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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Jeane França
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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A história das Ciências Psicológicas remonta à Filosofia das 
Ciências. A Neuropsicologia do Desenvolvimento como uma subes-
pecialidade científica e clínica que “combina o estudo do desenvolvi-
mento do cérebro com o estudo do desenvolvimento comportamental”. 
Através de pesquisas e metodologias clínicas, é possível identificar 
as mudanças que ocorrem entre atividade cerebral, linguagem e com-
portamento durante a infância e a adolescência. É uma relação que 
aparece em mudanças contínuas e mostra o impacto que estímulos 
e ambientes educacionais têm no desenvolvimento do cérebro. No 
entanto, a experiência psicopedagógica mostra que a transcrição do 
conhecimento neuropsicológico quantitativo para estratégias psicope-
dagógicas cognitivas e para os processos qualitativos da linguagem 
e do pensamento é um processo complexo, devido à dificuldade de 
encontrar as relações concretas entre o funcionamento sináptico do 
cérebro e os processos cognitivos. No presente estudo, trataremos a 
respeito da Macroscopia do Sistema Nervoso Central, bem como do 
método clínico em Neurologia: Anamnese, Exame Neurológico, Diag-
nóstico Sindrômico e, por fim, abordaremos a questão do papel do 
Cérebro nos Distúrbios da Aprendizagem.
Aprendizagem. Sistema Nervoso Central. Distúrbios. Psicopedagogia.
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 CAPÍTULO 01
MACROSCOPIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Conceitos e Aplicações do Sistema Nervoso Central _____________
O Educador e o Diagnóstico Neurológico _______________________
Os Neurônios: Paradigmas da Educação _________________________
 CAPÍTULO 02
O MÉTODO CLÍNICO EM NEUROLOGIA: ANAMNESE, EXAME NEU-
ROLÓGICO, DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO
Conceitos e Aplicações _________________________________________ 31
27Recapitulando ________________________________________________
22Redes Neurais Artificiais x Redes Neurais Biológicas ____________
Recapitulando _________________________________________________ 45
 CAPÍTULO 03
O PAPEL DO CÉREBRO NOS DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
Conceitos de Distúrbios de Aprendizagem _____________________ 50
A Avaliação Diagnóstica ________________________________________ 55
Recapitulando ________________________________________________ 64
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Considerações Finais ____________________________________________ 69
Fechando a Unidade ____________________________________________ 71
Referências _____________________________________________________ 74
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Nesta unidade, abordaremos a respeito da Macroscopia do 
Sistema Nervoso Central. A importância do Sistema Nervoso humano 
deriva da infinidade de funções que ele cumpre. Esse sistema é com-
posto por uma série de elementos que trabalham para manter a estabi-
lidade do corpo humano. Nós temos o cérebro, que contém células que 
coordenam as atividades do corpo: os neurônios. Há também a medula 
espinhal, que permite transmitir impulsos sensoriais e motores.
Esses são apenas alguns exemplos das funções que os ele-
mentos isolados do sistema nervoso preenchem. No entanto, se você 
procurar a importância do sistema combinado, terá que falar sobre as 
funções gerais. O sistema nervoso tem uma função primária: coletar e 
transmitir informações sobre o estado do corpo. Isto é de grande impor-
tância, pois permite prestar atenção à situação do próprio corpo.
Suponha que nos cortemos com uma faca. Os nervos enviam 
essa informação para o cérebro através da medula espinhal. O cérebro 
interpreta a mensagem e envia uma resposta (dor), para que possamos 
perceber o que aconteceu e prestar atenção à ferida. O sistema nervoso 
humano é de grande importância, pois é responsável por receber e trans-
mitir informações sobre o corpo e sobre o meio ambiente circundante.
Isto é feito através de estímulos que são registradosem sala de 
aula: palavras cruzadas, memoramas, buscas de palavras, entre outros.
• Mas o mais importante é que, para aprender, é preciso sentir 
afeição, o toque dentro da sala de aula, mas acima de tudo, dentro de casa, 
é de maior importância para os alunos terem um desempenho melhor.
Logo, como sendo uma ciência emergente, tem como objetivo 
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estudar o cérebro humano, que pode ser modificado pelos processos 
de ensino e aprendizagem, especialmente com exercícios lúdicos (vi-
tais na vida de uma criança). A mente trabalha com base em padrões e 
linguagem, como tal, é. Assim, quando se aprende algo novo, cada um 
assimila o padrão já conhecido, por isso se está sempre em constante 
mudança destes paradigmas, especialmente com a multiplicidade de 
formas de comunicar oferecidas pelas novas tecnologias. (LIMA, 2017)
Portanto, como a aprendizagem tem muito a ver com a forma 
como o cérebro interpreta os objetos de texto de estudo, assimilar e tor-
nar-se parte do conhecimento é de vital importância para que o cérebro 
receba toda essa informação da maneira mais fácil possível.
Por exemplo, os fosfénos pela reflexão da luz são fundamen-
tais nas sessões de estudo, em outras palavras, a área em que se es-
tuda deve ser iluminada com proximidade e poder. A iluminação correta 
significa que a visão não se cansa e o exercício é relaxado e leve, longe 
de qualquer atitude estressante.
Figura 11 – Elementos da Psicopedagogia
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
Da mesma forma, a sala de aula das escolas deve ser um espa-
ço estimulante, para o qual a Neuroeducação fornece certas ferramentas. 
Por exemplo, emoção e sentimentos provocam atenção, que o aluno é 
muito mais receptivo ao que está sendo contado em sala de aula, esses 
elementos devem ser usados e explorados pelos professores. 
Todos têm em mente um professor que sempre falou em um 
tom monótono e lento, por exemplo, sem transmitir qualquer paixão, 
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fazendo com que, na maioria dos casos, o estudante fosse igual do 
início ao final da aula. No entanto, se o texto é contado com paixão, as 
histórias são trocadas, ou inicia-se discussões, as aulas são muito mais 
dinâmicas e o aluno começa a aprender “acidentalmente”.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vilhena - RO Prova: 
Psicopedagogo
A avaliação psicopedagógica de uma criança ou adolescente com 
TDAH pode sugerir:
I- Intervenções durante a entrevista. 
II- Intervenções durante a entrevista, a partir do momento em que 
já exista um vínculo entre terapeuta e a criança. 
III- Uso do método cognitivo. 
IV- Que e profissional pode focalizar dificuldades específicas da 
criança, em termos de habilidades sociais. 
Está (ão) correta(as), apenas:
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) IV.
e) II, III e IV.
QUESTÃO 2
Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Santa Luzia D’Oeste 
– RO Prova: Psicopedagogo
Para Weiss (2012), o diagnóstico psicopedagógico possibilita a 
compreensão da forma individual do aprender.
(WEISS. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos pro-
blemas de aprendizagem escolar. 14. ed. rev. e ampl. Rio de Janei-
ro: Lamparina, 2012).
A afirmativa do autor diz respeito à/ao:
a) intervenção psicopedagógica.
b) processo diagnóstico.
c) intervenção diagnóstica.
d) novas formas de aprender.
e) singularidade do sujeito.
QUESTÃO 3
Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Vila Velha – ES Pro-
va: Professor Educação Especial
Em relação aos alunos que constituem o público-alvo da educação 
especial é correto dizer que:
a) somente os testes aplicados por psicólogos e validados pelo Conse-
lho Federal de Psicologia, podem, de fato, identificar se a criança tem 
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alta habilidade.
b) as crianças com altas habilidades são por definição bem adaptadas à 
escola, dado seu amplo e profundo interesse em todos os temas.
c) em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do 
espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular pode ter 
um acompanhante pago pela família.
d) o diagnóstico médico obrigatório permite que cada escola estabele-
ça, desde o ingresso do estudante, quais limites possíveis de aprendi-
zagem e planos de atendimento.
e) os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) englobam os dife-
rentes transtornos do espectro autista, as psicoses infantis e a Síndro-
me de Asperger.
QUESTÃO 4
Ano: 2023 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT Prova: 
Psicopedagogo
Como se sabe, a psicopedagogia se ocupa da aprendizagem hu-
mana, ou melhor, de tudo que está relacionado à aprendizagem 
humana: como o ser humano aprende; como a aprendizagem varia 
evolutivamente e está condicionada por vários fatores; o que leva 
esse ser humano a aprender; o que leva o ser humano a não apren-
der; como e por que ocorrem distúrbios de aprendizagem; como 
reconhecer esses distúrbios e tratá-los; o que fazer para prevenir e 
para promover processos de aprendizagem que sejam significati-
vos para os estudantes. A psicopedagogia possui duas vertentes: 
curativa ou terapêutica e a preventiva (SOBRINHO, 2015).
Sobre estas duas vertentes da psicopedagogia, assinale a alterna-
tiva correta. 
a) Na vertente preventiva, ela se desenvolve na maioria das vezes em 
consultórios, tendo uma conotação clínica, geralmente individual, em-
bora hoje as práticas individuais tenham sido repensadas, cedendo es-
paço a práticas grupais.
b) As bases da intervenção curativa em psicopedagogia, são: behavio-
rista, cognitivista e de epistemologia convergente.
c) A psicopedagogia terapêutica, diferentemente da preventiva, é uma prá-
tica que busca evitar que dificuldades de aprendizagem ocorram. Ela toma 
como base a observação e a análise de uma situação concreta, reconhe-
cendo os obstáculos e os elementos que podem facilitar a aprendizagem
d) O psicopedagogo curativo irá realizar um trabalho na escola para que 
esta seja capaz de reconhecer e respeitar as dificuldades do aluno, aju-
dando-o a superá-las. Nesta intervenção, a escola é compreendida como 
um espaço físico e psíquico de aprendizagem. Tal espaço pode possibi-
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litar a aquisição de conhecimento ou levar o aluno ao fracasso escolar
e) Nenhuma das alternativas está correta.
QUESTÃO 5
Ano: 2023 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Cuiabá – MT Prova: 
Psicopedagogo
A avaliação psicopedagógica é um dos componentes críticos da 
intervenção psicopedagógica, pois nela se fundamenta as deci-
sões voltadas à prevenção e solução das possíveis dificuldades 
dos alunos, promovendo melhores condições para o seu desen-
volvimento (MORAES, 2010). Sobre a avaliação psicopedagógica, 
analise as afirmativas a seguir:
I. A avaliação psicopedagógica, envolve a identificação dos princi-
pais fatores responsáveis pela dificuldade da criança. 
II. A queixa apontada pelos pais, na entrevista inicial, na maior par-
te das vezes não serve para descrever corretamente o sintoma e, 
portanto, pode colocar o profissional em uma jornada investigativa 
equivocada, acerca do real problema da criança. 
III. A avaliação psicopedagógica, visa levantar dados acerca do 
repertório infantil relativo às habilidades acadêmicas e cognitivas 
relevantes para a aprendizagem. 
IV. Esta avaliação inclui entrevista inicial com os pais ou respon-
sáveis pela criança, análise do material escolar, aplicação de dife-
rentes modalidades de atividades, sendo contraindicado o uso de 
testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e 
dificuldades apresentadas.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III apenas.
b) I e IV apenas.
c) I, II e III apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II e IV apenas.
QUESTÃO DISSERTATIVA– DISSERTANDO A UNIDADE
Partes específicas do sistema nervoso a ser considerados incluem o 
córtex cerebral, a matéria branca subcortical, gânglios basais, tálamo, 
no cerebelo, tronco cerebral, a medula espinal, plexo braquial ou lom-
bossacral nervo periférico, junção neuromuscular e o músculo. 
Uma vez identificada a localização da lesão, são consideradas as cate-
gorias de causas fisiopatológicas. Cite algumas dessas causas de for-
ma objetiva e clara.
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TREINO INÉDITO
Em muitas situações, um exame cerebrovascular também é indica-
do. Testes de diagnóstico podem ser necessários para confirmar 
ou excluir outras possibilidades. Já em se tratando do diagnóstico 
e tratamento em Neurologia é um manual que surge para respon-
der às diferentes questões colocadas por pesquisadores, médicos, 
professores e alunos relacionados à especialidade médica neuro-
lógica. Embora os avanços tecnológicos mudaram e em constan-
te mudança avaliação dos distúrbios do sistema nervoso central, 
avaliação neuropsicológica continua a ser importante nas seguin-
tes áreas, de acordo com Molliqaj (2014), exceto:
A - O estabelecimento do diagnóstico diferencial e diagnóstico de doen-
ças neurológicas e psiquiátricas.
B - Fornecer um perfil qualitativo e quantitativo de funções mentais su-
periores alteradas e conservas.
C - Fornecer dados sobre a história natural da doença.
D - A evolução do desenvolvimento das funções mentais superiores, ou 
seja, Neuropsicologia Infantil, adquire um papel importante no apoio à 
avaliação pediátrica.
E - O quadro psíquico ajuda a tomar decisões sobre o grau de respon-
sabilidade do acusado de um crime.
NA MÍDIA 
DO SURGIMENTO DAS NEUROCIÊNCIAS ÀS BASES DA NEURO-
PEDAGOGIA
Conhecida até os anos 1990 como Neurofisiologia, as Neurociências 
deram um impressionante salto quantitativo e qualitativo após o avan-
ço dos diagnósticos por imagem verificado já na virada para o século 
XXI. Os conhecimentos dessa área do saber humano têm modificado 
a maneira como entendemos a nós mesmos. Visualizar a estrutura e o 
pleno funcionamento do encéfalo vivo enquanto realiza tarefas diversas 
trouxe novas concepções ao ato de aprender. Segundo a neurocien-
tista e professora Carla Tieppo, aquilo que é popularmente conhecido 
como “cérebro” (ou seja, toda a massa que se encontra no interior da 
caixa craniana) chama-se cientificamente encéfalo. Em Neurociências, 
o cérebro é apenas uma das estruturas que compõem a massa ence-
fálica. Por conseguinte, o ato de ensinar precisa necessariamente ser 
revisto, atualizado sob novas luzes. Neste artigo, trazemos um histórico 
do surgimento das Neurociências e uma de suas contribuições ao ensi-
no-aprendizagem: a criação da Neuropedagogia.
Data: 12 abr. 2022
Fonte: Educação Pública
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Leia na íntegra em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/22/13/
do-surgimento-das-neurociencias-as-bases-da-neuropedagogia-uma-
-trajetoria
NA PRÁTICA
NEUROPEDAGOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM E INCLU-
SÃO
O estudo aqui a ser abordado, trata-se da temática a importância do 
neuropsicopedagogo para o processo de aprendizagem. Tem como ob-
jetivo, discutir o papel do neuropsicopedagogo no processo de inclusão 
de alunos com deficiência. O referencial teórico aborda os seguintes 
aspectos: conceitos de neuropsicopedagogia; Diferenças e Importância 
dos Profissionais; Avaliações e intervenções do neuropsicopedagogo; 
O neuropsicopedagogo no processo de aprendizagem. Trata-se de um 
estudo bibliográfico de caráter exploratório. Sendo assim, ao finalizar a 
pesquisa bibliográfica, foi possível perceber que o processo de apren-
dizagem é muito mais complexo que ir para a escola e estudar conteú-
dos, sendo um processo de desenvolvimento que se inicia ainda na 
educação infantil. Esse processo deve partir do professor, em planejar 
atividades que desenvolvam o cérebro e corpo da criança.
Data: 14 jun. 2021
Fonte: Núcleo do Conhecimento
Leia na íntegra em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educa-
cao/neuropedagogo-no-processo
PARA SABER MAIS
Vídeo: Neuropedagogia – Um diálogo com a aprendizagem (https://
www.youtube.com/watch?v=Jdi4757YSLs) 
Artigo: A Neuropedagogia no processo de ensino e aprendizagem (ht-
tps://repositorio.uft.edu.br/handle/11612/3327) 
Artigo: Neuropedagogia: Múltiplos olhares sobre o conceito de inteligên-
cia (https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/6074)
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S CONCEITOS DE DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
O campo do cognitivo pode ser definido como o estudo das 
atividades mentais necessárias para cumprir tarefas escolares, intelec-
tuais e sociais. Historicamente, esse ponto de vista foi baseado em uma 
concepção da psique como um conjunto de “funções” ou “instrumen-
tos” de conhecimento e adaptação. Foi classicamente conhecida como 
“poderes do espírito” em sua origem filosófica: memória, bom senso de 
percepção etc. e é considerada neste modelo em distúrbios e falhas de 
um ou mais desses poderes de aprendizagem. 
Desde o início do século há avaliação técnica desses “instru-
mentos” – o conhecimento de diferentes “testes” – que têm sido de-
senvolvidos para tentar discriminar seletivamente poderes deficitários 
O PAPEL DO CÉREBRO NOS DISTÚRBIOS
DA APRENDIZAGEM
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ou não. A resposta correspondente a essa concepção consistiu logica-
mente em “reeducar” o instrumento cognitivo que foi considerado mal-
-sucedido. Assim, uma variedade de técnicas corretivas foi esculpida 
da mais geral a mais especializada: reeducação da linguagem, leitura, 
habilidades motoras, apoio psicopedagógico.
Como discutido abaixo, as esperanças para as possibilidades 
oferecidas pelos testes de inteligência nem sempre foram confirmadas e 
as possibilidades de intervenção a ser tirada logo revelou o limitado pelo 
caráter também “atomizado” das técnicas de reeducação “instrumentais”.
Após H. Wallon (1941) e Piaget (1966) determinarem mais a 
evolução deste modelo, especialmente a mudança óptica na qual o co-
nhecimento não é considerado uma posse que é transmitida para uma 
outra na forma de um objeto, mas como uma “construção” ativamente 
elaborada pelo sujeito em sua experiência com a realidade ao longo de 
seu desenvolvimento. O desenvolvimento da inteligência ocorre através 
de diferentes estágios cognitivos que podem ser descritos e que são 
necessariamente seguidos em uma ordem sequencial. 
Estes estágios começam com o período sensório-motor, carac-
teriza-se por uma compreensão do mundo percebido exclusivamente 
através de ações concretas mais tarde através do desenvolvimento dos 
primeiros, representações simbólicas essencialmente perceptivas para 
desenvolver depois de um determinado pensamento e, finalmente, um 
pensamento conceitual.
Este ponto de vista, o que pode ser chamado de “desenvolvi-
mentista”, considera que a criança com distúrbios de aprendizagem é 
geralmente “imatura” e não atingiu o estágio de desenvolvimento neces-
sário para a proposta (por exemplo, a lição de casa, a leitura). É, desse 
ponto de vista, detectar, por meio de técnicas apropriadas de avaliação, 
o nível de desenvolvimento cognitivo alcançado pela criança para ajus-
tar as propostas educacionais.
As concepções sobre os estágios do desenvolvimento cognitivo também 
são aplicadas para tentar discriminar processos especialmente imaturos em 
crianças com dificuldades de aprendizagem. Dentro da mesma perspectiva, 
há estudos recentes que mostraram processos cognitivos específicos evo-
luindo de forma desarmônica em crianças que têm distúrbios de aprendiza-
gem, mas não em um déficit geral, por exemplo, no nível da memória e aten-
ção seletiva, bem como a capacidadede modificar estratégias perceptuais e 
verbais. (PIAGET, 2003, p. 22)
Os meios de intervenção característicos dessa abordagem teó-
rica dos transtornos de aprendizagem consistem em estimular, no plano 
psicopedagógico, os processos específicos que permanecem imaturos. 
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Essas concepções supõem, sobretudo, o desenvolvimento da Pedago-
gia Especializada, permitindo adaptar a tarefa escolar às sequências do 
desenvolvimento cognitivo das crianças.
Esta perspectiva é sua base na existência demonstrada de uma relação entre 
a aprendizagem e funções cerebrais. Ela também depende de uma série de 
dados relativos a distúrbios de aprendizagem: este último, muitas vezes pre-
ocupam áreas altamente específicas; em muitos casos, eles persistirem com 
a idade; a qualidade da aprendizagem difere da de outras crianças; enquanto 
não há nenhuma alteração significativa do estado neurológico, sabe-se que as 
crianças com dificuldades de aprendizagem têm sinais neurológicos menores 
(sinais suaves); vários estudos culturais revelam fortes semelhanças obser-
vando em culturas diferentes, diferentes distúrbios. (PIAGET, 2003, p. 44)
Finalmente, há baterias de testes neuropsicológicos para aju-
dar a discriminar crianças típicas daquelas com distúrbios de aprendi-
zagem e aquelas com lesão manifestadas pelo sistema nervoso central.
Atualmente, o uso de equipamentos como tomografia com-
putadorizada axial, ressonância magnética nuclear e funcional, to-
mografia por emissão de pósitrons representa uma grande revolução 
científica para todos os conhecimentos relacionados aos processos 
cerebrais e processos cognitivos, pois vários séculos o que foi ob-
servado indireta ou teoricamente pode ser objeto de estudo direto. 
Dessa forma, muitos conceitos psicológicos e pedagógicos tradi-
cionais foram substituídos pelo florescimento da Neuropedagogia.
Do ponto de vista neuropsicológico pressupõe a existência de 
uma entidade clínica específica chamada “dificuldade de aprendizagem” 
(Dificuldades de Aprendizagem). Enquanto não há nenhuma evidência 
para confirmar isso, presume-se que a etiologia desta síndrome se situa 
numa deficiência ou disfunção do sistema nervoso central e isto, inde-
pendentemente de fatores ambientais e psicológicos e da família. 
Considera-se que, se existem outros distúrbios de tipo psicoló-
gico, ou são independentes (comorbidade) ou o resultado de “frustração 
e stress adaptativo” devido a distúrbios de aprendizagem primários (é a 
interpretação mais comum) ou também considerados outra consequên-
cia disfunção do sistema nervoso central.
Um estudo de pesquisa genética é parte de distúrbios asso-
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ciados a certas doenças genéticas e identificados de aprendizagem; 
pode ser mencionado, em particular, a investigação sobre anomalias de 
cromossomos sexuais como a síndrome do “X frágil”. 
No entanto, na grande maioria dos distúrbios de aprendizagem 
não foi observado qualquer anormalidade genética. Apenas no caso de 
certos distúrbios de aprendizagem muito circunscritas (prevalência de 
dislexia da audição), existem estudos familiares forneceram dados que 
poderia sugerir a existência de um fator genético. 
Além disso, teorias patogênicas baseadas no modelo ciberné-
tico e na teoria da informação também têm sido usadas para explicar 
as características clínicas específicas dos distúrbios de aprendizagem. 
Vimos essa questão anteriormente também. 
Assim, considera-se que é uma incapacidade relativa, um de-
sequilíbrio para receber (input), organizar, integrar, armazenar e exterio-
rizar (output) a informação. Testes neuropsicológicos capazes de ava-
liar e classificar distúrbios têm sido estabelecidos em vários subgrupos 
nos quais predomina o déficit visual, espacial, auditivo-verbal e misto.
O modo de intervenção adequado a esse ponto de vista é pe-
dagógico; diante do frequente fracasso das técnicas de reeducação 
das funções do déficit, técnicas compensatórias para o desenvolvimen-
to de funções não afetadas estão sendo defendidas. Os pontos fracos 
que geralmente são atribuídos a este modelo, de acordo com Cosenza 
(2012), são os seguintes: 
• A suposição como etiologia de um distúrbio fisiológico que 
não é nem observável, nem pode ser demonstrado; 
• O fato de que crianças com distúrbios de aprendizagem ca-
racterísticos respondem normalmente a testes neuropsicológicos; 
• A incapacidade de explicar como as crianças com “déficit neu-
ropsicológico” se recuperam espontaneamente com a idade.
Finalmente, este modelo não fornece instrumentos de interven-
ção corretivos suficientemente específicos. Já o modelo psicopatológico, 
esta abordagem é apoiada pela descoberta de que a maioria dos distúrbios 
de aprendizagem são acompanhados por outros sintomas psicológicos em 
todos depressivo e transtornos maníaco, transtornos de personalidade e 
comportamento, escola mutismo eletivo, certas formas de psicose infantil, 
hiperatividade e falta de concentração de várias origens, bem como ansie-
dade neurótica ou distúrbios de conversão e fobia escolar.
Embora, como já visto, o modelo neuropsicológico interpreta a 
entrada desses distúrbios como “secundário”, “primário” como consequ-
ência dos distúrbios de aprendizagem, do ponto de vista psicopatológi-
co mantém a posição oposta: distúrbios de aprendizagem são conside-
rados como sintomas de outras síndromes psicopatológicas.
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Assim, nessa perspectiva, considera-se que não há fracasso escolar como 
doença característica e que dificuldades de aprendizagem não são suficien-
tes para falar de um transtorno ‘específico’; ‘É impossível admitir uma alte-
ração realmente específica de aprendizagem, leitura e escrita (dislexia)’; ‘A 
dislexia é o equivalente a um sintoma neurótico (ou psicótico) e o futuro das 
crianças depende do quadro clínico geral’. (COSENZA, 2012, p. 29)
Consequentemente, trata-se de situar o transtorno invocado 
em relação à totalidade da organização psíquica da criança, de toda 
a sua personalidade. Portanto, o tipo de intervenção necessária deve 
levar em conta o distúrbio global e tratá-lo como tal.
Por outro lado, em se tratando do modelo social, este modelo 
tem as suas raízes nos resultados estatísticos concordantes de todos 
os países industrializados em que existe uma estreita correlação entre 
as dificuldades do ambiente e da escola sociocultural desfavorecida. 
Essa correlação é altamente significativa, não dependente desses pa-
íses, as possibilidades reais de escolaridade: praticamente nenhuma 
criança vê a sua escolaridade limitada por estas razões. As variáveis 
“língua materna” ou “imigração” não são de todo significativa. 
Em qualquer caso, não só as crianças de meios desfavorecidos 
não dispõem de igualdade de acesso ao ensino superior, mas também 
falham principalmente nos primeiros anos de escolaridade primária. 
Devemos abrir as paredes das salas de aula e deixar en-
trar novos conhecimentos, devemos conectar os espíritos das 
crianças com a solidariedade dos novos valores, sempre eternos. 
Precisamos fornecer as novas soluções exigidas por esses novos 
quadros de referência.
Pensa-se, deste modo, que os transtornos de aprendizagem 
constituem um grupo heterogêneo em sua etiologia e, consequentemen-
te, no seu tratamento. Os diferentes pontos de vista que aqui foi analisado 
esclarecem esses distúrbios a partir de um determinado vértice e apre-
sentam possibilidades para futuras investigações. Não é menos verdade 
que o uso exclusivo de um ou outro desses modelos envolve um risco 
de unilateralidade e, consequentemente, de uma “monorespuesta” edu-
cacional ou terapêutica, que não necessariamente considera a natureza. 
Há uma diferença entre dificuldades de aprendizagem e os 
transtornos de aprendizagem. A dificuldade de aprendizagem pode ser55
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resolvida pela troca de estratégias metodológicas ou de inter-relação no 
ambiente escolar, tendo em vista que se trata de questão psicopeda-
gógica, por outro lado, o transtorno de aprendizagem necessita de um 
acompanhamento de profissionais especializados.
Os transtornos de aprendizagem interferem tanto no rendimen-
to escolar quanto nas atividades da vida diária que exigem habilida-
des adquiridas nos estudos sejam elas leitura, cálculo ou escrita. Esse 
transtorno pode persistir até a idade adulta. 
A maioria dos indivíduos diagnosticados com esse transtorno 
possuem baixa autoestima e dificuldades nas habilidades sociais, a 
taxa de evasão escolar das pessoas com esse distúrbio chega a 40%. 
Adultos que sofrem desse transtorno podem ter dificuldades no empre-
go ou no ajuste social. 
A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Um distúrbio de aprendizado em que os fatores etiológicos 
implicam, está intrinsecamente ligado a todo o desenvolvimento, bem 
como à constituição da personalidade e do caráter da criança, como 
entendido pela concepção psicanalítica; mas também se leva em conta 
o ambiente social e familiar, tanto em sua história individual quanto na 
situação atual. Por este motivo, de acordo com Albertini (2012), o pro-
grama de diagnóstico inclui necessariamente:
• A avaliação clínica da personalidade da criança. Essa ava-
liação possibilita avaliar globalmente o funcionamento psíquico, consi-
derando tanto os aspectos cognitivos da linguagem e as habilidades 
psicomotoras, quanto os aspectos emocionais; assim, um diagnóstico 
pode ser estabelecido, seja de uma personalidade normal, seja de um 
tipo eventual de transtornos psicopatológicos e do desenvolvimento;
• A análise de fatores sociais e familiares, incluindo a situação 
pedagógica;
• Um estudo aprofundado da linguagem e habilidades psicomo-
toras, se considerado justificado pela equipe multidisciplinar;
• O exame de fatores orgânicos (sensoriais, neurológicos, en-
tre outros) em colaboração com o pediatra ou com vários especialistas, 
incluindo os exames complementares necessários.
Segundo Albertini (2012), dependendo da avaliação diagnós-
tica, as diferentes formas de distúrbios de aprendizagem podem ser 
classificadas esquematicamente da seguinte forma:
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I. Formas Sociais:
São crianças sem problemas psicológicos (personalidade típi-
ca), cujos distúrbios estão ligados ao ambiente sociocultural desfavore-
cido em que vivem ou a outras circunstâncias ambientais. 
O fato de que criamos e vivemos em uma sociedade que 
se caracteriza fundamentalmente pela função social, em especial, 
a função social da escola, apesar das transformações sofridas no 
decorrer da história, a escola representa uma Instituição que a hu-
manidade elegeu para socializar o saber.
Leia mais em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/
educacao/funcao-social-escola.htm
O tratamento é essencialmente o ensino, mas, como menciona-
do acima, uma melhor compreensão das variáveis relevantes e os me-
canismos responsáveis é uma realização científica não só para o ensino, 
mas também para a Sociologia e Psicologia Social. Com efeito, é esse 
conhecimento que permitirá aplicar medidas cada vez mais adequadas.
Figura 12 – Sociologia e Psicologia Social: interação
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
II. Desvios da Regra de Desenvolvimento:
Neste caso, também se lida com crianças sem distúrbios psi-
cológicos (personalidade típica), mas cujo ritmo ou cujo estilo de de-
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senvolvimento não corresponde ao de sua faixa etária. O tratamento 
também é pedagógico.
III. Distúrbios Reativos (Crise):
Na criança com uma personalidade globalmente típica, um dis-
túrbio de aprendizagem pode ser parte de uma reação provocada por 
circunstâncias particulares do momento (divórcio, separação, morte etc.). 
O tratamento consistirá em apoiar a criança psicologicamente e, quando 
possível, eliminar as causas da crise. Às vezes, uma intervenção psico-
terapêutica é necessária. Intervenções psicopedagógicas e intervenções 
sistêmicas na escola também são indicadas em alguns casos na escola.
IV. Sintoma de uma desordem psicopatológica global:
Distúrbios Neuróticos:
O distúrbio neurótico é caracterizado por qualquer desequilí-
brio mental que tenha como causa ou que resulte em uma angústia, 
criando sintomas de depressão, ansiedade ou stress. Todavia, esses 
distúrbios apesar de causar tensão, não interfere na racionalidade da 
pessoa, nem na capacidade funcional.
Como consequência do conflito inconsciente, certas atividades 
ou objetos de aprendizagem simbolizam desejos proibidos e caem sob o 
domínio da inibição. O tratamento neste caso é a Psicoterapia individual.
Distúrbios de Caráter e Personalidade:
Essa é a origem mais frequente de sérios distúrbios de apren-
dizagem. São crianças que não têm sido capazes de organizar um 
transtorno de personalidade suficientemente maduro e adaptado, têm 
fundamentalmente a relação e identificação, a socialização, o funciona-
mento simbólico e a autoestima (narcisismo).
Esse tipo de distúrbio torna-se mais evidente no final da adoles-
cência para o início da vida adulta, podendo desaparecer com o tempo. 
O portador do distúrbio de personalidade está no meio do caminho entre 
a normalidade e a doença mental, ele é desacertado em seu meio social, 
vivendo fora de sintonia com a convivência normal de cada grupo social. 
Ele tem uma consciência do que é certo e do que é errado, mas 
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são considerados imaturos, não conseguindo aprender com seus erros, 
e geralmente agindo por impulso, transferindo frequentemente a culpa 
pelos seus atos as outras pessoas. Devido ao fato de saber que são 
conscientes, é de suma importância começar o tratamento cedo.
Entre os transtornos de personalidade podemos citar como 
exemplo: paranoide, esquizoide, anti-social, ansiosa, dependente. 
O tratamento depende da gravidade do caso. Psicoterapia 
pode ser suficiente, mas muitas vezes, é necessária a prescrição de um 
centro de dia ou uma instituição com uma equipe pluridisciplinar para 
colaborar no campo da Terapia e da Pedagogia Especializada. Muitas 
vezes, é necessário associar fonoterapia e tratamento psicopedagógi-
co; além disso, em certos casos de ansiedade grave e distúrbios com-
portamentais, é necessário indicar um tratamento farmacológico (neu-
rolépticos), bem como um tratamento familiar.
Fobia Escolar Mutismo eletivo:
Lida-se aqui com formas particulares de transtornos de perso-
nalidade, cujas importantes repercussões na aprendizagem merecem 
ser consideradas. 
Caracterizada por uma seletividade marcante e emocionalmen-
te determinada na fala, tal que a criança demonstra a sua competência 
de linguagem em algumas situações, mas falha em falar em outra, ou 
seja, o indivíduo tem dificuldade de se comunicar verbalmente em algu-
mas situações sociais.
O tratamento é semelhante ao de transtornos de personalidade 
em geral, mas, embora em casos de indicação de fobia escolar, é indi-
cado, principalmente, uma Psicoterapia individual e familiar; mutismo 
eletivo também necessita de uma Psicoterapia individual e familiar.
Transtornos Afetivos (Depressão e Manias): 
Embora muitas vezes seja subdiagnosticada, depressão infan-
til leva a uma perda de interesse em atividades escolares, uma desa-
celeração das funções intelectuais e uma inibição geral como resultado 
que um desempenho significativo déficit. Pelo contrário, a mania e a 
hipomania causam uma falta de concentração e hiperatividade incom-
patível com o trabalho escolar. 
A escala de avaliação de transtorno afetivos para crianças em 
idade escolar pode ser usada para crianças de 6 a 18 anos de idade, 
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tornando melhor seu diagnóstico. 
Quando as crianças ou adolescentes possuem súbitas mudan-
ças de comportamento, que não conseguem ser justificados por estres-
se, são o ponto-chave para o diagnóstico dos transtornos afetivos. 
Os transtornos afetivos prejudicam de modo importante o ren-
dimento tanto escolar quanto social da vida da criança e do adoles-
cente, devido o fato de começarem a apresentar condutas irritáveis, 
destrutivas e agressivas, violando regras sociais. 
O professor é o protagonista, desta encenação que acon-
tece a milhares de anos, sendo assim, os verdadeiros heróis deste 
questionamento. O que assistimos aqui não é uma ficção, ela é uma 
mera realidade, tanto para o professor, como para o aluno. Ele era 
para ser o centro do universo, porque tudo o que sabemos é fruto 
de muita dedicação, em sua formação contínua em adquirir conhe-
cimentos e de transpassar esses, para as novas e futuras gerações.
Leia mais em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/
educacao/funcao-social-escola.htm
De acordo com a forma clínica em questão, o tratamento será 
psicoterapêutico e em alguns casos farmacológicos (antidepressivos ou 
sedativos).
Transtornos Psicóticos:
Existem diferentes formas de psicose na infância e na adoles-
cência que podem levar, mas nem sempre, a distúrbios de aprendiza-
gem; seu tratamento será aquele que corresponde à forma de psicose. 
Destaca-se que a evolução terapêutica e educacional é a mesma que 
para os transtornos sérios de personalidade. ALBERTINI (2012).
Existe o chamado transtorno psicótico breve, esse tipo é uma 
perturbação psicótica com duração maior que 1 dia e remissão em 1 mês.
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Figura 13 – O cérebro e seus 100 bilhões de neurônios
Fonte: Tua Saúde (2019)
Atraso Mental:
O tratamento do retardo mental é sua etiologia orgânica ou psico-
lógica (psicose infantil), não pode ser outro senão uma pedagogia especia-
lizada, com a integração mais apropriada possível no nível social e escolar.
Transtornos Específicos de Aprendizagem: Leitura, Escrita, Arit-
mética:
São crianças nas quais não é possível demonstrar uma organiza-
ção psicopatológica. De acordo com nossa experiência, esses casos são 
muito pouco frequentes e o diagnóstico deve excluir com cuidado outras 
etiologias. Como na base do problema está principalmente os distúrbios de 
linguagem, o tratamento é principalmente ologopédico e psicopedagógico.
VI. Fatores Orgânicos (Sensoriais, Neurológicos, outros):
Considera-se que esses fatores sempre em termos do desen-
volvimento e do papel que desempenham na personalidade da criança, 
considerando sua integração com os outros fatores, seu significado e a 
maneira pela qual a criança se compensa e se adapta a eles, no nível 
biológico e psicológico; a mesma lesão ou o mesmo handicap têm re-
percussões muito diferentes dependendo da personalidade da criança.
VII. Formas Mistas:
São muito frequentes e incluem os distúrbios correspondentes 
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a várias doenças etiopatogênicas, sendo as mais comuns as formas so-
ciais e psicopatológicas. Portanto, o tratamento também será misturado.
Em outro lugar, vimos as diferentes terapias gerais que pare-
cem indicadas de acordo com a etiologia dos distúrbios de aprendiza-
gem. Como acabamos de ver, esses tratamentos são muitas vezes com-
binados com apoio psicopedagógico e com pedagogia especializada. 
Figura 14 – Fatores sensoriais e neurológicos: união
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
Vale lembrar que as intervenções psicopedagógicas assumem 
diferentes formas, como tratamentos individuais ou intervenções em 
instituições e classes especializadas; mas qualquer proposta psicope-
dagógica tem o único propósito de sustentar o processo de desenvolvi-
mento: para conseguir isso, o especialista se baseia em componentes 
não deficientes da operação do assunto, a fim de levar a uns “naturais” 
itens de compensação falta do seu desenvolvimento.
Este trabalho deve ser abordado como um processo de promo-
ção contínua, favor promocional no assunto, uma restauração narcisista e 
epistemofílico: o retorno ao assunto do seu direito de curiosidade e estrutu-
ração pessoal de maneiras de categorizar a realidade constitui um suporte 
psicodinâmico para o seu desenvolvimento e capacidade de autoformação.
A pedagogia especializada desenvolve sua especialidade para 
tornar-se cada vez mais eficaz a partir do modelo de referência que emer-
ge da pesquisa da última década, especialmente aquelas que dizem res-
peito à criança muito jovem. É um modelo interativo: os objetos do mundo 
exterior, real e simbólico, adquirem um significado para a criança através 
do uso que os adultos fazem deles em suas interações com ela. 
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Figura 15 – Esquema de adaptação
Fonte: Research Gate (2019).
No modelo piagetiano, uma das ideias centrais é o conceito de 
inteligência como um processo biológico. Para Piaget, o ser humano 
é um organismo vivo que vem ao mundo com uma herança biológica, 
que afeta a inteligência. Por um lado, as estruturas biológicas limitam o 
que podemos perceber e, por outro, permitem o progresso intelectual. 
Com uma influência darwiniana, Piaget elabora um modelo que constitui 
uma das partes mais conhecidas e controversas de sua teoria. Piaget 
acredita que os organismos humanos compartilham duas “funções inva-
riantes”: organização e adaptação. 
A mente humana, de acordo com Piaget, também opera em 
termos dessas duas funções que não mudam. Seus processos psicoló-
gicos são muito organizados em sistemas coerentes e estes sistemas 
estão preparados para se adaptar aos estímulos mutáveis do ambiente. 
A adaptação está sempre presente através de dois elementos 
básicos: assimilação e acomodação. O processo de adaptação busca, 
em algum ponto, estabilidade e, em outros, mudança. Seguindo a linha 
darwinista na qual o homem tem que se adaptar ao seu ambiente para 
alcançar seus objetivos (sobreviver, reproduzir, entre outros). 
A teoria postula que em certas situações a estabilidade é adap-
tativa (me ajuda a ter ideias estabelecidas) e em outras situações é mu-
dança adaptativa (me ajuda a mudar minhas ideias e tentar algo novo). 
Adaptação e organização são funções fundamentais que intervêm e são 
constantes no processo de desenvolvimento cognitivo, ambos são ele-
mentos inseparáveis. Segundo Piaget (2003), a função de adaptação 
em sistemas psicológicos e fisiológicos opera através de dois processos 
complementares previamente mencionados: 
ASSIMILAÇÃO: a assimilação refere-se à maneira pela qual 
um organismo enfrenta um estímulo do ambiente em termos de organi-
zação atual. A assimilação mental consiste na incorporação dos objetos 
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dentro dos esquemas, esquemas que nada mais são do que a estru-
tura de ações que o homem pode reproduzir ativamente na realidade. 
De uma maneira global, pode-se dizer que a assimilação é o fato de o 
organismo adotar as substâncias retiradas do meio ambiente em suas 
próprias estruturas. Incorporação dos dados da experiência nas estru-
turas inatas do sujeito. A maneira mais simples de entender o conceito 
de assimilação é vê-lo como o processo pelo qual as novas informações 
estão de acordo com esquemas pré-existentes. 
Em Mussen (1977), a assimilação é tomada como a capacida-
de de o sujeito incorporar um novo objeto ou ideia a um esquema, ou 
seja, às estruturas já construídas ou já consolidadas pela criança. 
Figura 16 – Processo de acomodação
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
ACOMODAÇÃO: a acomodação implica uma modificação da 
organização atual em resposta às demandas do meio ambiente. É o 
processo pelo qual o sujeito se ajusta às condições externas. O aloja-
mentonão aparece apenas como uma necessidade de se submeter ao 
ambiente, mas também se torna necessário para coordenar os diferen-
tes esquemas de assimilação. Em suma, a acomodação se refere ao 
processo de modificar esquemas para acomodar novas informações.
Assim, em cada idade e a cada novo conhecimento a criança 
começa a adquirir uma nova visão de mundo, própria dela, fazendo com 
que adquiram uma lógica para explorá-lo e manipulá-lo. A cada nova ex-
periência essa lógica se modifica, assim, uma criança ao experimentar 
um novo estímulo ela tenta assimilar esse estimula a uma condição já 
existente, se não conseguir assimilar, a criança tenta fazer uma acomo-
dação, modificando ou criando um esquema.
Logo, as assimilações / acomodações do desenvolvimento 
cognitivo têm suas raízes nas táticas socioculturais e permitem a aquisi-
ção de competências que concorrem na construção da identidade. Des-
sa forma, as orientações didáticas essenciais do ensino especializado 
podem ser destacadas.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1 
Ano: 2020 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Santa Luzia d’Oeste 
Prova: Psicopedagogo
Numa escola, o professor já não sabe o que fazer com a aluna Ani-
nha, ela é uma criança amável, que não consegue se concentrar 
com facilidade, principalmente se o conteúdo não for tão interes-
sante para ela. Além disso, Aninha quer realizar várias tarefas ao 
mesmo tempo. O professor pede ajuda ao Psicopedagogo, que 
identifica as características apresentada pela criança como sendo 
o distúrbio de aprendizagem:
a) Disgrafia.
b) Transtorno bipolar.
c) Esquizofrenia.
d) Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
e) Dislexia.
QUESTÃO 2 
Ano: 2021 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Tramandaí – RS 
Prova: Psicopedagogo
Associe a Coluna 1 à Coluna 2, identificando alguns dos sintomas 
de transtornos de aprendizagem de crianças, relacionados à disle-
xia, dislalia, discalculia e hiperatividade. 
Coluna 1: 
1. Dislexia. 2. Dislalia. 3. Ecolalia. 4. Hiperatividade. 
Coluna 2: 
( ) Repetição, como um eco, da fala do interlocutor tanto nas pala-
vras que lhes são dirigidas quanto partes de uma frase que escuta 
ao acaso.
( ) Caracteriza-se pela desatenção extrema, desorganização, com-
portamento impulsivo e inquietude. 
( ) Distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, es-
crita e soletração, com problemas para memorizar palavras, regras 
ortográficas e conceitos. 
( ) Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acres-
centando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda os dis-
torcendo. Costuma pronunciar algumas palavras de forma errada. 
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para 
baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4.
b) 2 – 1 – 4 – 3.
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c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 3 – 2 – 1. 
e) 3 – 1 – 4 – 2.
QUESTÃO 3
Ano: 2020 Banca: IDCAP Órgão: Prefeitura de Fundão – ES Prova: 
Intérprete de Libras
Por muito tempo perdurou o entendimento de que a educação es-
pecial organizada de forma paralela à educação comum seria mais 
apropriada para a aprendizagem dos alunos que apresentavam de-
ficiência, problemas de saúde, ou qualquer inadequação com rela-
ção à estrutura organizada pelos sistemas de ensino. Essa concep-
ção exerceu impacto duradouro na história da educação especial, 
resultando em práticas que enfatizavam os aspectos relacionados 
à deficiência, em contraposição à dimensão pedagógica. De acor-
do com a Política Nacional de Educação Especial é considerado 
alunos com deficiência aqueles:
a) Que através de diagnósticos feitos dentro da sala de aula feitos pe-
los docentes, que apresentam limitações, físicas, mentais, sensoriais e 
intelectuais.
b) Que não tem impedimentos de longo prazo, mas na natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial apresentam dificuldades de interação.
c) Que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, in-
telectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem 
ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.
d) Todos os que apresentam dificuldades de aprendizagem não comum, 
que podem ser diagnosticadas pela gestão pedagógica.
e) Que apresentam laudos de qualquer natureza de distúrbios são pú-
blico-alvo.
QUESTÃO 4
Ano: 2020 Banca: Quadrix Órgão: CFP Prova: Psicopedagogia 
Segundo Sampaio (2009), a devolução psicopedagógica é uma co-
municação verbal, feita aos pais e ao paciente, dos resultados ob-
tidos por meio de uma investigação que se utilizou do diagnóstico 
para obter resultados. Considerando essa informação, assinale a 
alternativa incorreta no que concerne a essa etapa diagnóstica.
a) Que através de diagnósticos feitos dentro da sala de aula feitos pe-
los docentes, que apresentam limitações, físicas, mentais, sensoriais e 
intelectuais.
b) Que não tem impedimentos de longo prazo, mas na natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial apresentam dificuldades de interação.
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c) Que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, in-
telectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem 
ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade.
d) Todos aqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem não 
comum, que podem ser diagnosticadas pela gestão pedagógica.
e) Que apresentam laudos de qualquer natureza de distúrbios são pú-
blico-alvo.
QUESTÃO 5
Ano: 2022 Banca: UNIOESTE Órgão: Prefeitura de Guaratuba – PR 
Prova: Psicólogo
Segundo Dalgalarrondo (2019, p. 438), o termo dislexia é utilizado 
com definições mais ou menos amplas. Em sentido mais estrito, o 
termo “dislexia” designa disfunção no aprendizado da leitura, haven-
do dificuldades em graus variáveis em identificar a correspondência 
entre os símbolos da escrita e os fonemas, assim como em transfor-
mar signos escritos em signos verbais. No Manual diagnóstico e es-
tatístico de transtornos mentais (DSM-5, 2014), o termo “dislexia” está 
incluído nos transtornos específicos da aprendizagem, que englobam 
transtornos na aprendizagem da leitura e da escrita e em habilida-
des matemáticas. As dificuldades persistentes para aprender as ha-
bilidades acadêmicas fundamentais estão entre suas características 
essenciais. Essa característica pode gerar confusões diagnósticas 
por ser comum aos transtornos do espectro autista. Ao contrário do 
indivíduo com Transtorno do Espectro Autista, o disléxico: 
a) Apresenta achados anormais nos exames neurológicos, indicando 
lesão do sistema nervoso central. 
b) Apresenta níveis de funcionamento intelectual anormalmente baixos, 
sendo o escore do QI abaixo de 60 ±5.
c) Não apresenta déficits na comunicação social nem na interação so-
cial, assim como também não apresenta padrões repetitivos e restritos 
de comportamento, interesses e atividades.
d) Apresenta seus sintomas e sinais tardiamente, comumente no início 
da velhice, e com desenvolvimento abrupto. 
e) Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou, interesse incomum 
por aspectos sensoriais do ambiente (p. ex., indiferença aparente a dor/
temperatura, reação contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou to-
car objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento).
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Do ponto de vista neuropsicológico pressupõe a existência de uma en-
tidade clínica específica chamada “dificuldade de aprendizagem” (Di-
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ficuldades de Aprendizagem). Enquanto não há nenhuma evidência 
para confirmar isso, presume-se que a etiologia desta síndrome se si-
tua numa deficiência ou disfunção do sistema nervoso central e isto in-
dependentemente de fatores ambientais e psicológicos, família. Desse 
modo, considera-se que a existência de outros distúrbios.Discorra.
TREINO INÉDITO
Ocorre que os fatores etiológicos implicam intrinsecamente estar 
ligado a todo o desenvolvimento, bem como à constituição da per-
sonalidade e do caráter da criança, como entendido pela concep-
ção psicanalítica; mas também se leva em conta o ambiente so-
cial e familiar, tanto em sua história individual quanto na situação 
atual. Estamos nos referindo ao:
A – Distúrbio real.
B – Distúrbio de aprendizado.
C – Distúrbio social.
D – Distúrbio de controle.
E – Distúrbio de armazenamento.
NA MÍDIA 
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM: COMO IDENTIFICAR E AJU-
DAR OS ALUNOS
Os transtornos de aprendizagem afetam muitos alunos e os professores 
podem ajudar a reconhecer
Os transtornos de aprendizagem se manifestam por déficits de concen-
tração e atenção, somados a problemas no desenvolvimento da lingua-
gem ou no processamento de informações visual e auditiva. Na escola, 
professores podem identificar os alunos com algum déficit de aprendi-
zado e ajudá-los a potencializar suas habilidades.
Fonte: Transformando
Data de publicação: 13 out. 2021
Disponível em: https://transformando.com.vc/transtornos-de-aprendiza-
gem-como-identificar-e-ajudar-alunos/
NA PRÁTICA
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE NA ESCOLA
O aperfeiçoamento clínico de psicopatologias, como transtornos com-
portamentais e de personalidade correspondem a um aspecto que é 
sinônimo de progresso atualmente. O aumento das estatísticas que re-
lata o percentual de pessoas que sofrem com esses transtornos está 
relacionado majoritariamente a tomada de conhecimento trazido pela 
globalização e os fortes avanços científicos. 
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O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) caracteriza-se como 
responsável por oscilações na capacidade de interpretação da autoima-
gem e hiperatividade emocional. Podendo se manifestar momentanea-
mente, o TPB tem como público-alvo ambos os sexos, apesar de pre-
sente em sua maioria no sexo feminino. Pode ser diagnosticado ao final 
da adolescência e início da fase adulta, quando traços de personalidade 
já se mostram consistentes a análise. 
Fonte: CONFICT & CONPG
Data de publicação: 2020
Disponível em: https://proceedings.science/confict-conpg-2020/traba-
lhos/transtorno-de-personalidade-borderline-na-escola?lang=pt-br
PARA SABER MAIS
Livros: 
DEMO, Pedro. Professor do futuro e reconstrução do conhecimento. 6ª 
edição. Petrópolis, RJ, Vozes: 2004.
BECKER, Fernando. O caminho da aprendizagem em Jean Piaget e 
Paulo Freire: Da ação à operação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
Artigo:
Orientação sobre o comportamento Borderline para estudantes e pro-
fessores do ensino médio. Disponível em: https://www.editorarealize.
com.br/editora/anais/conapesc/2019/TRABALHO_EV126_MD1_SA13_
ID638_31072019185049.pdf 
Problemas afetivos e de condutas em sala de aula. Disponível em: ht-
tps://www.getulio.ideau.com.br/wp-content/files_mf/7fe1f02deb4ede5f-
9c341548f4d06600206_1.pdf
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Como vimos, a ciência neurológica é uma Neurociência, isto é, 
uma das ciências que tomam como ponto de vista teórico o funcionamento 
do sistema nervoso, e particularmente do cérebro, em quaisquer atividades 
humanas. Especificamente, ela tenta entender o papel do funcionamento 
do sistema nervoso na interação do ser humano com seu meio social. 
Vimos que a patologia neurológica compreende o conjunto de 
doenças que afetam o sistema nervoso central (o cérebro e a medula 
espinhal) e o sistema nervoso periférico (músculos e nervos). As demên-
cias mais comuns e conhecidas pela população são doença de Alzhei-
mer, demência vascular e outros, acidente vascular cerebral (acidente 
vascular cerebral e hemorragia cerebral), epilepsia, doença de Parkin-
son, esclerose múltipla, enxaqueca e traumatismos crânio-encefálicos. 
Também faz parte deste grupo, outras doenças neuromusculares dege-
nerativas (esclerose lateral amiotrófica, distrofias musculares, distonias, 
neuropatias, miopatias, entre outras), mas são menos comuns. 
Ainda, destacamos que constituem um conjunto de doenças 
muito frequentes que afetam tanto os jovens quanto, de maneira es-
pecial, os de idade avançada. Além disso, eles podem ser degradados 
de forma muito séria muitas de nossas habilidades (movimento, me-
mória e pensamento, linguagem, entre outras) de modo que as suas 
consequências podem chegar para evitar muitos pacientes realizarem 
até mesmo as atividades mais básicas vidas cotidianas: frequentemen-
te causam incapacidade e dependência.
Por outro lado, destacamos a respeito da relação das ciências 
neurológicas com a educação. Neste sentido, promove a integração entre 
as Ciências da Educação e da Neurologia, na qual educadores e neuro-
cientistas desenvolvem disciplinas como Psicologia, Neurociência, Edu-
cação e Ciência Cognitiva. Considerar o que é Neuroeducação é eficaz. 
Um dos maiores benefícios da Neuroeducação é administrar emoções. É 
ensinar as pessoas a identificar que tipo de emoção elas estão sentindo, de 
modo a não reagirem impulsivamente a elas e, assim, serem capazes de 
dar uma resposta mais precisa. A gestão das emoções tem que ser usada 
para melhorar a aprendizagem. É descobrir como o cérebro aprende.
Outro benefício é a identificação de causas neurológicas que 
podem estar relacionadas ao insucesso escolar. A dislexia e outros dis-
túrbios de aprendizagem impedem a evolução da aprendizagem dos 
alunos. Sabendo o que é Neuroeducação, nos concentramos em me-
lhorar as estratégias de desenvolvimento educacional e processos de 
ensino, estabelecendo uma ponte entre a Neurologia e as disciplinas 
que abrangem a educação. Como vimos antes, nada mais é do que 
tentar configurar a aprendizagem da maneira que melhor se adapta ao 
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desenvolvimento do nosso cérebro, porque conecta o pensar, sentir e 
agir em um todo indivisível.
Logo, pudemos ver que as múltiplas oportunidades profissionais 
oferecidas pela união das Ciências da Educação e da Neurologia fazem 
com que cada vez mais pessoas queiram estudar um Mestrado em Neuro-
educação. Saber o que é Neuroeducação é um convite ao esforço e com-
promisso com a sociedade. Estudar Neurociência, Psicologia, Educação e 
Ciência Cognitiva nos permitirá inovar na Neuroeducação. A especializa-
ção é essencial para se destacar em uma profissão. A paixão pelo que se 
faz é uma das ferramentas que fazem os profissionais crescerem.
Por fim, destacamos que o cérebro humano tem mais de 100 
bilhões de neurônios, cada um dos quais tem lugar entre 5 e 12 mil 
contatos únicos que desempenham o seu próprio papel na complexa 
relação entre o que percebemos, lembramos, aprendemos, pensamos, 
queremos; e nós fazemos isso o tempo todo. Logo, quando entendemos 
um pouco mais como nosso cérebro funciona ao longo da vida, pode-
mos otimizar a quantidade e a qualidade de nosso aprendizado. 
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GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
De acordo ao estudado na presente unidade, é possível destacar que 
o tecido nervoso é composto das mesmas células em todos os animais 
e apenas para fins didáticos podem ser reunidos em dois grandes gru-
pos: um, formado por neurônios e outro pelas chamadas células da glia. 
Além disso, as células mais importantes são os neurônios, mas não 
podem coexistir sem os outros, que os acompanham em sua função. 
TREINO INÉDITO
Gabarito: A
Justificativa
É correta, pois Todos os neurônios se originam de células embrioná-
rias chamadas neuroblastos, e cada um deles em um processo de di-
ferenciação celular, produz uma única célula nervosa adulta. Logo, as 
demais alternativas se tornam incorretas, pois não condizem com as 
explicacoes sobre os neurônios e suas especificidades.
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CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
De acordo com Molliqaj (2014), essas causas podem ser: 
• vascular;
• infeccioso;
• neoplástico;
• degenerativo;
• traumático;
• toxico metabólico.
TREINO INÉDITO
Gabarito: E
Justificativa: De acordo com o texto a letra E é a incorreta, pois O qua-
dro psíquico não ajuda a tomar decisões sobre o grau de responsabili-
dade do acusado de um crime. Logo, a partícula de forma positiva é o 
que a torna incorreta. As demais alternativas são todas corretas.
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CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO 
DE RESPOSTA
De acordo com Cosenza (2012), se existem outros distúrbios de tipo 
psicológico, ou são independentes (comorbidade) ou o resultado de 
“frustração e stress adaptativo” devido a distúrbios de aprendizagem 
primários (é a interpretação mais comum) ou também considerados ou-
tra consequência de disfunção do Sistema Nervoso Central. 
TREINO INÉDITO
Gabarito: A
Justificativa: De acordo com o texto, a letra A é a correta porque o enun-
ciado se refere ao distúrbio de aprendizado, invalidando, portanto, as 
demais alternativas.
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em um laboratório de investigação para a aproximação integrada ao 
desenvolvimento da criança com Síndrome de Down. Publicado em 
2012. Disponível em: . Acesso em: 24 de mar. 2019.
ALVES, Eliane. O que é a neuropedagogia? E qual seu reflexo na edu-
cação? Disponível em: http://educaneuro.blogspot.com.br/2010/04/o-
-que-e-neuropedagogia-e-qual-seu.html Acesso em: 23 de mar. 2019.
BIO NEURO BIOLOGIA. Figura 3 – Tipos de neurônios. Disponível 
em: Típicos básicos de neurônios. 
Acesso em: 12 de janeiro de 2020 
 
COSENZA, Ramon M. e GUERRA, Leonor. Neurociência e educação: 
como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
COSENZA, R. M. Fundamentos de Neuroanatomia. 4ª ed. Guanabara 
Koogan, 2012.
DAMÁSIO, Antônio. O homem está evoluindo para conciliar a emoção 
e a razão. Disponível em: . 
Acesso em: 23 de mar. 2019.
DEHAENE, Stanislas. Os Neurônios da Leitura: Como a Ciência explica 
a nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012.
DEPOSITEPHOTOS. Figura 9 – Neurônios. Disponível em: Neurônios. Acesso em: 12 de janeiro de 2020
FLOR, Damaris; CARVALHO, Teresinha Augusta Pereira de. Neuro-
ciência para educador: coletânea de subsídios para “alfabetização neu-
rocientífica”. São Paulo: Baraúnas, 2011.
ICMC – USP. Figura 1 – Constituintes da célula neural. Disponível em: 
 Consti-
tuintes da célula neural. Acesso em: 11 de janeiro de 2020
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nitivismo da criança. Acesso em: 12 de janeiro de 2020
LENT, R. Cem bilhões de neurônios?:Conceitos Fundamentais de Neu-
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RELVAS, Marta Pires. Neurociência e educação: potencialidades dos 
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RESEARCHGATE. Figura 15 – Esquema de adaptação. Disponível em: 
 Esquema de 
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Disponível em: o cérebro e seus 100 bilhões de neurônios. Acesso em: 12 de 
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Spelos cin-
co sentidos principais: paladar, olfato, tato, visão e audição. Devido a 
isso, os seres humanos estão cientes do estado do seu corpo e, assim, 
pode cuidar dele. Por exemplo, se alguém tem um problema para re-
solver, essa informação é recebida pelos sensores na pele que registra 
as mudanças na pressão. Esses dados são transmitidos para o cérebro 
onde são interpretados. Posteriormente, uma resposta é enviada.
Por outro lado, o Sistema Nervoso produz respostas consi-
derando estímulos recebidos. Essa característica é importante porque 
permite que os seres humanos atuem de acordo com a situação. Con-
tinuamos com o exemplo do problema para resolver. Ao receber a in-
formação do destinatário, o cérebro envia uma resposta para fazer com 
que o corpo identifique o agente invasor, essa resposta é sob a forma de 
desconforto causado pela pressão do objeto sobre o nervo. Então, sa-
bemos que há uma desvantagem e podemos agir sobre ela (por exem-
plo, a remoção da pedra).
As respostas do Sistema Nervoso podem ser: voluntárias e invo-
luntárias. O exemplo da pedra é uma amostra de resposta voluntária. En-
quanto isso, um exemplo de resposta involuntária é estar suando. Quan-
do estiver quente, o Sistema Nervoso gera suor para resfriar o corpo.
Além disso, vale destacar que, no que tange à educação vol-
tada à Neurociência, como estudaremos na presente disciplina, no final 
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da década de 1990, encontramos novas correntes de pensamento que 
enfatizam a importância de fatores socioculturais e emocionais no pro-
cesso de aprendizagem. A partir do ano 2000, quando os resultados de 
múltiplas investigações sobre o funcionamento do cérebro se tornaram 
conhecidos, a importância da base neural nas ciências da aprendiza-
gem foi reconhecida e a importância de saber como o cérebro humano 
processa a informação, que vem por meio de estímulos sensoriais e, 
portanto, capaz de projetar modelos educativos e estratégias de ensino-
-aprendizagem à medida das possibilidades de aprendizes, de acordo 
com as possibilidades e as fases de sua vida. 
Estudaremos, portanto, ao longo deste módulo, investigações 
que demonstram que, independentemente da idade, é sempre possí-
vel aprender se algo for ensinado de acordo com as possibilidades de 
cada cérebro. Dessa forma, novas questões surgiram: como e, acima 
de tudo, quando podemos aprender melhor e mais rápido? Há períodos 
mais propícios ao desenvolvimento do cérebro? Que papel desempe-
nham as emoções, motivação e autoestima na aprendizagem? Quão 
importantes são as condições ambientais ou o contexto em que as au-
las são ministradas, para que a pessoa alcance uma aprendizagem 
adequada? Quais são as causas orgânicas, que impedem a aquisição 
de habilidades matemáticas ou de leitura? 
Desse modo, tudo isso será revelado como os estudos na área 
do avanço da neuropedagogia, uma disciplina que se alimenta de disci-
plinas variadas como Biologia, Psicologia, Química, Anatomia, Física e 
Ciência da Computação.
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SCONCEITOS E APLICAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Começar o estudo do Sistema Nervoso (SN) implica compre-
ender um dos milagres da Biologia, porque, como poderá ser visto ao 
longo de toda a escrita no estudo deste sistema, as propriedades emer-
gentes aparecem notoriamente. O SN é muito mais do que um conjunto 
de células. É ele quem ajuda a regular, a integrar, a ordenar cada uma 
das funções que estão sendo feitas no organismo de cada um. 
Sabe-se que a unidade fundamental da Biologia é a célula, 
e são essas células diferenciadas, especializadas em SN, que adqui-
rem a capacidade de receber estímulos, processá-las e produzir uma 
resposta. Vale destacar que um tecido como um grupo de células tem 
a mesma função. Assim, pode-se apontar o tecido nervoso como um 
MACROSCOPIA DO SISTEMA
NERVOSO CENTRAL
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conjunto de células ligadas cuja função é a recepção de estímulos, sua 
interpretação e, com base nisso, o desenvolvimento de uma resposta.
Quais são as células encontradas no tecido nervoso? Elas são 
diferentes em outros tipos de animais? Pode-se dizer que o tecido ner-
voso é composto das mesmas células em todos os animais e apenas 
para fins didáticos, podem ser reunidos em dois grandes grupos: um, 
formado por neurônios, e outro pelas chamadas células da glia. Sem 
dúvida, as células mais importantes são os neurônios, mas não podem 
coexistir sem os outros, que os acompanham em sua função. 
É bem verdade que essas células não são todas iguais, mas 
estruturalmente são diferentes com base em seu padrão de conexões, 
sua arquitetura dendrítica, os mediadores usados na comunicação. 
Como já dito anteriormente, são as mesmas células que compõem o 
tecido nervoso em qualquer animal, como em uma mosca, em um rato, 
em um cachorro e nos seres humanos.
 Mas então, há alguma diferença com eles? Não no tipo de cé-
lulas, como já dito, mas nos circuitos, isto é, no modo como os neurônios 
são organizados. Eles não trabalham isoladamente, mas fazem isso em 
conjunto, com uma forma particular de relação com o que é chamado 
de circuitos neurais, ou seja, os caminhos ou circuitos de comunicação 
gerados entre os neurônios que são diferentes em alguns organismos. 
O Sistema Nervoso é um dos sistemas mais importantes 
do organismo, possui múltiplas funções que se baseiam no recebi-
mento e processamento de informações provenientes do meio am-
biente e de dentro do corpo, a fim de regular o funcionamento de 
outros órgãos e sistemas. Pode fazer tanto por ação direta quanto 
por apoio no sistema endócrino, através da regulação da liberação 
de fatores que estimulam a secreção de diferentes hormônios
O sistema nervoso coordena as diversas funções do organis-
mo, contribuindo para seu equilíbrio, sendo dividido em duas partes 
fundamentais: sistema nervoso central e sistema nervoso períférico. O 
sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela médula espi-
nhal, sendo responsável por processar informações. O sistema nervo-
so periférico é composto por nervos, glânglios e terminações nervosas, 
sendo responsável pelos movimentos voluntários e involuntários.
Pode-se dizer que os circuitos nos humanos são mais comple-
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xos. Basta pensar sobre como as conexões são estabelecidas para nos 
permitir lembrar, falar, pensar e, em última análise, desempenhar as 
funções superiores de intelecto. 
Agora, em se tratando dos neurônios, as células nervosas ou 
neurônios são caracterizadas, como já mencionado, por duas proprie-
dades fundamentais: irritabilidade e condutividade. Logo, são células 
especializadas em receber estímulos e, com base nessa interpretação, 
elaborar uma resposta e conduzi-la por diferentes estruturas. 
Eles têm propriedades que lhes permitem ser únicos, uma vez que esses 
neurônios estão organizados no tecido nervoso para formar diferentes órgãos 
que são estabelecidos no desenvolvimento embrionário. No entanto, elas po-
dem mudar após o nascimento, uma capacidade que conhecemos como re-
modelação, ou simplesmente plasticidade neuronal, respondendo a circuitos 
relacionados a sinapses, como veremos mais adiante. (LENT, 2010, 255)
Eles estão longe de ser uniformes, pois podem apresentar va-
riedade morfológica: esférica, oval, poliédrica e seu tamanho pode estar 
entre 6 e 100 microns, como poderá ser observado na figura 1. E, como 
dito anteriormente, novos estudos indicam a possibilidade de diferencia-
ção celular a partir de células-tronco no cérebro adulto. De forma esque-
mática, de acordo com Lent (2010), pode-se dizer que cada neurônio é 
uma célula separada formada por:
• Um corpo celular, chamadosoma;
• Prolongamentos citoplasmáticos que se estendem por uma 
pequena distância da célula, chamados dendritos;
• Um cilindro ou axônio cujo comprimento varia de alguns milí-
metros a mais de um metro, conhecido como axônios.
Figura 1 – Constítuintes da célula neuronal
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Fonte: ICMC – USP. Acesso em 2019.
Através dos axônios das terminações nervosas entram em 
contato com os dendritos ou corpos celulares de outros neurônios, ou 
células chamadas de efetores, como células musculares, por exemplo. 
Todos os neurônios se originam de células embrionárias chamadas 
neuroblastos, e cada um deles em um processo de diferenciação celu-
lar, produz uma única célula nervosa adulta. 
Pode-se dizer que os neurônios, como todas as células eucarióti-
cas que encontramos em nosso organismo, têm organelas comuns a todos 
eles. Assim, identificar o núcleo – que pode ter tamanho variável, geralmen-
te um nucléolo grande, mitocôndrias, agrupadas nas extensões do corpo 
celular e de axônios –concentra-se, em especial, nas regiões sinápticas, ou 
seja, em áreas onde as células colocam em comunicação entre si. 
Encontra-se também um retículo endoplasmático, liso e áspero, 
e neste caso, os ribossomos que são vistos com manchas especiais, às 
vezes dão uma aparência marcante ao olho, e é conhecido como subs-
tância Nissl. É interessante descrever que essa quantidade de ribosso-
mos é encontrada em todo o corpo celular, nas extensões dendríticas, 
mas nunca chega ao cilindro. Localizam-se canais e cisternas sem ribos-
somos ligados que se conectam para formar o aparelho de Golgi. 
Ali, observam-se microtúbulos como parte do citoesqueleto 
que fornece um sistema de transporte rápido entre regiões distantes da 
célula, proteínas especiais, tais como polipéptidos, enzimas ou aminas 
que podem ser sintetizadas no citoplasma das células nervosas e trans-
portadas pelos axônios para entrar na corrente sanguínea através dos 
terminais de pés acima dos capilares ou para estimular os chamados 
órgãos efectores ou outros neurônios nas junções sinápticas. 
Este sistema é composto pelo cérebro, o cerebelo, o tronco 
cerebral, a medula espinal e os nervos periféricos, é classificado 
no sistema nervoso central e no sistema nervoso periférico. O sis-
tema nervoso central compreende a parte coberta por um sistema 
de proteção óssea formado pelo crânio e pelo canal vertebral das 
vértebras, enquanto o sistema nervoso periférico é formado pelos 
prolongamentos ou caminhos nervosos que deixam a medula para 
os vários tecidos
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Em SN existem milhões de neurônios, cujo tamanho, forma e 
características funcionais são muito variáveis. Como já dissemos, eles 
têm extensões em um número variável e podemos esquematizá-los em 
dois tipos, algumas extensões citoplasmáticos, chamados dendritos, ge-
ralmente múltiplos, embora às vezes únicos e um axônio sempre único. 
Figura 2 – Estrutura de um neurônio
Fonte: Info Escola (2010). Acesso em 2019.
A origem dessas extensões é conhecida como polo. De forma 
esquemática, os neurônios podem ser subclassificados, levando-se em 
conta sua estrutura em monopolar, bipolar e multipolar. Os neurônios 
monopolares têm um único prolongamento que parte do corpo celular, 
mas ramifica-se para dar origem a uma extensão que vai para o SNC 
e outro que o separa do SNC. Eles são fundamentalmente aferentes, o 
que significa que eles conduzem informações para o SNC e das termi-
nações de recebimento para ele. 
Cada neurônio do cérebro humano está ligado a milhares de 
outro. Sendo o ponto de contato entre dois neurônios formado pela união 
do axônio de um neurônio e o dendritos ou corpo celular de outro, onde 
ocorre a transmissão de impulsos nervosos de uma célula para outra. 
Esse processo é denominado sinapse. Sinapse é o local onde 
dois neurônios entram em contato fazendo com que os impulsos nervosos 
sejam transmitidos entre eles, isto acontece porque em um determinado 
momento um neurônio é processado e ao atingir um dado limiar de ação, 
ele dispara, produzindo uma substância neurotransmissora que flui do cor-
po celular para o axônio, que pode estar conectado a um dendrito de outro 
neurônio. 
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Figura 3 – Tipos de neurônios
Fonte: Bio Neura (2019). Acesso em 2019.
É possível ser encontrado nos gânglios espinhais das raízes 
dorsais, que, como veremos neste estudo, é o local topográfico através 
do qual informações sensíveis entram nos nervos que se encontram na 
medula espinhal, chamados nervos espinhais. 
Os neurônios bipolares são aqueles que têm um axônio e um dendrito. Esses 
neurônios, relativamente primitivos, estão circunscritos a virtualmente todos 
os órgãos dos sentidos ligados ao olfato, à audição e ao equilíbrio. No entan-
to, a grande maioria dos neurônios que encontramos no tecido nervoso são 
do tipo multipolar, mais complexo, com múltiplos dendritos e um único axônio 
ou cilindro. Muitas vezes essas células são agrupadas em conglomerados 
de função uniforme que chamamos de núcleo, como por exemplo, o núcleo 
motor no corno anterior da medula ou o núcleo motor do nervo motor ocular 
externo que nos permite alguns dos movimentos com nossos globos ocula-
res, como veremos nos subtópicos sucessivos.(LENT, 2010, p. 276-277)
Outra maneira de classificar os neurônios, desta vez consi-
derando sua função, é de acordo com a direção em que os impulsos 
levam. Pode-se, assim falar de neurônios aferentes, quando eles são 
neurônios que transmitem impulsos para a medula espinhal ou para o 
cérebro, e eles são sempre neurônios sensoriais. Em vez disso, nos 
referimos aos neurônios eferentes quando eles direcionam informações 
do SN para a periferia, eles são chamados de neurônios motores. De 
maneira esquemática, observe as figuras 1 e 2 novamente. 
Outros neurônios são chamados interneurônios que comuni-
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cam neurônios aferentes e estão dentro do SNC, e compreende, por 
exemplo, o que é conhecido como arco reflexo, que será desenvolvido 
no Sistema Nervoso Periférico (SNP). São também esses neurônios 
que conectam os estímulos que o SN recebe com as respostas moto-
ras, fazendo parte de importantes circuitos de regulação e controle. 
É possível acrescentar que, em geral, os dendritos neuronais são 
curtos e invariavelmente ramificados, às vezes formando uma estrutura 
que se assemelha a uma árvore e é conhecida como “árvore dendrítica”. 
É possível encontrar nelas retículo endoplasmático, microtú-
bulos, neurofilamentos, mas, ao contrário dos axônios, eles nunca são 
mielinizados. Eles têm um contorno suave, geralmente um diâmetro 
constante e estão rodeados pela membrana plasmática. Seu citoplasma 
contém mitocôndrias, retículo endoplasmático e muitos neurofilamen-
tos, mas poucos microtúbulos. 
Figura 4 – Sistema Nervoso Central
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
De acordo com a região do sistema nervoso central, os nervos 
são classifcados como: nervos cranianos, sendo os que conectam o 
encéfalo aos órgãos do sentido e dos músculos, e os nervos espinais, 
também conhecidos como raquidianos, que servem de conexão entre 
a médula espinhal a células sensoriais e aos músculos. O ser humano 
possui 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos raquidianos.
As proteínas, enzimas, hormônios e, sem dúvida, os neuro-
transmissores são sintetizados no corpo celular, mas são deslocados 
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pelo axônio. No SNP (Sistema Nervoso Periférico), todos os dendritos e 
axônios são cercados por bainhas de células especializadas. 
Os axônios com mais de 1 a 2 mícrons de diâmetro são envolvi-
dos por células especiais, chamadas de células de Schwann, cujas exten-
sõesformam e envolvem uma lipoproteína complexa chamada mielina. Em 
intervalos regulares ocorrem pequenas separações na bainha de mielina, 
designadas como nódulos de Ranvier, através das quais ocorre a condu-
ção denominada saltatoria, que será expandida nos próximos capítulos. 
Fora dessas células de Schwann, encontra-se a lâmina basal, 
fibras de colágeno e reticulina. Os axônios e suas bainhas são unidos 
por tecido conjuntivo, formando as fibras nervosas, elementos constitu-
tivos dos nervos espinhais, por exemplo. 
Por fim, vale destacar que, a maioria dos neurônios que se 
encontram no SN são multipolares, isto é, múltiplos dendritos e um úni-
co axônio. Por fim, um fato interessante é que a recepção de múltiplos 
estímulos é integrada ao corpo celular e sua resposta é transmitida em 
uma única direção e sentido.
OS NEURÔNIOS: PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO
Nestas últimas duas décadas, graças ao diálogo interdiscipli-
nar das ciências cognitivas e das neurociências, a educação está incli-
nada a uma verdadeira revolução. Novas perspectivas mais holísticas e 
abrangentes do conhecimento do cérebro, anunciam um novo paradig-
ma de educação, com profundas implicações.
Existem muitas teorias que propõem modelos para entender 
como a aprendizagem ocorre. No entanto, por serem processos extre-
mamente complexos, a única coisa que temos até agora são modelos 
que nos aproximam de entendê-los. 
Um passo revolucionário, a este respeito, foi dado nos últimos 
anos pelas Ciências Neurológicas em conexão com as Ciências Cogni-
tivas. Estamos no limiar de um novo paradigma educacional, que ainda 
eleva sua cabeça timidamente no horizonte das tradições educativas 
profundamente enraizadas.
Ao contrário de uma concepção tradicional de aprendizagem, é 
sabido que este é o resultado de processos biológicos complexos, tais 
que interagem devido à atividade molecular de neurônios em células 
neurais de milhões de circuitos. Nestes processos complexos, quatro 
componentes essenciais devem coincidir e ser articulados, alguns tradi-
cionais, outros novos: motivação, emoção, atenção e memória.
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Neste diálogo fecundo estão gerando alguns princípios orientadores que irão 
possivelmente ainda mais confirmados e enriquecido nos próximos anos. As-
sim, confirma-se que o cérebro é o motor do conhecimento, sendo que as 
experiências o moldam, precisamente por causa de sua plasticidade; Isto 
contradiz a visão tradicional de que a ciência e a educação tinha mantido 
até hoje, e que tem invadido o currículo, programas, conteúdos de estudo 
e métodos de ensino e desenvolvimento de competências. As metodologias 
habituais de ensino e aprendizagem são, portanto, chamadas a sofrer pro-
fundas mudanças. (MUNIZ, 2014, p. 34)
Um aspecto de grande interesse é a evidência mostrando ex-
perimentais imagens dinâmicas do cérebro, explicando como as cone-
xões neurais que permanecem inativos, desaparecem; as lições dessa 
evidência para ensinar e aprender são transcendentais. 
Enquanto a educação falha para ativar e desenvolver as ex-
periências mais robustas e desafiadoras de aprendizagem, crianças e 
adolescentes nas escolas perdem esse potencial, como resultado de 
uma educação que não fornece experiências provocantes ou problema-
tizantes. Com isso, a educação poderia estar se tornando um fenômeno 
que fornece mais limitações do que fortalecer suas capacidades.
Isso também significa alcançar outro princípio relacionado à 
importância da educação, proporcionando ao aluno novas experiências 
desafiadoras de forma permanente, em vez de prevalecerem experiên-
cias significativas, memorização e repetição, desenvolve-se o princípio 
do juízo crítico e a capacidade de questionar a realidade. 
Figura 5 – Organograma dos paradigmas sociais 
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
Portanto, os alunos passam pelo contínuo educativo do pré-
-escolar, primário e secundário com uma educação que deve fornecer 
experiências de aprendizagem autênticas que melhoram a sua capa-
cidade de problematizar, de criticar, de discutir, de criar, de encontrar 
soluções criativas, entre outras.
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Com relação ao cenário atual, possivelmente frustrante quando 
comparado com a realidade educacional que caracteriza o país, deve 
fazer-nos pensar e chegar a um acordo sobre a importância estratégi-
ca da profissão docente, e as profundas mudanças incorporados pelas 
decisões do Estado a privilegiar com cuidados especiais e tratamento 
ao rigor, especialmente no reconhecimento institucional, social e salário 
que eles precisam, e nos currículos de formação inicial e contínua.
Esses temas neuroeducativos precisam ser incorporados a es-
ses programas de treinamento de professores, o que facilitará o ensino e 
a aprendizagem para se tornarem processos inovadores, criativos, críti-
cos e proativos. É essencial que os professores se tornam grandes leito-
res eficazes, assessores críticos, saber como conectar várias fontes de 
informação e, em particular, ser capaz de construir novas estratégias de 
ensino adaptadas às diferenças individuais dos estudantes. Eles devem 
estudar, além da Pedagogia Tradicional, os aspectos básicos da Neuro-
ciência e o funcionamento do sistema nervoso nos níveis macro e micro.
Um dos aspectos mais exigidos é a compreensão dos proces-
sos motivacionais, a busca de experiências de aprendizagem que desa-
fiam a imaginação, a reflexão, a pesquisa, compreendendo a importância 
da linguagem não verbal, bem como os processos de acompanhamento, 
aprendendo com um clima emocional e espiritual positivo, desafiador e 
provocativo. Enquanto o ensino e a aprendizagem forem acompanhados 
de emoções e de sentimentos positivos e motivadores, em proporções 
iguais, será alcançada uma aprendizagem significativa, duradoura e útil. 
Emoção, sentimentos e motivação são os melhores aliados positivamen-
te com a capacidade e com a profundidade do raciocínio. 
Nesse futuro imediato, os professores logo serão diferencia-
dos, sejam eles capazes ou não de usar emoções e sentimentos como 
dinamizadores da aprendizagem significativa. 
Se isso for acompanhado de um ambiente seguro, confortável 
e letrado bem definido do ponto de vista acadêmico, o precedente será 
ainda mais forte.
REDES NEURAIS ARTIFICIAIS X REDES NEURAIS BIOLÓGICAS
O aparato computacional mais poderoso conhecido pelo ho-
mem é o cérebro humano. Uma criança de três anos pode executar 
facilmente tarefas que excedem em muito as capacidades de compu-
tadores mais sofisticados: reconhecer dezenas de faces e centenas de 
objetos de diferentes ângulos, em diferentes condições de iluminação; 
manipular um ambiente complexo; compreender e usar um vocabulário 
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complexo de linguagem e gestos. 
Grandes esforços de desenvolvimento foram gastos tentando 
reproduzir versões limitadas de alguns desses recursos em computado-
res, com resultados ruins. Um computador pode realizar cálculos aritmé-
ticos em segundos que levariam anos para um ser humano. A aritmética 
é difícil para os humanos e impossível para os animais, essa habilidade 
é tradicionalmente considerada um sinal de grande inteligência. Então, o 
que causa a disparidade entre as habilidades do homem e da máquina? 
A diferença óbvia está na arquitetura fundamental do computador 
e do cérebro. Os computadores tradicionais são baseados na arquitetura 
Von Neumann: um processador simples que pode realizar operações arit-
méticas, onde a lógica e a condicional ocorrem nas operações simples. 
Já o cérebro humano, em contraste, consiste em muitas cé-
lulas especializadas chamadas neurônios, massivamente interligados 
(estima-se que, na ordem de dez bilhões de neurônios no cérebro hu-
mano existe uma média de milhares de ligações). 
Esses neurônios são lentos (produzindo centenas em vez de 
milhõesde operações por segundo). Redes Neurais Artificiais (RNA), ou 
simplesmente Redes Neurais, são modelos de computador inspirados 
na estrutura de baixo nível do cérebro. 
São unidades de processamento chamadas neurônios sim-
ples, ligados por ligações de várias forças, que possuem a capacidade 
de realizar operações como cálculos em paralelo que servem para o 
processamento de dados e para a representação de conhecimentos. 
Essas redes neurais também podem ser construídas com hardware es-
pecial ou simuladas em computadores normais. 
Figura 5 – Tipos de redes neurais
Fonte: Elaborado pela autora (2019)
No entanto, o hardware especializado neuronal não é comum, 
então a simulação é a norma. O cérebro contém muitas células espe-
cializadas chamadas neurônios. Um neurônio tem três partes: um cor-
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po celular, uma estrutura de entrada fina (dendrite) e uma estrutura de 
saída grande (axônio). Os terminais dos axônios terminam em sinapse.
Em uma análise rápida de pesquisa de fontes eletrônicas 
de programas de informação e disseminação, encontramos hoje 
vários termos como neuroeducação, neurodidática, neuroforma-
ção e neuropedagogia no campo educacional, mas também neu-
rocultura, neuromarketing, neuroeconomia, neuropsicologia, neu-
rolinguística, neuropolítica, neuro-história, neurogastronomia, 
neuroestética, neuroarte e muito mais neuro.
Essas são conexões que quase todos os dendritos de outros 
neurônios possuem, são sinais eletroquímicos propagados por neurô-
nios de suas sinapses para outros neurônios. De acordo com Dehaene 
(2012), esse comportamento simples é modificado de várias maneiras: 
a) Um neurônio produz apenas um sinal (disparos). O sinal de 
entrada pode exceder uma certa quantidade em um curto período. 
b) As sinapses variam em força; algumas são boas conectoras, 
permitindo um sinal forte, e outras, um sinal fraco. 
c) As sinapses podem ser: excitatórias ou inibitórias. Uma sinapse 
excitatória adiciona um sinal ao dendrito. Em contraste, o inibidor reduz o 
sinal do dendrito. Acredita-se agora que muita atividade cerebral é controla-
da por conexões introdutoras/removedoras entre os neurônios e pela alte-
ração das forças sinápticas das conexões. Por exemplo, vamos supor que 
dois neurônios representem dois conceitos: comida e campainha. O neurô-
nio comido transmite sempre que a comida está disponível e o neurônio 
campainha quando um sino toca. Se houver um jantar, a campainha toca, 
portanto, há uma conexão muito importante entre esses dois conceitos. 
Aqui, destaca-se sobre o aprendizado de Hebbque, postula 
que a força sináptica entre os neurônios aumenta se eles representam 
conceitos associados. Cada vez que a campainha toca e a comida apa-
rece, a conexão entre esses dois neurônios aumenta. Consequente-
mente, o cérebro aprende a associar o sino com comida. 
Agora, se há uma série de conceitos que indicam a proximida-
de de alimentos (fome, cheiro) que podem ser combinados e “pesados” 
de acordo com sua importância relativa para determinar se o alimento 
pode aparecer, o neurônio alimentar pode ser ativado sozinho se vários 
conceitos relacionados coincidirem, por exemplo, se a campainha toca 
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quando não há comida, ele pode não ser ativado.
Matematicamente, podemos representar um neurônio simpli-
ficado por um valor (que deve ser superado para ser ativado) e uma 
lista de suas sinapses e suas forças associadas. Os sinais de entrada 
para um neurônio são multiplicados pelas forças associadas (“pesos”) 
e depois somados. 
O resultado é chamado de nível de ativação do neurônio. Se 
o nível de ativação exceder o valor do neurônio, ele será ativado e um 
sinal será enviado para cada neurônio conectado. Postula-se que os pa-
cotes de neurônios devem essencialmente compartilhar insumos de ou-
tros pacotes, de modo que o comportamento dos neurônios individuais 
é irrelevante. Pacotes de neurônios, em vez de neurônios individuais, 
precisam ser modelados. 
A Neuropedagogia é uma ciência nascente cuja finalida-
de é estudar o cérebro humano que deve ser entendido como um 
órgão social capaz de ser modificado pelos processos de ensino 
e aprendizagem especialmente lúdicos e não simplesmente como 
um computador. Nesse sentido, é uma disciplina biológica e social. 
Não pode haver uma mente sem cérebro, ou um cérebro sem um 
contexto social e cultural
Desse modo, em uma rede neural, pode-se considerar que um 
neurônio simples representa um pacote de neurônios reais para enfati-
zar que o modelo de neurônios usado até agora é extremamente sim-
ples em relação ao do cérebro humano.
A rede neural artificial é o resultado da rede neural biológica, 
sendo seu principal objetivo servir de modelo para o aprendizado e re-
solução de problemas complexos. Atualmente os diferentes tipos de 
problemas que são resolvidos pelas redes neurais artificiais são:
• Previsão de valores
• Processamento de linguagem natural
• Reconhecimento de fala e imagens
A relação que existe entre as redes artificiais e as biológicas é 
que em ambas existe a presença de axônio e dendrito, comunicando-se 
por sinapse. 
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Figura 7 – Relação entre uma rede neural biológica e artificial
Fonte: Medium – 2018. Acesso em 2019.
Não duvidamos que a neurociência possa se tornar uma 
ferramenta essencial para melhorar o processo de aprendizagem. 
Mas temos que ter cuidado porque, muitas vezes, eles tentam 
banalizar suas propostas ou para aumentar as vendas de textos, 
como capturar desavisados com propostas não científicas
A figura acima traz a representação da relação existente entre 
uma rede neural biológica e uma artificial. Onde a letra X representada 
os sinais recebidos, a letra W a força sináptica.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2022 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Contagem – MG Pro-
va: Fisioterapeuta
A função motora constitui-se no mecanismo responsável por pro-
duzir e controlar os movimentos, sendo mediada pelos neurônios 
motores superiores e inferiores. Sobre as características dos neu-
rônios motores e lesões que podem vir afetar aos mesmos, analise 
as afirmativas abaixo:
I. Os neurônios motores superiores originam-se no córtex cerebral 
e no tronco cerebral e projetam-se para os neurônios motores infe-
riores no tronco cerebral e projetam-se para os neurônios inferio-
res no tronco cerebral e na medula espinhal.
II. Os neurônios motores inferiores projetam-se desde o córtex ce-
rebral até os músculos esqueléticos.
III. Sinais de lesões nos neurônios motores superiores incluem tô-
nus muscular aumentado, hiperreflexia e sinais de Babinsky e de 
Hoffman positivos.
IV. Sinais de lesão dos neurônios motores inferiores incluem refle-
xos aumentados, atrofia muscular e fasciculações.
A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) II e IV apenas.
D) III e IV apenas.
E) I, II, III e IV.
QUESTÃO 2
Ano: 2022 Banca: UNOESC Órgão: Prefeitura de Maravilha – SC 
Prova: Professor de Ciências
Os neurônios são as unidades funcionais que, por meio das in-
terações entre os seus prolongamentos, constituem os circuitos 
responsáveis pelas funções complexas do sistema nervoso. Em 
termos estruturais, o neurônio é dividido em: 
a) Astrócito, monócito e corpo celular. 
b) Corpo celular, axônio e dendritos.
c) Micróglia, eosinófilo e dendritos.
d) Basófilo, corpo celular e axônio. 
e) Nenhuma das alternativas.
QUESTÃO 3
Ano: 2020 Banca: UNOESC Órgão: Prefeitura de Descanso – SC 
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Prova: Professor de Educação Física
As células da neuroglia cumprem a função de sustentar, proteger, 
isolar e nutrir os neurônios. Dos diversos tipos de células da neu-
roglia, as maiores células, e queestão associados à sustentação e 
à nutrição dos neurônios, são denominadas de:
a) Micróglias.
b) Astrócitos.
c) Neurolemócitos.
d) Oligodendrócitos.
e) Basófilo.
QUESTÃO 4
Ano: 2022 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PETROBRAS Prova: 
Ciência de dados
As funções de ativação são elementos importantes nas redes neu-
rais artificiais; essas funções introduzem componente não linear 
nas redes neurais, fazendo que elas possam aprender mais do que 
relações lineares entre as variáveis dependentes e independentes, 
tornando-as capazes de modelar também relações não lineares. 
a) Certo.
b) Errado.
QUESTÃO 5 (ADAPTADA)
Ano: 2022 Banca: UNIOESTE Órgão: Prefeitura de Guaratuba – PR 
Prova: Agente de Fiscalização
A leitura não é uma habilidade inata, não nascemos lendo e não de-
senvolvemos essa habilidade sem instrução explícita. A escrita foi um 
código criado pelo homem para registrar o conhecimento produzi-
do ao longo da história. A leitura é uma decorrência dessa invenção 
cultural, sendo basicamente a atividade de desvendar esse código, 
de decodificar. Considerando a recenticidade da escrita e da leitura, 
Dehaene (2012) conclui que nosso cérebro não está pronto para ler. 
Para isto, é preciso haver uma tarefa de reciclagem neuronal, em que 
neurônios até então responsáveis pelo reconhecimento de faces são 
recrutados para o reconhecimento de símbolos especiais, as letras.
Fonte: SOUZA, Lucilene Bender de; MILESKI, Ivanete. A emergência 
da especialização cerebral para leitura de palavras. In: GABRIEL, 
Rosângela et al. Tecendo conexões entre cognição, linguagem e 
leitura. Curitiba: Multideia, 2014. p. 33-46.
Assinale a alternativa que apresenta um resumo semanticamente 
adequado do texto-base.
a) Embora a leitura não seja uma habilidade inata, a escrita o é, o que 
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implica na necessidade de produzir uma reciclagem neuronal para que 
seja aprendida. 
b) A leitura não é uma habilidade inata, mas decorre de uma evolução 
cultural, demandando aprendizagem que envolve reciclagem neuronal.
c) Tanto a leitura quanto a escrita retratam uma evolução cultural, mas 
apenas a leitura exige instrução, por meio de ativação de neurônios 
para reconhecimento das letras. 
d) A leitura é uma habilidade inata, uma vez que decorre de uma evolu-
ção cultural, demandando aprendizagem que envolve reciclagem neu-
ronal para o reconhecimento das letras.
e) O homem nasce com uma predisposição para a habilidade de ler e 
escrever, mas precisa preparar o cérebro para tal tarefa, uma vez que o 
conhecimento é produzido ao longo da história recente.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Quais são as células que são encontradas no tecido nervoso? Elas são 
diferentes em outros tipos de animais? De acordo com o que foi estu-
dado, discorra. 
TREINO INÉDITO
Através dos axônios das terminações nervosas entram em con-
tato com os dendritos ou, corpos celulares de outros neurônios 
ou células chamadas de efetores, como células musculares, por 
exemplo. Todos os neurônios se originam de células embrionárias 
chamadas neuroblastos, e cada um deles em um processo de dife-
renciação celular, produz uma única:
A – Célula nervosa adulta.
B – Célula jovem.
C – Célula adulta.
D – Célula constante.
E – Célula nervosa jovem.
NA MÍDIA
FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO NO ENSINO E APRENDIZAGEM
O cérebro é o principal responsável por comandar todo o corpo huma-
no, neste caso, o que fazemos, pensamos, sentimos é possível em ra-
zão da atividade cerebral. Para que esse processo ocorra, em torno de 
80 milhões de neurônios e cerca de um quadrilhão de sinapses são os 
responsáveis para que essa comunicação aconteça, conforme a Neu-
rologista Lygia Ohlweiler em seu livro: Transtornos de Aprendizagem: 
abordagem neurobiológica e multidisciplinar.
Quando o cérebro entra em contato com algum estímulo, passa a tra-
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balhar de forma mais rápida uma vez que milhares de informações são 
processadas ao mesmo tempo, segundo a neurologista “o conhecimen-
to da transmissão sináptica é fundamental para compreender a base 
neural do aprendizado e da memória”, ou seja, a sinapse é uma das 
fontes fundamentais para ser possível se cumprir o processo de ensino 
e aprendizagem. É através das sinapses que a memorização dos as-
suntos a serem aprendidos ocorrem, mas também existe outro fator que 
auxilia a aprendizagem, chamada de: Neuroplasticidade.
Fonte: Super Cérebro
Data: 18 jul. 2022
Leia a notícia na íntegra: https://supercerebro.com.br/funcionamento-
-do-cerebro-no-ensino-e-aprendizagem/
NA PRÁTICA
REDES NEURAIS ARTIFICIAIS SÃO MAIS PARECIDAS COM O CÉ-
REBRO DO QUE PARECEM SER
Embora ainda não tenhamos aprendido muito sobre como a mente fun-
ciona, estamos no meio (ou talvez ainda no começo) de uma era de 
criação de nossa própria versão do cérebro humano. Após décadas de 
pesquisa e desenvolvimento, os pesquisadores conseguiram criar redes 
neurais profundas (RNP) (em inglês deep neural network), que às vezes 
combinam ou superam o desempenho humano em tarefas específicas.
Mas, um dos temas recorrentes nas discussões sobre inteligência artificial 
é se as redes neurais artificiais usadas na aprendizagem profunda (deep 
learning) funcionam de maneira semelhante às redes neurais biológicas de 
nossos cérebros. Muitos cientistas concordam que as redes neurais artifi-
ciais são uma imitação muito grosseira da estrutura do cérebro, e alguns 
acreditam que as RNPs são mecanismos de inferência estatística que não 
refletem as muitas funções do cérebro. O cérebro, eles acreditam, contém 
muitas maravilhas que vão além da mera conexão de neurônios biológicos.
Fonte: IBNeuro
Data: 02 jul. 2020
Leia a notícia na íntegra: https://ibneuro.com.br/blogs/noticias/redes-neu-
rais-artificiais-sao-mais-parecidas-com-o-cerebro-do-que-parecem-ser
PARA SABER MAIS:
Filme sobre o assunto: Preciosa – Uma história de Esperança (2009).
Filme sobre o assunto: Para sempre Alice (2014)
Filme sobre o assunto: Escritores da Liberdade (2007).
Acesse os links:https://youtu.be/AnrxEqzI81g 
https://youtu.be/OpOAwExofIc
https://www.youtube.com/watch?v=ikwYmKkvI6o
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SCONCEITOS E APLICAÇÕES
De acordo com Molliqaj (2014), pacientes com sintomas neu-
rológicos são estudados em etapas pelo método neurológico, que con-
siste em:
• Identificar a localização anatômica da lesão ou lesões que 
produzem os sintomas;
• Identificar a fisiopatologia envolvida
• Gerar diagnósticos diferenciais;
• Selecionar os testes específicos apropriados.
Identificação da anatomia e fisiopatologia da lesão através de 
uma história cuidadosa e um exame neurológico preciso reduz muito o 
diagnóstico diferencial e, assim, o número de testes necessários. Essa 
O MÉTODO, CLÍNICO EM NEUROLOGIA:
ANAMNESE, EXAME NEUROLÓGICO, 
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO
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abordagem não deve ser substituída por uma prescrição reflexa de uma 
tomografia computadorizada, ressonância magnética e outros estudos 
de laboratório; isso leva a erro e a um custo desnecessário.
Para identificar a localização anatômica, o examinador consi-
dera questões como:
• A lesão tem uma localização única ou múltipla?
• A lesão é limitada ao sistema nervoso ou é parte de um dis-
túrbio sistêmico?
• Qual parte do sistema nervoso é afetada?
Partes específicas do sistema nervoso a ser consideradas in-
cluem o córtex cerebral, a matéria branca subcortical, gânglios basais, 
tálamo, no cerebelo, tronco cerebral, a medula espinal, plexo braquial 
ou lombossacral nervo periférico, junção neuromuscular e o músculo.
Sua capacidade de perceber seu ambiente, ver, ouvir e 
cheirar o que está ao seu redor depende do seu sistema nervoso; 
também a capacidadede reconhecer onde você está e lembrar se 
você já esteve lá antes. De fato, sua mera capacidade de se pergun-
tar onde você está depende do seu sistema nervoso.
Segundo Molliqaj (2014), uma vez identificada a localização da 
lesão, são consideradas as categorias de causas fisiopatológicas, que 
incluem:
• Vascular;
• Infeccioso;
• Neoplástico;
• Degenerativo;
• Traumático;
• Toxicometabolico;
• Imunomediadas.
Quando aplicado adequadamente, o método neurológico for-
nece uma abordagem ordenada, mesmo no caso mais complexo, e é 
muito menos provável que os médicos sejam enganados por similarida-
des neurológicas (quando os sintomas de um acidente vascular cerebral 
são, na verdade, devido a um tumor cerebral ou quando uma paralisia 
rapidamente ascendente sugere uma síndrome de Guillain-Barré é, na 
verdade, devido à compressão da medula espinhal.
Aqui, deve-se destacar a respeito da anamnese. A anamnese é a 
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parte mais importante da avaliação neurológica, pois visa recuperar a his-
tória de vida do paciente e tentar estabelecer o primeiro elo dos sintomas 
e problemáticas que trazem o paciente à consulta. Os pacientes devem 
estar confortáveis e devem poder contar sua história com suas próprias 
palavras, principalmente da sua história de desenvolvimento da infância, 
podendo ser estruturada cronologicamente, que poderá facilitar a aprecia-
ção de questões desenvolvimentais importantes na história do paciente. 
Em geral, um médico pode determinar rapidamente se um histórico confi-
ável está disponível ou se é necessário entrevistar um membro da família.
Algumas questões específicas esclarecem a qualidade, inten-
sidade, distribuição, duração e frequência de cada sintoma. Vejamos:
• Deve-se determinar o que agrava e o que atenua o sintoma e 
se o tratamento anterior foi efetivo.
• Solicitar ao paciente que descreva a ordem em que os sinto-
mas ocorrem pode ajudar a identificar a causa.
• As deficiências específicas devem ser descritas quantitativa-
mente (por exemplo, caminhar a uma distância máxima de 7,5 metros 
[25 pés] antes de parar para descansar) e seu efeito na rotina diária do 
paciente é registrado.
• É essencial registrar a história pessoal e uma revisão com-
pleta por dispositivos e sistemas, porque as complicações neurológicas 
são comuns em outros distúrbios, especialmente alcoolismo, diabetes, 
câncer, distúrbios vasculares e infecção pelo HIV.
• A história familiar é importante porque a enxaqueca e mui-
tos distúrbios metabólicos, musculares, nervosos e neurodegenerativos 
são hereditários.
• Social, trabalho e viagens de fundo fornecem informações 
sobre infecções incomuns e exposição a toxinas e parasitas.
Às vezes, os sinais e sintomas neurológicos são funcionais ou 
histéricos e refletem um distúrbio psiquiátrico. Em casos típicos, esses 
sinais e sintomas não estão conforme as regras de anatomia e fisiolo-
gia, e o paciente está frequentemente deprimido ou extraordinariamente 
assustado. Entretanto, distúrbios funcionais e físicos às vezes coexis-
tem, e distingui-los pode ser um desafio.
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Figura 8 – Relação entre educação e SNC
Fonte: Elaborado pela autora (2019).
Em se tratando do exame físico e dos estudos complementa-
res, um exame físico é realizado para avaliar todos os sistemas do cor-
po, mas a atenção é focada no sistema nervoso (exame neurológico). 
De acordo com Molliqaj (2014), o exame neurológico inclui o seguinte:
• Estado mental;
• Nervos cranianos;
• Sistema motor;
• Força muscular;
• Marcha, postura e coordenação;
• Sensibilidade;
• Reflexões;
• Sistema nervoso autônomo.
Em muitas situações, um exame cerebrovascular também é indi-
cado. Testes de diagnóstico podem ser necessários para confirmar ou ex-
cluir outras possibilidades. Já em se tratando do diagnóstico e tratamento 
em Neurologia, é um manual que surge para responder às diferentes 
questões colocadas por pesquisadores, médicos, professores e alunos 
relacionados à especialidade médica neurológica. De acordo com Molli-
qaj (2014), embora os avanços tecnológicos mudaram e em constante 
mudança, a avaliação dos distúrbios do sistema nervoso central, a ava-
liação neuropsicológica continua a ser importante nas seguintes áreas:
(I) o estabelecimento do diagnóstico diferencial e diagnóstico 
de doenças neurológicas e psiquiátricas;
(ii) fornecer um perfil qualitativo e quantitativo de funções men-
tais superiores alteradas e conservas;
(iii) fornecer dados sobre a história natural da doença;
(iv) a evolução do desenvolvimento das funções mentais supe-
riores, ou seja, Neuropsicologia Infantil, adquire um papel importante no 
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apoio à avaliação pediátrica;
(v) o quadro jurídico ajuda a tomar decisões sobre o grau de 
responsabilidade do acusado de um crime
(vi) desempenha um papel fundamental na pesquisa e no estu-
do científico da organização e funcionamento do sistema nervoso e do 
comportamento humano. 
Figura 9 – Neurônios
Fonte: Amazon (2019)
O fato de distúrbios psiquiátricos existirem são geralmente ca-
racterizados por disfunções cognitivas, motoras e emocionais e, ao 
mesmo tempo, são definidos a partir delas (como no caso particular de 
TDAH), torna-se uma segunda razão para compreender a conveniência. 
No estudo de tais desordens, os correlatos biológicos das disfunções são 
mais bem explorados com o uso de técnicas de imaginação funcional. 
Por outro lado, dada a natureza dinâmica das disfunções do 
desenvolvimento neurológico psiquiátrico, ao contrário de exames que 
baseados em uma hipótese estática da doença, o uso de uma ferra-
menta a dinâmica que investiga os correlatos cerebrais dos sintomas 
psiquiátricos “em ação”, pode proporcionar uma melhor compreensão 
de tais transtornos. 
As técnicas estruturais de neuroimagem são muito úteis para 
a detecção e localização da lesão (por exemplo, tumores cerebrais), 
ao mesmo tempo em que promovem uma linha de base que permite 
comparar e controlar diferentes patologias agudas e subagudas patoló-
gicas, uma técnica de neuroimagem estrutural utilizada na psiquiatria é 
a tomografia computadorizada. 
À luz de todas essas ferramentas e habilidades necessárias 
para ser implantado em uma avaliação neuropsicológica, estamos de 
acordo com Molliqaj (2014) que considera que a avaliação neuropsico-
lógica é complicada e requer treinamento extensivo para avaliar ade-
quadamente os resultados, a experiência na interpretação teste de per-
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sonalidade ou inteligência não constitui uma base suficiente para iniciar 
a avaliação neuropsicológica. 
A avaliação neuropsicológica pode ser feita por meio de uma sé-
rie de baterias de testes comuns, desde que o avaliador profissional saiba 
interpretar os déficits do paciente por meio de uma leitura apoiada em um 
conhecimento adequado das funções cerebrais superiores e das manifes-
tações que produzem suas alterações. É esse conhecimento que permitirá 
o desenho de estratégias terapêuticas racionais com base científica.
O EDUCADOR E O DIAGNÓSTICO NEUROLÓGICO
Neste ponto, será necessário, primeiramente, a compreensão 
do diagnóstico neurológico. Um exame neurológico avalia habilidades 
motoras e sensoriais, competências, funcionamento de um ou mais ner-
vos cranianos, da audição e da fala, visão, coordenação e equilíbrio, es-
tado mental e alterações no humor e comportamento, entre outros itens 
com um diapasão, lanterna, martelo reflexo, oftalmoscópio e agulhas 
para ajudar a diagnosticar tumores cerebrais, infecções, como encefali-
te e meningite, e doenças como a de Parkinson, doença de Huntington, 
esclerose lateral amiotrófica e epilepsia. Alguns testes exigem os servi-
ços de um especialista para realizá-los e analisar os resultados.Raios-X do tórax e do crânio do paciente são frequentemen-
te tomados como parte de um estudo neurológico. Raios-X podem ser 
usados para ver qualquer parte do corpo, como um sistema orgânico 
comum ou importante. Em uma radiografia convencional, um técnico 
passa uma explosão concentrada de uma baixa dose de radiação ioni-
zada através do corpo e em uma placa fotográfica. 
Como o cálcio ósseo absorve mais facilmente os raios-X do que 
o tecido mole ou muscular, a estrutura óssea aparece branca no filme. 
Qualquer desalinhamento ou fratura pode ser visto em minutos. Massas 
teciduais, como ligamentos lesionados ou disco saliente, não são visíveis 
nas radiografias convencionais. Este procedimento rápido, não invasivo e 
indolor, é geralmente feito em consultório médico ou clínica.
O sistema nervoso periférico (SNP), composto por neurô-
nios e partes de neurônios localizados fora do SNC, inclui neurô-
nios sensoriais e neurônios motores. Os neurônios sensoriais 
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transportam sinais para o SNC e os neurônios motores transpor-
tam sinais enviados pelo SNC
A fluoroscopia é um tipo de raio-X que utiliza um feixe de ra-
diação contínuo ou pulsado em doses baixas para produzir imagens 
contínuas de uma parte do corpo em movimento. O fluoroscópio (tubo 
de raios-X) concentra-se na área de interesse e as imagens são grava-
das em vídeo ou enviadas para um monitor para visualizá-las. Um meio 
de contraste pode ser usado para melhorar as imagens. A fluoroscopia 
pode ser usada para avaliar o fluxo de sangue pelas artérias.
Quando a fluoroscopia tem a câmera da televisão substituída 
pela câmera cinematográfica, fica conhecida como cinefluoroscopia.
Com base no resultado do exame neurológico, exame físico, histórico do 
paciente, radiografias de tórax e crânio e exames do paciente e avaliações 
anteriores, os médicos podem solicitar um ou mais dos seguintes testes de 
diagnóstico para determinar a natureza específica para uma lesão ou dis-
túrbio neurológico suspeito. Esses testes geralmente envolvem imagens de 
medicina nuclear, nas quais quantidades muito pequenas de materiais radio-
ativos são usadas para estudar a função e a estrutura do órgão, ou imagens 
diagnósticas, que usam ímãs e mudanças elétricas para estudar a anatomia 
humana. (SOUSA, 2013, p. 320-321)
A seguinte lista de procedimentos, disponível abaixo, compreen-
de alguns dos testes mais comuns usados para ajudar a diagnosticar uma 
condição neurológica. Vejamos segundo entendimentos de Sousa (2013):
A angiografia é um teste usado para detectar bloqueios das ar-
térias ou veias. Um angiograma cerebral pode detectar o grau de estreita-
mento ou bloqueio de uma artéria, ou vaso sanguíneo no cérebro, cabeça 
ou pescoço. Ele é usado para diagnosticar derrames e determinar a locali-
zação e o tamanho de um tumor cerebral, aneurisma ou malformação vas-
cular. Este teste é geralmente feito em um centro hospitalar ambulatorial e 
leva até 3 horas, seguido por um período de descanso de 6 a 8 horas. 
O paciente, vestido com uma camisola hospitalar, apoia-se 
numa mesa móvel que é empurrada para a área de imagem. Embora 
o paciente esteja acordado, o médico anestesia uma pequena área da 
perna próxima à virilha e insere um cateter em uma artéria principal lo-
calizada ali. O cateter é passado através do corpo e em uma artéria no 
pescoço. Uma vez que o cateter esteja no lugar, a agulha é removida 
e um fio guia é inserido. Uma pequena cápsula contendo um corante 
radiopaco (um que é destacado em radiografias) é passada sobre o 
fio-guia para o local de liberação. 
O corante é liberado e viaja através da corrente sanguínea para 
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a cabeça e o pescoço. Uma série de raios-x são liberados e qualquer 
obstrução é anotada. Os pacientes podem sentir uma sensação quente 
ou um leve desconforto quando o corante é liberado.
A biópsia, por sua vez, envolve a remoção e o exame de um 
pequeno pedaço de tecido corporal. Biópsias musculares e nervosas são 
usadas para diagnosticar distúrbios neuromusculares e podem revelar 
se uma pessoa carrega um gene anormal que pode ser passado para 
as crianças. Uma pequena amostra de músculo e nervo é removida sob 
anestesia local e é estudada ao microscópio. A amostra pode ser removi-
da cirurgicamente, através de uma fenda na pele, ou por biópsia de agu-
lha, na qual uma fina agulha oca é inserida através da pele no músculo. 
Um pequeno pedaço de músculo ou nervo permanece na agu-
lha oca quando é removido do corpo. A biópsia é geralmente feita em 
um centro de testes ambulatorial. Biópsia cerebral, usada para deter-
minar o tipo de tumor, requer uma operação para remover um pequeno 
pedaço de cérebro ou tumor. Realizada em um hospital, esta operação 
é mais arriscada do que a biópsia muscular e implica em um período de 
recuperação mais longo.
Já as varreduras cerebrais são técnicas para imagens utiliza-
das para diagnosticar tumores, malformações de vasos sanguíneos ou 
hemorragias cerebrais. Esses ultrassons são usados para estudar a 
função do órgão, uma lesão ou doença do tecido, ou do músculo. Os 
tipos de exames cerebrais incluem tomografia computadorizada, resso-
nância magnética e tomografia por emissão de pósitrons.
Os neurônios sensoriais coletam informações sobre o que 
está acontecendo dentro e fora do corpo e levam para o SNC para que 
ele possa ser processado. Por exemplo, se você pegar um pedaço de 
carvão quente, os neurônios sensoriais que têm as pontas dos dedos 
transmitem a informação ao SNC de que o carvão está muito quente
A análise do líquido cefalorraquidiano envolve a remoção de 
uma pequena quantidade de líquido que protege o cérebro e a medula 
espinhal. O fluido é examinado para detectar sangramento ou hemorra-
gia cerebral, diagnosticar uma infecção do cérebro ou da medula espi-
nhal, identificar alguns casos de esclerose múltipla e outras condições 
neurológicas e medir a pressão intracraniana.
Geralmente, o procedimento é feito em um hospital. Comu-
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mente a amostra de fluido é removida com um procedimento conhecido 
como punção lombar. O paciente é convidado a se deitar de um lado, 
em uma posição de bola com os joelhos ao lado do peito, ou inclinar-se 
para frente em uma mesa ou cama. O médico localizará um local de 
punção na coluna lombar, entre duas vértebras, depois limpará a área e 
injetará um anestésico local. O paciente pode sentir uma sensação de 
formigamento desta injeção. 
Uma vez que o anestésico tenha um efeito, o médico inserirá 
uma agulha especial no saco espinhal e removerá uma pequena quan-
tidade de fluido (normalmente cerca de três colheres de chá) para tes-
te. A maioria dos pacientes sentirá uma sensação de pressão apenas 
quando a agulha estiver inserida.
Por sua vez, a tomografia computadorizada, também conhe-
cida como TC, foi desenvolvida no final da década de 1970 e início de 
1980, e foi uma das primeiras técnicas a usar uma aplicação especial 
de computadores e imagem digital em radiologia. É um exame indolor 
e não invasivo utilizado para produzir imagens bidimensionais rápidas 
e claras de órgãos, ossos e tecidos. O teste neurológico TC é utilizado 
para visualizar o cérebro e medula espinhal, o tubo de raio-x move-se 
ao redor do paciente durante o exame, fazendo múltiplas exposições de 
diferentes ângulos com um feixe firmemente colimado de raios-x. 
Esse exame pode detectar osso e irregularidades vasculares, 
certos tumores do cérebro e cistos, discos herniados, epilepsia, encefa-
lite, estenose espinhal (estreitamento do canal espinal), um coágulo de 
sangue ou hemorragia intracraniana em doentes com acidente vascular 
cerebral, dano cerebral de traumatismo craniano ou de outras doen-
ças. Muitos distúrbios neurológicos compartilham certas características 
e uma tomografia computadorizadapode ajudar a fazer o diagnóstico 
correto diferenciar a área do cérebro afetada pela doença.
Os sistemas de tomografia computadorizada são constituídos 
por três componentes principais, sendo eles: o portal, o computador e o 
console do operador.
Na tomografia computadorizada existem os princípios de re-
construção de imagem, a colimação da fonte e do detector está loca-
lizada muito próximo ao tubo de raio-x, e controla a espessura real do 
corte tomográfico. 
Muitas vezes, deve-se falar também da discografia de pacien-
tes que estão considerando a cirurgia lombar ou cuja dor lombar não 
respondeu aos tratamentos convencionais sugeridos. Este procedimen-
to ambulatorial é feito geralmente em um centro de testes ou em um 
hospital. Pede-se ao paciente para que coloque uma camisola de hos-
pital com nenhum metal e se deite sobre uma mesa para imagens. 
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Para a anestesia, o médico insere uma agulha fina na pele, 
usando uma guia de radiográfico, dentro do disco vertebral. Uma vez 
que a agulha está no lugar, uma pequena quantidade de corante é in-
jetada e o teste CT é feito. O corante descreve as áreas danificadas. 
Eles podem ser visualizados mais de um disco ao mesmo tempo. Geral-
mente, a recuperação do paciente leva cerca de uma hora. Analgésicos 
podem ser prescritos para o desconforto resultante.
Desse modo, os cientistas procuram desenvolver métodos 
aperfeiçoados de avaliação adicional para confirmar de forma rápida 
e precisa um diagnóstico específico e permitir que investiguem outros 
fatores que possam contribuir para a doença. Os avanços tecnológicos 
na obtenção de imagens permitirão aos pesquisadores enxergar melhor 
dentro do corpo, com menos risco para o paciente. Esses diagnósticos 
e procedimentos continuarão a ser importantes ferramentas de pesqui-
sa clínica para confirmar um distúrbio neurológico, monitorar a evolução 
de uma doença e monitorar o efeito terapêutico.
Agora, uma vez que a criança é detectada acometida de uma 
enfermidade psíquica por um especialista através de um diagnóstico 
ou exames, como pode ser observado anteriormente, o educador se 
utilizará de técnicas e teorias advindas da Neuropedagogia, Psicope-
dagogia Clínica e Institucional para auxiliá-lo, pois referidos temas são 
uma ciências relativamente novas que se baseiam nas neurociências, 
entendida como o conjunto de disciplinas científicas como a Física, Quí-
mica, Biologia, Psicologia, entre outros, e têm efeito sobre os incríveis 
mistérios do cérebro humano, sua estrutura, funcionando para conhecer 
e entender seus processos de aprendizagem.
O fim da Neuropedagogia é que cada agente educacional co-
nhece e entende como o cérebro aprende, como ele processa as infor-
mações, como controla as emoções, sentimentos, estados comporta-
mentais, e quão frágil a certos estímulos, dados essenciais para inovar 
intervenção pedagógico em sala de aula e, no futuro, a transformação 
dos sistemas educativos.
Figura 10 – Cognitivismo da criança
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Fonte: Ipgex (2019)
Também conhecida como Neuroeducação, permite que o profes-
sor entenda as peculiaridades do sistema nervoso e do cérebro e, por sua 
vez, relacionar esse conhecimento para o comportamento de seus alunos, 
a sua proposta de aprendizagem, a sua atitude, o ambiente de sala de 
aula, entre outros fatores, podem ser o passo inicial na formação e educa-
ção de professores que farão a diferença na qualidade da educação.
Alguns dos princípios que a Neuropedagogia estabeleceu 
como indispensáveis e úteis na sala de aula para garantir uma apren-
dizagem verdadeiramente significativa e permanente, de acordo com 
Lima (2017), são:
• O cérebro/ritmos: é essencial repetir a cada criança o quanto 
elas precisam dele, porque, por exemplo, você não pode aprender a 
tocar violino, se não for praticada repetidamente; lembre-se também 
de apresentar o mesmo conteúdo em diferentes maneiras de resgatar 
os três estilos de aprendizagem dentro das salas de aula; outra parte 
essencial é que o cérebro precisa de descanso entre as atividades para 
melhorar sua atenção. A música também ajuda nesse aspecto.
• A memorização é útil para aprender: não existe memória sem 
sentido, mas sim para memorizar procedimentos úteis para a resolução 
de problemas.
• Motivação: os alunos precisam se entusiasmar com o apren-
dizado, encantando com o que ele ou o professor lhes dá como desafio. 
Lembre-se que a motivação intrínseca é uma tarefa apenas de sucesso 
se os professores forem capazes de fazer os alunos se sentirem ansio-
sos para enfrentar o desafio, para que se sintam capazes de fazê-los.
• Motivar os alunos a superar situações que dificultam apren-
dizagem e estabelecer um clima positivo de respeito e colaboração 
compreende com a busca do conhecimento da identidade dos alunos 
com diferentes personalidades. Os professores que se relacionam com 
a promoção da motivação e do bom desenvolvimento acadêmico dos 
alunos devem ofertar apoio, incentivo e orientação, devem implementar 
ações educativas que tenham como finalidade o crescimento pessoal 
do aluno e o domínio da tarefa em ambiente de cooperação, devendo 
também, preparar atividades de aprendizagem com um nível apropriado 
de complexidade, agradáveis e desafiantes para os alunos e promover 
promoção de avaliações que também fomentem oportunidades de par-
ticipação, aprendizagem e melhoria do desempenho dos alunos.
• Movimento: executar de forma agradável um exercício físico 
diário; mas também é essencial que haja planejamento para acomodar 
atividades como dança, linguagem corporal, uma vez que o movimento 
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do corpo ativa várias partes do cérebro que processa a aprendizagem, 
bem como oxigena e o mantém mais acordado.
Desde o nascimento de um bebê deve-se estimulá-lo com brin-
cadeiras, jogos e objetos, pois com esse movimento haverá contribui-
ção para seu desenvolvimento, aumentando sua coordenação motora, 
desenvolvendo sua linguagem e a sua concentração.
O movimento físico e o processo de conhecimento estão inti-
mamente ligados a um ciclo de estímulos, em decorrência do fato de 
que para que o ser humano possa absorver informações, ele precisa 
ouvir, olhar, tocar, sentir e mover-se.
É importante analisar tanto as práticas docentes quanto as prá-
ticas em casa perto das crianças, pois, as crianças são reflexos do que 
veem e aprendem. São considerados padrões de movimentos funda-
mentais nas crianças: correr, pular e arremessar.
• Hidratação: o cérebro é composto, principalmente, por água, 
portanto, ingerir água ao longo do dia é essencial para oxigenar o cérebro. 
O cérebro precisa de mais água do que qualquer outra parte 
do corpo, isto porque, a água serve para conduzir informações de um 
neurônio a outro, recebendo também 20% de todo sangue que circula. 
Assim, se houver uma queda no consumo de água, consequentemente 
haverá uma queda no desempenho do cérebro.
• Comer frutas no lanche: permite que o aluno se concentre 
mais nas atividades, já que seu estômago não requer muita energia 
para processar a comida.
• Emoções: o cérebro é emocional e o aprendizado mais signi-
ficativo e duradouro é dado através de momentos significativos, carre-
gados de emoção, que são prazerosos.
• O estresse afeta muito o desempenho dos alunos, bem como 
as taxas de aprendizado, portanto, devemos evitar gerar esse estado de 
espírito em nossos alunos.
• O sono afeta a qualidade da aprendizagem e do desempenho 
do aluno, por isso é necessário que as crianças durmam cerca de 9 
horas por dia, para que estejam mais atentas nas aulas; é importante 
evitar que os filhos assistam à televisão antes de dormir porque isso 
afeta a qualidade do sono.
• O cérebro é projetado para sempre aprender mais, assim como 
a memória pode ser exercitada usando jogos de inteligência

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