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Acidentes e complicações operatórias Prevenção de complicações A maneira mais fácil de lidar com uma complicação é não deixar que ela aconteça. Principais cuidados ● Só realizar cirurgias que esteja devidamente habilitado. ● Fazer uma avaliação pré-operatória rigorosa. ● Ter um plano de tratamento detalhado. ● Instrumentos/equipamentos que o planejamento requer ● Não realizar procedimentos cirúrgicos sem um bom campo operatório, nem fazê-los apressadamente. ● Respeitar a cadeia asséptica ● Realizar radiografias cuidadosas e analisá-las adequadamente observando a relação das estruturas nobres com a área operada. ● Não realizar força excessiva durante a exodontia, optando por realizar odontosecção. ● Só fechar a ferida cirúrgica (sutura) após se certificar que a hemostasia foi obtida. Principais complicações . Lesão em tecido mole Causa: ● Uso inadequado de: afastadores, fórceps e alavanca. ● Manipulação inadequada do tecido. ● Falta de atenção do cirurgião / auxiliar. Laceração da mucosa (retalho) Causa: •Tamanho inadequado do retalho. Prevenção: •Criar retalhos de tamanho e forma adequados. •Força de tração deve ser controlada. Tratamento: •Reposicionar o retalho e suturar. •Regularização das bordas e sutura. Perfuração de tecidos moles Causa: •Uso inadequado da força no local da destreza. Prevenção: •Uso controlado da força (extratores). •Empunhadura adequada do instrumental. •Apoio adequado. Tratamento: •Hemostasia (compressão). •Irrigação abundante. •Sutura. Abrasão ou queimadura Causa: •Contatodahastedabrocaemmovimentocomapel eou mucosa. Prevenção: •Atenção do cirurgião/auxiliar. •Afastamento adequado dos tecidos. Tratamento: •Vaselina. •Pomada antibiótica. •Fotoproteção. Dente com elevado grau de dificuldade Início da exodontia Risco de fratura Técnica cirúrgica: Odontosecção ou Ostectomia Cicatrização mais rápida, rebordo mais adequado e menor risco de comunicação buco-sinusal. Comunicações Oro Antrais Causas: •Exodontia com fórceps de molares superiores com raízes divergentes e/ou em regiões de seio maxilar expandido. Prevenção: •Em situações de risco, optar pela técnica cirúrgica de extração. Diagnóstico: •Teste de Valsalva. Tratamento: Vai depender do tamanho da comunicação •Menor que 2mm: promoção do coágulo+cuidados respiratórios; •De 2 a 6mm: promoção do coágulo+cuidados respiratórios+antibiótico+descongestionante locais e sistêmicos; •7 mm ou mais: uso de retalho+antibiótico + descongestionante locais e sistêmicos. •Obs: Remoção das suturas com 15 dias. Lesões de dentes adjacentes: Fratura de restaurações e/ou dentes cariados. Causa: •Uso de alavancas (extratores). Prevenção: •evitar o de força sobre dentes cariados ou restaurados. Tratamento: •Arredondar bordas cortantes. •Colocação de restauração temporária •Informar ao paciente o ocorrido e da necessidade de restauração permanente. Luxação ou avulsão parcial Causa: •Usoinadequadodealavancasefórceps •Faltadeatenção Tratamento: •Reposição do dente no alvéolo. •Estabilização semi-rígida do dente. •Checar oclusão. •Informar ao paciente do ocorrido. •Proservar. Extração do dente errado Causa: •Falta de atenção ao planejamento. Prevenção: •Fazer planejamento e avaliação pré-operatória detalhada. Tratamento (imediato): •Reimplantar o dente; •Contatar o ortodontista; •Acompanhar por 4 a 6 semanas; •Redefinir o planejamento. Tratamento (mediato): •Nada a fazer. Fratura de raiz Causa: •Raízes longas, finas, curvas e divergentes. Prevenção: •Técnica cirúrgica (aberta). •Movimentos lentos de luxação com fórceps. Tratamento: •Técnica cirúrgica (aberta). •Permanência da raiz. Condições para permanência: •O fragmento deve ser pequeno(>5mm). •A raiz deve estar profunda. •Dente livre de infecção e sem área radiolúcida ao redor do dente. Protocolo de controle: •Informar ao paciente dos riscos. •Manter documentação radiográfica. •Acompanhamentos regulares. •Orientar a procurar ajuda caso observe qualquer problema na área. Deslocamento da raiz para o seio Causa: •Força apical com extrator reto (1°molar*) Prevenção: •Uso controlado de força. •Técnica aberta de extração. Avaliar: •Tamanho da raiz(2 a 3mm). •Presença ou não de infecção. •Condições pré-operatórias do seio. Tratamento fragmento de 2-3 mm sem infecção: •Radiografar •Irrigação/aspiração do alvéolo. •Radiografar novamente. •Tratar a comunicação buco-sinusal. •Informar o paciente e proservar. Orientações ao paciente: •Precauções respiratórias. •Uso de antibiótico. •Uso de descongestionante local e sistêmico. •Remover sutura com 15 dias. Tratamento fragmento acima de 3 mm com infecção: •Remoção pelo acesso de Caldwell-Luc. Complicações pós-operatórias Hemorragia Considerações: •Boca é muito vascularizada. •Exodontia causa ferida em tecido duro e mole. •Impossível tamponamento. •Estimulação da língua. Prevenção: •Anamnese Detalhada: ● Alterações sistêmicas: 1. Doenças hepáticas. 2. Hipertensão arterial. 3. Hemofilia. 4. Desordens plaquetárias. ● Exames laboratoriais 1. Teste de protrombina (TP). 2. Teste de tromboplastina parcial (TTP). 3. Contagem de plaquetas. 4. Tempo de Tromboplastina parcial ativada (TTPA). •História de sangramentos: ● Após exodontias. ● Pequenos traumas. •História na família. •Uso de medicação: ● AAS. ● Anticoagulantes. ● Antibióticos de largo espectro. ● Anticancerígenos. •Álcool. Prevenção: •Cirurgia o mais atraumática possível. •Incisões nítidas. •Manuseio cuidadoso dos tecidos moles. •Alisar e remover espículas ósseas. •Curetagem do tecido de granulação. Tratamento: •Sangramento tec.mole -> Compressão ou Ligar vaso. •Sangramento intra-ósseo -> Localizar e esmagar forame. •Morder a gaze dobrada sobre o alvéolo durante 30 min. •Orientações Pós-Operatórias. Orientações pós-operatórias: •Não cuspir. •Não fumar. •Não usar canudos. •Não ficar colocando a língua no alvéolo. •Não fazer exercícios nas primeiras 24 horas. •Dieta líquida pastosa fria. •Dormir com a cabeça elevada. Medidas adicionais para hemostasia: •Tampão de colágeno. •Colágeno microfibrilar. •Celulose oxidada regenerada. •Lâmina de colágeno. •Esponja de gelatina absorvível. Hemorragia Secundária Causa: •Remoção de fluidos (sangue, saliva) e coágulos. •Determinar a fonte do sangramento. •Compressão digital por 5min (se persistir). •Anestesia por bloqueio. •Curetagem, removendo o coágulo antigo do alvéolo. •Procurar a fonte do sangramento. Tratamento: •Tratamento similar a hemostasia primária(tec.duros e moles). •Colocação de esponja de .fibrina •Sutura. •Morder a gaze por 5 min e verificar. •Morder a gaze por 30min. •Orientar o paciente e liberar. Infecção Causa: •Rebatimento de retalhos extensos em tecidos moles. •Ostectomia. •Quebra da cadeia asséptica. •Cirurgias de moradas. Prevenção: •Assepsia cuidadosa. •Manutenção da cadeia asséptica. •Limpeza da ferida. •Anamnese detalhada. Tratamento: •Antibioticoterapia profilática. •Antibiótico Terapêutico. •Limpeza da ferida infectada. Alveolite •Alvéolo vazio recoberto por uma camada amarelo-acinzentada constituída por detritos e tecido necrótico. •Gengiva circunjacente inflamada. •Halitose e gosto ruim na boca. •Alguns sintomas gerais. •A dor é pulsátil, intensa, podendo irradiar para o ouvido, região temporal e não cede com o uso de analgésicos comuns. •Suprimento sangüíneo insuficiente para o alvéolo. •Processo inflamatório pré-existente. •Uso de grande quantidade de anestésica local. •Sangramento exagerado pós-operatório. •Alterações na atividade fibrinolítica/ ou proteolítica do coágulo sangüíneo alveolar. •Trauma do osso alveolar durante a cirurgia. •Infecção durante ou após a extração. •Remanescentes radiculares. •Fragmentos ósseos e corpos estranhos deixados no alvéolo.•Excessiva irrigação ou curetagem do alvéolo pós-extração. •Forte sucção ou cuspir no pós-operatório. Tratamento: •Anestesia. •Irrigação/“Curetagem”/Irrigação. •Promoção de um novo coágulo. •Sutura. •Medicação analgésica –Repetir o tratamento após 24 horas se necessário. Pomada a base de: •10% de metronidazol •LidocaÍna 2%. •Metilcelulose. •Menta. Fraturas da mandíbula •Excesso de força. Cicatrização de Lesão •A cicatrização de lesões(ou feridas) é uma expressão clara de uma intrincada e rigorosamente organizada sequência de respostas bioquímicas e celulares direcionadas a restaurar a integridade do tecido e a sua capacidade funcional após a lesão. primária organizada no interior de uma matriz fibrosa. O coágulo garante a hemostasia e dá início à matriz provisória. Uma mistura de proteínas secretadas, o que inclui interleucina, TGFβ, PDGF e VEGF, mantém a lesão e regula o processo de cicatrização subsequente. •Fatores intrínsecos e extrínsecos podem impedi-la ou facilitá-la. •Facilitar. •Restauração da integridade tecidual é uma resposta de defesa primitiva. •Tipo de tecido envolvido e da natureza do tecido lesado. •Vasoconstrição é substituída por vasodila- tação (histamina, prostaglandinas, cininas e leucotrienos). •Diapedese. •Sinais quimiotátitcos (neutrófilos e monócitos). •Macrófagos regulam a remodelação do •Regeneração e Reparo. •Células lábeis, estáveis ou perenes. •Cicatrização pela primeira, segunda e terceira intenção. Resposta de cicatrização da lesão •Sequência de cicatrização, caracterizada pela coagulação, inflamação, reepitelização, tecido de granulação e remodelação da matriz e do tecido, é em geral dividida em três fases distintas simultâneas: inflamatória, proliferativa e remodelação. Fase inflamatória •Ocorre antes da resposta reparadora do organismo e dura, em geral, de 3 a 5 dias. •Vasoconstrição (fatorXII); Plaquetas circulantes agregam-se rapidamente no local da lesão aderindo tanto umas às outras quanto no colágeno exposto da região subendotelial dos vasos sanguíneos para formar uma agregação plaquetária tecido local por meio de enzimas proteo- líticas, o que induz a formação de uma nova matriz extracelular, e modularem angiogênese e fibroplastia por meio da produção local de citocinas. Fase de proliferação •As citocinas e os fatores de crescimento secretados durante a fase inflamatória estimulam as fases de proliferação posteriores. •No 3º dia após o trauma e duração de 3 semanas, a fase de proliferação é caracterizada pela formação de tecido granular com células inflamatórias, fibroblastos e vasculatura desenvolvimento uma matriz frouxa. •Estabelecer uma microcirculação local para o suprimento de oxigênio e nutrientes necessários para prover as requisições metabólicas elevadas do tecido em regeneração. •Angiogênese a partir da vasculatura rompida é orientada pela hipoxia da lesão, bem como pelos fatores de crescimento nativos, particularmente VEGF, FGF2 e TNFβ. •Fibroblastos; •O arca bouço das fibras colágenas serve para dar suporte aos novos vasos sanguíneos formados para o suprimento sanguíneo da lesão. Fibroblastos estimulados, que também secretam uma variedade de fatores de crescimento, produzem, desse modo, feedback e mantêm processo de reparação. •A deposição de colágeno aumenta rapidamente a resistência à tração da lesão e reduz a importância da função em manter as bordas da lesão unidas. Fase de remodelação •Fortalecimento do tecido cicatricial imaturo; •Logo que a demanda metabólica da lesão em processo de cicatrização diminui, a alta rede de capilares começa a regredir; •Matriz de colágeno é continuamente degradada, ressintetizada, reorganizada e estabilizada por meio de ligação cruzada molecular; •Colágeno tipo III é sustituído colágeno tipo I; •Alguma falha nesse organizado equilíbrio pode levar ao excesso ou à inadequada degradação da matriz, o que resulta em uma cicatriz exuberante ou deiscência da lesão. Processo especializado de cicatrização Nervo •A agressão às terminações nervosas da região orofacial pode variar desde a simples contusão até a ruptura completa do nervo. •A resposta de cicatrização depende da gravidade e da extensão da lesão. •Neuropraxia. •Axonotmesis. •Neurotmese. •Logo após a agressão do nervo, as células de Schwann começam a sofrer uma série de alterações celulares chamadas regeneração valeriana. A degeneração é evidente em todos os axônios do segmento nervoso dista leem poucos nodos do segmento proximal. •Dentro de 78h, os axônios agredidos são fagocitados por células de Schwann e macrófagos. Como os resíduos axoniais são eliminados, as células de Schwann iniciam a tentativa de conectar a ramificação proximal com a ramificação nervosa distal. •As células proliferativas de Schwann também promovem a regeneração do nervo ao secretarem numerosos fatores neutrofílicos que coordenam o reparo celular, bem como as moléculas de adesão celular que orientam o crescimento axônico. •Neuroma. •Tipo de lesão, a idade e a condição da capacidade de nutrição do tecido e dos nervos envolvidos. •1 mm/dia. Osso O osso é um tecido biologicamente privilegiado, pois a cicatrização ocorre mais por regeneração do que por reparo. •Cicatrização direta. •Segmentos ósseos deslocados são manipulados por meio de cirurgia em um alinhamento aceitável e estabilizados de modo rígido pelo uso de dispositivos de fixação interna. O que dará início ao desenvolvimento de células mesenquimais e dos vasos sanguíneos, logo em seguida. Os osteoblastos ativados começam a depositar osteóide nas superfícies das extremidades dos fragmentos. •Escultura funcional e remodelagem do osso primário grupo de osteoclastos e osteoblastos justa postos chamados unidade multicelular básica. •Como os osteoclastos localizados na borda de orientação das BMU escavam o osso por meio da digestão proteolítica, osteoblastos ativos deslocam-se para as escavações ao secretarem camadas de osteóide e preencherem a cavidade lentamente. •Durante a mineralização do osso primário, BMU remodeladores se infiltram pelo tecido reparador substituindo-o por osso maduro. A granulação do novo tecido ósseo inicia-se a partir de uma compressão local e forças de tensão paralelamente. Os níveis de força no tecido produzidos por cargas funcionais são importantes na remodelação do osso regenerador. •Se há excesso de movimentação interfragmentária, o osso se regenera de início pela ossificação endocondral ou pela formação de um calo cartilaginoso gradualmente substituído por um novo osso. Em contraste, a cicatrização óssea por segmentos de fratura estabilizados ocorre primariamente por meio de ossificação intramembranosa. Feridas por extração •Cicatrização por segunda intenção. •Imediatamente após a extração do dente do alvéolo, o sangue preenche a área da extração. Ambos os caminhos, extrínseco e intrínseco, do processo de coagulação em cascata são ativados. A malha de fibrina resultante com células sanguíneas vermelhas sela os vasos sanguíneos rompidos e reduz o tamanho da ferida após extração. •Na 1ª semana, o coágulo forma um arcabouço temporário sobre o qual as células inflamatórias migram. O epitélio na periferia da lesão desenvolve-se sobre a superfície do coágulo de organização. •2ª semana, o coágulo continua a organizar-se pela fibroplastia e pelos novos vasos sanguíneos que começam a penetrar em direção ao centro do coágulo. •3ª semana, a cavidade alveolar é preenchida com tecido de granulação, e tecido ósseo pouco calcificado é formado no perímetro da lesão. A superfície da lesão é completamente reepetelizada com mínima ou sem formação de cicatriz. A remodelação óssea ativa por meio de deposição e reabsorção contínua por mais diversas semanas. •Evidência radiográfica de formação ósseanão se torna aparente por 6 semanas após exodontia. •Ocasionalmente, o coágulo sanguíneo não é formado ou pode ser desintegrado, o que causa osteíte alveolar localizada. Complicações da cicatrização da lesão A maioria das complicações de cicatrização de lesões manifesta-se no início do pós-operatório, embora algumas possam sê-lo mais tardiamente. Os dois problemas mais comuns encontrados pelo cirurgião são a infecção da lesão e a deiscência; a cicatrização proliferativa é menos típica. Infecção da lesão •Grave contaminação bacteriana de lesões suscetíveis. Todas as lesões são intrinsecamente contaminadas por bactérias, mas isso se distingue da verdadeira infecção, em que a sobrecarga de replicação bacteriana prejudica a sobrecarga de replicação bacteriana prejudica a cicatrização. •Trombose e metabólitos vasoconstritores causam hipoxia da lesão, o que leva ao aumento da proliferação bacteriana e dano tecidual contínuo. Bactérias destruídas pelos mecanismos de defesa do hospedeiro provocam diversos graus de inflamação pela liberação de proteases neutrofílicas endotoxinas. •Eritema, calor, edema e dor acompanhados de odor e pus. •A perfusão tecidual e a oxigenação inadequadas da lesão permitem que a bactéria se prolifere e estabeleça a infecção, o que compromete ainda mais a cicatrização. •A falha na manutenção da cadeia asséptica é uma razão frequente para a introdução de microrganismos virulentos no interior da lesão. A transformação de lesões contaminadas em lesões infectadas é facilitada também por trauma tecidual excessivo, tecido necrótico remanescente, corpos estranhos ou defesas do hospedeiro comprometidas. •O fator mais importante para minimizar o risco de infecção é a técnica cirúrgica meticulosa, o que inclui a remoção de resíduos, hemostasia adequada e eliminação do espaço morto. A técnica operatória deve ser valorizada pelo cuidado pós-operatório adequado, com ênfase na manutenção do local da lesão limpo e protegido contra trauma. Deiscência da lesão A separação parcial ou total das margens da lesão pode se manifestar dentro da 1 semana após a cirurgia. A socorrências de deiscência provém mais da falha tecidual do que de técnicas de sutura impróprias. Pode-se fechar novamente a lesão que sofre deiscência ou deixá-la para ser cicatrizada por segunda intenção. Cicatrização proliferativa •Alguns pacientes podem desenvolver tecidos cicatriciais aberrantes na região de sua lesão tecidual. •Cicatrizes hipertróficas e queloides – são caracterizadas por hipervascularização e hipercelularidade. São também fatores que as caracterizam a cicatrização excessiva, a inflamação persistente e uma super produção de componentes de matriz extracelular, o que inclui glicosaminoglicanas e colágeno tipo I. •Cicatrizes hipertróficas surgem rapidamente após a lesão tendem a estender-se até as margens da lesão e regridem no final. Queloides, por sua vez, manifestam-se meses após a lesão, desenvolvem-se além dos limites da lesão e raramente diminuem (nas faces, nos lóbulos das orelhas e na região anterior do peito). •Comportamento apoptótico desequilíbrado em cicatriz excessiva, inflamação e super produção de componentes da matriz extracelular. Ambos, queloide e cicatriz hipertrófica, demonstram elevação crônica de fatores de crescimento, como TGFβ, fator de crescimento derivado das plaquetas, IL1 e IGFI. •Embora não haja uma terapia efetiva para queloides, os métodos mais comuns para preveni-los ou trata-los consistem na inibição de síntese de proteínas. Esses agentes, principalmente corticosteroides, são injetados no interior da cicatriz para reduzir a proliferação de fibroblastos, reduzir a angiogênese e inibir a síntese de colágeno e de proteínas de matriz extracelular. Melhora da cicatrização da lesão Uma variedade de fatores locais e sistêmicos pode impedir a cicatrização, e o cirurgião informado pode antecipar e, quando possível, redirecionar essas barreiras de modo positivo para que a cicatrização ocorra de tal modo que o reparo possa progredir normalmente. Presença de fragmentos ósseos Fragmentos ósseos fraturados, como cristas, tábuas e septos fraturados sem suprimento sanguíneo, assim como esquírolas ósseas, necrosam e perturbam processo de cicatrização do alvéolo Efeitos da curetagem .•A remoção dos restos de ligamento periodontais interferirá na fase de proliferação celular. •O alvéolo deve ser curetado apenas na presença de reação periapical. •Em casos de exodontia simples as curetas deverão ser utilizadas apenas para inspeção do alvéolo. Efeitos da irrigação A irrigação discreta não perturba o processo de reparo, porém a irrigação vigorosa pode remover restos do ligamento periodontal. Influência dos anestésicos locais •Anestésico sem vasoconstritor causa a irritação dos tecidos alveolares nos períodos iniciais do processo de reparo. •Anestésicos com vasoconstritor provoca um maior atraso no processo de reparo devido à diminuição do suprimento sanguíneo. Uso de brocas •Produz fragmentos ósseos menores que os cinzéis. •O seu aquecimento pode provocar necrose óssea. •Pode atrasar o processo de reparo e até provocar um sequestro ósseo e alveolite. •Menor o tempo cirúrgico, propiciando um conforto para o paciente e o cirurgião. Uso de cinzéis •Produz fragmentos ósseos maiores que as brocas, facilitando assim a sua remoção. •Menor grau de necrose superficial. •Maior o tempo operatório. •Desconforto ao paciente e ao cirurgião. Idade •Não foi notada diferença significativa nos primeiros dez dias de P.O. •Aproximadamente no 20º dia P.O., houve um retardo do processo de reparo dos pacientes com mais de 50 anos, sobretudo ao 30º dia P.O. não havia mais nenhuma diferença significativa. Uso de anticoncepcional •A medicação instituída retardou a cronologia do processo de reparo alveolar. •Pode-se observar coágulo desorganizado até 15 dia P.O., provavelmente devido ao aumento da atividade fibrinolítica causada pelo anticoncepcional. •Observou-se também o atraso da fase proliferativa. Processos infecciosos de origem dental “Os seres humanos estão sujeitos a várias infecções. Embora frequentemente elas sejam autolimitantes, requerem atenção clínica, que deve ser capaz de diagnóstico e tratamento adequado.” Defesa do Hospedeiro Fatores Locais: ● Revestimento epitelial. ● Sistema de secreção e drenagem. ● Interferência microbiana. Fatores humorais: ● Imunoglobulinas. ● Sistema complementar. Defesa celulares: ● Neutrófitos. ● Monócitos. ● Fagócitos. ● Linfócitos. Ambiente: ● Boca. ● Dente. Microorganismo: ● Virulência: → Produção de toxinas; → Invasividade; → Capacidade de deprimir o sistema imune. ● Quantidade: A. actinomycetemcomitans: leucotoxinas P. gingivalis: Enzimas proteolíticas P. intermedia: deprimem mecanismos imunes Cavidade oral: ● Cocos GRAM+ ● Cocos GRAM - ● Bastonetes GRAM+ ● Bastonetes GRAM - ● Espiroquetas ● Fungos e leveduras ● Vírus ● Protozoários Infecções odontogênicas Características: ● Bactérias nativas da cavidade oral. ● Natureza polimicrobiana. ● Natureza mista aeróbio/anaeróbio). Espaços faciais: ● Primários 1. Canino 2. Infra temporal 3. Bucal 4. Submentual 5. Submandibular 6. Sublingual ● Secundários 1. Massetérico 2. Pterigomandibular 3. Temporal 4. Cervicais 5. Lateral da faringe 6. Retrofaríngeo 7. Prévertebral Princípios de tratamento: ● Determinar a gravidade da infecção. ● Determinar a condição sistêmica do paciente. ● Determinar a necessidade do especialista. Anamnese: ● Queixa principal. ● História da doença:1. Tempo de evolução. 2. Comportamento da infecção. 3. Sintomas. 4. Tratamento prévio. ● Estado geral do paciente: 1. Fadiga. 2. Cansaço. 3. Mal estar. Exame clínico: ● Sinais vitais: 1. Temperatura. 2. Pulsação. 3. Pressão arterial. 4. Freqüência respiratória. Inspeção e palpação: ● Aumento volumétrico ● Eritema ● Consistência ● Pontos de flutuação ● Temperatura local ● Limitação de função O exame intra-oral também busca encontrar a causa da infecção História médica: Exames de imagem: ● Radiografias ● Tomografias computadorizadas ● Ultrassom Necessidade de internação: ● Disgagia ● Progressão ● Dispneia I Baixo risco de perda da via aérea: vestibular, subperiosteal, corpo da mandíbula, infraorbital, bucal. II Risco moderado de perda da via aérea: Submandibular, submentual, sublingual, submassetérico, temporal e infratemporal. III Alto risco de perda da via aérea: Faríngeo lateral, retrofaríngeo, pretraqueal. IV Risco extremo de perda da via aérea: Espaço perigoso, mediastinal, intracraniano. Gravidade: ● Comprometimento respiratório ● Dificuldade de deglutição ● Comprometimento da visão ou ● movimento ocular ● Alteração da voz ● Nível de consciência diminuído ● Febre ● Letargia ● Desidratação Determinar qual o tratamento: ● Pulpar → Tratamento endodôntico e restaurador. ● Periodontal → Raspagem e alisamento radicular. ● Espaços faciais → Manutenção das vias aéreas, drenagem e exodontias. Antibioticoterapia: ● Antibiótico sistêmico (EV/VO) ● Antibiograma Suporte médico: ● Tratamento das alterações sistêmicas ● Hidratação ● Dieta hipercalórica ● Alívio da dor ● Orientações Pericoronarite São infecções que ocorrem nos tecidos que recobrem um dente, em geral, parcialmente erupcionado. Tratamento: ● Irrigação vigorosa ● Curetagem ● Drenagem se necessário ● Alívio oclusalse necessário ● Antibioticoterapia ● Exodontia ● Infecções orais e maxilofaciais Alveolite É uma alteração que ocorre no alvéolo dental após exodontias. Também chamado de alveolite seca ou alvéolo seco. Causa: ● Suprimento sanguíneo insuficiente ● Aumento da atividade fibrinolítica do coágulo ● Infecção prévia à extração Tratamento: ● Colocação de substâncias que estimulam o reparo ● Curetagem vigorosa ● Irrigação somente ● Promoção do coágulo e sutura Abscesso É o acúmulo localizado de pus no tecido. Celulite É uma infecção das camadas profundas da pele causadas por estreptococos e estafilococos. ● Incisão ● Introduzir instrumento rombo fechado, abri-lo no fundo da penetração e retirá-lo aberto ● Dissecar uma trajetória para o dreno (onde existe maior probabilidade de pus) ● Curativo Angina de Ludwig É uma celulite tóxica, aguda, e firme dos espaços submandibular e sublingual bilateralmente, além do espaço submentual. ● Tratamento em caráter de URGÊNCIA ● Obstrução respiratória (edema epiglótico) Osteomielite Doença óssea inflamatória, iniciando-se como uma infecção bacteriana dos espaços medulares. Tratamento: ● Sequestrectomia: Remoção das peças avasculares e infectadas do osso. ● Saucerização: Remoção das peças avasculares e infectadas do osso assim como as corticais adjacentes, abrindo um defeito ósseo , para cicatrização por 2ª intenção. ● Decorticação: Remoção das peças avasculares e infectadas do osso e promover uma neovascularização naquela área.