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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CLÍNCO DE PSICODEPAGOGIA
RIO BRANCO DO SUL
2012
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CLÍNCO DE PSICODEPAGOGIA
Relatório de Estágio Clínico, apresentado como requisito parcial para obtenção do título especialista no curso de pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional, na modalidade à distância, da Faculdade Internacional de Curitiba - Facinter.
Profª Me Mari Ângela Calderari Oliveira
RIO BRANCO DO SUL
2012
FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
Relatório Final de Estágio de Psicopedagogia Institucional apresentado à Faculdade Internacional de Curitiba – Facinter, do curso de especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional.
Nota:________________ ( ) A= Aprovado ( ) R= Reprovado
_______________________________________
Profª. Orientadora
Me Mari Ângela Calderari Oliveira
RIO BRANCO DO SUL
2012
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................
	06
	2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................
	07
	2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ....................................................................
	07
	2.2 DADOS DO AVALIANDO ......................................................................................
	07
	2.3 REGISTRO DA QUEIXA .........................................................................................
	07
	2.4 REGISTRO DESCRITIVO DOS ENCONTROS REALIZADOS ...........................
	08
	2.4.1 Visitas a Escola .......................................................................................................
	08
	2.4.2 Observação do Sujeito no Recreio ..........................................................................
	08
	2.4.3 Observação do Sujeito no Sala de Aula ..................................................................
	08
	2.4.4 Entrevista ou Relatório dos Professores ..................................................................
	08
	2.4.5 Histórico Escolar .....................................................................................................
	09
	2.4.6 Anamnese ................................................................................................................
	10
	2.4.7 Observação exploratória .........................................................................................
	10
	2.4.8 Elaboração do primeiro sistema de hipóteses .........................................................
	10
	2.4.9 Área Cognitiva ........................................................................................................
	11
	2.4.10 Área Emocional .....................................................................................................
	11
	2.4.11 Área Funcional ......................................................................................................
	12
	2.4.12 Habilidades acadêmicas: leitura, escrita, matemática ...........................................
	12
	2.5 INFORME PSICOPEDAGÓGICO ...........................................................................
	12
	2.6 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ...........................................................................
	17
	2.7 DEVOLUTIVA AOS PAIS .......................................................................................
	18
	2.8 DEVOLUTIVA À ESCOLA AO ALUNO ...............................................................
	18
	2.9 DEVOLUTIVA À ESCOLA .....................................................................................
	19
	CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................
	20
	REFERÊNCIAS .............................................................................................................
	21
	ANEXOS .........................................................................................................................
	22
1. INTRODUÇÃO
O seguinte trabalho relata um estudo do caso realizado com um aluno que frequenta o Ensino Fundamental numa escola da rede municipal de ensino. No decorrer do mesmo, serão levantadas hipóteses diagnosticadas a partir da entrevista com a professora e com a família, instrumentos de testagem psicopedagógica, observações e visitas à escola. Com as informações e aprendizagens que as disciplinas do curso de Psicopedagogia proporcionaram, busca-se identificar qual a causa que leva este educando as suas dificuldades.
Serão destacadas algumas medidas de intervenção que poderão ser realizadas para atendimento deste aluno. Descrevem a aplicação da avaliação psicopedagógica, as técnicas de intervenção e encaminhamentos multidisciplinares.
O principal objetivo desse trabalho é aliar a teoria ao exercício da prática, bem como possibilitar o ensaio no papel de psicopedagogo. Instiga também a reflexão sobre atitudes inclusivas, no sentido de destacar cada vez mais as habilidades e possibilidades que cada aluno tem, considerando a aprendizagem como processo de desenvolvimento gradativo e contínuo.
Este estudo tem finalidade de divulgar a necessidade de identificar com clareza casos como desta criança e destacar a possibilidade de tratar com atenção adequada buscando a parceria entre psicopedagogia, a família e a escola.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A instituição na qual foi realizado o estágio recebe o nome de: Escola Municipal Profª Maria Elisa Cruz, situa-se à Rodovia dos Minérios Km 27, número 60, bairro Santaria, CEP 83540-000, na cidade de Rio Branco do Sul no estado do Paraná, telefone (41) 3652-6788. A escola possui 250 alunos e atende o Ensino Fundamental. Os turnos se dividem em: manhã e tarde.
A escola possui 4 salas de aula, 1 secretaria, 1 sala de professores, 1 sala de supervisão, 1 biblioteca, 1 laboratório de informática, 1 refeitório, 1 cozinha, 2 banheiros sendo um feminino e um masculino, 1 quadra, 1 pátio.
Atualmente possui 10 professores, uma diretora, 1 vice diretora, 1 pedagoga, 1 secretária, 4 serventes de limpeza, 1 cozinheiras.
A proposta pedagógica é baseada nos princípios norteadores de uma escola voltada para a gestão democrática no que se refere ao currículo, à avaliação e a convivência para a construção da sua Proposta Político-Pedagógica.
2.2 DADOS DO AVALIANDO
P.P.L. nascida em 25 de janeiro de 2003, atualmente com 9 anos de idade, filha de B.D.R. do sexo feminino, cursa o quarto ano do ensino fundamental não sendo repetente.
2.3 REGISTRO DA QUEIXA 
Visão da Escola - A aluna tem apresentado dificuldades com relação à leitura e Interpretação. Demonstra pouca concentração durante a realização das tarefas em aula. Precisa de intervenção constante para que não perca o foco do trabalho. Ainda é muito lento com relação ao ritmo de trabalho do grupo. Os registros no caderno ainda são desorganizados, mas a letra aos poucos está tomando forma.
Visão da Família – Muito distraída, não se concentra, sem compromisso com as tarefas da escola, a leitura é lenta, não compreende o que lê.
2.4 REGISTRO DESCRITIVO DOS ENCONTROS REALIZADOS
2.4.1 Visitas à escola
Durante as visitas a escola, observou-se um acolhimento considerável, desde o primeiro contato para o aceite na realização do estágio.
Quanto à organização física da escola pode-se dizer satisfatória, pois conta com os “Projeto + Educação” onde os alunos têm a oportunidade de participar de oficinas de Letramento, dança, saúde. Projeto Meio Ambiente, Projeto Futebol, Aulas de violão, onde são servidos café e almoço, Projeto Ler e Pensar.
Na conversa com a professora, foram pontuadas as principais características e dificuldades da aluna escolhidopara a avaliação psicopedagógica.
2.4.2 Observação do sujeito no recreio
Ao receber o nome da aluna, sem que ele soubesse, iniciou-se a observação durante o recreio. Gosta de brincar com o grupo de colegas de sua turma e de outras turmas. Conversa, combina as brincadeiras, mas apenas como ouvinte, não demonstrando perfil de liderança, acatando as opções escolhidas pelo grupo.
2.4.3 Observação em sala de aula
Como foi relatada na visão da escola a aluna apresenta dificuldades com a leitura e Interpretação, não tem concentração durante as atividades, onde a professora chama-lhe atenção para o término das atividades, por este motivo senta na carteira da frente, tem uma boa interação com os demais alunos da sala. 
2.4.4 Entrevista ou relatório dos professores
A P.P.L. tem apresentado dificuldades com relação à leitura e interpretação, o que de fato compreende todas as áreas por ser uma das principais habilidades da série. Desde o início do ano letivo tenho conversado com sua mãe alertando-a sobre a necessidade de um acompanhamento (extraclasse) permanente a ser realizado no sentido de auxiliar, principalmente na realização das tarefas de casa.
Ela demonstra pouca concentração durante a realização das tarefas em sala de aula. Precisa de intervenção constante para que não perca o foco do trabalho.
Costuma “não ouvir” as orientações dadas pela professora, sendo necessário repeti-la individualmente. Agora já tem maior autonomia para dizer ou perguntar em voz alta o que não entendeu ou o que gostaria de perguntar. Ainda é muito lento com relação ao ritmo de trabalho do grupo. Os registros no caderno ainda são desorganizados, mas a letra aos poucos está tomando mais forma. Aprecia as tarefas que envolvem cálculos e evita qualquer situação que necessite ler ou interpretar códigos ou informações.
É uma menina muito solícita, meiga e diria até “ingênuo” pelas características de travessuras e molecagens. A P.P.L e o grupo se encontram em momentos distintos em seus processos de maturação e cognição. Ela ainda precisa finalizar a etapa anterior para assumir com maior autonomia os desafios do ano. Relaciona-se bem com os colegas e com a professora. Participa das brincadeiras, mas prefere aquelas que não lhe exijam muita concentração ou tolerância a regras.
A mãe acompanha e vivência atentamente este momento escolar da P.P.L.
Está ciente das dificuldades da menina desde o início do ano letivo e em razão de seu empenho, a P.P.L. conseguiu melhoras significativas com relação ao seu processo de aprendizagem.
2.4.5 Histórico escolar
A aluna entrou na escola onde está atualmente aos seis anos, tendo adaptação difícil relacionada à metodologia e a proposta de alfabetização silábica.
Neste período houve constantes trocas de professoras e a passagem do turno da tarde para manhã.
Consequentemente, em seu processo de alfabetização tumultuoso, houve questões consideráveis de vínculo afetivo, não possibilitando a adaptação no ambiente escolar.
2.4.6 Anamnese
De acordo com a mãe de P.P.L. ela é o segundo filho do segundo casamento, sendo uma gravidez acidental. Nasceu de parto cesáreo, transcorrendo normalmente, chorou logo ao nascer, porém permanecendo na incubadora uma semana por icterícia.
Seu desenvolvimento foi se decorrendo normalmente por fases que correspondem aos determinados períodos do crescimento. P.P.L. não conhece o pai, o mesmo não registrou a filha.
Foi amamentada até os cinco anos de idade. Iniciou-se o desmame logo após, pois segundo a mãe, achava constrangedor e estava preparando-o para a entrada na escola. Dorme na cama da mãe.
No ano passado apresentou terror noturno e soniloquismo, num momento conturbado, pois na época, a mãe estava passando por problemática com a filha mais velha que apresentou rebeldia, criando conflitos familiares.
2.4.7 Observação exploratória – EOCA
No início da entrevista, P.P.L. demonstrou tranquilidade mesmo sabendo que estava sendo avaliado. Ouviu atentamente as consignas, observou o material disposto e logo iniciou a atividade optando por desenhar.
Verbaliza pouco, mas quando o faz, é concisa, direta e objetiva. Em alguns momentos olhava para constatar se estava sendo observado. Demonstra lentidão na realização da atividade e dava preferência por desenhar.
Na composição do desenho apresentou traços firmes e leves, demonstrando consciência do que desenhou.
2.4.8 Elaboração do primeiro sistema de hipóteses
Ao reunir os resultados obtidos durante todo o processo de investigação à queixa inicial, podemos entender o que sinaliza o sintoma: um comportamento expresso pela lentidão, desinteresse e falta de autonomia. Sendo assim, perceber o ser integral possibilita entender o que ela traz em sua essência, o que ela apresenta como comportamento destoante e que surpreende a escola e a família. 	O indivíduo em estudo traz um histórico de vida marcado por:
* Debilidade do vínculo paterno bem como carências quanto ao suprimento de suas necessidades básicas no que diz respeito ao afetivo;
* Construção de baixa auto estima produzida pelo recorrente fracasso escolar;
* Inadequação pedagógica no período da alfabetização favorecida por um modelo de aprendizagem limitado ao princípio de acomodação cognitiva, descontextualizado e pautado no estímulo à dependência e nos recursos básicos da memorização.
A hipótese diagnóstica evidencia obstáculos que diz respeito à falta de conhecimento de determinados conteúdos que permita ao sujeito novas elaborações do saber. Revela obstáculos relacionados à vinculação afetiva que se estabelece com as situações de aprendizagem, podendo se apresentar de diferentes formas no contexto escolar. O educando apresenta uma modalidade de aprendizagem em desequilíbrio quanto aos movimentos de assimilação e acomodação, sintomatizada na hipoacomodação. Suas dificuldades estão interpostas na leitura e na interpretação.
2.4.9 Área Cognitiva
No nível cognitivo, a aluna encontra-se em transição do pré-operatório para o operatório concreto. Quanto à leitura, seu nível é silábico-alfabético.
Demonstra imaturidade cognitiva.
2.4.10 Área Emocional
A falta de seu próprio espaço na casa, a deixa insatisfeita. Seu vínculo com a mãe é ótimo, porém o apego excessivo por parte dela, extrapolando em seu limite e não consegue perceber que sufoca sua filha a ponto de ser responsável pela insegurança e demasiada dependência de P.P.L.
2.4.11 Área Funcional
Não apresenta dificuldades relacionadas à área funcional.
2.4.12 Habilidades acadêmicas: leitura, escrita, matemática
Estes encontros foram fundamentais para a conclusão do diagnóstico psicopedagógico considerando que a maior dificuldade observada seria na leitura e escrita.
No ditado topológico P.P.L. demonstrou domínio no entendimento das orientações ditadas. Efetuou todas as etapas do teste, posicionando de maneira correta o desenho dos objetos na folha, raciocinando de forma lógica e coerente no que diz respeito à distribuição, tamanho e ordenação. Nos testes de desempenho lógico matemático demonstrou domínio total do sistema de contagem oral e escrito, reconhece os números e ordena-os de forma correta, porém em histórias matemáticas onde o nível de exigência é interpretativo, não demonstra interesse.
Quando se trata de produzir com a escrita, se nega, alegando que não consegue.
2.5 INFORME PSICOPEDAGÓGICO 
I. Dados do avaliando:
Nome: P.P.L.
Data de nascimento: 25/01/03
Idade na avaliação: 9 anos e 04 meses
Estabelecimento de Ensino: Escola Municipal Profª Maria Elisa Cruz
Ano: 4º ano
	Mãe: B.D.R.
II. Motivo da avaliação:
A aluna P.P.L. foi encaminhada pela escola para uma investigação psicopedagógica com a seguinte queixa: “O aluno tem apresentado dificuldades com relação à leitura e interpretação. Demonstra pouca concentração durante a realização das tarefas em aula, a mãe diz que é muito distraída, não se concentra, sem compromisso com as tarefas da escola, a leitura é lenta,não compreende o que lê. Precisa de intervenção constante para que não perca o foco do trabalho. Ainda é muito lento com relação ao ritmo de trabalho do grupo. Os registros no caderno ainda são desorganizados, mas a letra aos poucos está tomando forma”.
III. Período de avaliação e número de sessões: 
A avaliação teve início no dia 07 de março de 2012 e finalizou em 18 de maio de 2012, com a realização de dezesseis sessões, com duração de 60 minutos, totalizando 12 horas de análise diagnóstica, assim descritas: 
1ª sessão: - Entrevista com a equipe da escola; 
2ª sessão: – Entrevista com a professora e registro da queixa; 
3ª sessão: – Anamnese com a presença da mãe; 
4ª sessão: – EOCA; 
5ª sessão: – sessão lúdica; 
6ª sessão: – Provas Piagetianas;
 7ª sessão: – Provas Piagetianas; 
8ª sessão: – Provas Projetivas; 
9ª sessão: – Prova de leitura com e sem imagem; 
11ª sessão – Provas Pedagógicas; 
12ª sessão: – Provas Pedagógicas; 
13ª sessão: – Provas Pedagógicas; 
14ª sessão: – Provas pedagógicas envolvendo matemática; 
15ª sessão: – Análise do material escolar; 
16ª sessão: Devolutiva.
IV. Instrumentos utilizados;
Anamnese;
 Ditado topológico;
EOCA – Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem;
Provas Piagetianas: conservação de massa, conservação de superfície, conservação de quantidade de líquidos, conservação de peso, seriação de palitos, inclusão de classes, intersecção de classes; 
Provas projetivas: domínio escolar (A planta da sala de aula) e domínio familiar (A planta da minha casa); 
Leitura com imagem;
Leitura sem imagem;
Provas pedagógicas envolvendo leitura e escrita;
Provas pedagógicas envolvendo matemática;
Análise do material escolar.
V. Análise dos resultados 
Área Pedagógica
a – Matemática: não apresenta dificuldades.
b – Leitura: não houve dificuldades na leitura de palavras. Na observação da leitura ficou evidente pouca fluência, lendo devagar e palavra por palavra. Porém, ao ser indagado sobre o texto que leu, não soube interpretar.
c – Escrita: na produção de textos tem dificuldades na organização de ideia, negando-se escrever livremente. Quando copia ou lhe é ditado palavras e frases, observam-se poucas falhas ortográficas. Usa letra maiúscula no inicio de frases, porém esquece o uso da pontuação.
Área Cognitiva: apresenta oscilações no nível cognitivo, atingindo nas provas Piagetianas nível dois, o que evidencia a transição do estágio pré-operatório para o estágio operatório concreto.
Linguagem: não demonstra dificuldades referentes à dicção ou reconhecimento de letras e palavras.
Área Afetiva: o educando é bastante carinhoso e afetuoso. Seu vínculo com a aprendizagem ainda não se estabeleceu, mas gosta de estar na escola. Quanto ao convívio familiar, sua relação com a irmã mais velha, às vezes, é conflituosa, pois gostaria de ter seu espaço (quarto), como o da irmã, com cama, computador, etc. Mora com a mãe, e quando surgem assuntos relacionados ao P.P.L. a serem tratados com o pai, há divergências e situações conflituosas. O vínculo que estabelece com o meio geográfico que mora com a família é pobre e sem detalhes, o que leva ao espaço inadequado para realizar aprendizagens e para estudar.
Social: é tímida, mas gosta de interagir com os outros.
Psicomotora: não apresenta dificuldades psicomotoras e seu desenvolvimento é adequado.
VI Parecer Diagnóstico (exemplo no AVA)
P.P.L. tem nove anos e frequenta o quarto ano na Escola Municipal Profª Maria Elisa Cruz, da rede municipal de ensino, apresentando dificuldades na leitura e interpretação. 
Ao analisar os resultados obtidos durante todo o processo de investigação à queixa inicial podemos entender o que sinaliza o sintoma: desatenção, dificuldade de interpretação, desinteresse, imaturidade. 
No aspecto cognitivo, seu nível de pensamento está em transição do estágio pré-operatório para o operatório concreto, momento que acontecem as mudanças nas estruturas cognitivas identificando o passo de um estágio para outro, elementos do estágio antecedente e do estágio para o qual o desenvolvimento se conduz. 
Este nível de transição caracteriza-se por uma instabilidade no uso das operações lógicas utilizadas para descrever ou operar sobre a realidade, apresentando tanto características de um nível como de outro.
Do ponto de vista afetivo apresenta condições de relacionamento adequado, porém no vínculo familiar, existem algumas lacunas na estrutura e na dinâmica. Não manifesta motivação para a aprendizagem.
Constatou-se que, momentaneamente, obstáculos relacionados à vinculação afetiva que se estabelece com as situações familiares, principalmente com a mãe, têm gerando sentimentos de insegurança e falta de autonomia.
No aspecto funcional sua motricidade global é ótima, movimenta-se bem, seu equilíbrio é bom, apresenta motricidade fina de acordo com o esperado para sua idade, tem facilidade para compor desenhos convenientes e elaborados. Sua lateralidade é destra.
Tratando-se da análise pedagógica, apresenta domínio dos conceitos básicos: espacialidade, tempo, entre outros, cores e formas. Em relação à leitura, reconhece vogais e consoantes, mas seu ritmo é silabado. Na escrita, situa-se no nível silábico-alfabético, ocasionalmente com falhas ortográficas comuns a etapa escolar. Em matemática, resolve adições e subtrações contando nos dedos.
VII Prognóstico
O avaliando possui bom nível intelectual, porém necessita de maior estímulo nas atividades que envolvem leitura e interpretação. Encontra-se em um nível cognitivo abaixo de sua idade cronológica. É bastante desatenta. 
É necessário que tenha a oportunidade de se sentir como alguém capaz de aprender e que sejam estabelecidas novas vinculações com a aprendizagem escolar.
Cabe à família e a escola proporcionar estímulos significativos para que P.P.L. estruture novas formas de pensar o mundo, oferecendo condições de uma aprendizagem que o realize como indivíduo capaz de ler e interpretar o mundo favorecendo o desejo de conhecer e saber.
VIII Recomendações e Indicações 
Para melhoria no desempenho de P.P.L. algumas recomendações e indicações são necessárias:
- À FAMÍLIA: deve estabelecer uma rotina de estudo para o educando com horário e local apropriado. As atividades enviadas para casa devem ser realizadas efetivamente e com acompanhamento, a fim de melhorar o rendimento escolar de P.P.L., oportunizar o envolvimento nas atividades que exijam o uso de práticas sociais do uso da escrita como bilhete para a mãe ou professora, identificação do assunto de correspondências, leitura de conta de luz, água, telefone, etc.
Sugere-se que a mãe esclareça questionamentos sobre o pai, no sentido de situar P.P.L., para que ela saiba de onde veio quem era o pai, como ele e a mãe se conheceram e a tiveram. Sendo mais otimista, procurar esse pai para que P.P.L. o conheça e de repente proporcionar a figura paterna em momentos importantes da vida de P.P.L. tais como: aniversário, reuniões escolares, festas na escola, passeios de finais de semana, etc.
A mãe deve realizar uma avaliação para acompanhamento psicológico.
- A ESCOLA: acompanhamento extraclasse para retomada de suas aprendizagens, reformulação de exigências e intensificação na leitura através do lúdico e matérias de interesse do aluno (gibis, revistas, histórias em quadrinhos, etc.).
2.6. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO (com detalhamento das atividades)
 Tema: Leitura e escrita: uma forma divertida de aprender.
Justificativa: O educando precisa ressignificar seu relacionamento com o aprender. Este trabalho mostrará para o educando que o aprender a ler e escrever pode ser muito divertido.
Atividades:
As atividades que foram desenvolvidas com P.P.L. foram todas lúdicas pela necessidade observada que o educando tem de brincar. Foram desafiadoras para atraí-lo e envolvê-lo. Os jogos psicopedagógicos são os mais indicados em um primeiro momento. Utilizei os seguintes jogos:
Imagem e Ação (envolve leitura einterpretação além de trabalhar a expressão corporal e criatividade);
Senha (utiliza leitura, criatividade e aumenta o vocabulário);
Na sequência trabalhei com livros e histórias infantis, pois o educando mostrou grande interesse por livros durante as sessões do diagnóstico.
Atividade como reescrever o final da história foi bem importante.
As atividades propostas para a intervenção de P.P.L. devem ser revistas a cada sessão.
Como possui relação muito negativa com o aprendizado são interessantes atividades inovadoras a cada encontro. É importante também que ela tenha liberdade de decidir entre várias atividades, pois isto elevará sua autoestima e desenvolverá sua criatividade.
2.7. DEVOLUTIVA AOS PAIS 
Realizou-se um encontro com a mãe para conversarmos sobre a devolutiva da avaliação psicopedagógica de P.P.L., que se manteve atenta ao ouvir as questões levantadas. Comprometeu-se a seguir as recomendações e orientações.
2.8. DEVOLUTIVA À ALUNA 
Iniciamos uma conversa informal sobre sua opinião dos encontros realizados.
Seu relato demonstrou satisfação em ter realizado o período de avaliação psicopedagógica. A partir disso, iniciou-se o relato de suas dificuldades e seu potencial para superá-las. Demonstrou disposição e interesse no esforço em alcançar o êxito para sanar tais dificuldades.
2.9. DEVOLUTITVA À ESCOLA
Marcou-se um encontro com a professora e a equipe pedagógica e através de uma conversa informal, foi relatado o parecer psicopedagógico, as recomendações e indicações, o prognóstico e a proposta de intervenção.
A professora demonstrou estar disposta a contribuir e a equipe pedagógica se propôs acompanhar o decorrer do processo de P.P.L.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio permitiu verificar a preciosa contribuição da psicopedagogia quando aguça o olhar e a escuta diferenciados ao entender o que se passa com cada sujeito e quais as questões que impossibilitam o aprender, ponto de partida de toda e qualquer intervenção que acontece de forma distinta para cada sujeito em suas peculiaridades.
O papel desempenhado pelo psicopedagogo é fundamental, pois intervir na vida de crianças, adolescentes e adultos com suas dificuldades, acarreta a responsabilidade de estimular a superação de suas limitações e trazer de volta sua autoestima, sua satisfação e o prazer em aprender.
São recompensas inestimáveis ao profissional que busca reconhecer-se como um sujeito que se aventura de forma responsável, com desafios que permitem a ressignificação do processo de ensino e aprendizagem.
Mediar o processo de aprendizagem não é tarefa fácil, pois demanda uma postura de comprometimento na função avaliativa, interventiva e preventiva.
Considera-se a atuação psicopedagógica como uma possibilidade de levar o sujeito a perceber suas limitações, valorizar suas capacidades, permitindo que se torne consciente e ativo no seu próprio processo de aprendizagem, quando descobre o prazer e a alegria de aprender e conhecer.
Através deste trabalho pode-se concluir que, cada vez mais, devemos nos tornar mais sensíveis na atuação psicopedagógica, percebendo nas entrelinhas do que é manifesto e do silêncio, um olhar e uma escuta diferenciada.
É lançado o desafio de “atender a demanda do sujeito e auxiliá-lo no resgate da sua possibilidade de aprender.” (GRASSI, 2009, p.138).
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Cora Coralina
REFERÊNCIAS
BALESTRA, Maria Marta. A psicopedagogia em Piaget: uma ponte para a educação da liberdade. Curitiba: Ibpex, 2007.
BARBOSA, Laura Monte Serrat. Intervenção psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: Ibpex, 2010.
GRASSI, Tânia Mara. Psicopedagogia: um olhar, uma escuta. Curitiba: Ibpex, 2009.
LOPES, Shiderlene V. de A. O processo de avaliação e intervenção em psicopedagogia. Curitiba: Ibpex, 2008.
ANEXOS
ES
 1 (uma) atividade da EOCA;
 2 (duas) provas projetivas;
 1 (uma) prova pedagógica (dependendo da queixa).

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