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Curso: Medicina Veterinária Período: 2025/1 Disciplina: Agrostologia e forragicultura Docente: Alessandra Machado Eng. Agrônoma, Ma. Agricultura Conservacionista CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS FORRAGEIRAS: GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS Classificação das plantas forrageiras: GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS As angiospermas, são divididas em duas diferentes classes: Monocotiledoneae e Dicotyledoneae. As Gramíneas são MONOCOTILEDÔNEAS da família Poaceae ou Gramineae e incluem os capins, milho, trigo, arroz, cana-de-açúcar etc As Leguminosas são DICOTILEDÔNEAS da família Fabaceae ou Leguminosae em que estão plantas como alfafa, ervilha, soja, feijão, batata, vários trevos etc. Classificação das plantas forrageiras: GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS Angiospermas são divididas em RAIZ e PARTE AÉREA (que inclui o caule, as folhas, as flores e os frutos). Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas RAIZ => Função de absorver água e sais minerais do solo para que as folhas possam realizar a fotossíntese, fixar a planta, conduzir substâncias e funcionar como reserva de nutrientes. Quanto ao habitat => Aéreas e subterrâneas Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas Existem dois tipos de raízes subterrâneas: Axial ou pivotante => Possui ramificações ou raízes secundárias pouco desenvolvidas em relação à principal. Possui maior capacidade de penetração no solo e está presente nas dicotiledôneas. Uma característica importante das raízes das leguminosas é a presença de nódulos de bactérias Rhizobium, que retiram o nitrogênio atmosférico e o fixam no solo. Fasciculada => Formada por um feixe de raízes de espessura semelhante devido à atrofia da raiz principal Monocotiledôneas Cana-de-açúcar, Milho, Arroz, Cebola, Trigo, Aveia, Centeio, Orquídeas, Lírios, Gramas. Feijão, Soja, Ervilha, Batata, Mamona, Morango, Maçã, Amendoim, Leiteiro, Café. Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas Caule Mantém a estrutura física através do suporte das folhas, flores e frutos; Conduz a seiva, cresce e faz a propagação vegetativa; Realiza a reserva nutritiva; Tem o corpo dividido em nós e entrenós e possui botões vegetativos (gema terminal/axilares ou laterais e meristemas apicais). Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas Folhas Responsáveis pela nutrição, respiração, transpiração, condução e distribuição da seiva. São divididas em quatro partes: Limbo ou Lâmina Pecíolo Bainha Estípula. De acordo com certas características do limbo, como a nervação, a consistência, a superfície, a forma, o ápice e a base, as folhas podem ser classificadas. Quanto à nervação: Monocotiledôneas são do tipo paralelinérvea Dicotiledôneas são reticuladas Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas GRAMÍNEAS Reino vegetal Divisão Angiosperma Classe monocotiledoneae Ordem gramínelas As mesmas estão agrupadas em 600 gêneros e 5000 espécies 75% das forrageiras são desta família Capins e gramas O porte é muito variável Rasteiras => Gramas Porte médios => Capins Porte alto => Milho, sorgo etc. São utilizadas na forma de pastagens, fenos ou silagens. Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas GRAMÍNEAS Existem diversas espécies de gramíneas, entre elas cereais, forrageiras e outras plantas. GRAMÍNEAS Existem diversas espécies de gramíneas, entre elas cereais, forrageiras e outras plantas. CEREAIS Aveia (Avena sativa) Alimentação humana Alimentação animal Cobertura de solo Pastagens Forragens Centeio (Secale cereale) Alimentação humana Alimentação animal Cobertura de solo Pastagens Forragens Cevada (Hordeum vulgare) Alimentação humana Alimentação animal Produção de bebidas Medicamentos Ração Trigo (Triticum aestivum) Produção de alimentos Suplementos dietéticos Farmacêuticos Sorgo (Sorghum bicolor) Alimentação humana Alimentação animal produção de vassouras combustível Milho (Zea mays) Alimentação humana Alimentação animal Matéria-prima para a indústria. Milho-miúdo (Panicum miliaceum) consumo humano, produção de etanol alimento para pássaros. Centeio Aveia Cevada Trigo Gramíneas Existem diversas espécies de gramíneas, entre elas cereais, FORRAGEIRAS e outras plantas. FORRAGEIRAS gramas, capins e relvas Capim brizantha (Brachiaria Brizantha) Alimentar bovinos Ovinos Caprinos Estruturação do solo Consórcio com culturas agrícolas como milho e café Diversificação de pastagens em solos de média fertilidade nos cerrados Capim-braquiária (Brachiaria Decumbens) Adaptada a solos ácidos e de baixa fertilidade Boa produção de forragem Boa capacidade de competição com plantas daninhas Pode produzir mais de 10 toneladas de matéria seca por ano Indicada para cobertura de áreas acidentadas Capim-sudão (Sorghum sudanense) É utilizada para pastejo de bovinos, equinos e ovinos É uma alternativa para pastejo e cobertura de solo É uma fonte nutritiva de forragem para gado de corte e leite Capim-colonião (Panicum maximu) Espécie de forrageira, muito conhecida por seu desenvolvimento acelerado Um dos seus usos mais comuns é na alimentação do gado Indicada para engorda de gado bovino, principalmente no bioma cerrado Opção para diversificação de pastagens em solos bem drenados Capim elefante ou capim napiê (Pennisetum purpureum) É tradicionalmente utilizada na alimentação de rebanhos leiteiros, sob a forma de capineira Em menor escala, é utilizada como forragem conservada É fornecido fresco em sistemas de corte e transporte Pode ser picado manual ou mecanicamente antes da alimentação LEGUMINOSAS Reino vegetal Divisão angiosperma Classe dicotiledonea Ordem Rosales Porte variável =>Utilizadas como forrageiras, são herbáceas, muito ricas em proteína Exemplo: leucena, alfafa, cornichão, trevos Classificação das plantas forrageiras: Gramíneas e Leguminosas Estilosantes campo grande I (Stylosanthes capitata cv. BRS Campo Grande I) Alimentação de bovinos, equinos, ovinos e caprinos Cobertura verde em culturas perenes Recuperação de áreas degradadas Melhora da matéria orgânica Redução do uso de insumos agrícolas Estilosante campo grande II (Stylosanthes macrocephala cv. Campo Grande II) É usada para alimentar bovinos, equinos, ovinos, caprinos e outros animais É uma forrageira rica em proteína Contribui para a redução dos investimentos em insumos agrícolas Possibilita maior ganho de peso nos animais Leucena (Leucaena leucocephala) Forrageira para alimentação de ruminantes, como bovinos, suínos e caprinos Reflorestação de áreas degradadas Produção de madeira, lenha e carvão Cerca viva Adubação verde Arborização FATORES QUE AFETAM A FORMAÇÃO DE PASTAGENS E A PRODUÇÃO ANIMAL A PASTO A produção animal em pastagem é um sistema bastante complexo constituído por fatores bióticos e abióticos que interferem entre si, influenciando diretamente na resposta/desempenho das forrageiras e dos animais. FATORES QUE AFETAM A FORMAÇÃO DE PASTAGENS E A PRODUÇÃO ANIMAL A PASTO Fatores bióticos: seres vivos do sistema, tais como plantas e animais. Fatores abióticos: partes “sem vida” do ambiente, como o solo, a atmosfera, a luz e a água. O sistema de produção animal em pastagens é composto por: Recursos físicos => condições edafoclimáticas, de solo, localização da propriedade, infraestrutura (instalações, maquinário e demais equipamentos), a qualidade da mão de obra e condições de logística; escolhas quanto às espécies forrageiras a serem utilizadas, garantindo ótima interação entre os elementos físicos e vegetais Vegetais, animais => Animais e plantas possuem necessidades e requerimentos conflitantes; conforme as limitações físicas, podem ser adotadas soluções corretivas => Tratamentodo solo com uso de corretivos e fertilizantes, adaptação de instalações, manejo de pragas, aquisição de equipamentos e treinamento de mão de obra Manejo da pastagem => Ações realizadas no solo, planta, animal e meio ambiente para garantir o bem-estar e a boa produção das plantas selecionadas. O manejo de pastagens pode ser caracterizado como o controle das relações do sistema solo-planta-animal visando: a) Maior produção e melhor utilização das pastagens; b) Persistência na produção das pastagens; SOLO PASTAGEM ANIMAL Base do sistema e atua como fonte de nutriente para a pastagem Fonte de nutriente para o animal e atua como modificador das condições físicas e químicas do solo Atua como modificador das condições do solo e planta FATORES CLIMÁTICOS Altas produções de leite, carne e lã, estão condicionadas a alimentação adequada dos animais, onde as pastagens assumem grande importância, por tratar-se do alimento mais barato disponível aos animais. Entretanto, o rendimento das forrageiras em quantidade e qualidade está intimamente ligado, dentre outros fatores à FERTILIDADE DO SOLO. As relações entre solo-planta-meio devem ser consideradas antes que qualquer decisão seja tomada a respeito do recurso animal. Para evitar um processo irreversível de degradação, é importante que sejam respeitados os limites de resistência e tolerância das plantas à ação animal, suas exigências edafoclimáticase bióticas. FATORES QUE AFETAM A FORMAÇÃO DE PASTAGENS E A PRODUÇÃO ANIMAL A PASTO A taxa de lotação, é essencial para garantir uma adequada eficiência de utilização de forragem Quando mal calculada, por exemplo, pode levar ao subpastejo, com sobras de forragem pelo número subestimado de animais, ou ao superpastejo, quando falta forragem pelo excesso de animais por área de pastagem. FATORES QUE AFETAM A FORMAÇÃO DE PASTAGENS E A PRODUÇÃO ANIMAL A PASTO PASTAGENS NATIVAS E CULTIVADAS E RELAÇÃO ENTRE ANIMAL E PASTAGENS Pastagens nativas e cultivadas e relação entre animal e pastagens PASTAGENS NATIVAS formadas por espécies forrageiras naturais da região; Estão localizadas em áreas marginais, com limitações físicas ou químicas para cultivos agrícolas; São constituídas por gramíneas, leguminosas, herbáceas subarbustivas e poucas árvores; Podem ser encontradas em savanas bem drenadas, como o Cerrado Pastagens nativas e cultivadas e relação entre animal e pastagens PASTAGENS CULTIVADAS são aquelas em que espécies exóticas ou nativas são introduzidas nas regiões em que a vegetação original não existe. Elas podem ser temporárias ou permanentes (Perene) Neste tipo de pastagem, é necessário fazer análise do solo e aplicação de corretivos e fertilizantes, ressemeadura e plantio, sempre que for necessário, além dos cuidados usuais manejo de pastagem. Aveia Temporaria Gramas Permanentes Para que elas sejam bem exploradas, é preciso atentar para as relações entre animal e planta. Pastejo afeta a forma como as forragens fazem a partição de biomassa entre a raiz e sua parte aérea e também entre suas estruturas vegetativas e reprodutivas. Quando o animal faz a desfolhação, ele não afeta apenas a planta que a sofreu, mas também as vizinhas, uma vez que a retirada das folhas muda a luminosidade e causa alterações na competição por luz. Os animais, quando selecionam partes de plantas ou preferem certas espécies, também interferem nesta competitividade. Pastagens nativas e cultivadas e relação entre animal e pastagens Em casos de pastejo com lotação contínua, a proporção removida constante, em torno de 50%, e deficiências na produção de tecido foliar causadas pelo baixo nitrogênio no solo levam à menor utilização de forragem. A competição por luz é pequena porque a remoção é constante Plantas produzem folhas mais curtas e a densidade de perfilhos é alta. Pastagens nativas e cultivadas e relação entre animal e pastagens Na lotação intermitente, fatores como o número e o tamanho dos piquetes, períodos de descanso e ocupação, além da taxa de acúmulo de forragem interferem na desfolhação. Dessa forma, ajustes na taxa de lotação e período de pastejo podem minimizar as perdas foliares e, dessa forma, manter a alta eficiência de utilização. Pastagens nativas e cultivadas e relação entre animal e pastagens Patejo contínuo X Pastejo rotacionado Ajuste de carga é muito importante X Quando o nível de fertilidade é bom, o ajuste de carga correto e o manejo da área como um todo, respeitando tanto a planta forrageira quanto os animais em pastejo, há um grande potencial de ganho por hectare. Nosso canal de comunicação alessandra.h.machado@kroton.com.br 0BRIGADA image1.png image2.emf image3.emf image4.png image5.png image6.png image7.emf image8.png image9.emf image10.png image11.emf image12.emf image13.emf image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.jpeg image33.png image34.png image35.emf image36.emf image37.emf image38.emf image39.emf image40.emf image41.emf image42.emf image43.emf image44.emf image45.emf image46.emf image47.png