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Profa. Dra. Walkiria Rigolon
UNIDADE II
Orientação e Supervisão 
de Estágio: 
Ciclo Complementar
A profissão docente é complexa e altamente exigente. Cabe ao professor:
 Lidar com situações-problema plurais, instáveis e atravessadas pelas particularidades dos 
estudantes (Tardif e Lessard, 2014).
 Ter uma base de conhecimentos profissionais específicos e ser capaz de utilizar tal base 
para fundamentar escolas e ações.
 Considerar que não se nasce professor, aprende-se a ser professor por meio de 
oportunidades de formação antes do seu ingresso na docência e por meio de uma 
formação continuada.
O desenvolvimento da profissionalidade docente
“A gente só enxerga o que a gente sabe.”
 Ensino como arte – Nesta concepção, o professor é entendido como um artista. Desse 
modo, o processo de ensino é compreendido como algo indeterminado e totalmente 
dependente do talento do professor. Assim, o profissional já nasceria com talento para ser 
docente e, nesse sentido, o seu desenvolvimento seria um processo natural.
 Ensino como atividade comum – Nesta outra concepção, o trabalho docente é visto como 
trivial, sem qualquer complexidade, e o ensino é entendido como ocupação na qual as 
pessoas aprendem principalmente desenvolvendo um estilo individual, em um processo 
ancorado somente nas experiências pessoais.
 Ensino como prática rígida – Nesta perspectiva, as ações 
de ensino são vistas como ações mecânicas. Assim, basta 
observar outro docente e depois fazer “igual”, seguindo um 
modelo padronizado. O ensino aqui é mera técnica, excluindo 
toda reflexividade crítica de um trabalho intelectual 
como a docência.
Diferentes visões do trabalho docente
 O estágio deve ser compreendido como um momento fundamental em sua formação como 
futuro professor. 
 Ao realizar seu estágio nos 4º e 5º anos, você precisa refinar seu olhar para compreender 
como os professores realizam sua atividade, quais intervenções pedagógicas promovem, 
como fazem a gestão do tempo, como manejam situações inesperadas, como lidam com a 
diversidade da sala de aula e com sua autonomia.
 A autonomia docente se estrutura em dois pilares: nosso compromisso ético-político (valores 
e crenças) e nossa competência técnica e pedagógica (conhecimentos sobre como exercer 
essa profissão).
 Autonomia pedagógica diz respeito à nossa profissionalidade
e ao mandato específico e singular da docência. É uma 
autonomia para realizar os procedimentos profissionais que 
julgamos mais adequados para produzir os resultados de 
aprendizagem e desenvolvimento esperados pela sociedade. 
A capacidade de observação no estágio
 Um importante aspecto a ser considerado no trabalho com o ciclo complementar refere-se à 
garantia de princípios pedagógicos basilares que favoreçam o processo de aprendizagem e, 
por conseguinte, o desenvolvimento dos estudantes. Nesse sentido, tendo em vista todos os 
aspectos que já citamos anteriormente, como a faixa etária dos alunos do 4º e 5º anos 
(pré-adolescentes), os componentes curriculares que precisam ser desenvolvidos, a 
necessidade de consolidar e ampliar as aprendizagens que começaram a ser desenvolvidas 
no ciclo de alfabetização, a questão de uma educação pautada no conceito de Educação 
Integral, entre outros aspectos, faz-se necessário implementar uma prática pedagógica que 
esteja em convergência com princípios básicos da pedagogia, visando garantir um ensino 
que seja mais significativo.
Para tanto, ao nos referirmos aqui sobre princípios pedagógicos 
basilares que todo professor precisa garantir, tratamos dos 
seguintes aspectos descritos a seguir:
Princípios e práticas no ciclo complementar
 Este princípio é essencial em qualquer segmento de ensino, pois, antes de iniciar uma ação 
de ensino, é necessário que o docente saiba qual o nível de conhecimento que seus 
estudantes já possuem sobre determinado objeto de conhecimento e/ou conteúdo que se vai 
desenvolver. Caso os professores não realizem tal levantamento, correrão o risco de querer 
ensinar algo que a turma já saiba. Neste caso, a aula se tornará entediante, e os estudantes 
poderão se sentir desmotivados a aprender. Ou então, querer ensinar algo que está muito 
além do que seria possível desenvolver naquele momento, devido aos pré-requisitos que 
ainda não foram desenvolvidos. 
 Por isso, levantar conhecimentos prévios é fundamental para uma boa prática pedagógica, 
não só no ciclo complementar, mas em qualquer outra etapa de ensino.
Levantamento dos conhecimentos prévios
 A contextualização, dos objetos de conhecimento e/ou conteúdo, é princípio a ser garantido 
em sala de aula, pois é justamente a contextualização realizada pelo professor que auxilia os 
estudantes a estabelecer relações com o que vão aprender e as experiências e vivências 
que têm. Nesse sentido, a contextualização auxilia na atribuição de significado ao que se vai 
estudar. Evita que o estudante fique questionando: por que tenho de aprender isso? 
A contextualização ajuda os alunos a se aproximar dos conhecimentos que a humanidade 
construiu e a criar novas análises a partir das referências que já possui.
Contextualização
 O princípio da problematização permite que os estudantes do ciclo complementar se 
deparem com situações novas, diante das quais eles terão de ativar conhecimentos prévios, 
analisar, refletir, estabelecer relações, criar hipóteses, checá-las, generalizar conhecimentos, 
entre outros, assim como exercícios de reflexividade para ampliar, sobremaneira, o seu 
desenvolvimento intelectual. 
 Vale ressaltarmos que garantir a problematização demanda, por parte do docente, realizar 
intervenções didáticas que provoquem nas crianças do 4º e 5º anos o hábito de pensar 
criticamente, capacidade que precisa ser desenvolvida e investigada na esfera escolar.
Problematização
Este princípio, entre todos os princípios pedagógicos basilares, talvez seja o menos 
conhecido e estudado. De acordo com o educador popular e sociológico Oscar Jara 
Holliday (2006, p. 24): 
 “A sistematização é aquela interpretação crítica de uma ou várias experiências que, a partir 
de seu ordenamento e reconstrução, descobre ou explicita a lógica do processo vivido, os 
fatores que intervieram no dito processo, como se relacionaram entre si e porque o fizeram 
desse modo”.
 A sistematização é um importante recurso didático para se 
evidenciar as aprendizagens conquistadas e também o que 
ainda não foi aprendido, mas se deseja aprender. Com isso, 
percebemos que o princípio da sistematização também é uma 
importante estratégia metodológica que auxilia no engajamento 
do estudante em seu próprio processo de aprendizagem.
Sistematização
 A dialogicidade, ou relação dialógica, é uma estratégia imprescindível que deve permear todo 
o trabalho didático-pedagógico e as interações entre professor e estudantes, pois, sem 
diálogo, não é possível implementar nenhum dos princípios pedagógicos basilares aqui 
descritos, sem que se estabeleça um diálogo e uma escuta atenta e respeitosa com os 
estudantes e suas famílias.
 Uma relação dialógica só pode ser implementada se houver uma escuta ativa e respeitosa 
instaurada no clima da sala de aula, no qual todos os estudantes possam sentir que suas 
falas são bem-vindas, acolhidas e respeitadas por todos. 
 Daí a necessidade de o docente criar um clima de amizade, 
respeito, empatia com e entre os estudantes. Desse modo, 
cada um desses princípios auxilia para que as práticas 
pedagógicas reverberem no processo de aprendizagem.
Relação dialógica
Os princípios pedagógicos basilares que precisam ser garantidos em sala de aula são:
a) Levantamento de conhecimentos prévios, contextualização, sistematização, sensibilização.
b) Sistematização, sensibilização, avaliação, intervenção pedagógica.
c) Sensibilização, avaliação, contextualização, problematização.
d) Relação dialógica, levantamento de conhecimentos prévios,avaliação.
e) Levantamento de conhecimentos prévios, contextualização, problematização 
sistematização e relação dialógica.
Interatividade
Os princípios pedagógicos basilares que precisam ser garantidos em sala de aula são:
a) Levantamento de conhecimentos prévios, contextualização, sistematização, sensibilização.
b) Sistematização, sensibilização, avaliação, intervenção pedagógica.
c) Sensibilização, avaliação, contextualização, problematização.
d) Relação dialógica, levantamento de conhecimentos prévios, avaliação.
e) Levantamento de conhecimentos prévios, contextualização, problematização 
sistematização e relação dialógica.
Resposta
Espaços e ambientes no ciclo complementar
 Embora as palavras espaço e ambiente sejam comumente utilizadas como sinônimos para 
definição de lugar, do ponto de vista pedagógico, faz-se necessário distingui-las. Isso porque, 
apesar de suas definições serem próximas, essas palavras apresentam aspectos distintos.
 Podemos dizer que, enquanto o espaço está relacionado à dimensão física, ou seja, ao lugar 
propriamente dito, o ambiente se refere às condições não só materiais, mas também às 
condições humanas que se dão em determinado espaço. Assim, entende-se que o ambiente 
é algo mais abrangente do que o espaço, uma vez que extrapola as condições 
estritamente físicas.
Observação como estratégia formativa
Espaços e ambientes no ciclo complementar
 Nesse sentido, o espaço da sala de aula deve ser organizado de forma a estimular e 
oportunizar o acesso à leitura, escrita, resolução de problemas, jogos, pesquisas, 
experimentos etc. Espaços destinados à realização dessas atividades refletem a dinâmica de 
uma proposta pedagógica que, apesar de ser conduzida pelo(a) professor(a), os estudantes 
se sentem parte de um ambiente que lhe oferece a autonomia e o incentivo para ler, 
escrever, estudar e pesquisar.
 Desse modo, pode-se construir diferentes ambientes de aprendizagem.
Observação como estratégia formativa
Espaços e ambientes no ciclo complementar
 Vale lembrarmos ainda que as condições básicas de higiene, segurança, circulação de ar, 
iluminação e tamanho adequado à quantidade de estudantes também são aspectos que 
favorecem o espaço físico de aprendizagem. De forma alguma, podemos nos esquecer da 
adaptação dos atendimentos à educação inclusiva, que se dá, entre outras medidas, pela 
disponibilização de rampas de acesso, pela ampliação do tamanho das portas para a entrada 
de cadeiras de rodas e pela adequação dos banheiros. 
Observação como estratégia formativa
Espaços e ambientes no ciclo complementar
 Em relação ao ambiente, tendo em vista que envolve não só as condições materiais, mas
também humanas, é necessário atentar-se à atmosfera ou ao clima das relações que se
estabelecem nos espaços de aprendizagem. Isso abarca as mais variadas interações que
podem ser estabelecidas entre os envolvidos, como: professor(a) e criança(s), criança e
criança, crianças e crianças, entre outras.
Observação como estratégia formativa
Organização dos tempos e dos espaços a favor da aprendizagem no ciclo complementar 
 A organização dos espaços e dos ambientes também está atrelada a outro aspecto 
importante no contexto escolar: o tempo. A organização didática do tempo, para o 
desenvolvimento do trabalho na sala de aula, ou em qualquer outro espaço da escola, é 
extremamente relevante, pois a proposição de boas situações de aprendizagem está 
diretamente relacionada à otimização e ao planejamento da temporalidade. Nesse sentido, 
assim como as modalidades organizativas podem favorecer a boa qualidade na organização 
do tempo no ciclo de alfabetização, isso não se difere no ciclo complementar.
 Desse modo, com foco no ciclo complementar, retomaremos 
as modalidades organizativas construídas por Délia Lerner 
(2002), que, por sua vez, contribuem sobremaneira com a 
organização do tempo em sala de aula. 
Observação como estratégia formativa
 A rotina é um instrumento que organiza e distribui no tempo e no espaço as ações didáticas 
que foram planejadas, sendo o instrumento básico para que o grupo estabeleça vínculos e 
se organize para cumprir suas tarefas assumindo suas responsabilidades. Ela não é o 
planejamento das atividades em si, mas traduz e organiza a intencionalidade das propostas.
 Sua organização, embora flexível em razão de imprevistos e do tempo que os estudantes 
precisam para aprender determinados objetos de conhecimento (conteúdos), tem o papel de 
potencializar e coordenar o uso do tempo didático. As atividades são distribuídas da maneira 
mais adequada, de acordo com as modalidades didáticas definidas pelos objetivos, pela 
natureza do conteúdo e necessidades de aprendizagem dos estudantes. 
A organização da rotina no ciclo complementar
Conceito forjado por Délia Lerner
 Segundo Délia Lerner (2002), as modalidades organizativas favorecem a articulação de 
saberes, fazem com que as crianças construam e consolidem unidades maiores de 
conhecimento. Estamos falando dos projetos pedagógicos, de atividades permanentes e 
das sequências didáticas, auxiliando o professor na gestão do tempo em sala de aula.
Modalidades organizativas
Atividades habituais ou permanentes
 Conforme expresso no próprio nome, são atividades previstas na rotina de maneira frequente 
e sistemática ao longo de todo ano letivo. Dessa forma, se referem àquelas atividades 
desenvolvidas de forma sistemática ao longo de todo ano letivo, por exemplo, no caso do 
ensino de Língua Portuguesa, devem ser atividades permanentes em sala de aula as 
atividades de escrita, leitura, produção textual, análise linguística, com intuito de desenvolver 
a capacidade leitora e escritora, que só será atingida com investimento de longo prazo.
Modalidades organizativas
As atividades sequenciais ou sequências didáticas 
 Como o próprio nome sugere, são atividades que, organizadas dentro de uma determinada 
sequência, acerca de um tema ou objeto de conhecimento, se relacionam umas com as 
outras, isto é, de maneira que a atividade anterior esteja articulada à posterior e assim por 
diante, sempre levando em consideração a gradação do nível de dificuldade de uma 
atividade para a outra.
Modalidades organizativas
 Projetos – A estrutura de um projeto é muito semelhante ao da sequência didática, uma vez 
que esta modalidade organizativa se estrutura por meio de uma sequência de ações 
planejadas, partindo de objetos de conhecimento e objetivos de aprendizagem 
previamente definidos. 
 A diferença entre a sequência didática e o projeto concentra-se no período de duração, tendo 
em vista que o projeto exige um tempo maior. Além disso, o projeto tem como item 
obrigatório um produto final, ou seja, um produto que simbolize e sistematize a finalização 
das etapas de desenvolvimento; pode ser um evento (exposição, teatro, festa, sarau etc.), a 
construção de um objeto físico (livro, jogo, cartaz etc.) ou virtual (coletânea de músicas, 
imagens, fotografias, vídeos etc.). 
Modalidades organizativas
 De acordo com Lerner (2002), o projeto didático permite que os estudantes sintam a 
legitimidade da necessidade e relevância de pesquisar e estudar a partir de uma abordagem 
contextualizada, regada a sentido e significado para os envolvidos. É um tipo de 
planejamento em que a participação da criança é indispensável.
 As modalidades organizativas podem contribuir para a organização da rotina e do 
planejamento escolar.
Modalidades organizativas
O professor do ciclo complementar pode estruturar seu planejamento identificando 
quais serão, por exemplo, em Língua Portuguesa:
 As Atividades Permanentes.
 As Sequências Didáticas que pretende desenvolver.
 Quais Projetos Pedagógicos serão desenvolvidos no decorrer do ano.
Planejamento organizado por meio das modalidades organizativas
As modalidades organizativas propostas por Délia Lerner são:
a) Atividades permanentes, contextualizaçãoe sistematização.
b) Projetos, sequência didática e avaliação.
c) Atividades permanentes, projetos, avaliação e sistematização.
d) Sequências didáticas, atividades permanentes e avaliação.
e) Atividades permanentes, projetos e sequências didáticas.
Interatividade
As modalidades organizativas propostas por Délia Lerner são:
a) Atividades permanentes, contextualização e sistematização.
b) Projetos, sequência didática e avaliação.
c) Atividades permanentes, projetos, avaliação e sistematização.
d) Sequências didáticas, atividades permanentes e avaliação.
e) Atividades permanentes, projetos e sequências didáticas.
Resposta
 Um aspecto de extrema relevância a ser observado durante o estágio e que pode ser uma 
importante fonte formativa para você, futuro professor, refere‐se à documentação e aos 
registros do trabalho pedagógico. Esses registros e o acervo documental favorecem o 
percurso de aprendizagem dos estudantes, bem como permitem ao professor refletir sobre 
sua prática docente.
 Por isso, durante o estágio, é importante estar atento a esses registros, mapas de classe, 
entre outros documentos.
Documentação: Registros, Mapas de Aprendizagem e Portfólios
É por meio da documentação produzida a partir de diferentes registros, como mapas de classe, 
portfólios, relatórios, diários de classe, semanários, avaliações diagnósticas e contínuas, diário 
de bordo, entre outros, que são produzidos e planejados os objetivos e aprendizagem, além 
dos objetos de conhecimentos que serão desenvolvidos em sala de aula. Assim:
 “O registro é um recurso que auxilia a memória, possibilita retomar e rever os fatos ocorridos, 
além de, no contexto da Documentação Pedagógica, propiciar elementos para o professor 
repensar suas realizações junto aos aluno” (Mendonça, 2009, p. 67).
Documentação: Registros, Mapas de Aprendizagem e Portfólios
 Observe um exemplo de documentação de diagnóstico de leitura. 
Documentação: Registros, Mapas de Aprendizagem e Portfólios
Fonte: Disponível em: https://tinyurl.com/3zn3n8j2. Acesso em: 10 dez. 2024. 
ESFERA DE
CIRCULAÇÃO
DOS GÊNEROS
TEXTUAIS
LITERÁRIA ESCOLAR / DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA JORNALÍSTICA
DOMÍNIOS
DE LEITURA
AVALIADOS 
Localização e
recuperação
de informação
Compreensão
e interpretação
Reflexão
Localização e
recuperação
de informação
Compreensão
e
interpretação
Reflexão
Localização e
recuperação 
de informação
Compreensão
e
interpretação
Reflexão
QUESTÕES
ESTUDANTES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
 O ato de registrar é um exercício que deve ser praticado sistematicamente por aqueles que 
escolhem a docência como profissão; conhecer diferentes instrumentos de registros e suas 
possibilidades é uma aprendizagem essencial ao futuro professor, e, ao citarmos diferentes 
registros, estamos nos referindo a(à): preenchimento de diários de classe, rotina pedagógica, 
diário de bordo, semanário, registros reflexivos, gráficos e tabelas, relatórios, esquemas, 
mapas de classe, atas de reunião, mapas de produção textual, entre outros registros.
 Para tanto, é preciso desenvolver a capacidade leitora e escritora, para ler e interpretar 
dados de diferentes naturezas.
Documentação: Registros, Mapas de Aprendizagem e Portfólios
Ação
Reflexão
Ação
A reflexividade envolve a tomada de consciência, que é entendida como uma virtude 
necessária a qualquer docente. Nesse sentido, o ato de registrar possibilita revermos as 
decisões que foram tomadas e avaliar seus efeitos e repercussões no trabalho docente. 
Durante o estágio, é muito importante assumir uma atitude de pesquisador, com uma 
observação atenta e cuidadosa sobre diferentes aspectos que envolvem a interação entre 
professores e estudantes e entre os próprios estudantes. Todos os registros produzidos 
durante o estágio são importantes ferramentas de apoio à reflexividade crítica, instigando um 
exercício contínuo de:
Esse processo contínuo apresentado, 
de ação-reflexão-ação, também era 
denominado por Paulo Freire 
como práxis.
Quadros de apoio à observação e registro
Fonte: Adaptado de: Livro-texto.
No livro-texto, você contará com quadros de apoio à observação que o ajudarão a 
registrar diferentes dimensões, como: 
1) A rotina no ciclo complementar.
2) Os princípios pedagógicos basilares e as intervenções didáticas.
3) Materialidades.
4) O uso dos espaços e ambientes.
5) Momento de trabalho pedagógico coletivo e a interação família-escola.
 Esses registros o auxiliarão na produção final de um registro 
reflexivo das aprendizagens construídas no estágio, formando 
uma espécie de repertório formativo que une teoria e prática. 
Quadros de apoio à observação e registro
 Exemplos dos quadros de 
apoio que constam no 
livro-texto.
Quadros de apoio à observação e registro
O que observar?
Aspectos
observáveis Questões norteadoras
1) Rotina no ciclo 
complementar
Modalidades 
organizativas: 
atividades 
permanentes, 
sequências 
didáticas, projetos.
Como a rotina é organizada? Há um planejamento? As
atividades são planejadas previamente ou improvisadas?
Quais atividades são mais contempladas na rotina?
Há propostas de leituras textuais? Quais?
Além da Língua Portuguesa e da Matemática, outros
componentes curriculares são contemplados na rotina
do ciclo complementar: Língua Inglesa (ou outra língua),
História, Geografia, Ciências Arte, Educação Física e
outros? Como esses componentes curriculares são 
trabalhados na rotina?
A rotina contempla um trabalho com projetos? Quais?
Dê alguns exemplos.
As atividades propostas contemplam as práticas sociais de 
leitura, escrita, orientação de estudo, resolução de problemas,
questões socioambientais que levam em conta o contexto
sociocultural no qual a escola se insere? Como? Dê alguns
exemplos práticos.
Os componentes curriculares garantem atividades que
envolvem o letramento literário, matemático, artístico,
científico, tecnológico e outros no trabalho com diferentes
gêneros textuais? Dê alguns exemplos.
Fonte: Adaptado de: Livro-texto.
 Exemplos dos quadros de 
apoio que constam no 
livro-texto.
Quadros de apoio à observação e registro
O que observar?
Aspectos
observáveis Questões norteadoras
2) Os princípios 
pedagógicos 
basilares e as 
intervenções
didáticas
Levantamento dos 
conhecimentos 
prévios, 
contextualização, 
problematização, 
mediação do(a) 
professor(a).
O(A) professor(a) costuma fazer o levantamento dos conhecimentos prévios
das crianças? Como e em quais momentos? Dê exemplos.
As crianças sentem-se à vontade para falar sobre o que sabem a respeito
dos assuntos e conteúdos abordados nas atividades? Justifique.
As atividades propostas são contextualizadas? O(A) professor(a), antes de
propor a atividade, dialoga com a turma sobre o tema que será trabalhado
tornando a atividade mais significativa? Como isso é feito? Dê exemplos.
Como é a participação dos estudantes durante as atividades propostas?
Eles se mostram engajados? Eles têm um papel ativo durante as
atividades? Relate como isso acontece.
Durante as aulas, o(a) professor(a) faz perguntas que levam as crianças a
levantar hipóteses, estabelecer relações, analisar, conjecturar com o
objetivo de problematizar o tema ou assunto abordado? Dê alguns
exemplos.
Durante a realização das atividade propostas, o(a) professor(a) realiza 
intervenções pedagógicas, como circular pela classe colocando-se à
disposição das crianças; realizar intervenções individuais a depender das
necessidades das crianças; atende à diversidade de ritmos e níveis de
aprendizagens da turma; organiza atividades em grupos/duplas orientando
e acompanhando-os?
Atenção: relate como as ações do professor acontecem na sala de aula
Como o professor avalia os estudantes? Por meio de quais instrumentos?
Dê alguns exemplos.
A avaliação se mostrou a favor do processo de aprendizagem ou foi utilizada
unicamente como um instrumento para atribuição de nota? Dê exemplos.
Fonte: Adaptado de:Livro-texto.
 Exemplos dos quadros 
de apoio que constam 
no livro-texto.
Quadros de apoio à observação e registro
O que observar?
Aspectos 
observáveis
Questões norteadoras
3) Materialidades
Materiais didáticos, 
paradidáticos, jogos e
recursos tecnológicos.
Quais são os principais portadores textuais mais utilizados em sala de
aula: livros didáticos, livros de literatura infantil, gibis, revistas, bilhetes,
anúncios, jornais, dicionários, palavras-cruzadas, livros com enigmas etc.?
Dê exemplos.
Quais são os principais gêneros multimodais mais utilizados em sala de 
aula: blog, vlog, mídias sociais, podcast, bibliotecas digitais,
documentários, tutoriais, entrevistas, jornais e revistas digitais, vídeos de
experimentos e outros? Exemplifique.
Quais recursos tecnológicos são utilizados: calculadora, televisão,
tablet, computador, celular, equipamentos de robótica etc.? Dê alguns
exemplos.
Quais jogos e outros materiais de apoio são utilizados: microscópios,
mapas, bonecos de corpo humano, dicionários diversos, jogos de xadrez,
dominó, trilha, material dourado, tangram etc.?
Exemplifique.
Fonte: Adaptado de: Livro-texto.
 Exemplos dos quadros 
de apoio que constam 
no livro-texto.
Quadros de apoio à observação e registro
O que observar?
Aspectos 
observáveis
Questões norteadoras
4) Usos dos
espaços e
ambientes
Espaços/ambientes
da escola que 
costumam ser 
frequentados pelos 
estudantes no ciclo
complementar.
Espaços da escola
Descreva os espaços e ambientes que a escola possui: sala de leitura, 
informática, brinquedoteca, laboratório, pátio, quadra, sala de vídeo, 
refeitório, biblioteca etc.
Na rotina pedagógica, quais espaços/ambientes são frequentados? De que 
forma são utilizados?
Em sala de aula
Como o(a) professor(a) organiza as carteiras?
Há espaços/ambientes específicos com acervos de jogos e outros materiais 
de livre acesso à turma?
Há materiais expostos nas paredes ou outros espaços da sala de aula que 
exponham as atividades produzidas pela turma, como cartazes, resumos, 
sinopses, registros da leitura inicial, maquetes, mapas, esquemas sobre
o sistema solar, experimentos científicos, linhas do tempo, sínteses de 
pesquisas realizadas, produções artísticas, jornais, revistas, tabelas, 
gráficos etc.?
Em relação aos espaços observados, como você avalia a adequação destes 
no que se refere a ser um ambiente instigante em relação à construção do 
conhecimento para as crianças do ciclo complementar?
Os ambientes de aprendizagem favorecem as interações estabelecidas entre 
professor e estudante, entre os próprios alunos, na sala de aula: há 
cooperação, respeito, amizade, solidariedade, empatia, diálogo, entre outros?
Fonte: Adaptado de: Livro-texto.
 Exemplos dos quadros de apoio que constam no livro-texto.
Quadros de apoio à observação e registro
O que observar?
Aspectos 
observáveis
Questões norteadoras
5) Momentos de 
trabalho 
pedagógico 
coletivo e 
interação 
família-escola
Reuniões e momentos 
de formação continuada 
e planejamento de 
professores(as)
Que tipos de reuniões acontecem na escola? (de pais, conselho de 
classe/escola, Associação de Pais e Mestres (APM), grêmio etc.? Com 
qual frequência as reuniões acontecem?
Há momentos de estudo, formação e planejamento para os professores? 
Como esses momentos são organizados? Qual é a frequência? Quais 
são os principais temas abordados?
De que forma as famílias são recebidas e tratadas pelos profissionais da 
escola?
Que tipos de interações (festividades, orientações/atendimentos 
individuais, convocações) são estabelecidas com as famílias?
Fonte: Adaptado de: Livro-texto.
A tríade de apoio à reflexividade crítica exige um exercício contínuo de ação-reflexão-ação, que 
Paulo Freire denominou como:
a) Relação dialógica.
b) Emancipação.
c) Temas geradores.
d) Práxis.
e) Educação libertadora.
Interatividade
A tríade de apoio à reflexividade crítica exige um exercício contínuo de ação-reflexão-ação, que 
Paulo Freire denominou como:
a) Relação dialógica.
b) Emancipação.
c) Temas geradores.
d) Práxis.
e) Educação libertadora.
Resposta
A primeira perspectiva, cuja finalidade do estágio é propiciar ao estudante uma 
aproximação à realidade na qual atuará, provoca indagações importantes, como: 
[...] o que se entende por realidade? Que realidade é essa? Qual 
o sentido dessa aproximação? O aproximar‐se seria uma 
observação minuciosa ou a distância? A aproximação à realidade 
só́ tem sentido quando tem conotação de envolvimento, de 
intencionalidade, pois a maioria dos estágios burocratizados, 
carregados de fichas de observação, está numa visão míope de 
aproximação da realidade. Isso aponta para a necessidade de um 
aprofundamento conceitual do estágio e das atividades que nele 
se realizam. É preciso que os professores orientadores de 
estágios procedam, no coletivo, junto a seus pares e alunos, essa 
apropriação da realidade, para analisá‐la e questioná‐la 
criticamente, à luz de teorias. (Pimenta; Lima, 2006, p. 14)
A finalidade do estágio
 Uma das características da entrada na carreira é o choque de realidade, que, de acordo 
com Huberman (1992), é o momento em que o iniciante se depara, pela primeira vez, com a 
realidade e percebe as dificuldades do contexto escolar.
 O início da docência é marcado por intensas descobertas sobre a prática e seus desafios, 
tensões e contradições e sobre as alternativas possíveis para resolvê-los. O apoio, durante o 
estágio supervisionado de professores mais experientes possibilita ao professor iniciante 
desenvolver um processo de formação que o ajude a formar um repertório de conhecimentos 
que favorecerá uma atuação mais segura.
A finalidade do estágio supervisionado
 Segundo Pimenta e Lima (2006), dada a sua complexidade, o desenvolvimento do estágio 
supervisionado tem como principal desafio superar a dicotomia entre teoria e prática. Para 
tanto, as autoras defendem novas perspectivas para a compreensão do estágio, uma 
redefinição do seu significado que caminha para a reflexão a partir da realidade.
 A teoria ajuda a iluminar as práticas empreendidas, indicando em quais concepções, 
premissas, conhecimentos, crenças, valores e saberes elas se apoiam. A unidade entre 
teoria e prática favorece a reflexividade crítica que todo docente precisa desenvolver. 
Unidade teoria e prática
 Para o estágio supervisionado de Pedagogia, estão previstas três modalidades para a sua
realização, sendo elas: observação, participação e regência.
 Essas modalidades, por sua vez, se referem à maneira como o estágio poderá ser realizado 
na escola, a partir da supervisão de um profissional que, no ciclo complementar, é 
representado pelo professor regente da escola, responsável por lecionar nas turmas de 4º 
ou 5º ano do Ensino Fundamental.
As modalidades de estágio
 A observação é a modalidade que compõe a maior parte da carga horária de estágio. Afinal, 
a princípio, a intenção é que, durante o estágio supervisionado, o estagiário possa, por meio 
de uma observação guiada, estar atento aos inúmeros aspectos observáveis que constituem 
o ambiente escolar, especialmente o trabalho pedagógico que é realizado no ciclo 
complementar. A observação favorece a articulação entre a teoria e prática, uma vez que ela 
permite, a partir do respaldo teórico construído ao longo do curso, identificar atitudes, ações, 
intervenções didático-pedagógicas, interações, crenças e concepções que os professores 
regentes estabelecem na prática. 
 Por isso, você encontra no livro-texto o quadro de apoio à observação e registro.
Modalidade de observação
 A participação está condicionada à rotina e às necessidades do professor acompanhado 
durante a realização do estágio. Assim, ele poderá solicitar participações pontuais, como: 
ajuda na organização de materiais na sala de aula, no auxílio às crianças durante a 
realização de algumaatividade, participar de um jogo ou de alguma brincadeira, de uma 
leitura, de um debate, entre outras atividades. Do mesmo modo, é possível acompanhar 
professores que não vão exigir ou permitir a sua participação durante o estágio, e não há 
nenhum problema quanto a isso, tendo em vista que a participação não é um quesito 
obrigatório para conclusão do estágio e que a sua solicitação depende, exclusivamente, do 
professor responsável. 
 Assim, fica evidente a necessidade de respeitar e proceder 
conforme a maneira que esse profissional trabalha, bem como 
ele acolhe os estagiários em sua sala de aula.
Modalidade de participação
 Até chegar ao estágio supervisionado, ciclo complementar, você já realizou os estágios na 
creche, na pré-escola e no ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º anos do Ensino Fundamental). 
Durante esse percurso formativo, a partir da realização desses estágios, é esperado que o 
futuro professor tenha construído uma bagagem significativa de experiências que foram 
vivenciadas e observadas a partir da prática pedagógica de professores com diferentes 
abordagens, metodologias de ensino e que lecionam em diferentes etapas da 
Educação Básica. 
 Assim, levando em consideração os conhecimentos construídos até esse momento do curso, 
tanto do ponto de vista teórico quanto prático, entende-se que a realização da regência é 
mais apropriada durante o estágio no ciclo complementar.
Regência
 A regência, no estágio supervisionado: ciclo complementar, é uma modalidade de estágio 
obrigatória, em que você deverá planejar e ministrar uma aula para as crianças dos 4º e 5º 
anos do Ensino Fundamental que estiver acompanhando.
 Para não descaracterizar o objetivo do estágio supervisionado, a regência deve ser realizada 
em apenas uma aula. Não recomendamos a prática permanente da regência, além da 
quantidade mencionada e, principalmente, por conta da falta de supervisão do professor da 
escola, uma vez que você está em processo de formação inicial, portanto, ainda não está 
habilitado para exercer a função de professor.
Regência
 Para além da relevância formativa, a partir do ano de 2024, a regência durante a realização 
do estágio supervisionado passou a fazer parte do Exame Nacional de Desempenho dos 
Estudantes (Enade). De acordo com o Edital n. 124, de 20 de julho de 2024, esse exame, até 
então composto por uma avaliação teórica, passou também a ter uma avaliação prática, que 
consiste na realização da regência de uma hora-aula pelo estagiário, na etapa da Educação 
Básica correspondente ao estágio obrigatório realizado na instituição (Brasil, s.d.a).
 No curso de Pedagogia, a regência deve ser realizada somente no ciclo complementar, ou 
seja, no 4º ou no 5º ano do Ensino Fundamental.
Regência
 A regência requer uma mobilização de conhecimentos teóricos e práticos construídos ao 
longo do curso. Dessa maneira, não pode ser resumida à proposição de uma atividade, 
muito pelo contrário: para que seja realizada, faz-se necessário não somente ministrar uma 
aula, mas, principalmente, planejá-la antes de colocá-la em prática, levando em conta os 
princípios pedagógicos basilares que estudamos aqui.
 Para o planejamento da aula, você poderá contar com o apoio do professor da escola 
que estiver acompanhando e com os materiais (livros-textos e videoaulas) estudados 
durante o curso. 
Regência
Antes de dar início à elaboração do plano de aula, planejamento que dá origem à regência, 
será necessário estabelecer um diálogo com o professor da escola, com o intuito de: 
 Solicitar autorização para a realização da regência e alinhar o dia e horário em que 
ela acontecerá.
 Ter acesso à proposta curricular da escola e/ou ao planejamento do professor para que 
esses materiais possam servir de ponto de partida para a escrita do plano de aula 
da regência. 
Regência
 Pedir a sugestão de um tema a ser abordado. Caso o professor prefira deixá-lo à vontade, é 
importante escolher um tema que esteja de acordo com o que você observou durante o 
estágio e que já vem sendo abordado com os estudantes. 
 Definir, previamente, o objeto de conhecimento e os objetivos de aprendizagem que serão 
contemplados no plano de aula.
 Mais detalhes sobre a regência você encontra no Manual de Estágio Supervisionado: Ciclo 
Complementar, disponível no AVA.
Regência
 No livro-texto, você 
encontrará orientações 
sobre como produzir 
um plano de aula.
Plano de Aula
Plano de aula
Turma, tempo, espaço e recursos:
Turma: ( ) 4º ano ( ) 5º ano [turma na qual a regência será realizada] Total de
estudantes da turma: [quantidade de estudantes da turma] Tempo de duração:
[tempo de duração da aula/1 hora-aula]
Espaço (local onde será desenvolvido): [nome do local onde será desenvolvida a regência, por 
exemplo: sala de aula, sala de leitura, quadra de esportes, pátio, entre outros]
Recursos materiais necessários: [materiais que serão utilizados na aula, por exemplo: cadernos, 
papéis diversos, livros, lápis, cola, tesoura, tintas, revistas, jogos, entre outros]
Detalhamento do plano de aula
Área do conhecimento:
(Componente curricular/disciplina) [componente curricular escolhido para o plano de aula]
— Língua Portuguesa ( )
— Matemática ( )
— Ciências Humanas e Sociais: História ( ) Geografia ( )
— Ciências da Natureza: Ciências ( )
Objeto do conhecimento:
São os assuntos (conteúdos, conceitos, procedimentos e processos) trabalhados em uma determinada área
do conhecimento (componente curricular/disciplina). [Escreva aqui qual objeto do conhecimento será
trabalhado de acordo com o componente curricular definido]
Objetivos de aprendizagem:
[Definir, no máximo, três objetivos de aprendizagem em função do que se espera que os estudantes 
aprendam na aula em planejamento]
Desenvolvimento da aula
[Todos os tópicos precisam ser bem detalhados, com indicação do passo a passo]
Começo (aproximadamente 10 minutos): levantamento de conhecimentos prévios: descrever como dará
início à aula. Esse momento é crucial para conectar o novo conteúdo com o que os alunos
já sabem, facilitando a compreensão e o engajamento com o tema proposto. Além disso, permite ajustar a
abordagem da aula às necessidades e aos interesses específicos do grupo.
Meio (aproximadamente 40 minutos): descrever, detalhadamente, qual será a atividade e como ela será
desenvolvida. Considere os seguintes aspectos ao planejar a atividade:
Apresentar o tema: tornar a atividade proposta mais significativa, de modo que as crianças 
possam atribuir sentido ao que vão aprender, percebendo a relação do conhecimento com sua realidade.
É possível partir de situações do cotidiano das crianças, das suas vivências e que envolvam situações 
que elas já conhecem
Proposta de atividade: é preciso planejar uma atividade desafiadora como experimentos, resolução de
situações-problema, produção e/ou interpretação textual, pesquisas, entre outras atividades que possibilitem
a criação de novas hipóteses, assim as crianças poderão refletir sobre o que estão aprendendo
Encerramento (aproximadamente 10 minutos): avaliar se os objetivos da aula foram alcançados, 
retomando aspectos importantes sobre o tema.
Fonte: Adaptado de: Livro-texto.
 A proposta é que, a partir do diálogo com o professor da escola, você desenvolva um plano 
de aula que seja o mais coerente possível com o currículo planejado pela instituição (plano 
de ensino, semanário, planejamento semestral etc.). 
 Além disso, esse diálogo deve ser mantido em respeito a todo o trabalho que vem sendo 
desenvolvido, tanto pelo professor quanto por outros profissionais da escola, em detrimento 
do processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças do ciclo complementar. 
Lembre-se de que, no papel de estagiário, você estará na escola para aprender com os 
profissionais mais experientes. Portanto, o respeito à trajetória desses educadores é muito 
importante nessa relação.
Regência
 No livro-texto,você encontrará 
exemplos de registros reflexivos que 
podem ser produzidos durante o 
estágio, levando em consideração todos 
os aspectos estudados e, sobretudo, 
repertoriando para a produção do 
relatório reflexivo que você deverá 
escrever na conclusão do estágio.
Registros: um exercício da reflexividade crítica a partir do estágio 
supervisionado
Fonte: Livro-texto.
As modalidades para a realização do estágio supervisionado são:
a) Observação, substituição e participação.
b) Sistematização, observação e reflexão.
c) Reflexão, observação, problematização e regência.
d) Observação, participação e regência.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
Interatividade
As modalidades para a realização do estágio supervisionado são:
a) Observação, substituição e participação.
b) Sistematização, observação e reflexão.
c) Reflexão, observação, problematização e regência.
d) Observação, participação e regência.
e) Nenhuma das alternativas anteriores.
Resposta
 HOLLIDAY, O. J. Para sistematizar experiências. 2. ed. Brasília: MMA, 2006.
 HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (org.). Vidas de 
professores. Porto: Porto Editora, 1992.
 LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: 
Artmed, 2002.
 MENDONÇA, C. N. A documentação pedagógica como processo de investigação e reflexão 
na Educação Infantil. 2009. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho, Marília, 2009.
 PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. Estágio e docência: diferentes 
concepções. Revista Poíesis, v. 3, n. 3 e 4, 2006. Disponível 
em: https://tinyurl.com/248ffeta. Acesso em: 3 dez. 2024.
 TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos 
para uma teoria da docência como profissão de interações 
humanas. Petrópolis: Vozes, 2014.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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