Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Estudo de Caso
Edifício Esther
Álvaro Vital Brasil e Adhemar Marinho
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Localização: São Paulo – SP; precisamente no perímetro
conflagrado pela Avenida Ipiranga (frente), Ruas Sete de Abril
e Basílio da Gama (laterais) e Rua Gabus Mendes (fundo)
Erguido em frente à Praça da República.
Área do terreno: 2.100 m²
Área construída: 10.000 m²
Ano do projeto e da obra: 1936 - 1938
Arquitetos responsáveis pelo projeto: Álvaro Vital Brasil e
Adhemar Marinho
Equipe de projetos: Escritório dos próprios autores do projeto.
Ficha Técnica
Mobile User
LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Plantas do Edifício
Acessos ao Edifício
TérreoSubsolo
Planta do Subsolo do Edificio Esther. Em
amarelo está demarcado o local do
restaurante que abrigou Boite Oásis.
Fonte- Revista Politécnica 1938
GARAGEM
Fonte: Tese - Memória de um Projeto Moderno
Fernando Atique
Mobile User
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Plantas do Edifício
Circulação Vertical - Caixas de escada e elevadores
“Vãos livres, plantas adaptáveis ao gosto do freguês” -
Álvaro VItal
1° ao 3° Pavimento - Corporativo 4° Pavimento - Residencial
Halls de entrada para os apartamentos residenciais.
O corredor central é a base dos vazios que cortam o
prédio.
As plantas dos apartamentos dão uma leve variada,
mas basicamente são formados por sala, quartos,
cozinha, banheiro e uma varanda.
Fonte: Tese - Memória de um Projeto Moderno
Fernando Atique
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Plantas do Edifício
Planta dos apartamentos do décimo andar. 
Notar a conformação original do terraço jardim.
10° Pavimento - Residencial7° Pavimento - Residencial
Hall de entrada dos apartamentos e circulações
verticais.
Tipologias maiores.
Fonte: Tese - Memória de um Projeto Moderno
Fernando Atique
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Plantas do Edifício
 11° Pavimento - Residencial
Planta do 11° pavimento.
Notar a continuidade do terraço jardim e a cobertura
dos vazios de iluminação.
Corte transversal do Edificio Esther e 
pequena parte do Edificio Arthur Nogueira
Fonte: Tese - Memória de um Projeto Moderno
Fernando Atique
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Rooftop
O prédio possui uma cobertura, a qual foi o apartamento chef Olivier Anquier. Charmosa e com uma
vista incrível da Praça da Republica em São Paulo, mas atualmente foi transformado em um
restaurante chamado Esther Rooftop, de uma culinária sublime a agradável
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Fachadas
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
 Croquis
Sketch da Fachada Principal
Archdaily
Sala de um Apartamento
Revista Acrópole
Salão para escritórios
Revista Acrópole
Detalhe de um apartamento no 11° andar
Revista Acrópole
ANÁLISE CRÍTICA
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Decisões tomadas pelos arquitetos
Ele foi um dos primeiros prédios da cidade, responsável pelo começo da verticalização
paulistana. Foi também pioneiro no uso misto.
Janelas corridas, pilotis, plantas adaptáveis e terraço jardim, fazem dele um marco
modernista. 
Trata-se de um volume monolítico, e a ideia na época era centralizar tudo que uma
pessoa precisava em apenas um lugar, além de que o volume de pessoas na capital
estava crescendo cada vez mais, então verticalizar os usos em um único lugar era uma
solução inovadora, mas hoje em dia ainda é uma solução muito interessante.
As grandes janelas para se ter vista de todo seu redor, além das duas escadas laterais
também serem fechadas por vidros para que tivesse essa vista. Plantas livres nas áreas
comerciais para serem moldadas ao gosto e necessidade do usuário. Já nas plantas
residenciais, atendia-se o formato de uma cozinha, banheiro, lavanderia, 2 quartos e uma
grande sala que integrava-se com varandas.
Propósitos do Projeto e decisões de caráter projetual
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Decisões tomadas pelos arquitetos
“A pedido da família Nogueira, dona da Usina de Açúcar Esther, para servir como sede da
empresa. Os usineiros queriam um conjunto capaz de oferecer salas comerciais de
diferentes dimensões, e assim abrigar vários tipos de profissional, andares exclusivos para
os escritórios da empresa e, na metade superior, amplos apartamentos, bastante
descolados para os padrões da época. Apostando na variedade de inquilinos, eles
esperavam garantir a receita de aluguéis necessária para bancar os custos mensais do
prédio. Deu certo.” - Revista Veja São Paulo.
Necessidade dos Clientes
DIAGRAMA DE SETORIZAÇÃO
Setorização
Este é o pavimento comercial, composto por uma galeria
e um pequeno espaço para zeladoria.
Estes tres pavimentos são dedicados ao uso corporativo,
escritorios de engenharia, contabilidade e advocacia.
Demais pavimentos reservados para uso residencial.
Circulação vertical: uma das caixas de escada lateral, 
fechada por vidros.
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Mobile User
RELAÇÃO DO EDIFÍCIO E O SEU
CONTEXTO URBANO
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
“Em primeiro lugar, procuramos "ordenar", tornando um terreno irregularissimo, em quasi perfeito
rectangulo. Em seguida, demos-lhe o maximo de luz e sol, cercando-o de ruas. Depois, resolvemos o
problema dos planos "livres e independentes, para atingirmos as mais diversas finalidades.” - 
Estudo topográfico da região - SketchUp
O Edifício com fachada frontal e fachadas laterais
livres, recebendo sol e ventilação. Notamos
também a partir desta fotografia a regularização
do terreno.
Incidência solar e direção dos ventos 
Local de implantação
Mobile User
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Quando o Edifício foi construído, a verticalização ainda era mínima na capital, eram apenas o próprio
edifício e o edifício Martineli que compunham a paisagem. Hoje ele é cercado por vários arranha céus
que abrigam grande empresas, universidades, edifícios institucionais. 
Todo seu entorno forma um conjunto não tão destoante. Os edifícios apesar de diferentes, todos
mantem a pegada modernista, exceto pelo pelo edifício colonial em frente, que abriga a atual
Secretaria de Educação de São Paulo.
Outro destaque é o verde da grande Praça da Republica, também em sua fachada frontal, a qual
recebe todo o sol da tarde.
Relação com o entorno
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Acesso
Acesso
Acesso
Acesso
Acesso
Acesso
Garagem
Subsolo
Acessos de entrada do Edifício - Planta Térreo
Localizado na Cidade de São Paulo, em uma região predominantemente comercial, com alguns
edifícios corporativos e institucionais e pouquíssimos edifícios residenciais. 
A região também é cercada por grandes vias de suma importancia para a cidade, que facilitam a
locomoção de uma região a outra
Via Elevado Pres.
 João Goulart
Av. Ipiranga
Av. São Luis
Av. São João
Corredor Norte-
Su
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
Praça da República
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Localização 
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Volume: 
Trata-se de um volume monolítico plano
Configuração Formal do Edifício
Hierarquia: 
A primeira vista temos sua forma robusta
estruturada em concreto no formato retangular,
em um tom bege mais claro. Em segundo suas
delimitações em um tom mais escuro. Por
terceiro e ultimo, notamos os cheios e vazios que
são compostos pelas sacadas e grandes janelas
em fita.
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Nota-se que hoje a construção não é de impacto
tão grande com relação ao seu entorno, pelas
construções terem características parecidas e por
ser de escala mediana, levando em conta a altura
dos edifícios próximos.
Compatibilidade Formal
Relação com o entorno - Semelhante
Escala: Aproximada com os demais edifícios do
entorno
Cor: As cores dos edifícios são aproximadamente
similares, não destoando muito uns dos outros.
Textura: Similares. Concreto, fachadas com
janelas de vidro..
ESTILO ARQUITETÔNICO
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
O Edifício Esther foi concebido na primeira metade do século XX, um dos mais comentados
produtos da Arquitetura Moderna no Brasil.
Vale ressaltar que tal estéticaaderida para a edificação, se deu por meio dos vínculos de amizade
que Paulo Nogueira Filho tinha com a sociedade paulistana, responsável pela promoção da Semana
de Arte Moderna de 1992.
Um dos Arquitetos responsáveis pelo projeto, também se declarava impressionado com as posturas
arquitetônicas da Vanguarda Europeia, sendo sua maior influência Le Corbusier.
Notamos os princípios Corbusianos que compõem toda a estrutura do Esther, como: 
 Planta livre
Construção sobre pilotis
Terraço jardim
Fachada livre
Janela em fita
Grande maioria dos edificios do entorno são desta época do inicio da verticalização da cidade de
São Paulo, pode-se dizer que a cidade, principamente nesta região é predominantemente
moderna.
Arquitetura Modernista
PLANTA LIVRE
PILOTIS TERRAÇO JARDIM
JANELAS EM FITA
FACHADA LIVRE
TRAÇOS ABAULADOS
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Estruturalmente, é pioneiro no país como edifício
de uso comercial a utilizar a armação de concreto, 
permitindo liberdade na planta e melhor
disposição dos ambientes.
A cor do revestimento externo, amarelo-palha, foi
obtida de um reboco formado com partículas de
mármore amarelo misturadas em cimento branco.
As lajes marcadas por faixas escuras. Revestimento
de argamassa, vitrolite, granito preto no
embasamento e pavimento térreo. Janelas tipo
basculante em ferro "T" e "L". 
Presença forte do vidro incolor nas caixas das
escadas e vidro preto em janelas cegas. 
Materiais Construtivos e Acabamentos
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Uma introdução à modernidade, um dos primeros
exemplares da estética modernista. Seguindo influências
plástico-estruturais apontadas por Le Corbusier, o edifício
foi o primeiro a utilizar os princípios racionalistas (planta
livre, pilares de seção circular, térreo sobre pilotis junto às
galerias, escadas dispostas em volume cilíndrico
envidraçado, terraço-jardim e janelas em fita)
Materialidade x Contexto Urbano
Expressou na época um diálogo fluido com
o entorno e os edifícios vizinhos. Se
encaixando perfeitamente na malha de
edifícios vista de cima, marcando o início de
uma nova era. 
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
Na formação plástica da fachada, a simetria que
marca o rigor geométrico junto as faces de vidro em
abundância pelas janelas, sacadas e caixas de
escada, emoldurando a privilegiada vista à Praça. 
Na altura do quarto pavimento, as reentrâncias das
varandas, formam um jogo de cheios e vazios,
quebrando o formalismo assumido. 
Na cobertura, além do ático, o coroamento ainda
dispõe de grandes apartamentos e terraço jardim,
áreas abertas e descobertas como observa-se nos
andares superiores, conduzindo uma série de
inovações espaciais em resolução à problemática
das tipologias, anteriormente questionadas pelo
público. 
Materialidade x Contexto Urbano
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
 Projetado como um conjunto capaz de oferecer salas
comerciais de diferentes dimensões, e assim abrigar
vários tipos de profissionais, andares exclusivos para os
escritórios da Usina e, na metade superior, amplos
apartamentos, até bastante descolados para os
padrões da época.
Configuração Formal
Na proposta, o edifício com 10 andares (1º ao 3º
pavimento – comercial e 4º ao 10º pavimento –
residencial) e cerca de 8 mil metros quadrados
edificados e distribuídos entre e 103 unidades aos
escritórios e apartamentos, dispõe de plantas variadas,
de dimensões mínimas à apartamentos dúplex.
Mobile User
2 0 2 4 | U N I A R A G U A I A
O acesso vertical é realizado por meio de cinco
elevadores distribuídos linearmente pelo corredor que
corta horizontalmente o bloco, além de volumes
cilíndricos laterais com fechamentos em vidro que
abrigam as escadas, permitindo a entrada de luz
natural difusa
Configuração Formal
Vigas invertidas, de modo a criar tetos planos
permitindo liberdade de subdivisão,
especialmente nos pavimentos destinados aos
escritórios; o espaço entra laje e contra-piso,
equivalente a altura da viga
Bibliografia
https://www.archdaily.com.br/br/888147/classicos-da-arquitetura-edificio-esther-alvaro-vital-brasil-e-adhemar-marinho
https://vejasp.abril.com.br/coluna/morar-em-sp/minibiografia-de-edificios-esther/
https://vejasp.abril.com.br/coluna/sao-paulo-do-alto/edificio-esther-drone
https://revistaprojeto.com.br/acervo/o-edificio-esther-e-a-estetica-do-modernismo-por-luiz-carlos-daher/
https://arquivo.arq.br/projetos/edificio-esther
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-15032021-203341/publico/DissertAtiqueFernandoCorrig.pdf
https://www.archdaily.com.br/br/888147/classicos-da-arquitetura-edificio-esther-alvaro-vital-brasil-e-adhemar-marinho
https://www.archdaily.com.br/br/888147/classicos-da-arquitetura-edificio-esther-alvaro-vital-brasil-e-adhemar-marinho
https://vejasp.abril.com.br/coluna/sao-paulo-do-alto/edificio-esther-drone
https://revistaprojeto.com.br/acervo/o-edificio-esther-e-a-estetica-do-modernismo-por-luiz-carlos-daher/
https://arquivo.arq.br/projetos/edificio-esther
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-15032021-203341/publico/DissertAtiqueFernandoCorrig.pdf

Mais conteúdos dessa disciplina