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GABARITO MA211 – PROVA 1 Sexta-feira (noite), 03/10/2014. Para correção, cada símbolo “Xx ” o item que o antecede vale x pontos. Resolução da Questão 1. (a) A função f é contínua em (0, 0) se lim (x,y)→(0,0) f(x, y) = f(0, 0). (1) Temos que f(0, 0) = 0. Devemos verificar se o limite lim(x,y)→(0,0) f(x, y) existe. Considerando o caminho C1 = {(x, y) : x = t, y = 0}, temos que lim (x,y)→(0,0) f(x, y) = lim t→0 0 t2 = 0.X0.2 (2) Considerando o caminho C2 = {(x, y) : x = t2, y = t}, temos que lim (x,y)→(0,0) f(x, y) = lim t→0 t4 t4 + t4 = 1 2 .X0.2 (3) Como o limite por dois caminhos diferentes são distintos, o limite não existe. X0.2 . Portanto, a função não é contínua. X0.2 (b) Pela definição de derivada parcial, temos que fx(0, 0) = ∂f ∂x (0, 0) = lim h→0 f(h, 0)− f(0, 0) h = lim h→0 0 h2+0 − 0 h = lim h→0 0 h3 = 0.X0.2 (4) fy(0, 0) = ∂f ∂y (0, 0) = lim h→0 f(0, h)− f(0, 0) h = lim h→0 0 0+h4 − 0 h = lim h→0 0 h5 = 0.X0.2 (5) Logo, ∂f∂x (0, 0) = 0 e ∂f ∂y (0, 0) = 0. (c) Pela definição de derivada direcional, temos que Duf(0, 0) = lim h→0 f (√ 3 2 h, 1 2h ) − f(0, 0) h X0.2 (6) = lim h→0 ( √ 3/2)h(1/4)h2 (3/4)h2+(1/16)h4 h = lim h→0 ( √ 3/8)h3 (12+h2)(h2/16) h = lim h→0 2 √ 3h3 (12 + h2)(h3) = lim h→0 √ 3 6 .X0.2 (7) (d) O produto escalar∇f(0, 0)·u não fornece a derivada direcionalDuf(0, 0) porque f não é diferenciável em (0, 0). X0.2 A função f não é diferenciável em (0, 0) porque ela não é contínua nesse ponto (se ela fosse diferenciável, ela deveria ser contínua). X0.2 1 Resolução da Questão 2. (a) Pela regra da cadeia, temos ∂z ∂x = eyφ′(x− y).X0.2 (8) Similarmente, pela regra do produto e da cadeia, encontramos ∂z ∂y = eyφ(x− y) + eyφ′(x− y)(−1).X0.4 (9) Assim, ∂z ∂x + ∂z ∂y = eyφ′(x− y) + eyφ(x− y)− eyφ′(x− y) = eyφ(x− y) = z.X0.2 (10) (b) As derivadas parciais de primeira ordem são: ∂z ∂x = cos(x+ sen y)X0.2 (11) ∂z ∂y = cos(x+ sen y) cos y (pela regra da cadeia).X0.4 (12) As derivadas parciais de segunda ordem ∂ 2z ∂x∂y e ∂2z ∂x2 são ∂2z ∂x∂y = − sen(x+ sen y) cos y,X0.2 (13) ∂2z ∂x2 = − sen(x+ sen y).X0.2 (14) Logo, ∂z ∂x ∂2z ∂x∂y = − cos(x+ sen y) sen(x+ sen y) cos y, (15) e ∂z ∂y ∂2z ∂x2 = − cos(x+ sen y) cos y sen(x+ sen y). (16) Como os termos do lado direito das duas equações são iguais para todo (x, y), concluímos que ∂z ∂x ∂2z ∂x∂y = ∂z ∂y ∂2z ∂x2 .X0.2 (17) 2 Resolução da Questão 3. O plano tangente ao gráfico de f em (a, b, f(a, b)) é dado por z − f(a, b) = fx(a, b)(x− a) + fy(a, b)(y − b).X0.4 (18) Agora, pela regra do produto e a regra da cadeia, as derivas parciais de f são fx(x, y) = ψ ( x y ) + xψ′ ( x y ) 1 y = ψ ( x y ) + x y ψ′ ( x y ) ,X0.3 (19) fy(x, y) = xψ ′ ( x y )(−x y2 ) = −x 2 y2 ψ′ ( x y ) .X0.3 (20) Logo, para (x, y) = (a, b), encontramos f(a, b) = aφ (a b ) , fx(a, b) = ψ (a b ) + a b ψ′ (a b ) e fy(a, b) = −a 2 b2 ψ′ (a b ) X0.2. (21) O plano tangente ao gráfico de f em (a, b, f(a, b) é z − [ aφ (a b )] = [ ψ (a b ) + a b ψ′ (a b )] (x− a)− [ a2 b2 ψ′ (a b )] (y − b).X0.2 (22) Por fim, a origem está no plano tangente se a equação (22) é verdadeira para x = 0, y = 0 e z = 0X0.4 . Com efeito, para (x, y, z) = (0, 0, 0), o termo do lado direito de (22) satisfaz[ ψ (a b ) + a b ψ′ (a b )] (−a)− [ a2 b2 ψ′ (a b )] (−b) = −aψ (a b ) − a 2 b ψ′ (a b ) + a2 b ψ′ (a b ) = −aψ (a b ) ,X0.2 (23) que é exatamente o termo do lado esquerdo de (22) com z = 0. Logo, a origem pertence ao plano tangente. 3 Resolução da Questão 4. O problema pode ser formulado como maximizar/minimizarf(x, y) = xy sujeito a g(x, y) = x2 8 + y2 2 − 1 = 0. (24) Usando o método dos multiplicadores de Lagrange, devemos ter ∇f = λ∇g e g(x, y) = 0. (25) Nesta questão, ∇f = (y, x)X0.2 e ∇g = (x 4 , y ) .X0.2 (26) Portanto, devemos resolver os sistema de equações não-lineares y = 14λx, x = λy x2 8 + y2 2 = 1. X0.4 (27) Substituindo a primeira equação na segunda, obtemos y = 1 4 λ2y =⇒ y = 0, λ = 2 ou λ = −2. (28) Se y = 0, da segunda equação, deduzimos que x = 0. Porém, o ponto (0, 0) não pertence a elipse, ou seja, não satisfaz a terceira equação. X0.2 Se λ = 2, concluímos da primeira equação que y = x/2. Assim, substituindo essa expressão na terceira, obtemos x2 8 + x2 8 = 1 =⇒ x2 = 4 =⇒ x = 2 ou x = −2. (29) Portanto, como y = x/2, temos os pontos (2, 1) e (−2,−1). X0.3 Se λ = −2, concluímos da primeira equação que y = −x/2. Assim, substituindo essa expressão na terceira, obtemos x2 8 + x2 8 = 1 =⇒ x2 = 4 =⇒ x = 2 ou x = −2. (30) Portanto, como y = −x/2, temos os pontos (2,−1) e (−2, 1). X0.3 Os valores de f nesses quatro pontos são f(2, 1) = 2, f(−2,−1) = 2, f(2,−1) = −2, f(−2, 1) = −2.X0.2 (31) Portanto, (2, 1) e (−2,−1) são os pontos da elipse que fornecem o valor máximo de f enquanto (−2, 1) e (2,−1) são os que fornecem o valor mínimo de f . X0.2 4 Resolução da Questão 5. Como f é um polinômio, os pontos críticos são aqueles tais que∇f(x, y) = (0, 0). Nessa questão, temos ∇f(x, y) = (3x2 − 12y,−12x+ 24y2)X0.2 (32) Igualando as derivadas parciais a zero, encontramos o seguinte sistema de equações não-lineares:{ 3x2 − 12y = 0 −12x+ 24y2 = 0 X0.2 (33) Da segunda equação, obtemos x = 2y2. Usando essa informação na primeira equação, obtemos 3(2y2) − 12y = 0, cujas soluções são y = 0 e y = 1. Se y = 0, obtemos da relação x = 2y2 a identidade x = 0. Se y = 1, obtemos da relação x = 2y2 a identidade x = 2. Logo, os pontos críticos de f são: (0, 0) e (2, 1).X0.4 (34) Devemos agora classificar os pontos críticos. Para tanto, as derivadas parciais de segundar ordem de f são: fxx(x, y) = 6x, fyy(x, y) = 48y e fxy(x, y) = fyx = −12,X0.4 (35) O determinante da Hessiana em (0, 0) é D = fxx(0, 0)fyy(0, 0)− f2xy(0, 0) = −144. (36) Como D < 0, (0, 0) é um ponto de sela de f X0.4 . O determinante da Hessiana em (2, 1) é D = fxx(2, 1)fyy(2, 1)− f2xy(2, 1) = 564. (37) Como D > 0 e fxx(2, 1) = 12 > 0, (2, 1) é um ponto de mínimo relativo de f X0.4 . 5
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