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Produzido por:Produzido por: Jefferson BarataJefferson Barata Sarah PinheiroSarah Pinheiro Revisado por:Revisado por: Profª. Msc. Flávia SilvaProfª. Msc. Flávia Silva 1 2 4 5 6 7 8 Anemia Ferropriva Anemia Megaloblástica Alfa Talassemia Beta Talassemia Esferocitose Hereditária Deficiência de (G6PD) 15 17Leucemia mieloide crônica 19Leucemia linfocítica crônica 9Anemia falciforme 11 Anemia hemolítica autoimune por antecorpos quentes 13 Anemia hemolítica autoimune por antecorpos frios 3 22 24 26 Mieloma múltiplo Linfoma de Hodgkin Linfoma não Hodgkin 20Leucemia linfoblástica aguda 28Leucemia mieloide aguda 30Policitemia vera 32Trombocitemia essencial 34Mielofibrose VCM 80 fl Índices hematimétricos HCM 27 pg Achados laboratoriais Hemácias: microcíticas e hipocrômicas Distensão sanguínea Poiquilocitose em formato de lápis Hemácias em formato de alvo Anemia carencial, causada pela deficiência de ferro, sendo a molécula primordial para a produção de hemoglobina. Principais causas: Dieta pobre em ferro Perda sanguínea: Menstruação intensa e hemorragias Má absorção de ferro: doenças gastrointestinais Aumento da demanda: gravidez Formas de diagnóstico Hemograma Dosagem de hemoglobina Ferretina Transferrina sérica 4 Neutrófilos hipersegmentados Hemácias macrocíticas Distensão sanguínea Anemia carencial, causada pela deficiência em vitamina b12 ou ácido fólico, resultando no atraso da maturação do núcleo das células progenitoras, devido a uma síntese defeituosa de DNA. Dosagem vitamina b12 Hemograma Dosagem de ácido fólico Formas de diagnóstico Má-absorção: anemia perniciosa e doença gastrointestinal Principais causas (Vitamina b12) Dieta pobre em vitamina b12 Principais causas (Ácido fólico) Dieta restrita, pobreza Má-absorção de ácido fólico Condições fisiológicas ou patológicas VCM 98 fl Índices hematimétricos HCM 33 pg Hemácias: macrocítica e normocrômica neutrófilos hipersegmentdos Achados laboratoriais 5 Hemácias em formato de alvo Poiquilocitose Caracterizada pela ausência de três genes presentes na síntese das cadeias alfa Traço alfa talassêmico Caracterizada pela ausência de um ou dois genes presentes na síntese das cadeias alfa (Portadores assintomáticos). Doença da hemoglobina H Hidrópsia fetal Ausência de todos os genes que realizam a síntese das cadeias alfa. Considerada a forma mais grave da doença, causando a morte do feto Hemácias: microcíticas e hipocrômicas Índices hematimétricos VCM 82 fl HCM 27 pg Hb 7-11 g/dL Achados laboratoriais Doença genética causada pela produção defeituosa das cadeias de globina alfa, devido a uma mutação no cromossomo 16. Eletroforese de hemoglobinaColoração dos reticulócitos: Preciptação das cadeias β Formas de diagnóstico 6 Distensão sanguínea Células em formato de alvo Corpos de Howell-Jolly Distensão sanguínea Doença genética que afeta a produção das cadeias de globina beta, devido a uma mutação no cromossomo 11. 7 Causada pela falta ou síntese insuficiente das cadeias β, consequente de mutações pontuais. Na maioria dos casos, resulta na herança de duas mutações diferentes que afetam a síntese de DNA. Talassemia beta menor Talassemia beta maior Também denominada de traço β- talassêmico, é causada por mutações em um dos alelos do gene que codificam as cadeias beta. Considerada em geral assintomática, Hemácias: microcíticas e hipocrômicas Índices hematimétricos VCM 82 fl HCM 27 pg Hb 7-11 g/dL Achados laboratoriais Eletroforese de hemoglobina Hemograma Formas de diagnóstico Microesferócitos densamente corados Distensão sanguínea Anemia genética e hemolítica causada por uma alteração na membrana das hemácias. Este fato ocorre devido a um defeito nas proteínas membranares que realizam interação entre o citoesqueleto e a camada lipídica. Formas de diagnóstico HemogramaEletroforese da membrana plasmática 8 Proteínas membranares: Banda 3 Anquirina α espectrina β espectrina Considerada uma herança autossômica dominate VCM Índices hematimétricos HCM Reticulocitose 77-90 pg 32-36 pg 5-20% Achados laboratoriais 9 A anemia falciforme é uma doença hereditária que causa a deformação dos glóbulos vermelhos, comprometendo sua capacidade de transportar oxigênio e aumentando o risco de obstrução dos vasos sanguíneos. A doença é causada por uma mutação genética que afeta um único aminoácido na cadeia de beta-globina da hemoglobina em que o aminoácido ácido glutâmico é substituído pelo aminoácido valina na posição 6 da cadeia β da globina. Apresentando a hemoglobina S, já na hemácia normal temos a presença da hemoglobina A. Normal Falciforme A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, o que significa que, em alguns casos, é passada dos pais para os filhos. A anemia decorre da destruição sistemática das hemácias, por serem anormais e ter vida mais curta. 10 Achados laboratoriais Formas de diagnóstico Distensão sanguínea Hemoglobina: Reduzida (normalmente entre 6-10 g/dL) devido à hemólise crônica. Hematócrito: Baixo, acompanhando a redução da hemoglobina. VCM: Normocítico ou discretamente macrocítico HCM: Normocrômica ou discretamente hipercrômica. RDW: Aumentado, indicando anisocitose. Eletroforese de hemoglobina Exame de sangue periférico (esfregaço) Exame molecular Teste do pezinho Drepanócito (formato de foice) Codócitos (células em alvo) Corpúsculos de Howell-Jolly. 11 Anemia hemolítica autoimune por anticorpos quentes A Anemia Hemolítica Autoimune por Anticorpos Quentes (AHAI) é um distúrbio caracterizado pela destruição prematura das hemácias devido à ação de autoanticorpos, principalmente da classe IgG, que se ligam às hemácias em temperaturas ≥ 37°C. Essa ligação marca as células para fagocitose pelos macrófagos esplênicos, resultando em hemólise extravascular. Os macrófagos do baço reconhecem as hemácias revestidas por IgG e promovem sua fagocitose parcial, formando esferócitos. Essas hemácias esferocitárias são menos deformáveis e acabam sendo destruídas no baço. Achados laboratoriais Anemia normocítica normocrômica (podendo ser macrocítica devido à reticulocitose). Hemoglobina (Hb): Reduzida Hematócrito (Ht): Reduzido VCM: Normal ou levemente aumentado CHCM: Normal ou discretamente aumentado RDW: Aumentado (anisocitose) Reticulócitos: Aumentados (>3-5%) – resposta compensatória da medula óssea. Características clínicas Formas de diagnóstico Distensão sanguínea Esferócitos (hemácias pequenas e sem halo central) Anisocitose (variação no tamanho e forma das hemácias) Macrócitos policromáticos 12 Anemia hemolítica autoimune por anticorpos quentes Apresenta-se como anemia hemolítica da gravidade variável; Paciente apresenta esplenomegalia; Pode ocorrer de forma isolada ou em associação com outras doenças Síndrome de Evans Secundária ao Lúpus eritematoso sistêmico Pode estar associada ao tratamento com metildopa. Teste de Coombs Direto (TCD) – Principal exame para diagnóstico Objetivo: Detecta anticorpos ou complemento ligados às hemácias do paciente. Resultado esperado: Positivo para IgG (às vezes C3d). Teste de Coombs Indireto (TCI) – Avaliação complementar Objetivo: Detecta anticorpos livres no plasma do paciente. Resultado esperado: Pode ser positivo, indicando a presença de anticorpos circulantes contra hemácias. Características clínicas 13 Anemia hemolítica autoimune por anticorpos frios A Anemia Hemolítica Autoimune por Anticorpos Frios (AHAI) é um distúrbio caracterizado pela destruição prematura das hemácias devido à presença de autoanticorpos IgM, que se ligam à membrana das hemácias em temperaturas abaixo de 37°C, geralmente entre 0- 4°C. Essa ligação ativa o complemento, promovendo a hemólise intravascular e extravascular, principalmente no fígado. Auto anticorpos pode ser monoclonal ou policlonal se ligam as hemácias, principalmente na circulação periférica, em que a temperaturado sangue é mais baixa. Anemia hemolítica crônica agravada pelo frio e quase sempre associada a hemólise intravascular; Pode apresentar Icterícia leve e Esplenomegalia; Acrocianose (pele arroxeada nas extremidades) causada pela aglutinação de hemácias nos pequenos vasos. O processo acontece em temperaturas frias, especialmente em regiões periféricas do corpo (mãos, pés, nariz, orelhas). Algumas hemácias não são completamente fagocitadas, mas perdem parte da membrana, formando esferócitos. Formas de diagnóstico Distensão sanguínea Distensão sanguínea apresenta esferocitose menos chamativa e grosseira crioaglutinação de hemácias, excesso de Ig plasmáticas. 14 Anemia hemolítica autoimune por anticorpos frios Teste de Coombs Direto: Positivo para complemento (C3d), mas negativo para IgG. Teste de Coombs Indireto: Pode ser positivo para IgM. Titulação de aglutininas frias: Confirma a presença de anticorpos IgM Anemia normocítica ou macrocítica VCM: Normal ou levemente aumentado Reticulocitose (aumento dos reticulócitos) Achados laboratoriais 15 DEFICIÊNCIA DE GLICOSE-6-FOSFATO- DESIDROGENASE (G6PD) A deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é a enzimopatia mais comum em humanos, afetando aproximadamente 400 milhões de pessoas no mundo. Trata-se de um distúrbio genético hereditário ligado ao cromossomo X, caracterizado pela redução ou ausência da atividade da enzima G6PD, essencial para a via das pentoses-fosfato. Os eritrócitos são altamente vulneráveis ao acúmulo de espécies reativas de oxigênio (EROs), pois transportam oxigênio continuamente. A G6PD impede a oxidação da hemoglobina e da membrana eritrocitária, evitando a lise celular e prevenindo a anemia hemolítica. A deficiência dessa enzima resulta na incapacidade dos eritrócitos de neutralizar o estresse oxidativo, levando à destruição prematura das hemácias e ao desenvolvimento de anemia hemolítica Possui uma herança ligada ao sexo, acometendo homens e sendo carreada por mulheres, que tem aproximadamente metade dos valores médios de G6PD. Algumas situações podem levar o portador a ter episódios de anemia hemolítica aguda, como: infecções, doenças agudas e exposição a fármacos, devido o aumento do estresse oxidativo. Formas de diagnóstico Distensão sanguínea Achados laboratoriais hemácias contraídas e fragmentadas. Presença de corpúsculos de Heinz (hb oxidada desnaturada) 16 DEFICIÊNCIA DE GLICOSE-6-FOSFATO- DESIDROGENASE (G6PD) Anemia normocítica normocrômica (durante crises hemolíticas) Reticulocitose (indica regeneração medular após a hemólise) Aumento dos leucócitos e plaquetas (resposta ao estresse hemolítico) Palidez Icterícia (pele e olhos amarelados) Urina escura (hemoglobinúria) Cansaço e fraqueza Taquicardia Características clínicas Hemograma é normal (entre as crises). Testes de triagem ou dosagem direta para avaliar a deficiência enzimática. Esfregaço sanguíneo → Corpos de Heinz e hemácias mordidas (bite cells) 17 Leucemia Mieloide Crônica (LMC) A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é um tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea, onde são produzidas as células sanguíneas. Nessa condição, ocorre uma produção descontrolada de células mieloides, como granulocítica, eritróide e megacariocítica. Essa proliferação exagerada compromete o equilíbrio normal do sangue. O grande marco da LMC é a presença do cromossomo Filadélfia, uma alteração genética originada pela translocação entre os cromossomos 9 e 22, formando o gene BCR-ABL. Esse gene anômalo codifica uma proteína com atividade de tirosina quinase, que estimula a multiplicação celular de forma contínua. BCR-ABL leva a ativação de vias de sinalização para proliferação celular e inibição da apoptose. Formas de diagnóstico Distensão sanguínea Características clínicas O diagnóstico da LMC é feito por meio de exames laboratoriais e genéticos, como: Hemograma completo, que revela leucocitose com células em diferentes estágios de maturação. Exame citogenético (cariótipo) ou FISH, para identificação do cromossomo Filadélfia. PCR quantitativo, que detecta e quantifica o gene BCR-ABL1. Mielograma e biópsia de medula óssea, usados para avaliar o grau de envolvimento medular. 18 Leucemia Mieloide Crônica (LMC) Equimoses, epistaxe e hemorragia por causa da função anormal das plaquetas. Sudorese noturna excessiva Sensação de plenitude abdominal (devido à esplenomegalia) Anemia Pode ocorrer em qualquer idade (mais frequente entre 40 e 60 anos) e em ambos os sexos. vários estágios da granulopoese (promielócitos, mielócitos, metamielócitos, bastonetes e neutrófilos) Achados laboratoriais Distensão sanguína 19 Sua incidência ocorre principalmente em paciente com idade acima de 60 anos. Fator de risco: histórico familiar de parentes de primeiro grau, com predisposição genética para o desenvolvimento da doença. Considera-se como uma neoplasia hematológica devido a profileração de linfócitos B tumorais. Por se tratar de célula neoplásica, esta possui uma sobrevida prolongada devido a falha de apoptose, levando ao seu acúmulo em diversas regiões como no sangue periférico, medula óssea, fígado, baço e linfonodos. Linfocitose no hemograma Imunofenotipagem: linfócitos CD19+, CD20+, CD5+, CD23+ (padrão típico) Biópsia da medula óssea: infiltrado linfocitário Predomínio de linfocitose 20 Leucemia Linfoblástico Aguda (LLA) A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é um câncer hematológico caracterizado pela produção descontrolada de linfoblastos, que são células imaturas da linhagem linfóide. Esses blastos se acumulam na medula óssea, comprometendo a formação normal dos componentes do sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas. É a leucemia mais comum na infância, especialmente entre 2 e 5 anos, mas também pode ocorrer em adultos. Em adultos, sua incidência é menor, mas apresenta maior agressividade e menor taxa de resposta ao tratamento, tornando o prognóstico mais desafiador. Patogênese: Evento inicial ocorre no feto e o evento secundário possivelmente desencadeado por uma infecção na infância. Surgimento após uma mutação após o nascimento em uma célula precursora linfóide primitiva Formas de diagnóstico Hemograma: pode revelar leucocitose ou leucopenia, com presença de blastos. Mielograma: identifica linfoblastos em grande quantidade. Imunofenotipagem por citometria de fluxo: determina o subtipo linfóide envolvido (B ou T). Exames genéticos e moleculares: investigam alterações como t(12;21), t(9;22) (cromossomo Filadélfia). Características clínicas Os sintomas surgem pela substituição da medula por células leucêmicas e pela infiltração em outros tecidos: 21 Leucemia Linfoblástico Aguda (LLA) Distensão sanguínea e classificação Cansaço e palidez (devido à anemia) Febre e infecções frequentes (neutropenia) Sangramentos como equimoses e petéquias ( devido a trombocitopenia) Dor óssea ou articular Aumento de gânglios linfáticos (linfadenopatia) Fígado e baço aumentados (hepatosplenomegalia) Dor de cabeça, vômitos e rigidez de nuca. A classificação morfológica da LLA foi proposta pelo grupo Franco- Americano-Britânico (FAB) e baseia-se na morfologia dos linfoblastos observados no esfregaço de sangue periférico ou no aspirado de medula óssea. L1: mostra blastos pequenos, uniformes e com citoplasma escasso. L2: blastos maiores com nucléolos proeminentes, mais heterogeneidade morfológica e com citoplasma mais abundante. L3: blastos grandes com nucléolos proeminentes, citoplasma fortemente basófilos e vácuolos citoplasmáticos. 22 Mieloma Múltiplo O mieloma múltiplo (MM) constitui neoplasia maligna de origem hematológica caracterizada pela proliferação desregulada e clonal de plasmócitos na medula óssea; estas células produzem e secretam imunoglobulina monoclonal anômala, ou um fragmento desta, denominado proteína M. Características clínicas As manifestações clínicas do (MM) decorrem da proliferação destes plasmócitos, da produção excessiva de imunoglobulina monoclonal e da supressãoda imunidade humoral normal, levando à hipercalcemia, destruição óssea, insuficiência renal, supressão da hematopoiese e da imunidade humoral ,aumentando o risco para o desenvolvimento de infecções. Plasmócitos, são células que têm a capacidade de produzir anticorpos contra substâncias e organismos estranhos, originam-se a partir dos linfócitos B do sangue, que entram no tecido conjuntivo e diferenciam-se. O quadro clínico é variável, mas pode incluir: Dor óssea (principalmente em coluna e costelas) Anemia Hipercalcemia (náuseas, confusão, constipação) Insuficiência renal Infecções recorrentes (devido à imunossupressão) Achados laboratoriais 23 Mieloma Múltiplo Presença da paraproteína. Soro e urina devem ser testados por eletroforese de imunogloblulinas. Em geral, anemia normocrômica, podendo ser normocítica ou macrocítica. A formação de rouleax é intensa Na doença avançada ocorre neutropenia e trombocitopenia. Aumento de plasmócitos na medula óssea (geralmente >20%), com presença de formas anormais. 24 Linfoma de Hodgkin É uma forma de câncer se origina nos linfonodos do sistema linfático, que inclui principalmente os gânglios linfáticos, baço e amígdalas. Os gânglios linfáticos armazenam linfócitos, que são um tipo de glóbulo branco, responsável por combater infecções. A doença surge quando um linfócito se transforma em célula maligna e, de forma descontrolada, começa a crescer e se disseminar. Há dois tipos de linfócitos, chamados de linfócitos B (ou células B) e linfócitos T (ou células T). O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia linfoproliferativa caracterizada histopatologicamente pela presença de células neoplásicas com variada morfologia denominadas Reed-Sternberg (RS). As células RS, são multinucleada e poliplóide. A classificação histológica Divide o linfoma de Hodgkin em cincos tipos: Nodular com predominância linfocítica; Esclerose Nodular; Celularidade Mista; Depleção linfocitária e Rico em linfócitos. Cada tipo possui um prognóstico diferente. Características clínicas Achados laboratoriais histologia rica em linfócitos 25 Linfoma de Hodgkin Esplenomegalia ou hepatomegalia Compressão de estruturas adjacentes por massas volumosas (mediastino, abdome). Infiltração cutânea. Alguns sintomas sistêmicos podem ser observados em pacientes com doença disseminada, como: febre, prurido, perda de peso, sudorese, fraqueza, fadiga. Anemia normocítica normocrômica. Neutrofilia e Eosinofilia. Nadoença avançada, linfopenia, perda de imunidade celular e plaquetonia. 26 Linfoma não Hodgkin O Linfoma Não Hodgkin (LNH) compreende um grande grupo de neoplasias malignas do sistema linfático, que se originam de células linfóides clonais, ou seja, células do sistema imune que passaram por mutações e começaram a se multiplicar descontroladamente. A maioria dos casos (cerca de 85%) tem origem na linhagem dos linfócitos B, enquanto o restante surge a partir de linfócitos T ou células NK (natural killer). Uma das principais características do LNH é o seu comportamento clínico heterogêneo. Diferente do Linfoma de Hodgkin, que costuma seguir um padrão de disseminação contígua pelos linfonodos, o LNH apresenta um padrão de disseminação irregular e não previsível, podendo afetar tanto linfonodos quanto diversos órgãos fora do sistema linfático. Esse acometimento extranodal é frequente e pode incluir regiões como trato gastrointestinal, pele, sistema nervoso central, entre outros. Classificação De acordo com o grau de agressividade, os LNHs são classificados em dois grupos principais: Linfomas de baixo grau (indolentes): possuem crescimento lento, costumam responder bem à quimioterapia inicial, mas geralmente não são curáveis, apresentando alta taxa de recaídas ao longo do tempo. Linfomas de alto grau (agressivos): crescem rapidamente e demandam tratamento imediato, mas, por outro lado, possuem maiores taxas de cura quando tratados adequadamente. Formas de diagnóstico Características clínicas Distensão sanguína 27 Linfoma não Hodgkin Diagnóstico é realizado a partir da análise de linfonodo, análise imunofenotípica e genética. Linfonodopatia: aumento assimétrico e indolor. Doença disseminada: febre, sudorese noturna e perda de peso. Pacientes com acometimento de medula podem apresentar infecções recorrentes e purpura. Hepatoesplenomegali. Análise de linfonodos Anemia normocítica normocrômica. Doença avançada: neutropenia e trombocitopenia. Células linfomatosas com anomalias nucleares podem ser encontradas no sangue periférico. Biópsia de medula óssea apresenta nódulos proeminentes de tecido linfóide. Classificação FAB 28 Sua incidência ocorre principalmente em adultos, especialmente acima de 60 anos. Podendo ser primária, sem doença prévia, ou secundária após sindromes mielodisplásicas e mieloproliferativas. Dença neoplásica hematológica ocasionada por mutações genéticas nas células tronco mielóides resultando na proliferação descontrolada de blastos na medula óssea e a sua presença no sangue periférico. M1: blastos com poucos grânulos, podendo apresentar bastões de Auer. Repitações internas tadem do gene FLT-3 é a anormalidade genética mais comum nesta doença. M2: blastos com múltiplos grânulos citoplasmáticos. M3: blastos com grânulos proeminentes ou múltiplos bastões de Auer 29 Hemograma Esfregaço sanguíneo Mielograma e biópsia da medula óssea Formas de diagnóstico Imunofenotipagem Análise citogenética e molecular Achados laboratoriais 30 Considerada um tipo de neoplasia mieloproliferativa crônica. Possui como característica a produção excessiva de hemácias pela medula óssea, em alguns casos, também há aumento na produção de leucócitos e plaquetas. Nesta neoplasia, ocorre uma mutação no gene JACK2 (Val617PheP), levando à ativação anormal da via de sinalização responsável pela produção das células sanguíneas. Considerada como uma doença rara, acometendo principalmente idosos de ambos os sexos. Hb elevada Hematócrito elevado Aumento de hemácias Aumento no número de células eritróides circulantes Viscosidade do sangue aumentada Aumento de casos de trombocitose Hipercelularidade megacariocítica Mutação no JACK2 encontra-se presente nos granulócitos da medula óssea do sangue periférico em quase todos os pacientes diagnosticados com a doença. Distensão sanguínea Hemácias normocíticas e normocrômicas; Sem anisopoiquilocitose significativa 31 Formas de diagnóstico Hemograma com aumento do hematócrito e hemoglobina Mutação JAK2 positiva Diminuição da eritropoietina sérica Biópsia de medula óssea (em alguns casos) Achados laboratoriais 32 Fazendo parte das neoplasias mieloproliferativas crônicas, a trombocitemia essencial, leva a uma produção excessiva de plaquetas, devido a uma proliferação excessiva da linhagem megacariocítica. Em aproximadamente 50% dos pacientes que são diagnosticados com a doença, apresentam mutação no gene JACK2 (Val617Phe), e apenas 4% dos casos diagnosticados são causados pela mutação no gene MLP Produção de plaquetas aumentadas Hiperplasia megacariocítica Hemograma geralmente dentro da normalidade Hemograma Contagem de plaquetas Pesquisa de mutações (JACK2) Formas de diagnóstico Raramente se consegue material celular a partir da punção da medula óssea (punção branca) 33 Distensão sanguína Plaquetas grandes e anormais; Fragmentos de megacariócitos Achados laboratoriais Distensão sanguína Hemácia em formato de lágrimas (dacriócitos) 34 Também conhecida como mielofibrose primária, mielofibrose idiopática, mielofibrose primária ou mieloesclerose. A mielofibrose pode ser desenvolvida de forma secundária por outras doenças proliferativas como a Policitemia Vera. Anemia normocítica e normocrômica Leucócitos e plaquetas variáveis Hematopoiese extramedular com eritroblastos circulantes É considerada uma neoplasia mieloproliferativa crônica, caracterizada pela substituição progressiva da medula óssea por tecido fibroso, levando a uma produçãoextramedular como no baço ou fígado (metaplasia meilóide) Na maioria dos casos diagnosticados há mutação no gene JACK2