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INICIAÇÃO CIENTÍFICA 
PIBIC12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prescrição farmacêutica de plantas medicinais e a 
automedicação: um estudo no município de Castanhal-PA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno (a): Fernanda Hillary Duarte dos Santos 
 
Projeto Vinculado ao Curso de Graduação: 
Farmácia 
 
Unidade/Campi/Modalidade: 
Castanhal/ semiEAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
 
 
 
 1.1 Vigência do projeto: 12 meses 
 
 1.2 Tipo de Pesquisa: Aplicada 
 
 1.3 Utilizará Laboratório para Realização da Pesquisa? Sim 
 Se sim, qual laboratório? Indique: 
LIIPS - Laboratório Interdisciplinar de Intervenção na Promoção da 
Saúde 
 
 
 
Se for mais que 1 laboratório, indique 
o(s) outros(s): 
Possível utilização do laboratório de botânica 
 
 1.4 Resultará em produto/processo? Não 
 Qual? 
 
 1.5 Vinculado a Grupo de Pesquisa? Não 
 
 1.6 Envolvimento com Seres Humanos, Animais ou Organismos Geneticamente Modificados? 
 Sim - Seres Humanos Se a resposta foi SIM, observe que: 
 
 
Caso este projeto envolva pesquisa com Seres Humanos ou Animais, deverá ser enviado aos respectivos 
Comitês pelo orientador e, após avaliação e resultado, informar à Diretoria de pesquisa o nº do processo/protocolo 
de aprovação do projeto, conforme legislação vigente. 
 
Caso envolva Organismos Geneticamente Modificados, informar se o Laboratório em que o projeto será 
desenvolvido possui Certificado de Qualidade em Biossegurança. 
 
 
 
 
1.7 indique em qual das Áreas de Tecnologias Prioritárias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), seu projeto 
está vinculado: 
 
( ) Tecnologias Estratégicas, nos seguintes setores: Espacial; Nuclear; Cibernética; e Segurança Pública e de 
Fronteira. 
 
( ) Tecnologias Habilitadoras, nos seguintes setores: Inteligência Artificial; Internet das Coisas; Materiais Avançados; 
Biotecnologia; e Nanotecnologia. 
 
( ) Tecnologias de Produção, nos seguintes setores: Indústria; Agronegócio; Comunicações; Infraestrutura; e Serviços. 
 
( ) Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável, nos seguintes setores: Cidades Inteligentes; Energias 
Renováveis; Bioeconomia; Tratamento e Reciclagem de Resíduos Sólidos; Tratamento de Poluição; Monitoramento, 
prevenção e recuperação de desastres naturais e ambientais; e Preservação Ambiental. 
 
( ) Tecnologias para Qualidade de Vida, nos seguintes setores: Saúde; Saneamento Básico; Segurança Hídrica; e 
Tecnologias Assistivas. 
 
(x ) Projetos de pesquisa básica, humanidades e ciências sociais com característica essencial e transversal, que 
contribuam, em algum grau, para o desenvolvimento das Áreas de Tecnologias Prioritárias do MCTI. 
 
 
( ) O projeto não está vinculado em nenhuma dessas áreas. 
 
 
 
1.8. Indique em qual das Áreas Prioritárias identificadas pelo Conselho Paranaense de Ciência, seu projeto está vinculado: 
 
( ) Agricultura & Agronegócio 
 
(x ) Biotecnologia & Saúde 
 
( ) Energias Inteligentes 
 
( ) Cidades Inteligentes 
 
( ) 
Educação, Sociedade & Economia, bem como as áreas transversais: Transformação Digital e Desenvolvimento 
Sustentável 
 
( ) O projeto não está vinculado em nenhuma dessas áreas. 
 
 
 
 
 
 
 
2 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO 
 
 
RESUMO 
 
 Culturalmente as plantas fazem parte do cotidiano da população, remetendo a conceitos da ancestralidade, as 
plantas carregam capacidade curativa. Esse saber popular, construído com base na observação e na experiência 
prática ao longo do tempo, orienta de forma vasta e irresoluto para seu uso seguro e eficaz das plantas medicinais no 
cotidiano. Com o desenvolvimento da ciência farmacêutica, estudos sobre plantas medicinais se difundiram, tornando 
o conhecimento que é passando de geração de forma empírica, mais extenso. No Brasil, o uso de medicamentos 
caseiros é comumente usados, com ênfase em algumas regiões do país, como o estado do Pará. A ampla utilização 
desse tipo de tratamento, traz a crença da dispensação de profissionais da saúde. Frente a isso, a presente pesquisa 
buscou por meio de questionário, quais espécies de plantas são mais usadas pela população local e quais seus efeitos 
terapêuticos, assim como enfatizar que também apresentam riscos quando usadas sem orientação adequada. Além 
disso, busca analisar quimicamente a parte da planta que possui maior quantidade do biocomposto, transformando-os 
em percentuais, gráficos e tabela, para melhor comparação. A pesquisa foi realizada de forma exploratória/descritiva 
em um posto de saúde do município. Busca-se como resultado integrar saberes tradicionais à prática farmacêutica, 
promovendo o uso seguro de fitoterápicos. Também pretende fortalecer o papel do farmacêutico como educador e 
fomentar políticas e pesquisas em fitoterapia. Além de construir resultados sobre componentes principais e sua 
concentração. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: plantas medicinais, tradição, saúde, farmacêutico. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Relatos do uso de plantas medicinais para tratamento de diversas doenças existem desde a 
antiguidade, ao qual foram exploradas pelo homem de forma empírica, ou seja, por meio de 
observações (DA ROCHA et al., 2021). A maioria das civilizações antigas utilizavam ervas como 
alternativa para cuidados com a saúde, sendo assim, a forma mais antiga de cuidado usada pela 
humanidade (ARGENTA et al., 2011). 
No Brasil o uso de medicamentos fitoterápicos ainda é amplamente difundido (NOGUEIRA, 
NOGUEIRA e CAMARGO, 2025). No estado do Pará o uso de plantas medicinais para tratamento 
de diversas doenças é comum, haja vista que se trata de um aspecto cultural da região (FERREIRA, 
LEBUINO e SANTOS, 2021). Habitualmente nativos da região como ribeirinhos, indígenas e até a 
população urbana utilizam uma ampla variedade de espécies vegetais para o tratamento de 
sintomas e até mesmo fortalecimento imunológico (DA CONCEIÇÂO, DA SILVA e DA SILVA, 
2025). 
Vale ressaltar que os conhecimentos sobre a toxicidade e não toxidade das plantas passam 
de gerações em gerações tornando-se repertorio cultural das comunidades (FERREIRA, LEBUINO 
e SANTOS, 2021). Esse saber popular, construído com base na observação e na experiência 
prática ao longo do tempo, orienta de forma vasta e irresoluto para seu uso seguro e eficaz das 
plantas medicinais no cotidiano (DA SILVEIRA, BANDEIRA e ARRAIS, 2008). Apesar disso, é 
importante destacar que, com os avanços científicos, muitas dessas práticas tradicionais vêm 
sendo estudadas e validadas ou, em alguns casos, revisadas para garantir a eficácia e a segurança 
no uso terapêutico das plantas (FONTELES e ROSAL, 2015). 
Com o avanço nas ciências farmacêuticas entende-se que embora possa ajudar no 
tratamento, as plantas medicinais também podem levar o paciente a subestimar sinais importantes, 
mascarar manifestações clínicas e atrasar a busca por atendimento médico adequado, o que pode 
resultar no agravamento da doença e no desenvolvimento de quadros mais graves, isso se dá pela 
crença de que o natural é seguro, benéfico e saudável (MARQUES et al., 2019). 
Devido a diversos estudos farmacológicos baseados nos conceitos de fitoterapia, 
farmacognosia e toxicologia vegetal, sabe-se que os compostos bioativos presentes nas plantas 
medicinais, como flavonoides, taninos, alcaloides, cumarinas, terpenoides, saponinas e esteroides 
vegetais, são amplamente reconhecidos por seus efeitos terapêuticos, atuando como anti-
inflamatórios, antioxidantes, antimicrobianos e até reguladores do colesterol (DE MELO et al., 
2021). No entanto, o uso excessivo ou inadequado dessas substâncias, especialmente em práticas 
de automedicação, pode representar riscos significativos à saúde (CAMPOS et al., 2016). Doses 
 
elevadas podem provocar desde irritações gástricas e interferências na absorção de nutrientes até 
efeitos mais graves, como toxicidade hepática, alterações neurológicas e risco de sangramento (DE 
MELO et al., 2021).Um estudo realizado com 2.454 participantes revelou que 36,47% dos entrevistados (895 
pessoas) fazem uso frequente de remédios caseiros, enquanto 55,47% (1.361 pessoas) utilizam 
esses recursos apenas ocasionalmente, e 8,06% (198 pessoas) afirmaram não fazer uso, sendo 
ainda um número significativo de usuários (BRASILEIRO et al., 2008). 
Além disso, dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), 
afirma que entre os anos de 2016 a 2017, foram identificados 2.028 casos de intoxicações por 
plantas, tendo 4 casos de óbitos e uma porcentagem de 0,37% de letalidade, um número alarmante 
se tratando de “compostos seguros”. Vale destacar, que as espécies tóxicas são aquelas cujos 
metabólitos secundários podem desencadear alterações metabólicas prejudiciais ao homem (DA 
SILVEIRA, BANDEIRA e ARRAIS, 2008). 
Com base nisso, a Agência Nacional Vigilância sanitária (ANVISA), alerta sobre o risco da 
automedicação e o uso irracional de remédios caseiros, principalmente sem base cientifica, 
enfatizando sobre o risco a saúde, dessa forma, a agencia criou manuais e cartilhas sobre os tipos 
de medicamentos fitoterápicos que são registrados e não causam risco a saúde em pequenas 
quantidades (ANVISA, 2022). 
A crença equivocada de que produtos naturais são sempre seguros favorece a 
automedicação sem orientação profissional ou respaldo cientifico. Por isso, é fundamental que o 
uso de plantas medicinais e seus derivados seja feito com cautelam tenham embasamento 
cientifico e, preferencialmente, sejam administrados sob supervisão de profissionais de saúde 
qualificados (MARQUES et al., 2019). 
O elo entre a população e a ciência é propriamente do farmacêutico, do qual dispensa e 
corrige medicamentos, além de disseminar o conhecimento cientifico e seguro para a população, 
de forma a prestar assistência e cuidados para os pacientes com ênfase no uso racional de 
medicamentos, interações medicamentosas, fitoterápicos e alimentos (MARQUES et al., 2019). 
Sendo assim, é de extrema importância fazer alguns questionamentos para a comunidade 
como: Quais são as plantas medicinais mais utilizadas pela população local, qual é a eficácia 
terapêutica dessas espécies, considerando riscos e benefícios para a saúde e se algumas delas 
foram prescritas. Haja vista, que esperasse confirmar que as espécies mais usadas possuem 
propriedades terapêuticas comprovadas, mas que também apresentam riscos quando usadas sem 
orientação adequada. 
 
 
JUSTIFICATIVA 
 
O uso de plantas medicinais para tratamento de doenças é uma prática ancestral e 
profundamente enraizada na cultura brasileira, especialmente na região Norte, onde comunidades 
ribeirinhas, indígenas e até populações urbanas mantêm viva essa tradição. No estado do Pará, 
essa prática faz parte do cotidiano, sendo transmitida de geração em geração, o que reforça a 
importância cultural e social do tema. No entanto, apesar da larga utilização e dos benefícios 
relatados popularmente, muitas dessas plantas carecem de validação científica rigorosa quanto à 
sua eficácia e segurança, o que pode gerar riscos à saúde pública, sobretudo quando usadas de 
forma indiscriminada ou como substituição ao tratamento médico convencional. 
Este estudo busca contribuir significativamente tanto para a ciência quanto para a sociedade 
ao investigar as espécies mais utilizadas pela população local, analisando suas propriedades 
terapêuticas à luz da farmacologia moderna. A pesquisa visa preencher lacunas no conhecimento 
científico sobre o tema, fornecendo dados que poderão embasar futuras diretrizes para o uso 
racional e seguro dessas plantas, bem como fortalecer a atuação do farmacêutico como elo 
fundamental entre o saber popular e o conhecimento científico. 
Do ponto de vista prático, os resultados esperados podem auxiliar profissionais de saúde na 
orientação segura dos pacientes e servir como base para políticas públicas que regulamentem o 
uso de medicamentos fitoterápicos. A escolha do tema também foi motivada pela observação 
cotidiana da ampla utilização de remédios caseiros sem acompanhamento profissional, fenômeno 
 
que, apesar de culturalmente legítimo, necessita de acompanhamento técnico para minimizar riscos 
e potencializar benefícios. 
Assim, este projeto se justifica pela sua relevância social, ao buscar proteger a saúde da 
população, e por sua contribuição científica, ao agregar evidências que sustentem ou refutem o uso 
terapêutico tradicional das plantas medicinais. 
 
 
OBJETIVOS 
 
Objetivo Geral 
A pesquisa objetiva identificar, por meio de questionário, as plantas medicinais mais 
utilizadas pela população local e analisar suas finalidades terapêuticas, buscando comprovar sua 
eficácia e reforçar a importância do uso seguro e baseado em evidências científicas na prática 
farmacêutica. 
 
Objetivo Específico 
 
 Mapear as espécies de plantas medicinais mais utilizadas pela população local por meio 
de levantamento com questionários. 
 Investigar as principais indicações terapêuticas atribuídas a essas plantas pela população. 
 Analisar, com base científica, a eficácia e segurança das espécies identificadas. 
 Avaliar os riscos associados ao uso indiscriminado de plantas medicinais, considerando 
possíveis efeitos adversos. 
 Promover a integração entre o saber popular e a prática farmacêutica, reforçando a 
importância da orientação profissional no uso de fitoterápicos. 
 
METODOLOGIA 
 
 Para a realização do projeto foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo 
exploratória/descritiva, ao qual se baseia em buscar dados, pesquisar e catalogar os resultados. O 
trabalho foi realizado no município de Castanhal-PA, localizado a 75,2 km de Belém, com senso 
populacional de 192.256 (IBGE, 2022). 
 Foram realizadas entrevistas com pacientes que frequentam o posto de saúde do bairro 
através de um questionário especifico para a pesquisa. A entrega dos questionários e o convite 
para participar da pesquisa foi feita em ambos os sexos, utilizou-se como critério de inclusão: ter 
idade mínima de 18 anos e aceitar fazer parte da pesquisa. 
 Apesar da entrega dos questionários os pacientes/participante respondiam as perguntas de 
forma oral, sendo perguntas de “sim ou não” e algumas com respostas extensa, mas de curta frase. 
Além disso, algumas perguntas irão abordar a caracterização do público, conseguindo uma análise 
socioeconômica para relacionar informações aos conhecimentos dos moradores sobre uso de 
plantas medicinais, as plantas que conhecem, como as obtém, as plantas medicinais que mais 
utilizam e forma de preparo, e sua finalidade terapêutica. Foram entregues cerca de 100 
questionários para obtenção de resultados confiáveis para a pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1- Questionário usado na pesquisa 
Nome: ___________________________________________________________ Idade: ______ Sexo ( ) F ( ) M 
 
Data: Localidade: ( ) Rural ( ) urbana Tipo de trabalho: 
Faz uso de remédios caseiros (plantas medicinais)? ( ) sim ( ) não 
Acredita nos efeitos medicinais das plantas? ( ) sim ( ) não 
Qual você faz mais uso? Nome cientifico: 
Você tem conhecimento cientifico sobre essa planta? 
Ela já causou algum efeito adverso em você? 
Você faz uso frequente desse remédio? Quantas vezes ao dia/ semana? 
Como você adquiriu a planta? 
Você se informa sobre a planta medicinal com um profissional de saúde antes de usa-la: ( ) sim ( ) não ( ) as vezes 
Você indica o uso da planta? 
Quem indicou o uso desse vegetal: ( ) familiares, ( ) amigos, ( ) um desconhecido, ( ) Profissionais da saúde 
Parte da planta que é utilizada como Remédio: ( ) raiz ( ) casca ( ) folha ( ) fruta 
Fonte: Autores, 2025. 
 
Após a coleta de dados, os resultados foram catalogados e convertidos em unidades 
relativas (percentuais), considerando o totalde entrevistados, assim melhorando a interpretação. 
Em seguida, para tornar a visualização mais clara, os resultados foram organizados em tabelas 
e/ou gráficos, para a visualização da localização socioeconômica do participante. Devido ao grande 
número de questionários entregues é de se esperar uma grande quantidade de espécies citadas, 
dessa forma, foram selecionadas as 5 espécies mais mencionadas, adotando como critério aquelas 
que foram indicadas como plantas de uso terapêutico por mais de 5% dos entrevistados. 
Para avaliar a importância relativa das plantas utilizadas pela população da cidade de 
Castanhal, foi aplicado o cálculo do Porcentual de Concordância de Uso Principal (CUP), que 
consiste em dividir o número de entrevistados que citaram o uso principal pelo número total de 
entrevistados que mencionaram a espécie vegetal, multiplicando o resultado por 100, conforme 
descrito por Silva et al. (2021). 
Com os dados catalogados e calculados, foi realizado um levantamento bibliográfico acerca 
da sua eficácia e toxicidade, além de realizar testes químicos para saber em qual parte da planta 
(folha, caule e raiz) tem maior concentração do biocomposto. 
 
 
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 
 
Atividades a serem 
desenvolvidas no projeto 
(12 meses) 
Assinalar o mês em que a atividade será executada 
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 
Desenvolvimento, validação dos 
questionários e logística para 
aplicação 
x 
Aplicação dos questionários x x 
Organização e tabulação dos dados x x 
Pesquisa científica aprofundada 
sobre a eficácia, segurança e uso 
irracional das espécies mais citadas 
 x x 
Consolidação dos dados e 
cruzamento entre o saber popular e 
as evidências científicas 
 x x 
Análise laboratorial x x x x x 
Redação final do projeto/ conclusão x x 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE TRABALHO DO ACADÊMICO 
 
Atividades a serem desenvolvidas no projeto Plano de Trabalho para a atividade 
Desenvolvimento, validação dos questionários e logística 
para aplicação 
Ajuste das perguntas do questionário com o orientador 
Aplicação dos questionários 
Ir ao posto de saúde e captar participantes para 
responder 
Organização e tabulação dos dados Organizar através do Excel os resultados obtidos 
Pesquisa científica aprofundada sobre a eficácia, 
segurança e uso irracional das espécies mais citadas 
Pesquisas em canais acadêmicos sobre a veracidade do 
assunto 
Consolidação dos dados e cruzamento entre o saber 
popular e as evidências científicas 
Comparação dos resultados obtidos 
Análise laboratorial 
Analisar qual a parte da planta é mais rica em 
biocomposto 
Redação final do projeto/ conclusão Elaboração final do projeto e entrega do relatório 
 
RESULTADOS ESPERADOS 
 
Espera-se identificar e mapear de forma sistemática as principais espécies de plantas 
medicinais empregadas pela população local, destacando a frequência de uso e a diversidade 
botânica presente na região. Este levantamento deverá fornecer dados quantitativos robustos que 
subsidiem a caracterização etnofarmacológica do contexto estudado, contribuindo para a 
consolidação de um inventário regional das espécies mais relevantes. 
Espera-se também analisar criticamente as indicações terapêuticas atribuídas às espécies 
identificadas, confrontando os relatos populares com evidências científicas atualizadas. Este 
cruzamento permitirá verificar a consistência das práticas tradicionais, apontando potenciais 
lacunas de conhecimento, sobreposições terapêuticas e possíveis riscos de toxicidade ou 
interações medicamentosas relevantes para a saúde pública. 
Adicionalmente, o estudo deverá fomentar a proposição de estratégias para fortalecer a 
integração entre saberes tradicionais e a prática farmacêutica baseada em evidências, promovendo 
o uso racional e seguro de fitoterápicos. Espera-se que os resultados sirvam de subsídio para 
recomendações técnicas, elaboração de materiais educativos e futuras políticas de saúde que 
valorizem a fitoterapia de maneira crítica e responsável. 
Com base nos achados, espera-se ainda contribuir para o fortalecimento do papel do 
farmacêutico como agente educador e orientador no uso de plantas medicinais, ampliando sua 
atuação em ações de farmacovigilância e cuidado farmacêutico. O projeto deverá fornecer 
subsídios para a implementação de práticas mais seguras e eficazes no âmbito da fitoterapia, além 
de estimular novas pesquisas que aprofundem o conhecimento sobre as espécies mais relevantes 
identificadas na região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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saúde. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-
anvisa/2022/anvisa-reforca-riscos-do-uso-de-produtos-201cnaturais201d-irregulares. Acesso em: 
08-05-2025. 
 
ARGENTA, S. C; ARGENTA, L. C; GIACOMELLI, S. R; CEZAROTTO, V. S. PLANTAS 
MEDICINAIS: CULTURA POPULAR VERSUS CIÊNCIA. Vivências: Revista Eletrônica de 
Extensão da URI. Vol.7, N.12: p.51-60, Maio/2011. Disponível em: 
https://www.ufpb.br/nephf/contents/documentos/artigos/fitoterapia/plantas-medicinais-cultural-
popular-versus-ciencia.pdf. Acesso em: 05-05-2025. 
 
BRASILEIRO, B. GONÇALVES; PIZZIOLO, V. R; MATOS, D. S; GERMANO, A. M; JAMAL, C. M. 
Plantas medicinais utilizadas pela população atendida no “Programa de Saúde da Família”, 
Governador Valadares, MG, Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian 
Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 44, n. 4, out./dez., 2008. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/rbcf/a/TwBRyGvxZsHRXKvSBgdBYPc/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 
08-05-2025. 
 
CAMPOS, S.C; SILVA, C.G; CAMPANA, P.R.V; ALMEIDA, V.L. Toxicidade de espécies vegetais. 
Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.18, n.1, supl. I, p.373-382, 2016. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/rbpm/a/LYfYqbbr4vBXgGXfxxcqZqt/?lang=pt. Acesso em: 09-05-2025. 
 
DE MELO, D. B; DE MACEDO, L. M; DE ALMEIDA, I. O; PEREIRA, T. D. R. S; DA SILVA, T. M; 
LEAL, M. M. T; MELO, G. A; DE SANTANA, L. L. B. Intoxicação por plantas no Brasil: uma 
abordagem cienciométrica. Brazilian Journal of Development. Curitiba, v.7, n.4, p. 40919-40937. 
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Acesso em: 06-05-2025. 
 
DA SILVEIRA, P. F; BANDEIRA, M. A. M; ARRAIS, P. S. D. Farmacovigilância e reações 
adversas às plantas medicinais e fitoterápicos: uma realidade. Revista Brasileira de 
Farmacognosia Brazilian Journal of Pharmacognosy. Vol. 18. N.4. p. 618- 626. 2008. Disponível 
em: https://www.scielo.br/j/rbfar/a/dFRCmfPT94rZmrgLy3y4wYH/?format=pdf&lang=pt. Acesso 
em: 09-05-2025. 
 
DA ROCHA, Luiz Paulo Bezerra et al. Uso de plantas medicinais: Histórico e 
relevância. Research, Society and Development, v. 10, n. 10, p. e44101018282-e44101018282, 
2021. 
 
DA CONCEIÇÃO BARBOSA, Gleice; DA SILVA VALADARES, Cleonice; DA SILVA BRITO, Edna 
Antônia. LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR COMUNIDADES NA 
ZONA URBANA NO MUNICÍPIO DE MOJU/PA. ARACÊ, v. 7, n. 2, p. 9080-9098, 2025. 
 
FERREIRA, M. V; LEBUINO, L. P; SANTOS, J. S. Plantas medicinais de uso tradicional na região 
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Acesso em: 09-05-2025. 
 
FONTENELE, Laryany Farias Vieira; ROSAL, Louise Ferreira. Diálogos sobre a temática de 
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IBGE. População. Governo Federal. 2022. Disponível em: 
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/castanhal/panorama. Acesso em: 09-05-2025. 
 
MARQUES, P. A; MORIYA. M, M; SIMÃO. T, A; DIAS, G; ANTUNES. V, M, D, S; ROCHA. C, D, 
O. Prescrição farmacêutica de medicamentos fitoterápicos. Brazilian Journal of Natural Sciences 
(BJNS). Brasília. Edição 2. V.1. P1-9. 2019. Disponível em: 
https://bjns.com.br/index.php/BJNS/article/view/47. Acesso em: 05-05-2025. 
 
NOGUEIRA, Felipe Barboza; NOGUEIRA, Sabrina Barboza; CAMARGO, Ely Eduardo Saranz. 
EVIDÊNCIAS DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO 
ARTERIAL SISTEMICA. ARACÊ, v. 7, n. 1, p. 726-740, 2025. 
 
SINITOX. Dados de intoxicação 2016 e 2017. Fiocruz. 2016. Disponível em: 
https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais. Acesso em: 09-05-2025. 
 
 
 
 
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/castanhal/panorama
https://bjns.com.br/index.php/BJNS/article/view/47
https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais

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