Buscar

Trabalho Direito Obrigações 2014

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
CURSO DE DIREITO
DIREITO
DAS
OBRIGAÇÕES
Professora Maria Amélia da Costa
ALUNOS: 
EXERCÍCIOS DO ESTUDO DIRIGIDO 
José deve a um estabelecimento bancário duas quantias, uma de três mil reais e outra de cinco mil reais, e ambas encontram-se vencidas. As duas quantias também estão acrescidas de juros, de 300 reais à primeira e 500 reais à segunda. Comparecendo José para pagar mil reais ao banco, e não indicando de qual dívida está realizando o pagamento, o que a lei civil estipula em relação ao que será pago e como se denomina este instituto jurídico? 
Resp.: Ter-se-á a imputação do pagamento feita pela lei se nem o devedor nem o credor fizerem a indicação da dívida a ser extinta com o intuito de suprir a vontade das partes. Havendo omissão quanto ao débito solvido, quer no pagamento, quer na quitação, prescreve o art. 355 do Código Civil que: 
a imputação se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar; 
b) a imputação se fará na mais onerosa, se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo. A mais onerosa será a que produz juros, em relação à que não os produz; a que produz juros mais elevados, relativamente à que os produz mais módicos; a que for garantida por direito real, em relação à que não contiver tal ônus; a que justificar ação executiva, relativamente à que ensejar a ordinária; a garantida por cláusula penal, em relação à que não a encerrar; a garantida por fiança, relativamente à não assegurada (RT,115:594); aquela em que o solvens é devedor principal e não mero coobrigado; a já ajuizada, em relação à que não o foi; a caucionada, relativamente à não caucionada. O Instituto chama-se Imputação de Pagamento.
Roberta adquiriu um apartamento da Construtora Delta cujo pagamento está sendo feito da seguinte forma: Roberta deu uma entrada de 50 mil reais, três parcelas de 20 mil e, após a entrega do apartamento, 40 parcelas de 2 mil reais. Roberta já se encontra morando no imóvel e das parcelas de 2 mil reais já pagou 10. Todo mês, para o pagamento destas parcelas, a construtora Delta emite um boleto para pagamento, que é enviado para o endereço de Roberta. Estes boletos costumam chegar por volta do dia 5 de cada mês e vencem no dia 10. Não tendo chegado o boleto da 11.ª parcela, Roberta procura o escritório da construtora para saber o que está acontecendo e é informada pela atendente que os boletos não chegaram e esta não sabe informar à Roberta como ela pode realizar o pagamento, uma vez que não está autorizada a receber o pagamento da parcela. Que instituto jurídico pode utilizar Roberta para realizar o pagamento, prevenindo-se de uma incorrência em mora? 
Resp.: O Instituto jurídico é o Pagamento em Consignação, que é colocado à disposição do devedor para que, ante o obstáculo ao recebimento criado pelo credor ou quaisquer outras circunstâncias impeditivas do pagamento, exerça, por depósito da coisa devida, o direito de adimplir as prestações, liberando-se o liame obrigacional (evitando as consequências da mora). Conforme art. 334 CC, ela poderá optar pelo depósito extrajudicial ou pelo ajuizamento da ação de consignação em pagamento. (CC, art. 334; CPC, art. 890, §§ 12 a 42 ).
Carlos obteve um empréstimo bancário e sua dívida chegou a 150 mil reais para com o banco, sendo Fábio fiador desta dívida. Devido a divergências em razão dos juros aplicados, Carlos entrou em contato com o banco, realizando uma renegociação da dívida, com valores de parcelas fixas e novos prazos. Não cumprindo Carlos com os pagamentos conforme a renegociação, Fábio, na qualidade de seu fiador, foi executado. Em embargos, Fábio alegou que tendo havido renegociação da dívida, houve uma novação objetiva, mas o juízo entendeu que a alegação de Fábio era improcedente. Explique o porquê do Tribunal ter decidido desta forma, fazendo considerações a respeito do que é uma novação objetiva. 
Resp.: A decisão do Tribunal de ter julgado o pedido improcedente foi que de fato o que ocorreu só ter sido uma renegociação. Conforme o art. 360, I, do CC, a novação ocorre quando as partes criam uma nova obrigação destinada a substituir uma obrigação anterior. É necessário que seja identificado o elemento anímico deste instituto, o animus novandi, a intenção de se novar, de criar uma obrigação que substituirá a primitiva relação jurídica, que será considerada extinta. 
Assim, Carlos por não ter concordado com os juros apenas solicitou uma renegociação da dívida com o banco, e sendo assim, Fábio continua como seu fiador.
Francisco, ciente da dívida que Fábio tinha com Salete, transferiu a esta, através de uma operação bancária, o valor da dívida, assumindo o lugar da credora Salete. Explique porque isto não pode ser considerado uma cessão de crédito nem uma novação subjetiva ativa e diga qual a forma de extinção de obrigação presente nesta questão. 
Resp.: Não pode ser cessão de crédito porque este é negócio jurídico bilateral oneroso e, na grande maioria das vezes, visa lucro. Mas não há cessão de crédito a extinção de uma obrigação. Art. 286 a 298 do CC. 
Também não pode ser considerada novação subjetiva ativa, porque não houve criação de uma nova obrigação para substituir a anterior. Art. 360, Inciso III do CC. 
No caso considerado, ocorreu a sub-rogação, conforme o Art. 346 e 347 do CC, onde existiu o pagamento da dívida de Fábio para Salete e o crédito “cedido” para Fábio, na mesma proporção do valor pago, passando a existir assim a obrigação de Francisco para Fábio.
5) A empresa Delta adquiriu o fundo de comércio da empresa Alfa, que estava com problemas financeiros, assumindo todo o ativo e todo o passivo desta empresa, com concordância de todos os credores. Houve, no caso, uma novação subjetiva passiva? Explique.
Resp.: Não se trata de uma novação subjetiva passiva, por que essa só ocorre quando um terceiro assume a dívida do devedor originário, substituindo-o sem o assentimento deste, desde que o credor concorde com tal mudança. 
Na expromissão temos apenas duas partes: o credor e o novo devedor, por ser dispensável o consentimento do devedor primitivo. Essa espécie de novação é permitida pelo nosso Código Civil no art. 362, que reza: "A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste".
Assim, houve o caso de assunção de dívida, onde o devedor transmite a terceiro a sua obrigação, com expresso consentimento do credor. Art. 299 CC - ASSUNÇÃO DE DÍVIDA.

Outros materiais