Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP Fernando Cesar Serafim A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO AMBIENTAL Araçatuba 2011 FERNANDO CESAR SERAFIM RA 9104417 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO AMBIENTAL Trabalho para avaliação da matéria de Direito Ambiental, do curso de pós-graduação em Gestão Ambiental apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Professor Paulo Cavasana Araçatuba 2011 2 SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................. 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 3 OBJETIVOS GERAIS .............................................................. Erro! Indicador não definido. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................... Erro! Indicador não definido. JUSTIFICATIVA ...................................................................... Erro! Indicador não definido. 1. SURGIMENTO DO DIREITO ...................................................................................... 4 2. OS PROBLEMAS AMBIENTAIS. ................................................................................ 7 3. CONCEITOS DE DIREITO AMBIENTAL. ................................................................ 9 4. A PREOCUPAÇÃO DO HOMEM COM O MEIO AMBIENTE. ........................... 12 5. DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL. .......................................................... 14 6. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA. ............... Erro! Indicador não definido. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................. Erro! Indicador não definido. 8. CONCLUSÃO ..................................................................... Erro! Indicador não definido. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 19 1 RESUMO A história do direito ambiental vem de uma evolução natural da ciência do direito, que por sua vez surge em função da necessidade de criar e disciplinar regras e padrões que determinam modelos de conduta dos indivíduos de uma determinada sociedade. Essas normas e modelos de comportamento mudam conforme as necessidades, interesses e modo de viver dos grupos sociais em uma determinada época. A princípio essas regras eram geradas em grupos familiares ou seus dominadores, posteriormente, com o surgimento das comunidades sociais, os senhores desses grupos passas a controlar tais regras. As necessidades dos recursos naturais para atender os diversos interesses das comunidades, criou as primeiras regras ambientais que basicamente objetivavam a subsistência dos habitantes ou prazeres de seus senhores. Somente recentemente com as evoluções industriais e o aumento populacional, começam a existir mudanças ambientais que passam a afetar a vida do ser humano de uma maneira mais severa. Isso aliado às ciências que dia a dia descobrem mais sobre os impactos ambientais gerados pelo homem e à percepção holística faz com que finalmente venha a surgir o Direito Ambiental nos modelos atuais. Palavras chave: direito ambiental, legislação, normas, história. ABSTRACT The environmental law history comes from a natural evolution of the law science, which in turn arises in the light of the need to create and disciplinary rules and patterns that determine models of conduct of the individuals of a given society. These rules and behavior models change as the needs, interests and way of life of social groups in a given time. At first these rules were generated in family groups or their dominants, subsequently, with the emergence of social communities, the Lords of these groups raisins to control such rules. The natural resources needs to meet the diverse communities interests, created the first environmental rules that basically aimed to the inhabitants livelihood or pleasures of their Lords. 2 Only recently with the industrial evolution and the population increase, begin to be environmental changes that are affecting the human lives beings in a more severe manner. This coupled to the sciences that day by day discover more about the environmental impacts generated by man and the holistic perception, makes that finally comes to emerge the environmental law into current models. Keywords: environmental law, legislation, standards, history. 3 INTRODUÇÃO O comportamento humano, assim como suas necessidades, muda com o passar dos tempos, o que faz com que para se ter uma estabilidade dentro de um grupo social, sejam criadas regras dentro desses padrões de comportamento e suas necessidades. O Direito Ambiental surge em função da evolução humana e de suas atitudes perante a natureza afetando o bem estar de pessoas que muitas vezes não estão diretamente envolvidas com as atividades geradoras de determinado impacto. Dessa forma o Direito Ambiental evolui de um conjunto de regras de interesses específicos e locais para um arcabouço jurídico de natureza transindividual que atua de maneira a atender interesses globais. Esse artigo aborda os diversos aspectos da evolução histórica do Direito Ambiental, procurando apresentar os pensamentos de diversos autores sobre o tema e a relação do ser humano com as normas ambientais no passar dos tempos até os dias de hoje. 4 1. SURGIMENTO DO DIREITO Para se falar de direito ambiental, tem-se que iniciar por uma fundamentação histórica do surgimento do direito. Aqui apresentaremos uma breve introdução sobre alguns dos principais fatos que culminaram no surgimento da ciência do direito Conforme introduz Wolkmer (2006, p.16), toda cultura tem um aspecto normativo, cabendo-lhe delimitar a existencialidade de padrões, regras e valores que institucionalizam modelos de conduta. Cada sociedade esforça-se para assegurar uma determinada ordem social, instrumentalizando normas de regulamentação essenciais, capazes de atuar como sistema eficaz de controle social. Constata-se que, na maioria das sociedades remotas, a lei é considerada parte nuclear de controle social, elemento material para prevenir, remediar ou castigar os desvios das regras prescritas. Ainda no mesmo trabalho Wolkmer (2006, p. 16 e 17) fala a respeito do direito existente no período pré-histórico, referido por John Gilissen como “direito arcaico” que comenta sobre a existência práticas jurídicas nessa época, embora não registradas de forma escrita, inúmeras investigações científicas têm apurado que as práticas legais de sociedades sem escrita assumem características, por vezes, primitivas, por outras, expressam um certo nível de desenvolvimento. Posteriormente, num tempo em que inexistiam legislações escritas, códigos formais, as práticas primárias de controle são transmitidas oralmente, marcadas por revelações sagradas e divinas. Distintivamente da ênfase atribuída à família feita por Fustel de Coulanges, H. Summer Maine entende que esse caráter religioso do direito arcaico, imbuído de sanções rigorosas e repressoras, permitiria que os sacerdotes-legisladores acabassem por ser os primeiros intérpretes e executores das leis. O receio da vingança dos deuses, pelo desrespeito aos seus ditames, fazia com que o direito fosse respeitado religiosamente, daí que, em sua maioria, os legisladores antigos (reis sacerdotes) anunciaram ter recebido as suas leis do deus da cidade. De qualquer forma, o ilícito se confundia com a quebra da tradiçãoe com a infração ao que a divindade havia proclamado (WOLKMER, 2006, p.18). Na realidade, segundo Wolkmer (2006, p. 17 e 18), não existe hipótese amplamente aceita para se explicar uma única origem do direito arcaico, uma vez que é baseado em grau de parentesco, crença e tradições, além do domínio por outros povos. Dentre os documentos históricos mais antigos conhecidos, apontados na literatura, podem ser citados O Código de Ur-Nammu (cerca de 2040 a.C.), surgido na Suméria, 5 descreve costumes antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas talianas. Considerado um dos mais antigos de que se tem notícias, no que diz respeito à lei, foi encontrado nas ruinas de templos da época do rei Ur- Nammu, na região da Mesopotâmia, onde fica o Iraque atualmente (disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ur-Nammu, acessado em 16/06/2011) e o Código de Hamurabi, que segundo os cálculos, estima-se que tenha sido elaborado pelo rei Hamurabi por volta de 1700 a.C. (disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Hamurabi, acessado em 16/06/2011). Egito não nos transmitiu ate a data códigos nem livros jurídicos; mas foi a civilização na historia da humanidade que desenvolveu um sistema jurídico e chamar-se individualista: Rompendo com as solidariedades ativas e passivasdos direitos arcaicos e feudais, o direito egípcio da época da III a V dinastia (cerca de3000 a 2600) e o da XVIII dinastia (1500-1300) parecem ter sido tão evolvidos e tãoindividualistas como o direito romano clássico (GILISSEN, 1988, p.51 e 52). Segundo Gilissen (1988), a Grécia, como o Egito, não deixou grandes recolhas jurídicas, nem vastascodificações. Mas com os seus pensadores, sobretudo Platão e Aristóteles, fundou a ciência política, ou seja, a ciência do governo, da polis ou cidade; ela e assim a base donosso direito público moderno. Ainda no mesmo trabalho Gilissen (1988) afirma que Roma, na época da República e, sobretudo no tempo do Império, fez a síntese de tudo o que os outros direitos da antiguidade nos tinham trazido. Como osEgípcios, os Romanos realizaram, nos primeiros séculos da nossa era, um sistemajurídico que atingiu um nível inigualável até então. Muito mais que os Mesopotâmios, eles tiveram de formular as regras do seu direito e redigiram vastos livros de direito. Sobretudo os Romanos criaram a ciência do direito; o que os jurisconsultos romanos dos II e III séculos da nossa era escreveram, serve ainda hoje de base a uma importante parte do nosso sistema jurídico. O direito hebraico e um direito religioso. Religião monoteísta, muito diferentedos politeísmos que a rodeavam na antiguidade. Religião que, através do cristianismo que dela deriva, exerceu urna profunda influencia no Ocidente (GILISSEN, 1988). O direito e “dado” por Deus ao seu povo. Assim se estabelece uma aliança entre Deus e o povo que ele escolheu; o Decálogo ditado a Moises e a “aliança” do Sinai, o Código da Aliança de Jeová; o Deuteronômio é também uma forma de aliança. O direito e desde logo 6 imutável; só Deus o pode modificar, ideia que reencontraremosno direito canônico e no direito muçulmano. Os interpretes, mais especialmente osrabinos, podem interpretá-lo para o adaptar a evolução social; no entanto, eles nunca o podem modificar (S. PAUL, 1974 apud GILISSEN, 1988, p. 66). Posteriormente passam-se diversas fases da história mundial (que não vamos comentar por não ser o foco principal desse trabalho), cujas condições e fatores envolvidos, fizeram se chegar à fase do direito atual. 7 2. OS PROBLEMAS AMBIENTAIS. Como se pôde perceber, o direito surgiu com a função de criar padrões, regras e valores de modo a institucionalizar modelos de conduta e variava de acordo com a sociedade e seus valores. As condições do meio em que as pessoas vivem que regem como serão aplicadas determinadas regras. No caso do direito ambiental, foram as condições do meio ambiente que passaram a exigir maiores regras de controle para se manter a qualidade de vida para as presentes e futuras gerações. Problemas que mudaram as condições ambientais, provocados pelo homem, já ocorrem desde os primórdios da história, entretanto apenas mais recentemente se criaram regras para evita-los, ou pelo menos mitiga-los. Sobre impactos ambientais de épocas antigas, Brown (2003, p.15) cita a civilização da Suméria do quarto milênio a.C. que com conceitos sofisticados de engenharia, criou umaagricultura altamente produtiva que permitiu aos agricultores geraremum superávit de alimentos que sustentou a formação das primeirascidades, que para o manejo do sistema de irrigação exigiu uma organizaçãosocial complexa, que possivelmente foi a mais sofisticada que jamaisexistiu. Os sumérios criaram as primeiras cidades e a primeira línguaescrita, a escrita cuneiforme. Foi uma civilização extraordinária, porém havia uma falha ambientaldo desenho do sistema de irrigação, que viria a solapar a economiaagrícola. A água detrás das barragens era desviada para a terra, aumentandoa produtividade das lavouras. Parte da água era utilizada pelaagricultura, parte evaporava na atmosfera e parte infiltrava-se no solo.Ao longo do tempo, essa infiltração elevou lentamente o lençol freáticoaté que chegou à superfície. Quando estava a poucos metros da superfície, começou a conter o desenvolvimento de culturas bem enraizadas.Um pouco mais tarde, quando o lençol chegou a poucos centímetrosda superfície, começou a evaporar na atmosfera. Nesse momento, o salda água ficou para trás. Ao longo do tempo, o acúmulo do sal reduziua produtividade da terra. A falha ambiental foi não haver previsão paraa drenagem da água que se infiltrava para baixo (BROWN, 2003). Com isso, segundo Brown (2003), a reação inicial dos sumérios ao declínio de produção de trigo foimudar para cevada, mais tolerante ao sal. Mas, a produção da 8 cevadatambém veio a cair. O consequente encolhimento do abastecimentominou a base econômica dessa grande civilização. No mesmo trabalho, Brown (2003) ainda cita a civilização Maia que viveu prosperou em 250 d.C. onde hoje é a Guatemala e por volta de 900 d.C. quando entrou em colapso, assim como a civilização Suméria, devido a questão dos suprimentos de alimentos, causado pela erosão do solo, que por sua vez gerou conflitos civis na competição por alimentos, culminando em seu desaparecimento. Também nos últimos séculos da civilização Maia, em torno de 400 d.C., surgiu uma população que prosperou na ilha vulcânica de Páscoa consumindo frutos do mar, particularmente golfinhos, chegando a atingir uma população de 20.000. Esse grande número de habitantes, com a necessidade de embarcações derrubavam árvores para a construção de embarcações, sem a possibilidade de recuperação sustentada da floresta, o que privou o acesso dos ilhéus aos golfinhos, reduzindo o suprimento alimentar, chegando a provocar o canibalismo conforme registros arqueológicos. Essas são apenas alguns civilizações que chegaram ao declínio devido a um uso insustentável dos recursos naturais, o que poderia ser minimizado caso houvesse na época, um sistema de regras e normas que disciplinassem essas ações, o que passou a ocorrer quando os impactos das ações do homem sobre o meio ambiente tomaram uma dimensão muito maior com a revolução industrial. Já nos tempos mais recentes, esses problemas tem aumentado, segundo Adeodato (2009, p. 135), desde a Revolução Industrial,no século XVIII, o uso crescente de combustíveis fósseis comocarvão e petróleo, a mudança no uso da terra pelo processo de desmatamento,a aplicação indiscriminada de fertilizantes, a pecuáriaea decomposição do lixo urbano em aterros estão liberando quantidadeexcessiva de gases que aprisionam calor na atmosfera. Desde aera pré-industrial, a concentração de dióxido de carbono aumentouaproximadamente 30% e os níveis de metano mais que dobraram. Esses fatos demonstram que desde que o homem se reuniu em sociedades, começou a produzir seus alimentos e bens de consumo, também passara a existir problemas ambientais devido a exploração dos recursos naturais de forma insustentável por falta de conhecimento, ou mesmo pelo capitalismo desenfreado objetivando, muitas vezes beneficiar apenas um certo grupo de pessoas detentora dos recursos financeiros, o que poderia ser controlado através da elaboração de regras, normas e acordos de direito. 9 3. CONCEITOS DE DIREITO AMBIENTAL. O Direito Ambiental é definido por Toshio Mukai e por Wanderley Rebello Filho e Christianne Bernardo (apud FARIAS, 2008) como o ramo da Ciência Jurídica que cuida da proteção do meio ambiente. De acordo com Luís Paulo Sirvinskas, o Direito Ambiental é o ramo do Direito que estuda, analisa e discute as questões ambientais e sua relação com o ser humano, tendo como objetivo a defesa do meio ambiente e a melhoria das condições devida no planeta (apud FARIAS, 2008). Antunes (2005) cita Rodgers que demonstra bem alguns aspectos do Direito Ambiental e sua preocupação entre o ambiente natural e o construído: “Environment Law is not concerned solely with the natural environment – the physical condition of the land, air, water. It embraces also the human environment – the health, social and other man-made conditions affecting a human being’s place on earth (O Direito Ambiental não está preocupado apenas com o ambiente natural – a condição física da terra, do ar, da água. Ele abarca também o ambiente humano – a saúde e outras condições sociais produzidas pelo homem que afetam o lugar dos humanos na Terra) (tradução ANTUNES, 2005). Na opinião de Cristiane Derani o Direito Ambiental é um sistema normativo que se propõe a tratar da proteção do meio ambiente, inclusive coordenando aquelas normas que protegiam isoladamente recursos ambientais como a água, a fauna e a flora por meio da edição de normas gerais que dispõem sobre políticas e princípios. Hely Lopes Meirelles afirma que o Direito Ambiental é constituído pelos princípios e regras que têm como finalidade evitar ou minorar a destruição ou a degradação do meio ambiente (apud FARIAS, 2008). Outra definição bem abrangente no que se refere aos aspectos de inter-relação home/natureza e as ciências é: “O Direito Ambiental é a área do conhecimento jurídico que estuda as interações do homem com a natureza e os mecanismos legais para proteção do meio ambiente. É uma ciência holística que estabelece relações intrínsecas e transdisciplinares entre campos diversos, como antropologia, biologia, ciências sociais, engenharia, geologia e os princípios fundamentais do direito internacional, dentre outros” (disponível em http://www.direitoambiental.adv.br/ambiental.qps/Ref/PAIA-6S9TNQ, acessado em 24/06/2011). 10 Segundo Barreira (2004) a definição de Direito ambiental é: “conjunto de regras e princípios que criam obrigações e direito de natureza ambiental para os Estados, as organizações intergovernamentais e os indivíduos”. Luíz Fernando Coelho definiu o Direito Ambiental como um complexo de normas jurídicas que, ao limitar o direito de propriedade e o direito de exploração econômica dos recursos ambientais, visam preservar o meio ambiente com o intuito de conseguir um a melhor qualidade de vida para o ser humano (apud FREITAS, 2003, p. 19). Com relação ao uso dos bens naturais, Machado (2004) afirma: “O Direito Ambiental tem a tarefa de estabelecer normas que indiquem como verificar as necessidades de uso dos recursos ambientais. Não basta a vontade de usar esses bens ou a possibilidade tecnológica de explorá-los. É preciso estabelecer a razoabilidade dessa utilização, devendo-se, quando a utilização não seja razoável ou necessária, negar o uso, mesmo que os bens não sejam atualmente escassos.” José Guilherme Purvin de Figueirêdo afirma que “o Direito Ambiental é um ramo do Direito Público voltado à proteção da diversidade biológica e da sadia qualidade de vida dentro de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Suas características são claramente tutelares: o bem tutelado é a vida com qualidade e, nesse sentido, não alberga ele pretensões que sejam contrárias ao seu objeto como, por exemplo, o “direito adquirido de poluir” (apud FARIAS, 2008). Edis Milaré classifica o Direito Ambiental como o conjunto de princípios e normas que têm o objetivo de regular aquelas atividades humanas capazes de afetar direta ou indiretamente a qualidade do meio ambiente globalmente considerado, tendo em vista a sustentabilidade das presentes e futuras gerações (apud FARIAS, 2008). Rui Piva entende que “o Direito Ambiental é o ramo do direito positivo difuso que tutela avida humana com qualidade através de normas jurídicas protetoras do direito à qualidade do meio ambiente e dos recursos ambientais necessários ao seu equilíbrio ecológico” (apud FARIAS, 2008). Segundo Flávia de Paiva Medeiros de Oliveira e Flávio Romero Guimarães, o Direito Ambiental “regula toda atividade que, direta ou indiretamente, possa afetar a sanidade do meio ambiente em sua dimensão global, contando, para tanto, com um conjunto próprio de normas e princípios de caráter sancionador e preventivo. Assim sendo, o Direito Ambiental tem uma dupla função, qual seja, a de estabelecer a predominância do interesse coletivo sobre 11 o individual e a de criar um novo vetor para reger as relações entre o homem e anatureza. Esse novo vetor consiste na criação de uma nova postura social, política, econômica, filosófica e ética do homem perante a natureza e dos homens entre si” (apud FARIAS, 2008). Considerando os pontos de vista dos autores citados, podemos dizer que o Direito Ambiental é uma ciência jurídica do direito difuso, com característica holística, que trabalha de maneira multi e transdisciplinar, um arcabouço jurídico que disciplina a exploração, com razoabilidade, do meio ambiente natural, cuja tutela é do estado e o dever de preservação é de todos, objetivando a sustentabilidade ambiental e qualidade de vida das pessoas, de modo a prevenir impactos, evitando qualquer ação do ser humano que venha ou possa vir a afetar direta ou indiretamente o ambiente natural, nele causando degradação ou destruição. Sua aplicabilidade depende por parte das pessoas, de uma mudança de comportamento social, ética, filosófica e de uma postura política e econômica equilibrada. 12 4. A PREOCUPAÇÃO DO HOMEM COM O MEIO AMBIENTE. A História pode ser encarada de dois lados e dividida em História da Natureza e História dos Homens. Mas os dois lados não podem ser separados do tempo; enquanto houver homens, a História da Natureza e a História dos Homens se condicionarão reciprocamente (MARX, 1981). As necessidades do homem primitivo eram pequenas. Ele obtinha da natureza o que era essencial a sua subsistência. Naquela época, portanto, não se falava em agressão à natureza (PIERANGELLI, apud SIRVINSKAS, 2003, p.23). Renato Guimarães Jr. em interessante estudo sobre a história do direito ambiental, lembra que documentos como o Código de Hamurabi, o Livro dos Mortos do antigo Egito e o hino persa de Zaratustra já demonstram a preocupação dessas antigas civilizações com o respeito à natureza (disponível em: http://www.osabetudo.com/breve-evolucao-historica-do- direito-ambiental/, acessado em 28/06/2011). A preservação do meioambiente também foi uma preocupação da lei mosaica, quando determinava que, em caso de guerra, fosse poupado o arvoredo (MARUM, 2002, p.129). A Magna Carta, outorgada por João Sem – Terra em 1215, também continha minuciosos dispositivos sobre a utilização das florestas (disponível em: http://www.osabetudo.com/breve-evolucao-historica-do-direito-ambiental/, acessado em 28/06/2011). É que as florestas pertenciam ao rei, sendo proibidas aos súditos a caça e a exploração de madeira (MARUM, 2002, p.129). Outros países europeus, como Portugal e Espanha, também tradicionalmente tiveram normas de proteção à natureza em seus ordenamentos jurídicos, como fazem exemplo a proibição do corte do carvalho e do sovereiro em Portugal e o crime de poluição das águas previsto nas Ordenações Filipinas. Essas normas, naturalmente, se irradiaram para as colônias, embora, no caso de Portugal, os condenados por infrações ambientais fossem degredados para o Brasil, o que determinou o início da questão ambiental em terras nacionais (MARUM, 2002, p.129). Na época do descobrimento vigorava em Portugal as Ordenações Afonsinas, cujo trabalho de compilação foi concluído no ano de 1446 durante o reinado de Dom Afonso IV. É possível encontrar na Ordenações Afonsinas algumas referências à preocupação com o meio 13 ambiente, a exemplo do dispositivo que tipificava como crime de injúria ao rei o corte de árvores frutíferas (FARIAS, 2007). As Ordenações Manuelinas foram editadas em 1521, também contendo dispositivos de caráter ambiental, a exemplo da proibição da comercialização das colmeias sem a preservação das abelhas ou da caça de animais como coelhos, lebres e perdizes com instrumentos que pudessem denotar crueldade. A tipificação do corte de árvores frutíferas passou a ser punida com o degrado para o Brasil quando a árvore abatida tivesse valor superior a trinta cruzados (FARIAS, 2007). As Ordenações Filipinas, editadas durante o período em que o Brasil passou para o domínio espanhol, proibiam que jogassem na água qualquer material que pudesse matar os peixes e suas criações ou que se sujasse os rios e as lagoas. A tipificação de árvores frutíferas é mantida, prevendo-se como pena o degredo definitivo para o Brasil (FARIAS, 2007). Segundo Farias (2007), Durval Salge Jr. ressalta que sob o aspecto jurídico a preocupação com o meio ambiente sequer existia, tanto no período colonial quanto no imperial e republicano. Nessa fase ainda não existe de fato uma preocupação com o meio ambiente, a não ser por alguns dispositivos isolados cujo objetivo seria a proteção de alguns recursos naturais específicos como o pau-brasil e outros. Praticamente, até a década de 60, o país viveu a fase da exploração desregrada do meio ambiente, onde a conquista de novas fronteiras (agrícolas, pecuárias e minerarias) era tudo o que importava na relação homem-natureza (MARUM, 2002, p.132). Conforme podemos ver, a preocupação do homem com o meio ambiente vem desde os primórdios de sua existência, todavia em níveis diferentes conforme suas necessidades. A princípio o homem apenas está preocupado com sua subsistência, posteriormente a preocupação se torna com as propriedades dos reis, mais especificamente com as florestas e recursos, existentes dentro de seus territórios, passando pela preocupação com a fauna. Essa preocupação se resumia a um interesse pessoal do grupo dominante, que objetivava a proteção de suas propriedades, não havendo o interesse ecológico real. Tal preocupação ecológica, surgiu apenas mais recentemente, por volta dos anos 60, devido uma série de fatores. 14 5. DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL. O direito internacional ambiental é derivado de um processo de expansão do direito internacional moderno, que não trata apenas de fronteiras, como o direito internacional clássico, mas também de problemas comuns, processo típico de um período de globalização jurídica (VARELLA, 2004 p. 22 apud GUERRA, 2007). No passado existiam algumas normas protetivas do meio ambiente no plano internacional, como por exemplo, a Convenção para a regulamentação da pesca da baleia, de 1931 e a Convenção Internacional da pesca da baleia de 1946, a Convenção Internacional para a proteção dos vegetais, de 1951, o Tratado da Antártida, de 1959 etc., mas a consolidação do Direito Internacional Ambiental ocorre a partir da primeira grande Conferência Internacional sobre Meio Ambiente em Estocolmo na Suécia em 1972 e a proliferação de documentos internacionais sobre a matéria. Todavia, o foco principal nessas normas internacionais vigentes até então contemplavam, especialmente, a questão de natureza econômica, desprezando a questão ambiental propriamente dita. (VARELLA, 2004, p.22). Antes da primeira revolução industrial, que ocorreu nos meados do século XIX, a produção humana, ainda por ser predominantemente artesanal, não causava grande impacto ambiental. Apenas com essa primeira revolução, que abriu espaço para produção em série, exploração das primeiras reservas de carvão existentes e criou o terreno para as revoluções subsequentes, começou-se a exercer fortes pressões ao ambiente natural (ACCIOLY, 2010, p.662). A proteção ao meio ambiente ganhou amplitude mundial e passou a ser devidamente reconhecida a partir do momento em que a degradação ambiental atingiu índices alarmantes e tomou-se consciência de que a preservação de um ambiente sadio está intimamente ligada a preservação da própria espécie humana (GUERRA, 2007). Foi no ano de 1972 que um grupo constituído por empresários, pesquisadores e economistas, reuniu-se para discutir questões relativas à problemática envolvendo o meio ambiente e a economia. Este grupo, que ficou conhecido como Clube de Roma ou Clube do Juízo Final, apresentou resultados catastróficos para humanidade diante do esgotamento dos recursos naturais e o consequente colapso da economia mundial (GUERRA, op. cit.). Segundo Guerra (2007), é com a segunda revolução industrial que se consolidará tal exploração ambiental. Dessa forma, entende-se que a preocupação do homem com a preservação do meio ambiente começa a ocorrer aproximadamente na metade do século XX 15 quando observa o nível de efeitos gerados por ele até aquele momento. Até então, a ideia uniformemente difundida era de recursos naturais inacabáveis, que seriam reproduzidos pelo meio indefinidamente. Guerra (2007) afirma que esse ramo do direito está intimamente ligado aos problemas que se manifestam no planeta tais como: o desaparecimento de espécies da fauna e da flora, a perda de solos férteis pela erosão e pela desertificação, o aquecimento da atmosfera e as mudanças climáticas, a diminuição da camada de ozônio, a chuva ácida, o acúmulo crescente de lixo e resíduos industriais, o colapso na quantidade e na qualidade da água, o aumento significativo da população mundial, o esgotamento dos recursos naturais, os grandes acidentes nucleares, com efeitos imediatos etc. Martins (2011) cita Trail Smelter Case, que foi o primeiro litígio internacional de Direito Ambiental que é referência. O conflito ocorreu entre os Estados Unidos e o Canadá no ano de 1941. Em uma região muito próxima a fronteira norte-americana, foi construída uma fábrica de fundição (smelter) e, por não haver qualquer tratamento, os gases emitidos por essa fábrica poluíam todas as regiões circunvizinhas. Devido à constante produção desses gases realizada pela fábrica, essa massa poluente não se dissipava rapidamente, mantendo-se concentrada o bastante para atravessar a fronteira dos Estados Unidos e causar danos à população de Washington (GUERRA, 2007 apud MARTINS, 2011). O conflito, segundo Martins,foi resolvido por meio do dispositivo do Tribunal Arbitral e teve a sentença favorável aos Estados Unidos. Assim, o Canadá foi considerado culpado, tendo que pagar uma multa pelo dano causado à região. A sentença foi emitida no ano de 1941, baseando-se nos termos do Tratado de Águas de Fronteira (Boundary Waters Treaty ou, mais modernamente, podemos dizer Tratado de Águas Fronteiriças), de 1909. Desse caso, pode-se extrair um princípio amplamente aceito no direito internacional ambiental: “Nenhum estado tem o direito de usar ou permitir o uso de seu território de maneira tal que emanações de gases ocasionem danos dentro do território de outro estado ou sobre as propriedades ou pessoas que aí se encontrem, quando se trata de consequências graves e o dano seja determinado mediante prova certa e conclusiva.” As marés negras ocorrem quando há um vazamento de grandes quantidades de óleo no bioma marinho, afetando todo seu ecossistema, prejudicando a vida de diversas espécies marinhas. O óleo forma uma camada negra que cobre grandes áreas na superfície do mar, evitando a passagem da luz solar e grudando nas superfícies das espécies que a tocam, como as das aves que mergulham para obter se alimento. Ocorreu, naquele período, o vazamento do 16 petroleiro Torrey Canion no Mar do Norte, comprometendo o mar e costa da Grã-Bretanha e do norte da França (ACCIOLY, 2010). Na Europa, os casos de poluição atmosférica já eram consideráveis e, por conta disso, países, como a Suécia, estavam tendo problema com a chuva ácida (FORNARO, 2006). Conforme explica Guerra (2007), foi no ano de 1972 que um grupo constituído por empresários, pesquisadores e economistas, reuniu-se para discutir questões relativas à problemática envolvendo o meio ambiente e a economia. Este grupo, que ficou conhecido como Clube de Roma ou Clube do Juízo Final, apresentou resultados catastróficos para humanidade diante do esgotamento dos recursos naturais e o consequente colapso da economia mundial. No mesmo ano, a Organização das Nações Unidas patrocina a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizado em Estocolmo na Suécia, ocorrida de 05 a 16 de Junho de 1972, que alerta para a necessidade da formulação de um critério e princípios que sejam comuns para a preservação e melhoria do meio ambiente humano (GUERRA, 2007). Essa conferência contou com a presença de 113 países e 250 organizações não governamentais e, apesar desses números, países relacionados com a União Soviética (URSS) não estavam entre membros da conferência (MILARE, 2007, p.1126) Nessa conferência, segundo Guerra (2007), representantes de países do sul, em desenvolvimento, defendiam o direito de destruir a natureza que os países desenvolvidos usufruíram para obter o desenvolvimento econômico. O representante brasileiro na reunião preparatória para Estocolmo teria declarado que o Brasil era grande o suficiente para receber todas as indústrias poluidoras do planeta. Conforme Martins (2011), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (United Nations Environment Programme – UNEP ou PNUMA) foi outro bom fruto da conferência de Estocolmo. Por meio do site brasileiro da ONU, pode-se extrair algumas informações sobre esse órgão: “O PNUMA, principal autoridade global em meio ambiente, é a agência do Sistema das Nações Unidas (ONU) responsável por promover a conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no contexto do desenvolvimento sustentável. “Estabelecido em 1972, o PNUMA tem entre seus principais objetivos manter o estado do meio ambiente global sob contínuo monitoramento; alertar povos e nações sobre problemas e ameaças ao meio ambiente e recomendar medidas para melhorar 17 a qualidade de vida da população sem comprometer os recursos e serviços ambientais das gerações futuras” (disponível em: http://onu.org.br/onu-no- brasil/pnuma/, acessado em 29/06/2011). Outro grande fruto da Rio 92 foi a Declaração dos Princípios sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento que: “a) consagra a filosofia da proteção dos interesses das presentes e futuras gerações; b) ficam os princípios básicos para uma política ambiental de abrangência global, em respeito aos postulados de um Direito ao Desenvolvimento; [...] d) reconhecem o fato de a responsabilidade de os países industrializados serem os principais causadores dos danos já ocorridos ao meio ambiente” (ACCIOLY, 2010, p. 667). Além da declaração desses princípios, que vale ressaltar o fato de até hoje eles são considerados princípios de Direito Internacional Ambiental, pois representam também uma evolução do que foi criado em Estocolmo; foi gerado a Declaração de Princípios sobre as Florestas, tratando sobre como se deveria ocorrer a exploração das florestas no mundo de forma a não comprometer sua existência (REZEK, 2002, p. 451-456 apud MARTINS, 2011). Passados dez anos desde a realização do “divisor de águas em matéria ambiental internacional”, acontece em Nairóbi um encontro para a formação de uma Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (GUERRA, 2007). Dentre esses atos preparatórios, deve-se falar do Relatório de Brundtland. Este foi responsável apresentar proposta de políticas e programas de promoção do desenvolvimento sustentável. Enquanto o Relatório de Founex, apenas apresenta essa ideia; no de Brundtland, haverá a reiteração, a reafirmação desse modo de desenvolvimento, consolidando essa forma de crescimento econômico (MARTINS, 2011). Esse encontro do ano de 1982, serviu para fazer uma avaliação dos dez anos da Conferência de Estocolmo, apresentando como resultados, já no ano de 1987, do Relatório Nosso Futuro Comum (GUERRA, op. cit.). No ano de 1992, a convite do Brasil, realizou-se na cidade do Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento no período de 3 a 14 de junho (GUERRA, op. cit.). Essa conferência ficou conhecida como Cúpula da Terra, Conferência do Rio ou Rio 92, que ao contrário da Conferência de Estocolmo, possibilitou a abertura de um diálogo 18 multilateral, colocando os interesses globais como sua principal preocupação (GUERRA, 2007). Da Conferência do Rio foram produzidos alguns documentos importantes tais como: a Agenda 21, a Declaração do Rio, a Declaração de Princípios sobre Florestas, a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Convenção sobre Mudanças Climáticas (GUERRA, 2007). No intuito de avaliar os cinco primeiros anos de implementação da Agenda 21, realizou-se em Nova York, no período de 23 a 27 de junho de 1997, a 19ª Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas, conhecida como Rio + 5 (GUERRA, op. cit.). Outro marco importante em matéria ambiental internacional foi o Protocolo de Kyoto, do ano de 1997, posto que pela primeira vez na história pôs limites às emissões de gases pelos Estados (GUERRA, op. cit.). Conforme Guerra (2007), Kyoto sinaliza para os diversos atores internacionais quanto a necessidade de mudanças dos sistemas energéticos e fontes renováveis de energia, haja vista que a solução dos problemas relativos a alterações climáticas requer adoção de medidas e comportamentos diferenciados no sistema energético atual, baseado em energia não renovável e contaminantes (petróleo, carvão e gás), que são utilizadas de forma excessiva e com desperdício. Pode-se afirmar, realmente, que não houve grandes avanços do tratamento com a questão ambiental. Não se viu, como nas conferências anteriores, uma mobilização dos países em procurar solucionar tais problemas. O comprometimento dessa Conferência está mais ligado às anteriores, pois nesta a preocupação geral foi a efetivação das metas já estabelecidasnas conferências passadas. O fato peculiar à reunião ocorrida em Johannesburgo é o estabelecimento de muitas parcerias público-privadas (ACCIOLY, 2010, p. 675). Pode-se perceber, através dos anos, que com as diversas conferências e acordos, o Direito Ambiental tem evoluído significativamente, tentando conseguir o bem estar comum, através de normas que tentam viabilizar o tratamento correto do meio ambiente. 19 6. CONCLUSÃO Estudar história é uma maneira de se entender a evolução humana e saber razão pela qual as coisas são como são hoje. O Direito Ambiental surge de necessidades de pequenos grupos e evolui para uma ciência muito complexa que procura pensar não somente nos interesses individuais atuais, mas também procura garantir as necessidades das atuais e futuras gerações. Foi um grande avanço evolucional, todavia não gradativo como ocorre em diversas outras situações, mas sim em um salto bem rápido em poucas décadas, devido à percepção por parte do homem, da finitude dos recursos naturais e do inter-relacionamento, bem como interdependência das diversas formas de vida, inclusive do próprio ser humano. Ainda há muito que evoluir com relação ao arcabouço jurídico do Direito Ambiental dos países e da política mundial, entretanto essa evolução tem que ser rápida, pois os impactos produzidos pelo homem são muito grandes e aumentam dia a dia em função de sua evolução e consumismo. Infelizmente somente a legislação somente não resolve os problemas. Algo que ajuda é a fiscalização e punição, mas mesmo assim isso não é suficiente. A única e melhor maneira de se garantir que os princípios do Direito Ambiental sejam atingidos, é a conscientização e sensibilização das pessoas de seus deveres com relação à tutela de um meio ambiente com qualidade que atenda suas necessidade de subsistência e consumo, respeitando a inter-relação com todas as espécies e seu meio ambiente. 20 BIBLIOGRAFIA ADEODATO, S. (2009). Caminhos para a mudança. Piracicaba: Imaflora. ALMEIDA, C. C. (2002). Evolução hisórica da porteção jurídica das águas no Brasil. BARREIRA, P. A. (2004). Direito Ambiental. BELTRÃO, A. F. (2003). A Competência dos Estados federados em meio ambiente a partif da ordem constitucional de 1988. BROWN, L. R. (2003). Eco Economia: construindo uma economia para a terra. (E. Athayde, Ed.) Salvador, Bahia, Brasil: UMA. Carvalho, A. R. (Setembro de 2005). A tutela jurídica da hierarquia e da disciplina militar. Acesso em 16 de jUNHO de 2011, disponível em Jus Navigandi: http://jus.uol.com.br/revista/texto/7301/a-tutela-juridica-da-hierarquia-e-da-disciplina-militar CAVALCANTE, S. R. (2006). Princípio da precaução ambiental na administração pública. Projeto de Pesquisa apresentado ao programa de pós-graduação Lato Sensu em Direito Ambiental da Faculdade SENAI de Tecnologia Ambiental. São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil. DIAMANTINO, E. (Junho de 2008). O estado democrático de direito ambiental e o direito de propriedade. Revista Internacional de Direito e Cidadania, 31-41. Evolução histórica da legislação ambiental. (s.d.). Revista Âmbito Jurídico. FARIAS, T. Q. (31 de Março de 2007). Evolução Histórica da Legislação Ambiental. Fonte: Âmbito Jurídico: http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=3845 Farias, T. Q. (2008). Propedêutica do Direito Ambiental. FRANCO, L. D. (2003). Processo Civil: Origem e Evolução Histórica. GENUÍNO, A., & PRADO, A. M. (2011). O Direito Ambiental Internacional e os Direitos Humanos. Paraníba. GILISSEN, J. (1988). Introdução Histórica ao Direito. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. GOMES, A. (14 de Junho de 2008). Legislação oambiental e direito: um olhar sobre o artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil. (F. d. FAEG/FAEF, Ed.) Revista Científica Eletrônica de Administração(VIII). GRANZIERA, M. L., ADAME, A., & GALLO, G. N. (s.d.). Direito Ambiental Internacional. Conservação dos Espaçõs e da Biodiversidade.Convenção RAMSAR. 21 GUERRA, S. (2007). Direito Internacional Ambiental: Breve Reflexão. Acesso em 29 de Junho de 2011, disponível em Direitos Fundamentais & Democracia: http://revistaeletronicardfd.unibrasil.com.br/index.php/rdfd/article/view/99/68 MACHADO, P. A. (2004). Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros. MARTINS, F. S. (2011). A evolução do Direito Ambiental Internacional e sua íntima relação com os fatos históricos de sua formação. Fortaleza. MEIRA, J. d. (04 de Junho de 2003). Direito ambiental. MOURA, D. V. (18 de Junho de 2009). Os princípios gerais do Direito Ambiental. Jus Vigilantibus. QUEIROZ, F. A. (2005). Meio ambiente e comércio na agenda internacional: a questão ambiental nas negociações da OMC e dos blocos econômicos regionais. Rede Latino-Americanade Ministério Público Ambiental. (2009). O Direito mbiental na América Latina e a Atuação dos Ministério Público. América do Sul: Suliani. RIBEIRO, A. d. (s.d.). Consciência ambiental: evolução histórica e legislativa. RLAMPA. (2009). O Direito Ambiental na América Latina e a Atuação do Ministério Público. Sulinai Editografia Ltda. SILVA, E. d. (s.d.). Hisória do direito ambiental brasileiro. SIRVINSKAS, L. P. (2003). Manual de Direito Ambiental. São Paulo: Saraiva. WAINER, A. H. (1996). Legislação Ambiental Brasileira: Evolução histórica do direito ambiental. Revista Direito Ambiental. WOLKMER, A. C. (2006). Fundamentos de História do Direito (3ª ed.). Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: Del Rey. 1. SURGIMENTO DO DIREITO OS PROBLEMAS AMBIENTAIS. 3. CONCEITOS DE DIREITO AMBIENTAL. 4. A PREOCUPAÇÃO DO HOMEM COM O MEIO AMBIENTE. 5. DIREITO AMBIENTAL INTERNACIONAL. 6. CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ADEODATO, S. (2009). Caminhos para a mudança. Piracicaba: Imaflora.