • Uso de agentes de proteção, que reagem com o analito formando compostos estáveis e voláteis. Ex: EDTA, elimina a interferência de Al, Si, fosfato e sulfato na determinação do cálcio. 110 Equilíbrio de dissociação • Os óxidos e hidróxidos de metais alcalino-terrosos possuem espectros de menor intensidade, exceto em temperaturas altas, quando essas bandas são mais intensas que as linhas para átomos ou íons. 111 • Em contraste, a intensidade das linhas para óxidos e hidróxidos de metais alcalinos são altas, mesmo em temperaturas baixas, porque eles são dissociados muito mais facilmente. 112 • Ionização: • A chama, quando muito quente, fornece energia suficiente para ionizar os metais alcalinos, diminuindo a concentração de átomos neutros e causando a diminuição da intensidade de emissão. 113 Equilíbrio de ionização • Quando o ar é o agente oxidante, a ionização pode ser desprezada, diferentemente de quando os agentes oxidantes são o oxigênio e o óxido nitroso. • A ionização gera elétrons livres como produtos, por isso o grau de ionização do metal será fortemente influenciado pela presença de outros metais. 114 Oxidante Combustível Temperatura ºC Ar O2 Ar N2O O2 H2 H2 Acetileno Acetileno Acetileno 2000-2100 2550-2750 2100-2400 2600-2800 3050-3150 São necessárias altas temperaturas para ocorrer a ionização. 115 116 Técnicas analíticas de absorção atômica • Alguns detalhes que devem ser considerados na absorção atômica por chama e eletrotérmica são: 1 – O preparo da amostra 2 – Solventes orgânicos 3 – Curvas de calibração 117 Preparo da amostra • Infelizmente, para análise de solos, tecidos animais e outros, é necessário um tratamento preliminar para obtenção da solução do analito, causando perda do analito. • Uma das vantagens da ionização eletrotérmica é poder usá-la sem a dissolução do analito. 118 Solventes Orgânicos • A presença de álcoois de baixa massa molar, ésteres e cetonas melhoram os picos de absorção 1 – Aumentam a eficiência do nebulizador 2 – Diminui o tamanho das gotas , aumentando a quantidade de analito que é analisada. • Mas, deve ser usado com razões pobres combustível/oxidante, diminuindo a temperatura da chama 119 120 Curvas de Calibração • Teoricamente a absorção atômica deveria seguir Lei de Beer A = a b c = log I0 / IT A: absorvância a: absortividade b: percurso ótico c: concentração “Prevê que a absorbância é diretamente proporcional à concentração da espécie absorvente”. 121 • Mas, geralmente são encontrados desvios, por isso a necessidade de construir curvas de calibração. • Qualquer desvio da curva original serve para a correção do resultado do analito. 122 Aplicações da absorção atômica • A alta potencialidade de determinação direta e indireta de metais, de certos compostos orgânicos e alguns íons é muito grande. • Atualmente qualquer metal da tabela periódica pode ser determinado por absorção atômica, com maior ou menor dificuldades. • Muitas das aplicações da absorção atômica na determinação de traços de elementos em vários sistemas orgânicos, inorgânicos e biológicos, foram desenvolvidos e estão lentamente substituindo técnicas convencionais muito mais demoradas. 123 124 Espectroscopia de Fluorescência Atômica 125 É um método baseado na fluorescência de átomos excitados em uma chama. A amostra é nebulizada em uma chama e irradiada com um intenso feixe de radiação de comprimentos de ondas apropriados. 126 Sofrem fluorescência de ressonância átomos eletronicamente excitados que retornam ao estado fundamental. Na fluorescência atômica o espalhamento da radiação incidente aumenta com o tamanho das partículas. São usados os mesmos gases combustíveis que na absorção atômica. 127 Fontes de excitação: lâmpadas de cátodo oco de alta intensidade; lâmpadas de descarga, disponíveis para um número limitado de elementos; tubos de descarga sem eletrodos operando com freqüência de rádio ou microondas; arco de xenônio, que produzem espectro contínuo. É aplicável na mesma faixa de comprimento de onda acessível a espectrofotometria e absorção atômica. 128 A interferência relacionada com o processo de nebulização e a dissociação da amostra na chama são os mais importantes. É o mais sensível dos métodos ópticos baseados no uso da chama. 129 Espectrofotômetro de Fluorescência Atômica 130 - O equipamento detecta automaticamente a quantidade de mercúrio pela fluorescência atômica combinada com a técnica de vapor frio, além de possuir alta sensibilidade. - Pela técnica de vapor a frio o mercúrio é convertido para o estado gasoso pela redução do cátion dissolvido em ZnCl2 e separado da solução Espectrofotômetro de Fluorescência Atômica - Mercur Analytik Jena 131 - O mercúrio gasoso é carregado pelo gás argônio para a célula de fluorescência. - Como o mercúrio é separado de sua matriz, o efeito da interferência é completamente eliminado. Espectrofotômetro de Fluorescência Atômica - Mercur Analytik Jena132 Espectrofotômetro de fluorescência atômica 133 • Referências bibliográficas: • Princípios de Análise Instrumental – Skoog, Holler, Nieman. • Química Analítica Quantitativa – Otto Alcides Ohlweiler. • Análise Química Quantitativa – Daniel C. Harris.
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