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Sistema de Transporte: Portos, ferrovias e aeroportos Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 1Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 1 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 © by Ser Educacional Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Imagens e Ícones: ©Shutterstock, ©Freepik, ©Unsplash. Diretor de EAD: Enzo Moreira. Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato. Coordenadora de projetos EAD: Jennifer dos Santos Sousa. Equipe de Designers Instrucionais: Gabriela Falcão; José Carlos Mello; Lara Salviano; Leide Rúbia; Márcia Gouveia; Mariana Fernandes; Mônica Oliveira e Talita Bruto. Equipe de Revisores: Camila Taís da Silva; Isis de Paula Oliveira; José Felipe Soares; Nomager Fabiolo Nunes. Equipe de Designers gráficos: Bruna Helena Ferreira; Danielle Almeida; Jonas Fragoso; Lucas Amaral, Sabrina Guimarães, Sérgio Ramos e Rafael Carvalho. Ilustrador: João Henrique Martins. LORENA, Emmanuelle Maria Gonçalves. Sistemas de Transporte – Portos, ferrovias e aeroportos Recife: Grupo Ser Educacional - 2022. 136 p.: pdf ISBN: 978-65-81507-32-9 1. Transportes 2. Modais 3. Cargas. Grupo Ser Educacional Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro CEP: 50100-160, Recife - PE PABX: (81) 3413-4611 E-mail: sereducacional@sereducacional.com Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 2Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 2 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 Iconografia Estes ícones irão aparecer ao longo de sua leitura: ACESSE Links que complementam o contéudo. OBJETIVO Descrição do conteúdo abordado. IMPORTANTE Informações importantes que merecem atenção. OBSERVAÇÃO Nota sobre uma informação. PALAVRAS DO PROFESSOR/AUTOR Nota pessoal e particular do autor. PODCAST Recomendação de podcasts. REFLITA Convite a reflexão sobre um determinado texto. RESUMINDO Um resumo sobre o que foi visto no conteúdo. SAIBA MAIS Informações extras sobre o conteúdo. SINTETIZANDO Uma síntese sobre o conteúdo estudado. VOCÊ SABIA? Informações complementares. ASSISTA Recomendação de vídeos e videoaulas. ATENÇÃO Informações importantes que merecem maior atenção. CURIOSIDADES Informações interessantes e relevantes. CONTEXTUALIZANDO Contextualização sobre o tema abordado. DEFINIÇÃO Definição sobre o tema abordado. DICA Dicas interessantes sobre o tema abordado. EXEMPLIFICANDO Exemplos e explicações para melhor absorção do tema. EXEMPLO Exemplos sobre o tema abordado. FIQUE DE OLHO Informações que merecem relevância. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 3Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 3 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 SUMÁRIO UNIDADE 1 Objetivos...........................................................................................09 Introdução ........................................................................................10 Temática – Conceitos introdutórios aos Sistemas de Transporte ...11 Temática – Base histórica dos Sistemas de Transporte......................13 Içar velas, levantar âncoras........................................................13 E para não ficar fora dos trilhos................................................14 Partindo para uma próxima estação........................................15 Vamos levantar voo .......................................................................17 Temática – Detalhes característicos dos Sistemas de Transporte.20 Temática – Agências Nacionais dos Sistemas de Transporte.........29 UNIDADE 2 Objetivos ...........................................................................................31 Introdução........................................................................................32 Conceitos e características do transporte aquaviário....................33 Conceitos............................................................................................................33 Características..................................................................................................33 Transporte marítimo.......................................................................34 Embarcações e cargas.....................................................................................34 Tipos de cargas e embarcações ...................................................................35 Infraestrutura e obras para transporte aquaviário.......................38 Obras de engenharia para infraestrutura................................................38 Hidrovias fluviais.............................................................................46 Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 4Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 4 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 Embarcações fluviais.......................................................................48 Tipo de Embarcação fluviais........................................................................48 Dimensões básicas para canais de navegação................................50 Rotina de cálculo para canais fluviais.......................................................51 Largura mínima do canal..............................................................................52 Vão e Altura Livres nas Pontes.....................................................................52 Profundidade Mínima....................................................................................52 Velocidade máxima das águas.....................................................................52 Raios mínimos de curvatura e sobrelargura...........................................53 Porto .................................................................................................53 Portos do Brasil ...............................................................................................53 UNIDADE 3 Objetivos...........................................................................................57 Introdução .......................................................................................58 Planejamento, o projeto e implantação.........................................59 Comparativo entre os modais.....................................................................60 Características dos aeroportos...................................................................61 Componente físico do sistema....................................................................62 Dimensionamento e projeto............................................................68 Conceitos iniciais.............................................................................................68 Objeto de transporte.......................................................................................68 Terminais de Passageiros (TPS).................................................................70 Finger píer..........................................................................................................72 Satélite................................................................................................................73 Linear..................................................................................................................74 Remoto................................................................................................................76 Dimensionamento e Avaliação de Capacidade.......................................79 Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 5Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 5 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 Camadas dos pavimentosBons estudos! Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 58Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 58 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 59 Planejamento, projeto e implantação O planejamento, o projeto e a implantação de um aeroporto envol- vem, normalmente, uma gama de especialidades, de engenharia e de outras áreas que atuam em três principais focos: aeronaves, ter- minais e insumos. Figura 1 – Divisões do aeroporto. Fonte: Lorena (2022). Vejamos! Os profissionais que estudam a viabilidade econômi- ca e realizam desapropriações de áreas e construções como os soció- logos e economistas são essenciais para os primeiros passos quanto a implantação e ampliação de aeroportos. Um ator principal nesse pro- cesso é o engenheiro aeronáutico, ele identifica quais as aeronaves que irão operar no aeroporto e seu dimensionamento quanto a pas- sageiros e cargas, além de identificar e quantificar as necessidades operacionais dos aviões envolvidos e demais conhecimentos. Partindo para as áreas dos terminais temos o apoio dos ar- quitetos que atuam para estabelecer os conceitos arquitetônicos e os planos gerais de áreas do aeroporto. Contaremos com os enge- nheiros mecânicos para os projetos de equipamentos especializados Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 59Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 59 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 60 para atendimento de aeronaves e para o atendimento de passageiros e cargas e de engenheiros eletricistas e eletrônicos para os projetos de iluminação, de sistemas de comunicação, de sistemas de rádio e de rádios-auxílios. Nós, engenheiros civis, somos encarregados dos projetos e execuções de construções dos terminais e projetos de terraplena- gem e pavimentos e seus complementares. Para complementar nosso estudo iremos relembrar a importância do modal aeroportu- ário quanto aos outros modais. Comparativo entre os modais Em 2019, o modal aéreo continuou sendo o principal meio de trans- porte utilizado pelo brasileiro em viagens interestaduais. A parcela de passageiros que utilizaram o avião passou de 67,3% em 2018 para 68,6% em 2019 (ANAC, 2020). Cada vez mais o ser humano vai bus- cando formas de se locomover mais rápido e com mais segurança, além de transportar suas cargas. Iremos comparar itens de infraestrutura de cada um dos mo- dais. A exemplo dos carros que têm dimensões bastante distintas, mas normalmente não há vagas de estacionamento diferenciadas entre as de carros pequenos e as de carros grandes, notamos que montadoras de veículos buscam padrões para otimizar sua fabricação em escala. Nesse contexto, temos os trens que apresentam bitolas dife- rentes, porém padronizadas o que pode aumentar a flexibilidade no uso dos equipamentos trazendo eficiência no modal. A padronização no transporte aquaviário pode ser menor no transporte marítimo, mas claro que uma adequada padronização para utilização dos portos/terminais, no transporte fluvial percebe- -se a padronização para os veículos quanto ao uso de eclusas. No transporte aéreo, a padronização não se faz notar tanto nos aviões, cujas dimensões diferem significativamente, mas, principal- mente, na infraestrutura usada. E esta busca de padronização tem dois focos: a segurança e a economia que se derivam de duas carac- terísticas importantes do transporte aéreo: sua velocidade e alcance. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 60Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 60 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 61 Características dos aeroportos Um aeroporto se caracteriza pelos parâmetros técnicos de suas pis- tas e instalações, tais como: Número, orientação e altitude das pis- tas; Comprimento, largura, pavimento e capacidade de suporte das mesmas; pistas de taxiamento de aeronaves e pátios de seu estacio- namento, dentre outros itens. Pode-se considerar a divisão de um aeroporto em duas par- tes, em função das transferências que ali ocorrem, e onde os veícu- los que nele circulam serem de dois tipos: aéreo e terrestres. Assim, um aeroporto possui um lado aéreo, onde circulam aviões, e um lado terrestre, onde se movem veículos terrestres (ge- ralmente, mas não só, carros e ônibus). E há um elemento – o ter- minal de passageiros (e/ou de cargas) – que se situa entre os lados aéreo e terrestre, nele circulando passageiros (e/ou cargas). Figura 2 – Aeroporto Shandong na China, apresentando o lado ar e terra Fonte (Adaptada) Autor 又黑蜗壳: https://aeroin.net/china-inaugura-mais-um-mega-aeroporto-na-provincia-de- shandong/ Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 61Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 61 06/09/2022 05:14:5706/09/2022 05:14:57 62 Componente físico do sistema • Lado ar: orientação e número de pistas, classificação da pista, elementos geométricos, comprimento de pis- ta, largura, faixa de pista, declividades, acostamentos, Stopway, Clearway, saídas de pista, baías de espera, se- parações e pátios. • Lado terra: áreas de apoio, hangares, parque de combustível, SCI: Seção de Combate a Incêndio, TWR (Tower): Torre de Controle, comissaria e Sala C: Sala de Tráfego. • Infraestrutura Básica: Água, Esgoto, Energia Elétrica, Gás, Lixo e Transportadores contínuos: esteiras e esca- das rolantes. • Acesso Terrestre: Sistema viário (acessos rodoviários, me- tro-ferroviário), Área de Transferência e Estacionamento Rápido, Área de Lojas, Locadoras/Táxis, Estacionamento de Longo Período e Estacionamentos em Geral. Diante das diversidades de áreas, um aeroporto pode ser vis- to como um sistema, composto por subsistemas distintos. Assim, um aeroporto (ponto de transferência) tem uma função geral única: permitir que passageiros e cargas passem de um modo de transpor- te para outro. No entanto, para que esta mudança ocorra, passageiros e cargas passam por etapas com características bastante diferencia- das entre si: por exemplo, dentro do terminal aeroportuário circu- lam passageiros, mas fora dele circulam aviões de um lado e, de uma forma geral, carros de outro. Observem os terminais 1, 2 e 3 do Aero- porto de Guarulhos em São Paulo. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 62Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 62 06/09/2022 05:14:5706/09/2022 05:14:57 63 Figura 3 – Esquema gráfico dos terminais 1 e 2 do aeroporto de Guarulhos-SP. Fonte: https://guia.melhoresdestinos.com.br/aeroporto-internacional-de-sao- paulo-guarulhos-gru-173-4971-l.html Figura 4 – Esquema gráfico do terminal 3 do aeroporto de Guarulhos-SP. Fonte (Adaptado): https://guia.melhoresdestinos.com.br/aeroporto-internacional- de-sao-paulo-guarulhos-gru-173-4971-l.html Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 63Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 63 06/09/2022 05:14:5706/09/2022 05:14:57 64 Dessa forma, mesmo com ambientes tão distintos com sub- sistemas variados, podemos considerar que um sistema aeroportu- ário é constituído com uma homogeneidade interna, mas que geram análises diferenciadas, daí a importância de todos os profissionais envolvidos. Vamos detalhar os sub-sistemas que são eles acesso/ egresso e de vias internas; de estacionamento de veículo (terres- tres); terminal de passageiros; de pátio; de caminhos de circulação de aeronaves; e de pistas. a. sub-sistema de acesso/egresso e de vias internas São caracterizados pela quantidade de faixas de circulação em cada via, e também pelos comprimentos das vias (notando que estes comprimentos são algo que não depende do volume de tráfego, mas apenas da distância do aeroporto em relação à malha viária da região, e da configuração interna do aeroporto). São dimensionados em fun- ção de fluxo de veículos na hora pico (quanto maior o fluxo de veículos, maior a quantidade de faixas de circulação necessárias) e das distâncias existentes entre o sistema viário local e as diversas áreas do aeroporto. b. sub-sistema de estacionamento de veículos(terrestres) Tem como características a área que é dimensionada em fun- ção do número de veículos estacionados simultaneamente (claro que deve ser realizado um cálculo de viabilidade considerando os outros modos de transporte públicos disponíveis para os passagei- ros). Observe o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte em Minas Gerais, quanto a seus estacionamentos para veículos terrestres de uso para os passageiros. Figura 5 – Esquema gráfico do acesso aos estacionamentos do Aeroporto de Belo Horizonte-MG. Fonte: https://site.bh-airport.com.br/SitePages/pt/estacionamento/index.aspx Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 64Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 64 06/09/2022 05:14:5706/09/2022 05:14:57 65 A palavra pax com o sentido de pessoa pode ter sua origem pela abreviação do inglês “passager”, passageiro. (Fonte: https://www.dicio.com.br/pax/) c. sub-sistema terminal de passageiros Esse sub-sistema é caracterizado por área, é dimensionado em função do número de pessoas (pax+acompanhante+funcioná- rio) na hora pico e do nível de conforto medido em pessoas/m2. Figura 6 – Acesso ao terminal de passageiros. Fonte: Pixabay. d. sub-sistema de pátio (estacionamento de aeronaves) Caracterizado por área é dimensionado em função do núme- ro de aeronaves paradas e dos tipos de aeronaves (dimensão dessas VOCÊ SABIA? Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 65Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 65 06/09/2022 05:14:5706/09/2022 05:14:57 66 DEFINIÇÃO aeronaves). Sua área deve permitir o processamento rápido do trá- fego das aeronaves. Figura 7 – Vista do pátio de aeronaves do Aeroporto Eduardo Gomes – Manaus/AM. Fonte: Autor: Portal da Copa https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Manaus- Airport-2014.jpg e. sub-sistema de caminhos de circulação (“taxiways”) As pistas de táxi possuem a finalidade de permitir a movimen- tação segura e rápida de aeronaves para entrar e sair de uma pista de pouso ou decolagem, observando as cargas nas rodas aeronáuticas. Ainda, as pistas de Saída de Táxi precisam de estudos quanto a sua geometria, pois deve permitir a rapidez de saída, assim como men- cionado nos elementos de pistas. Para realizar essas análises, estabe- lece eixo da via de acordo com o movimento curvilíneo das aeronaves. CABECEIRA significa o início da parcela da pista de pouso e deco- lagem destinada ao pouso. Quanto que CABECEIRA RECUADA OU DESLOCADA significa a cabeceira não localizada na extremidade de uma pista de pouso e decolagem. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 66Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 66 06/09/2022 05:14:5806/09/2022 05:14:58 67 VOCÊ SABIA? f. sub-sistema de pistas Caracterizado pelo número de pistas. Quanto ao dimensiona- do é realizado em função do número de movimentos na hora pico (quanto maior, maior será a quantidade de pistas) e dos ventos no local (velocidade e direção), uma vez que, apesar de uma eventual baixa demanda de movimentos na hora-pico, a dispersão dos ven- tos pode exigir mais de uma pista por razões de segurança. • Comprimento: dimensionado em função dos tipos de aero- naves (há aeronaves que operam em pistas curtas, e outras que exigem pistas longas), de seus pesos (quanto mais pesada uma aeronave, maior a pista necessária), fatores ambientais (meteorológicos) e de segurança. • Orientação: caracterizado pela orientação da(s) pista(s), di- mensionado em função dos ventos (velocidade e direção) de forma a minimizar ventos de través (perpendiculares à pista) e da topografia (obstáculos no alinhamento de uma pista po- dem inviabilizar sua operação). • Pavimento: caracterizado em centímetros/polegadas e dimen- sionado em função da carga no solo (peso dos aviões + tipo de trem de pouso), da frequência de uso e da resistência do solo. Os códigos ICAO são construídos em base de regiões definidas pela ICAO, no formato AAAA (4 letras), conforme definido pelo Doc 7910 (Location Indicators) da ICAO (documento reservado). Exemplo: SBSP - Congonhas S - Região ICAO - Letra designada para a América do Sul B - Designação do país do aeroporto - no caso designação do Brasil SP - Código do Aeroporto propriamente dito Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 67Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 67 06/09/2022 05:14:5806/09/2022 05:14:58 68 DEFINIÇÃO Dimensionamento e projeto Conceitos iniciais Olá aluno(a), algumas definições iniciais precisam ser passadas. Elas irão influenciar no nosso dimensionamento. Aeronautas são profissionais habilitados que exercem a função a bordo de aeronave civil: Comandante, Primeiro Oficial, Segundo Oficial, Navegador, Mecânico de Voo, Rádio Operador e Comissários. Aeroviários são profissionais que presta serviços em terra. Exerce função em aeroclubes, escolas de aviação civil, que presta serviços de conservação, manutenção e despacho de aeronaves Algumas responsabilidades são dos militares como o controle do Espaço Aéreo, Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Regulação, regulamentação, homologação operacional. Outras ficam a cargo dos Civis: Planejamento, outorgas, regulação, regu- lamentação e homologação comercial e Administração e Gerenciamento. Objeto de transporte É de extrema necessidade saber algumas informações para fazer o planejamento operacional de uma aeronave (decolagem e aterrisa- gem): O peso do que está sendo transportado e como esse peso é distribuído ao longo da aeronave. Quanto aos passageiros: Peso mé- dio/Peso Passageiro Equivalente e Bagagem. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 68Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 68 06/09/2022 05:14:5806/09/2022 05:14:58 69 Tabela 1 – Peso para cargas em aeronaves. Fonte: RORATO, 2016 Os pesos considerados são Passageiros Co-piloto Combustível para o táxi para F8 Mk100 Comissário Combustível para o táxi para A330 Comandante Comissaria por Trolley Observador Combustível para o táxi para A318 / A319 / A320 Bagagem por Tripulante Adultos (ADT) Pasta Navegação Meia (CHD) Colo (INF) Bagagem Livre despachada por Passageiro Bagagem de mão Permitida por Passageiro 82 Kg 100 Kg 73 Kg 600 Kg 82 Kg 30 Kg 82 Kg 200 Kg 10 Kg 75 Kg 10 Kg 35 Kg 10kg 23 Kg p/ adulto e criança 10kg 05 Kg Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 69Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 69 06/09/2022 05:14:5806/09/2022 05:14:58 70 Terminais de Passageiros (TPS) Nos conectores podem-se encontrar facilidades (lanchonetes, livrarias, lojas, etc.) além das salas de pré-embarque e, nas suas raízes, atividades de filtragem como a vistoria anti-sequestro e a vistoria de passaportes (em voos internacionais). Em aeroportos de grande porte são utilizados tapetes rolantes para minimizar a distância percorrida pelos passageiros. Exemplos: São Paulo/ Guarulhos, Salvador, Paris/Orly e Frankfurt. O Terminal de Passageiros (TPS ou TEPAX) de um aeroporto é a interface entre o “Lado Terra” e o “Lado Ar”. Isto é, faz a ponte entre os modos de transporte terrestre (acesso/egresso) e o transporte aéreo. Do meio-fio ao pátio ou do pátio ao meio-fio. Os componentes se repetem para cada setor. Inadequado para conexões e, de certo modo, para voos internacionais. Este conceito, quando o nível de operação é reduzido, parece ideal. O layout de um terminal linear deve considerar a possível expansão do mesmo para outros conceitos. Nos casos de maior movimento os terminais lineares tornam-se descentralizados, isto é, passam a contar com diversos módulos distintos para embarque e desembarque. Exemplos: Dallas/Fort Worth, Rio de Janeiro/Galeão e São Paulo/Congonhas. VOCÊ SABIA? Como funciona a distribuição de carga em uma aeronave, aponte a camera do seu celular para o QR code. No terminal aeroportuário, o padrão das dimensões das bagagens irá ter uma relação direta com transportadores contínuos e equipamentosde triagem automática e balanças. Há casos, de bagagens de dimensões excedentes serem tratadas de forma distinta. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 70Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 70 06/09/2022 05:14:5806/09/2022 05:14:58 71 Figura 8: Fluxo de operação entre lado terra e lado ar. Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf Observaremos a existência de fatores que influenciam a localização da Área Terminal, como distâncias de taxiamento, acesso ao aeroporto (viário), potencial de expansão, proximidade com outras instalações: de carga, de manutenção de aeronaves, de apoio, incluindo itens de relevo como Topografia e Zonas de proteção desimpedidas, bem como adequabilidade para construção (custos). Assim, geramos o questionamento: Como devemos posicionar o nosso terminal de passageiros? Primeira resposta vem da quantidade de pistas e logicamente as possibilidades de ampliação. Observe que: no caso de uma pista única, o terminal pode estar mais próximo da cabeceira de maior intensidade de uso (maior predominância de operação). Quando da existência de duas Pistas Paralelas: Localizar as instalações preferencialmente entre as pistas. Podem situar-se, entretanto, mais próximas das cabeceiras de acordo com a direção predominante de operação. Para pistas em diferentes direções: Localizar as instalações equidistantes entre as pistas, de modo a minimizar as distâncias de taxiamento. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 71Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 71 06/09/2022 05:14:5806/09/2022 05:14:58 72 Estudaremos agora o formato dos TPS: Finger Pier, Satélite, Linear centralizado e descentralizado e remoto. Figura 9: Representação dos tipos de TPS. Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf O edifício terminal em píer é um conceito centralizado muito utilizado em aeroportos que precisam dispor de uma fronteira aeronave−edificação mais extensa. Neste conceito a interface entre o terminal e as aeronaves se dá em corredores originados em um prédio central. Finger píer Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 72Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 72 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 73 Figura 10 – Modelo tipo Finger Pier http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/material/ Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf Satélite O terminal em satélite surgiu de uma evolução do conceito píer. No caso do satélite, as aeronaves são estacionadas ao redor de uma edificação isolada afastadas do edifício principal do aeroporto. Este edifício (o satélite) é tal que dentro dele se dispõem de componentes de espera e/ou de processamento. Em suma, os passageiros são transferidos das aeronaves de/ ou para um edifício que não é o principal. Os diversos tipos de transporte dos passageiros entre o satélite e o edifício principal criam as variações deste conceito. Estas ligações podem ser: um píer; um conector de superfície; um conector subterrâneo; sistemas de transporte terrestres. Exemplos: Brasília e Paris. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 73Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 73 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 74 Figura 11 – Tipo Satélite Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf Linear O terminal linear é aquele constituído de áreas comuns tanto de processamento de passageiros quanto de espera, tendo saídas diretas para o pátio de aeronaves e apresenta pequenas distâncias a serem percorridas pelos passageiros, desde o meio fio até o portão de embarque a ser utilizado. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 74Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 74 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 75 Figura 12 – Tipo linear centralizado Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/ arquivosUpload/14878/material/Aula%2007%20-%20Terminal%20 de%20passageiros.pdf Figura 13 – Tipo linear descentralizado Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 75Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 75 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 76 Remoto O conceito de “transporter” baseia-se no estacionamento das aeronaves em posições distantes ao edifício terminal e o acesso dos passageiros às aeronaves dá-se por intermédio de ônibus ou salas de embarque móveis. Este conceito afasta os inconvenientes da operação das aeronaves próximo ao edifício principal (poluição sonora). Entretanto, traz a desvantagem de um transporte intermediário onerando assim a operacionalidade do processo. Figura 14 – Tipo remoto Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 76Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 76 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 77 Quadro 1-Vantagens e desvantagens dos tipos de terminais Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 77Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 77 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 78 Para o dimensionamento do TPS devemos perceber as partes que o compõe, temos tanto em operacionais e não-operacionais. Quadro 2 – Áreas dos TPS para aeroportos internacionais. Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2007%20-%20Terminal%20de%20passageiros.pdf Observe os componentes e os níveis de serviços com suas descrições: Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 78Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 78 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 79 Quadro 3 – Nível de serviço Fonte: ICAA 1979. Dimensionamento e Avaliação de Capacidade O dimensionamento e a avaliação da capacidade de um terminal de passageiros é requisito fundamental para planejadores e operadores de aeroportos. A ideia básica da avaliação é aferir se os recursos existentes comportam a demanda existente ou comportarão a demanda projetada, enquanto que o dimensionamento trata de quantificar as necessidades de recursos em função da demanda prevista. a) Identificação da demanda Por identificação da demanda entende-se o processo de situar a demanda por facilidades do TPS quanto ao volume/fluxo, à distribuição temporal e ao tipo de voo em questão (trânsito - conexão, origem e destino, voos internacionais e domésticos, etc.). Esta demanda é fundamental para se determinar a necessidade de instalações. b) Interligações entre os componentes Esta interligação define as sequências possíveis para o embarque, para o desembarque e para o trânsito de passageiros (e respectivas bagagens) domésticos e internacionais. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 79Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 79 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 80 c) Parâmetros dos componentes operacionais São os componentes de processamento, componentes de circulação e componentes de espera. Por componentes de processamento, consideram-se aqueles em que o passageiro e/ou sua bagagem são processados dependendo de uma taxa de serviço específica do componente. Exemplos: check-in, restituição de bagagens, controle de passaportes, etc. Os componentes de espera são os componentes onde os passageiros (e os visitantes) aguardam pela liberação ou pelo horário correto para se dirigirem paraum componente de processamento ou para a aeronave. Exemplos: saguão, sala de pré-embarque, etc. Os componentes de circulação são os componentes por onde os passageiros (e os visitantes) circulam de um componente para outro. Exemplos: corredores, elevadores, escadas rolantes, etc. d) Nível de serviço A capacidade de qualquer instalação ou componente está sempre associada a um nível de serviço. Por exemplo: espaço disponível por pessoa, tempo médio de atendimento, etc. O nível de serviço pode se associar ao que é oferecido ou ao que é percebido. O primeiro é mais facilmente quantificável. O segundo carrega consigo um certo grau de subjetividade. Uma mesma fila (mesmo tempo de espera) pode ser percebida como razoável ou inaceitável, dependendo do passageiro entrevistado. Para componentes de processamento, o nível de serviço pode ser avaliado principalmente através do tempo de atendimento e espera e do espaço físico disponível para cada passageiro. No caso de componentes de espera o nível de serviço pode ser medido através do espaço disponível para cada passageiro ou visitante, da disponibilidade de assentos, do conforto do ambiente, da facilidade de acesso às demais áreas de interesse e da disponibilidade de concessões comerciais entre outros. e) Dimensionamento Alguns métodos podem ser empregados para definir em especial as áreas de cada ambiente do TPS, como: método Braaksma (1983), FAA - Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 80Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 80 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 81 Federal Aviation Administration, ICAA – Internacional Civil Airports Association, CECIA- Comissão de Estudos e Coordenação de Infraestrutura Aeroportuária da DAC de 1980, TRB, STBA. O método utilizado para aeroportos brasileiros, dimensiona os terminais aeroportuários através do índice de conforto A, B e C apontado por Alves (1981) como padrão ICAA e classifica o TPS de acordo com o movimento de passageiros/ ano dividido em: pequeno, médio, grande e especiais. Observe o exemplo no quadro e reflita sobre quais as varia- ções que podem ocorrer nos dimensionamentos. REFLITA Quadro 4 – Dimensões sala de embarque Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 81Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 81 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 82 Informações aplicadas pelo método da Alves (1981) quanto a área total do TPS e o saguão de embarque: Quadro 5 – Área total de TPS e saguão de embarque Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Como detalhamento para o dimensionamento de saguão de embarque, sala de pré-embarque devemos observar os níveis de serviço que já conhecemos e a quantidade de assentos e o índice de dimensionamento considerando área por passageiros (pax). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 82Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 82 06/09/2022 05:14:5906/09/2022 05:14:59 83 Quadro 6– Dimensionamentos de área de embarque e pré-embarque. Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Todos os ambientes devem ser dimensionados quanto à segurança e conforto da operação do TPS. As áreas de check-in devem ser dimensionadas conforme a utilização do TPS em relação a atuação de aeroportos em voos internacionais, domésticos e regionais. Considerando larguras de balcão, espaço em fila, número de pax atendidos, tempo de atendimento e circulação. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 83Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 83 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 84 Vejamos agora como dimensionar a área de vistoria de segurança e de passaportes (para voos internacionais). Quadro 8 – Dimensionamentos de área de passaportes. Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 84Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 84 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 85 Quadro 9 – Dimensionamentos de área de bilhetes e bagagens. Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Quadro 10 – Dimensões para desembarque e bagagem Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Os sanitários devem ser dimensionados considerando a área e os aparelhos sanitários existentes para sanitários masculinos e femininos. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 85Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 85 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 86 Quadro 11 – Dimensões para sanitários Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Não esquecendo da quantidade de assentos na área de desembarque: Quadro 12 – Dimensões de desembarque quanto a assentos Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Área alfandegaria também tem suas regras de dimensionamento: Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 86Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 86 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 87 Quadro 13 – Dimensões para área alfândega Fonte: http://www.civil.ita.br/~claudioj/material.html Camadas dos pavimentos da pista Os principais passos para o dimensionamento de pavimentos flexíveis para aeroportos pelo método da Federal Aviation Administration (FAA) são os que se seguem (conforme Roteiro básico de dimensionamento pelo método da Federal Aviation Administration AC/150/5320-6D - 7/7/95): 1º passo: Determinar o volume de tráfego anual de decolagens, ou Departures ou partidas das aeronaves que utilizarão o pavimento da pista do aeroporto; 2º passo: Determinar o Peso Máximo de Decolagem da Aeronave, ou Gross Aircraft Weight ou peso bruto da aeronave (libras) das aeronaves que utilizarão o pavimento do aeroporto; 3º passo: Determinar a configuração do trem de pouso das aeronaves, que utilizarão o pavimento da pista do aeroporto; 4º passo: Determinar a Capacidade de Suporte do subleito e sub- base do pavimento do futuro aeroporto; O CBR do subleito do pavimento de pistas de aeroportos deverá ser maior ou igual que 3%. Para materiais de base e sub-base de pavimentos de pistas de aeroportos, tem-se que: a) O material da base deve possuir um valor de CBR mínimo igual a 80%. b) Para sub-base o CBR deverá ser maior ou igual a 20%. 5º passo: Utilizar os ábacos e tabelas de dimensionamento da Federal Aviation Administration (FAA), e determinar a espessura total de pavimento para cada aeronave que utilizará a pista do aeroporto; Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 87Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 87 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 88 Tabela 2 - Espessura mínima da base para vários tipos de aeronaves e/ou trem de pousos, com base no peso máximo de decolagem da aeronave. Fonte: https://engftc.files.wordpress.com/2015/11/notas-de-aula-ii-unidade.pdf/ 6º passo: Determinar a maior espessura de pavimento, com base nas várias aeronaves, que utilizarão o pavimento da pista do aeroporto; A camada asfáltica do pavimento da pista do aeroporto de rolamento deve: a) Evitar a penetração da água na base do pavimento; b) Prover uma superfície macia e bem aderida (ou com partículas bem ligadas) livre de partículas soltas, as quais podem por em perigo o avião ou as pessoas; c) Resistir às tensões de cisalhamento causadas pelo carregamento da aeronave; d) Fornecer uma textura antiderrapante; e) Não deve causar prejuízos aos pneus da aeronave. Atende plenamente as exigências apresentadas anteriormente, os CAUQ(s) dosados conforme a Tabela a seguir, que foi elaborada com base na norma FAA - AC.150/5370-10F - 30/09/2011. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 88Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 88 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 89 Tabela 3 - Parâmetros de dosagem para os CAUQ(s) utilizados em pista de asfalto de aeroportos (FAA - AC.150/5370-10F - 30/09/2011) Fonte: https://engftc.files.wordpress.com/2015/11/notas-de-aula-ii-unidade.pdf/7º passo: Determinar o Fator de Trem de Pouso (FTP) de cada aeronave, que utilizará o pavimento da pista do aeroporto, em relação ao trem de pouso da aeronave principal de projeto (ou aeronave para a qual se obteve a maior espessura de pavimento). Os Fatores de Trem de Pouso (FTP), que servem para transformar o número anual de decolagens de uma aeronave com um tipo de trem de pouso, para o número anual de decolagens correspondente a uma aeronave com o trem de pouso da aeronave principal de projeto. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 89Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 89 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 90 Quadro 14 - Fatores de Trem de Pouso, que servem para transformar o número anual de decolagens de uma aeronave com um tipo de trem de pouso, para o número anual de decolagens correspondente a uma aeronave com o trem de pouso da aeronave principal de projeto Fonte: https://engftc.files.wordpress.com/2015/11/notas-de-aula-ii-unidade.pdf/ 8º passo: Para cada aeronave, que utilizará o pavimento do aeroporto, determinar o valor do R2 (ou o número anual de decolagens da aeronave expresso em trem de pouso correspondente ao da aeronave principal de projeto); 9º passo: Para cada aeronave, que utilizará o pavimento da pista do aeroporto, determinar o valor do W2 (ou a carga por roda do trem de pouso principal da aeronave); As equações para obtenção da carga por roda do trem de pouso principal (ou W2), com base no tipo trem de pouso principal das aeronaves, e com base no peso máximo de decolagem das aeronaves (PMDA). Quadro 15 - Fatores de Trem de Pouso. Fonte: https://engftc.files.wordpress.com/2015/11/notas-de-aula-ii-unidade.pdf/ 10º passo: Determinação do valor de R1 para cada aeronave, que utilizará o pavimento do futuro aeroporto, em que R1 é um número equivalente de decolagens anual correspondente à aeronave princi- Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 90Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 90 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 91 pal de projeto, o qual é obtido para cada aeronave em análise que usará a pista. O número equivalente de decolagens anual correspondente à aeronave principal de projeto é obtido pela seguinte equação: Equação 1 – Número equivalente de decolagens. em que: R1 = número anual de decolagens no aeroporto correspondente à aeronave principal de projeto (obtido com base em cada aeronave em análise); R2 = número anual de decolagens no aeroporto de uma aeronave em análise, o qual é expresso em trem de pouso da aeronave principal de projeto; W1 = Carga da roda da aeronave principal de projeto (libras); e W2 = Carga da roda da aeronave em análise, que atuará no aeroporto (libras). Observação: W1 ou carga da roda da aeronave principal de projeto (em libras) é obtida de forma similar como se obtém W2; Equação 2 – Somatório dos R1 em que: R1(total) = somatório dos valores dos R1 das aeronaves, que varia do R1 da aeronave número 1, até o R1 da aeronave número n; R1(total) equivale ao total das decolagens anuais, que ocorrem no aeroporto e são correspondentes às decolagens da aeronave principal de projeto; R1i = número anual de decolagens no aeroporto correspondente à aeronave principal de projeto (para cada aeronave i em análise). Contudo, é utilizada apenas uma equação, a qual corresponde ao trem de pouso principal da aeronave principal de projeto. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 91Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 91 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 92 11º passo: O dimensionamento do pavimento do aeroporto com base: a) No R1(total) da aeronave de projeto; b) No peso máximo de decolagem da aeronave de projeto; c) No tipo de trem de pouso da aeronave de projeto; d) No CBR do material da sub-base; e c) No CBR do material subleito. Figura 15 - Croqui (ou esquema) comumente empregado no dimensionamento das camadas de pavimentos flexíveis de aeroportos pelo método da Federal Aviation Administration Fonte: https://engftc.files.wordpress.com/2015/11/notas-de-aula-ii-unidade.pdf/ Considerando-se o croqui anterior, as equações para o dimensionamento do pavimento flexível da pista do aeroporto são: Equação 3 – Espessuras das camadas em que: T1 = espessura do pavimento a partir da sub-base (in); T2 = espessura do pavimento a partir do subleito (in); ECA = espessura da camada asfáltica (in); Hb = espessura da base (in); e Hsb = espessura da sub-base (in). A obtenção do valor de T1 (ou espessura do pavimento a partir da Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 92Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 92 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 93 subbase) e da ECA (ou espessura da camada asfáltica). Os valores de T1 (ou espessura do pavimento a partir da subbase) e ECA (ou espessura da camada asfáltica) do pavimento podem ser obtido com base nos seguintes elementos: a) Com base no número de partidas (ou decolagens) anual da aeronave de projeto (ou departures); b) Com base no CBR do material da sub-base do pavimento; c) Com base no Peso Máximo de Decolagem da Aeronave de projeto (ou Gross Aircraft Weight) em libras; d) Com base no tipo de trem de pouso da aeronave de projeto; e e) Com base em um dos ábacos de dimensionamento da Federal Aviation Administration AC/150/5320-6D - 7/7/95. Uma vez obtidos os valores de T1 e ECA; Então, com base na equação anterior, é determinada o Hb (ou espessura da base). No dimensionamento, o ábaco da Federal Aviation Administration fornece o valor da ECA (espessura da camada asfáltica ou thickness hot mix asphalt). Quanto que a obtenção do valor de T2 (ou espessura do pavimento a partir da subleito) Os valores de T2 (ou espessura do pavimento a partir do subleito) podem ser obtido com base: a) No número de partidas (ou decolagens) anual da aeronave de projeto (ou departures); b) No CBR do material do subleito do pavimento; c) No Peso Máximo de Decolagem da Aeronave de projeto (ou Gross Aircraft Weight) em libras; d) No tipo de trem de pouso da aeronave de projeto; e e) Em um dos ábacos de dimensionamento da Federal Aviation Administration AC/150/5320-6D - 7/7/95. Uma vez obtido o valor de T2; Então, com base na equação anterior, é determinada o Hsb (ou espessura da subbase). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 93Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 93 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 94 Comprimento de Pista Consideram-se aspectos ambientais não apenas os meteorológicos, mas também os relativos à altitude da pista (que afeta a densidade do ar) e ao greide da pista. Assim, um avião com um dado peso de decolagem – ou de aterragem – necessita de um maior comprimento de pista para esta operação se a densidade do ar diminuir, ou seja, se a temperatura aumentar e/ou se a pressão barométrica cair (ou seja, se a altitude da pista aumentar). Aviões sempre operam com vento de proa. Isto por razões de segurança, uma vez que um vento de proa fará com que a pista necessária para que o avião saia do chão seja menor do que se o vento for nulo. De forma inversa, será necessária uma pista maior se o vento for de cauda (em relação a, por exemplo, um vento nulo). Em termos de planejamento, considera-se a posição conservativa de vento nulo. Da mesma forma, se o greide da pista aumentar (ou seja, se a pista, ao invés de ser totalmente horizontal, for uma pista ascendente). O raciocínio inverso aplica-se às condições apontadas forem invertidas. Como referência, pode-se considerar os seguintes valores: para cada aumento (redução) de 1o C, aumenta-se (reduz-se) o comprimento da pista de 1%; para cada 300 m de aumento (redução) de altitude de pista, aumenta-se (reduz-se) o comprimento da pista de 7%; para cada variação de 1% de greide, varia-se o comprimento da pista de 10%; Por outro lado, para um dado comprimento de pista,uma redução de densidade do ar (causada por aumento de temperatura e/ou um aumento de altitude) implicam um peso de decolagem menor, o mesmo ocorrendo se aumentarmos o greide da pista. Esta dupla abordagem – para um dado peso um dado avião necessita de um determinado comprimento de pista, ou em uma dada pista um avião só poderá decolar com um determinado peso – identifica,respectivamente, o planejamento aeroportuário ou a operação de um avião em um aeroporto. Iniciada a decolagem: Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 94Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 94 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 95 abortar e parar com segurança. Completada a decolagem: iniciar a subida também com segurança. Pesos característicos de um avião. Os aviões têm pesos característicos, que são: peso básico operacional = avião vazio + tripulantes + bagagem dos tripulantes + comissaria (tudo o que é colocado a bordo para servir e atender os passageiros, i.e., comidas, bebidas, jornais, vídeos, papel higiênico, sabonetes, kits, etc.) - carga paga = passageiros + bagagens + carga propriamente dita - peso zero combustível = peso básico operacional + carga paga - combustível total = combustível da etapa + reservas (10% do combustível da etapa + combustível para alternativa + combustível de espera sobre a alternativa) - peso de decolagem = peso zero combustível + combustível total - peso de aterragem = peso de decolagem – combustível gasto. Comprimento de Pista – decolagem sem falha Iniciada a decolagem, abortar e parar com segurança e completar a decolagem e iniciar a subida, também com segurança são requisitos essenciais para a pista de decolagem. Todos os motores uncionando, a corrida de decolagem é definida como 115% da distância para atingir VLOF+L/2 V1 - Velocidade de decisão: velocidade escolhida pelo operador à qual admite-se que, ao ser reconhecida pelo piloto uma perda súbita e total de potência de uma unidade motopropulsora, é possível frear o avião ou continuar a decolagem sem o motor crítico; VR - Velocidade de rotação: velocidade à qual o piloto inicia a rotação da aeronave, levantando o nariz, tirando do chão as rodas do nariz; VLOF - Velocidade para deixar o solo ou de decolagem: velocidade à qual se tira o avião da pista, isto é, inicia o Vôo propriamente dito sustentando-se no ar (lift-off speed); V2 - Velocidade de subida: velocidade mínima com a qual o piloto pode dar início à subida depois de ter passado a 10,70m de altura sobre a superfície da pista durante uma decolagem com um motor inoperante. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 95Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 95 06/09/2022 05:15:0006/09/2022 05:15:00 96 Figura 16 – Esquema pista de decolagem Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2008%20-%20Dimensionamento%20do%20Comprimento%20 de%20Pista.pdf/ Distâncias declaradas: utilizadas para cálculo de pouso e decolagem • TORA (take-off run available) – comprimento declarado da pista, disponível para corrida no solo de uma aeronave que decola; • TODA (take-off distance available) – comprimento da TORA somado ao comprimento da Zona Livre de Obstáculos (clea- rway), se existente; • SDA (accelerate – stop distance available) – comprimento da TORA somado ao comprimento da Zona de Parada (stopway), se existente; • LDA (landing distance available) – comprimento declarado de pista disponível para a corrida no solo de uma aeronave que pousa. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 96Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 96 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 97 Figura 17 – Esquema das faixas da pista de decolagem Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2008%20-%20Dimensionamento%20do%20Comprimento%20 de%20Pista.pdf/ Figura 18 – Prévia das dimensões das pistas Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2008%20-%20Dimensionamento%20do%20Comprimento%20 de%20Pista.pdf/ Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 97Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 97 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 98 Dimensionamento de pista de taxiamento As aeronaves podem sair das pistas com velocidades superiores a 100 quilômetros por hora. Nessas pistas, o raio de curvatura é o parâmetro mais importante pois tem influência com a velocidade. A super largura inicial deve ser superior a 30 metros, para permitir melhor aproveitamento da saída e diminui ao longo da pista até chegar na largura pré-estabelecida para baixas velocidades. Uma boa mudança de direção está entre 30 e 45° (ângulo total). Embora os ângulos menores que 30° permitem melhor visibilidade, quanto menor o ângulo mais demora para o avião deixar a “runway”. O ângulo total é a somatória dos dois ângulos, conforme ilustrado na Figura 20. Comprimento de Pista para pouso O avião sobrevoa a cabeceira da pista passando à altura de 15m (50 pés), com velocidade constante igual a 1,3VS (1,3 velocidade de estol) para as condições de pouso. O comprimento da pista para pouso é tal que a aeronave nestas condições pouse e pare em 60 % do comprimento de pista disponível para pouso. Figura 19 - Esquema da pista para pouso. Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2008%20-%20Dimensionamento%20do%20Comprimento%20 de%20Pista.pdf O avião sobrevoa a cabeceira da pista passando à altura de 15m (50pés) com velocidade constante. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 98Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 98 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 99 Figura 20 – Prévia das dimensões das pistas Fonte: http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14878/ material/Aula%2008%20-%20Dimensionamento%20do%20Comprimento%20 de%20Pista.pdf/ Para o cálculo dos raios de saída deve ser considerado um coeficiente de atrito de 1,13, pois gera uma saída mais suave aos esforços sobre a aeronave. A curva de transição apresenta dois raios, sendo uma curva circular composta. O primeiro Raio (R1) assegura uma transição gradual entre as trajetórias, e o segundo raio (R2) é para evitar gastos excessivos dos pneus. A Equação 1 apresenta o raio de curvatura 1 e o Quadro 10 os coeficientes de atrito. As Equações dos raios utilizam a velocidade em Km/h. Equação 4 – Raio de curvatura 1 da pista de táxi Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 99Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 99 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 100 Quadro 16 – Coeficiente de Atrito em função da velocidade. Fonte: https://alemdainercia.com/2018/09/24/aprenda-a-calcular-pistas-de-taxi- em-aeroportos/ A Equação apresenta o Raio de Curvatura 2 considerando o coeficiente de atrito de 1,13, conforme sugerido anteriormente. Equação 5 – Raio de curvatura 2. Caracterizado pela quantidade e arranjo das entradas/saídas de pista, e também pelo comprimento desses caminhos de circulação. Conhecido o Raio de Curvatura 2, pode-se estabelecer também o comprimento circular de entrada (L1), que utiliza a taxa de aceleração centrípeta (J) com aproximadamente 0,4 metros por segundo ao quadrado por segundo. Diferente do que ocorre no cálculo dos Raios, o comprimento utiliza as velocidades em m/s. A Equação 4 apresenta o comprimento circular, o qual deve ser comparado com o comprimento mínimo. O dimensionado em função do número de movimentos (aterragens + decolagens) na hora pico, quanto maior esse número, maior será a necessidade de entradas e de saídas de pista, que permitirão reduzir o tempo de ocupação de pista e, portanto, aumentar o fluxo possível. Equação 6 - Comprimento circular de entrada. Equação 7 - Comprimento mínimo. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 100Sistemasde Transportes_Ebook completo_SER.indd 100 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 101 O projeto de uma pista de táxi deve ser tal que o afastamento entre a roda externa do trem de pouso principal e a borda da pista de táxi não seja inferior à distância apresentada: Quadro 17– Afastamento da roda externa. Fonte: https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac/ rbac-154/@@display-file/arquivo_norma/RBAC154EMD06.pdf Largura de pistas de táxi: as partes retilíneas da pista de táxi não devem ter largura inferior às larguras apresentadas: Quadro 18 – Largura da pista de táxi Fonte: https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac/ rbac-154/@@display-file/arquivo_norma/RBAC154EMD06.pdf/ Plano de operação de sistemas aeroviários Plano Aeroviário O Plano Aeroviário Nacional - PAN serve para nortear, orientar, integrar e induzir o Planejamento Estratégico da Infraestrutura Aeroportuária Pública de Interesse Nacional. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 101Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 101 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 102 Figura 21 – Panorama da Infra-Estrutura Aeroportuária Aeroportos Públicos Brasileiros e para voos internacionais Fonte: https://www.senado.leg.br/comissoes/CI/1simposio_infraestrutura_e_ logistica/pdf/congresso-%20comiss%C3%A3o%20infra27.11.08.pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 102Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 102 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 103 Plano Aeroviário Estadual O Plano Aeroviário é um documento Estadual. É considerado como o macrodiretor do planejamento integrado do transporte aéreo e da infraestrutura aeroportuária de interesse estadual. O objetivo é selecionar os aeródromos de interesse que estarão aptos a receber recursos financeiros e diretrizes de desenvolvimento. Figura 22 – Demanda por transporte aeroviário no Paraná. Fonte: https://www.infraestrutura.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/ documento/2020-05/v03sumarioexecutivoaerofinal.pdf Olá, aluno(a)! Foi um voo extenso esse nosso, mas muito gostoso de via- jar. O transporte aeroportuário é assim devido a tecnologia envolvida, e nossa função é projetar os dimensionamentos de espaços terrestres para fazer funcionar lá em cima na atmosfera. E isso envolve uma gama de profissionais, e lá estamos nós, SINTETIZANDO Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 103Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 103 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 104 engenheiros, projetando, dimensionando, construindo e mantendo todos os componentes de infraestrutura, o lado ar e terra e suas necessidades de funcionamento, e assim mais uma vez a ligação de itens de topografia, geologia, mecânica dos solos, estradas e de construção civil envolvi- dos. E assim, detalhando pistas, terminais de passageiros, e depois espaço de apoio. A grande novidade desse objeto de aprendizagem foi a jun- ção de conceitos de dimensionamento já compreendidos em disciplinas passadas com as adequações para as neces- sidades dos aeroportos. Nossa atuação é dentro e fora dos aeroportos, incluindo assim as etapas de planejamento dos Estados nos seus pla- nos aeroviários. Desejo mais uma vez um ótimo aprendizado! Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 104Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 104 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 UN ID AD E 4 Objetivos ◼ Conceituar o transporte ferroviário; ◼ Estudar viabilidade técnica, financeira e ambiental das vias férreas; ◼ Dimensionar e projetar obras para infraestrutura e superes- trutura de ferrovias. Sistemas de transporte Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 105Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 105 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 106 Introdução Olá, aluno(a) ! Vamos dar continuidade no nosso estudo de Sistemas de Transporte com o assunto transporte ferroviário, um modal que por bastante tempo, monopolizou o setor de serviços de transporte terrestre de cargas e passageiros no Brasil. E que tem um entendimento pela so- ciedade como um dos solucionadores dos problemas de mobilidade nas cidades. Vamos começar? Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 106Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 106 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 107 Conceitos e características do transporte ferroviário Vamos começar relembrando o que estudamos anteriormente. Vimos no infográfico que apresenta as marcações históricas que a causa principal da queda do transporte ferroviário , entre vários fatores já apresentados, podemos destacar a expansão e melhoria do sistema rodoviário e o direcionamento dos recursos públicos dos governos. O modal ferroviário destina-se a transportar passageiros e cargas. No Brasil, o foco desse transporte é cargas como granéis, produtos siderúrgicos e cargas unitizadas (contêineres). Sendo as cargas típicas das ferroviárias: minério de ferro; aço; carvão mineral; ferro gusa; coque; escória; calcário; derivados de petróleo; álcool; clínquer (sub-produto do cimento); minerais diversos, soja, trigo, milho, e outros. Estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTA) Iniciamos uma via férrea a partir da viabilidade técnica, econômica e ambiental onde são realizados estudos, mensurando os custos investimentos na implantação da linha e dos pátios, na frota de locomotivas e vagões e nos equipamentos e instalações, bem como os custos operacionais e outros custos e a receita operacional para o período de abrangência do projeto, por exemplo, trinta anos. Esses dados, juntamente com os dados socioeconômicos e ambientais, vão compor a avaliação econômica e financeira do projeto. A avaliação econômica considera os ganhos que a ferrovia gera com a redução dos custos de transporte e dos custos de acidentes e a valorização da região servida pela ferrovia, comparando-os com os investimentos e custos operacionais ao longo do período de projeto. Que um pouco difere da avaliação financeira que trata do ponto de vista do operador da ferrovia. O componente ambiental corresponde a um aspecto de suma importância para a análise de viabilidade de um empreendimento. A Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 107Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 107 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 108 identificação de possíveis restrições, tais como a presença de áreas especialmente protegidas, bens tombados, áreas e habitat de espécies endêmicas, entre outros, pode resultar em demandas específicas no licenciamento ambiental, ocasionando um maior custo e tempo do que originalmente previsto, ou mesmo resultar na sua inviabilidade ambiental (parcial ou total). A viabilidade técnica considera o traçado como uma alternativa para a demanda de transporte, porém leva em conta as características com a localização geometricamente praticáveis, procurando atender os ditames de caráter ambiental, bem como os operacionais, financeiros, econômicos e de mercado. Os estudos a serem desenvolvidos no EVTA: estudos de Engenharia, estudos Ambientais, estimativas dos custos do empreendimento, estudos socioeconômicos, definição e cálculo dos benefícios e análise socioeconômica. Um primeiro passo é a caracterização do empreendimento no qual será elaborado um texto com a descrição das principais características técnicas do empreendimento, e seu enquadramento nas políticas públicas. Também deve incluir um mapa de situação do empreendimento. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 108Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 108 06/09/2022 05:15:0106/09/2022 05:15:01 109 Figura 1- Mapa de situação do EVTA da Nova Ferroeste-PR https://www.novaferroeste.pr.gov.br/sites/novaferroeste/arquivos_restritos/ files/documento/2022-05/Volume%202%20-%202%20-%20Mapa%20de%20Situa%C3%A7%C3%A3o.pdf Via permanente: É a via da Ferrovia. Recebeu este nome no passado por ser o único modal terrestre a manter a operação em época de chuvas. VOCÊ SABIA? Estudos de engenharia Os estudos de engenharia possuem como objetivo coletar, analisar e sintetizar os dados e as informações da região de inserção do projeto, bem como descrever e especificar os elementos de projeto que permitirão identificar e quantificar os serviços e materiais necessários para a implantação ferroviária, mediante o desenvolvimento dos estudos de geometria, terraplenagem, hidrologia e drenagem, obras de arte especiais, superestrutura, Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 109Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 109 06/09/2022 05:15:0206/09/2022 05:15:02 110 obras complementares, sistemas de sinalização e telecomunicações, interferências e estimativa de custos. Partindo do estudo do traçado geométrico da melhor alternativa desenvolvida nos estudos previamente citados iremos definir as condições de infra-estrutura da via férrea. Figura 2 – Mapa de alternativa de traçado https://www.novaferroeste.pr.gov.br/sites/novaferroeste/arquivos_restritos/ files/documento/2022-05/Volume%202%20-%203%20-%20Mapa%20das%20 Alternativas%20do%20Tra%C3%A7ado.pdf O traçado geométrico adequado da via férrea permite que ela direcione o tráfego ferroviário nas seguintes condições: para operação segura e confortável para passageiros e cargas para velocidade máxima autorizada; para alta carga por eixo; para procedimento de manutenção que evite acidentes e de menor custo. O Veículo de projeto deve ser constituído pelo veículo que mais solicita a via em termos de Tamanho e tipos de veículos, Pesos dos veículos e do trem tipo, Geometria de carregamento, disposição e número de eixos em cada truque, Tipo de sistema de tração e potência de tração da unidade motriz, Capacidade de frenagem dos veículos individuais e do trem tipo, Capacidade de transporte do veículo de projeto e do trem tipo. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 110Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 110 06/09/2022 05:15:0206/09/2022 05:15:02 111 Características importantes da via/veículo Contato metal-metal A interação veículo-via se dá pelo contato direto das rodas metálicas do trem com os trilhos, que também são metálicos. Isto provoca um desgaste considerável dessas partes devido à grande carga que solicita as rodas. Eixos guiados Diferentemente dos outros meios de transportes, o sistema ferroviário não possui mobilidade quanto à direção do veículo. Seu trajeto é guiado pelos trilhos. Bitola A distância entre os trilhos é uma característica da via e é denominada bitola. Uma via, entretanto, pode ter mais de um tipo de bitola, permitindo que seja utilizada por mais de um tipo de trem. Material rodante - Roda solidária ao eixo Devido à robustez do trem, as rodas são solidárias ao eixo, não permitindo movimento relativo. Como consequência, pode ocorrer o escorregamento entre as rodas e os trilhos quando o trem descreve uma trajetória curvilínea. Além disso, os eixos são montados paralelamente numa estrutura denominada truque. Frisos nas rodas Os frisos nas rodas mantêm o trem sobre os trilhos, evitando um deslocamento lateral que provoque descarrilamento. Conicidade das rodas Centraliza o veículo nos trilhos uma vez que, quando o mesmo se desloca mais para o lado de um trilho, a geometria cônica o faz escorregar pela gravidade de volta para o centro. Projeto horizontal As retas e tangentes (sempre as mais longas possíveis), também deve ser dimensionadas às Curvas circulares: Simples, Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 111Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 111 06/09/2022 05:15:0206/09/2022 05:15:02 112 composta e reversa e as Curva de transição. Igualmente aos cálculos de curvas para projetos de estradas, porém devemos considerar o raio mínimo de 400m para bitolas de 1,00m (DNIT). Superelevação Consiste em elevar a cota do trilho externo de uma curva. Para reduzir o desconforto, o desgaste no contato metal-metal e o risco de tombamento para o lado externo da curva. Figura 3 – Representação do veículo na superelevação. Para o cálculo da superelevação consideramos a superelevação teórica, prática (considera critérios de conforto e segurança) e prática máxima. Fonte: adaptada da ABNT (2019). Fonte: adaptada da ABNT (2019). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 112Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 112 06/09/2022 05:15:0206/09/2022 05:15:02 113 Parte da força centrífuga não é equilibrada, mas a estabilidade é garantida por um coeficiente de segurança. Fonte: adaptada da ABNT (2019). Fonte: adaptada da ABNT (2019). Fonte: adaptada da ABNT (2019). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 113Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 113 06/09/2022 05:15:0306/09/2022 05:15:03 114 Superelevação máxima: evita o tombamento do trem para o lado interno da curva quando este está parado sobre ela. Fonte: adaptada da ABNT (2019). Fonte: adaptada da ABNT (2019). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 114Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 114 06/09/2022 05:15:0406/09/2022 05:15:04 115 Velocidade limite: máxima velocidade com que um trem pode percorrer uma curva que tenha superelevação prática máxima Fonte: adaptada da ABNT (2019). Fonte: adaptada da ABNT (2019). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 115Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 115 06/09/2022 05:15:0506/09/2022 05:15:05 116 Infraestrutura ferroviária A Infraestrutura Ferroviária é composta pelas Obras de Terraplenagem, Obras de Arte Corrente e Obras de Arte Especiais, situadas, normalmente, abaixo do greide de terraplenagem. As seções transversais-tipo apresentam a cota do projeto geométrico que se refere ao eixo da linha férrea no ponto sobre a superfície de terraplenagem. As dimensões das plataformas de terraplenagem obedecem às medidas mínimas: Aterro de linha singela=7metros e corte de linha singela=7metros. Para qualquer tipo de bitola, as plataformas apresentam o mesmo formato, com inclinação recomendada de 3% no sentido da saia do corpo de aterro a partir de seu eixo ou uma inclinação de 3% no sentido do eixo de corte até o dispositivo de drenagem. Figura 4 – Seção-tipo de corte https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/instrucoes-e-procedimentos/instrucoes- de-servicos-ferroviarios/isf-211-projeto-de-terraplenagem.pdf https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/instrucoes-e-procedimentos/instrucoes- de-servicos-ferroviarios/isf-211-projeto-de-terraplenagem.pdf Figura 5 – Seção-tipo de aterro Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 116Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 116 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 117 O cálculo de volumes do movimento de terra considera todas as medidas de escavação e aterro considerando a compensação de massa utilizando o diagrama de Brückner. Alguns cuidados devem ser tomados nas áreas de bota-fora para aterros até 8 metros e acima de 8 até 16 metros. Figura 6 – Bota-fora para até 8m. https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/instrucoes-e-procedimentos/instrucoes- de-servicos-ferroviarios/isf-211-projeto-de-terraplenagem.pdf Localização de bota-fora deve ser distribuída na faixa de domínio da ferrovia, ao longo dos aterros, no caso de aterros de até 8m de extensão recomenda-se que sejam efetuados de um ou dos dois lados da terraplenagem principal, ficando os offsets internos situados no mínimo a 5metros de distância do offset do pé do aterro para cada lado. Nos locais de aterros de altura situada entre 8 m e 16 m convém posicionar o bota fora ao lado de uma ou das duas bermas, aumentando sua plataforma com a mesma inclinação deprojeto até a largura total de 10 m e mantendo o mesmo talude da berma, que poderá ser utilizada como estrada de manutenção da ferrovia. Figura 7 – Bota-fora – aterro entre 8 e 16 metros. Fonte: https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/instrucoes-e-procedimentos/ instrucoes-de-servicos-ferroviarios/isf-211-projeto-de-terraplenagem.pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 117Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 117 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 118 b) Obras de Arte Corrente ou drenagem conforme Instrução de Serviço Ferroviário nº 210 do DNIT que apresenta os elementos básicos de estudos: estudos hidrológicos, projetos geométricos e de terraplenagem, estudos topográficos e geotécnicos. Podendo ser por drenagem superficial e/ou drenagem profunda e/ ou sub-horizontais: drenos sub-horizontais de taludes; b.1) Superficiais: b.1.1) Sarjetas; Figura 8 . Sarjeta https://www.novaferroeste.pr.gov.br/sites/novaferroeste/arquivos_restritos/files/ documento/2022-05/Volume%202%20-%206%20-%20Dispositivos_Drenagem.pdf b.1.2) Valetas: de proteção de crista ou de contorno; laterais ou de captação (montante) e de derivação (jusante); b.13) Descidas d’água ou rápidos; Figura 9 – Valetas de proteção Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 118Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 118 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 119 https://www.novaferroeste.pr.gov.br/sites/novaferroeste/arquivos_restritos/files/ documento/2022-05/Volume%202%20-%206%20-%20Dispositivos_Drenagem.pdf https://www.novaferroeste.pr.gov.br/sites/novaferroeste/arquivos_restritos/files/ documento/2022-05/Volume%202%20-%206%20-%20Dispositivos_Drenagem.pdf b.1.4) Bacias de dissipação; b.1.5) Bueiros: abertos; fechados (tubulares ou celulares); de greide; https://www.novaferroeste.pr.gov.br/sites/novaferroeste/arquivos_restritos/files/ documento/2022-05/Volume%202%20-%206%20-%20Dispositivos_Drenagem.pdf b.1.6) Pontilhões; b.2) Profundas b.2.1) Drenos longitudinais de corte; Figura 10 – Descida d´água de cortes em degraus Figura 11 – Detalhe de bueiro simples Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 119Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 119 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 120 b.1.6) Pontilhões; b.2) Profundas b.2.1) Drenos longitudinais de corte; b.2.2) Espinhas de peixe; b.2.3) Colchão drenante; etc b.3) Sub-horizontais: drenos sub-horizontais de taludes. c) Obras de Arte Especiais Devem ser objeto de projetos específico, seguindo as orientações conforme Instrução de Serviço Ferroviário nº. 216 do DNIT. É desejável que os projetos de OAE sejam iniciados em conco- mitância com os lançamentos de greide do projeto geométrico, possibilitando interação entre seus projetistas, para elaboração devidamente antecipada do plano de sondagens a ser submetido previamente aos órgãos responsáveis. É fundamental que seja o mesmo elaborado de acordo com o conteúdo dos estudos geológicos. c.1) Pontes, pontilhões e viadutos: com estrutura metálica; em concreto armado ou protendido; c.2) Túneis: escavados ou falsos; c.3) Contenções de talude: muros grelhas; cortinas; etc.; c.4) Passagens: superiores; inferiores; travessias (linhas de telecomunicação); condutores de energia em baixa ou alta tensão; tubulações de líquidos ou gases. Superestrutura ferroviária A Superestrutura das Vias Férreas é constituída pela Plataforma Ferroviária e pela Via Permanente as quais estão sujeitas à ação de desgaste do meio ambiente (intempéries) e das rodas dos veículos. A Superestrutura é construída de modo a poder ser restaurada sempre que seu desgaste atingir o limite de tolerância definido pelas normas de segurança e de comodidade de circulação dos veículos ferroviários, Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 120Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 120 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 121 podendo mesmo vir a ser substituída em seus principais componentes, quando assim o exigir a intensidade do tráfego ou o aumento de peso do material rodante. Os elementos principais da Superestrutura e que compõe a Via Permanente são: o Sublastro, o Lastro, os Dormentes e os Trilhos. Os trilhos constituem o apoio e ao mesmo tempo a superfície de rolamento para os veículos ferroviários. Figura 12– Exemplo da superestrutura da via férrea Fonte: Autoria própria (2022). Sublastro Sublastro é uma camada de material que compõe a superestrutura, está posicionada acima da plataforma ferroviária para receber o lastro. A função do sublastro é a de absorver os esforços transmitidos pelo lastro e transferi-los para o terreno subjacente, na taxa adequada à sua capacidade de suporte, evitar o fenômeno do bombeamento de finos do subleito e diminuir a altura necessária de lastro. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 121Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 121 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 122 Figura 13 - Sublastro Fonte: Autoria própria (2022). Os materiais a serem empregados no sublastro poderão ser obtidos in natura (lateritas, cascalhos, solos arenosos, etc.), ou obtidos pela mistura de dois ou mais materiais em usina ou na pista, de modo que o produto resultante tenha sempre as seguintes características: a) IG (Indice de Grupo) - igual a 0 (zero); b) LL (Limite de Liquidez) - máximo de 35; c) IP (Indice de Plasticidade) - Máximo de 6; d) Classificação pela tabela da HRB (Highway Research Board) - grupo A1; e) Expansão - máxima 1%; f) CBR (Indice de Suporte Califórnia) - mínimo de 20. O sub-lastro deverá ser compactado de modo a obter-se peso específico aparente, correspondente a 100% do ensaio de Proctor Normal. A espessura do sub-lastro deverá ser tal que a distribuição de pressões Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 122Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 122 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 123 através do mesmo, acarrete na sua base, uma taxa de trabalho compatível com a capacidade de suporte da mesma. Lastro Lastro é a camada de material situada entre os dormentes e o sublastro, geralmente composta de pedra britada. O lastro tem as seguintes funções: • Distribuir de forma uniforme sobre a plataforma os esforços resultantes das cargas dos; veículos, produzindo uma taxa de trabalho adequado na plataforma; • Impedir os deslocamentos dos dormentes, tanto vertical como horizontalmente; • Formar um suporte, até certo limite de forma elástica, ate- nuando as trepidações resultantes da passagem dos veículos rodantes; • Sobrepondo-se a plataforma, suprimir suas irregularidades, formando uma superficie contínua e uniforme para os dor- mentes e trilhos; • Facilitar a drenagem da superestrutura. Quadro 1 - Propriedades física do lastro https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/instrucoes-e-procedimentos/instrucoes-de- servicos-ferroviarios/isf-212-projeto-de-superestrutura-da-via-permanente-lastro- e-sublastro.pdf/view Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 123Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 123 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 124 Quadro 2 - Propriedades mecânica do lastro https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/instrucoes-e-procedimentos/instrucoes-de-servicos- ferroviarios/isf-212-projeto-de-superestrutura-da-via-permanente-lastro-e-sublastro.pdf/view Os trilhos são elementos da superestrutura da via permanente que guiam o veículo no trajeto e dão sustentação ao mesmo, funcionando como viga contínua e transferindo as solicitações das rodas para os dormentes. Figura 14 – Trecho de detalhe de projeto apresentando o trilho e grampo fixador. Via permanente – trilhos e dormentes Fonte: autoria própria (2022). O trilho é composto de três partes, boleto, alma e patim. É produzido nos comprimentos padrão de 12, 18 ou 24m sendo designado pelo peso que apresenta por metrolinear a exemplo dos mais comuns: TR-37, 45, 50, 57 e 68. Para exercer a sua função é necessário que o trilho tenha dureza, tenacidade, elasticidade e resistência à flexão. A maioria dos trilhos fabricados em todo mundo é de aço-carbono, apesar de serem fabricados em vários países trilhos especiais de aço-liga, de maior vida útil. Os trilhos podem ainda ser tratados termicamente para aumentar a dureza superficial. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 124Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 124 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 125 O trilho é colocado inclinado de 1:20 sobre a vertical e oferece uma superficie de rolamento levemente “boleada”, reduzindo o desgaste do trilho e do material rodante. A vida útil é limitada pelo desgaste do trilho ou pela ruptura por fadiga decorrente do carregamento cíclico. Os trilhos de uma via podem ser montados em duas configurações: trilhos curtos ou trilhos longos soldados. Na montagem dos trilhos curtos os mesmos possuem livre dilatação quando da variação da temperatura, sendo soldados dois trilhos de 18 m ou três de 12 m, permitindo-se uma folga máxima entre trilhos da ordem de 1,5 cm. Os trilhos longos soldados são fixados de modo que impedem sua movimentação nas variações de temperatura, tomando desnecessárias as folgas. O comprimento máximo a ser utilizado deve ponderar o custo de soldagem e transporte com a economia na conservação das juntas. Dormentes Os dormentes são elementos da superestrutura da via permanente que tem por função receber e transmitir ao lastro os esforços produzidos pelas cargas dos veículos. As características necessárias para que o trilho exerça suas funções, são: Dureza; Tenacidade; Elasticidade; Resistência à flexão. Entre os materiais disponíveis, atualmente, é o aço melhor, a estas exigências. Figura 15 – Trecho de projeto demonstrando os dormentes de concreto Fonte: autoria própria (2022). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 125Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 125 06/09/2022 05:15:0606/09/2022 05:15:06 126 Infográfico Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 126Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 126 06/09/2022 05:15:1006/09/2022 05:15:10 127 Fonte: https://www.semas.pa.gov.br/wp-content/uploads/2017/06/rima/RIMA_ FerroviaParaenseSA.pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 127Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 127 06/09/2022 05:15:1306/09/2022 05:15:13 128 Plataforma Ferroviária ou Coroa do Leito Ferroviário é, em princípio, a superfície final resultante da terraplenagem que limita a Infraestrutura. É considerada como suporte da estrutura da via, da qual recebe, através do lastro, as tensões devidas ao tráfego e também às cargas das demais instalações necessárias à operação ferroviária (posteamento, condutores, cabos, sinalização, etc.). Basicamente, a plataforma ferroviária é constituída por solos naturais ou tratados (sublastro), no caso de cortes ou aterros, ou então, por estruturas especiais, no caso de obras de arte. Suas dimensões são definidas pelas Normas e em função de algumas ca- racterísticas técnicas do projeto. Denomina-se Bitola a distância entre as faces internas das duas filas de trilhos, medida a 16 mm, abaixo do plano de rodagem (plano constituído pela face superior dos trilhos) Plataforma ferroviária Olá, aluno(a)! Ao longo deste objeto de aprendizagem você conheceu duas etapas fundamentais para uma via férrea, a infraestrutura e os componen- tes da superestrutura, e observou ao longo do estudo que o Brasil por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) dis- põe de instruções normativas que balizam os dimensionamentos e projetos para a construção e manutenção do modal ferroviário. Também percebeu que alguns itens repassados aqui foram estu- dados em disciplinas anteriores e devidamente adequados os par- ticulares das ferrovias. Assim, Desejo, um bom estudo e oriento a complementar seus conhecimentos utilizando as normas técnicas brasileiras e os materiais disponíveis no DNIT. Sucesso em sua trajetória profissional! SINTETIZANDO Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 128Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 128 06/09/2022 05:15:1306/09/2022 05:15:13 129 Referências Bibliográficas UNIDADE 1 ANAC. Agência Nacional de Aviação Civil. Vídeo oficial ANAC. Acesso em: 12 de fev. de 2022. Disponível em: https://www.youtube.com/c/ OficialANAC ANTAQ. Agência Nacional de Transportes Aquaviário. Vídeo Insti- tucional ANTAQ. Acesso em: 12 de fev. de 2022. Disponível em: ht- tps://www.youtube.com/watch?v=zDCsTURhFAk ANTT. Agência Nacional de Transporte Terrestre. Vídeo O que é a ANTT? Acesso em: 12 de fev. de 2022. 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A disciplina de Sistemas de Transporte vem trazer os conhe- cimentos necessários à atuação do Engenheiro Civil para os estudos de Portos, Aeroportos e Ferrovias, desde conceitos iniciais, passando por conhecimento para estudo, planejamento, projeto e especificação, bem como execução de obra e manutenção dos serviços técnicos. Esses assuntos são considerados como requisitos de habilitação únicos aos Engenheiros Civis e de Fortificação e Construção conforme determina o art. 7 da Resolução nº 218 de 1973 do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). O objetivo desse conteúdo deve permitir a conquista de conhe- cimentos específicos para a atuação profissional em infraestrutura de transportes, nos quais iremos compreender condições para estudo de viabilidade técnico-financeiro-ambiental em Sistemas de transporte, capacidade técnica para especificar, dimensionar, projetar e executar infraestrutura dos transportes. Bem-vindo(a) e bons estudos! Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 7Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 7 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 Autoria Emmanuelle Maria Gonçalves Lorena A professora Emmanuelle Maria Gonçalves Lorena é graduada (2003) em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universida- de de Pernambuco (Poli-UPE) e mestre (2016) em Engenharia Am- biental pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem atuação desde 2003 em projetos, execução e fiscalização em sistemas de transporte e em obras de edificações, e possui expe- riência em docência em ensino à distância e presencial ao nível de formação técnica, de graduação e pós-graduação desde 2006. Curriculo Lattes Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 8Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 8 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 UN ID AD E 1 Objetivos ◼ Distinguir as características dos sistemas de transporte; ◼ Conhecer os dados históricos e atuais dos sistemas de transporte; ◼ Apresentar requisitos regulatórios e técnicos dos sistemas de transporte; ◼ Conceituar as demandas de infraestrutura de transportes no Brasil. Sistemas de transporte Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 9Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 9 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 10 Introdução Ao começarmos nossos estudos iremos passar pelos conceitos ini- ciais e históricos dos principais sistemas de transporte, como tam- bém conhecer suas características, particularidades e as necessi- dades de infraestrutura, como seus requisitos legais por meio de normas e regulamentação. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 10Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 10 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 11 Temática – Conceitos introdutórios aos Sistemas de Transporte Para percorrer os caminhos da disciplina Sistemas de Transporte: Portos, Aeroportos e Ferrovias, começaremos abordando temas con- ceituais que são balizadores dos nossos conhecimentos e promovem o nivelamento no processo de aprendizagem. E será nesse instante que precisaremos compreender que os Sistemas de Transporte são considerados uma junção de componentes que tem como objetivo o deslocamento de pessoas e de cargas para o ponto de destino. Nesse contexto, e apoiados com o nosso entendimento como ser social (coletividade), entendemos que esses componentes têm papéis fundamentais no desenvolvimento de uma sociedade e, de uma forma geral, como fatores para o desenvolvimento sustentável de um país. Um sistema de transporte trata do deslocamento de bens ou pessoas entre pontos de origem e destino. Assim, o transporte é fa- tor essencial ao desenvolvimento de uma empresa, cidade, região ou nação. E dele depende o desenvolvimento de uma localidade em relação à economia e fundamentalmente de itens como: Alimenta- ção, Educação, Energia, Saúde e Transportes. Como parte do nosso cotidiano, percebemos que os trans- portes exibem características variadas quanto à infraestrutura, aos veículos, às condições técnicas, aos custos, aos fatores ambientais e também quanto às necessidades da coletividade. Todos os países necessitam de políticas eficientes de transportes, tanto de cargas como pessoas, interligadas a rotas comerciais globais. O termo in- fraestrutura remete às redes de transportes: rodoviária, ferroviária, aéreo, aquaviário e dutoviário, destacando respectivamente as ro- dovias, estradas e vias, as estações ferroviárias, os aeroportos, as hidrovias e portos, as tubulações e todo o tipo de estrutura similar. Na época atual, atingimos uma grande diversidade de veícu- los de transportes como: automóveis, locomotivas, aviões, navios, dentre outros, com as mais variadas formas de conhecimento, ciên- cia e tecnologia aplicadas. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 11Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 11 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 12 De forma a agrupar os diversos tipos de veículos de transpor- te e suas infraestruturas (vias de acesso, veículos e unidades orga- nizacionais), podemos utilizar o termo “Modal”, como um método ou forma de se realizar o transporte. Buscaremos, no estudo dos modais de transporte e de seus atributos, a compreensão fundamental para fomentar as tomadas de decisões relacionadas à temática de transporte de pessoas e car- gas (Figura 1). Figura 1-Principais modais de transporte Fonte: A autora (2022). O transporte possui inúmeras características, como: Infraestrutura: compreende-se por meio de uma rede de trans- porte fluvial, rodoviária, tubular, ferroviária, aérea, e seus ter- minais; Veículos: como motocicletas, automóveis, ônibus, bici- cletas e aviões,130 06/09/2022 05:15:1406/09/2022 05:15:14 131 DAMEN. Produtos. Disponível em: https://products.damen.com/ pt-pt/ranges/stan-bunker-barge/stan-bunker-barge-8113 Acesso em: 02 de mar de 2022. Documentação da Marinha, 1998. ECO DEBATE. Sancionada lei que exige eclusa em rios para corrigir desnível causado por barragem. 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Instruções de Serviços Ferroviário n. 212 – Projeto de superestrutura da via permanente lastro e sublastro. 2015. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/ i n s t r u c o e s - e - p r o c e d i m e n t o s / i n s t r u c o e s - d e - s e r v i c o s - ferroviarios/isf-212-projeto-de-superestrutura-da-via- permanente-lastro-e-sublastro.pdf/view Acesso: 01 de jun. 2022. NABAIS, R. J. S. Manual Básico de Engenharia Ferroviária. Oficina do texto, 1ª ed., 2014. PARANÁ. Fase 4 – Consolidação da Nova Ferroeste EVTA-J. 2022. Disponível em: https://www.novaferroeste.pr.gov.br/sites/ novaferroeste/arquivos_restritos/files/documento/2022-05/ Volume%202%20-%206%20-%20Dispositivos_Drenagem.pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 136Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 136 06/09/2022 05:15:1406/09/2022 05:15:14 137 Acesso: 01 de jun. 2022. PARANÁ. Mapa de situação. 2022. Disponível em: https://www. novaferroeste.pr.gov.br/sites/novaferroeste/arquivos_restritos/ files/documento/2022-05/Volume%202%20-%202%20-%20 Mapa%20de%20Situa%C3%A7%C3%A3o.pdf Acesso: 01 de jun. 2022. USP. Notas de aula de ferrovia. Disponível em: http://sites.poli.usp. br/d/ptr0540/download/aulaEspecial.pdf Acesso: 01 de jun. 2022. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 137Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 137 06/09/2022 05:15:1406/09/2022 05:15:14motorizados e não motorizados. É importante analisar também a razão do uso do transporte, a finalidade da viagem (estudos, negócios, lazer, esporte, e outras necessidades específicas como ir ao correio, médico e etc). Verificar se é para deslocamento de cargas, como entrega de materiais, co- leta, mudanças, entre outros. Outro ponto importante que deve ser analisado é a sustentabilidade do meio de transporte, a despesa, se ele é público ou particular. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 12Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 12 06/09/2022 05:14:4906/09/2022 05:14:49 13 Temática – Base histórica dos Sistemas de Transporte A nossa evolução tecnológica para o uso dos Sistemas de transpor- te passou e passa por constante avanço, e será nesse momento no nosso estudo que abordaremos um pouco da base histórica quanto aos modais de transportes e depois demonstraremos um panorama mundo e Brasil das suas aplicações e reforçaremos quanto à situa- ção atual no nosso país, e, claro, por final, iremos colocar os pontos de carência, fatores importantes para o estudo técnico e para em- pregabilidade dos Engenheiros Civis. Começaremos a entender como surgiram os transportes e sua infraestrutura, passaremos um pouco a pensar que a forma de se locomover é uma constante necessidade do ser humano, buscando sempre um meio de transpor obstáculos e alcançar localidades dis- tantes, em tempo cada vez mais reduzido, com segurança e baixo custo (Figura 2). Figura 2 - Relação tempo, custo e segurança Fonte: A autora (2022). Içar velas, levantar âncoras... A partir da necessidade de deslocamento, alguns povos da anti- guidade iniciaram o processo de navegação e criaram as primeiras embarcações, consideradas de pequeno porte, com a finalidade de realizar novas conquistas territoriais, troca de mercadorias e tam- Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 13Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 13 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 14 bém como apoio às batalhas. Podemos dizer que, entre os séculos VII e XI, as embarcações já se apresentavam mais ágeis e fáceis de manobrar, percebendo uma constante evolução, e, com a chegada da Idade Média, os europeus que já detinham dos povos da Idade Antiga conhecimentos de limites dos territórios. Foi desta forma que o ser humano avançou em novos conti- nentes com grandes navegações, na dita Era dos descobrimentos, entre os séculos XV e XVII, quando os povos da Europa atuavam em novas rotas comerciais pelos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e essas descobertas resultaram no mapeamento do mundo, contatos culturais com outros territórios e demarcações de fronteiras. E para não ficar fora dos trilhos... Os historiadores destacam que o traçado das locomotivas a vapor pode ter sido iniciado quando, em 1698, Thomas Savery usou má- quinas a vapor para mover carvão para fora das minas. E, antes dele, foram registradas várias outras tentativas para chegar à primeira locomotiva a vapor. Foi no ano de 1803 que o engenheiro inglês Richard Trevithick construiu um veículo a vapor similar a uma locomotiva, que pesava 5 toneladas e se locomovia de forma lenta a 5 km/h. Os dados histó- ricos comentam que ele teve apenas a ideia de associar o mecanismo de máquinas a vapor com a locomotiva sobre trilhos de ferro. Podemos dizer que a ideia de James Watt, em 1763, de pro- jetar um caminho cilíndrico para que um pistão dentro pudesse se deslocar foi precursora para os demais caminhos. As bases históricas dão crédito a George Stephenson (Ingla- terra) a ser o verdadeiro criador da tração a vapor em estrada de ferro, pois compreendeu o princípio de aderência de rodas lisas em uma superfície lisa. E a partir de suas construções, como a locomo- tiva Blücher (1813) puxando 8 vagões com 30 toneladas. Mas, só a partir de 1840 o crescimento tecnológico advindo da Revolução In- dustrial promoveu o aumento das construções de ferrovias na In- glaterra, sendo fator histórico no tocante à economia. Assim, as primeiras ferrovias dispunham de grandes índices de acidentes. Somente no meio do século XIX apresentaram signi- Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 14Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 14 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 15 ficativas inovações tecnológicas para melhorar a segurança desse transporte em estradas de ferro. Um destaque foi o ano de 1869, quando o inventor George Westighouse (EUA) patenteou o freio a ar no qual os trens poderiam reduzir ou parar de forma mais rápida e segura dos que os freios já existentes. Nessa época, outras patentes surgiram, como o Dispositivo de Engate de Vagões de forma automática registrado por Ely Janney (EUA), invenção que reduziu acidentes de empregados e encarre- gados do processo de operação de freios e chaves. Ainda em 1872, o engenheiro William Robinson (EUA) registrou a patente do Circuito de Linha para sistemas de sinalização de forma automática. Partindo para uma próxima estação... A ferrovia no Brasil teve sua primeira tentativa de origem no ano de 1835 quando o Regente Diogo Antônio Feijó concedeu favores por meio de lei para quem construísse e explorasse uma linha de ferro ligando o Rio de Janeiro, na época capital do império, até as capi- tais das províncias de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia. Porém, não alcançou sucesso, por não haver interessados na demanda. Ainda, em 1836, houve a criação de um plano de viação que também não obteve os resultados desejados. Poucos anos depois, outra tentativa que fracassou, quando, em 1840, o inglês Thomas Cockrane conseguiu, com bastantes di- reitos e privilégios, a concessão da estrada de ferro que ligava Rio de Janeiro a São Paulo, porém não ocorreram os investimentos neces- sários por ausência de credibilidade no negócio. Mas, depois dessas tentativas, em 1852 foi iniciada a constru- ção da estrada de ligação entre o Porto de Mauá e a Raiz da Serra, em Petrópolis, por meio da iniciativa de Irineu Evangelista de Souza e do Barão de Mauá. Assim, foi inaugurada a primeira Estrada de Fer- ro do Brasil, com 14,5km de extensão percorridos pela locomotiva chamada de “A Baroneza”. De origem Inglesa, a locomotiva possuía sete metros e meio de comprimento, dois metros e meio de largura e pesava 17 toneladas. (Figura 3). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 15Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 15 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 16 Figura 3 – Locomotiva A Baroneza em 1854 Fonte: https://amantesdaferrovia.com.br/blog/a-baroneza-o-primeiro-trem-do-brasil Figura 4 – Locomotiva A Baroneza nos tempos atuais Fonte: https://amantesdaferrovia.com.br/blog/a-baroneza-o-primeiro-trem-do-brasil Tanto em locomotivas quanto em infraestrutura se deu a evo- lução e o Brasil experimentou três fases: 1ª Fase, antes da 2ª Grande Guerra, na qual as linhas, na sua maioria, eram construídas e conce- didas a empresas estrangeiras, e suas construções eram realizadas de forma manual, com a utilização de tropas de mulas para os trabalhos de terraplenagem; na 2ª Fase, na 2ª Grande Guerra, foram incorpo- radas as primeiras máquinas para os movimentos de terras, trazendo maior qualidade na geometria das construções; e, na 3ª Fase, após a 2ª Grande Guerra, a introdução da engenharia com a ciência da Me- cânica dos Solos e dos levantamentos aerofotogramétricos. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 16Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 16 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 17 Vamos levantar voo... São antigas as lendas que o homem arquitetou e construiu en- genhosas ideias para realizar a ação de voar. Historicamente há algumas tentativas registradas de levantar voo. Abordaremos os atos de Arquitas de Tareto (400 a.c.), que realizou a experiência de construir uma máquina que voasse, e o registro de que, algum tempo depois, Leonardo da Vinci realizou seus projetos, enquantoque, em 1856, Jean-Marie Le Bris alega ter levantado voo. Em 1883, Jonh Joseph Montgomery realizou um voo considerado o primeiro com um planador. Podemos destacar como peças fundamentais para a aviação Santos Dumont e os irmãos Wright que, por meio de experimenta- ções e cálculos, e logicamente dos avanços tecnológicos já alcan- çados na época, trouxeram a aviação para um outro nível. Santos Dumont voou com um dirigível e o famoso 14-bis, voando por 21 segundos em uma distância de 200 metros e a 6 metros de altura nesta máquina (Figura 5 e 6). Figura 5 – 14 Bis decolando Fonte: https://aeroin.net/ha-106-anos-voava-o-14-bis/ Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 17Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 17 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 18 Figura 6 – Réplica do 14 Bis https://www2.fab.mil.br/musal/index.php/aeronaves-em-exposicao/55-avioes/142-14bis Alberto Santos Dumont (1873-1932) foi um aeronauta, esportista, autodidata e inventor brasileiro conhecido como “O pai da aviação”. VOCÊ SABIA? Infográfico No infográfico, você pode entender as ações políticas quanto aos Sistemas de Transporte no Brasil. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 18Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 18 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 19 Fonte: A Autora Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 19Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 19 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 20 Temática – Detalhes característicos dos Sistemas de Transportes Para discutir os modais de transporte e suas características, abordare- mos a matriz de transportes na perspectiva mundial. Nesse momento, poderemos interacionar investimentos em infraestrutura e a atuação da Engenharia Civil para o equilíbrio das necessidades de transporte no mundo, gerando um comparativo com os dados no Brasil. Observaremos no gráfico a seguir as matrizes de transporte e suas parcelas em alguns países, incluindo o Brasil. Figura 7: Matriz de Transportes nos países (% de TKU). Fontes: ILOS (2020). Percebemos que a utilização dos diferentes modais para transporte de cargas no Brasil apresenta um desequilíbrio, com maior parcela em transporte rodoviário, com 61%, enquanto que os demais modais juntos alcançam uma soma bem inferior, onde des- tacamos o transporte aquaviário com 12% em transporte por cabo- tagem (iremos abordar esse termo técnico de forma mais detalhada em outro objeto de aprendizagem, mas por ora, iremos entender cabotagem como um transporte por via marítima de porto a porto por litoral do país); e apenas 2% em transporte hidroviário (consi- derando os meios diferentes de cabotagem). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 20Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 20 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 21 É importante colocar que o litoral brasileiro possui cerca de 11 mil quilômetros de extensão, isso representa 2,9m de litoral por cada km² de extensão. Os demais países em destaque no gráfico apresentam os seguintes dados quanto à porcentagem de uso do transporte por meio das águas e suas relações litoral versus exten- são territorial: Japão: 44% do seu modal é por meio de Cabotagem, país que apresenta um litoral de aproximadamente 30 mil km de extensão e uma proporção de 79 m / km², demostrando que a faixa litorânea é bastante extensa quanto ao seu território. A China, por sua vez, apresenta 25% nesse modal por Ca- botagem mais 24% em demais meios hídricos, sendo um país com grande extensão territorial, mas apresenta uma taxa de 1,5 m/km² quanto à relação litoral/extensão. Assim, aluno(a), é sempre impor- tante relacionar a geografia e fatores culturais com investimentos financeiros de infraestrutura de transporte. REFLITA Dessa forma, você, leitor, deve, sempre que encontrar nos seus es- tudos e na sua atuação profissional, gráficos, tabelas e quadros, agir de forma crítica e buscar sua reflexão dos dados. Claro que sabemos e vivenciamos as necessidade e carências no nosso Brasil e que a in- fraestrutura em transporte pode ser a solução para vários proble- mas de gestão política, econômica e social. Sugiro, nesse momento do nosso estudo, que uma análise crítica desse quadro seja realizada, gerando uma discussão acerca das pos- síveis soluções com o apoio da Engenharia Civil. No Brasil, a distorção apresentada no Gráfico 1 pode ser atenuada por meio de previsões orçamentárias pelo Ministério dos Transportes. A matriz brasileira de transporte regional de cargas se concentra, na modalidade de transporte terrestre, em duas modalidades: ro- doviário e ferroviário. Vamos, agora, detalhar os modais terrestres: rodoviário, ferroviário e dutoviário. Lembrando que os modais ro- doviário e dutoviário estão contemplados aqui para promover um comparativo entre os modais, visto que não são abordados em de- talhes nesta disciplina. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 21Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 21 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 22 A exemplo dos termos utilizados no transporte ferroviário como BITOLA, que é a distância entre as faces internas dos bole- tos dos trilhos, tomada na linha normal a essas faces, 16 mm abaixo do plano constituído pela superfície superior do boleto. E BOLETO, que é a parte superior do trilho, sobre a qual deslizam as rodas dos veículos. Mais detalhes desses iremos abordar em outro objeto de aprendizagem, porém, enquanto isso, você pode explorar os docu- mentos disponíveis no link acima. ◼ Modal Rodoviário No modal rodoviário, o suporte físico utilizado é a rodovia, um bem público ou exclusivo, usufruído de maneira extensiva, ao qual o uti- lizador pode ter acesso individual ou coletivo, de maneira integral, desde que obedeça determinadas regulamentações e leis gerais, inerentes ao trânsito de veículos. O modal rodoviário é considerado fundamental para que a multimodalidade aconteça, sendo o mais utilizado no transporte de mercadorias, nas exportações, nas importações, nas viagens de curta e de médias distâncias, utilizando rodovias, estradas e ruas. O transporte rodoviário pode: transportar praticamen- te qualquer tipo de carga; trafegar por qualquer via; transporte porta-a-porta (door to door). Em destaque, tem-se que o espaço no veículo pode ser fretado em sua totalidade (carga completa) ou apenas frações de sua totalidade (carga fracionada). Nesse sen- tido, o fracionamento do espaço de carga do veículo possibilita a diversificação de embarcadores em um mesmo transporte. Em contrapartida, observa-se alguns pontos fracos, como pequena capacidade de carga comparada a outros modais, alto cus- to de sua estrutura, sendo considerado um transporte relativamente oneroso. Ainda se nota a presença de custos extras na operação com os congestionamentos, má conservação das rodovias e custos com o uso de escolta de segurança. Segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), no ano de 2020 o Brasil possuía cerca de 120mil km de malha rodovi- ária federal (somadas as extensões pavimentadas (64mil km), não pavimentada e planejada), das quais as vias pavimentadas são con- centradas de Minas Gerais (12,6%) e Bahia (9,9%). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 22Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 22 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 23 Figura 8: Mapa rodoviário brasileiro Fonte: https://gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/map-rodo-pdf ◼ Modal Ferroviário No modal ferroviário, o suporte físico que é disposto como apoio é a Ferrovia. Apesar de poder ser um bem público ou privado, é utili- zado de forma intensiva, administrado por empresas qualificadas, com permissões exclusivas para exploração, alcançado por meio de aceitação do poder público e cujo comportamento lembra o de uma prestadora de serviços de transporte qualificado, em larga escala. Esse faz uso de locomotivas e vagões sobre um par de trilhosequidistantes entre si. Com custo de manutenção que chama atenção por ser considerado inferior quando confrontado com outros modais. Permite o transporte de grandes quantidades e variedades de cargas e um grande destaque é a inexistência de congestionamento nesse tipo de transporte. Vale lembrar que os vagões não possuem propulsão própria, sendo necessário sempre estarem acoplados a uma locomotiva para se movimentar. A ausência de investimentos ao longo dos anos nessa moda- lidade de transporte (veja ou reveja o infográfico que trata da linha do tempo da história dos transportes no Brasil) gerou a redução de linhas, provocando a carência do setor ferroviário. Segundo Massa (2022), o Brasil possui pouco mais de 29 mil km de extensão de linha férrea por todo o país e a distribuição é bastante precária, e principal concentração da extensão da malha Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 23Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 23 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 24 ferroviária brasileira está localizada na Região Sudeste, com 47% da malha ferroviária nacional. Em comparação, as regiões Norte e Centro Oeste do país, que são regiões importantes para a produção, ocupam apenas 8% da linha ferroviária nacional e restante está di- vidido entre a região Sul e Nordeste (MASSA, 2022). Figura 9: Mapa ferroviário brasileiro Fonte: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/map-ferro- evolucao-pdf O que acarretou em custos pesados de manutenção para a administração do sistema em muitos trechos e ramais. Nesse con- texto, as rodovias que foram surgindo ao longo dos anos passaram a ser mais adequadas para os transportes de alguns tipos de carga. Como também o avanço em tecnologia e disponibilidade do setor automotivo. ◼ Modal Dutoviário O modal dutoviário compõe-se em transporte por meio de dutos (tubulações): líquidos ou gases. Através da força da gravidade, ou da pressão exercida por um conjunto de motores e bombas hidráu- licas, é feita a movimentação dos produtos pelos dutos. Esse tipo de transporte é considerado seguro e eficiente quan- to à destinação de petróleo bruto e gás natural, desde os campos de produção até as refinarias e fábricas de transformação. É também Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 24Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 24 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 25 indicado para fazer chegar os derivados desses produtos até o con- sumidor final. Figura 10: Mapa Dutoviário brasileiro Fonte: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/map-ferro- evolucao-pdf ◼ Modal Aeroviário O modal aeroviário promove o movimento de pessoas e mercadorias com a utilização de aviões ou helicópteros (ou até mesmo drones). É preferencialmente utilizado para movimentar cargas com urgência, de alto valor ou que sejam extremamente perecíveis. O transporte aéreo contribui para a redução da distância-tempo em especial para percorrer de forma mais rápida longas distâncias. De- vido à segurança no transporte, não é necessária a utilização de embala- gens com muito reforço. Dessa forma, o custo do insumo é menor, além de facilitar as operações de carga e descarga dos produtos. Ainda pode-se evidenciar a liberdade de movimentos como um dos seus pontos de destaque. Como sabemos, esse modal é considerado rápido, seguro e cômodo, porém requer construções de estruturas bastantes espe- ciais e com características modernas e tecnológicas associadas. Os aeroportos requerem espaços suficientes para suas instalações in- cluindo área, ar e terra. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 25Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 25 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 26 Ainda, os custos de manutenção dos aviões são elevados, o que se alinha com a necessidade de pistas em pavimentos mais ade- quados e com manutenção constante. Isso tudo vem a contribuir para os custos mais elevados desse modal, além, claro, de fatores da economia mundial que são diretamente associados com esse tipo de modal. O Brasil tem 2.499 aeródromos registrados pela ANAC (Agên- cia Nacional de Aviação Civil), sendo 1.911 privados e 588 públicos. Dos públicos, 10 foram concedidos à iniciativa privada e outros 13 estão em processo de concessão. 98% das movimentações de pas- sageiros aéreos (embarques e desembarques) no país estão con- centradas em 65 aeroportos (internacionais, nacionais e regionais) - entre os 31 localizados nas capitais, todos os que têm volume de passageiros acima de 1 milhão e os principais terminais regionais. Figura 11: Mapa dos aeroportos brasileiros Fonte: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/map-porto-pdf ◼ Modal Hidroviário No modal hidroviário, tem-se o transporte tanto de cargas como de passageiros por meio de barcos, navios ou balsas, e suas vias como oceanos, mares, lagos, rios e canais. Tem a reputação de ser com- petitivo quanto ao baixo custo em produtos de baixos custos e, em contrapartida, é considerado um transporte de velocidade reduzida Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 26Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 26 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 27 e pouco flexível. Entretanto, Segundo Butta (2020) quando falamos em transporte internacional, temos a movimentação de produtos altamente valorizados, devidamente protegidos nos containers. Podemos classificar o transporte aquaviário em Marítimo, Fluvial e Lacustre. Sendo o Marítimo é o transporte que acontece sobre mares e oceanos, onde se utilizam navios para o transporte de cargas, utilizando a cabotagem; Fluvial é o transporte em que se utilizam os rios para o transporte de cargas, geralmente feitos atra- vés de barcos; e Lacustre é quando o transporte é feito através de lagos e lagoas. Nesse tipo de transporte, podemos observar um destaque em pontos positivos, como a redução de impactos ambientais em rela- ção aos transportes rodoviários e ferroviários que é a redução da po- luição sonora e do ar, de congestionamentos e de acidentes e o au- mento da eficiência energética pelo baixo consumo de combustível. E acaba se tornando atrativo pelas presenças de águas navegáveis no Brasil. Podemos destacar que esse meio de transporte é um dos principais tipos de destinação para comercializações internacionais de diversos produtos como petróleo, alimentos, minérios, cereais, combustíveis e outros. Isso se deve pela grande capacidade de carga de grandes tamanhos e em grandes distâncias. A Engenharia Civil trabalha no aproveitamento, adaptação e construção de vias navegáveis, nos quais os pontos de maiores inte- resses são: Construção dos canais de navegação interior; Constru- ção de portos fluviais e Exploração comercial das redes de navega- ção interior. As intervenções necessárias para infraestrutura aquaviária são compostas de canais de acesso a portos, bacia de evolução, que- bra-mares, berços de atração, entre outros, ainda de equipamentos para movimento de cargas como guindastes, esteiras e armazém, que fazem a nossa atuação como engenheiros ser de grande valia para a gestão do funcionamento, qualidade e custos desse modal. Iremos fazer o estudo do uso das redes hidroviárias, perce- ber as regras para uma infraestrutura que podem envolver a aber- tura de canais para ligação de vias fluviais naturais, adaptação dos leitos dos rios para profundidade, correção do curso fluvial, vias de conexão com outras redes, um sistema de conservação, instalações portuárias, barragens entre tantos outros para que possa haver um melhor aproveitamento. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 27Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 27 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 28 Figura 11: Mapa hidroviário brasileiro Fonte: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/map-hidro-pdf Segundo o Ministério da Infraestrutura brasileiro, existem36 portos públicos no país com portos com administração exercida pela União ou delegada a municípios, estados ou consórcios públi- cos, veja o mapa portuário brasileiro. Figura 12: Mapa portuário brasileiro Fonte: https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/centrais-de-conteudo/map-porto-pdf Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 28Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 28 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 29 Temática – Agências Nacionais dos Sistemas de Transporte As leis e normas aplicadas iremos tratar em cada um dos objetos de aprendizagem relativas ao Sistema de Transporte estudado. No momento, vamos nos ater a um panorama das principais leis, planos e agências envolvidas. Veremos que cada Sistema de transporte apresenta, pelo governo do Brasil, seu Plano Nacional que, além de cumprir determinações legais, estrutura as ações em planos executivos e estratégicos para o alcance de metas. Para o modal aéreo, temos o Plano Aeroviário Nacional (PAN) que tem algumas diretrizes totalmente associadas com a infraes- trutura e a atuação da construção civil como: Aumentar a acessibili- dade e a conectividade da rede de transportes brasileira; aumentar a eficiência e a integração entre os modos de transporte interurbanos; desenvolver e ampliar a infraestrutura de transporte aéreo e mini- mizar os efeitos prejudiciais ao meio ambiente. Segundo a ANTT (2022), são objetivos das Agências Nacio- nais de Regulação dos Transportes Terrestre e Aquaviário: I. implementar, nas respectivas esferas de atuação, as políticas formuladas pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, pelo Ministério dos Transportes e pela Secretaria de Portos da Presidência da República, nas respectivas áreas de com- petência, segundo os princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei; II. regular ou supervisionar, em suas respectivas esferas e atribui- ções, as atividades de prestação de serviços e de exploração da in- fraestrutura de transportes, exercidas por terceiros, com vistas a: a) garantir a movimentação de pessoas e bens, em cumprimento a padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade, pon- tualidade e modicidade nos fretes e tarifas; b) harmonizar, preservado o interesse público, os objetivos dos usuários, das empresas concessionárias, permissionárias, au- torizadas e arrendatárias, e de entidades delegadas, arbitrando conflitos de interesses e impedindo situações que configurem Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 29Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 29 06/09/2022 05:14:5006/09/2022 05:14:50 30 competição imperfeita ou infração da ordem econômica. A Lei nº 12.815/2013 (Lei dos Portos) estabelece que, para a instalação dos portos e instalações portuárias, a celebração do contrato de concessão ou arrendamento e a expedição de autorização serão precedidas de alguns requisitos. I. consulta à autoridade aduaneira; II. consulta ao respectivo poder público municipal. III. emissão, pelo órgão licenciador, do termo de referência para os estudos ambientais com vistas ao licenciamento. Olá, aluno(a)! Legal, estamos no caminho correto, trilhando novas vias. Nesse objeto de aprendizagem passamos pelos conceitos iniciais dos principais modais brasileiros: rodoviário, hidroviário, ferrovi- ário e aeroportuário. Percorremos um pouco da história dos transportes e sua evo- lução até os dias atuais, em especial como os modais de transportes aconteceram no Brasil. O que nos faz perceber as necessidades de atuação dos engenheiros da evolução da sociedade. Conhecemos também as características, vantagens e desvan- tagens dos modais. Transitamos nas leis e regras para os modais, das agências que regulam cada um dos modais de transportes. Bons estudos e revise o conteúdo quantas vezes julgar necessário. SINTETIZANDO Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 30Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 30 06/09/2022 05:14:5106/09/2022 05:14:51 UN ID AD E 2 Objetivos ◼ Conceituar e apresentar as características do transporte aquaviário. ◼ Apresentar a operação das hidrovias e portos. ◼ Caracterizar as obras e dimensionamentos de obras para apoio às embarcações. Sistemas de transporte Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 31Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 31 06/09/2022 05:14:5106/09/2022 05:14:51 32 Introdução Olá, aluno(a) O transporte aquaviário ou também chamado hidroviário no Brasil apresenta diversas necessidades de infraestrutura, bem como um largo apoio, de diversas esferas da sociedade para avançar com um modal em prol do desenvolvimento econômico. Nesse objeto de aprendizagem, vamos estudar as aquavias/ hidrovias (marítimas, fluviais e lacustres) e portos como nosso en- treposto comercial (local de intercâmbio entre modais de transpor- tes terrestres e marítimos) e conhecer suas necessidades de infra- estrutura. Vamos começar? Bons estudos! Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 32Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 32 06/09/2022 05:14:5106/09/2022 05:14:51 33 Conceitos e características do transporte aquaviário Conceitos Vamos começar com um dado bem importante. Um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) publicado em outu- bro de 2019 informa que no Brasil apenas um terço dos seus 63.000 km navegáveis são utilizados, dos quais apenas 30% da malha para transporte de cargas e passageiros e somente 5% da capacidade hi- droviária dos rios (AGÊNCIA BRASIL, 2019). Uma das causas apontadas é a ausência de investimentos em infraestrutura e a pouca atenção dada pelas políticas públicas no se- tor ao longo dos anos (AGÊNCIA BRASIL, 2019). É notável que a evolução humana dos tempos mais primitivos até hoje, vem da utilização da água, desde seu próprio uso e a busca por alimentos, e da necessidade como meio de transpor distâncias. Observamos ao longo dos fatos históricos a aplicação de rios como Nilo e Tigre, e os mares como fatores responsáveis pelo desenvolvi- mento de comunidades. Encontramos registros em base histórica de viagens marítimas há cerca de 6.000 anos. Desde sempre, foram empregados tempo e dinheiro nesse meio de transporte, tanto em infraestrutura como em embarcações e estudos. Desta forma, a destinação de recursos deve ser de forma planejada para garantir a operação desse modal de transporte, claro percebendo sua junção com os demais modais. Assim, as características para o planeja- mento e construção das obras dependem de dois elementos: os veículos e suas cargas transportadas. Antes de tratar sobre esses dois tópicos ire- mos rever as principais características dos transportes aquaviários. Características Já sabemos que são primordiais os investimentos para a construção e adequação de vias, portos e demais componentes de infraestrutura. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 33Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 33 06/09/2022 05:14:5106/09/2022 05:14:51 34 Outro fator a destacar é a pouca flexibilidade nas rotas, visto que qualquer mudança no caminho natural dos corpos hídricos irá demandar altos investimentos. Esses fatores estão associados a qual- quer meio de utilização desse modal: marítimo, fluvial ou lacustre. Figura 1 – Tipos de navegações Fonte: A autora Antes de passarmos para os detalhes dos tipos de embarca- ções e cargas, devemos lembrar dos conceitos de cabotagem e de longo curso para os trajetos em mares. Pois agora iremos adentrar nos pormenores do transporte marítimo. Transporte marítimo Embarcações e cargas Seguimos agora falando um pouco sobre as embarcações e suas cargas, podemos dizer que a embarcação é o gênero e o navio é a espécie. As embarcações é toda construção flutuante destinada à navegação sobre água. O navio é uma embarcação de grande porteSistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 34Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 34 06/09/2022 05:14:5106/09/2022 05:14:51 35 utilizada pra o transporte de elevada quantidade de carga e passa- geiros para fins comerciais. Tipos de cargas e embarcações Cargas Carga geral (break-bulk) - São cargas que não há uma padroni- zação dos itens, podemos considerar que ocorrerá um processo de carga e descarga um pouco mais complexo (tanto em organização como em planejamento) visto que iremos encontrar qualquer tipo de mercadoria, compostas de itens avulsos, embarcados separa- damente em embrulhos, fardos, pacotes, sacas, caixas, tambores. Nesse tipo de carga existe uma predisposição de utilização de navios menores. Imagine, um veículo (uma embarcação de grande porte) demorando para o processo de carga/descarga num porto. Carga unitizada - Outro tipo de carga que consiste em transportar diversos volumes de mercadorias (pequenas e diferentes) em uni- dades maiores e padronizadas em dimensões, como os contêineres que com o seu formato pode garantir a automatização no processo de carrego/descarrego. Observe nessa logística a facilidade na mo- vimentação das cargas. Carga a granel - Quando o material a ser transportado tem carac- terísticas de ser homogeneizada (mesmo produto) e de forma a não utilizar embalagem. Pode ser sólida, líquida ou gasosa. Ex.: miné- rios, cereais, petróleo, produtos químicos que podem estar lique- feitos, gases. Carga rolante (Roll-on roll-off) - São algumas cargas pesadas, mas que podem entrar rolando na embarcação ou por suas próprias rodas ou por esteiras. Tem esse nome porque entra e sai rolando. Cargas de projetos - Caso se encontre uma carga de mesmo mate- rial, mas que não caiba por dimensões ou peso em contêineres como no caso de máquinas e equipamentos, locomotivas, pás de hélices eólicas e outros. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 35Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 35 06/09/2022 05:14:5106/09/2022 05:14:51 36 Embarcações São variados os tipos de embarcações para uso marítimo, logica- mente associados aos tipos das cargas que transportam. Observem e perceba suas características. Graneleiro: Esse veículo dispõe de grandes escotilhas que cobrem os porões, local no qual os produtos são armazenados. São necessários terminais portuários especiais para este tipo de cargas. O navio tanque é o projetado para o transporte de substân- cias líquidas. Gaseiro: São destinados ao transporte de gases liquefeitos (GPL, GNL, etileno, amônia, propileno, entre outros). Petroleiro: É um tipo de navio tanque, só que construído es- pecificamente e exclusivo para o transporte de petróleo e seus de- rivados, por medidas de segurança não podendo ser utilizado para acondicionar outros tipos de líquidos. Sua estrutura é dotada de ca- nos interligados que distribuem o óleo de modo igualitário dentro da embarcação para garantir o equilíbrio. Ro-Ro é a sigla utilizada para definir os navios para cargas Roll on-Roll off. Os navios de carga geral são os navios que transportam vá- rios tipos de cargas, geralmente em pequenos lotes. Esses navios têm geralmente quatro ou cinco porões. São conhecidos por serem polivalentes. Os navios porta-contêineres se tornaram a principal forma de transporte de produtos manufaturados em todo o mundo. Muito bom, porque o tamanho padrão simplifica o transporte e pode ser transferido entre caminhão, trem e navio com relativa facilidade. Veja a seguir, as tipologias desses veículos pelo esquema (Figura 2). Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 36Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 36 06/09/2022 05:14:5106/09/2022 05:14:51 37 Figura 2 – Tipos de embarcações Fonte: A autora Vamos conhecer um pouco mais das nossas embarcações. Seus elementos serão daqui para frente tão importantes para os nossos dimensionamentos. Observe o esquema e perceba as indica- ções das nomenclaturas utilizadas (Figura 3). Figura 3 – Detalhe de uma embarcação Fonte: Machado; Canuto; Vassallo (2018) Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 37Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 37 06/09/2022 05:14:5206/09/2022 05:14:52 38 Proa: Elemento com formato bastante adequado para avançar ao mar, podemos dizer que é a extremidade anterior do navio no senti- do de sua marcha normal. Enquanto que a POPA é extremidade pos- terior do navio com forma exterior adequada à passagem dos filetes líquidos. Bordos: Imagine que o observador encontra-se olhando da popa para a proa. Temos do lado esquerdo o bordo de bombordo e a di- reita Estibordo. Quilha: Na parte inferior (em baixo) da embarcação essa peça vai da proa à popa e fica na parte inferior da embarcação, principal peça estrutural do casco de uma embarcação. Calado: Essa a denominação para a distância entre o ponto mais baixo da quilha e a linha d’água. Essa medida, as informações das dimensões do navio e da densidade da água são utilizadas para rea- lizar os cálculos do volume de água por ele deslocado (peso). Casco: corpo do navio. Meia-Nau: parte do casco compreendida entre a proa e a popa. Infraestrutura e obras para transporte aquaviário De uma forma geral alguns elementos construtivos são essenciais para o funcionamento das hidrovias. Vamos nessa fase do nosso es- tudo conhecer e buscar aplicações práticas. Obras de engenharia para infraestrutura Berço – É local de atracação de navios e de movimentação das car- gas a serem embarcadas ou descarregadas no porto. Cais – trata-se de uma estrutura ou região paralela à água, com o objetivo de as embarcações atracarem e as pessoas trabalharem. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 38Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 38 06/09/2022 05:14:5206/09/2022 05:14:52 39 Figura 4 – Esquema do Cais Porto do Rio de Janeiro Fonte: https://www.extraclasse.org.br/ambiente/2020/08/cais-maua-passa-para-o- estado-e-sera-loteado-pelo-setor-privado/ Dolfins – são estruturas que apoiam os navegantes nas operações de acostagem de embarcações. Tem duas funções associadas, uma é sua aplicação como cais de atracação e também para proteção de estruturas como pilares de pontes laterais aos vãos de navegação e eclusas. Esquema gráfico de dolfins para acostagem de embarcações. ASSISTA Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 39Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 39 06/09/2022 05:14:5206/09/2022 05:14:52 40 Dolfins como proteção da ponte do Outeiro- PA. Quando se faz necessário a aplicação de um conjunto de pedras ou bloco de concreto de grandes dimensões (formando um maciço) para contenção ou alicerce em obras hidráulicas estamos fazendo um Enrocamento. Podem se constituir em molhes ou quebra-mares visando proteção contracorrentes, erosão e ondas. Figura 5 – Enrocamento no Rio Potengi - RN Fonte: (Adaptada) Autor:Allan Patrick. (2005). Disponível em: https://commons. wikimedia.org/wiki/File:Rio-Potengi-Quebra-mar.jpg. Licença: CC BY-SA 3.0 Molhe - consiste em uma estrutura estreita e alongada que é in- troduzida e apoiada no mar pelo peso das pedras ou dos blocos de concretos especiais, emergindo na superfície. Necessariamente, uma ponta do molhe se situa no mar e a outra ponta, em terra. Pode também atuar como atracadouro para embarcações, em costas onde não há profundidade suficiente. ACESSE Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 40Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 40 06/09/2022 05:14:5206/09/2022 05:14:52 41 ACESSE Maré alta causa estragos em enrocamento na Praia de Boa Viagem. Acesse o link a seguir. Figura 6 – Molhes da Barra, Rio Grande-RS Fonte: Autor: Mauricio Carlos Dias (2016). Disponível em: https://commons. wikimedia.org/wiki/File:Molhes_da_Barra,_Rio_Grande,_RS.jpg Com a finalidade de absorver a energia das ondas, temos o Tetrápodes que são compostos por blocos deconcreto que sua geo- metria promove um encaixe e travamento evitando deslocamentos e escorregamentos. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 41Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 41 06/09/2022 05:14:5306/09/2022 05:14:53 42 Figura 7 - Tetrápodes Fonte: manseok_Kim / Pixabay. Quando necessitamos que uma estrutura que fica acima do nível do mar e que pode servir como atracadouro construimos o Píer. Em geral, são estruturas em concreto armado suspensa e apoiada em pilares fixados no fundo do mar, podendo ser utilizados como área de lazer. Figura 8 - Pier Fonte: Republica / Pixabay. Semelhante ao molhe temos o Quebra-mar sendo que as duas pontas no mar e têm como finalidade proteger a costa ou um porto da ação das ondas e correntes marítimas. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 42Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 42 06/09/2022 05:14:5406/09/2022 05:14:54 43 ACESSE Figura 9 – Quebra mar Fonte: Pxhere. Como item de segurança temos o Balizamento que é o conjunto que compõem a sinalização de um canal, rio, braço de mar utilizando componentes como balizas, boias, barcas-faróis, faróis e faroletes. Veja um exemplo de balizamento através do link: Batimetria – é a medição da profundidade de canais marítimos, de lagos e de rios e é expressa cartograficamente por curvas batimétri- cas que unem pontos da mesma profundidade com equidistâncias verticais, à semelhança das curvas de nível topográfico. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 43Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 43 06/09/2022 05:14:5406/09/2022 05:14:54 44 Figura 10 – Projeto de batimetria https://www.hc2solucoes.com.br/empresas-batimetria#group1-1 No porto ou no terminal é necessária uma área que chama- mos de Bacia de Evolução que é o local com dimensão e profundida- de adequadas à manobra e ao giro dos navios. Figura 11 – Projeto de bacia de evolução Porto de itajai Fonte: https://www.sc.gov.br/noticias/temas/desenvolvimento-economico/ governador-em-exercicio-e-ministro-dos-portos-lancam-edital-que-vai- aumentar-a-competitividade-do-porto-de-itajai Canal de navegação é um local de passagem marítima desim- pedida, entre obstáculos ou restrições à navegação. Quando promove a condução para um porto ou terminal, tem-se um canal de acesso. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 44Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 44 06/09/2022 05:14:5406/09/2022 05:14:54 45 Figura 12 - Canal do Panamá Fonte: Pixabay. A exemplo do Canal do Panamá (visto acima) que passou por obras entre 2007 e 2016 para sua ampliação foi incluído um conjun- to de eclusas para ampliar a passagem de navios como cargueiros de maiores dimensões. Assim, é conveniente falarmos das eclusas. Eclu- sa trata-se de uma obra de engenharia que promove que embarca- ções subam ou desçam os rios/mares em locais onde há desníveis. Figura 13 - Eclusas no Canal do Panamá. Fonte: Pxhere. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 45Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 45 06/09/2022 05:14:5506/09/2022 05:14:55 46 Figura 14–funcionamento da eclusa Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/436422-camara-aprova-regras-para- construcao-de-eclusas-em-rios-com-barramento/ Uma técnica empregada nas construções de hidrovias é o Der- rocamento que remove rochas do fundo de corpos de água, podendo ser considerado um tipo de serviço de dragagem especializado. Hidrovias fluviais Vias de transportes lentos, porém bastante úteis para o transporte de cargas e pessoas, e possui um grande destaque: apresenta custo operacional reduzido em relação aos outros transportes. Observe as hidrovias no Rio Paraná e Rio Tietê em São Paulo, é possível perceber as eclusas e os terminais intermodais (Figura 20). Figura 15 - Hidrovia Tietê-Paraná Fonte: http://www.dh.sp.gov.br/wp-content/uploads/2021/10/Informativo-Hidrovia- Tiete-SETEMBRO-2021.pdf/ Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 46Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 46 06/09/2022 05:14:5506/09/2022 05:14:55 47 Uma via navegável é projetada considerando o projeto de bati- metria e o projeto geométrico do traçado, e considerando uma embar- cação tipo. As intervenções, canalizações e aumento das profundidades são alcançadas por melhoramento como dragagem e derrocamento. Figura 16 - Projeto da Via Navegável Fonte: BOTTER (2016). https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/978076/mod_ resource/content/1/Aula_5_PNV_2450_2016.pdf A embarcação considerada tipo é a utilizada para definições de projeto de obras de engenharia e não é a maior que pode transitar. Devemos ficar atentos que a profundidade está relacionada com o ci- clo hidrológico e dependentes do regime das precipitações de chuva e a capacidade de escoamento do solo no local da bacia hidrográfica. As dimensões das embarcações fluviais estão ligadas às ca- racterísticas da hidrovia (dimensões, correnteza e obras), caracte- rísticas da embarcação (tipo de carga, capacidade de carga, local de operação, manobrabilidade e velocidade), e forma hidrodinâmica. Da análise econômica operacional de minimização dos custos totais por tonelada (soma dos parciais investidos na hidrovia e na embar- cação) carregada em função da tonelagem da embarcação resulta a embarcação adotada. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 47Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 47 06/09/2022 05:14:5506/09/2022 05:14:55 48 Embarcações fluviais Tipo de Embarcação fluviais No estudo das embarcações fluviais observamos as diferenças nos formatos com os barcos marítimos. Por apresentar formato mais arrendado no Proa. Figura 17 – Diferença no formato do barco Fonte: https://pessoas.feb.unesp.br/barbara/files/2011/04/embarcacoes_fluvias.pdf Outro ponto a observar como o motor dessas embarcações funcionam - com propulsão e sem propulsão. Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5918118/course/section/6159551/ portos2_1.pdf Embarcações Fluviais Com Propulsão Rebocadores Automotores Empurradores Sem Propulsão Chatas Jangadas Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 48Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 48 06/09/2022 05:14:5506/09/2022 05:14:55 49 ◼ Automotores São embarcações apropriadas ao emprego nas hidrovias e onde também a carga movimentada não atinja valores que compensem a ado- ção de grandes comboios de empurra, bem como nas hidrovias conso- lidadas para cargas de rápida movimentação, como os granéis líquidos, pois é possível com eles obter maiores velocidades médias de percurso. ◼ Empurradores São embarcações dotadas de meios próprios de propulsão e manobra e destinadas a deslocar chatas de empurra num comboio de empurra. Os empurradores dispõem de uma ampla plataforma, onde se encontram as estruturas suportes de sustentação compos- tas por perfis verticais, articulados com as embarcações, que deve- rão ser movimentadas pela pressão do barco automotor. Figura 18– Empurrador – Comboios Fonte: Adaptado de: https://pessoas.feb.unesp.br/barbara/files/2011/04/ embarcacoes_fluvias.pdf/ Calado Borda Livre Pontal Empurrador Chata ou Barcaça Pé de Piloto Comboio tipo tietê 11 m 137 m Comboio tipo paraná 200,50 m 16 m Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 49Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 49 06/09/2022 05:14:5506/09/2022 05:14:55 50 ◼ Chatas Constituem-se em embarcações com formas predominantemente retilíneas, propiciando facilidade de construção a baixo custo e favorecendo o acoplamento em conjunto para o transporte de cargas. As chatas acopladas a empurradores dispensam propulsão, leme e tripulação. Figura 19 - Embarcação barcaça Fonte: Pixabay Dimensões básicas para canais de navegação As dimensões das embarcações que serão utilizadas em uma de- terminada região são definidas, segundo critérios econômicos, no entantoas seguintes características do canal navegável devem ser observadas. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 50Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 50 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 51 DEFINIÇÃO Comprimento (L): corresponde à distância entre as verticais que passam pelos extremos de popa e proa. Boca (B): corresponde à distância entre as verticais tangentes aos ex- tremos de bombordo e correste da seção-mestra (maior transversal). Calado (T): corresponde à distância entre a quilha e a linha d`água da seção-mestra. Pontal (P): corresponde à altura entre a quilha e o convés principal. Deslocamento total: corresponde ao peso do volume de água deslo- cado pela embarcação. Porte bruto ou capacidade de carga: corresponde à diferença entre o deslocamento total e o peso do casco, motor, tripulação e equipa- mentos. Costuma ser citado em tpb (tonelagem de porte bruto). Rotina de cálculo para canais fluviais a. Embarcação – tipo; b. Largura mínima do canal; c. Vão livre; d. Altura livre sob pontes e sob interferências; e. Profundidade Mínima; f. Área mínima da seção transversal; g. Velocidade máxima das águas; h. Raios mínimos de curvatura e sobrelargura. Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 51Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 51 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 52 Largura mínima do canal Em trechos retilíneos, a largura mínima necessária para garantir o cruzamento seguro e sem redução de velocidades de embarcações- -tipo é de 4,4 vezes a cova da embarcação-tipo, e em não havendo cruzamentos, a largura mínima deve corresponder a 2,2 a boca da embarcação-tipo. Vão e Altura Livres nas Pontes Em trechos retilíneos de canal, as faces internas dos pilares deve ter distância mínima correspondente à largura mínima do canal mais uma folga de 5m, enquanto nas curvas cada caso particular deve ser avaliado. Quanto à altura livre sobre o nível d`água, recomenda-se 15m como conveniente para a passagem de grandes comboios de empur- ra. Pontes levadiças também podem ser adotadas nas situações em que a altura mínima não possa ser obtida, havendo inconvenientes para os modais terrestres e aquaviário. Profundidade Mínima A profundidade mínima da hidrovia deve corresponder ao calado da embarcação-tipo acrescido de uma folga mínima de 0,3 a 0,5m. Área Mínima da Seção Transversal Para que a hidrovia não produza significativa perda de rendimento propulsiva da embarcação-tipo, a área hidráulica do canal deve ser o mínimo de 5 a 6 vezes a área da seção-mestra da embarcação-tipo. Velocidade máxima das águas Normalmente considera-se em 5 m/s a velocidade máxima da água em contracorrente ao rumo de navegação, o que depende evidentemente da potência dos propulsores. A favor da corrente, a Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 52Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 52 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 53 maior dificuldade encontra-se na manobrabilidade da embarcação, admitindo-se a mesma velocidade máxima para navegação segura. Raios mínimos de curvatura e sobrelargura Para que não ocorra restrição de velocidade nas curvas, o raio mínimo de curvatura deverá ser de 10 vezes o comprimento da embarcação (L). Caso se admitam curvas mais fechada, dever-se-á adotar sobrelargura no ápice da curva de: S = L² / 2R Porto Portos do Brasil Porto é um espelho d’água, abrigado naturalmente e/ou adaptado arti- ficialmente, com requisitos obrigatórios de tranquilidade, profundidade necessária, regime de ventos favorável e segurança para as manobras. E para permitir que as embarcações que a ele demandam realizem as ope- rações de ancoragem, atracação, carga e/ou descarga, abastecimento e desatracação. Deve dispor de cais e terraplenos que permitam suportar as instalações destinadas às operações portuárias. Condições a que deve satisfazer um porto: profundidade P = c + e P = profundidade do canal de acesso c = calado máximo do navio gabarito e = pé-de-piloto ou excesso de profundidade Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 53Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 53 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 54 Figura 27 – Esquema de dimensões embarcação. Fonte: MEIRA (2022). e = 1,00m para portos principais e e=0,60m para portos secun- dários, segundo o Congresso de Porto em Filapélfia – EUA (1960). l (L minúsculo) = 5 x b l = largura do canal de acesso b = boca (largura) máxima do navio gabarito Figura 28 – Esquema de dimensões embarcação vista superior. Fonte: MEIRA (2022). R = raio mínimo de curvatura da curva do canal de acesso a = ângulo central de denvolvimento da curva do canal de acesso C = comprimento total do navio tipo (gabarito) R = 3 x C (α 35°) S = 2 x f Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 54Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 54 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 55 SINTETIZANDO REFLITA Onde: S = superlargura do canal de acesso f = flecha de um arco, cuja corda é igual ao comprimento total do navio gabarito. O que os engenheiros podem fazer para que o modal aquaviário pos- sa alavancar no Brasil ? Quais as medidas podem ser tomadas pelo governo para avançar esse tipo de transporte? Olá, aluno(a)! Passamos por um mar de informações, agora vamos revisar rapida- mente a importância do nosso estudo. Já sabemos que a hidrovia é uma rota pré-determinada para o tráfego aquático, isso remota há bastante tempo que o homem utiliza a água como estrada. Nos dias atuais, mares, lagos e rios são cortados por embarcações dos mais diferentes tipos de porte – das menores até grandes embarcações. Percebemos ainda que algumas construções são necessárias para pro- mover a infraestrutura desse tipo de transporte - da atividade mais sim- ples como a proteção com uso de pedras passando pelas mais complexas como eclusas. Dentre essas, temos os molhes, quebra-mares, bacia de evolução, construções de portos, canais e terminais. Outro tema abordado que requer bastante atenção trata-se do dimensiona- mento de hidrovias e seus pormenores. Recomendo que os assuntos sejam constantemente revisados para exploração de todo o conteúdo. Bons estudos! Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 55Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 55 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 56 Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 56Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 56 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 UN ID AD E 3 Objetivos ◼ Conceitos e regras para planejamento de um aeroporto. ◼ Dimensionamento para projetos de pistas e terminais. ◼ Planos diretores de aeroportos. Sistemas de transporte Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 57Sistemas de Transportes_Ebook completo_SER.indd 57 06/09/2022 05:14:5606/09/2022 05:14:56 Introdução Olá, aluno(a) Vamos agora tratar de um tema de bastante interesse aos en- genheiros: os aeroportos. E a partir desse estudo vamos promover nosso entendimento sobre as características e pormenores dos pro- jetos envolvidos. A primeiro momento, precisamos dividir em suas partes constituintes, assim compreendemos que um aeroporto é formado, essencialmente, por edificações (terminais de passagei- ros e cargas), áreas de estacionamento e de manutenção de aviões, e de pistas. Ao longo de sua formação, um estudante de engenha- ria aprende que para projetar aplicam-se as regras e normas para atender todos os detalhes quanto ao desempenho e segurança das construções. Porém, para tranquilizar, podemos dizer que algumas dessas regras já foram repassadas em disciplinas anteriores e para deixar bem claro como um céu de verão: uma pista não deixa de ser uma estrada de dimensões avantajadas e os terminais de passagei- ros ou cargas são tipos de edificações. Então, atenção, tripulação! Preparar para decolar nos conhecimentos.