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Teoria Exercícios Definição Até aqui você já viu integrais simples (definidas para funções de uma variável) e integrais duplas (para funções de duas variáveis). Agora vamos expandir mais ainda esse conceito: vamos definir as integrais triplas para funções de três variáveis . E você achou que não dava pra piorar, né? Calma, não é tão complicado quanto parece : ) Enquanto para as integrais simples o intervalo de integração infinitesimal era (um comprimento) e para as duplas era (uma área), para as triplas teremos um volume infinitesimal , que é representado assim: Sendo assim, a integral tripla de é definida dessa forma: Esse termo dentro do limite é a Soma Tripla de Riemann, muito semelhante com o que vimos para as integrais simples e para as duplas. E assim como vimos para as duplas, o método prático de calcular integrais triplas é através de integrais iteradas. Temos, então, o Teorema de Fubini para integrais triplas: 05. INTEGRAIS TRIPLAS " 4 5 6 4 4 5 4 5 6 � � " 4 5 6 " 4 5 6 � � � � "� � ∆ �� � � MJN ( �) �*¥Ì � %�� ( � &�� ) � '�� * 4 %&' 5 %&' 6 %&' " � HOME LIVROS RESOLVIDOS PLANOS JUNTE-SE A NÓS FALE CONOSCO Voltar CÁLCULO 3 Guia Provas 1. O Que São Integrais Duplas 2. Integrais Duplas Sobre Regiões Gerais 3. Mudança de Variáveis 4. Coordenadas Polares 5. Integrais Triplas Teoria Exercícios 6. Coordenadas Cilíndricas 7. Coordenadas Esféricas 8. Integrais de Linha - Caso Escalar 9. Integrais de Linha - Caso Vetorial 10. Teorema de Green 11. Campos Conservativos 12. Parametrização de Superfícies 13. Áreas de Superfícies 14. Integrais de Superfície - Caso Escalar 15. Integrais de Superfície - Caso Vetorial 16. Teorema de Stokes 17. Teorema de Gauss Ou seja, vamos integrar por etapas, em relação a , e . Da mesma forma que tínhamos mais de uma ordem de integração para as integrais duplas ( ou ), as triplas também podem ser escritas em mais de uma maneira. Na verdade, em seis maneiras! Você pode usar a que for mais conveniente para o exercício. Mas como calcular essas integrais? Seguindo o mesmo raciocínio que usamos para as integrais duplas: quando integramos em relação a uma variável, as outras serão tomadas como constantes. Exemplo: James Stewart, Cálculo Vol. 2, tradução da 6ª ed. Norte-americana, Rio de Janeiro: CENGAGE learning, 2010, pp. 941 Calcule a integral tripla , onde é a caixa retangular dada por: Passo 1: Podemos usar qualquer uma das seis ordens de integração, vamos escolher . Como já temos os intervalos de cada variável, é só jogar isso ai na integral. Nesse caso, a integral iterada passa a ser: Repare que varia de a , como escrevemos na integral de fora, varia de a , como está na integral do meio e varia de a , como na integral de dentro. Você tem que tomar muito cuidado para não confundir os intervalos! Passo 2: Começaremos integrando em relação a (integral de dentro): Passo 3: Agora vamos integrar em relação a : " 4 5 6 � � � � " 4 5 6 4 5 6� � � � " ! � � � � � 4 5 6 4 5 5 4 45 �� � � 6 � � � � \ 4 5 6 ]� Þ 4 Þ �� � à � Þ 5 Þ �� � Þ 6 Þ �^ 4 6 5 � � 45 4 6 5 � � � Ã� � � � � � � 6 � 5 Ã� � 6 � � 4 � � 4 � � � 6 5 � � � 6 5 �� � Ã� � � � 5 4 � � 6 � Î Î Î 4�� 4�� � � Ã� � � � 56 � � 6 6�� Passo 4: Finalmente, integraremos em relação a : Viu? É muito parecido com o que você fez até agora calculando integrais duplas! Tipos de regiões Tudo muito tranquilo até agora, né? É, lamento informar, mas dificilmente o volume em que você vai ter que integrar vai ser um bloco bonitinho como o do exercício anterior. Você precisa, então, aprender a integrar em regiões mais gerais e, para isso, é muito importante que você saiba como escrevê-las. Novamente, assim como fizemos para as integrais duplas, vamos definir alguns tipos de regiões de integração e mostrar como montar a integral em cada uma delas. Chamaremos essas regiões de . Regiões do Tipo I: são limitadas no plano por um uma área e em variam entre duas funções . Veja a figura abaixo: Em outras palavras, esse sólido tem como projeção em e é limitado em cima e embaixo por duas superfícies. Tais regiões podem ser escritas dessa forma: � � 5 � � 5 �� � Ã� 5 6 � � Î Î Î 6�� 6�� � � Ã� ��5 � 5 � � à � �5 � � Î Î Î 5�� 5�Ã� � g � � � � �� � � 45 � 6 " 4 �5 � 6 � 45 � � \ 4 5 6 ] 4 5 À �� � 4 5 Þ 6 Þ 4 5 ^ " � " � As integrais sobre esse tipo de região são montadas assim: A região é uma área que pode ser escrita tanto como tipo I ou II, como vimos nas integrais duplas. Por isso, não separamos a integral dupla em integral iterada, dependendo do exercício, esse será substituído por ou por . Regiões do Tipo II: são limitadas no plano por uma área e em variam entre duas funções , como na figura abaixo: Matematicamente, essas regiões podem se escritas assim: As integrais serão montadas dessa forma: Regiões do Tipo III: são limitadas no plano por uma área e em variam entre duas funções , como podemos ver na figura: " 4 5 6 � � � " 4 5 6 6�� �� � � � � � � 4 5 " � 4 5 " � � � 4 5 5 4 46 � 5 # 4 �6 � 5 � � \ 4 5 6 ] 4 6 À �� � 4 6 Þ 5 Þ 4 6 ^# � # � " 4 5 6 � � � " 4 5 6 5�� �� � � � � � � 4 6 # � 4 6 # � 56 � 4 $ 5 6 � 4 Seguindo o mesmo raciocínio dos itens anteriores, esses sólidos podem ser descritos dessa forma: E as integrais sobre essas regiões serão feitas assim: Talvez você esteja achando isso um pouco abstrato por enquanto, vamos ver um exemplo para entender melhor! Exemplo: James Stewart, Cálculo Vol. 2, tradução da 6ª ed. Norte-americana, Rio de Janeiro: CENGAGE learning, 2010, pp. 943 Calcule , onde é o tetraedro sólido delimitado pelos quatro planos , , e . Passo 1: Vamos começar fazendo um esboço da figura, para visualizar melhor. Dica: desenhe o plano fazendo sua interseção com os três eixos coordenados (temos , e ) depois ligue esses pontos. � � \ 4 5 6 ] 5 6 À �� � 5 6 Þ 4 Þ 5 6 ^$ � $ � " 4 5 6 � � � " 4 5 6 4�� �� � � � � � � 5 6 $ � 5 6 $ � 6� �� � � � 4 � � 5 � � 6 � � 4 � 5 � 6 � � 4 � 5 � ��¥ 6 � � 4 � 6 � ��¥ 5 � � 5 � 6 � ��¥ 4 � � Se você reparar, essa região pode ser escrita como qualquer um dos 3 tipos, pois o domínio pode ser o triângulo retângulo em , ou mesmo em . Vamos optar por escrevê-la como tipo I. Mas quem são e ? Vamos com calma aqui. Embaixo, o sólido é limitado pelo plano , ou seja, por . Em cima, temos a equação do plano, que deve ser escrita em função de e , isolando o “ ”. Teremos: . Passo 2: Ótimo, agora só falta descobrir quem é .Quando você for escrever integrais triplas, é uma boa fazer dois esboços, um do sólido em , como já fizemos e outro em apenas do domínio. Essa é a “base” do sólido: Mas como descobrir a equação dessa reta em vermelho? Perceba que essa reta é onde o plano corta o plano , representado por . Então, basta substituir na equação do plano! Teremos . Agora, da mesma forma que você fez com integrais duplas, precisamos escrever essa área como tipo I ou II. Vamos optar pelo tipo I. Teremos, então: Passo 3: A integralpassa a ser, então: � 45 46 56 � 6 6�� �� � � � 4 5 " � 4 5 " � 4 5 � 6" � 4 5 � 6" � 45 6 � � 4 5 6 6 � � à 4 à 5 � 6 6�� �� � � � �Ã4Ã5 � � �� �� 6 � � à 4 à 5 45 6 � � 6 � � � � � à 4 à 5 � � \ 4 5 ]� Þ 4 Þ ��� � Þ 5 Þ � à 4^ � �Ã4 �Ã4Ã5 Cuidado com a ordem dos diferenciais! Ela tem que estar de acordo com os limites de integração. Passo 4:Vamos integrar primeiro em relação a : Passo 5: Agora, em relação a : Passo 6: E, finalmente, em relação a : Percebeu que a parte mais chata é montar a integral, né? Depois fica mais tranquilo! Algumas superfícies importantes De agora em diante, vamos trabalhar muito com equações de superfícies, então, se você não se lembra muito bem dessa matéria, é uma boa ideia dar uma revisada! Você deve saber reconhecer pelo menos as mais comuns em questões de integrais triplas. De qualquer forma, vamos te dar aqui umas dicas do que é mais importante para essa matéria. Planos Você sabe reconhecer um plano? Vamos relembrar sua equação geral: Portanto, quando a superfície é dada por uma equação com termos , e elevados a , temos um plano. Nós já vimos na questão acima como desenhar um plano encontrando os pontos onde ele corta os eixos coordenados. Mas, em alguns casos, você não vai encontrar esses pontos porque o � 6 6 5 4� � � � �Ã4 � � �Ã4Ã5 � 6 � 5 4 � � 5 4 �� � � � �Ã4 � 6 � � Î Î Î 6��Ã4Ã5 6�� � � � � �Ã4 � � à 4 à 5 � � 5 � à 4� � 4 � � � � � � � à 4 à 5 � � Î Î Î 5��Ã4 5�� � � � � � � à 4 � 4 �� à g � � � � � à 4 � � Î Î Î � � � �� �4 � �5 � �6 � � � 4 5 6 � � � � � plano não corta todos os eixos. Isso acontece quando temos algum coeficiente , ou igual a zero. Por exemplo, . Nesse caso, você deve fazer o seguinte: desenhe a reta pertencente ao plano ; como a equação não tem o termo , quer dizer que ela vale para qualquer valor dessa variável, então “repita” essa reta ao longo de (para cima e para baixo), formando um plano. Cilindros Um cilindro nada mais é do que uma curva que se repete ao longo de um eixo. Vamos explicar! O cilindro mais conhecido é o de base circular, que é a repetição de uma circunferência ao longo do seu eixo de simetria, seja , ou . Mas também podemos ter outros tipos de cilindros, quando uma equação do “não possui” uma das variáveis , ou . Por exemplo: . Essa expressão representa uma parábola do , não é? No , como não existe o termo na equação, temos essa parábola “repetida” ao longo do eixo , a mesma ideia que acabamos de ver para os planos. Então, sempre que alguma variável estiver ausente na equação da superfície, temos um cilindro! Esferas Você encontrara muito essa superfície! Só para lembrar, a equação geral da esfera é essa: Esse é o raio da esfera. Então, sempre que tivermos as três variáveis elevadas ao quadrado e com o coeficientes positivos, temos uma esfera. Se esses coeficientes não forem iguais entre si, temos um elipsoide, que é uma esfera “deformada”, como um ovo. Cones Também vamos encontrar muito com eles! A sua equação geral é essa: � � � 4 � 5 � � � � 4 � 5 � � � � 45 � 6 � 6 4 5 6 � � 4 5 6 � 54 � � � � � 6 6 � � �4 � 5 � 6 � . � . � � � � �4 � 5 � 6 � Portanto, temos novamente as três variáveis elevadas ao quadrado, mas dessa vez os sinais dos coeficientes não são iguais, também não temos nenhum número independente, como o . Lembre- se disso: o eixo de simetria é sempre o termo “diferente”, no caso desse cone é o , o único que está do outro lado da equação (pois está multiplicado por um termo negativo). Poderíamos ter também um cone ao longo do eixo , por exemplo, . Paraboloides elípticos Os paraboloides são mais fáceis de reconhecer, pois temos só alguns termos elevados ao quadrado. A equação de um paraboloide elíptico com eixo de simetria em é: Ou seja, temos duas variáveis elevadas ao quadrado com o mesmo sinal. Sabemos que o eixo de simetria é o porque esse é o único termo que não está elevado ao quadrado. Importante! Muitas vezes você não vai encontrar as superfícies nessas formas que vimos aqui, nesses casos, você deve “arrumar” a equação de alguma forma que você consiga reconhecer, passando termos para o outro lado da equação, elevando raízes ao quadrado, etc. Pode acontecer de você encontrar algo assim: . Nesse caso, o primeiro passo que você deve tomar é reescrever a equação, não tente adivinhar que superfície é essa antes de fazer isso. Quando temos um termo elevado ao quadrado e outro elevado a da mesma variável, quer dizer que a superfície está deslocada da origem, então, você deve completar esse quadrado para achar o seu centro. Dessa forma: Veja que, quando escrevemos o termo , acrescentamos esse termo ao lado direito da equação, portanto, fizemos o mesmo no lado esquerdo. A superfície é, então, um . � 6 4 � � � � �4 � 5 � 6 � 6 6 � � 4 � � � 5 � � � 6 6 � � �4 �4 � 5 � � �4 � � � � �4 6 � � �4 � �� ¥ 6 � � � �4 � 5 � 4 � � � 5 � � � �4 � � 4 � � � 4 � � � � Ir para Exercícios Pular para Próximo Capítulo paraboloide centrado em . Agora vamos para os exercícios de fixação! Ã� �� � à � Políticas de Privacidade Termos de Uso Time Planos Procon RJ
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