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Laíse Weis ;) Problema 4 – Módulo 9 
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EMBRIOLOGIA DO APARELHO URINÁRIO 
- O sistema urogenital se desenvolve a partir do mesoderma 
intermediário, que se estende ao longo do corpo do 
embrião; 
- Uma elevação desse mesoderma, chamada de crista 
urogenital, forma-se em cada lado da aorta dorsal; 
- A parte da crista que origina o sistema urinário é o sistema 
urinário é a crista nefrogênica (porção lateral), e a que 
origina o sistema genital é a crista gonadal (porção medial); 
- O sistema urinário começa a se desenvolver na 4ª semana 
e termina na 38º; 
FORMAÇÃO DOS RINS 
- Formam-se três sistemas renais que se sobrepõe 
craniocaudal nos embriões humanos: 
o Pronefro: rudimentar e as estruturas nunca são 
funcionais; 
o Mesonefro: bem desenvolvido e funciona 
brevemente; 
o Metanefro: torna-se os rins permanentes; 
Pronefro 
- No início da 4ª semana, a crista nefrogênica (que surgiu do 
mesoderma intermediário), na altura dos somitos cervicais, 
diferencia-se no pronefron; 
- São estruturas bilaterais e não funcionais na região do 
pescoço, formado por grupos de células e estruturas 
tubulares; 
- Os ductos prónéfricos se dirigem caudalmente e se abrem 
na cloaca; 
- O pronefro logo se degenera, mas a maioria dos ductos 
pronéfricos persiste e é utilizada pelos próximos rins; 
Mesonefro 
- Forma-se no fim da 4ª semana, caudal ao pronefro. 
Permanecem como rins provisórios por cerca de 4 semanas, 
até os rins permanentes se desenvolverem; 
- É o primeiro rim funcional, com glomérulos, túbulos 
mesonéfricos e um ducto mesonéfrico que drena a urina 
embrionária para dentro da cloaca em divisão; 
- Os túbulos mesonéfricos se abrem em ductos 
mesonéfricos (que antes eras os ductos pronéfricos); 
- O mesonefro degenera no final do primeiro trimestre, mas 
não totalmente. Essa degeneração é diferente entre homens 
e mulheres: 
Obs: nos homens os ductos e túbulos mesonéfricos 
permanecem e se diferenciam nos túbulos e ductos do 
aparelho genital masculino. Ex: túbulos mesonéfricos → 
túbulos eferentes; ducto mesonéfrico → ducto deferente; 
- A porção caudal do mesonefro sofre uma evaginação na 5ª 
semana, formando o broto uretérico; 
Metanefro 
- É o primórdio dos rins permanentes. Começa a se 
desenvolver no final da 5ª semana e passa a funcionar cerca 
de 4 semanas depois; 
- A formação da urina continua ao longo de toda a vida fetal, 
sendo excretada no líquido amniótico → os produtos da 
excreção são transferidos pela membrana placentária para 
o sangue materno, para eliminação pelos rins da mãe; 
- Os rins permanentes surgem a partir de duas fontes: 
o BROTO URETÉRICO ou divertículo metanéfrico, 
que se forma a partir de uma evaginação do ducto 
mesonéfrico; 
 
o BLASTEMA METANEFROGÊNICO ou massa 
metanéfrica se forma a partir da parte caudal da 
crista nefrogênica, induzida pelo broto uretérico; 
 
 
- À medida que se alonga, o broto uretérico penetra no 
blastema metanéfrico de mesoderma intermediário; 
- O pedículo do broto se torna o ureter e sua extremidade 
cranial passa por diversas ramificações que se diferenciam 
em túbulos coletores do metanefro; 
- As 4 primeiras gerações de túbulos aumentam e confluem 
para formar os cálices maiores, e as 4 gerações seguintes 
coalescem para formar os cálices menores. As demais 
gerações formam os túbulos coletores; 
- A extremidade de cada túbulo coletor arqueado induz 
células mesenquimais do blastema metanefrogênico a 
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formarem vesículas metanéfricas, que se alongam e se 
tornam os túbulos metanéfricos; 
- Conforme os túbulos metanéfricos se desenvolvem, suas 
extremidades proximais são invaginadas pelos glomérulos. 
Os túbulos se diferenciam em TCP, TCD, alça néfrica e 
cápsula de Bowman; 
- Assim, forma-se o túbulo urinífero, que tem duas partes 
embriologicamente diferentes: 
o Um néfron, derivado do blastema 
metanefrogênico; 
o Um sistema coletor renal, derivado do broto 
uretérico; 
- O broto uretérico e o blastema matanefrogênico interagem 
e induzem um ao outro → indução recíproca; 
- O aumento no tamanho do rim após o nascimento resulta 
do alongamento dos túbulos contorcidos proximais e 
aumento do tecido intersticial; 
- A filtração glomerular começar na 9ª semana fetal, mas a 
maturação funcional dos rins e o aumento da taxa de 
filtração ocorrem após o nascimento; 
Obs: os rins fetais são subdivididos em lobos, que 
desaparecem na infância, à medida que os néfrons 
aumentam e crescem; 
Ascensão renal 
- Inicialmente, os rins definitivos ficam próximos um ao outro 
na região pélvica. Devido ao crescimento do abdome e da 
pelve do embrião no sentido caudal, os rins ascendem para 
a região abdominal, logo abaixo das glândulas adrenais – 
atingindo a posição adulta na 9ª semana de 
desenvolvimento; 
- Nessa ascensão, o rim sofre uma rotação medial de quase 
90° → por isso o hilo renal fica medial em relação às bordas 
laterais dos rins; 
- Conforme os rins ascendem, as artérias renais mudam de 
origem, que, inicialmente, é nas artérias ilíacas comuns. À 
medida que sobem, os rins passam a receber o suprimento 
sanguíneo da extremidade distal da aorta. Assim, outras 
artérias se formam e as antigas entram em degeneração; 
- Quando alcançam o nível mais alto, as artérias renais vêm 
a aorta abdominal. Normalmente, os ramos caudais sofrem 
involução e desaparecem; 
 
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS 
❖ Agenesia renal 
Unilateral 
- A agenesia renal unilateral é relativamente comum (1 a 
cada 1000 recém-nascidos), sendo os homens mais afetados 
que as mulheres; 
- Geralmente, o rim esquerdo que está ausente; 
- A ausência unilateral de um rim frequentemente não causa 
sintomas e não é descoberta na infância, pois o outro rim 
pode sofrer hipertrofia compensatória para compensar o 
rim em falta; 
- Deve-se suspeitar da agenesia renal unilateral em crianças 
com uma única artéria umbilical; 
Bilateral 
- Já a agenesia renal bilateral é associada ao oligoidrâmnio 
(pouca qtd. de líquido amniótico), porque pouca ou 
nenhuma urina é excretada na cavidade amniótica; 
- É incompatível com a vida pós-natal devido à hipoplasia 
pulmonar associada. A maioria das crianças morre pouco 
depois do nascimento ou nos primeiros meses de vida; 
- Tem uma aparência facial característica: olhos bem 
separados e com pregas epicânticas, orelhas baixas, nariz 
largo e achatado, queixo recuado e defeitos nos membros; 
- A ausência dos rins ocorre quando os brotos uretéricos não 
se desenvolvem ou os primórdios dos ureteres degeneram, 
pois se os brotos não penetram no blastema 
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metanefrogênico, nenhum néfron é induzido a se 
desenvolver; 
❖ Rins ectópicos 
- Um ou ambos os rins podem estar em uma posição 
anormal. A maioria dos rins ectópicos se localiza na pelve, 
mas alguns podem estar na parte inferior do abdome; 
- Rins pélvicos e outras formas de ectopia resultam da não-
ascensão dos rins; 
- Com frequência, a rotação anormal dos rins está associada 
a rins ectópicos (ex: hilo na parte posterior, quando deveria 
ser medial); 
- Os rins pélvicos ficam próximos um do outro e podem se 
fundir para formar um rim discóide (“panqueca”). Os rins 
ectópicos recebem suprimento sanguíneo de vasos 
próximos a eles (art. Ilíacas interna ou externa e/ou aorta). 
Frequentemente, são supridos por vários vasos; 
- Algumas vezes, um rim cruza para o outro lado, resultando 
em uma ectopia renal cruzada – ambos os rins no mesmo 
lado do abdome. Essa ectopia pode ser com ou sem fusão; 
- Quando há fusão, temos o rim fundido, quando os rins em 
desenvolvimento se fundem quando estão na pelve, e um 
rim “ascende” para sua posição normal, levando o outro 
consigo; 
 
❖ Rim em ferradura 
- Os polos dos rins são fusionados (geralmente os polos 
inferiores). Esse grande rim em forma de U geralmente fica 
no hipogástrio, anterioràs vértebras lombares inferiores; 
- A ascensão dos rins fusionados é impedida porque eles 
ficam presos pela raiz da artéria mesentérica inferior; 
- O rim em ferradura comumente não apresenta sintomas, 
pois seu sistema coletor se desenvolve normalmente e os 
ureteres se abrem na bexiga; 
- Porém, se o fluxo urinário é impedido, podem aparecer 
sinais e sintomas de obstrução e/ou infecção. Essa anomalia 
aparece em 7% das pessoas com síndrome de Turner; 
 
❖ Estenose da junção ureterovesical (JUV) 
- É uma constrição no ureter junto a entrada na bexiga, 
causando obstrução total ou parcial ao fluxo da urina para a 
bexiga; 
- Esse estreitamento pode ser tanto intrínseco (na própria 
junção) quanto extrínseco (por compressão externa); 
- É a causa de ureterohidronefrose (acúmulo de urina nos 
rins e ureteres) em crianças; 
- O diagnóstico é feito pela uretrocistografia e tomografia 
computadorizada com contraste venoso, ou na vida pós-
natal após quadros repetidos de infecção urinária ou 
hematúria; 
- A correção cirúrgica busca aliviar a obstrução e preservar 
as funções dos rins; 
❖ Estenose de junção ureteropiélica (JUP) 
- Consiste no estreitamento da junção 
entre a pelve renal e o ureter, 
impedindo a saída da urina em direção 
à bexiga e, logo, causando um 
acúmulo de urina do rim (e 
consequente dilatação desse órgão); 
- Os sintomas típicos são a dor lombar 
do tipo cólica com períodos de 
melhora e piora associada a náuseas, 
vômitos ou infecções urinárias de repetição; 
- A JUP pode acometer até 1 em cada 1000 pessoas, podendo 
ser primária (malformação congênita dos rins) ou secundária 
(cicatrização exagerada da região após a passagem de um 
cálculo); 
- O diagnóstico pode ser feito por USG (levanta suspeita 
diagnóstica), tomografia computadorizada e cintilografia 
renal. O achado mais comum é a dilatação de um dos rins; 
- O tratamento é por meio da cirurgia Pieloplastia, que retira 
a região do ureter obstruída e reconstrói o trato urinário; 
 
 
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❖ Refluxo vesicoureteral (RVU) 
- Normalmente, a porção intravesical do ureter tem 
disposição oblíqua, e fica comprimida durante a micção pela 
contração do músculo detrusor, impedindo o retorno da 
urina para os ureteres (mecanismo valvar); 
- O RVU é a passagem de conteúdo vesical para o ureter, 
principalmente durante a micção, por falência da válvula 
ureterovesical, quando há aumento da pressão intravesical; 
- Isso facilita o acesso de bactérias do TUI para o TUS, e 
mantém urina residual na bexiga; 
- O RVU pode ser de 2 tipos: 
o PRIMÁRIO → anomalia congênita da junção 
vesicoureteral, onde a deficiência da musculatura 
no trajeto intravesical do ureter leva a um 
mecanismo valvular incompetente; 
o SECUNDÁRIO → causada por fatores ↑ a pressão 
vesical, ultrapassando os limites do sistema valvular 
da junção ureterovesical, como bexiga neurogênica 
e instabilidade detrusora; 
- A suspeita diagnóstica existe quando há infecção urinária e 
febre. Para confirmar o diagnóstico, realiza-se uma 
radiografia da bexiga e uretra, chamada de uretrocistografia 
miccional (consiste em colocar substância visível ao raio x 
(contraste) dentro da bexiga e observar a saída da urina 
(micção)). Caso haja subida do contraste para um ou ambos 
ureteres ou rins, conforma-se o diagnóstico; 
- Pode ser classificado em graus: 
o Grau I – Refluxo só para o ureter; 
o Grau II – Refluxo até o rim, sem causar dilatação 
renal ou ureteral; 
o Grau III – Refluxo até o rim, causando pouca 
dilatação renal; 
o Grau IV– Refluxo até o rim, causando moderada 
dilatação renal; 
o Grau V– Refluxo até o rim, causando intensa 
dilatação renal e tortuosidade dos ureteres; 
❖ Doença Cística do Rim 
- A doença policística renal autossômica recessiva é quando 
os dois rins contêm muitas centenas de pequenos cistos, que 
resultam em insuficiência renal. A morte ocorre pouco 
depois do nascimento; 
- A doença renal multicística displásica resulta de alterações 
morfológicas durante o desenvolvimento do sistema renal, e 
o prognóstico é bom, pois em 75% dos casos a doença é 
unilateral. Tem menos cistos; 
 
EXAMES DE IMAGEM 
o Radiografia simples; 
o Ultrassonografia; 
o Tomografia computadorizada; 
o Ressonância magnética; 
o Urografia intravenosa; 
o Uretrografia retrógrada; 
o Cistografia; 
IMUNIDADE DO APARELHO URINÁRIO 
INATA 
- O trato urinário é um meio estéril, com exceção do 
segmento distal da uretra; 
- O trato urinário não possui células especializadas de defesa, 
como o trato respiratório (que possui células ciliadas e 
produtoras de muco), sendo os principais atuantes na 
defesa: 
o Integridade do revestimento epitelial; 
o Fluxo urinário e as características da urina (alta 
osmolaridade, concentração de ureia e ácidos 
orgânicos, baixo pH e anticorpos); 
o Peristalse ureteral; 
o Mecanismos de válvula; 
- O epitélio urinário é fundamental na geração do processo 
inflamatório das mucosas, pois ele produz citocinas e 
quimiocinas, que recrutam leucócitos para essa região. 
Também produz peptídeos com ação antimicrobiana, como 
as defensinas, a catelicidina e as lactoferrinas, que 
competem com os sideróforos do microrganismo pelo ferro 
(nutriente essencial as bactérias uropatogênicas) 
- Nos homens, as secreções prostáticas possuem um alto 
teor de zinco (mineral com ação anti-microbiana); 
- O sistema inato é formado por receptores reconhecedores 
de padrão, como os Toll-Like (TLRs), NOD-like, RIG-like, 
lectinas do tipo C; 
- Os TLRs estão em células móveis, como macrófagos e 
monócitos, e em células fixas/teciduais (células do urotélio, 
células mesangiais e enterócitos). Os mais comuns são: TLR2 
(ácido lipoteicoico ou lipoproteína), TLR3 (RNA fita dupla), 
TLR4 (LPS), TLR5 (flagelina), TLR9 e TLR11; 
- Após sua ativação, produzem mediadores inflamatórios, 
pela transcrição do fator de transcrição NF-kB e a proteína 
ativadora 1 (AP-1). Esses fatores regulam a expressão gênica 
de citocinas pró-inflamatórias, como TNF-alfa, IL-1, Il-6, IL-8 
e IL-12; 
 
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Proteína Tamm-Horsfall (THG) ou uromodulina 
- É uma glicoproteína uromucoide produzida pelas células 
tubulares do ramo ascendente espesso da alça néfrica que 
inibe a aderência bacteriana, pois pode se ligar à fímbria 
tipo 1, impedindo a interação com os receptores de 
uroplaquina; 
- É secretada na urina após a clivagem de sua molécula 
precursora, e seus oligossacarídeos podem se ligar a 
diferentes tipos de receptores; 
- A deposição anormal de THG pode formar cálculos renais. 
É um bom fator de defesa contra Escherichia coli, 
Staphylococcus saprophyticus, Kleibsiella pneumoniae e 
Proteus mirabilis; 
Bexiga 
- A bexiga tem vários mecanismos de proteção, além do fluxo 
de urina: 
o Camada de glicosaminoglicanos, que protege a 
superfície da bexiga e dificulta a adesão de 
bactérias; 
o Fator antibacteriano produzido pelas células do 
urotélio, plasmócitos da mucosa genital ou vindos 
da circulação; 
MULHERES 
- Nas mulheres, existe a flora normal vaginal, do períneo e 
da uretra, que contém microrganismos Lactobacilos 
(Staphylococcus coagulase negativo e Streptococcus), que 
formam uma barreira contra uropatógenos; 
- Em fase reprodutiva, o estrógeno faz o epitélio vaginal se 
tornar maduro e se diferenciar em células ricas em 
glicogênio. Os Lactobacilos metabolizam esse glicogênio em 
ácido láctico, gerando um pH ácido à vagina (4,5), que junto 
com o peróxido de hidrogênio (H2O2) e bacteriocinas 
(também produzidos pelos Lactobacilos), conferem a 
proteção natural da vagina, inibindo o crescimento de 
microrganismos; 
- Em condições normais, há competição entre os 
uropatógenos e a microbiota vaginal, mas como essa 
microbiota é sensível às alterações hormonais, ao pH e aos 
antibióticos, a colonização é facilitada pelo uso delese má 
higiene; 
- A presença de IgA nos fluídos vaginais é também um fator 
protetor, ela se liga às fímbrias tipo 1, inibindo a aderência 
da bactéria ao tecido uroepitelial; 
Obs: na gravidez, ocorre ITU devido ao aumento do útero 
obstruir principalmente o ureter e causar estase urinária. A 
dilatação do trato urinário também essa estase e favorece o 
crescimento bacteriano; 
HOMENS 
- Uretra: maior, longe do ânus e jato forte de urina que limpa 
o trato urinário; 
- Em idosos, a próstata tende a crescer, causando o 
esvaziamento incompleto da bexiga; 
ADAPTATIVA 
- Existe pouca especialização regional da imunidade 
adaptativa na mucosa geniturinária. A maioria são 
anticorpos residentes do tipo IgG produzidos por 
plasmócitos da mucosa genital ou vindos da circulação; 
- A partir da apresentação dos antígenos pelas APCs (via 
MHC de classe II) aos linfócitos T CD4+ naive, eles se 
diferenciam em dois perfis: 
o TH1 → Eliminação de patógenos intracelulares; 
produzem IFN-y (ativação de macrófagos); 
 
o TH2 → Eliminação de patógenos extracelulares; 
secretam IL-4, IL-5, IL-10 E IL-13 (promovem a 
imunidade humoral); 
- A imunidade humoral é a principal resposta protetora 
contra bactérias extracelulares. Os mecanismos efetores 
são: 
o Neutralização de suas toxinas (mediada por IgG e 
IgA); 
o Opsonização (subclasses de IgG); 
o Ativação da via clássica do complemento (IgM e 
IgG); 
- As APC também apresentam o antígeno aos linfócitos via 
MHC de classe I, ativando os linfócitos T CD 8 (citotóxicos), 
que destroem as células que contêm patógenos 
intracelulares (pois produzem perforinas e granzimas); 
INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU) 
- É definida pela presença de bacteriúria, tendo como limite 
mínimo definido a existência de 100 000 unidades 
formadoras de colônia por mililitro de urina (UFC/mL); 
- Representa um tipo de infecção recorrente, que acomete 
tanto indivíduos em comunidade, quanto indivíduos 
internalizados em unidades hospitalares; 
Classificação 
- Pode ser classificada quando à localização em ITU baixa 
(cistite) e ITU alta (pielonefrite); quanto à presença de 
fatores complicadores em ITU complicada* (quando há 
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alterações funcionais e estruturais do sistema geniturinário) 
e não complicada (sem comorbidades); em aguda e 
recorrente; e se é sintomática ou assintomática (bacteriúria 
assintomática); 
*A ITU complicada são aquelas que acontecem em pacientes 
com comprometimento do trato urinário ou do sistema 
imunológico, como obstrução urinária, retenção urinária, 
imunossupressão, insuficiência renal, transplante renal, 
gravidez e presença de corpo estranho, como cateter ou 
cálculo. 
Sinais e sintomas 
- Os sinais e sintomas associados à ITU incluem polaciúria, 
urgência miccional, disúria, alteração na coloração e no 
aspecto da urina (torna-se turva) e alterações no sedimento 
urinário, como hematúria e piúria (>10 000 piócitos/mL). 
Também é comum a dor abdominal na região do hipogástrio 
(projeção da bexiga) e dorso lombar (projeção dos rins), 
podendo apresentar febre; 
- Um paciente é considerado portador de ITU de repetição 
quando acometido por 3 ou mais episódios de ITU no 
período de doze meses; 
ITU baixa (cistite) → apresenta-se habitualmente com 
disúria, urgência miccional, polaciúria, nictúria e dor 
suprapúbica. A febre não é tão comum. A urina pode estar 
turva, pela presença de piúria, e/ou avermelhada, pela 
presença de sangue; 
ITU alta (pielonefrite) → inicia habitualmente com um 
quadro de cistite, sendo acompanhada de febre elevada, 
calafrios e dor lombar uni ou bilateral (tríade de sintomas da 
pielonefrite); 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
- Os agentes etiológicos mais frequentemente envolvidos na 
ITU adquiridas em comunidade são, em ordem de 
frequência: a Escherichia coli sorogrupos O, K e H (80%), o 
Staphylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e de 
Klebsiella, e o Enterococcus faecalis; 
- Já na ITU adquirida em ambiente hospitalar, há 
predominância das Enterobactérias, com redução na 
frequência da E. coli e crescimento de Proteus sp, 
Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella sp, Enterobacter sp, 
Enterococcus faecalis e de fungos, com destaque para 
Cândida sp; 
❖ Escherichia coli 
- Gram-negativa; anaeróbia facultativa; bacilo flagelado; 
família Enterobacteriaceae; 
- Faz parte da microbiota gastrointestinal normal dos seres 
humanos, auxiliando na manutenção da homeostasia da 
flora bacteriana no intestino; 
- Assim, apenas em condições especiais ela se torna 
patogênica, como quando as barreiras gastrointestinais são 
danificadas; 
- Liga-se ao epitélio da uretra e da bexiga; 
- Pode permanecer latente em grandes reservatórios 
bacterianos no hospedeiro e ser reativada para causar 
infecções no futuro; 
- A E. coli possui diferentes cepas, como: cepas comensais 
(90%), cepas patogênicas intestinais e extra-intestinais 
(ExPEC – “Extraintestinal Pathogenic E. coli”), que juntas, 
somam 10% do total; 
- As cepas extra-intestinais possuem genes codificadores de 
virulência que propiciam a colonização e a ocorrência de 
eventos que alteram a fisiologia hospedeira; 
- Produz endotoxinas (hemolisina), possui cápsula, é 
resistente a algumas classes de antibióticos (pois produzem 
beta-lactamase), sequestra fatores de crescimento e varia a 
produção de antígenos de superfície (evasão); 
- Apresenta, em sua parede celular, fímbrias do tipo I 
(manose sensitivos, liga-se às moléculas de manose das 
bactérias) e do tipo P (manose resistente, liga-se à 
glicopeptídeos), que permitem a adesão das bactérias às 
células do hospedeiro. Assim, resistem aos mecanismos de 
eliminação bacteriana, como o fluxo de urina e a mobilidade 
intestinal; 
- Os antibióticos para o tratamento podem ser: 
aminopenicilina, cefalosporinas, quinolonas, 
estreptomicina, ácido nalidíxico, ampicilina, cefalotina, 
ciprofloxacina, gentamicina, levofloxacina; 
❖ Staphylococcus saprophyticus 
- Coco; gram-positiva; anaeróbia facultativa; imóvel; não 
esporuladora; não encapsulada; 0,5 a 1 mm de diâmetro; 
❖ Proteus mirabilis 
- Gram-negativa; anaeróbio facultativo; família 
Enterobacteriaceae; 
- Comum no solo, na água, em materiais contaminados pelas 
fezes e no trato digestivo; 
- Os proteeae fazem parte da flora fecal normal e podem 
causar infecção em pacientes cuja flora normal foi alterada 
por terapia antibiótica. Os Proteeae constituem pelo menos 
3 gêneros de microrganismos gram-negativos: 
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o Proteus: P. mirabilis, P. vulgaris, e P. myxofaciens; 
o Morganella: M. morganii; 
o Providencia: P. rettgeri, P. alcalifaciens, e P. 
stuartii; 
- É sensível a ampicilina, carbenicilina, ticarcilina, 
piperacilina, cefalosporinas, fluoroquinolonas, 
aminoglicosídeos e resistente a tetraciclinas; 
❖ Pseudomonas 
- Gram-negativas; bacilares, ubíquas (encontradas em 
diversos ambientes; família Pseudomonadaceae; 
- Maioria das cepas tem motilidade por meio de um ou mais 
flagelos; 
- A espécie mais patógena é a Pseudomonas aeruginosa, pois 
causa infecções respiratórias, urinárias ou bacteremia 
oportunistas em pacientes hospitalizados, com cateteres ou 
imunodeprimidos, otite em crianças e conjuntivite em quem 
usa lentes; 
- Pessoas com diabetes, queimaduras e fibrose cística são 
mais vulneráveis. Podem ser tratadas com imipenem, 
meropenem, ciprofloxacina e gentamicina; 
❖ Enterococos 
- Enterococcus faecalis e E. faecium; 
- Cocos gram-positivas; anaeróbias facultativas; 
- Fazem parte da flora intestinal normal, e pode causar uma 
variedade de infecções, como endocardite, ITU, prostatite, 
infecção intra-abdominal, celulite, infecção em feridas e 
bacteremia; 
❖ Klebsiella 
- Bacilo gram-negativo; não móvel; capsuladas; família 
Enterobacteriaceae; medem de 0,5 a 5 um; 
❖ Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) 
- “Superbactéria”encontrada em fezes, água, solo, vegetais, 
cereais e frutas; 
- É uma bactéria restrita a ambiente hospitalar, cuja 
característica é a produção de uma betalactamase 
denominada carbapenemase, que tem a propriedade de 
inibir a ação dos antibióticos carbapenêmicos; 
- Pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, ITU,etc; 
VIAS DE ENTRADA BACTERIANA 
- As bactérias atingem o trato urinário superior por 3 vias: 
o Ascendente, canalicular ou urinária; 
o Hematogênica ou descendente; 
o Via linfática; 
VIA ASCENDENTE 
- É a principal via responsável pela invasão do trato urinário, 
ocorrendo em mais de 95% dos casos; 
- A maioria das bactérias que entram no trato urinário são da 
flora intestinal, que colonizam a uretra. Elas ascendem até a 
bexiga, onde inicia a multiplicação bacteriana quando há 
redução dos fatores locais de defesa, podendo atingir os 
ureteres e ascender aos rins; 
- Nesta migração, as bactérias podem invadir o epitélio 
urinário e causar resposta inflamatória em qualquer nível, 
que resulta em diferentes tipos ITU, de acordo com a 
localização anatômica; 
- Essa ascensão da infecção é um processo complexo, pois 
depende da adesão e virulência da bactéria, estrutura 
anatômica, resposta humoral e fatores genéticos do 
hospedeiro; 
VIA HEMATÓGENA 
- Trata-se de uma via menos frequente de invasão bacteriana 
no trato urinário (5% dos casos). É a principal via das ITUs em 
neonatos; 
- Relacionada a patógenos que causam infecções primárias 
em outras partes do corpo e, por meio da corrente 
sanguínea, atingem o sistema urinário, podendo resultar em 
abcessos focais renais; 
- As infecções podem derivar de endocardites, infecção 
pulmonar, septicemia e endomiometrites; 
- Causadas por Staphylococcus aureus, Candida spp., 
Salmonella spp. e Mycobacterium tuberculosis; 
VIA LINFÁTICA 
- As bactérias são transportadas pelos vasos linfáticos 
regionais a partir do foco séptico para o conduto torácico, 
podendo alcançar os rins pela corrente sanguínea; 
- A provável existência de conexões linfáticas indiretas entre 
o trato urinário inferior e o intestino favorece essa rota de 
contaminação; 
FATORES DE RISCO 
Gênero 
- Nas mulheres, a uretra mais curta e mais calibrosa, e sua 
vizinhança com cavidades naturalmente contaminadas 
favorecem a penetração de microrganismos coliformes. A 
aderência bacteriana também parece ser favorecida por 
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fatores hormonais femininos, tais como o estrógeno e a 
progesterona; 
- No homem, o líquido prostático exerce uma função 
protetora natural contra bactérias coliformes, pois possui 
função antibacteriana; 
Gravidez 
- Associa-se, predominantemente, à bacteriúria 
assintomática, resultado da estase urinária consequente da 
dilatação fisiológica dos ureteres e da pelve durante a 
gravidez; 
Obstrução urinária 
- Também, a partir do 2º mês de gravidez, devido ao efeito 
hormonal da progesterona há ↓ do peristaltismo e ↓ do 
tônus contrátil do músculo detrusor. A compressão pelo 
útero aumentado da bexiga parece não ter influência nas 
ITU; 
- Essa obstrução urinária pode ocorrer: na uretra (hiperplasia 
prostática), na bexiga (bexiga neurogênica, cálculos renais, 
etc), nos ureteres e na pelve renal (anomalias congênitas, 
cálculos renais, etc.); e no interior dos rins (cristais de ácido 
úrico); 
Diabetes Mellitus 
- Diabéticos têm maior risco de desenvolver ITU, 
provavelmente devido à neuropatia vesical, às lesões 
vasculares e ao próprio distúrbio metabólico 
Isquemia renal 
- Regiões isquêmicas dos rins são mais sujeitas a infecções, 
pois a redução do fluxo sanguíneo determina hipóxia e 
dificulta a chegada de leucócitos; 
ANTIBIÓTICOS 
BETA-LACTÂMICOS 
- Bacteriolíticos; têm como mecanismo de ação destruição 
da parede celular da bactéria, pois tem a habilidade de 
interferir na síntese de peptideoglicanos (componente da 
parede celular bacteriana), devido se ligar às proteínas 
ligadoras de penicilina (PLP’s) na bactéria. Ex: penicilinas 
(benzilpenicilina e amoxicilina), cefalosporinas (cefalexina), 
carbapenens e monobactans; 
- Inibe a enzima de transpeptidação que faz a ligação cruzada 
das cadeias peptídeas; 
- Os mecanismos de resistência bacteriana envolvem 
enzimas inativadoras (β-lactamases), que impedem a 
interação do antibiótico e a PBP-alvo, e a modificação da 
estrutura das PBP; 
o Cefalosporinas de 1ª geração: muito ativas contra 
cocos gram-positivos e atividade moderada contra 
E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae; 
o Cefalosporinas de 2ª geração: maior atividade 
contra bactérias entéricas gram-negativas; 
o Cefalosporinas de 3ª geração: mais potentes 
contra bacilos gram-negativos; 
o Cefalosporinas de 4ª geração: resistentes às B-
lactamases e ação sobre bactérias gram-negativas; 
QUINOLONAS 
- Bactericidas; têm como mecanismo de ação a inibição de 
uma enzima essencial à replicação do DNA bacteriano, a 
DNA-girase (DNA-topoisomerase II) e DNA topoisomerase 
IV, que torna o DNA compacto e biologicamente ativo. Logo, 
quando inibida, o DNA passa a ocupar grande espaço no 
interior da bactéria e suas extremidades livres determinam 
síntese descontrolada de mRNA e, assim, de proteínas. Ex: 
ciprofloxacina, levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina e 
gemifloxacina; 
- Ativo frente a bactérias gram-negativas (principalmente) e 
gram-positivas. Para muitas bactérias gram-positivas (S. 
aureus), a DNA topoisomerase IV é a principal inibida pelas 
quinolonas. Já para muitas gram-negativas (E. coli), o 
principal alvo é a DNA-girase; 
- Microorganismos: Klebsiella, Enterobacter, Proteus, E. coli, 
Pseudomonas, Haemophilus, Moraxella, Legionella e 
Staphylococcus; 
NITROFURANTOÍNA 
- Bacteriostático e bactericida; efetivo contra gram + e -; 
- Efeito bacteriostático: inibição da Acetil Coenzima A 
(interferência no ciclo de Krebs), ↓ metabolismo energético 
→ alteração na síntese de RNAm → alteração na síntese 
proteica (ribossomo); 
- Efeito bactericida: quando em altas concentrações, pois 
atua no DNA bacteriano. Utilizado no tratamento da cistite, 
uretrite e pielonefrite; 
- Deve ser evitado no final da gestação e crianças com menos 
de 3 anos, devido ao risco de toxicidade; 
- Espectro de ação: E. coli, Klebsiella spp, Enterobacter spp, 
Enteterococcus spp, Staphylococcus saprophyticus; 
FOSFOMICINA 
- Bactericida; tem largo espectro contra germes gram-
positivos e gram-negativos; 
- Interfere na biossíntese da parede celular bacteriana, por 
meio da inibição da enzima citosólica MurA, UDP-N-
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acetilglicosamina-enolpiruviltransferase, que catalisa a 
etapa inicial da síntese de peptideoglicano; 
- Também reduz a aderência da bactéria às células epiteliais 
urinárias. De forma semelhante, suprime os receptores do 
fator de ativação plaquetária nas células epiteliais 
respiratórias, reduzindo a adesão de Streptococcus 
pneumoniae e Haemophylus influenzae; 
- A fosfomicina pode penetrar em biofilmes e reduzir ou 
erradicar as bactérias destes sítios; 
- Usada para tratar ITU causadas por Escherichia coli ou 
Enterococcus faecalis. Ex: Traturil, monuril. Efeitos adversos: 
diarreia e náuseas; 
FUNÇÕES RENAIS 
- Os rins são conhecidos como órgãos que excretam 
produtos de degradação, mas eles exercem várias outras 
funções essenciais, como assegurar a integridade dos ossos 
e manter a pressão arterial; 
- Os rins trabalham cooperativamente e de modo interativo 
com outros sistemas com outros sistemas, sobretudo o 
cardiovascular; 
1. Excreção 
- Os rins fazem a excreção dos produtos de degradação 
metabólica e de outras substâncias estranhas, que em altas 
concentrações podem ser prejudiciais ao corpo; 
- Alguns desses produtos são a ureia (proveniente das 
proteínas), o ácido úrico (dos ácidos nucleicos), a creatinina 
(da creatina muscular), a urobilina (produto da degradaçãoda hemoglobina que confere cor à urina), os metabólitos de 
hormônios e fármacos comuns; 
- Os rins podem trabalhar junto ao fígado, pois este 
metaboliza moléculas orgânicas em formas hidrossolúveis, 
que são eliminadas facilmente pelos rins; 
2. Regulação do equilíbrio hidroeletrolítico 
- Os rins variam a excreção de eletrólitos e água para 
preservar essas substâncias em níveis adequados e 
constantes no organismo; 
- Os rins podem responder tanto ao aumento quanto ao 
déficit de água e eletrólitos no organismo. Por exemplo, se 
houver um ↑ de água no corpo, aumenta-se a eliminação de 
urina. Porém, se há pouco dessas substâncias, os rins vão 
reduzir ao máximo sua eliminação; 
3. Regulação do volume de LEC 
- É resultado do equilíbrio hidroeletrolítico. Ajuda a manter 
o volume do LEC, do qual o plasma é um componente 
significativo, contribuindo para a volemia adequada e a 
circulação normal; 
4. Eritropoetina (EPO) 
- A produção de hemácias pela medula óssea é estimulada 
pela eritropoetina (hormônio peptídico produzido nos rins 
no adulto, e no fígado no período embriológico); 
- É secretada por um grupo particular de células no córtex 
renal (fibroblastos peritubulares); 
- O estímulo para sua secreção é a ↓ pO2 no ambiente local. 
Além disso, como o metabolismo renal é intenso, a 
oxigenação renal diminui quando há anemia, que pode ser 
causada por hemorragia, hipoxia arterial ou fluxo 
sanguíneo renal inadequado; 
Obs: na insuficiência renal crônica, ↓ o metabolismo renal, 
causando ↓ consumo de O2 e, logo, ↑ oxigenação tecidual 
local. Isso “engana” as células secretoras de EPO, que ↓ sua 
secreção; por isso é um importante fator etiológico de 
anemia associado à doença renal crônica; 
5. Produção de vitamina D 
- A forma ativa de vitamina D (1,25-dihidroxicitamina D), ou 
calcitriol, é produzida nos rins, sendo sua síntese regulada 
por hormônios que controlam o equilíbrio do c´lacio e do 
fosfato, bem como a integridade do osso; 
- A produção endógena começa mediante a absorção de 
raios UVB → agem no 7-desidrocolesterol presente na 
epiderme → Pré-vitamina D3 → vai se transformar na 
vitamina D3 (ou colecalciferol) e ser armazenada no interior 
dos adipócitos. Quando ocorre um aumento na demanda de 
Vit.D, o colecalciferol entra na corrente sanguínea até chegar 
no fígado, onde sofre uma hidroxilação (pela enzima 25 
hidroxilase), formando a 25 hidroxicolecalciferol (calcidiol). 
O calcidiol então vai para os rins (no túbulo proximal) onde 
sofre uma segunda hidroxilação (pela enzima 1 alfa 
hidroxilase), formando enfim a Vit.D → 1,25 
dihidroxicolecalciferol (calcitriol); 
- Vitamina D aumenta a reabsorção de cálcio no intestino; 
6. Gliconeogênese 
- O SNC utiliza glicose do sangue. Sempre que o aporte de 
carboidratos é interrompido por muito mais que metade de 
um dia, o organismo começa o processo de gliconeogênese 
(síntese de glicose a partir de fontes diferentes de 
carboidratos – como aminoácidos das proteínas e glicerol 
dos triglicerídeos); 
- A maior parte da gliconeogênese ocorre no fígado, mas 
também pode ocorrer no rim, sobretudo após jejum 
prolongado;

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