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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aula 02 
Aryanna Manfredini 
1 
APOSTILA DE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
C) DURAÇÃO DO TRABALHO 
 
► HORAS EXTRAS 
 
Vários doutrinadores distinguem as expressões: jornada de trabalho e horário de trabalho. 
Alice Monteiro de Barros leciona que “jornada é o período, durante um dia em que o empregado 
permanece à disposição do empregador, trabalhando ou aguardando ordens (art. 4°, CLT). Já o 
horário de trabalho abrange o período que vai do início ao término da jornada, como também os 
intervalos que existem durante o seu cumprimento”. 
O art.4º estabelece que se considera como de serviço o período em que o empregado estiver 
à disposição do empregador, aguardando o ou executando ordens. Observe: 
Art. 4, CLT. Considera-se como de serviço o período em 
que o empregado esteja à disposição do empregador, 
aguardando ou executando ordens, salvo disposição 
especial expressamente consignada. 
 
O limite da jornada de trabalho é de 8 (oito) horas diárias (art. 7º, XIII, CF e art. 58, CLT) e 44 
horas semanais, conforme o (art. 7º, XIII, da CF). Extrapolados quaisquer desses limites, as horas 
excedentes devem ser postuladas como horas extras, acrescidas do adicional de 50% , nos termos 
do art. 7º, XVI, da CF e art. 59, § 1º, da CLT. 
Observe a legislação referida: 
 
Art. 7, CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho[...] 
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinquenta por cento à do normal; [...] 
 
Art. 58, CLT. A duração normal do trabalho, para os 
empregados em qualquer atividade privada, não excederá 
de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado 
expressamente outro limite. 
 
Art. 59, CLT. A duração normal do trabalho poderá ser 
acrescida de horas suplementares, em número não 
excedente de duas, mediante acordo escrito entre 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aula 02 
Aryanna Manfredini 
2 
empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo 
de trabalho. 
§ 1º. Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá 
constar, obrigatoriamente, a importância remuneração da 
hora suplementar, que será, pelo menos, 50% (cinquenta 
por cento) superior à da hora normal. 
 
 Segue exemplo de pedido de horas extras: 
 
I – MÉRITO 
01. Horas extras 
 
Durante todo o pacto laboral laborou de segunda a sábado, das 08h00 às 22h00, sem receber 
pelas horas extras trabalhadas. (Fato) 
Nos termos do art. 7º, XIII, da CF e do artigo 58 da CLT, é direito do trabalhador a duração 
máxima do trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais, os quais foram extrapolados no curso 
da relação de trabalho. (Fundamento) 
Diante do exposto, postula-se a condenação da reclamada ao pagamento das horas 
extraordinárias, assim consideradas todas as horas excedentes da 8ª diária e 44ª semanal, 
acrescidas do adicional de 50%, nos termos do art. 7º, XVI, CF e art. 59, § 1º, da CLT, bem como, 
reflexos em verbas contratuais e resilitórias, em DSR, aviso prévio, décimo terceiro salário integral e 
proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas do terço constitucional e FGTS (depósitos e 
multa de 40%) (Pedido). 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido ao final do parágrafo busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
► INTERVALO INTRAJORNADA 
O intervalo intrajornada é concedido para alimentação e repouso durante a jornada de 
trabalho. Quando esta ultrapassar 6 (seis) horas diárias, o intervalo deverá ser de no mínimo 1 (uma) 
e no máximo 2 (duas) horas, salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho que poderão elastecer 
o intervalo. 
O intervalo intrajornada não é computado na jornada de trabalho (art. 71, § 2º, CLT), salvo 
quando não estiver previstos em lei (súmula 118, TST) ou quando a mesma estabelecer que deva 
ser computado. 
Seguem exemplos em que o próprio legislador estabelece que os intervalos serão 
computados na jornada de trabalho: 
• empregados que atuam no serviço permanente de mecanografia e digitação: 10 
minutos de intervalo para cada 90 minutos t\rabalhados consecutivamente (art. 72 da CLT 
e Súmula 346, TST); 
• empregados que trabalham em câmaras frias: 20 minutos de descanso para cada 1 
hora e 40 minutos de trabalho (art. 253, CLT); 
• empregados que trabalham em minas e subsolo tem direito a intervalo de 15 minutos 
para cada 3 horas de trabalho (art. 298, CLT). 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aula 02 
Aryanna Manfredini 
3 
Mesmo que a jornada contratual de trabalho do empregado seja de 6 (seis) horas, se 
extrapolada habitualmente, é devido intervalo de no mínimo (uma) 1 hora. Nesse sentido é a súmula 
437, IV, TST. 
O empregador que não conceder o intervalo intrajornada fica obrigado a remunerar o período 
correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% sobre o valor da remuneração da hora normal 
de trabalho (art. 71, § 4º, CLT e Súmula 437, I, TST). 
Mesmo que a supressão do intervalo seja parcial (concessão de intervalo de 45 minutos, 
quando devido no mínimo uma hora de intervalo), o empregador será obrigado a remunerar ao 
empregado o valor correspondente ao período integral do repouso, ou seja, deverá pagar uma hora 
acrescida de 50%. Isso porque a supressão do intervalo intrajornada, ainda que parcial, inviabiliza a 
sua finalidade, que é a de garantir ao empregado o tempo adequado para alimentação e repouso. 
Portanto, o empregador deverá remunerar a hora “cheia” acrescida do adicional de 50%. 
 
Súmula 437, TST. INTERVALO INTRAJORNADA PARA 
REPOUSO E ALIMENTA-ÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 
DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 
307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, 
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
... 
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas 
de trabalho, é devido o 
gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, 
obrigando o empregador a remunerar o período para 
descanso e alimentação não usufruído como extra, 
acrescido do respectivo adicional, na forma prevista 
no art. 71, caput e § 4º da CLT. 
 
Art. 71, CLT. Em qualquer trabalho contínuo cuja duração 
exceda de seis horas, é obrigatória a concessão de um 
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será no 
mínimo, de uma hora e, salvo acordo ou contrato coletivo 
em contrário, não poderá exceder de duas horas. 
§ 1º. Não excedendo de seis horas o trabalho, será, 
entretanto, obrigatório um intervalo de quinze minutos 
quando a duração ultrapassar quatro horas. 
§ 2º. Os intervalos de descanso não serão computados na 
duração do trabalho. 
§ 3º. O limite mínimo de uma hora para repouso e refeição 
poderá ser REDUZIDO por ato do Ministério do Trabalho, 
quando, ouvido o Departamento Nacional de Segurança e 
Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento 
atende integralmente às exigências concernentes à 
organização dos refeitórios e quando os respectivos 
empregados não estiverem sob regime de trabalho 
prorrogado a horas suplementares. 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aula 02 
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4 
§ 4º. Quando o intervalo para repousoe alimentação, 
previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, 
este ficará obrigado a remunerar o período correspondente 
com um acréscimo de no mínimo 50% (CINQÜENTA POR 
CENTO) SOBRE O VALOR DA REMUNERAÇÃO DA 
HORA NORMAL DE TRABALHO. 
 
Ressalte-se que o intervalo tem natureza salarial, nos termos da súmula 437, III, do TST. 
Observe o disposto na súmula 437 do TST: 
 
Súmula 437, TST. INTERVALO INTRAJORNADA PARA 
REPOUSO E ALIMENTA-ÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 
DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 
307, 342, 354, 380 e 381 da SBDI-1) - Res. 185/2012, 
DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não concessão ou a 
concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para 
repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, 
implica o pagamento total do período correspondente, e 
não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no 
mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora 
normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do 
cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de 
remuneração. 
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva 
de trabalho contemplando a supressão ou redução do 
intervalo intrajornada porque este constitui medida de 
higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por 
norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da 
CF/1988), infenso à negociação coletiva. 
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 
4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 
27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido 
pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para 
repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de 
outras parcelas salariais. 
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas 
de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada 
mínimo de uma hora, obrigando o empregador a 
remunerar o período para descanso e alimentação 
não usufruído como extra, acrescido do respectivo 
adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º 
da CLT. 
 
 Em razão disso, sempre que o examinando postular a condenação da reclamada ao 
pagamento do intervalo intrajornada deve postular também os reflexos. 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
 Segue exemplo de pedido do intervalo: 
 
II - Mérito 
01. Intervalo Intrajornada 
O Reclamante cumpria a jornada de 7 horas diárias, usufruindo apenas 30 minutos para 
repouso e alimentação. (Fato) 
Nos termos do art. 71 da CLT o empregado que trabalho mais de 6 horas diárias faz jus a, no 
mínimo, 1 hora de intervalo intrajornada para descanso e alimentação. (Fundamento) 
 Diante da exposição, requer a condenação da reclamada ao pagamento da hora cheia do 
intervalo acrescida do adicional de 50%, nos termos do art. 71, § 4º, da CLT e súmula 437, I, do TST, 
bem como, reflexos, uma vez que o intervalo tem natureza salarial nos termos da súmula 437, III 
do TST, em verbas contratuais e resilitórias, em DSR, aviso prévio, décimo terceiro salário integral e 
proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas do terço constitucional e FGTS (depósitos e 
multa de 40%). (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido ao final do parágrafo busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
► INTERVALO INTERJORNADAS 
 
O intervalo interjornada refere-se ao intervalo entre um dia e outro de trabalho, isto é, entre 
duas jornadas de trabalho. A duração do intervalo interjornada é, em regra, de pelo menos 11 horas 
consecutivas. Observe o art. 66 da CLT. 
 
Art. 66, CLT. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá 
um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para 
descanso. 
 
 Caso entre uma jornada de trabalho e a seguinte, o período de descanso seja de apenas 8 
horas, por exemplo, o empregado fará jus a 3 horas acrescidas do adicional de 50%, por aplicação 
analógica do art. 71, § 4º da CLT e súmula 110 do TST (OJ 355, SDI-1, TST). 
 
OJ 355, SDI-1, TST. INTERVALO INTERJORNADAS. 
INOBSERVÂNCIA. HORAS EX-TRAS. PERÍODO PAGO 
COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO 
ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT. DJ 
14.03.2008. 
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto 
no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos 
efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 
110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas 
que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do 
respectivo adicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aula 02 
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6 
Súmula 110, TST. JORNADA DE TRABALHO. 
INTERVALO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em 
seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do 
intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso 
entre jornadas, devem ser remuneradas como 
extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional. 
 
Observe o exemplo: 
I – MÉRITO 
01. Intervalo Interjornadas 
Durante todo o período contratual o reclamante lavorava nas segundas-feiras das 9h às 
18h00, iniciando sua jornada de trabalho nas terças-feiras, às 2h, ou seja, usufruindo apenas 8 horas 
de intervalo interjornadas. (Fato) 
Nos termos do art. 66 da CLT, entre 2 (duas) jornadas de trabalho deverá haver um período 
mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso, o qual não foi observado. O desrespeito ao 
intervalo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos 
no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, ou seja, a integralidade das horas que foram 
subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional. (Fundamento) 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das horas faltantes 
para completar as 11 horas de descanso, acrescidas do adicional de 50%, bem como, reflexos em 
verbas contratuais e resilitórias, em DSR, aviso prévio, décimo terceiro salário integral e proporcional, 
férias integrais e proporcionais acrescidas de 1/3 e FGTS (depósitos e multa de 40%). (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido ao final do parágrafo busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
 
► DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 
 
 Nos termos do art. 7º, XV, da CF e 67 da CLT, todo trabalhador tem direito a um dia de 
descanso semanal remunerado, o qual deve ser concedido preferencialmente aos domingos. O art. 
1º da lei 605/49 também estabelece que todo empregado tem direito ao repouso semanal 
remunerado de 24 horas consecutivas, preferentemente aos domingos, e ao descanso remunerado 
nos feriados civis e religiosos. 
 Para fazer jus ao descanso semanal remunerado os requisitos são assiduidade e 
pontualidade (art. 6º, Lei 605/49). Nesses casos, o empregado perderá tão somente a remuneração 
do dia de descanso e não o direito de não trabalhar. 
 O trabalho prestado em domingos e em feriados, não compensado, deve ser pago em dobro 
(súmula 146, TST). 
 Nesse sentido seguem os dispositivos referidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aula 02 
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7 
Art. 7, CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
... 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos; 
 
Art. 67, CLT. Seráassegurado a todo empregado um 
descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas 
consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública 
ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com 
o domingo, no todo ou em parte. 
Parágrafo único. Nos serviços que exijam trabalho aos 
domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será 
estabelecida escala de revezamento, mensalmente 
organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. 
 
Art. 1º, Lei 605/49. Todo empregado tem direito ao 
repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas 
consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos 
limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados 
civis e religiosos, de acordo com a tradição local. 
 
Art. 6º, Lei 605/49. Não será devida a remuneração 
quando, sem motivo justificado, o empregado não tiver 
trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo 
integralmente o seu horário de trabalho. 
§ 1º São motivos justificados: 
a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da 
Consolidação das Leis do Trabalho; 
b) a ausência do empregado devidamente justificada, a 
critério da administração do estabelecimento; 
c) a paralisação do serviço nos dias em que, por 
conveniência do empregador, não tenha havido trabalho; 
d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, 
em virtude do seu casamento; 
e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente 
do trabalho; 
f) a doença do empregado, devidamente comprovada. 
§ 2º A doença será comprovada mediante atestado de 
médico da instituição da previdência social a que estiver 
filiado o empregado, e, na falta deste e sucessivamente, 
de médico do Serviço Social do Comércio ou da Indústria; 
de médico da empresa ou por ela designado; de médico a 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aula 02 
Aryanna Manfredini 
8 
serviço de representação federal, estadual ou municipal 
incumbido de assuntos de higiene ou de saúde pública; ou 
não existindo estes, na localidade em que trabalhar, de 
médico de sua escolha. 
 
Súmula 146, TST. O trabalho prestado em domingos e 
feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem 
prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. 
 
OJ 410, SDI-1, TST. REPOUSO SEMANAL 
REMUNERADO. CONCESSÃO APÓS O SÉTIMO DIA 
CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA CF. 
VIOLAÇÃO. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) 
Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso 
semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de 
trabalho, importando no seu pagamento em dobro. 
 
1I – MÉRITO 
01. Descanso Semanal Remunerado 
Durante todo o período contratual o reclamante jamais usufruiu de descanso semanal 
remunerado. (Fato) 
Nos termos do art. 7º, XV da CF, 67 da CLT e art. 1º da Lei 605/49, tal descanso, 
preferencialmente aos domingos, trata-se de direito dos trabalhadores. Sua inobservância implica o 
pagamento em dobro do período correspondente, nos termos da súmula 146 do TST. (Fundamento) 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento dos dias de descanso 
semanal remunerado em dobro. (Pedido) 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido ao final do parágrafo busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
► INTERVALO INTERJORNADAS E DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 
 
Há uma peculiaridade no que concerne ao intervalo interjornadas e ao descanso semanal 
remunerado. Quando entre uma jornada de trabalho e outra estiver o repouso semanal remunerado, 
de 24 horas, este deve ser somado ao intervalo interjornadas de 11 horas. Quando o empregado 
termina sua jornada de trabalho no sábado, retornando a trabalhar apenas na segunda-feira, por 
exemplo, por se tratar o domingo de dia de descanso semanal remunerado, o empregado deve 
usufruir de 35 horas de descanso entre o término da jornada no sábado e o início da seguinte, na 
segunda-feira, sendo 11 horas relativas ao intervalo interjornada e 24 em razão do DSR. As horas 
faltantes para completar as 35 deverão ser pagas como horas extras acrescidas do adicional de 
50%. 
Segue exemplo: 
 
I – MÉRITO 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVIII EXAME – 2ª FASE 
Direito do Trabalho – Aula 02 
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9 
01. Intervalo Interjornadas e Descanso Semanal Remunerado 
Durante todo o período contratual, uma vez por mês, o reclamante laborava aos sábados 
até às 22h00 e iniciava sua jornada na segunda-feira subsequente às 06h00. (Fato) 
Nos termos do art. 66 da CLT, entre duas jornadas de trabalho deve ser observado um 
intervalo mínimo de descanso de 11 horas consecutivas de descanso e, conforme estabelece o art. 
7º, XV da CF, 67 da CLT e art. 1º da Lei 605/49, o trabalhador tem direito a um dia de descanso 
semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. Assim, quando entre uma jornada de 
trabalho e outra estiver o repouso semanal remunerado, de 24 horas, este deve ser somado ao 
intervalo interjornadas de 11 horas, totalizando um período de descanso de 35 horas. Período este 
que não foi observado, uma vez que entre uma jornada e outra de trabalho decorreu apenas 32 
horas. (Fundamento) 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento de 3 horas extras 
acrescidas do adicional de 50%, bem como, reflexos em verbas contratuais e resilitórias, em DSR, 
aviso prévio, décimo terceiro salário integral e proporcional, férias integrais e proporcionais 
acrescidas de 1/3 e FGTS (depósito e multa de 40%). (Pedido) 
 
Obs.: As referências entre parênteses, Fato, Fundamento e Pedido ao final do parágrafo busca 
apenas orientar o leitor, entretanto, não devem ser incluídas na prova. 
 
► ADICIONAL NOTURNO 
 
 O horário noturno, no meio urbano, é das 22h00 às 05h00. A hora noturna não corresponde a 
60 minutos, mas sim a 52 minutos e 30 segundos. Ao trabalho no período noturno, assegura-se um 
acréscimo de 20% sobre o valor da hora diurna. 
 No meio rural, o trabalho noturno é disciplinado pelo art. 7º da Lei 5889/73, o qual estabelece 
que se considera noturno, na lavoura, o trabalho executado das 21h00 às 05h00 e, na pecuária, das 
20h00 às 04h00. A hora noturna é de 60 minutos e o adicional é de 25%. 
 O art. 73 da CLT afasta o direito ao adicional noturno dos empregados que trabalham em 
turnos ininterruptos de revezamento. Tal disposição, entretanto, não foi recepcionada pela 
Constituição de 1998, que em seu art. 7º, IX, CF, assegura a todos indistintamente o direto ao 
adicional noturno (súmula 213, STF). 
 
Art. 7º, CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
... 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 
 
Súmula 213, STF. É devido o adicional de serviço 
noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de 
revezamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito do Trabalho – Aula 02 
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10 
Art. 73, CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal 
ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração 
superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração 
terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, 
sobre a hora diurna. 
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 
52 minutos e 30 segundos. 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o 
trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 
horas do dia seguinte. 
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se 
tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de 
suas atividades, trabalhonoturno habitual, será feito, tendo 
em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de 
natureza semelhante. Em relação às empresas cujo 
trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o 
aumento será calculado sobre o salário mínimo geral 
vigente na região, não sendo devido quando exceder 
desse limite, já acrescido da percentagem. 
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que 
abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas 
de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus 
parágrafos. 
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o 
disposto neste capítulo. 
 
Em síntese, nos termos do art. 73 da CLT, tem-se que: 
a) considera-se noturno, para efeitos desse artigo, o trabalho urbano executado entre as 22 
horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. 
b) o adicional noturno é de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna. 
c) a hora de trabalho noturna será computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos. 
Destaca-se acerca do adicional noturno a Súmula 60 do TST. Observe: 
 
Súmula 60, TST. I - O adicional noturno, pago com 
habitualidade, integra o salário do empregado para todos 
os efeitos. II - Cumprida integralmente a jornada no 
período noturno e prorrogada esta, devido é também o 
adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 
73, § 5º, da CLT. 
 Segue o exemplo: 
 
 II – MÉRITO 
 01. Adicional noturno 
 
 
 
 
 
 
 
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 A jornada do reclamante iniciava-se às 22 horas e encerrava-se às 5 horas do dia seguinte, 
quando chegava o outro empregado da reclamada. Apesar de trabalhar no período noturno, o 
reclamante sempre recebeu o mesmo salário que o empregado que laborava no período diurno. 
(Fato) 
Nos termos do art. 7º, IX da Constituição Federal, o trabalho prestado no período noturno terá 
remuneração superior ao do período diurno. O art. 73 da CLT estabelece que o adicional deve ser de 
20% sobre o valor da hora diurna. Adicional este que jamais foi pago ao reclamante. (Fundamento) 
 Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento do adicional noturno, no 
importe de 20% do valor da hora diurna, em relação às horas trabalhadas no período noturno, bem 
como, reflexos em verbas contratuais e resilitórias, em DSR, aviso prévio, décimo terceiro salário 
integral e proporcional, férias integrais e proporcionais acrescidas do terço constitucional e FGTS 
(depósitos e multa de 40%). (Pedido) 
 
 É possível transferir o empregado do período noturno para o diurno, retirando-lhe o adicional 
noturno, por se tratar de alteração contratual mais benéfica para a saúde do trabalhador (art. 468 da 
CLT e súmula 265, TST). 
 
Súmula 265, TST. A transferência para o período diurno 
de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 
 
 Acerca do adicional noturno é importante destacar: 
● É vedado ao menor o trabalho noturno (art. 7º, XXXIII, CF). 
● Súmula 214, STF: a duração legal da hora de serviço noturno (52 minutos e 30 segundos) 
constitui vantagem suplementar, que não dispensa o salário adicional. 
● OJ 97, SDI – 1, TST: o adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas 
no período noturno. 
● Súmula 402, STF: o vigia noturno tem direito a salário adicional. 
● Advogados – art. 20, §3, Lei 8906/94: o trabalho noturno é o compreendido entre às 20h00 e 
05h00 e o adicional é de 25%. 
● No meio rural: o trabalho noturno é disciplinado pelo art. 7º da Lei 5889/73, o qual estabelece 
que se considera noturno, na lavoura, o trabalho executado das 21h00 às 05h00 e, na pecuária, das 
20h00 às 04h00. A hora noturna é de 60 minutos e o adicional é de 25%. 
 
 
D) MULTA DO ART. 467 DA CLT 
 
 A defesa da reclamada, no Processo do Trabalho, sempre será ofertada na primeira 
audiência, momento em que deverá contestar todas as verbas pleiteadas pelo reclamante, sob pena 
de restarem incontroversas. 
 Nesse diapasão, todas as verbas não contestadas pelo empregador são devidas ao 
empregado e devem ser quitadas em primeira audiência, sob pena de multa de 50%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 467, CLT. Em caso de rescisão de contrato de 
trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das 
verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao 
trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do 
Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena 
de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento. 
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e 
as suas autarquias e fundações públicas. 
 
 O parágrafo único do artigo referido prevê uma exceção ao caput: a multa não é aplicável à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e as suas autarquias e fundações públicas. 
 Segue exemplo: 
II – MÉRITO 
02. MULTA DO ART. 467, CLT 
 Nos termos do artigo 467 da CLT, o Reclamante requer que o pagamento das verbas 
incontroversas seja realizado em primeira audiência, sob pena da incidência de multa de 50% sobre 
o valor correspondente. 
 
E) MULTA DO ART. 477 DA CLT 
 
 A rescisão de um contrato de trabalho enseja o pagamento das verbas rescisórias ao 
empregado. O empregador, ao efetuar esse pagamento, deve observar o prazo legal estipulado pelo 
artigo 477, §6º da CLT. 
 O pagamento das verbas rescisórias possui dois prazos distintos que são definidos em função 
do aviso prévio. Observe: 
 
AVISO PRÉVIO PRAZO PARA PAGAMENTO DAS VR 
Cumprido 1º dias útil após do término 
Indenizado 10 dias corridos 
 
O artigo 477, § 6º, alínea “a” da CLT, afirma que, se o aviso prévio for cumprido, o pagamento 
das verbas rescisórias deve ser realizado até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato. 
A alínea “b”, por sua vez, afirma que se o aviso prévio for indenizado, o pagamento deverá 
ser efetuado até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão. Note que NÃO é o 
décimo dia útil. A contagem do prazo é de 10 (dez) dias a partir da dispensa. 
A multa prevista pelo §8º do artigo 477 da CLT só incidirá se o empregador não respeitar o 
prazo legal previsto no §6º para o pagamento das verbas rescisórias. A penalidade prevista 
corresponde ao valor de um salário do empregado percebido à época da dissolução do contrato de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Art. 477, CLT. É assegurado a todo empregado, não 
existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo 
contrato, e quando não haja ele dado motivo para 
cessação das relações de trabalho, o direito de haver do 
empregador uma indenização, paga na base da maior 
remuneração que tenha percebido na mesma empresa. 
§ 6º. O pagamento das parcelas constantes do 
instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser 
efetuado nos seguintes prazos: 
a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; 
ou 
b) até o décimo dia, contado da data da notificação da 
demissão, quando da ausência do aviso prévio, 
indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 
§ 8º. A inobservância do disposto no § 6º deste artigo 
sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, 
bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, 
em valor equivalente ao seu salário, devidamente 
corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando 
comprovadamente, o trabalhador der causaà mora. 
 
Segue exemplo: 
 
II – MÉRITO 
03. MULTA DO ART. 477, § 8º, CLT 
A reclamada não respeitou o prazo para pagamento das parcelas rescisórias previsto no 
artigo 477, §6º da CLT. Diante desse fato, o Reclamante requer a condenação da reclamada ao 
pagamento de multa no valor equivalente ao seu salário, nos termos do §8º do artigo 477 da CLT. 
 
F) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
 
 Nas relações de trabalho diversas das relações de emprego, os honorários são devidos em 
razão da mera sucumbência (art. 5º, IN 27/2005, TST). 
 Nas relações de emprego os honorários dependem do preenchimento de dois requisitos: a) 
tratar-se de reclamante beneficiário da justiça gratuita e b) a assistência por advogado de sindicato 
(súmulas 219 e 329, TST e art. 14, Lei 5584/70). 
 Nesse caso os honorários são devidos à razão de até 15% (quinze por cento) reversíveis ao 
sindicato da categoria. 
 
Súmula 219, TST. I - Na Justiça do Trabalho, a 
condenação ao pagamento de honorários advocatícios, 
nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre 
pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte 
estar assistida por sindicato da categoria profissional e 
 
 
 
 
 
 
 
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comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do 
salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica 
que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio 
sustento ou da respectiva família. 
 
Súmula 329, TST. Mesmo após a promulgação da 
Constituição da República de 1988, permanece válido o 
entendimento consubstanciado na Súmula 219 do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
 
 
Alguns, entretanto, defendem que o jus postulandi não teria sido recepcionado pela 
Constituição da República, uma vez que esta, em seu art. 133, CF, estabeleceu que o advogado é 
essencial à Justiça. Entende-se que nesse caso os honorários são sempre devidos em razão da 
mera sucumbência, no importe de 20%, nos termos do art. 20 do CPC. 
 
Art. 20, CPC. A sentença condenará o vencido a pagar ao 
vencedor as despesas que antecipou e os honorários 
advocatícios. Essa verba honorária será devida, também, 
nos casos em que o advogado funcionar em causa 
própria. 
§ 3º. Os honorários serão fi xados entre o mínimo de 
10% (dez por cento) e o máximo de 20% (vinte por cento) 
sobre o valor da condenação, atendidos: 
a) o grau de zelo do profissional; 
b) o lugar de prestação do serviço; 
c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado 
pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
 
 EM SÍNTESE: 
 Na petição inicial devemos requerer honorários advocatícios sucumbenciais SEMPRE: 
• nas relações de trabalho diversas das relações de emprego: com fundamento no art. 5º, IN 
27/2005, pedir honorários a razão de 20% (vinte por cento), nos termos do art. 20 do CPC. 
• nas relações de emprego em que o examinador relata que fomos contratados como 
advogados de sindicato: com fundamento nas súmulas 219 e 329, TST e art. 14, Lei 5584/70, 
requerer 15% (quinze por cento) de honorários. 
• nas relações de emprego em que o advogado não pertence ao sindicato: com fundamento no 
art. 133 da CF alegar que o jus postulandi não foi recepcionado pela Constituição e requerer 20% 
(vinte por cento) de honorários, nos termos do art. 20, § 3º, CPC. 
 
REQUERIMENTOS FINAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os requerimentos finais são indispensáveis à reclamatória trabalhista. Este tópico 
compreende os seguintes pedidos: a notificação da reclamada, a produção de todos os meios de 
prova em direito admitidos e a procedência dos pedidos, com a condenação da reclamada ao 
pagamento das verbas postuladas, acrescidas de juros e correção monetária. 
 
 
 
REQUERIMENTOS 
FINAIS 
 NOTIFICAÇÃO 
 PRODUÇÃO DE PROVA 
 PROCEDÊNCIA dos pedidos com a 
condenação do reclamado ao pagamento das 
verbas postuladas, acrescida de juros e 
correção monetária 
 
 
Segue exemplo: 
 
IV – REQUERIMENTOS FINAIS 
 Diante do exposto, requer: 
• notificação da Reclamada para oferecer resposta à Reclamatória Trabalhista, sob pena de 
revelia e confissão quanto à matéria de fato. 
• a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, o 
depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas. 
• Por fim, a procedência dos pedidos com a condenação da reclamada ao pagamento das 
verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correção monetária. 
 
 
VALOR DA CAUSA 
 
Por fim, o examinando deve tratar do valor da causa da seguinte maneira: 
• no procedimento ordinário: basta escrever “Atribui-se a causa valor acima de 40 salários 
mínimos”. 
• no procedimento sumaríssimo: indicar o valor resultante da somatória de todos os pedidos e 
caso não seja possível, escrever apenas que “O valor da causa está acima de 2 e não ultrapassa 40 
salários mínimos”. Isso porque o art. 852-B, I e II, CLT, estabelece que nesse procedimento o pedido 
deve ser certo, determinado e líquido, consequentemente, o reclamante deve indicar o valor 
correspondente a cada pedido, sendo o valor da causa o resultado da somatória de todos eles. 
 
FINALIZE A SUA PEÇA! 
 
Para finalizar sua peça você o candidato deve utilizar as seguintes expressões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Termos em que, 
Pede deferimento. 
Local, data 
Advogado

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