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AFYA CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Integradora 6º Período Professor (es): Período: 202402 Turma: Data: INTEGRADORA_6°PERÍODO_27NOVEMBRO RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 14479 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: (UNISL PORTO VELHO) Uma mulher de 72 anos, hipertensa e diabética, apresenta-se na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com queixa de dor torácica intensa há aproximadamente 2 horas. A dor é de caráter retroesternal, irradiando para o braço esquerdo e mandíbula, e está associada a náuseas e sudorese fria. A paciente nega traumas ou esforços físicos recentes. No exame físico, encontra-se consciente e orientada, com os seguintes sinais vitais: pressão arterial de 160/95 mmHg, frequência cardíaca de 105 bpm e saturação de oxigênio de 96% em ar ambiente. Foi realizado um eletrocardiograma (ECG), que revelou supradesnivelamento do segmento ST nas derivações DII, DIII e aVF. O hospital de referência com capacidade para realização de angioplastia está a cerca de 2 horas de distância, e uma ambulância de suporte avançado estará disponível para transferência em 30 minutos. Considerando as diretrizes atuais para o manejo de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMcST) e o contexto de recursos e tempo disponíveis, qual a melhor conduta inicial para esta paciente? Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Realizar trombólise com alteplase, iniciar AAS e clopidogrel, e preparar para transferência após estabilização inicial. (alternativa B) Observar a paciente por 6 horas com analgesia e ECG seriados. Caso não haja piora, encaminhar para seguimento ambulatorial. (alternativa C) Administrar apenas nitroglicerina sublingual e, em caso de alívio da dor, planejar alta com orientação de retorno se os sintomas voltarem. (alternativa D) Administrar AAS e clopidogrel, iniciar heparina e preparar transferência imediata para angioplastia primária no serviço de referência. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 1 de 65 Resposta comentada: Realizar trombólise com alteplase, iniciar AAS e clopidogrel, e preparar para transferência após estabilização inicial. O manejo do IAM com supra de ST deve priorizar a reperfusão precoce, utilizando angioplastia primária sempre que possível. No entanto, como o hospital com hemodinâmica está a mais de 120 minutos de distância e a transferência pode demorar, a trombólise deve ser realizada na UPA para cumprir o tempo porta-agulha ≤ 30 minutos. Após a trombólise, a paciente deve ser transferida para um serviço de referência, tanto para monitoramento quanto para eventual intervenção percutânea de resgate. Incorretas: Administrar AAS e clopidogrel, iniciar heparina e preparar transferência imediata para angioplastia primária no serviço de referência. - A alternativa falha ao não considerar o tempo necessário para transferência (2 horas), que ultrapassa os 120 minutos recomendados. A angioplastia primária é a estratégia ideal para IAMcST, mas, se o tempo for maior que 120 minutos, as diretrizes sugerem realizar a trombólise primeiro. Portanto, essa alternativa não é a melhor opção inicial considerando o contexto. Observar a paciente por 6 horas com analgesia e ECG seriados. Caso não haja piora, encaminhar para seguimento ambulatorial. - Não é uma estratégia recomendada para IAMcST. Esse cenário exige reperfusão imediata para prevenir a extensão do dano ao miocárdio, e a observação passiva coloca a paciente em risco elevado de complicações sérias e até morte. O IAMcST não deve ser manejado ambulatorialmente sem intervenção inicial. Administrar apenas nitroglicerina sublingual e, em caso de alívio da dor, planejar alta com orientação de retorno se os sintomas voltarem. - A abordagem é inadequada e insuficiente para um caso de IAMcST, uma condição que demanda tratamento imediato de reperfusão. A administração exclusiva de nitroglicerina é insuficiente para um infarto e não aborda a necessidade de antiagregação, anticoagulação, ou trombólise/angioplastia. A alta sem intervenção coloca a paciente em risco iminente de complicações graves. Referências: Protocolo de Manchester. Disponível em: https://www. totvs. com/blog/instituicoes-de- saude/protocolo-de-manchester/. Acesso em: 28 de outubro de 2024. Protocolo do primeiro atendimento da dor torácica nas unidades de saúde - https://saude. es. gov. br/Media/sesa/Consulta%20P%C3%BAblica/Infarto%20Agudo%20do%20Miocardio/PROTOCOL O%20DO%20PRIMEIRO%20ATENDIMENTO%20DA%20DOR%20TOR%C3%81CICA%20EM %20PRONTO%20ATENDIMENTO%20-%20PA%20E%20UPAS. pdf. Acesso em: 28 de outubro de 2024. Sociedade Brasileira de Cardiologia I Diretriz de dor torácica na sala de emergência - http://publicacoes. cardiol. br/consenso/2002/7903/Toracica. pdf.Acesso em: 28 de outubro de 2024. V Diretriz Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento st – disponível em http://publicacoes. cardiol. br/2014/diretrizes/2015/02. Acesso em: 28 de outubro de 2024. 2ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 2 de 65 Enunciado: (AFYA SANTA INÊS) Você atende o Sr. Carlos na UBS e percebe que no prontuário possui as seguintes informações: S: Homem, 45 anos, com histórico de hipertensão, dislipidemia e obesidade, procura esta unidade de saúde por está preocupado com sua saúde. Ele relata que sua pressão arterial tem sido inconsistente, apesar do tratamento medicamentoso, e tem antecedentes familiares de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. O: Exames laboratoriais revelam:- Glicemia de jejum: 110 mg/dL.- Triglicerídeos: 200 mg/dL.- HDL colesterol: 35 mg/dL.- Ácido úrico elevado: 8,5 mg/dL.- Circunferência abdominal: 105 cm.- Pressão arterial sistólica em repouso de 140 mmHg e pressão arterial diastólica de 90 mmHg. A: Com base nas informações coletadas, qual das seguintes alternativas descreve corretamente a avaliação do Sr. Carlos? Alternativas: (alternativa A) O Sr. Carlos atende a dois critérios diagnósticos da Síndrome Metabólica. (alternativa B) O Sr. Carlos não atende a nenhum critério diagnóstico da Síndrome Metabólica. (alternativa C) O Sr. Carlos atende a um critério diagnóstico da Síndrome Metabólica. (alternativa D) (CORRETA) O Sr. Carlos atende mais de três critérios diagnósticos da Síndrome Metabólica. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 3 de 65 Resposta comentada: O diagnóstico de sindrome metabólica é feito com três ou mais dos seguintes critérios: •Obesidade central: circunferência abdominal > 102 cm (homens), > 88 cm (mulheres) •Hipertrigliceridemia: nível de triglicerídeos ≥ 150 mg/dL ou medicação específica •HDLc-colesterol baixo:o caso. Alternativas: (alternativa A) Solicitar ressonância magnética de crânio. (alternativa B) (CORRETA) Manobra de Epley. (alternativa C) Prednisona. (alternativa D) Flunarizina. Resposta comentada: O quadro é compatível com VPPB (Vertigem posicional paroxística benigna) e o tratamento de escolha é a manobra de reposicionamento dos otólitos, sendo a principal delas a Manobra de Epley. Fonte: GUSSO, Gustavo; LOPES, José M.C.; DIAS, Lêda C. (Orgs.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2018, p. 2388. Cap. 225. 28ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA PARAÍBA) Uma mãe deu entrada na sala vermelha de uma UPA com uma criança de 8 anos de idade que estava em tratamento para pneumonia há 10 dias. A criança encontra-se nos braços da genitora pálida, cianótica, arresponsiva e aparentemente sem sinal vital. O médico plantonista rapidamente constata uma parada cardiorrespiratória e inicia uma RCP de qualidade. Nesse momento, o ritmo checado é assistolia. Assinale a conduta imediata, nesse cenário, após a identificação desse ritmo cardíaco. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 35 de 65 Alternativas: (alternativa A) Desfibrilação 2 joules/kg e passagem de máscara laríngea pela equipe de alto desempenho. (alternativa B) (CORRETA) Checagem de assistolia por protocolo linha reta, administração de epinefrina endovenosa e via aérea avançada. (alternativa C) Realização de intubação orotraqueal para garantia de vias aéreas e epinefrina endovenosa após desfibrilação com 4 joules/kg. (alternativa D) Equipe de alto desempenho realizando massagem cardíaca e colocação de mascara laríngea com administração de amiodarona. Resposta comentada: Segundo os protocolos atualizados após a identificação do ritmo de assistolia deve-se confirmar o ritmo através do protocolo linha reta verificando o ganho, cabos e derivação e assim que constatado a assistolia deve-se imediatamente administrar epinefrina endovenosa e garantir via aérea avançada. Referências: GONZALEZ M.M., TIMERMAN S., GIANOTTO-OLIVEIRA R., POLASTRI T.F., CANESIN M.F., LAGE S.G., et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq. Bras. Cardiol. 2013, Volume 101, Nº 2, Supl. 3, agosto 2013. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/Diretriz_Emergencia.pdf. MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Atendimento pré-hospitalar: treinamento da brigada de emergência do suporte básico ao avançado. São Paulo: Iátria, 2010. 1 recurso online. ISBN 9788576140849. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788576140849. Acesso em: 19 set. 2017. David Szpilman – Manual de Afogamento ao curso de emergências aquáticas 2019. Publicado on- line em www.sobrasa.org, março de 2023. Tutoriais Sobrasa: Manual de Ações dos voluntários, Kim na Escola, Piscina + Segura, Sobrasa Kid´s, Surf-Salva, Instruções. Publicado on-line em: www.sobrasa.org, maio de 2023. 29ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 36 de 65 Enunciado: (UNIGRANRIO CAXIAS) Criança de 1 ano e seis meses é trazida pela mãe à UPA por piora do quadro clínico. Inicialmente, há 5 dias, estava com sintomas de “resfriado”, como coriza, tosse leve, obstrução nasal e febre de 37oC. Entretanto, a criança evoluiu com “falta de ar” importante e “barulhos no pulmão”, além da piora da intensidade da tosse. Como a mãe não estava conseguindo resolver em casa, com uso de antialérgicos, procurou a emergência. Ao exame físico pode-se observar taquipnéia, dispneia e sibilos expiratórios; tórax com hiperinsuflação, além de leve hipertimpanismo à percussão pulmonar. Qual a principal hipótese diagnóstica e quais possíveis diagnósticos diferenciais neste caso são: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Bronquiolite / pneumonia bacteriana e aspiração de corpo estranho. (alternativa B) Asma / aspiração de corpo estranho e pneumonia viral. (alternativa C) Fibrose Cística / cardiopatia congênita e doença do refluxo gatroesofágico. (alternativa D) Tuberculose / doença do refluxo gastroesofágico e pneumonia viral. Resposta comentada: Uma infecção respiratória superior frequentemente precede o início de uma doença respiratória inferior. Embora sibilância ou estridor possam ser proeminentes na doença viral, outros achados, como tosse, sinais de dificuldade respiratória (taquipneia, retrações, grunhidos e batimentos de asa de nariz) e achados físicos (estertores e ruídos respiratórios diminuídos) são semelhantes aos da pneumonia bacteriana. Também pode haver prolongamento da fase expiratória e sibilância na bronquiolite. Alguns lactentes podem apresentar apneia e poucos achados na ausculta, mas subsequentemente desenvolver estertores, roncos e sibilância expiratória. No quadro clínico apresentado, a criança estava com uma infecção do trato respiratório superior que evoluiu para um bronquiolite. O principal agente etiológico é o vírus sincicial respiratório (VSR). Referência: CURRENT pediatria: diagnóstico e tratamento [recurso eletrônico] / Maya Bunik ... [et al.]; [tradução: Alessandra Dorigon... et al.]; [revisão técnica: Clarissa Gutiérrez Carvalho... et al.]. – 26. ed. – Porto Alegre: AMGH, Islabão; revisão técnica: Tiago Lazzaretti Fernandes. – Porto 2024. 30ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 37 de 65 Enunciado: (FIP GUANAMBI) J.V.S., mulher, 25 anos, casada, comparece à UBS para avaliação médica com queixa de amenorreia. Informa ciclos menstruais irregulares, há mais de 1 ano. Nesse período apresentou algumas perdas sanguíneas (de um dia apenas), com ausência total de menstruação há 6 meses, associada a ganho de peso e aparecimento de acne em face e dorso. Relata desejo de gravidez. Nega diagnóstico prévio de doenças crônicas e uso de medicação contínua. Traz resultados de exames realizados por conta própria: Beta-hCG negativo, Glicemia de jejum 132 mg/dl e Hemoglobina glicada de 6,8%. Ao exame, o médico observa a pele oleosa, acne grau 1, presença de pelos grossos e escuros em face e nas mamas, lesões hipercrômicas em região cervical posterior e axilas, de aspecto aveludado, sugestivo de Acantose Nigricans. PA 120 x 90 mmHg, FC 78 bpm, FR 19 irpm, Peso 96 Kg, Alt 165 cm, IMC 35,1, circunferência abdominal (CA) 112 cm. Considerando o caso clínico acima, a principal hipótese para a causa da amenorreia e o manejo inicial mais adequado são, respectivamente: Alternativas: (alternativa A) Diabetes tipo 2, mudanças do estilo de vida, perda de 5% a 10% do peso e de Anticoncepcional oral combinado. (alternativa B) (CORRETA) Síndrome dos Ovários Policísticos, mudanças do estilo de vida, perda de 5% a 10% do peso e prescrição de Metformina. (alternativa C) Síndrome Metabólica, mudanças do estilo de vida, perda de 5% a 10% do peso e prescrição de Anticoncepcional oral combinado. (alternativa D) Obesidade grau 1, mudanças do estilo de vida, perda de 5% a 10% do peso e prescrição de Orlistate. Resposta comentada: O exame físico traz um IMC de 35,1, caracterizando Obesidade grau 2. A paciente tem critérios para diagnóstico de DM2, porém não há critérios suficientes para diagnóstico de síndrome metabólica. Além disso, informa desejo de gravidez, portanto a prescrição de Anticoncepcional oral combinado não deve compor a conduta inicial nesse caso. A paciente, apesar da ausência de mais exames complementares, apresenta quadro de amenorreia com provável oligo/anovulação, associada a sinais clínicos de hiperandrogenismo (acne e hirsutismo), caracterizando 2 dos 3 Critérios de Rotterdam para diagnóstico de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Para todos os fenótipos de SOP estão indicadas as mudanças de estilo de vida e perda de peso. A Metformina torna-se uma boa opção farmacológica, pois auxilia na regularização dos ciclos e melhora metabólica (reduz resistência insulínica) nas mulheres com desejo de gravidez,somada ao diagnóstico de DM2. Referência: Berek & Novak - Tratado de Ginecologia; Edição: 16/2021; Editora: Guanabara Koogan. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 38 de 65 31ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA PALMAS) Uma mulher de 25 anos procura o ambulatório de ginecologia devido a um nódulo palpável em sua mama direita, descoberto recentemente durante o autoexame. Ela relata que o nódulo é indolor e não observou alterações na pele sobrejacente ou qualquer descarga mamilar. Não há histórico familiar de câncer de mama ou ovário. Ao exame físico, nota-se uma massa bem delimitada, móvel, de aproximadamente 2 cm, localizada no quadrante superior externo da mama direita. A paciente é encaminhada para uma ultrassonografia, que revela uma lesão sólida, homogênea e bem circunscrita. Diante do achado e da idade da paciente, o médico decide pela realização de uma biópsia. Considerando o contexto clínico e os achados ultrassonográficos desta paciente qual é o tipo de biópsia mais indicado? Alternativas: (alternativa A) Biópsia excisional. (alternativa B) (CORRETA) Core biopsy. (alternativa C) Biópsia incisional. (alternativa D) Biópsia por aspiração com agulha fina (BAAF). Resposta comentada: A core biopsy é a técnica mais apropriada neste contexto, pois permite a obtenção de uma amostra de tecido suficiente para análise histológica, sem necessidade de excisão cirúrgica do nódulo. Esta técnica é eficaz para o diagnóstico de lesões mamárias, oferecendo uma alta taxa de precisão com mínima morbidade para a paciente. Em casos de lesões benignas suspeitas, como fibroadenomas, especialmente em pacientes jovens, a core biopsy ajuda a confirmar o diagnóstico sem a necessidade de procedimentos mais invasivos. Por que as outras estão incorretas: Biópsia excisional envolve a remoção cirúrgica de todo o nódulo e é geralmente reservada para quando há necessidade de excisão completa do tecido por razões diagnósticas ou terapêuticas, não sendo a primeira escolha neste caso. Biópsia incisional é utilizada para obter uma amostra de um tumor maior, não sendo ideal para nódulos pequenos e bem definidos como o descrito. Biópsia por aspiração com agulha fina (BAAF) pode não ser suficiente para fornecer uma amostra de tecido adequada para análise histológica completa, principalmente em lesões sólidas. Referência: Schnitt, S.J. & Collins, L.C. (2020). Biópsias da Mama: Procedimentos e Resultados. New England Journal of Medicine, 382(18), 1721-1729. 32ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 39 de 65 Enunciado: (AFYA PALMAS) Durante uma crise asmática aguda em uma criança de 6 anos, o pediatra precisa decidir rapidamente o dispositivo inalatório mais apropriado para a administração de um broncodilatador. Qual seria a escolha mais adequada e por que essa opção é preferível? Alternativas: (alternativa A) Inalador de Pó Seco (DPI) - Este dispositivo requer uma inalação rápida e profunda, o que pode ser difícil de realizar em crianças pequenas durante uma crise, resultando em baixa eficácia na entrega do medicamento. (alternativa B) Spray nasal - A via nasal não é indicada para broncodilatadores, pois a entrega do medicamento aos pulmões não é efetiva, limitando seu uso no manejo de crises asmáticas. (alternativa C) Nebulizador - Embora seja fácil de usar, o nebulizador pode ser menos eficiente em termos de entrega do medicamento diretamente aos brônquios em comparação com um MDI, especialmente em situações que exigem resposta rápida. (alternativa D) (CORRETA) Inalador de Dose Meterizada (MDI) com espaçador - Este dispositivo permite que a criança receba a dose completa do medicamento de maneira eficiente, minimizando a perda de dosagem e facilitando a administração em situações de stress. Resposta comentada: Justificativas: Correta. Inalador de Dose Meterizada (MDI) com espaçador: O uso de um MDI com espaçador é considerado a melhor prática porque maximiza a deposição do broncodilatador nos pulmões, é mais prático em situações de emergência e reduz os efeitos colaterais orais, proporcionando alívio eficaz durante uma crise asmática. Incorreta. Nebulizador: Apesar de ser uma opção válida, a administração via nebulizador pode ser demorada e não oferece a mesma eficiência de entrega no momento crítico, especialmente quando a rapidez é necessária para aliviar os sintomas. Incorreta. Inalador de Pó Seco (DPI): Este dispositivo depende de uma técnica de inalação que pode ser desafiadora para uma criança de 6 anos em um momento de estresse, resultando em baixa eficácia no tratamento. Incorreta. Spray nasal: Um spray nasal não é indicado para crises asmáticas, uma vez que não entrega o medicamento aos pulmões, reduzindo sua eficácia no manejo do broncoespasmo. rEFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: GYNA, 2024. 33ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 40 de 65 Enunciado: (FMIT) Uma criança de 5 anos foi trazida à Unidade Básica de Saúde (UBS) pela mãe, que refere sintomas de febre, tosse seca e coriza nasal há 5 dias. A febre tem sido alta, em torno de 39ºC, e não cedeu com o uso de antitérmicos. Nos últimos dois dias, a mãe notou que a criança tem apresentado prostração, dificuldade para se alimentar e respiração ruidosa, especialmente durante o sono. Ao exame físico, a criança está taquipneica, com 40 incursões respiratórias por minuto, tem retrações intercostais leves e saturação de oxigênio de 91%. A ausculta pulmonar revela estertores finos em bases pulmonares e leve sibilância. A oroscopia evidencia amígdalas hiperemiadas, sem exsudato. Com base no caso descrito, analise qual seria a conduta adequada. Alternativas: (alternativa A) Orientar hidratação oral, uso de antitérmicos e acompanhamento em 48 horas para reavaliação. (alternativa B) Prescrever antibiótico para casa, corticoide oral e encaminhar para fisioterapia respiratória. (alternativa C) Realizar lavagem nasal, prescrever broncodilatador e manter acompanhamento ambulatorial diário. (alternativa D) (CORRETA) Iniciar antibioticoterapia, oxigenoterapia e encaminhar para avaliação em unidade hospitalar. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 41 de 65 Resposta comentada: Resposta correta: Iniciar antibioticoterapia, oxigenoterapia e encaminhar para avaliação em unidade hospitalar. Esta é a conduta mais adequada, pois a criança apresenta sinais de hipoxemia e dificuldades respiratórias que podem indicar uma pneumonia ou outra complicação respiratória. A oxigenoterapia é necessária para corrigir a hipoxemia, e a antibioticoterapia pode ser iniciada para tratar uma possível infecção bacteriana. O encaminhamento para avaliação em uma unidade hospitalar é crucial para monitorar e tratar adequadamente a condição. Distratores: Orientar hidratação oral, uso de antitérmicos e acompanhamento em 48 horas para reavaliação clínica. Essa conduta pode ser adequada em casos de infecções leves das vias aéreas superiores, mas não é suficiente para essa criança, que apresenta sinais de possível complicação respiratória, como taquipneia, hipoxemia (saturação de oxigênio de 91%) e prostração. Prescrever antibiótico para casa, corticoide oral e encaminhar para fisioterapia respiratória. Embora a antibiótico terapia possa ser necessária, a prescrição de corticoides e fisioterapia respiratória não é a conduta inicial adequada, especialmente sem uma confirmação de infecção bacteriana. Além disso, essa criança precisa de uma avaliação mais abrangente devido à gravidade dos sintomas. Realizar lavagem nasal, prescrever broncodilatador e manter acompanhamento ambulatorial diário. Embora a lavagem nasal e o uso de broncodilatadores possam ajudar, essa conduta não aborda a gravidade da situação da criança. O acompanhamento ambulatorial diário não seria suficiente diante da hipoxemia e dos sinais de possível complicação respiratória, que requerem intervenção mais imediata. Referência: SOUZA, Carlos Eduardo; RIBEIRO, Ana Clara. Tratado de Pediatria. 2. ed. SãoPaulo: Editora Manole, 2018. 34ª QUESTÃO Enunciado: (UNIGRANRIO BARRA) Paciente de 9 anos de idade, com diagnóstico de asma desde os 6 anos comparece à unidade de pronto atendimento com queixa de falta de ar e tosse. A crise atual é classificada como moderada e, após avaliação, o responsável admite que a adesão ao tratamento não tem sido adequada, principalmente devido à dificuldade de utilização do dispositivo inalatório prescrito. Diante deste quadro, qual orientação deve ser dada ao responsável sobre o dispositivo inalatório mais adequado para o manejo domiciliar da crise asmática deste paciente? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 42 de 65 Alternativas: (alternativa A) Nebulizador com solução salina (alternativa B) (CORRETA) Inalador pressurizado dosimetrado com espaçador e bocal. (alternativa C) Inalador pressurizado dosimetrado sem espaçador. (alternativa D) Inalador de pó seco sem espaçador. Resposta comentada: O inalador pressurizado com espaçador e bocal é o dispositivo mais recomendado para crianças de 6 a 12 anos, como no caso desta paciente de 9 anos. O uso do espaçador melhora a entrega do medicamento aos pulmões e aumenta a eficácia do tratamento. Nessa faixa etária, o uso do bocal (em vez da máscara facial) é apropriado, pois a criança já consegue coordenar a respiração de maneira mais eficaz. As outras alternativas são menos indicadas: 1. A) O inalador de pó seco sem espaçador requer uma inalação rápida e profunda, o que pode ser difícil para crianças mais jovens em crise.O fluxo inspiratório mínimo necessário para a utilização correta dos inaladores de pó seco (DPI - dry powder inhalers) no tratamento da asma é de 30 a 60 litros por minuto (L/min), dependendo do tipo de dispositivo. 2. B) Não se deve utilizar o inalador pressurizado dosimetrado diretamente na boca, sem espaçador. 3. D) O uso de nebulizador não é mais o tratamento preferido para a maioria dos casos de asma, sendo o inalador pressurizado com espaçador mais eficaz, prático e portátil. Referência: GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA. Global Strategy for Asthma Management and Prevention. 2024. Disponível em: https://ginasthma.org. Acesso em: 10 out. 2024. 35ª QUESTÃO Enunciado: (IESVAP) Um paciente, de 65 anos, com histórico de infarto agudo do miocárdio (IAM) há 28 dias, hipertensão e diabetes mellitus bem controladas e doença renal aguda sem diálise programada, comparece à Unidade Básica de Saúde para avaliação pré-operatória. Ele está programado para a exérese de uma lesão em coxa direita, de 7 cm, cuja suspeita é de melanoma. Durante a consulta, o médico deve avaliar o risco cardiovascular e correlacionar essa avaliação à classificação ASA para determinar o manejo adequado. Suponha que o paciente em questão realizará a biópsia excisional dentro de dois dias e assinale a assertiva que traz a correta classificação ASA, nesse momento, bem como a justificativa adequada. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 43 de 65 Alternativas: (alternativa A) ASA IV: Paciente idoso, hipertenso e diabético com controle medicamentoso e doença renal aguda sem diálise programada. (alternativa B) ASA III: Paciente com hipertensão e diabetes bem controlada por medicação. (alternativa C) ASA III: Paciente com doença renal aguda sem diálise programada. (alternativa D) (CORRETA) ASA IV: Paciente com infarto do miocárdio nos últimos 3 meses. Resposta comentada: A classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) se baseia na condição sistêmica do paciente e no risco potencial que ele apresenta durante o período perioperatório. ASA III: Um paciente com doença sistêmica grave. Exemplos: Limitações funcionais significativas; uma ou mais doenças moderadas a graves. Os exemplos incluem (mas não se limitam a): diabetes ou hipertensão mal controlada, DPOC, obesidade mórbida (IMC ≥ 40), hepatite ativa, dependência ou abuso de álcool, marca-passo implantado, redução moderada da fração de ejeção, doença renal em estágio terminal submetido a diálise programada regularmente, prematuro com PCA 3 meses) de IM, AVC, AIT ou DAC/stents. ASA IV: Um paciente com doença sistêmica grave que é uma ameaça constante à vida. Exemplos: Os exemplos incluem (mas não se limitam a): IM, AVC, AIT ou DAC/stents recentes (management of polycystic ovary syndrome - 2023 2- Endocrinologia feminina e andrologia/ Ruth Clapauch- 3. Ed- Rio de janeiro, RJ: Thiene Revinter, 2022 37ª QUESTÃO Enunciado: (FMIT) Paciente, masculino, 30 anos, é trazido à unidade de pronto atendimento após sofrer uma parada cardiorrespiratória (PCR) em casa. Foi encontrado por familiares inconsciente e sem sinais vitais. Um espectador treinado, realizou manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) até a chegada da equipe de emergência, que deu continuidade ao atendimento. Durante a RCP o paciente recuperou a circulação espontânea. Com base nas diretrizes de emergência médica, se a priorização for necessária, quais etapas da fase de estabilização inicial pós-PCR devem ser realizadas primeiro? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 46 de 65 Alternativas: (alternativa A) Realizar uma tomografia de crânio sem contraste. (alternativa B) (CORRETA) Manejo da via aérea, controle dos parâmetros respiratórios e hemodinâmicos. (alternativa C) Monitoramento contínuo por eletroencefalograma. (alternativa D) Obter imediatamente um eletrocardiograma de 12 derivações. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 47 de 65 Resposta comentada: Referências: PANCHAL, A. R. et al. Part 3: Adult Basic and Advanced Life Support: 2020 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. AHA Journals, v. 142, n. 16, supl. 6, 2020. Disponível em: https://www. ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916? MSOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência. Rio de Janeiro: SBC, 2019. 38ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA PARAÍBA) Paciente de 31 anos, G3P2A1, comparece à consulta no ambulatório de ginecologia na atenção secundária após um exame preventivo do colo uterino (Papanicolau) que indicou a presença de lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL). A colposcopia revelou áreas aceto-brancas e mosaico denso no colo uterino, com junção escamocolunar totalmente visível. Biópsia dirigida confirma o diagnóstico de neoplasia intraepitelial cervical de alto grau (NIC III). A paciente está assintomática e deseja preservar sua fertilidade. Considerando o contexto acima, assinale a alternativa que apresenta a conduta terapêutica mais adequada para esta paciente. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 48 de 65 Alternativas: (alternativa A) Observação clínica com repetição de colposcopia e biópsia em 6 meses. (alternativa B) Laserterapia. (alternativa C) Histerectomia total. (alternativa D) (CORRETA) Exérese de zona de transformação. Resposta comentada: O manejo adequado para lesão intraepitelial escamosa de alto grau em mulheres que desejam preservar sua fertilidade é a exérese de zona de transformação (EZT) por cirurgia de alta frequência. Esse procedimento permite a remoção da área afetada, avaliando se as margens estão livres de lesão, além de preservar o útero e a possibilidade reprodutiva. A laserterapia não é primeira escolha para lesões de alto grau no colo uterino, pois não permite a avaliação histológica das margens da lesão. A histerectomia total não é a primeira escolha em pacientes jovens e que desejam preservar a fertilidade, sendo indicada apenas para casos de lesões mais avançadas ou após falha de tratamentos conservadores. A crioterapia não é primeira escolha para lesões de alto grau, pois não permite a avaliação histológica das margens da lesão, sendo mais apropriada para lesões de baixo grau. A observação clínica com repetição de colposcopia e biópsia seria inadequada em casos de HSIL, uma vez que há risco de progressão para carcinoma invasivo, exigindo tratamento imediato. Referência: Ministério da Saúde. Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero. INCA, 2016. 39ª QUESTÃO Enunciado: (ITPAC PORTO NACIONAL) Um menino de 3 anos é trazido à Unidade Básica de Saúde (UBS) pela mãe, que relata que ele está apático, sem energia para brincar e com palidez há algumas semanas. Na avaliação nutricional, o percentil de peso para a idade está no 3º percentil, e o de altura no 10º percentil. Ao questionar sobre a alimentação, a mãe informa que a dieta da criança é composta principalmente de leite integral e biscoitos, com pouca ingestão de frutas, vegetais e proteínas. O exame físico revela palidez cutânea e mucosas, e o hemograma mostra hemoglobina de 9 g/dL e hematócrito de 28%. Com base nesses achados, qual é o diagnóstico mais provável e a conduta inicial? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 49 de 65 Alternativas: (alternativa A) A criança apresenta crescimento adequado, mas a anemia é causada por deficiência de vitamina B12; a conduta deve ser suplementação vitamínica. (alternativa B) O diagnóstico é de anemia hereditária, com necessidade de investigação genética; a desnutrição é irrelevante neste caso. (alternativa C) (CORRETA) A criança apresenta desnutrição moderada e anemia ferropriva; a conduta inclui correção da alimentação e suplementação de ferro. (alternativa D) O quadro é de desnutrição leve sem complicações; basta melhorar a alimentação sem necessidade de suplementação. Resposta comentada: A criança apresenta sinais de desnutrição moderada, com percentil de peso abaixo do esperado (3º percentil) e uma dieta claramente inadequada, baseada em alimentos pobres em nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento infantil. A anemia, caracterizada por níveis baixos de hemoglobina, é compatível com anemia ferropriva, frequentemente associada à ingestão inadequada de ferro, especialmente em dietas ricas em leite e pobres em outros alimentos nutritivos, como carnes e vegetais. A conduta apropriada envolve ajustar a dieta, incluindo alimentos ricos em ferro e outros nutrientes, além de iniciar a suplementação de ferro para corrigir a anemia. A alternativa "O quadro é de desnutrição leve sem complicações; basta melhorar a alimentação sem necessidade de suplementação." minimiza a necessidade de suplementação, o que pode piorar o quadro, Enquanto a "A criança apresenta crescimento adequado, mas a anemia é causada por deficiência de vitamina B12; a conduta deve ser suplementação vitamínica." A alternativa "O diagnóstico é de anemia hereditária, com necessidade de investigação genética; a desnutrição é irrelevante neste caso" não condizem com os achados clínicos e laboratoriais apresentados. Referências: GUSSO, Gustavo; LOPES, José M. C.; DIAS, Lêda C. (Orgs.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2018, p. 2388. Cap. 104. DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 72) GOLDMAN LEE SCHAFER, ANDREW I CECIL Medicina - Schafer 26° Edição. Editora: Guanabara-2022. 40ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 50 de 65 Enunciado: (AFYA PORTO NACIONAL) João, 49 anos, é usuário frequente de uma Unidade Básica de Saúde devido a queixas de “má digestão” associado a desconforto gástrico. Sente-se empachado durante todo o dia, “como se tivesse algo dentro”. Isso lhe preocupa particularmente, já que o irmão de seu patrão faleceu de câncer gástrico, motivo pelo qual o patrão lhe recomentou procurar logo um médico para fazer uma endoscopia. Chegou a vomitar várias vezes, apresenta frequentemente náuseas, pirose, regurgitação e excessiva eructação. Vem apresentando emagrecimento involuntário, disfagia progressiva e anemia ferropriva. Relata que mesmo após o tratamento dos sintomas com inibidor de bomba de prótons e erradicação de H. pylori há persistência dos sintomas. Tem observado ainda na última semana fezes “escuras” após evacuação. Em relação ao caso de João, leia as assertivas abaixo e em seguida marque a alternativa correta: I. Os exames complementaresrelacionados a esse caso são a endoscopia digestiva alta (EDA) e os testes para a detecção de H. pylori, os quais nesse casos estão formalmente indicados. II. O tratamento prévio com Inibidores de Bomba de Prótons (IBPs) podem prejudicar ou retardar o diagnóstico de malignidade. III. A presença de fezes “escuras” (melena), nesse caso pode ser indício de uma Hemorragia Digestiva alta, que deverá ser confirmada através de uma endoscopia digestiva alta (EDA). Alternativas: (alternativa A) Apenas, III. (alternativa B) I, II e III. (alternativa C) Apenas I e II. (alternativa D) (CORRETA) Apenas I e III. Resposta comentada: I CORRETA: A Endoscopia Digestiva Alta e os testes para a detecção de pylori estão relacionados à investigação de dispepsia (quadro do João). II INCORRETA: O tratamento prévio com Inibidores de Bomba de Prótons (IBPs) não prejudicam ou retardam o diagnóstico de malignidade. III CORRETA: Nesse caso, as fezes escuras podem sugerir uma hemorragia digestiva alta. Referência: GUSSO, Gustavo et al. Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. 41ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 51 de 65 Enunciado: (FIP GUANAMBI) Uma criança, de 7 meses, que chega ao posto de saúde, com lesões vésico- papulosas normocrômicas, em região de malar, couro cabeludo e dobras antecubitais, pruriginosas, há aproximadamente 10 dias. A mãe relata que o prurido piora à noite. No exame físico nota-se túneis, que na extremidade apresentam uma vésico-pápula. A hipótese diagnóstica, mais provável é: Alternativas: (alternativa A) Psoríase. (alternativa B) Dermatite Seborreica. (alternativa C) Dermatite atópica. (alternativa D) (CORRETA) Escabiose. Resposta comentada: A escabiose é uma doença contagiosa produzida pelo Sarcoptes scabiei var. hominis, que produz uma dermatose pruriginosa predominantemente noturna. A lesão típica é o túnel escabiótico, que mede 5 a 15 mm, de cor acinzentada clara ou da cor da pele, em geral sinuoso, tendo na extremidade migrante uma pequena vesícula do tamanho de uma cabeça de alfinete – a eminência acarina (onde se encontra o parasita). Esses túneis, cujo número aumenta com a duração da doença, localizam-se preferentemente em dedos, pregas interdigitais e axilares, punhos, cotovelos, mamilos (sobretudo nas mulheres), genitália, nádegas e hipogástrio; nas crianças, as lesões localizam-se também em couro cabeludo, palmas e plantas. Além de papulocrostas, lesões ponfosas urticariformes de natureza alérgica podem ocorrer em áreas em que não há túneis (regiões escapular e abdominal). Referência: AZULAY, Rubem David; AZULAY, David Rubem; AZULAY-ABULAFIA, Luna.Dermatologia. 6. ed., rev. e atual. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. xx, 1133 p.ISBN 978-85-277-1433-4 42ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 52 de 65 Enunciado: (FMIT) Mulher, 43 anos, marca consulta com o médico de família da Unidade Básica de Saúde de seu bairro para avaliação de dor abdominal. Relata que há cerca de seis meses iniciou com dor epigástrica, tipo queimação de intensidade moderada, 5/10 na escala análoga visual, associada a saciedade precoce. Nega outros sintomas gastrointestinais, perda ponderal e uso de anti-inflamatórios. Fez uso de chás e de antiácidos, sem melhora dos sintomas. Nega tabagismo e etilismo. Não tem histórico familiar de câncer gástrico. Ao exame físico, estava em bom estado geral, corada, hidratada, anictérica, eupneica, sem alterações na avaliação cardiovascular, respiratória e abdominal. Considerando o caso acima, assinale a alternativa com a melhor conduta. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Prescrever inibidor de bomba de próton por 04 semanas. (alternativa B) Prescrever tratamento empírico para erradicação de Helicobacter pylori. (alternativa C) Solicitar Endoscopia Digestiva Alta com pesquisa de Helicobacter pylori. (alternativa D) Prescrever procinético por 04 semanas. Resposta comentada: A questão traz o caso de uma mulher de 43 anos com quadro de dispepsia: dor ou desconforto epigástrico recorrente ou persistente, acompanhado ou não de sensação de saciedade precoce, náuseas, vômitos, regurgitação e excessiva eructação. A paciente não apresenta nenhum sinal de alerta, como hematêmese/melena, vômitos persistentes, disfagia/odinofagia, emagrecimento, história familiar de câncer gástrico, e tem idade inferior a 60 anos. Assim, a melhora conduta é o tratamento com IBP durante 04 semanas, com posterior reavaliação. Não havendo melhora dos sintomas, é indicado o tratamento empírico para erradicação do Hpylori. Se o paciente permanecer com sintomas ou se houver recidiva precoce, há indicação de realizar Endoscopia. Referências: LOPES et al. Dispepsia e Refluxo. In DUNCAN,BB et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 5a edição. Porto Alegre: Artmed, 2022. WINCK, K e ORNELAS, RH. Síndrome dispéptica. GUSSO, G et al. Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. 2a edição. Porto Alegre: Artmed, 2019. 43ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 53 de 65 Enunciado: (UNIFIPMOC) Mulher, 70 anos, dá entrada no pronto socorro com quadro súbito de dor precordial irradiada para braço e ombro esquerdos. A dor apresenta caráter progressivo, em aperto, piora durante o esforço, com mais de 15 minutos de duração e início há 30 minutos, além de estar associada à náusea. Já na avaliação inicial é prontamente realizado um eletrocardiograma como evidenciado na imagem abaixo. A paciente é imediatamente encaminhada para sala de emergência e monitorizada. Seu exame físico não apresenta alterações na ausculta cardíaca ou respiratória e a mesma apresenta os seguintes dados vitais: PA 90x40mmHg, FC 95 bpm, SpO2 96% em ar ambiente, FR 18 irpm e perfusão de 2 segundos. Fonte: https://oxfordmedicaleducation.com. Diante deste quadro, aponte a alternativa que evidencia o correto diagnóstico e qual a medida inicial a ser tomada. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 54 de 65 Alternativas: (alternativa A) Infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em DII, DIII e aVF, com possível acometimento da parede inferior irrigada pela artéria descendente anterior. Conduta: iniciar AAS mastigável, segundo antiagregante, anticoagulação e realização de angioplastia. (alternativa B) (CORRETA) Infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em DII, DIII e aVF, com possível acometimento de parede inferior irrigada pela artéria coronária direita. Conduta: iniciar AAS mastigável, segundo antiagregante, anticoagulação e realização de angioplastia. (alternativa C) Infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em V1,V2, V3 e V4, com possível acometimento da parede inferior irrigada pela artéria descendente anterior. Conduta: iniciar AAS mastigável, sem necessidade de angioplastia no momento. (alternativa D) Infarto agudo do miocárdio sem supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em V1,V2, V3 e V4, com possível acometimento de parede inferior irrigada pela artéria coronária direita. Conduta: iniciar AAS mastigável, sem necessidade de angioplastia no momento. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 55 de 65 Resposta comentada: Infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em DII, DIII e aVF, com possível acometimento da parede inferior irrigada pela artéria descendente anterior. Conduta: iniciar AAS mastigável, segundo antiagregante, anticoagulação e realização de angioplastia. INCORRETA. A artéria coronária direita é a principal responsável pela irrigação da parede inferior. Infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em V1,V2, V3 e V4, com possível acometimento da parede inferior irrigada pela artéria descendente anterior. Conduta: iniciar AAS mastigável,sem necessidade de angioplastia no momento. INCORRETA. O supra de ST acontece em DII, DIII e aVF que é irrigado pela coronária direita. Nessa situação a angioplastia é mandatória. Infarto agudo do miocárdio sem supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em V1,V2, V3 e V4, com possível acometimento de parede inferior irrigada pela artéria coronária direita. Conduta: iniciar AAS mastigável, sem necessidade de angioplastia no momento. INCORRETA. O ECG mostra a presença de supra de ST em DII, DIII e aVF irrigado pela coronária direita com necessidade de angioplastia além de segundo antiagregante e anticoagulação. Infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST evidenciado em DII, DIII e aVF, com possível acometimento de parede inferior irrigada pela artéria coronária direita. Conduta: iniciar AAS mastigável, segundo antiagregante, anticoagulação e realização de angioplastia. CORRETA. Diante do quadro clínico apresentado e eletrocardiograma podemos inferir que estamos diante de um quadro infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST na região inferior do coração. Este paciente deve ser avaliado e tratado urgentemente com angioplastia primária. O tratamento imediato também inclui aspirina, clopidogrel (ou outro segundo antiagregante como ticagrelor), heparina. Referências: Byrne RA, Rossello X, Coughlan JJ, et al. 2023 ESC Guidelines for the management of acute coronary syndromes. Eur Heart J. 2023:ehad191. Fonte figura: https://oxfordmedicaleducation.com/ecgs/ecg-examples/ 44ª QUESTÃO Enunciado: (UNITPAC) Uma paciente de 9 anos chega à Unidade Básica de Saúde com queixas de febre baixa intermitente e fadiga há três semanas. Ao exame físico, você observa linfonodos aumentados, indolores e firmes em regiões cervical e supraclavicular, sem sinais de inflamação. Com base nas características da adenomegalia e nas possíveis causas, marque a alternativa correta sobre a etiologia da linfadenopatia observada neste caso: 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 56 de 65 Alternativas: (alternativa A) Linfonodos dolorosos, móveis e com menos de 1 cm de diâmetro, especialmente em regiões cervicais e supraclaviculares, indicam infecção bacteriana localizada, sendo o diagnóstico mais provável uma linfadenite infecciosa. (alternativa B) Linfonodos supraclaviculares firmes e indolores, como os observados neste paciente, são mais indicativos de uma infecção viral autolimitada, como uma mononucleose infecciosa. (alternativa C) (CORRETA) Linfonodos maiores que 2 cm, indolores, firmes e aderidos a planos profundos, principalmente em regiões supraclaviculares, são mais compatíveis com um diagnóstico neoplásico, como linfoma ou metástase de cânceres de pulmão ou trato gastrointestinal. (alternativa D) O padrão de adenomegalia indolor e firme, associado a febre e fadiga em um paciente adulto, sugere uma infecção viral crônica, como citomegalovírus, com pouca probabilidade de envolvimento neoplásico. Resposta comentada: Linfonodos dolorosos, móveis e menores que 1 cm, especialmente em regiões cervicais, são frequentemente indicativos de infecções bacterianas agudas ou localizadas, como linfadenite bacteriana. No entanto, os linfonodos do paciente são firmes, indolores e em regiões supraclaviculares, sugerindo uma etiologia neoplásica, e não infecciosa. No contexto do paciente, os achados são incompatíveis com linfadenite infecciosa. Linfonodos supraclaviculares firmes e indolores são um sinal clássico de neoplasia, não de infecções virais benignas como mononucleose infecciosa. Na mononucleose, os linfonodos geralmente são móveis, dolorosos e não se apresentam de forma tão localizada e indolor como neste caso. Além disso, a região supraclavicular é mais comumente afetada por condições malignas. Linfonodos maiores que 2 cm, firmes, indolores e aderidos a planos profundos, especialmente em áreas como a supraclavicular, são altamente sugestivos de condições neoplásicas, como linfoma ou metástase de tumores sólidos (pulmão, esôfago, estômago). O fato de o paciente apresentar febre baixa e fadiga crônica também corrobora um quadro mais sugestivo de neoplasia do que de infecção. A localização supraclavicular, em particular, está fortemente associada a neoplasias do trato torácico e abdominal. Uma infecção viral crônica como o citomegalovírus possa causar adenomegalia, a firmeza e o tamanho dos linfonodos, além da localização supraclavicular, são mais consistentes com malignidade. Em infecções virais, os linfonodos geralmente são dolorosos e móveis, e as infecções virais crônicas tendem a causar sintomas sistêmicos mais leves do que os observados em neoplasias. Referência: GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. Grupo GEN, 2022. E- book. ISBN 9788595159297. Disponível em:https://integrada. minhabiblioteca. com. br/#/books/978859515929 7/. Acesso em: 03 mai.2023. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 57 de 65 45ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA PORTO VELHO) Uma mulher, de 35 anos, procura a Unidade de Saúde da Família (USF) relatando constipação intestinal há 4 meses. Ela menciona evacuações com frequência menor que 3 vezes por semana, fezes endurecidas e sensação de evacuação incompleta. Nega dor abdominal e uso de medicamentos. Além disso, informa que a alimentação se manteve regular e nega alterações importantes no estilo de vida. No exame físico, não há sinais de alarme, como perda de peso ou sangramento. De acordo com o caso clínico, qual o tipo mais provável de constipação e a conduta inicial recomendada? Alternativas: (alternativa A) Constipação medicamentosa - Revisar o uso de medicamentos e prescrever laxativos osmóticos. (alternativa B) Constipação por causa orgânica - Iniciar investigação com exames de imagem e colonoscopia. (alternativa C) (CORRETA) Constipação funcional - Orientar aumento do consumo de fibras, hidratação e atividade física. (alternativa D) Síndrome do intestino irritável - Prescrever antiespasmódicos e solicitar exames laboratoriais. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 58 de 65 Resposta comentada: Constipação por causa orgânica - Iniciar investigação com exames de imagem e colonoscopia Incorreto: A investigação para causas orgânicas é indicada quando há sinais de alarme, como perda de peso inexplicada, anemia, ou sangramento nas fezes, o que não está presente neste caso. Constipação funcional - Orientar aumento do consumo de fibras, hidratação e atividade física regular Correto: A constipação funcional é a causa mais comum em mulheres jovens e saudáveis. O manejo inicial deve focar em medidas não farmacológicas, como o aumento de fibras, líquidos e atividade física. Constipação medicamentosa - Revisar o uso de medicamentos e prescrever laxativos osmóticos Incorreto: Não há indícios de que a paciente esteja utilizando medicamentos que causam constipação, o que faz essa opção inadequada. Laxativos só são indicados após falha das medidas dietéticas. Síndrome do intestino irritável - Prescrever antiespasmódicos e realizar exames laboratoriais Incorreto: A síndrome do intestino irritável com constipação geralmente está associada a dor abdominal, o que não foi relatado pela paciente. Referências: GUSSO, Gustavo; LOPES, José M.C.; DIAS, Lêda C. (Orgs.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, p. 2388. Cap. 171. DUNCAN, B. B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 2022. (Cap. 66). 46ª QUESTÃO Enunciado: (UNIFIPMOC) Lactente de 10 meses, sexo masculino, é trazido à UBS por sua mãe com quadro de tosse seca, febre alta e coriza há 5 dias. A mãe relata que, há 48 horas, surgiram “manchas vermelhas em todo o corpo”, iniciando atrás das orelhas e progredindo de forma craniocaudal, e também notou conjuntivite em ambos os olhos. O cartão vacinal da criança está atualizado até 6 meses de idade. Ela menciona que a irmã de 7 anos apresentouquadro clínico semelhante há cerca de duas semanas. Ao exame físico, o lactente encontra-se em estado geral regular, um pouco irritado, febril, mas respirando normalmente e bem hidratado. Não apresenta sinais meníngeos. A ausculta pulmonar e cardiovascular são normais, e o abdome está sem alterações. Observa-se um rash maculopapular generalizado, que é confluente em face e tronco, além de enantema difuso na mucosa oral. Com base nesse quadro clínico, qual é a suspeita diagnóstica mais provável e a conduta adequada? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 59 de 65 Alternativas: (alternativa A) Escarlatina; prescrever penicilina benzatina. (alternativa B) (CORRETA) Sarampo; notificar e investigar o caso. (alternativa C) Enterovirose; prescrever Plano A de hidratação oral. (alternativa D) Dengue; realizar prova do laço. Resposta comentada: Gabarito: Sarampo; notificar e investigar o caso. Comentário sobre as alternativas: Dengue; realizar prova do laço. Comentário: Incorreta. A dengue pode causar febre e exantema, mas o padrão de aparecimento das manchas (começando atrás das orelhas e progredindo de forma craniocaudal) e os sintomas associados, como coriza e conjuntivite, são mais compatíveis com sarampo. Além disso, o contexto epidemiológico sugerido pela história da irmã reforça a suspeita de uma infecção viral como o sarampo. Enterovirose; prescrever Plano A de hidratação oral. Comentário: Incorreta. Enteroviroses podem causar febre e exantema, mas não é comum apresentarem o padrão de evolução descrito, nem os sintomas respiratórios e o enantema oral, que são característicos do sarampo. Escarlatina; prescrever penicilina benzatina. Comentário: Incorreta. A escarlatina também se manifesta com febre e exantema, mas a distribuição e o tipo das lesões diferem do que foi descrito. O exantema da escarlatina costuma ser em lixa e, além disso, está associado a dor de garganta, o que não foi relatado no caso. Sarampo; notificar e investigar o caso. Comentário: Correta. O quadro clínico, com febre, tosse seca, coriza, conjuntivite e um exantema maculopapular que progride de forma craniocaudal, é altamente sugestivo de sarampo. O enantema oral (manchas de Koplik) é um achado característico da doença. A ausência de vacinação completa e o contato com um caso semelhante (irmã) reforçam a suspeita. Diante disso, a conduta adequada é notificar o caso e iniciar a investigação, além de implementar medidas de controle e prevenção para evitar a propagação. Referências: Ministério da Saúde, Brasil. Manual de Vigilância Epidemiológica do Sarampo. 2019. Nelson, W. E. (2020). Nelson Textbook of Pediatrics. 21st Edition. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 60 de 65 47ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA PARAIBA) Mãe traz uma criança de 8 anos de idade para a Unidade de Pronto Atendimento devido a cansaço, febre e tosse iniciados há 5 dias e com piora da respiração nas últimas 24 horas. A criança não interage com a mãe, apresenta lábios azulados, esforço respiratório com batimento de asa de nariz e sibilos audíveis na ausculta respiratória. Nesse momento o médico plantonista fará o primeiro atendimento dessa criança. Com base no caso acima e considerando o triângulo de avaliação pediátrica, a avaliação primária e a avaliação secundária da criança gravemente enferma, qual a conduta inicial mais adequada? Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Deve ser indicada monitorização em sala de emergência após a impressão inicial. Deve ser dado suporte ventilatório com oxigênio verificando a perviedade das vias aéreas e intervindo se necessário. (alternativa B) Deve-se realizar o atendimento em consultório médico após classificação, realizar ventilação com oxigênio por cateter nasal e monitorizar o nível de oximetria de pulso do paciente. (alternativa C) Deve-se iniciar o protocolo de estabilização da coluna cervical, iniciar RCP de qualidade com uso do DEA e realizar intubação orotraqual. (alternativa D) Deve-se iniciar o atendimento realizando a classificação de risco pelo protocolo de manchester e prescrever antibióticos na primeira hora de atendimento. Resposta comentada: A abordagem do TAP- triângulo de avaliação pediátrica faz o médico reconhecer rapidamente a gravidade de uma criança que necessite de suporte e monitorização em sala de emergência. O paciente em questão durante a abordagem encontra-se pálido com cianose, lábios azulados, pouca interação com a mãe e apresentando ausculta respiratória alterada assim como esforço respiratório. Sinais evidentes para monitorizar em sala de emergência administrando suporte ventilatório inicial com oxigênio sobre uma via aérea pérvia, sendo indicado aspiração de secreções caso haja necessidade. Referências: American Heart Association. (2011). Systematic approach to the seriously ill or injured child.Inl.Chameide,R.A. Samson, S.M.Schexnayder,& M.F.Hazinski (Eds.), Pediatric -Advanced life support provider manual (pp. 7-30). Dallas, TX: American Heart Association. BAKED,K.;SHARIEFF,G.Q.(2013).Pediatric trauma. In J.G.Adams (Ed.), Emergency medice: Clinical essentials, ed, 2, pp.190-199). Philadelphia, PA: Saunders. MANUAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIAS EM PEDIATRIA, SANAR [1] 2018; (pp.21-27) 48ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 61 de 65 Enunciado: (FASA VIC) Criança de 5 anos, sexo feminino, com histórico de Tetralogia de Fallot corrigida cirurgicamente aos 2 anos, é trazida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após um episódio de perda súbita da consciência enquanto brincava. Na chegada, ela está inconsciente e sem pulso palpável. A equipe da UPA, composta por profissionais capacitados em Suporte Avançado de Vida em Pediatria (PALS), inicia o protocolo de parada cardiorrespiratória (PCR). Durante a análise do ritmo da paciente, o seguinte traçado foi identificado: Fonte: PALS - SAVP. Com base no exposto acima, seguindo as diretrizes do suporte avançado de vida em pediatria, assinale a assertiva que contenha o manejo correto. Alternativas: (alternativa A) Administrar epinefrina imediatamente e esperar a estabilização do ritmo no monitor antes de realizar a desfibrilação. (alternativa B) (CORRETA) Realizar desfibrilação inicial com 2 J/kg, seguida por RCP de alta qualidade por 2 minutos, e reavaliar o ritmo após. (alternativa C) Realizar desfibrilação com carga inicial de 1 J/kg, seguida de RCP de alta qualidade por 2 minutos, e administração de adrenalina. (alternativa D) Realizar massagem cardíaca de alta qualidade por 2 minutos, antes de seguir com a desfibrilação, para garantir a perfusão adequada dos órgãos. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 62 de 65 Resposta comentada: Realizar massagem cardíaca de alta qualidade por 2 minutos, antes de seguir com a desfibrilação, para garantir a perfusão adequada dos órgãos. INCORRETA. A massagem cardíaca é necessária, mas nos casos de ritmos chocáveis, a desfibrilação deve ser realizada o quanto antes. Administrar epinefrina imediatamente e esperar a estabilização do ritmo no monitor antes de realizar a desfibrilação. INCORRETO. A administração da adrenalina é o mais precoce possível, idealmente nos 5 primeiros minutos, porém não deve aguardar a estabilização do monitor antes da desfibrilação. Inclusive o choque deve ser aplicado imediatamente após identificação de um ritmo chocável. Realizar desfibrilação inicial com 2 J/kg, seguida por RCP de alta qualidade por 2 minutos, e reavaliar o ritmo após. CORRETO. A paciente apresenta uma taquicardia ventricular sem pulso, que é um ritmo chocável. De acordo com as diretrizes do PALS 2020/2021, a desfibrilação precoce é o tratamento de escolha para esse tipo de ritmo, com uma dose inicial de 2 J/kg, seguida imediatamente por dois minutos de RCP de alta qualidade antes de reavaliar o ritmo. Realizar desfibrilação com carga inicial de 1 J/kg, seguida de RCP de alta qualidade por 2 minutos, e administração de adrenalina. INCORRETO. A dose inicialde 1 J/kg é insuficiente como primeira escolha em crianças. O recomendado para o primeiro choque é 2 J/kg. Referência: AMERICAN HEART ASSOCIATION. SAVP: Suporte avançado de vida em pediatria: manual do profissional. Texas, USA: Orora Visual, 2021. 330 p. ISBN 978-1-61669-957-4. 49ª QUESTÃO Enunciado: (FESAR) Uma mulher de 37 anos, casada, dois filhos, com histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau, procura a unidade básica de saúde onde está cadastrada para obter orientações sobre a detecção precoce da doença. Na anamnese nega uso de anticoncepcional oral, tabaco ou bebida alcoólica. Nega hipertensão e diabete. Exame físico ginecológico e de mamas dentro dos parâmetros da normalidade. Baseado nas recomendações do Instituo Nacional de Câncer, assinale qual das alternativas abaixo apresenta conduta(s) recomendada(s) para mulheres nessa faixa etária com risco relativo elevado para o câncer de mama: 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 63 de 65 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Iniciar a mamografia a partir dos 35 anos, podendo considerar a ressonância magnética como complemento. (alternativa B) Apenas realizar acompanhamento clínico sem necessidade de exames de imagem até os 50 anos de idade. (alternativa C) Realizar mamografia anualmente, a partir dos 50 anos já que tem histórico de câncer na família. (alternativa D) Incentivar a autoexame das mamas mensalmente e mamografia bianual a partir dos 50 anos. Resposta comentada: Comentários sobre as Alternativas: Realizar mamografia anualmente somente a partir dos 50 anos. Incorreta. As diretrizes do INCA recomendam a realização de mamografia anualmente a partir dos 50 anos para todas as mulheres até os 69 anos, exceto para aquelas com risco elevado, que podem iniciar aos 35 anos. Incentivar a autoexame das mamas mensalmente e mamografia bianual a partir dos 50 anos. Incorreta. Embora o autoexame das mamas seja uma prática importante, as diretrizes enfatizam a mamografia para detecção precoce. Mulheres com risco elevado devem começar a mamografia antes dos 35 anos. Iniciar a mamografia a partir dos 35 anos, podendo considerar a ressonância magnética como complemento. Correta. Mulheres com risco elevado para câncer de mama devem iniciar a mamografia aos 35 anos, e a ressonância magnética pode ser considerada como um complemento na avaliação, conforme a avaliação de risco. Apenas realizar acompanhamento clínico sem necessidade de exames de imagem até os 50 anos de idade. Incorreta. O acompanhamento clínico é importante, mas não é suficiente. Mulheres com risco elevado devem ter um plano de rastreamento que inclua exames de imagem adequados. Referências: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2015. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Parâmetros para o rastreamento do câncer de mama: recomendações para gestores estaduais e municipais – Rio de Janeiro: INCA, 2009. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 64 de 65 50ª QUESTÃO Enunciado: (UNITPAC) Março Lilás alerta sobre a prevenção do câncer de colo do útero O terceiro tipo de câncer mais frequente na população feminina pode ser prevenido com exame Papanicolau, disponível em todas as UBSs da rede municipal; além disso, vacina contra o HPV também está no SUS. Fonte: Portal Saúde, Cidade de São Paulo, 2023. Em relação a este câncer, analise as assertivas abaixo: I. A infecção persistente por HPV de alto risco oncogênico é condição causal para o desenvolvimento do câncer de colo uterino. II. O adenocarcinoma do colo uterino apresenta maior risco de metástase à distância quando comparado com o tipo histológico escamoso em estádios similares. III. A prevenção primária se dá pela vacinação contra o HPV, e a secundária, pelo rastreamento e tratamento das lesões precursoras. IV. O principal fator prognóstico é o tipo histológico do tumor. Estão corretas as assertivas Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Apenas I, II e III. (alternativa B) Apenas I e III. (alternativa C) Apenas II e IV. (alternativa D) Apenas II, III e IV. Resposta comentada: A assertiva I está correta porque a infecção persistente por HPV de alto risco oncogênico é, sim, uma condição causal para o desenvolvimento do câncer de colo uterino. A assertiva II também é verdadeira, uma vez que o adenocarcinoma do colo uterino tem um risco maior de metástase à distância em comparação com o tipo histológico escamoso em estádios semelhantes. A assertiva III é correta, pois a vacinação contra o HPV é uma forma de prevenção primária, enquanto o rastreamento e tratamento das lesões precursoras são formas de prevenção secundária. No entanto, a assertiva IV não é correta, pois o principal fator prognóstico não é o tipo histológico do tumor, mas o estádio da doença no momento do diagnóstico e o tipo de tratamento realizado. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 65 de 65Oximetria de pulso mostra Saturação de 91%. Realizada radiografia de tórax com sinais de hiperinsuflação pulmonar, sem atelectasia e sem consolidações. Analise a situação descrita acima e respoda, com base nos achados clínicos e radiológicos, qual é o diagnóstico mais provável e a conduta apropriada? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 4 de 65 Alternativas: (alternativa A) Pneumonia bacteriana; iniciar antibióticos de amplo espectro e realizar internação hospitalar. (alternativa B) Asma grave; iniciar broncodilatador inalatório (Salbutamol) e corticosteroide sistêmico (Prednisolona) (alternativa C) Pneumonia grave por Mycoplasma; prescrever macrolídeo (azitromicina) e internação hospitalar (alternativa D) (CORRETA) Bronquiolite viral aguda; oferecer suporte com oxigenioterapia e hidratação, além de monitoramento respiratório. Resposta comentada: Resposta correta: Bronquiolite viral aguda; oferecer suporte com oxigênio e hidratação, além de monitoramento respiratório. Explicação da resposta correta: A alternativa está correta, pois a apresentação clínica, com tosse, sibilos, dificuldade respiratória e achados radiológicos de hiperinsuflação, é sugestiva de bronquiolite viral aguda, comum em crianças pequenas, geralmente causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). O tratamento é de suporte, incluindo oxigênio se necessário, hidratação e monitoramento, sem necessidade de antibióticos na ausência de sinais de infecção bacteriana secundária. Explicação das alternativas incorretas: Incorreta, pois a ausência de consolidação na radiografia e os sinais de hiperinsuflação tornam o diagnóstico de pneumonia bacteriana menos provável. Incorreta, pois a criança não tem histórico de asma, e a bronquiolite geralmente não requer o uso de corticosteroides. Incorreta, pois a pneumonia por Mycoplasma é mais comum em crianças mais velhas e adolescentes, geralmente com sintomas mais leves e sem hiperinsuflação. Referências: - Tratado de Pediatria / Organização Sociedade Brasileira de Pediatria. -5. ed. -Barueri [SP]: Manole, 2022. - Andrade et al. (2024). Bronquiolite Viral Aguda: Um Panorama Completo da Definição, Epidemiologia, Fisiopatologia, Sintomas, Tratamento e Desfecho. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, Volume 6, Issue 7, Pages 2430-2442. - Olio CCD, Anna MFPS, Anna CCS. Tratamento da bronquiolite viral aguda. Resid Pediatr. 2021;11(3):1- 5 DOI: 10.25060/residpediatr-2021.v11n3-186 4ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 5 de 65 Enunciado: (AFYA ITABUNA) Um paciente 30 anos, homem trans, procura atendimento médico do Hospital de sua cidade, juntamente com seu parceiro que informa histórico de cirrose hepática, e no momento da consulta paciente se apresenta com confusão mental, alterações de comportamento e flapping tremor nas mãos. Esses sintomas são indicativos de encefalopatia hepática. Diante do exposto, quanto ao principal mecanismo fisiopatológico que contribui para o desenvolvimento da encefalopatia hepática nesse paciente, julgue as seguintes asserções e a relação entre elas: I - O aumento da produção de amônia devido à disfunção hepática e sua consequente absorção no sistema nervoso central causam as alterações do caso clínico. PORQUE II - Com a função hepática comprometida, a amônia se acumula no sangue e a amônia em excesso entra no sistema nervoso central (SNC), onde pode afetar a função neuronal, alterando o equilíbrio de neurotransmissores. Alternativas: (alternativa A) A assertiva I e II estão corretas, mas a assertiva II não justificativa a assertiva I. (alternativa B) A assertiva I está falsa e a assertiva II está correta. (alternativa C) (CORRETA) A assertiva I e II estão corretas e a assertiva II é justificativa da I. (alternativa D) A assertiva I está correta e a assertiva II está falsa. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 6 de 65 Resposta comentada: Resposta correta: A assertiva I e II estão corretas e a assertiva II é justificativa da I. Justificativa da Resposta: A Encefalopatia portossistêmica é uma complicação grave da doença hepática crônica e, em termos gerais, é definida como alterações do estado mental e da função cognitiva que ocorrem nos pacientes com insuficiência hepática. Na lesão hepática aguda grave, o desenvolvimento de encefalopatia é um requisito para o diagnóstico de insuficiência hepática aguda e pode ser visto em associação com edema cerebral potencialmente fatal, o qual não é uma característica da doença hepática crônica. A encefalopatia é observada muito mais comumente nos pacientes com doença hepática crônica. As neurotoxinas derivadas do intestino e que não são removidas pelo fígado em razão de um shunt vascular e da massa hepática reduzida chegam ao cérebro e produzem os sintomas que conhecemos como encefalopatia hepática. Os níveis de amônia estão geralmente elevados, porém a correlação entre a gravidade da doença hepática e a intensidade dos níveis de amônia frequentemente é imprecisa, razão pela qual a maioria dos hepatologistas não confia nos níveis de amônia para fazer o diagnóstico ou para acompanhar a progressão clínica. Outros compostos e metabólitos que podem contribuir para a patogênese da encefalopatia incluem alguns falsos neurotransmissores e mercaptanos. Na insuficiência hepática aguda, as alterações do estado mental podem ocorrer rapidamente. Esses pacientes podem ter edema cerebral com encefalopatia grave associada ao edema da substância cinzenta. Herniação cerebral é uma complicação temida do edema cerebral da insuficiência hepática aguda, e o tratamento para reduzir o edema é feito com manitol e uso criterioso de líquidos IV. Nos pacientes com cirrose, a encefalopatia é observada com frequência como resultado de certos eventos desencadeantes como hipopotassemia, infecção, sobrecarga de proteínas dietéticas ou depleção de volume. Os pacientes podem estar confusos ou mostrar uma mudança de personalidade. Na verdade, eles podem ficar bastante violentos e difíceis de controlar; ou, ao contrário, podem ficar muito sonolentos e difíceis de despertar. Os eventos desencadeantes são comuns, de modo que devem ser procurados com cuidado. Quando os pacientes têm ascite, esta deve ser puncionada para excluir possibilidade de infecção. Também é necessário buscar evidência de hemorragia digestiva, e os pacientes devem receber hidratação apropriada. Os eletrólitos devem ser dosados e suas anormalidades, corrigidas. Os pacientes com encefalopatia frequentemente têm asterixe. O asterixe pode ser evidenciado pedindo-se que os pacientes realizem a extensão de seus braços e dobrem seus punhos para trás. Os pacientes com encefalopatia mostram um “flap hepático” – isto é, um movimento repentino do punho para a frente. Isso exige que os pacientes possam colaborar com o examinador. As causas alternativas de alteração do estado mental também devem ser consideradas. O diagnóstico de encefalopatia hepática é clínico e requer um médico experiente capaz de reconhecer e juntar todas essas diversas manifestações clínicas. Muitas vezes, quando os pacientes apresentam encefalopatia pela primeira vez, não estão cientes do que está acontecendo, porém, depois dessa primeira experiência, podem identificá-la quando começa a ocorrer nas situações subsequentes e com frequência podem se automedicar para impedir o desenvolvimento ou o agravamento da encefalopatia. Referência: LOSCALZO, J. et al. Medicina interna de Harrison. 21. ed. Porto Alegre: AMGH, 2024. 2 v. 5ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA PARAÍBA) João, 40 anos, comparece à consulta com os seguintes dados: peso de 130 kg, altura de 2,00 m, IMC de 32,5kg/m2 e circunferência abdominal de 106 cm. Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta a classificação do IMC do paciente. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 7 de 65 Alternativas: (alternativa A) Obesidade grau II. (alternativa B) Obesidadegrau III. (alternativa C) Sobrepeso. (alternativa D) (CORRETA) Obesidade grau I. Resposta comentada: Cálculo do IMC: IMC = peso (kg) / altura (m)² = 130 / (2,00)² = 32,5 kg/m², classificado como Obesidade grau I. Abaixo do peso: IMCpois tem alta especificidade e sensibilidade, e correlaciona-se com a positividade parasitológica. III. O exame direto deve ser feito de material raspado do fundo da úlcera, mas tem baixa sensibilidade nas fases iniciais da doença. IV. Acultura é feita a partir do exsudato sanguinolento da borda da lesão, pode levar mais de três semanas para positivar e contribui para definição da espécie. Julga-se correto o que se afirma em: Alternativas: (alternativa A) I e III apenas. (alternativa B) II e III apenas. (alternativa C) II e IV apenas. (alternativa D) (CORRETA) I e IV apenas. Resposta comentada: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, crônica, não contagiosa, causada por diferentes agentes protozoários do gênero Leishmania, sendo a Leishmania Viannia braziliensis a espécie mais comum no Brasil. Acomete tanto a pele quanto as mucosas. O período de incubação é de semanas a meses após a picada do inseto transmissor. Já o envolvimento mucoso pode levar anos para surgir. A Leishmania é um protozoário intracelular obrigatória e vive e se multiplica dentro dos macrófagos do hospedeiro infectado. O parasita é transmitido por um vetor que é um inseto denominado flebotomíneo e são popularmente conhecidos como “mosquito-palha”, “tatuquira” e “birigui”. No Brasil, o gênero de flebotomíneo mais importante é a Lutzomyia. Leishmaniose cutânea - O quadro é composto por uma úlcera arredondada e as bordas são bem delimitados, eritematosas, infiltradas e elevadas (borda em moldura). A base (centro da úlcera) é eritematosa com tecido de granulação e não há secreção purulenta (foto ao lado). A úlcera é 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 12 de 65 indolor. Quando estamos diante de uma úlcera típica de LTA o exame de primeira escolha é o exame direto em que raspamos a lesão e procuramos as formas amastigotas. A biópsia mostra uma dermatite granulomatosa (histiócitos organizados) com linfócitos e principalmente plasmócitos. A cultura no meio Neal, Novy e Nicolle (NNN) é possível, porém é um exame pouco disponível. O teste de Montenegro avalia a imunidade celular do indivíduo. Se houver pápula ou área infiltrada igual ou maior que 5mm o teste é considerado positivo. Os pacientes com LTA cutânea terão teste de montenegro positivo. De posse de tais informações, vamos avaliar as assertivas: I. (VERDADEIRA) A reação intradérmica com antígenos de Leishmania tem alta especificidade e permanece positiva para o resto da vida. >> Alternativa conceitual e correta. II. (FALSO) A sorologia é usada para diagnóstico, pois tem alta especificidade e sensibilidade, e correlaciona-se com a positividade parasitológica. >> A sorologia avalia resposta imune do anticorpo, menos usada no diagnósticos. Na LTA, costuma ser baixo a moderada. III. (FALSO) O exame direto deve ser feito de material raspado do fundo da úlcera, mas tem baixa sensibilidade nas fases iniciais da doença. >> O raspado deve ser da borda interna da úlcera usando material estéril. IV. (VERDADEIRA) Acultura é feita a partir do exsudato sanguinolento da borda da lesão, pode levar mais de três semanas para positivar e contribui para definição da espécie. >> Correta e conceitual. Referência: Salomão R. Infectologia: Bases Clínicas e Tratamento. (2nd edição). Grupo GEN; 2023. 10ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA IPATINGA) Maria, 19 anos, negra, modelo de passarela, queixa de fraqueza, unhas quebradiças e amenorreia há meses, quando começou dieta restritiva, com perda de peso expressiva. Ao exame notado: IMC de 17kg/m², mucosas hipocoradas, língua lisa e com ausência de papilas, dados vitais normais, exceto por frequência cardíaca de 101 bpm. Trouxe exames, anotados pelo médico em prontuário como se segue: beta- HCG negativo (exclui gravidez), hemoglobina 10,8g/dl (VR: 12-15,6); HCM 24 pg (VR:26-33); VGM 78fl (VR: 80-98); reticulócitos: 0,2% (VR: 0,5-2,5%); ferritina 10 ng/dl (VR: 30 a 300); bilirrubina total 1,1 mg/dl (VR até 1,2). Considerando a origem da anemia e o tratamento adequado, qual das seguintes opções é a mais apropriada? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 13 de 65 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Trata-se de anemia por deficiência de ferro por desnutrição. Tratar com suplementação oral de ferro, além de acompanhamento nutricional. (alternativa B) Trata-se de anemia hemolítica auto-imune. Iniciar tratamento imunossupressor. (alternativa C) Trata-se de anemia megalobástica por má absorção intestinal. Iniciar a reposição empírica de vitamina B12. (alternativa D) Trata-se de anemia por perda – metrorragia. Realizar transfusão de sangue e terapia hormonal para regularizar o fluxo. Resposta comentada: Trata-se de anemia microcítica hipocrômica, em uma paciente que fez dieta restritiva com objetivo de emagrecer, por influência profissional. Anemia megaloblástica é apresentada com macrocitose. Anemia hemolítica, bem como hemoglobinopatia genética, em momentos de agudização, elevam reticulócitos e bilirrubinas. A paciente não relatou perda sanguínea, muito menos metrorragia, visto que está em amenorreia. Referência: Gusso, Gustavo, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. 11ª QUESTÃO Enunciado: (FASA VIC) Uma criança de 5 anos é trazida ao consultório médico com queixas de erupções cutâneas pruriginosas, que surgiram após a criança brincar em um parquinho onde havia contato com plantas. A mãe relata que a erupção começou em áreas expostas da pele e, ao longo dos dias, se espalhou. A criança apresenta histórico de eczema atópico leve, mas não apresenta sintomas respiratórios ou gastrointestinais. Ao exame físico, nota-se eritema, vesículas e crostas na região do rosto e nas mãos. Com base no caso apresentado, qual das alternativas abaixo mostra a principal hipótese diagnóstica e é a mais adequada para diferenciar a dermatite de contato da dermatite atópica, considerando aspectos clínicos, laboratoriais e de tratamento? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 14 de 65 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Trata-se de dermatite de contato, que tem como primeiro passo do tratamento a remoção do agente irritante, enquanto na dermatite atópica o tratamento é focado em corticosteroides tópicos. (alternativa B) Trata-se de dermatite atópica, condição na qual a história clínica é mais importante para diagnóstico, enquanto na dermatite de contato a IgE específica é essencial para o diagnóstico. (alternativa C) Trata-se de dermatite atópica, que tem pouca associação com fatores ambientais, enquanto a dermatite de contato costuma apresentar história familiar de atopia. (alternativa D) Trata-se de dermatite de contato, que geralmente apresenta prurido intenso, enquanto a dermatite atópica é caracterizada por lesões secas e escamosas. Resposta comentada: Alternativa correta: Trata-se de dermatite de contato, que tem como primeiro passo do tratamento a remoção do agente irritante, enquanto na dermatite atópica o tratamento é focado em corticosteroides tópicos. Comentário: O tratamento da dermatite atópica geralmente envolve corticosteroides tópicos, enquanto o manejo da dermatite de contato começa com a identificação e remoção do agente irritante ou alérgico. Alternativa: Trata-se de dermatite de contato, que geralmente apresenta prurido intenso, enquanto a dermatite atópica é caracterizada por lesões secas e escamosas. Comentário: Ambas as condições podem apresentar prurido, mas a dermatite atópica é mais frequentemente associada a lesões secas e escamosas, especialmente em áreas flexurais. Alternativa: Trata-se de dermatite atópica, condição na qual a história clínica é mais importante para diagnóstico, enquanto na dermatite de contato a IgE específica é essencial para o diagnóstico. Comentário: Exames de IgE específica são mais relevantes para a dermatite atópica, enquanto a dermatite de contatoé diagnosticada principalmente por meio da história clínica e exame físico. Alternativa: Trata-se de dermatite atópica, que tem pouca associação com fatores ambientais, enquanto a dermatite de contato costuma apresentar história familiar de atopia. Comentário: A dermatite atópica está frequentemente associada a uma história familiar de atopia, e a dermatite de contato pode ser desencadeada por fatores ambientais, mas não é tipicamente associada à atopia. Referência: CAMPOS Jr, D; LOPES, F A. Tratado de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª Ed. Editora Manole, 2021. 12ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 15 de 65 Enunciado: (FASA VIC) Paciente do sexo masculino, 65 anos, chega à UPA com queixa de dor retroesternal opressiva com irradiação para região cervical e membro superior esquerdo, associada à náusea e diaforese, iniciada há 01 hora, que piora à deambulação. Ao exame, apresenta PA 130/80 mmHg, FC 90bpm FR 20 irpm e SpO2 97%. Realizou eletrocardiograma com resultado demonstrado na imagem a seguir: Fonte: Neto, Rodrigo Antonio, B. et al. Medicina de emergência: abordagem prática. A alternativa que indica o que deve ser registrado no item "A" do SOAP pelo médico é: Alternativas: (alternativa A) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST em parede inferior. (alternativa B) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST em parede anterior. (alternativa C) (CORRETA) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST em parede posterior. (alternativa D) Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST em parede lateral. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 16 de 65 Resposta comentada: Infarto agudo do miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST em parede inferior: Falsa: Se fosse Supra de parede inferior, o correto seria um supra de ST em DII e DIII ou DIII e avF Infarto agudo do miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST em parede lateral: Falsa: Se fosse Supra de parede lateral, o correto seria um supra de ST em V5 e V6 ou D1 e avL Infarto agudo do miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST em parede anterior: Falsa: Se fosse supra de parede anterior, o correto seria um supra de ST em V3-V4 Infarto agudo do miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST em parede posterior: Verdadeira: Supra de ST em V7, V8 e V9 Referências: Gusso, Gustavo, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. Acls 2015, minha biblioteca Neto, Rodrigo Antonio, B. et al. Medicina de emergência: abordagem prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (17th edição). Editora Manole, 2023 13ª QUESTÃO Enunciado: (UNIGRANRIO CAXIAS) Paciente de 76 anos, masculino, chega ao Pronto Socorro apresentando disartria e hemiparesia completa à direita, de início há 2 horas. PA:140x90 mmHg, FC: 80 bpm, glicemia: 120 mg/dl. Não faz uso de nenhuma medicação e nega diagnóstico de comorbidades e não possui contraindicações para realização de trombolítico. Após os cuidados iniciais, exame neurológico completo e medidas de suporte, realizou-se uma tomografia computadorizada de crânio compatível com um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico no território da artéria cerebral média esquerda. Qual a conduta prioritária neste momento? Alternativas: (alternativa A) Realizar a dupla antiagregação plaquetária com AAS e Clopidogrel. (alternativa B) Solicitar ECG de 12 derivações para confirmar o diagnóstico de fibrilação atrial. (alternativa C) (CORRETA) Realizar trombólise com o uso de alteplase. (alternativa D) Realizar heparinização plena com 80UI/ kg de heparina não fracionada. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 17 de 65 Resposta comentada: Solicitar ECG de 12 derivações para confirmar o diagnóstico de fibrilação atrial. INCORRETA. O quadro clínico apresentado é sugestivo de um acidente vascular cerebral, não de eventos cardiológicos agudos. Iniciar a trombólise em até 4,5 horas do início dos sintomas. CORRETA. Segundo o Guideline da American Heart Association, após os cuidados iniciais, diagnóstico clínico e radiológico do acidente vascular isquêmico, caso não haja nenhuma contra-indicação para a trombólise, esta terapia deve ser realizada sendo a alteplase um dos fibrinolíticos utilizados. Realizar a dupla antiagregação plaquetária com AAS e Clopidogrel. INCORRETA. Diante da possibilidade de trombólise, esta deve ser a conduta prioritária. Realizar heparinização plena com 80UI/ kg de heparina não fracionada. INCORRETA. Diante da possibilidade de trombólise, esta deve ser a conduta prioritária. Não há indicação de heparinização plena. Referência: Powers WJ, Rabinstein AA, Ackerson T, et al. 2018 Guidelines for the early management of patients with acute ischemic stroke: a guideline for healthcare professionals from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2018; 49(3):e46-e110. 14ª QUESTÃO Enunciado: (UNIDEP) Um estudante de medicina identifica um senhor que cai na sua frente inconsciente na rua e realiza adequadamente o atendimento baseado no suporte básico de vida. Rapidamente pede ajuda, liga para o 192 e solicita um desfibrilado externo automático e identifica que o paciente não apresenta pulso palpável. Iniciar a reanimação cardiopulmonar de alta qualidade. Um socorrista leigo chega com o desfibrilador externo automático (DEA). Considerando o cenário descrito e as diretrizes de suporte básico de vida, qual é a melhor sequência de atendimento a ser adotada nesse momento? Alternativas: (alternativa A) Manter as compressões e utilizar o DEA apenas quando o suporte avançado chegar ao local para dar seguimento no atendimento. (alternativa B) Interromper as compressões e parar tudo para utilizar adequadamente o DEA para só depois da análise de ritmo retomar as compressões. (alternativa C) (CORRETA) Manter as compressões e utilizar os DEA após 2 minutos de reanimação cardiopulmonar de alta qualidade. (alternativa D) Manter as compressões enquanto o outro socorrista prepara o DEA e posiciona as pás e parar de comprimir apenas na hora da análise de ritmo e desfibrilação. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 18 de 65 Resposta comentada: Resposta Correta: Manter as compressões enquanto o outro socorrista prepara o DEA e posiciona as pás e parar de comprimir apenas na hora da análise de ritmo e desfibrilação. No BLS, um atendimento de alta qualidade é baseado em uma RCP eficaz e o uso adequado do DEA. Em uma PCR extra hospitalar o uso do DEA é mandatório sendo prioridade a utilização do mesmo. Quando temos 2 socorristas o preconizado pela American Heart Association é que enquanto 1 socorrista prepara o DEA outro mantenha a RCP de alta qualidade e só interrompa na hora de ser realizada a análise do ritmo cardíaco e desfibrilação. Resposta incorreta: Interromper as compressões e parar tudo para utilizar adequadamente o DEA para só depois da análise de ritmo retomar as compressões. Em uma PCR extra hospitalar o uso do DEA é mandatório sendo prioridade a utilização do mesmo. Quando temos 2 socorristas o preconizado pela American Heart Association é que enquanto 1 socorrista prepara o DEA outro mantenha a RCP de alta qualidade e só interrompa na hora de ser realizada a análise do ritmo cardíaco e desfibrilação. Resposta incorreta: Manter as compressões e utilizar os DEA após 2 minutos de reanimação cardiopulmonar de alta qualidade. No BLS, um atendimento de alta qualidade é baseado em uma RCP eficaz e o uso adequado do DEA. Em uma PCR extra hospitalar o uso do DEA é mandatório sendo prioridade a utilização do mesmo. Quando temos 2 socorristas o preconizado pela American Heart Association é que enquanto 1 socorrista prepara o DEA outro mantenha a RCP de alta qualidade e só interrompa na hora de ser realizada a análise do ritmo cardíacoe desfibrilação. Resposta incorreta: Manter as compressões e utilizar o DEA apenas quando o suporte avançado chegar ao local para dar seguimento no atendimento. Na chegada do suporte avançado o DEA deixa de ser utilizado para dar lugar ao desfibrilador que é capaz de uma análise detalhada do ritmo cardíaco e melhor controle das cargas de desfibrilação. O DEA é um dispositivo criado para ser utiizado por socorristas do BLS ou civis. Referência: American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care.Circulation. 2020. 15ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA PARAÍBA) Manoel, 55 anos, hipertenso em uso de enalapril, faz uso de omeprazol diariamente há cerca de 5 anos para tratar sintomas de DRGE. Comparece à consulta com queixa de dor e inflamação nos cantos da boca e na língua, bem como dormência e formigamento nos pés e esquecimento constante. Traz resultados de exames laboratoriais recentes, mostrando Hb 10,1 / Ht 30 / VCM 110 / HCM 32 / CHCM 33 / Leucócitos 8.500, com neutrófilos hipersegmentados / Plaquetas 250.000 / Ferritina 40. Sobre o caso clínico, assinale a alternativa que apresenta o tipo de anemia presente e a provável causa. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 19 de 65 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Macrocítica e normocrômica. Deficiência de B12. (alternativa B) Microcítica e normocrômica. Leucemia. (alternativa C) Microcítica e hipocrômica. Deficiência de ferro. (alternativa D) Macrocítica e hipocrômica. Deficiência de ácido fólico. Resposta comentada: O hemograma do paciente revela anemia macrocítica e normocrômica. São achados clínicos sugestivos de deficiência de B12 a glossite, queilite, neuropatia perifética, demência reversível; além disso, a presença de neutrófilos hipersegmentados é sugestiva de deficiência de B12. O uso a longo prazo de certas medicações, como IBPs e metformina pode causar um quadro de anemia por deficiência de B12. GUSSO, Gustavo; LOPES, José M. C.; DIAS, Lêda C. (Orgs.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2018, p. 2388. Cap. 104. 16ª QUESTÃO Enunciado: (ITPAC CZS) P.M.G, 24 anos, homem trans, comparece à UBS para consulta médica com a queixa de "preocupação com a saúde". Durante a anamnese relatou comportamento sexual de risco nos últimos 2 anos. O médico realiza na própria UBS testes rápidos para HIV, sífilis, hepatite B e C, onde os mesmos foram negativos. Contudo, diante da preocupação do paciente e os antecedentes pessoais de risco, decide solicitar exames sorológicos, entre outros. Assinale a alternativa que traduz corretamente o diagnóstico sorológico da imunidade por infecção prévia pelo vírus da hepatite B: Alternativas: (alternativa A) HBsAg positivo, anti-HBc positivo, IgM anti-HBc positivo e anti-HBs negativo. (alternativa B) HBsAg negativo, anti-HBc negativo e anti-HBs positivo. (alternativa C) HBsAg negativo, anti-HBc negativo e anti-HBs negativo. (alternativa D) (CORRETA) HBsAg negativo, anti-HBc positivo e anti-HBs positivo. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 20 de 65 Resposta comentada: Resposta comentada: Na avaliação sorológica para hepatite B, a interpretação correta dos marcadores sorológicos é fundamental para identificar o estado imunológico do paciente, seja por infecção prévia ou vacinação. A presença de HBsAg (antígeno de superfície do vírus da hepatite B) indica infecção ativa pelo vírus. O anti-HBc (anticorpo contra o núcleo do vírus) reflete contato prévio com o vírus, enquanto o anti-HBs (anticorpo de superfície) indica imunidade, seja por infecção resolvida ou vacinação. Neste caso, o HBsAg negativo indica que não há infecção ativa, o anti-HBc positivo sugere que o paciente já foi exposto ao vírus, e o anti-HBs positivo confirma que houve resposta imunológica protetora, garantia imunológica adquirida após uma infecção prévia pelo vírus da hepatite B. Esta é a tradução correta sorológica de uma infecção passada e resolvida. Referência: Manual Técnico Hepatites Virais](https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de- conteudo/publicacoes/2018/manual_tecnico_hepatit es_virais_web_3108181.pdf/view 17ª QUESTÃO Enunciado: (UNITPAC) Sr. Cicero, 36 anos de idade, está internado em uma unidade prisional e, durante a avaliação clínica inicial, relata sentimentos persistentes de tristeza, falta de interesse em atividades, insônia e dificuldade de concentração, presentes há aproximadamente três meses. Ele também menciona pensamentos de desesperança sobre o futuro e relatos de episódios de ansiedade frequentes. Sobre os princípios da atenção primária na população prisional marque a assertiva correta. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Integralidade: Os serviços de atenção à saúde prisional devem garantir a integralidade, com uma carteira de serviços pelo menos semelhante à dos serviços de medicina de família e comunidade. (alternativa B) Coordenação do cuidado: O confinamento do indivíduo dificulta a coordenação do cuidado nos diferentes níveis de atenção à saúde. (alternativa C) Coordenação do cuidado: O próprio médico de família do presídio não pode acompanhar pacientes para consultas com especialistas sendo seu contato, exclusivamente, por meio do documento de referência e contra referência. (alternativa D) Integralidade: Para paciente que necessitam de cuidados adicionais esses já não são de reponsabilidade da equipe de saúde prisional, visto que o ambiente é limitado e voltado para atender pacientes hipertensos e/ou diabetes. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 21 de 65 Resposta comentada: Resposta correta é "Integralidade: Os serviços de atenção à saúde prisional devem garantir a integralidade, com uma carteira de serviços pelo menos semelhante à dos serviços de medicina de família e comunidade." O confinamento do indivíduo facilita a coordenação do cuidado nos diferentes níveis de atenção à saúde. São conhecidos os dias e os horários de consultas ambulatoriais referenciadas, permitindo inclusive que o próprio médico de família do presídio acompanhe o detento à determinada consulta, discutindo diretamente o caso com o especialista focal. Em muitos casos, trazer a visão das especificidades do ambiente carcerário é importante na definição da conduta, como na realização de quimioterapia ou de recuperação pós-operatória. Referência: ROCHADEL, A.; MOURA R. J. População prisional. In: GUSSO, Gustavo; LOPES, José M.C.; DIAS, Lêda C. (Orgs.). Tratado de Medicina de Família e Comunidade: Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2019, p. 2388. Cap. 62. 18ª QUESTÃO Enunciado: (UNIDEP) Em um estudo de caso, uma criança de 2 anos apresenta lesões eczematosas pruriginosas nos braços e rosto. É solicitado um exame de contato com um patch test para determinar a presença de dermatite de contato. Após a realização do teste, ele resulta negativo. Qual é a hipótese diagnóstica mais provável e a justificativa para tal diagnóstico? Alternativas: (alternativa A) Dermatite de Contato Irritativa - Mesmo com teste negativo, a irritação poderia teoricamente ser causada por substâncias que não provocam uma resposta imunológica, mas isso é menos provável em uma criança de 2 anos, onde tais irritações são pouco comuns sem exposição repetida. (alternativa B) Urticária de Contato - O teste negativo descarta esta condição; além disso, a urticária normalmente não se apresenta com lesões crônicas nessa idade, sendo mais prevalente na fase adulta. (alternativa C) Psoríase - Embora possa haver confusão, especialmente em apresentação clínica atípica, a idade precoce e a descrição geral são mais sugestivas de dermatite atópica do que de psoríase, que geralmente não se manifesta tão cedo. (alternativa D) (CORRETA) Dermatite Atópica - A ausência de resposta no patch test, associada a lesões em áreas típicas e pruriginosas em uma criança, é altamente sugestiva de dermatite atópica, uma condição inflamatória crônicacomum em crianças pequenas, não relacionada a alérgenos de contato específico. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 22 de 65 Resposta comentada: Justificativas: Correta. Dermatite Atópica: A combinação de idade (2 anos), localização das lesões e resultado negativo do patch test faz da dermatite atópica o diagnóstico mais provável, dado o padrão típico nesta faixa etária. Incorreta. Dermatite de Contato Irritativa: Menos provável devido à idade e à localização das lesões; crianças pequenas têm menos exposição a irritantes típicos. Incorreta. Urticária de Contato: Incompatível com a descrição de lesões crônicas e resultado negativo no patch test. Incorreta. Psoríase: Menos comum em crianças tão pequenas e o quadro apresentado é muito mais típico de dermatite atópica. Referência: MIP. Pediatria. 4th ed. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2011. E-book. p.273. ISBN 9786557830499. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786557830499/ KANE, Kay S.; NAMBUDIRI, Vinod E.; STRATIGOS, Alexander J. Atlas Colorido e Texto de Dermatologia Pediátrica. 3rd ed. Rio de Janeiro: Thieme Revinter, 2018. E-book. p.Capa. ISBN 9788554651176. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788554651176/. 19ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 23 de 65 Enunciado: (UNIFIPMOC) Um paciente do sexo masculino, 68 anos, comparece à ESF para consulta de rotina e enquanto aguarda o atendimento evolui com queixas de tontura, fraqueza e mal-estar. O médico é acionado e observa que o paciente está pálido e sudorético. Ao realizar a monitorização cardíaca, identifica-se uma frequência cardíaca de 40 bpm, associada a uma pressão arterial de 80/60 mmHg. O médico da atenção primária aciona rapidamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o paciente é prontamente encaminho ao Pronto Socorro do hospital mais próximo. Ao chegar no hospital, o médico plantonista realiza um eletrocardiograma que evidencia o seguinte traçado: Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images? q=tbn:ANd9GcRHSL3GxDMiZprMOLjPg4Rjk104SDllk5XG9g&usqp=CAU Com base nesse cenário, qual a conduta mais adequada para o paciente? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 24 de 65 Alternativas: (alternativa A) Aguardar por 10 minutos e monitorar a evolução dos sinais vitais, uma vez que a bradicardia não está associada à dor torácica. (alternativa B) (CORRETA) Aplicar marcapasso transcutâneo sendo indicado o uso de atropina 1mg ou aminas vasoativas (epinefrina ou dopamina) na indisponibilidade do marcapasso. (alternativa C) Realizar a desfibrilação imediata, uma vez que o paciente apresenta bradicardia e sinais de instabilidade. (alternativa D) Colocar o paciente em posição supina e administrar fluidos intravenosos, antes de iniciar qualquer medicação. Resposta comentada: Aguardar por 10 minutos e monitorar a evolução dos sinais vitais, uma vez que a bradicardia não está associada à dor torácica. INCORRETA. A demora no atendimento pode implicar em parada cardíaca do paciente. A dor torácica é um dos sinais de instabilidade que pode estar associada à bradicardia. Aplicar marcapasso transcutâneo sendo indicado o uso de atropina 1mg ou aminas vasoativas (epinefrina ou dopamina) na indisponibilidade do marcapasso. CORRETA. Trata-se de um bloqueio atrioventricular total sintomático. Nesse contexto, a melhor medida é o uso de marcapasso ou aminas sendo o uso da atropina reservado na falta ou atraso para administração desses dispositivos. Realizar a desfibrilação imediata, uma vez que o paciente apresenta bradicardia e sinais de instabilidade. INCORRETA. Não é indicada a desfibrilação elétrica nas bradiarritmias instáveis. Colocar o paciente em posição supina e administrar fluidos intravenosos, antes de iniciar qualquer medicação. INCORRETA. A administração de fluidos IV pode ser considerada para suporte após a estabilização do paciente, com reversão da bradiarritmia. Referência: American Heart Association. Advanced Cardiovascular Life Support Provider Manual. Dallas, TX: American Heart Association, 2020. 20ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 25 de 65 Enunciado: (UNISL PORTO VELHO) Ana, 26 anos, procura atendimento em um ambulatório de gastroenterologia. Relata que há cerca de 3 meses apresenta episódios de diarreia crônica intermitente, acompanhados de dor abdominal tipo cólica. A dor localiza-se na região inferior do abdômen e melhora após as evacuações. Refere uma frequência de 4 a 5 evacuações por dia, geralmente com fezes amolecidas, mas sem sangue na maioria das vezes, e uma sensação de urgência fecal e episódios de inchaço abdominal ocasional. Não apresenta febre ou perda de peso significativa, e nega vômitos. Ela tem hábitos de vida saudáveis, sem histórico de tabagismo e com consumo ocasional de álcool. Na sua história familiar, relata que o pai tem diagnóstico de Doença de Crohn. Ao exame físico: abdômen levemente distendido e dor leve à palpação nos quadrantes inferiores. Não foram identificadas massas abdominais ou sinais de peritonite, e a paciente não apresenta lesões cutâneas ou articulares sugestivas de envolvimento sistêmico. Os exames laboratoriais: anemia leve (hemoglobina de 11,8 g/dL), hemograma com leucócitos normais, Proteína C-reativa (PCR) está discretamente elevada (8 mg/L; valor normalcom-diarreia-cartaz/view. Acesso em 28 de outubro de 2024. CAMPOS Jr, D.; LOPES, F. A. Tratado de Pediatria. 5ª Ed. Sociedade Brasileira de Pediatria. Barueri, SP: Editora Manole, 2021. SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria. Diarreia aguda: diagnóstico e tratamento. 01 de março de 2017. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/03/Guia-Pratico- Diarreia-Aguda.pdf. Acesso em 28 de outubro de 2024. 21ª QUESTÃO Enunciado: (ITPAC CZS) Durante o atendimento em uma UBS, o enfermeiro da triagem recebe um paciente do sexo masculino, 65 anos, que comparece acompanhado da esposa e do filho. Após a realização da triagem, a enfermeira solicita a vinda do médico para examinar o paciente com mais exatidão. Durante a avaliação, o paciente apresenta desorientação, alteração na fala e perda de força em todo o lado direito do corpo. Após a realização da avaliação clínica e das condutas adequadas, o médico registra o atendimento no prontuário eletrônico do paciente. Ao iniciar os registros utilizando o método SOAP, o que deve ser registrado no item "A" (avaliação) com base no caso clínico descrito acima? 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 27 de 65 Alternativas: (alternativa A) Prescrição de medicamentos e condutas realizadas durante a consulta. (alternativa B) Necessidade de uma dieta balanceada e atividades físicas regulares. (alternativa C) Relato da esposa sobre a rotina diária do paciente e os sintomas. (alternativa D) (CORRETA) Diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC) provável. Resposta comentada: Necessidade de uma dieta balanceada e atividades físicas regulares. INCORRETO. Esse item corresponde conduta adotada, isto é, ao plano de tratamento. Diagnóstico de acidente vascular cerebral (AVC) provável. CORRETO. No caso clínico apresentado, o paciente apresenta desorientação, alteração na fala, perda de força em todo o lado direito do corpo e restrição de movimentos, que são sinais clínicos clássicos de um acidente vascular cerebral (AVC). Esses sinais e sintomas, juntamente com a avaliação do médico, justificam a hipótese diagnóstica de AVC isquêmico, que deve ser registrada no item "A" do método SOAP. S: Subjetivo, que se refere às informações fornecidas pelo paciente ou cuidador, como sintomas, queixas e histórico médico O: Objetivo, que se refere às observações clínicas e resultados de exames A: Avaliação, que se refere à análise que explica os significados dos dados subjetivos P: Plano, que se refere à decisão sobre a conduta a ser tomada Relato da esposa sobre a rotina diária do paciente e os sintomas. INCORRETO. Esse item corresponde ao subjetivo, isto é, às informações fornecidas pelo paciente ou cuidador. Prescrição de medicamentos e condutas realizadas durante a consulta. INCORRETO. Esse item corresponde conduta adotada, isto é, ao plano de tratamento. Referências: GUSSO, G, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios, formação e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. (Cap. 48 e 49). DUCAN, B, B. et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. Disponível em: Minha Biblioteca, (5th edição). Grupo A, 2022. (Cap. 16) 22ª QUESTÃO 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 28 de 65 Enunciado: (AFYA IPATINGA) Sr. João, 65 anos, tabagista e dislipidêmico, chega à unidade de saúde para consulta médica. Assintomático, porém, com relato de elevação de níveis pressóricos, visto na automedida da pressão arterial – AMPA. Durante o exame clínico, aferida a pressão arterial em ambos os membros superiores, com valor de 150 x 102 mmHg. Notado ainda, ao revisar o prontuário do paciente, que em consulta médica anterior, sua pressão arterial estava 159 x 105 mmHg. Marque a opção que classifica corretamente a pressão arterial do paciente. Alternativas: (alternativa A) Hipertensão diastólica isolada. (alternativa B) (CORRETA) Hipertensão arterial estágio 2. (alternativa C) Hipertensão arterial estágio 1. (alternativa D) Hipertensão arterial estágio 3. Resposta comentada: Paciente classificado como hipertensão arterial estágio 2, uma vez que a pressão diastólica corresponde a esse estágio (considerar o pior estágio) e já foi aferida em 2 episódios diferentes, pelo médico. Abaixo, segue a classificação: Classificação da PAS (mHg) PAD (mmHg): PA ótimaacima, qual o valor esperado para a capnografia em forma e onda e qual informação ela pode tranmitir durante a reanimação cardipulmonar? Alternativas: (alternativa A) PetCO2 maior ou igual à 10mmHg, tubo orotraqueal bem posicionado (alternativa B) PetCO2 menor que 10mmHg, compressões torácicas de qualidade. (alternativa C) (CORRETA) PetCO2 maior ou igual à 10mmHg, compressões torácicas de qualidade. (alternativa D) PetCO2 maior ou igual à 35mmHg, tubo orotraqueal bem posicionado. 000144.79001e.ae38ed.f20f8d.6b812b.6a0781.15a6b5.27aee Pgina 31 de 65 Resposta comentada: Reposta Correta: PetCO2 maior ou igual à 10mmHg, compressões torácicas de qualidade. A capnografia quantitativa em forma de onda é um guia de qualidade da RCP. A recomendação, pelo protocolo ACLS, é que se PETCO2