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BOAS PRÁTICAS PARA MANEJO DE EQUIPAMENTOS EM PACIENTES EM AMBIENTE HOSPITALAR AMA 10° PERÍODO Grupo 2 : Dione Mendes, Iolanda Ferreira, Jaqueline Almeida, João Batista, Rafaella Mata e Thayná Costa Professora: Jaíse Ferreira Artigo 1 Boas práticas na elaboração de dietas enterais em ambiente hospitalar: uma revisão A terapia nutricional enteral (TNE) é de grande importância na recuperação do paciente em estado crítico, necessitando manter qualidade nutricional e microbiológica para atender as necessidades do enfermo. O presente estudo possui uma temática relacionada à situação higiênico-sanitária, e tem como objetivo realizar uma revisão literária sobre as boas práticas nas dietas enterais relacionando-as com as contaminações que podem ocorrer em ambiente hospitalar. Artigo 2 Infecções Urinárias Associadas a Cateter numa Unidade de Queimados: Estudo Epidemiológico Para além das infecções das áreas cutâneas queimadas, as vítimas de queimaduras apresentam também uma susceptibilidade aumentada aos outros tipos de infecção nosocomial. As infecções do trato urinário associadas a cateter (CA-UTI) são das mais comuns nesse contexto, sendo responsáveis por elevada morbilidade, aumento do tempo de internamento e dos custos associados. O objetivo do estudo foi caracterizar as infecções urinárias associadas a cateter numa Unidade de Queimados, bem como os agentes microbianos responsáveis pelas mesmas. URINÁLISE Uma urinálise, ou exame de urina, pode ser necessária na avaliação de distúrbios nos rins e trato urinário e também pode ajudar a avaliar distúrbios sistêmicos, como diabetes ou problemas no fígado. Uma amostra de urina é normalmente coletada usando um método de coleta asséptica ou outro método estéril. Por exemplo, um método para obter uma amostra de urina não contaminada envolve passar um cateter através da uretra até a bexiga. Por que fazer este exame? Para pesquisar distúrbios renais, metabólicos e infecções urinárias Quando fazer este exame? Como um exame de rotina ou quando há sintomas de infecção urinária; como parte da avaliação na gravidez ou no pré-operatório. Amostra: Cerca de 20 mililitros de urina. A primeira amostra da manhã é mais útil. É necessária alguma preparação? Nenhuma. Bioquímica Clínica O que está sendo pesquisado? A urinálise é um grupo de exames químicos e microscópicos. Detecta produtos normais e anormais do metabolismo, células, fragmentos de células e bactérias na urina. Os rins filtram o sangue, eliminando na urina restos metabólicos desnecessários, como ureia e creatinina, e conservando substâncias necessárias e reaproveitáveis, como proteínas e glicose. Alterações da composição da urina podem indicar problemas metabólicos ou problemas renais. Muitos distúrbios afetam a composição da urina, principalmente aumentando a quantidade de substâncias, como proteínas, glicose ou bilirrubina, e células, como leucócitos e hemácias. Concentrações aumentadas de componentes que não são encontrados normalmente em quantidade significativa na urina podem ocorrer porque: A quantidade no sangue está aumentada, e os rins estão eliminando o excesso. A função renal está comprometida por uma doença. Há uma infecção urinária, no caso de bactérias e leucócitos em excesso na urina. Bioquímica Clínica A urinálise inclui três fases: Exame visual, que avalia a cor e a transparência da urina; Exame químico, que avalia 10 componentes da urina que podem estar alterados; Destacando-se : densidade, pH, proteinas e glicose. Exame microscópico, que identifica e determina a quantidade e o tipo de células, bactérias, cristais e outros componentes que podem ocorrer na urina. Destacando-se: Hemácias, leucocitos, celulas epiteliais, bactérias e leveduras. Bioquímica Clínica Garantia da Qualidade em Alimentos BPF em dietas enterais no ambiente hospitalar • A nutrição enteral consiste na administração de alimentos para fins especiais: • Este tipo de produto pode ser industrializado ou manipulado, utilizado de forma parcial na substituição ou complementação da alimentação oral e naso enteral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais. ·• Diante da riqueza em macro e micronutrientes que apresentam as dietas enterais, estas se caracterizam como excelentes substratos para o desenvolvimento microbiano. • A principal complicação infecciosa é a gastroenterocolite, decorrente da contaminação microbiana, durante o preparo e administração das dietas Garantia da Qualidade em Alimentos • Maiores fatores de contaminação de dietas enterais: I. ingredientes não estéreis II. manipulação III. período de administração prolongado IV. uso prolongado ou reutilização do sistema de infusão V.outros equipamentos utilizados no seu preparo De todas as possíveis causas contaminantes de formulações enterais, o contato manual, ou manipulação, é a mais significante fonte de contaminação microbiana no ambiente hospitalar. Os microrganismos responsáveis por aproximadamente 80% das infecções hospitalares são: E. coli, Klebsiella, Enterobacter, Proteus , Klebsiella pneumoniae Garantia da Qualidade em Alimentos Em relação a BPF • Inspeção periódica do estabelecimento e áreas circundantes é feita de forma a diminuir os riscos de contaminação; • Eliminar aberturas nas áreas internas, manter portas sempre fechadas e bem isoladas, eliminando a entrada de pássaros, morcegos e roedores; Fazer inspeção periódica e cuidadosa das instalações. ·• Os produtos prontos para consumo são devidamente identificados com rótulos que informam o nome completo do paciente, nº do prontuário, leito, nome do produto, data de preparo, hora de preparo e validade; • A RDC nº 63 trata sobre rotulagem: toda nutrição enteral preparada deve apresentar rótulo com as seguintes informações: nome do paciente, nº de leito, registro hospitalar, nome da fórmula, volume total, velocidade de administração, via de acesso, data e hora da manipulação, prazo de validade, número sequencial de controle e condições de temperatura para conservação, nome e número no conselho profissional do respectivo responsável técnico pelo processo; Garantia da Qualidade em Alimentos Os laboratórios clínicos (LAC): Realiza manejo de riscos para evitar minimamente possibilidade de acidentes ou praticas de alto riscos que potencialmente podem causar dano tanto ao funcionário quanto ao paciente. Garantia da Qualidade em Análises Clínicas Os Funcionários do laboratório clínico devem: •estar treinado para interromper quaisquer atividades que ofereçam risco imediato; •identificar e registrar qualquer problema relativo à segurança; •iniciar, recomendar ou providenciar ações corretivas para eventuais situações de risco identificadas; •participar e acompanhar a implementação das ações corretivas. Segurança no Laboratório de Microbiologia • As superfícies das bancadas devem ser desinfetadas no final do trabalho ou ao fim do dia ou sempre que ocorrer derramamento/ borrifada de material potencialmente perigoso. • Todos os materiais, espécimes e culturas devem ser desinfetados antes do descarte ou da lavagem para a reutilização. • Os cabelos e barbas devem estar presos de forma que se previna o contato com materiais ou superfícies contaminados. • É proibido colocar quaisquer materiais na boca. • Evitar uso de adornos. • É proibido pipetar com a boca. Garantia da Qualidade em Análises Clínicas EQUIPAMENTOS ESSENCIAIS DE SEGURANÇA Pipetas automáticas é impróprio e arriscado pipetar com a boca. Cabines de segurança biológica para os laboratórios NB-2 e NB-3 Alças de plástico descartáveis. Tubos e frascos com rosca. Autoclaves Cabines de segurança biológica (classes I, II e III) Garantia da Qualidade em Análises Clínicas Procedimentos com elevado potencial para criação de aerossóis favorecem contaminação: centrifugação, homogeneização, agitação vigorosa, abertura de recipientes contendo material onde a pressão interna possa ser diferente da pressão ambiental. Garantia daQualidade em Análises Clínicas Limpeza: Processo sistemático e contínuo para a manutenção do asseio ou, quando necessário, para a retirada de sujidade de uma superfície. É o primeiro passo para reduzir a carga microbiana. Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói ou inativa a maioria dos microrganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos. Esterilização: Processo físico ou químico que destrói todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. Saneante: Substância ou preparação destinada à higienização, desinfecção, esterilização ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos, públicos e privados, em lugares de uso comum e no tratamento da água. CONTROLE DOS MEIOS - Controle (-) Incuba-se apenas o meio de cultura em questão, permite-se prevenir o falso positivo. - Controle (+) Caso não haja crescimento, está faltando algum nutriente. VALIDAÇÃO DO AUTOCLAVE QUALIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO/EQUIPAMENTO - 30 minutos a uma temperatura de 121ºC - Com equipamento já calibrado, coloca-o para funcionar sem amostras. - Termômetro em diferentes pontos do autoclave para ver se atinge 121ºC - Utiliza-se indicador biólogico Garantia da Qualidade em Análises Clínicas Microbiologia Clínica Agentes Etiológicos predominantes em ambiente hospitalar *Candida spp. Trichosporon asahii Enterobacter spp. Fungo Infecções cutâneas (tricosporonose mucocutânea) Fungo Infecção sistêmica, mucocutânea (vaginal, oral) esôfago Bacilo Gram negativo Infecções nisocomiais (trato respiratório e urinário) Bacilo Gram-negativo Infecções do trato urinário, trato gastrointestinal e até meningite. *Escherichia coli *Klebsiella spp. Bacilo Gram-negativo Infecções sistêmicas, pneumonia e meningite. Morganella morganii Bacilo Gram-negativo Infecções do trato urinário, sepse, abscesso, infecções pós-cirúrgicas, síndrome da urina roxa na bolsa coletora, bacteremia, corioamnionite e infecção por mordidas. Microbiologia Clínica Proteus mirabilis *Pseudomonas spp. Stenotrophomonas maltophilia Bastonete Gram-negativo Infecção do trato urinário Bacilo Gram-negativo Infecções primárias da pele e de tecidos moles como foliculite, osteocondrite, além de infecções dos olhos, ouvidos e do trato urinário Bacilo Gram - negativo Infecções pulmonares, infecções urinárias, sepse, infecções de feridas e cirúrgicas Microbiologia Clínica Bacilo Gram- negativo Infecção do trato urinário, septicemia e pneumonia Staphylococcus aureus Cocos Gram-positivo Infecção sistêmica, endocardite, osteomielite, infecção pulmonar Streptococcus agalactiae Serratia spp Coco Gram - positivo Infecção gastrointestinal e geniturinário Microbiologia Clínica *Enterococcus faecalis *Acinetobacter baumannii Bactéria Gram - positiva Infecção do trato urinário, meningite, bacteremia, endocardite, prostatite, infecção em feridas Bactéria Gram - negativo Infecção do trato urinário, pneumonia severa, meningite Microbiologia Clínica Principais meios de cultura Ágar Chocolate Ágar Sangue Ágar Manitol Ágar Sabourad Ágar Cled Ágar MacConkey Antibiograma Ágar Muller Hinton Cultura Ponta de Cateter Hemocultura Comissão de Controle de Infecção Hospitalar A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) é indispensável na prevenção da resistência bacte riana. O farmacêutico como componente da CCIH, está habilitado para avaliar as prescrições hospitalares, propor o uso adequado dos anti microbianos, elaborar juntamente com uma equipe multi - disciplinar um guia de uso de antibacterianos. A padronização deve ser realizada, assim como os exames de identificação do agente infeccioso e sensibilidade dos antimi crobianos, para a correta seleção do fármaco, a prevenção da propagação do patógeno e sua correta eliminação do ambiente. Dione Mendes Confecção do Manual e slide; participação do conteúdo do Manual e slide; participação das idéias de todas as disciplinas, em especial Microbiologia Clínica Iolanda Ferreira Participação do conteúdo do Manual e slide; participação das idéias de todas as disciplinas, em especial Garantia da Qualidade em Alimentos Jaqueline Almeida Participação do conteúdo do Manual e slide; participação das idéias de todas as disciplinas, em especial Garantia da Qualidade em Análises Clínicas João Batista Participação do conteúdo do Manual e slide; participação das idéias de todas as disciplinas, em especial Garantia da Qualidade em Alimentos Rafaella Mata Participação do conteúdo do Manual e slide; participação das idéias de todas as disciplinas, em especial Garantia da Qualidade em Análises Clínicas Thayná Costa Participação do conteúdo do Manual e slide; participação das idéias de todas as disciplinas, em especial Bioquímica Clínica DIÁRIO DE BORDO- GRUPO 2 REFERÊNCIAS FERREIRA, M. de S.; CARVALHO, LM de F..; BEZERRA, KCB. Boas práticas na elaboração de dietas enterais em ambiente hospitalar : uma revisão. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 11, pág. e71891110293, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.10293. SEPÚLVEDA, Luís et al. Infecções Urinárias Associadas a Cateter numa Unidade de Queimados: Estudo Epidemiológico Catheter-Associated Urinary Tract Infections in a Burn Unit: Epidemiological Study. Urológica Portuguesa, p. 33, 2015. Urinálise. LABTESTS ONLINE BRASIL, 2019. Disponivel em: https://labtestsonline.org.br/tests/urinalise. Acesso: 12 nov. 2023. CHUNG, P.H. et al..Urinálise e cultura de urina.Manual MDS, 2022. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/diagn%C3%B3stico- dos-dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/urin%C3%A1lise-e-cultura-de-urina. Acesso em: 12 nov. 2023. Referências https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/84/i05-microbiana.pdf V6_HRC_MANUAL_BOAS_PRATICAS_NUTRICAO_ENTERAL_101215.pd DE SOUZA, Alana. Avaliação da concordância da dispensação de antimicrobianos em relação aos microrganismos isolados em culturas de um hospital no meio-oeste catarinense. RBAC, v. 51, n. 4, p. 351-8, 2019.