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AFYA CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Sistemas Orgânicos Integrados IV Professor (es): Período: 202402 Turma: Data: N1 ESPECÍFICA_4 PERIODO_23 SETEMBRO_2024.2_PROVA_SOI RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 13527 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: (UNIGRANRIO CAXIAS) Um paciente de 45 anos chega ao consultório com queixas de fadiga, dor abdominal e icterícia. Exames laboratoriais revelam elevação das transaminases hepáticas. O paciente relata que não foi vacinado contra hepatite B e não tem histórico de uso de drogas injetáveis. A equipe médica, portanto, suspeita de contaminação por hepatites virais. Com base nesses dados, analise as afirmativas a seguir e marque a opção que representa informações corretas de testes laboratoriais para realizar o diagnóstico do agente viral causador da hepatite. I. Para avaliar infecção por Hepatite A, realiza-se a dosagem sorológica de IgM. II. Para avaliar infecção por Hepatite B, a dosagem de Anticorpos Anti-HBsAg é primordial para identificar a fase aguda da infecção. III. Para avaliar infecção por Hepatite B, a dosagem de Antígenos HBs é necessária para confirmar a infecção, seja na fase aguda ou crônica. IV. Para avaliar infecção por Hepatite C, a dosagem de anticorpos IgG é suficiente para confirmar a infecção crônica. Estão corretas somente as afirmativas Alternativas: (alternativa A) II e III. (alternativa B) I e IV. (alternativa C) (CORRETA) I e III. (alternativa D) II e IV. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 1 de 22 Mobile User Resposta comentada: I. Esta afirmação está correta. A presença de anticorpos IgM contra o vírus da Hepatite A (HAV) no soro indica uma infecção recente ou aguda. Os anticorpos IgM são os primeiros a serem produzidos pelo sistema imunológico em resposta a uma infecção. II. Esta afirmação está incorreta. Os anticorpos Anti-HBsAg (anticorpos contra o antígeno de superfície do vírus da Hepatite B) são geralmente indicativos de imunidade, seja por vacinação ou recuperação de uma infecção passada. Para identificar a fase aguda da infecção, a dosagem de IgM anti-HBc (anticorpos contra o antígeno core do HBV) seria mais apropriada. III. Esta afirmação está correta. A presença do antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg) no sangue indica uma infecção ativa, seja ela aguda ou crônica. A persistência do HBsAg por mais de seis meses sugere uma infecção crônica. IV. Esta afirmação está incorreta. A presença de anticorpos IgG contra o vírus da Hepatite C (HCV) indica exposição ao vírus, mas não distingue entre infecção aguda, crônica ou resolvida. Para confirmar uma infecção crônica, é necessário realizar testes adicionais, como a detecção do RNA do HCV por PCR. Referências: MORAES, Sandra do L.; FERREIRA, Antonio W. Diagnóstico Laboratorial das Principais Doenças Infecciosas e Autoimunes, 3ª edição. Grupo GEN, 2013. E-book. ISBN 978-85-277-2308-4. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2308-4/. Acesso em: 17 jun. 2024. MADIGAN, Michael T.; MARTINKO, John M.; BENDER, Kelly S.; e outros. Microbiologia de Brock . Grupo A, 2016. E-book. ISBN 9788582712986. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582712986/. Acesso em: 17 jun. 2024. IEDEL, Stefan; MORSE, Stephen A.; MIETZNER, Timothy A.; e outros. Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick & Adelberg Grupo A, 2022. E-book. ISBN 9786558040170. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040170/. Acesso em: 17 jun. 2024. Feedback: -- 2ª QUESTÃO Enunciado: ( ITPAC PORTO NACIONAL) Um paciente do sexo masculino, 35 anos, residente em uma área com saneamento básico inadequado, apresentou sintomas de diarreia, dor abdominal, e náusea persistentes por várias semanas. Após a realização de exames laboratoriais, foi identificado o cisto de Giardia intestinalis em suas fezes. Considerando o ciclo biológico e o tratamento dessa protozoose, bem como as informações sobre a patogenia envolvida, assinale a alternativa correta. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 2 de 22 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) A infecção por Giardia intestinalis ocorre pela ingestão de cistos presentes em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os cistos liberam trofozoítos que se multiplicam e aderem à mucosa, interferindo na absorção de nutrientes e na motilidade intestinal. O tratamento de primeira linha inclui metronidazol ou tinidazol. (alternativa B) Giardia intestinalis é um protozoário que se multiplica no intestino grosso através da formação de cistos que são liberados pelas fezes, contaminando o ambiente. O ciclo biológico da giárdia envolve um vetor específico, e o tratamento recomendado é a administração de ivermectina. (alternativa C) A Giardia intestinalis se caracteriza por um ciclo biológico indireto, que envolve hospedeiros intermediários, onde o trofozoíto se reproduz no intestino grosso, provocando uma intensa inflamação local. O tratamento eficaz envolve a administração de metronidazol. (alternativa D) A Giardia intestinalis possui um ciclo biológico direto, onde a infecção ocorre pela ingestão de cistos que, ao atingirem o intestino delgado, transformam-se em trofozoítos que aderem à mucosa intestinal, causando danos às células epiteliais e resultando em uma absorção intestinal deficiente. O tratamento de escolha é o albendazol. Resposta comentada: Alternativa correta. Descreve com precisão o ciclo biológico de Giardia intestinalis, a forma de infecção, a localização no intestino delgado, os efeitos sobre a absorção de nutrientes e a motilidade intestinal, e o tratamento recomendado com metronidazol ou tinidazol. Alternativas incorretas. O ciclo biológico de Giardia intestinalis é direto, sem necessidade de hospedeiro intermediário, e o trofozoíto se multiplica no intestino delgado, não no intestino grosso. Embora o metronidazol seja o tratamento correto, os erros quanto ao ciclo biológico tornam a alternativa incorreta. A Giardia intestinalis se multiplica no intestino delgado, não no intestino grosso, e o ciclo biológico não envolve um vetor específico. Além disso, o tratamento com ivermectina é inadequado para giardíase, que é tratada com metronidazol ou tinidazol. A Giardia intestinalis possui um ciclo biológico direto, e a infecção ocorre pela ingestão de cistos, que se transformam em trofozoítos no intestino delgado. No entanto, o tratamento de escolha indicado no livro é o metronidazol, e não o albendazol, que é utilizado mais frequentemente para helmintos. O erro no tratamento torna a alternativa incorreta. Referência: ENGROFF, Paula; MÜLLER, Guilherme C.; MANSOUR, Eva; et al. Parasitologia Clínica. Porto Alegre: Grupo A, 2021. E-book. ISBN 9786556901572. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556901572/. Acesso em: 10 set. 2024. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 3 de 22 Mobile User Feedback: -- 3ª QUESTÃO Enunciado: (UNITPAC) Carla, 46 anos, obesa, possui diabetes e hipertensão com diagnostico há 5 anos, comparece no pronto atendimento queixando-se de episódios de dor tipo cólica de forte intensidade em hipocôndrio direito que irradia para região interescapular de início há 3 dias após alimentação copiosa, evoluindo há um dia com febre persistente, vômitos, inapetência e dor abdominal difusa. Ao exame, o médico plantonista observou que a paciente apresentava-se ictérica +/4+; febril, abdome doloroso a palpação superficial e profunda em hipocôndrio direito, e levantou a hipótese de colelitíase com possíveis complicações. Avalie as alternativas e assinale a correta sobre o método diagnóstico para o caso. Alternativas: (alternativa A) A realização da radiografia simples de abdome agudo dispensa a necessidade de realização de exame físico. (alternativa B) A radiografia simples de abdome agudo é desnecessária para paciente pois o exame inicial seria tomografia computadorizada de abdome.(alternativa C) (CORRETA) A ultrassonografia da vesícula biliar é confiável desde que sejam utilizados critérios rígidos, como “sombreado” acústico de opacidades que estão dentro do lúmen vesicular e que mudam com a posição do paciente. (alternativa D) A radiografia simples do abdome não pode detectar cálculos biliares, pois os mesmos são compostos por colesterol e não contém quantidades de cálcio suficientes para se tornarem radiopacos. Resposta comentada: A ultrassonografia da vesícula biliar é muito confiável para detectar colelitíase. Cálculos de apenas 1,5 mm de diâmetro podem ser identificados de forma confiável, desde que sejam utilizados critérios rígidos (p. ex., “sombreado” acústico de opacidades que estão dentro do lúmen vesicular e que se modificam com a posição do paciente [pela gravidade]). A radiografia simples do abdome pode detectar cálculos biliares contendo quantidades de cálcio suficientes para se tornarem radiopacos (10 a 15% dos cálculos de colesterol e cerca de 50% dos cálculos pigmentares). Também pode ser usada para fazer o diagnóstico de colecistite enfisematosa, vesícula em porcelana, bile calcificada e íleo biliar. A rotina radiológica não dispensa a realização do exame físico. Referência: Jameson, J., L. et al. Medicina interna de Harrison - 2 volumes. Disponível em: Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2019. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 4 de 22 Mobile User Feedback: -- 4ª QUESTÃO Enunciado: ( UNIFIPMOC) Uma paciente de 40 anos, obesa, com ingestão excessiva de carne vermelha, sedentária, com histórico familiar de câncer colorretal, apresenta-se ao ambulatório com queixas de dor abdominal persistente, perda de peso não intencional e alteração dos hábitos intestinais, incluindo episódios recentes de diarreia e constipação alternadas. Durante o exame físico, notou- se a presença de uma massa abdominal palpável. A paciente também relata fadiga constante e presença de sangue nas fezes. A colonoscopia, realizada anos atrás, apresentou múltiplos pólipos adenomatosos no cólon, associados a uma síndrome hereditária rara, caracterizada por mutações no gene APC e classificada como fator de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal. A colonoscopia atual apresentou a presença de neoplasia maligna, confirmando o diagnóstico de câncer de cólon. Com base na descrição do caso, a síndrome apresentada pela paciente que possivelmente está associada ao diagnóstico é a: Alternativas: (alternativa A) de Lynch. (alternativa B) de Peutz-Jeghers. (alternativa C) (CORRETA) de Polipose Adenomatosa Familiar (PAF). (alternativa D) do intestino irritável (SII). 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 5 de 22 Mobile User Resposta comentada: Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) Esta alternativa está corretamente associada ao caso descrito. Entre as poliposes intestinais, a Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) é uma doença bem caracterizada e representa importante predisposição hereditária ao câncer, em especial o câncer colorretal. A polipose adenomatosa familiar é um distúrbio autossômico dominante raro associado a uma mutação no braço longo do cromossomo 5. Os pacientes com essa doença desenvolvem vários pólipos adenomatosos no intestino grosso em uma idade precoce, conforme descrito no caso. O carcinoma do cólon é inevitável, geralmente em torno da quarta década de vida, a menos que seja realizada colectomia total. Síndrome de Lynch Na síndrome de Lynch a lesão precursora geralmente é um único adenoma de colo, diferentemente da presença de múltiplos adenomas como descrito neste caso. Além disso, a síndrome de Lynch é uma caracterizada por mutações nos genes MLH1, MSH2, MSH6 ou PMS2 e não no gene APC. Síndrome de Peutz-Jeghers A síndrome de Peutz-Jeghers é uma doença autossômica dominante com múltiplos pólipos hamartomatosos no estômago, intestino delgado e colo, juntamente com lesões epidérmicas pigmentadas distintivas. As lesões cutâneas são máculas melanóticas da pele e mucosas, especialmente da região perioral, lábios e gengivas, mãos e pés, quadro não compatível com o caso descrito. Síndrome do Intestino Irritável A síndrome do intestino irritável é um distúrbio do trato digestivo que provoca dor abdominal e constipação intestinal ou diarreia recorrentes. A SII é um distúrbio dos movimentos intestinais, da sensibilidade dos nervos intestinais ou do modo pelo qual o cérebro controla algumas dessas funções. Porém, embora o funcionamento normal esteja afetado, não existem anomalias estruturais que podem ser descobertas através de um endoscópio, exames de imagem ou biópsias como citado no caso descrito. Referências: Rubenstein JH, Enns R, Heidelbaugh J, et al: American Gastroenterological Association Institute Guideline on the Diagnosis and Management of Lynch Syndrome. Gastroenterology 149(3):777- 782, 2015. doi: 10.1053/j.gastro.2015.07.036 DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo F. Gastroenterologia Essencial, 4ª edição. Grupo GEN, 2011. Feedback: -- 5ª QUESTÃO 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 6 de 22 Enunciado: (FMIT) Homem, 57 anos, dá entrada no pronto-socorro com quadro de hematêmese em grande quantidade de início. Apresenta-se sonolento, hipocorado, ictérico ++/++++, com ginecomastia, eritema palmar e com aumento do volume abdominal. PA: 120/70 mmHg, FC: 100bpm. Sem déficit neurológico focal. Histórico de 25 anos de etilismo (1 garrafa de pinga/dia). Considerando o quadro acima, analise as assertivas e a relação entre elas. I - Clinicamente, o diagnóstico se refere a um caso de cirrose hepática, com insuficiência hepática e hipertensão portal (HP), de provável etiologia alcoólica. A fisiopatologia da hematêmese se relaciona com a hipertensão portal. Porque II - As circulações colaterais portossistêmicas formam-se em razão do desvio do sangue portal, cuja chegada ao sistema cava é bloqueada pela obstrução, o que resulta em varizes do esôfago, cujo sangramento é uma manifestação clássica de HP. Hematêmese é a consequência mais importante e pode levar a choque hipovolêmico. Assinale a alternativa correta. Alternativas: (alternativa A) A asserção I é verdadeira e a II é falsa. (alternativa B) As asserções I e II são falsas. (alternativa C) (CORRETA) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é justificativa da I. (alternativa D) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é justificativa da I. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 7 de 22 Mobile User Resposta comentada: Cirroses são doenças caracterizadas por subversão difusa da arquitetura hepática normal por nódulos de hepatócitos em regeneração circundados por tecido conjuntivo. Estudos diversos permitem identificar de forma cada vez mais precisa inúmeras causas de cirroses, com destaque para alcoolismo e hepatites virais e autoimune, além de transtornos metabólicos, vasculares e biliares. O critério de classificação de cirroses mais adequado é o etiológico, definido por marcadores clínicos, bioquímicos, virológicos e imunológicos. Lesões hepáticas em cirroses são importantes e resultam em profundas modificações no funcionamento do órgão e na sua circulação, que levam a duas repercussões principais: insuficiência hepática e hipertensão portal. Insuficiência hepática crônica, a mais frequente, tem como exemplo mais notório justamente as várias formas de cirrose. Muitos são os sinais e sintomas de insuficiência hepática, descritos a seguir. Icterícia é praticamente constante nos pacientes cirróticos e deve-se a transtornos nas várias etapas do metabolismo da bilirrubina e nas vias de excreção da bile; em geral, predomina aumento de bilirrubina conjugada. A incapacidade dos hepatócitos de sintetizar proteínas em quantidades necessárias à homeostase leva a hipoalbuminemia e deficiência de fatores da coagulação, com suas consequências diretas: edema e hemorragias. Por causa da redução na metabolização de estrógenos, surge hiperestrogenismo, responsável por eritemapalmar, aranhas vasculares e, em homens, ginecomastia, perda de libido e hipotrofia testicular. Síndrome hepatorrenal consiste em falência renal sem lesões aparentes nos rins em indivíduos com hepatopatia crônica grave. Hipertensão portal (HP) consiste no aumento da pressão hidrostática no interior do sistema portal, que se origina nos capilares dos intestinos e nos sinusoides da polpa esplênica, sendo a veia porta formada pela confluência da veia esplênica com as veias mesentéricas superior e inferior. Qualquer aumento na resistência ao fluxo sanguíneo em qualquer ponto do sistema portal leva a HP. As manifestações clínicas da HP resultam de alterações hemodinâmica. A circulação colateral portossistêmica forma-se em razão do desvio do sangue portal, cuja chegada ao sistema cava é bloqueada pela obstrução. Com isso, formam-se colaterais através das veias esofagocardiotuberositárias, o que resulta em varizes do esôfago, cujo sangramento é manifestação clássica de HP. Hematêmese é a consequência mais importante e pode levar a choque hipovolêmico, podendo o sangramento manifestar-se também por melena ou anemia progressiva. O shunt portossistêmico pode se fazer também através dos plexos hemorroidários, sendo a HP causa pouco comum de hemorroidas. Outra manifestação é a cabeça de medusa, na região umbilical. Consequência importante de shunt portossistêmico é a encefalopatia portossistêmica e se expressa por esplenomegalia, formação de colaterais portossistêmicas e ascite. Referência: Filho GB. Bogliolo - Patologia. 10th edição. Porto Alegre. Grupo GEN; 2021. Feedback: -- 6ª QUESTÃO 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 8 de 22 Enunciado: (FMIT) Um homem, de 25 anos, vai ao consultório médico devido a episódios recorrentes de urticária e inchaço facial após consumir certos alimentos. Ele relata que, nas últimas semanas teve erupções cutâneas intensas, especialmente ao redor da boca e no corpo, logo após comer certos alimentos. Além disso, ele parece ter dificuldade para respirar após a ingestão desses alimentos e frequentemente se queixa de dor abdominal e náusea. Como o paciente não sabe identificar os alimentos que podem ser responsáveis por tais reações o médico decide solicitar alguns exames. Marque a alternativa correta sobre a propedêutica relacionada à situação do paciente deste caso. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Embora qualquer alimento seja capaz de induzir reação de hipersensibilidade em pessoas suscetíveis, os alimentos mais comumente envolvidos incluem nozes e frutos do mar. O leite é frequentemente implicado em casos de alergia alimentar especialmente em crianças. (alternativa B) É comum a manifestação de sensibilidade cruzada aos alergênios entre alimentos de grupos alimentares estreitamente relacionados como alergia à lactose do leite de vaca e também à lactose presente no leite de cabra. (alternativa C) A resposta alérgica é ativada quando um alergênio alimentar específico entra em contato com o anticorpo IgE encontrado na mucosa intestinal e, posteriormente, estimula a liberação local e sistêmica de heparina e serotonina necessárias à resposta alérgica. (alternativa D) O diagnóstico das alergias alimentares depende da elaboração de um histórico alimentar e de testes de provocação oral. Se o risco de teste de provocação oral for muito grande, também podem ser testados os níveis séricos de IgA específica para aquele alergênio. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 9 de 22 Mobile User Resposta comentada: O diagnóstico das alergias alimentares é multifacetado e depende da elaboração cuidadosa de um histórico alimentar e de testes de provocação oral. Os testes de provocação envolvem a eliminação sistemática de alergênios suspeitos na dieta por um período de tempo para que possa ser observado se os sintomas desaparecem, e sua posterior reintrodução à dieta para determinar se os sintomas reaparecerão. Apenas um alimento deve ser testado de cada vez na procura por um diagnóstico definitivo. Se o risco de teste de provocação oral for muito grande, também podem ser testados os níveis séricos de IgE específica para aquele alergênio. É comum a manifestação de sensibilidade cruzada aos alergênios entre alimentos de grupos alimentares estreitamente relacionados. Portanto, uma pessoa pode conter alergênios que apresentam reações cruzadas. Por exemplo, alguns indivíduos são alérgicos a todas as leguminosas (ou seja, feijão, ervilhas e amendoim). A alternativa "É comum a manifestação de sensibilidade cruzada aos alergênios entre alimentos de grupos alimentares estreitamente relacionados como alergia à lactose do leite de vaca e também à lactose presente no leite de cabra." está errada, porque a alergia não é ao carboidrato lactose e sim à proteínas do leite de vaca e de cabra. A resposta alérgica é ativada quando um alergênio alimentar específico entra em contato com o anticorpo IgE encontrado na mucosa intestinal e, posteriormente, estimula a liberação local e sistêmica de histamina e outras citocinas necessárias à resposta alérgica. Referência: NORRIS, Tommie L. Porth - Fisiopatologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788527737876. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Feedback: -- 7ª QUESTÃO Enunciado: ( UNIREDENTOR) Um paciente cirrótico de 50 anos, etilista crônico, apresenta ascite volumosa, edema em membros inferiores e circulação colateral abdominal. Ao exame físico, foi constatado esplenomegalia e presença de circulação colateral em padrão de "cabeça de medusa". Qual é o diagnóstico mais provável para o quadro clínico apresentado? 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 10 de 22 Alternativas: (alternativa A) Insuficiência cardíaca congestiva. (alternativa B) (CORRETA) Hipertensão portal. (alternativa C) Trombose da veia porta. (alternativa D) Síndrome hepatorrenal. Resposta comentada: O sinal clínico "cabeça de medusa" é um clássico sinal propedêutico de hipertensão portal. Corresponde à turgência dos vasos naquela região. Esse sinal é reforçado pelo histórico e outras manifestações clínicas relatadas no caso para se chegar ao diagnóstico mais provável. A insuficiência cardíaca congestiva, por si só, não se caracteriza por esse sinal semiológico. A trombose da veia porta e a síndrome hepatorrenal não causam esse tipo de sinal semiológico. Referência: KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K. ; ASTER, Jon C. Robbins e Cotran: Patologia - bases patológicas das doenças. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. Feedback: -- 8ª QUESTÃO Enunciado: ( UNIDEP) A estrongiloidíase é uma parasitose causada pelo helminto Strongyloides stercoralis e infecta mais de 370 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, a doença é endêmica, com cerca de 20% de prevalência e é transmitida pelo solo contaminado por fezes humanas. O Strongyloides stercoralis tem a capacidade única de se desenvolver até a idade adulta no solo e também no intestino humano e também, ao contrário de outros parasitas, pode causar infecção crônica com duração de décadas. Com relação ao ciclo biológico e tratamento estrongiloidíase é correto afirmar que: 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 11 de 22 Mobile User Alternativas: (alternativa A) o anti-helmíntico albendazol em doses altas é a primeira opção terapêutica recomendada para o tratamento da estrongiloidíase. (alternativa B) no ciclo de vida do parasita, as larvas filarióides ingeridas são transportadas diretamente ao intestino delgado, onde se tornam vermes adultos, os quais são eliminados nas fezes. (alternativa C) (CORRETA) as larvas rabditoides eclodem dos ovos no intestino humano e podem sofrer muda para larvas rabditoides causando autoinfecção, processo acelerado por imunossupressão. (alternativa D) os ovos eliminados pela fêmea, após ser fecundada pelo macho, contaminam água ou alimentos, os quais podem ser posteriormente ingeridos. Resposta comentada: Alternativa correta:as larvas rabditoides eclodem dos ovos no intestino humano e podem sofrer muda para larvas rabditoides causando autoinfecção, processo acelerado por imunossupressão. A autoinfecção explica a existência da infecção em pessoas que não estiveram em áreas endêmicas há muitos anos. A muda das larvas rabditoides em filarioides é acelerada sob imunossupressão, permitindo que um número massivo de larvas autoinfecte o hospedeiro e se disseminem pelo organismo. Esse processo é chamado de hiperinfecção disseminada, com taxas de mortalidade de até 70%. O principal gatilho desse processo é a corticoterapia. Alternativas incorretas As fêmeas parasitas são partenogenéticas e se reproduzem colocando ovos, dos quais eclodem as larvas rabditoides, que são eliminadas nas fezes, e a transmissão se dá por exposição da pele a larvas infecciosas no solo contaminado por fezes humanas. As larvas filarioides, em solo contaminado, penetram na pele humana e caem na corrente sanguínea, sendo levadas até os pulmões, onde penetram nos espaços alveolares. São então transportadas pela arvores brônquica até a faringe, deglutidas e atingem o intestino delgado, onde se tornam vermes adultos. As fêmeas parasitas são partenogenéticas e se reproduzem colocando ovos, dos quais eclodem as larvas rabditoides, eliminadas nas fezes, ou sofrem muda a larvas filarioides que podem penetrar na mucosa intestinal e perpetuar a infecção. A ivermectina (200 µg/Kg/dia) por via oral vem sendo recomendado como tratamento padrão, reservando-se o albendazol e tiabendazol como terapia de segunda linha. Referências: LOSCALZO, José; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; e outros. Medicina Interna de Harrison. Grupo A, 2024. E-book. ISBN 9786558040231. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040231/ . FEREIRA, Marcelo U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. E-book. ISBN 9788527737166. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737166/. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 12 de 22 Mobile User Feedback: -- 9ª QUESTÃO Enunciado: ( FASA VIC) Clara, 28 anos, foi atendida em ambulatório com queixas de dor abdominal, diarreia frequente não sanguinolenta, perda ponderal significativa e mal-estar há cerca de 2 anos. A história clínica mostrou que ela começou a apresentar sintomas gastrointestinais aos 22 anos e que sua mãe havia morrido aos 57 anos por complicações dessa mesma sintomatologia. A paciente havia realizado alguns exames, os quais revelaram deficiências nutricionais importantes, obstrução intestinal e ulceração da pele perianal. Ademais, percorreu diversas opções de terapêutica médica, tendo finalmente alcançado, com metotrexato, a remissão clínica. Com base no quadro clínico apresentado, trata-se de: Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) doença de Crohn, que é uma reação inflamatória granulomatosa recidivante. (alternativa B) enterocolite infecciosa, que causa inflamação local no intestino delgado. (alternativa C) colite ulcerativa, que é uma inflamação específica limitada ao reto. (alternativa D) diverticulose, que se caracteriza por divertículos colônicos inflamados. Resposta comentada: A alternativa indicada como correta é compatível com a situação clínica descrita no enunciado. O quadro clínico apresentado remete às características da Doença de Crohn, que de fato é uma doença inflamatória intestinal, cujos aspectos característicos são as lesões granulomatosas bem demarcadas e circundadas por mucosa aparentemente normal. A doença de Crohn comumente acomete os pacientes entre a segunda e a terceira décadas de vida, afetando as mulheres com uma frequência algo maior que os homens. Os sinais e sintomas principais, que dependem do segmento intestinal afetado, incluem diarreia, dor abdominal, emagrecimento, distúrbios hidreletrolíticos, mal-estar e febre baixa. Como a doença de Crohn afeta mais gravemente a camada submucosa que a mucosa, os pacientes têm menos diarreia sanguinolenta que os portadores de colite ulcerativa. A ulceração da pele perianal é comum, em grande parte devido à gravidade da diarreia. A superfície absortiva do intestino pode ser destruída e os pacientes têm deficiências nutricionais relacionadas com o segmento intestinal especificamente afetado. Referência: NORRIS, T. L. Porth - Fisiopatologia. Grupo GEN. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Feedback: -- 10ª QUESTÃO 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 13 de 22 Mobile User Enunciado: ( FASA VIC) Luiza, 38 anos, buscou atendimento em uma unidade básica de saúde (UBS) do seu bairro devido a uma queimação no peito insistente há cerca de três meses. Na consulta com o médico de família e comunidade, relatou que às vezes essa pirose retroesternal é acompanhada de regurgitação e náuseas, com maior frequência à noite, piorando ao se deitar e logo após consumir alimentos gordurosos, mas que apresenta melhora momentânea quando faz o uso de algum antiácido. Nas últimas semanas, devido ao aumento de crises de ansiedade associadas à sobrecarga de trabalho, houve piora do quadro clínico. A paciente se encontra com obesidade, não realiza exercícios físicos e sua alimentação não é nada saudável. O médico, então, identificou que ela apresenta refluxo gastroesofágico e solicitou alguns exames complementares. Com base no quadro clínico apresentado e nos conhecimentos sobre fisiopatologia do refluxo gastroesofágico, está correto o que se afirma em: Alternativas: (alternativa A) a lesão da mucosa esofágica causada pelo refluxo está relacionada com a composição destrutiva do material refluído, independentemente do tempo que ele permanece em contato com essa mucosa, do tipo de alimentação e da saúde do indivíduo. (alternativa B) a doença do refluxo gastresofágico (DRGE) é uma forma mais grave e aguda do refluxo gastresofágico, se limitando a defeitos nos relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico inferior (EEI) fraco ou incompetente e à lesão da mucosa. (alternativa C) é provável que o refluxo gastresofágico seja o distúrbio menos comum do sistema digestório, em que ocorre o movimento retrógrado do conteúdo gástrico para dentro do esôfago de forma constante, sem prejuízos importantes à mucosa, mesmo na obesidade. (alternativa D) (CORRETA) tanto os sintomas quanto as lesões teciduais relacionados ao refluxo gastroesofágico decorrem de falha em uma ou mais das seguintes defesas do esôfago: barreira antirrefluxo, mecanismos de depurac ̧ão intraluminal e resistência intrínseca do epitélio. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 14 de 22 Mobile User Resposta comentada: Alternativa correta: A etiologia da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é multifatorial, sendo que tanto os sintomas quanto as lesões teciduais resultam do contato da mucosa com o conteúdo gástrico refluxado, decorrentes de falha em uma ou mais das seguintes defesas do esôfago: barreira antirrefluxo, mecanismos de depurac ̧ão intraluminal e resistência intrínseca do epitélio. Alternativas incorretas: É provável que o refluxo gastresofágico, caracterizado pelo movimento retrógrado do conteúdo gástrico para dentro do esôfago, causando pirose ou azia, seja o distúrbio mais comum do sistema digestório. Em geral, os sintomas associados ocorrem pouco depois da ingestão de alimentos, têm curta duração e raramente causam problemas mais graves. Embora a DRGE seja, de fato, uma forma mais grave do refluxo gastresofágico relacionado com relaxamentos transitórios do EEI fraco ou incompetente, ela acontece de forma duradoura e não apenas aguda. Ademais, a DRGE é classificada em dois grupos com base em achados endoscópicos: um grupo com lesão da mucosa esofágica (esofagite erosiva e esôfago de Barrett) e um grupo sem lesão da mucosa esofágica (doença do refluxo endoscopia-negativa ou doença do refluxo não erosiva [DRNE]). A lesão da mucosaesofágica está relacionada tanto com a composição destrutiva do material refluído quanto com o tempo que ele permanece em contato com a mucosa. Os líquidos ácidos do estômago (pHintestinal. Resposta comentada: Na pancreatite aguda, ocorre a inflamação aguda do pâncreas, geralmente desencadeada pela ativação prematura das enzimas pancreáticas dentro do tecido pancreático, resultando em autodigestão e lesão tecidual. Isso pode ser causado por diversos fatores, como consumo excessivo de álcool, cálculos biliares obstruindo o ducto pancreático ou consumo de alimentos ricos em gordura. A liberação excessiva de enzimas pancreáticas pode causar dano tecidual, edema, necrose e, em casos graves, falência de múltiplos órgãos. Os sintomas típicos incluem dor abdominal intensa, náuseas, vômitos e sensibilidade à palpação abdominal. Resposta correta: pancreatite aguda. Justificativa: a apresentação clínica do paciente, caracterizada por dor abdominal intensa e persistente na região superior do abdômen que irradia para as costas, náuseas, vômitos, e sensibilidade à palpação, é altamente sugestiva de pancreatite aguda. A associação da dor com a ingestão de alimentos gordurosos e o histórico de hiperlipidemia, que é um fator de risco conhecido para pancreatite aguda, reforça essa hipótese. A pancreatite aguda é frequentemente desencadeada pela obstrução do ducto pancreático ou por outros fatores que levam à ativação prematura das enzimas pancreáticas, causando inflamação e dano tecidual. Colecistite aguda é uma possibilidade, mas a dor irradia tipicamente para o ombro direito e pode não estar tão intensamente associada ao consumo de alimentos gordurosos imediatamente antes do início dos sintomas. Úlcera péptica perfurada poderia causar dor intensa, mas geralmente apresenta um padrão de dor mais localizado e agudo, sem a irradiação característica para as costas. Obstrução intestinal geralmente apresenta sintomas adicionais como distensão abdominal e alterações nos hábitos intestinais, que não foram relatados. Referência: Kumar, Vinay. Robbins Patologia Básica. Disponível em: Minha Biblioteca, (10th edição). Grupo GEN, 2018. Feedback: -- 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 19 de 22 Mobile User 14ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA SANTA INÊS) Uma paciente de 32 anos apresenta dor abdominal em flanco direito, febre (38,5 °C), calafrios, além de disúria e polaciúria, sintomas que começaram há três dias. No exame físico, observa-se sensibilidade à palpação do ângulo costovertebral direito. A paciente relata um histórico recente de infecções urinárias recorrentes. Baseando-se nas informações fornecidas, responda as seguintes questões: a) Descreva o diagnóstico, abordando o agente etiológico, e justifique o envolvimento do trato urinário superior ou inferior. b) Relacione as manifestações clínicas observadas aos mecanismos fisiopatológicos da infecção. c) Proponha o tratamento farmacológico, considerando os agentes etiológicos mais comuns e os fármacos adequados, e as orientações para a paciente considerando os fatores clínicos apresentados por ela. Alternativas: -- Resposta comentada: Chaves de respostas 1. Etiologia e infecção do trato urinário superior. A paciente apresenta sintomas compatíveis com pielonefrite aguda, uma infecção do trato urinário superior que frequentemente resulta da ascensão bacteriana a partir da uretra e bexiga. O principal agente etiológico das infecções urinárias, incluindo a pielonefrite, é a Escherichia coli, uma bactéria gram-negativa. A presença de febre, calafrios e dor no flanco direito são indicativos da progressão da infecção da bexiga (cistite) para o rim, sugerindo uma infecção mais grave. 2. Manifestações clínicas e fisiopatologia. Os sintomas de disúria e polaciúria são típicos da irritação do trato urinário pela infecção, enquanto a dor no flanco e a febre indicam que o processo inflamatório atingiu os rins, levando a uma resposta sistêmica inflamatória. A sensibilidade no ângulo costovertebral, um achado físico característico, sugere o envolvimento renal. A febre e os calafrios indicam uma resposta imunológica aguda ao patógeno invasor. 3. Tratamento farmacológico. O tratamento inicial da pielonefrite aguda geralmente inclui um antibiótico de amplo espectro que cubra Escherichia coli e outras bactérias gram-negativas, como as fluoroquinolonas (ex.: ciprofloxacino) ou um antibiótico betalactâmico combinado com um inibidor de betalactamase (ex.: amoxicilina-clavulanato). Dada a recorrência das infecções urinárias na paciente, é importante realizar um urocultura para confirmar o patógeno e ajustar a terapia conforme a suscetibilidade antibiótica, a fim de evitar resistência bacteriana. Referência KUMAR, Vinay. Robbins Patologia Básica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN 9788595151895. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151895/. Acesso em: 16 set. 2024. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 20 de 22 Feedback: -- 15ª QUESTÃO Enunciado: (AFYA GARANHUNS) Uma paciente, de 48 anos, chega à unidade básica de saúde (UBS) queixando-se de dor epigástrica, sensação de queimação e náuseas, sintomas que vêm se agravando nos últimos meses. Após a realização de exames, é diagnosticada com gastrite crônica. Ela relata ser fumante, faz uso frequente de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para tratar uma artrite, e tem uma dieta rica em alimentos processados e gordurosos. Considerando os fatores de risco e os mecanismos de agressão à mucosa gástrica, assinale a alternativa a seguir que explica corretamente como esses fatores contribuem para a condição da paciente. Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) A dieta rica em alimentos processados aumenta a secreção de ácido gástrico e o uso de AINEs acabam inibindo a produção de prostaglandinas, facilitando o desenvolvimento da gastrite crônica observada na paciente. (alternativa B) A ingestão constante de alimentos gordurosos leva à produção excessiva de bicarbonato na mucosa gástrica, aumentando o pH do estômago, o que resulta em uma forma de gastrite crônica não erosiva. (alternativa C) O uso frequente de AINEs inibe principalmente a enzima cicloxigenase-2 (COX-2), e consequentemente reduz a produção de prostaglandinas protetoras, comprometendo a barreira mucosa gástrica. (alternativa D) A redução da produção de muco gástrico devido ao aumento da perfusão sanguínea na mucosa, associada principalmente ao tabagismo, torna-se o principal fator desencadeador da gastrite crônica. 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 21 de 22 Mobile User Resposta comentada: A gastrite crônica está frequentemente associada a fatores que comprometem as defesas naturais da mucosa gástrica, como a produção de muco e bicarbonato, que protegem contra o ácido clorídrico. O uso crônico de AINEs é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de gastrite crônica, pois esses medicamentos inibem a enzima cicloxigenase-1 (COX-1), reduzindo a produção de prostaglandinas, que são essenciais para a produção de muco e bicarbonato, deixando a mucosa vulnerável à agressão ácida. O tabagismo contribui para a diminuição da produção de muco e aumenta a secreção ácida, exacerbando os danos à mucosa. Além disso, uma dieta rica em alimentos processados e gordurosos são difíceis de digerir e aumentam o ácido no estômago, o que pode piorar também os sintomas. Referências: DANI, Renato; PASSOS, Maria do Carmo F. Gastroenterologia Essencial, 4ª edição . Grupo GEN, 2011. E-book. ISBN 978-85-277-1970-4. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-1970-4/. KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças . Grupo GEN, 2023. E[1]book. ISBN 9788595159174. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159174/. MARTINS, Milton de A.; CARRILHO, Flair J.; ALVES, Venâncio Avancini F.; CASTILHO, Euclides. Clínica Médica, Volume 4: Doenças do Aparelho Digestivo, Nutrição e Doenças Nutricionais. Editora Manole, 2016. E[1]book. ISBN 9788520447741. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520447741/.HILAL-DANDAN, Randa; BRUNTON, Laurence. Manual de farmacologia e terapêutica de Goodman & Gilman. Grupo A, 2015. E-book. ISBN 9788580555066. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580555066/. Feedback: -- 000135.270013.87dede.3456a4.f601fc.d6fcc0.38c3ec.863f8 Pgina 22 de 22