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Apostila_Seguros de Lucros Cessantes_2023

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

São elas:


■ Objetivo do Seguro;
■ Definições;
■ Forma de contratação;
■ Âmbito geográfico;
■ Coberturas;
■ Riscos excluídos;
■ Aceitação;
■ Vigência e renovação;
■ Concorrência de apólices e bilhetes;
■ Franquias e participações obrigatórias do segurado;
■ Atualização a alteração de valores;
■ Pagamento de prêmios;
■ Indenização;
■ Comunicação, regulação e liquidação de sinistros;
■ Reintegração;
■ Perda de direitos;
■ Cancelamento e rescisão contratual;
■ Beneficiário;
■ Sub-rogação.

Esses eventos, quando ocorridos, podem causar a paralisação das atividades da empresa segurada ou causar perturbações no seu movimento de negócios. O segurado deverá definir, na apólice, os eventos que deseja garantir para o acionamento das coberturas do seguro de Lucros Cessantes. Nas apólices atuais, os eventos (riscos) mais utilizadas são:


■ Incêndio/Queda de Raio/Explosão de Qualquer Natureza;
■ Danos Elétricos;
■ Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado, Granizo, Queda de Aerona-ves, Impacto de Veículos Terrestres e Fumaça;
■ Tumultos (podendo-se optar pela inclusão de Atos Dolosos);
■ Alagamento;
■ Quebra de Máquinas;
■ Desmoronamento;
■ Deterioração de Mercadorias em Ambiente Frigorificados;
■ Derrame ou Vazamento de Sprinklers.

A cobertura do seguro de Lucros Cessantes poderá se dar por meio de apólices específicas ou em conjunto com uma apólice, por exemplo, de Danos Materiais. É aconselhável que seja emitida uma única apólice, nesses caso, a cobertura de Lucros Cessantes será considerada cobertura adicional ou uma segunda seção dessas apólices específicas de danos. Todavia, se forem emitidas apólices distintas, recomenda-se a emissão na mesma Segurado-ra, pois isso facilitará a regulação e a liquidação de um eventual sinistro.


Vamos conhecer um pouco mais sobre algumas modalidades de seguros de Danos Materiais e os tipos de riscos possíveis de serem garantidos:


Seguros Compreensivos (Multirriscos)
Riscos Nomeados
Riscos Operacionais

Seguros Compreensivos (Multirriscos) são os seguros que oferecem diversas coberturas, sendo a cobertura principal também chamada de básica, que garante os riscos de: Incêndio, Queda de Raio e Explosão de Qualquer Natureza. Os Seguros Compreensivos integram o grupo de seguros classificados como “patrimoniais”, juntamente com o próprio Seguro de Lucros Cessantes. Nos Seguros Compreensivos, os produtos que apresentam, no seu leque de coberturas, garantias relacionadas a Lucros Cessantes são o Compreensivo Empresarial e Compreensivo Condomínios Comerciais.


Riscos Nomeados são seguros que oferecem coberturas concedidas pelos diversos ramos de seguro, nos quais há clara identificação dos riscos, possibilitando a enumeração das garantias oferecidas. Nesse tipo de seguro, a exemplo das demais modalidades, a cobertura principal (básica) garante os riscos de Incêndio, Queda de Raio e Explosão de Qualquer Natureza.


Riscos Operacionais são seguros de riscos operacionais se caracterizam por serem contratados com cobertura do tipo All Risks, que se caracteriza por abranger todas as perdas e os danos materiais causados aos bens segurados, exceto os formalmente excluídos em suas condições, sem a necessidade de mencionar quais os riscos que encontram cobertos.


Exemplo de Contratação de Seguro de Danos Materiais: Uma empresa que necessite contratar o Seguro de Lucros Cessantes, decorrente do risco de alagamento, deverá ter seu patrimônio físico amparado por um Seguro de Danos Materiais. Nesse caso, a cobertura de alagamento poderá ser contratada por meio de uma apólice de Seguro Riscos Diversos, na modalidade específica de alagamento, como cobertura adicional nos seguros Compreensivo Empresarial ou Multirriscos ou, ainda, pelos seguros de Riscos Nomeados ou Riscos Operacionais.


A cobertura de Lucros Cessantes, nos seguros Compreensivos Empresariais/Condomínios, será aquela com que a maioria dos corretores terá contato na sua vida profissional, haja vista que os condomínios comerciais/shopping centers, as micro, as pequenas e as médias empresas contratam este tipo de apólice para se proteger das perdas em seu patrimônio físico, bem como nos lucros gerados por suas atividades. A garantia de Lucros Cessantes é uma das coberturas adicionais facultativas, oferecidas pelos Seguros Compreensivos Multirriscos, sob diversas denominações.


Os acidentes a que estão sujeitos os bens da empresa segurada, que podem provocar a paralisação no seu movimento de negócios, são definidos em Lucros Cessantes como:


(a) Eventos cobertos
(b) Riscos excluídos
(c) Prejuízos não indenizáveis
(d) Perdas Financeiras
(e) Bens Cobertos

A exigência que se faz às empresas que desejam contratar o Seguro de Lucros Cessantes, de que possuam Seguro de Danos Materiais, tem por objetivo:


(a) Vender mais uma apólice de seguro, gerando, assim, maior receita para as seguradoras.
(b) Preservar o patrimônio do acionista da empresa, pois, se não for feito o seguro, a empresa pagará vultosas multas.
(c) Garantir a reposição dos bens imóveis e móveis atingidos em caso de sinistro, permitindo ao segurado retornar mais facilmente, e com maior rapidez, ao ritmo normal de suas atividades.
(d) Aumentar o valor da importância segurada total, para gerar uma indenização maior que as perdas sofridas em caso de sinistro.
(e) Permitir à empresa escolher entre a reposição das perdas ocorridas com os danos materiais e as perdas decorrentes da paralisação de suas atividades.

A apólice de Lucros Cessantes será acionada sempre que:


(a) Houver queda de vendas, tanto em consequência de sinistro coberto quanto de alterações na conjuntura econômica.
(b) Houver um dano material, garantido por apólice própria, cujo evento seja coberto e que conduza a uma redução no giro de negócios do segurado.
(c) O período indenitário se encerrar antes do término de vigência do contrato.
(d) Houver um dano material, garantido por apólice própria, mesmo que o evento ocorrido não esteja coberto por essa apólice.
(e) Não houver franquia na apólice de danos materiais.

A cobertura de Lucros Cessantes pode ser contratada:


(a) Somente no Ramo de Lucros Cessantes.
(b) De forma independente, não sendo necessária a contratação do dano material.
(c) Somente para empresas pertencentes a grandes complexos industriais.
(d) No ramo específico, nos seguros compreensivos, multirriscos, riscos nomeados e operacionais.
(e) Inclusive para pessoas físicas desempregadas.

No seguro de Lucros Cessantes, o segurado poderá optar por garantir apenas parte do Lucro Líquido, das Despesa Fixas (neste caso, devendo especificá-las) ou parte do Lucro Bruto.


A análise econômico-financeira de uma empresa é realizada através de suas demonstrações contábeis. Qual das opções abaixo apresenta corretamente as demonstrações contábeis utilizadas?


a) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Fluxo de Caixa.
b) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados.
c) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração de Fluxo de Caixa.

1. A participação do lucro bruto no movimento de negócios da empresa é obtida:
(a) Com base nos valores, em estoque, dos produtos acabados na data do evento.
(b) Pela soma lucro líquido + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(c) Pela soma lucro bruto + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(d) Pela soma lucro líquido + despesas variáveis, dividida pelo movimento de negócios.
(e) Pela soma gastos adicionais + despesas com instalação em novo local, dividida pelo movimento de negócios.


(a) Com base nos valores, em estoque, dos produtos acabados na data do evento.
(b) Pela soma lucro líquido + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(c) Pela soma lucro bruto + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(d) Pela soma lucro líquido + despesas variáveis, dividida pelo movimento de negócios.
(e) Pela soma gastos adicionais + despesas com instalação em novo local, dividida pelo movimento de negócios.

2. Se uma empresa opera com prejuízo, o objetivo do Seguro de Lucros Cessantes é o de indenizar:
(a) A rentabilidade positiva da empresa.
(b) As despesas variáveis.
(c) Somente os gastos adicionais.
(d) A diferença entre as despesas fixas e o prejuízo.
(e) A soma do lucro bruto com as despesas fixas.


(a) A rentabilidade positiva da empresa.
(b) As despesas variáveis.
(c) Somente os gastos adicionais.
(d) A diferença entre as despesas fixas e o prejuízo.
(e) A soma do lucro bruto com as despesas fixas.

É importante que o período indenitário seja bem dimensionado para cada evento (risco) coberto no seguro específico, observando-se as proviências que normalmente são necessárias em caso de sinistros:

■ limpeza e remoção de bens destruídos;
■ obtenção das licenças necessárias;
■ tempo de reconstrução dos prédios;
■ reinstalação de equipamentos;
■ recuperação do processo produtivo.

Normalmente, o período indenitário pode variar de 1 a 36 meses e é um dos parâmetros base para a determinação da importância segurada, pois quanto maior o período necessário à retomada das atividades, maior será o volume de lucro bruto que o segurado poderá perder com a ocorrência de um sinistro.

■ O período indenitário é determinante para o cálculo da taxa e do prêmio do seguro de lucros cessantes.
■ O período indenitário começa a contar a partir da data do sinistro de Danos Materiais e é encerrado quando findar este período ou quando se der a normalização das atividades do segurado.
■ O período indenitário coberto será de 3 meses no exemplo dado, de 01/03/20 a 31/05/20.

Material
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Questões resolvidas

São elas:


■ Objetivo do Seguro;
■ Definições;
■ Forma de contratação;
■ Âmbito geográfico;
■ Coberturas;
■ Riscos excluídos;
■ Aceitação;
■ Vigência e renovação;
■ Concorrência de apólices e bilhetes;
■ Franquias e participações obrigatórias do segurado;
■ Atualização a alteração de valores;
■ Pagamento de prêmios;
■ Indenização;
■ Comunicação, regulação e liquidação de sinistros;
■ Reintegração;
■ Perda de direitos;
■ Cancelamento e rescisão contratual;
■ Beneficiário;
■ Sub-rogação.

Esses eventos, quando ocorridos, podem causar a paralisação das atividades da empresa segurada ou causar perturbações no seu movimento de negócios. O segurado deverá definir, na apólice, os eventos que deseja garantir para o acionamento das coberturas do seguro de Lucros Cessantes. Nas apólices atuais, os eventos (riscos) mais utilizadas são:


■ Incêndio/Queda de Raio/Explosão de Qualquer Natureza;
■ Danos Elétricos;
■ Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado, Granizo, Queda de Aerona-ves, Impacto de Veículos Terrestres e Fumaça;
■ Tumultos (podendo-se optar pela inclusão de Atos Dolosos);
■ Alagamento;
■ Quebra de Máquinas;
■ Desmoronamento;
■ Deterioração de Mercadorias em Ambiente Frigorificados;
■ Derrame ou Vazamento de Sprinklers.

A cobertura do seguro de Lucros Cessantes poderá se dar por meio de apólices específicas ou em conjunto com uma apólice, por exemplo, de Danos Materiais. É aconselhável que seja emitida uma única apólice, nesses caso, a cobertura de Lucros Cessantes será considerada cobertura adicional ou uma segunda seção dessas apólices específicas de danos. Todavia, se forem emitidas apólices distintas, recomenda-se a emissão na mesma Segurado-ra, pois isso facilitará a regulação e a liquidação de um eventual sinistro.


Vamos conhecer um pouco mais sobre algumas modalidades de seguros de Danos Materiais e os tipos de riscos possíveis de serem garantidos:


Seguros Compreensivos (Multirriscos)
Riscos Nomeados
Riscos Operacionais

Seguros Compreensivos (Multirriscos) são os seguros que oferecem diversas coberturas, sendo a cobertura principal também chamada de básica, que garante os riscos de: Incêndio, Queda de Raio e Explosão de Qualquer Natureza. Os Seguros Compreensivos integram o grupo de seguros classificados como “patrimoniais”, juntamente com o próprio Seguro de Lucros Cessantes. Nos Seguros Compreensivos, os produtos que apresentam, no seu leque de coberturas, garantias relacionadas a Lucros Cessantes são o Compreensivo Empresarial e Compreensivo Condomínios Comerciais.


Riscos Nomeados são seguros que oferecem coberturas concedidas pelos diversos ramos de seguro, nos quais há clara identificação dos riscos, possibilitando a enumeração das garantias oferecidas. Nesse tipo de seguro, a exemplo das demais modalidades, a cobertura principal (básica) garante os riscos de Incêndio, Queda de Raio e Explosão de Qualquer Natureza.


Riscos Operacionais são seguros de riscos operacionais se caracterizam por serem contratados com cobertura do tipo All Risks, que se caracteriza por abranger todas as perdas e os danos materiais causados aos bens segurados, exceto os formalmente excluídos em suas condições, sem a necessidade de mencionar quais os riscos que encontram cobertos.


Exemplo de Contratação de Seguro de Danos Materiais: Uma empresa que necessite contratar o Seguro de Lucros Cessantes, decorrente do risco de alagamento, deverá ter seu patrimônio físico amparado por um Seguro de Danos Materiais. Nesse caso, a cobertura de alagamento poderá ser contratada por meio de uma apólice de Seguro Riscos Diversos, na modalidade específica de alagamento, como cobertura adicional nos seguros Compreensivo Empresarial ou Multirriscos ou, ainda, pelos seguros de Riscos Nomeados ou Riscos Operacionais.


A cobertura de Lucros Cessantes, nos seguros Compreensivos Empresariais/Condomínios, será aquela com que a maioria dos corretores terá contato na sua vida profissional, haja vista que os condomínios comerciais/shopping centers, as micro, as pequenas e as médias empresas contratam este tipo de apólice para se proteger das perdas em seu patrimônio físico, bem como nos lucros gerados por suas atividades. A garantia de Lucros Cessantes é uma das coberturas adicionais facultativas, oferecidas pelos Seguros Compreensivos Multirriscos, sob diversas denominações.


Os acidentes a que estão sujeitos os bens da empresa segurada, que podem provocar a paralisação no seu movimento de negócios, são definidos em Lucros Cessantes como:


(a) Eventos cobertos
(b) Riscos excluídos
(c) Prejuízos não indenizáveis
(d) Perdas Financeiras
(e) Bens Cobertos

A exigência que se faz às empresas que desejam contratar o Seguro de Lucros Cessantes, de que possuam Seguro de Danos Materiais, tem por objetivo:


(a) Vender mais uma apólice de seguro, gerando, assim, maior receita para as seguradoras.
(b) Preservar o patrimônio do acionista da empresa, pois, se não for feito o seguro, a empresa pagará vultosas multas.
(c) Garantir a reposição dos bens imóveis e móveis atingidos em caso de sinistro, permitindo ao segurado retornar mais facilmente, e com maior rapidez, ao ritmo normal de suas atividades.
(d) Aumentar o valor da importância segurada total, para gerar uma indenização maior que as perdas sofridas em caso de sinistro.
(e) Permitir à empresa escolher entre a reposição das perdas ocorridas com os danos materiais e as perdas decorrentes da paralisação de suas atividades.

A apólice de Lucros Cessantes será acionada sempre que:


(a) Houver queda de vendas, tanto em consequência de sinistro coberto quanto de alterações na conjuntura econômica.
(b) Houver um dano material, garantido por apólice própria, cujo evento seja coberto e que conduza a uma redução no giro de negócios do segurado.
(c) O período indenitário se encerrar antes do término de vigência do contrato.
(d) Houver um dano material, garantido por apólice própria, mesmo que o evento ocorrido não esteja coberto por essa apólice.
(e) Não houver franquia na apólice de danos materiais.

A cobertura de Lucros Cessantes pode ser contratada:


(a) Somente no Ramo de Lucros Cessantes.
(b) De forma independente, não sendo necessária a contratação do dano material.
(c) Somente para empresas pertencentes a grandes complexos industriais.
(d) No ramo específico, nos seguros compreensivos, multirriscos, riscos nomeados e operacionais.
(e) Inclusive para pessoas físicas desempregadas.

No seguro de Lucros Cessantes, o segurado poderá optar por garantir apenas parte do Lucro Líquido, das Despesa Fixas (neste caso, devendo especificá-las) ou parte do Lucro Bruto.


A análise econômico-financeira de uma empresa é realizada através de suas demonstrações contábeis. Qual das opções abaixo apresenta corretamente as demonstrações contábeis utilizadas?


a) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Fluxo de Caixa.
b) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados.
c) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração de Fluxo de Caixa.

1. A participação do lucro bruto no movimento de negócios da empresa é obtida:
(a) Com base nos valores, em estoque, dos produtos acabados na data do evento.
(b) Pela soma lucro líquido + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(c) Pela soma lucro bruto + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(d) Pela soma lucro líquido + despesas variáveis, dividida pelo movimento de negócios.
(e) Pela soma gastos adicionais + despesas com instalação em novo local, dividida pelo movimento de negócios.


(a) Com base nos valores, em estoque, dos produtos acabados na data do evento.
(b) Pela soma lucro líquido + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(c) Pela soma lucro bruto + despesas fixas, dividida pelo movimento de negócios.
(d) Pela soma lucro líquido + despesas variáveis, dividida pelo movimento de negócios.
(e) Pela soma gastos adicionais + despesas com instalação em novo local, dividida pelo movimento de negócios.

2. Se uma empresa opera com prejuízo, o objetivo do Seguro de Lucros Cessantes é o de indenizar:
(a) A rentabilidade positiva da empresa.
(b) As despesas variáveis.
(c) Somente os gastos adicionais.
(d) A diferença entre as despesas fixas e o prejuízo.
(e) A soma do lucro bruto com as despesas fixas.


(a) A rentabilidade positiva da empresa.
(b) As despesas variáveis.
(c) Somente os gastos adicionais.
(d) A diferença entre as despesas fixas e o prejuízo.
(e) A soma do lucro bruto com as despesas fixas.

É importante que o período indenitário seja bem dimensionado para cada evento (risco) coberto no seguro específico, observando-se as proviências que normalmente são necessárias em caso de sinistros:

■ limpeza e remoção de bens destruídos;
■ obtenção das licenças necessárias;
■ tempo de reconstrução dos prédios;
■ reinstalação de equipamentos;
■ recuperação do processo produtivo.

Normalmente, o período indenitário pode variar de 1 a 36 meses e é um dos parâmetros base para a determinação da importância segurada, pois quanto maior o período necessário à retomada das atividades, maior será o volume de lucro bruto que o segurado poderá perder com a ocorrência de um sinistro.

■ O período indenitário é determinante para o cálculo da taxa e do prêmio do seguro de lucros cessantes.
■ O período indenitário começa a contar a partir da data do sinistro de Danos Materiais e é encerrado quando findar este período ou quando se der a normalização das atividades do segurado.
■ O período indenitário coberto será de 3 meses no exemplo dado, de 01/03/20 a 31/05/20.

Prévia do material em texto

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros
 E73l Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. 
 Lucros cessantes / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de 
 Ensino Técnico; assessoria técnica de José Eduardo Teixeira Arias, Frederico 
 Martins Peres e Claudio Bizerra de Oliveira. -- 26.ed. -- Rio de Janeiro : ENS, 2023.
 14,8 Mb ; PDF
 
 1. Seguro de lucros cessantes. I. Arias, José Eduardo Teixeira. II. Peres, Frederico Martins. III. Oliveira, Claudio 
Bizerra. IV. Título.
 0022-2673 CDU 368(072)
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
26ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2023
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
CLÁUDIO BIZERRA DE OLIVEIRA – 2023/2022/2021
FREDERICO MARTINS PERES – 2023/2022/2021
JOSÉ EDUARDO TEIXEIRA ARIAS – 2023/2022/2021
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO
PICTORAMA DESIGN
A 
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito 
 educacional, que contribuem para um mercado de seguros, 
previdência complementar, capitalização e resseguro cada 
vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
 Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 1. INTRODUÇÃO AO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES 7
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 8
Circular 620/2020 8
Qual o objetivo dessa circular? 8
Como identificar essas mudanças? 8
Circular 642/2021 9
 HISTÓRICO DO SEGURO DE LUCROS CESSANTES 9
 O SEGURO DE LUCROS CESSANTES NO MERCADO BRASILEIRO 10
 EVENTOS COBERTOS 11
 REQUISITOS BÁSICOS PARA CONTRATAÇÃO 12
 CONDIÇÕES CONTRATUAIS 12
 FATO GERADOR DO SEGURO DE LUCROS CESSANTES 14
 RISCOS GARANTIDOS NOS SEGUROS DE DANOS MATERIAIS 15
Principais Modalidades de Seguros de Danos Materiais 16
 FIXANDO CONCEITOS 1 18
 2. GARANTIAS DO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES 20
 OBJETO DO SEGURO 21
 RISCOS COBERTOS – COBERTURA BÁSICA 22
Lucro Bruto 22
Gastos Adicionais 25
Impedimento de Acesso 26
SUMÁRIO
INTERATIVO
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 CONDIÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DE UMA EMPRESA 27
A Empresa Opera com Lucro Líquido 28
A Empresa Opera com Resultado Nulo 29
A Empresa Opera com Prejuízo 30
 PARTICIPAÇÃO DO LUCRO BRUTO 
NO MOVIMENTO DE NEGÓCIOS DA EMPRESA 33
Movimento de Negócios 33
Tipos de Especificações 34
Margem de Lucro Bruto 35
Cálculo da Margem de Lucro Bruto 36
 FIXANDO CONCEITOS 2 38
 3. ELEMENTOS DO SEGURO 
 E SUAS CARACTERÍSTICAS 39
 PERÍODO INDENITÁRIO 40
 IMPORTÂNCIA SEGURADA 43
Cálculo do Lucro Bruto Segurável 43
Cálculo do Lucro Bruto Segurado 44
 Resumindo 44
 PRECIFICAÇÃO 47
 FRANQUIA DEDUTÍVEL 47
 FIXANDO CONCEITOS 3 48
 4. COBERTURAS ADICIONAIS DOS 
 SEGUROS DE LUCROS CESSANTES 49
 COBERTURAS ADICIONAIS 50
 Honorários de peritos contadores 50
 Despesas com instalação em novo local 51
 Extensão da cobertura a fornecedores e/ou compradores 51
 COBERTURA ESPECIAL INTERRUPÇÃO DE NEGÓCIOS – PERDA DE RECEITA BRUTA 53
 FIXANDO CONCEITOS 4 55
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 5. SINISTROS NOS SEGUROS 
 DE LUCROS CESSANTES 56
 VALOR EM RISCO E RATEIO 57
 INDENIZAÇÃO 59
Parcelas Indenizáveis 62
 LIQUIDAÇÃO DO SINISTRO 65
 FIXANDO CONCEITOS 5 66
 ANEXOS 67
Anexo 1 – O Seguro de Lucros Cessantes por Linha de Negócio 67
 GABARITO 68
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 69
7
UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 ■ Conhecer a origem e 
a finalidade do Seguro 
de Lucros Cessantes, 
considerando a literatura 
especializada.
 ■ Reconhecer os eventos 
cobertos e os requisitos 
básicos para contratação 
do Seguro de Lucros 
Cessantes, considerando 
as regras de mercado e a 
legislação vigente do setor. 
 ■ Conhecer as condições 
contratuais dos seguros de 
lucros cessantes, bem como 
as cláusulas obrigatórias, 
considerando as normas 
vigentes do setor.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
 ■ Reconhecer o dano 
material como fato gerador 
do Seguro de Lucros 
Cessantes, com exemplos 
de riscos garantidos 
pelo Seguro de Danos 
Materiais, considerando o 
contexto mercadológico 
vigente e a análise de 
casos práticos.
 ■ Reconhecer os riscos 
garantidos nos Seguros 
de Danos Materiais, 
considerando a modalidade 
de seguro contratada.
INTRODUÇÃO 
ao SEGURO
de LUCROS CESSANTES
01
⊲ CONSIDERAÇÕES INICIAIS
⊲ HISTÓRICO DO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES
⊲ O SEGURO DE LUCROS 
CESSANTES NO MERCADO 
BRASILEIRO
⊲ EVENTOS COBERTOS
⊲ REQUISITOS BÁSICOS 
 PARA CONTRATAÇÃO
⊲ CONDIÇÕES CONTRATUAIS
⊲ FATO GERADOR DO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES
⊲ RISCOS GARANTIDOS NOS 
SEGUROS DE DANOS MATERIAIS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
8
UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 — Circular 620/2020
Ao longo do estudo desta apostila, você poderá observar diversas refe-
rências à circular Susep nº 620, emitida em 29/12/2020, que dispõe sobre 
as regras e os critérios para operação dos seguros do grupo patrimonial 
– Grupo 01 da classificação da Susep.
 — Qual o objetivo dessa circular?
A partir de um conceito que privilegia a criação, inovação e simplicidade 
dos textos das cláusulas, práticas perfeitamente alinhadas com aquelas 
já utilizadas por outros mercados ao redor do mundo, a norma apresenta 
regras mais flexíveis para estruturação das condições contratuais de todos 
os seguros patrimoniais, as quais passam a ser redigidas com maior clare-
za e objetividade em comparação às rígidas condições que conhecemos 
hoje na estrutura de seguros do mercado brasileiro. 
 — Como identificar essas mudanças?
Para melhor compreensão desse conceito, serão apresentados os mode-
los de cláusulas, coberturas e outras práticas usualmente utilizados pelo 
mercado para comercialização do seguro de Lucros Cessantes, indican-
do, porém, para cada tema, as mudanças de regras promovidas pela circu-
lar Susep nº 620/2020.
9
UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Como consequência desse processo, não há dúvidas que surgirão no mer-
cado novos modelos e formas de contratação de apólices, entretanto, é cer-
to também que a consolidação dessa transformação demandará um certo 
tempo de adaptação, durante o qual os modelos atuais que conhecemos 
permanecerão a ser utilizados pelo mercado para venda dos seus produtos.
 — Circular 642/2021
A Circular 642/21, com seus efeitos prorrogados para 1º de maio de 2022, 
dispõe, basicamente, sobre a aceitação, a vigência do seguro, a emissão e os 
elementos mínimos dos documentos contratuais envolvendo todos os ramos.
Recomendamos revisitar a apostila de Introdução aos Seguros de Danos para 
mais detalhes sobre todas as alterações promovidas pela referida circular.
 HISTÓRICO DO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES 
Após a Revolução Industrial, com o incremento das atividades industriais e, 
consequentemente, das atividades comerciais, a demanda por Seguros de 
Incêndio aumentou consideravelmente, haja vista a necessidade de prote-
ção do patrimônio das empresas.
Com o passar dos tempos, e após serem analisados vários sinistros ocorri-
dos que estavam garantidos pelo Seguro Incêndio, constatou-se que havia 
perdas que não eram cobertas por esse seguro. Ou seja, concluiu-se que 
um sinistro que atinja os bens materiais (prédios,máquinas, instalações, 
mercadorias) de uma empresa não gera apenas danos ao seu patrimônio 
físico, pois o reparo desses danos demandará algum tempo e, consequen-
temente, durante esse tempo, as atividades da empresa serão reduzidas 
ou até paralisadas total ou parcialmente.
Os prejuízos decorrentes da paralisação ou da sensível redução das ativi-
dades industriais ou comerciais podem até mesmo superar, em valor, os 
danos ou a destruição de bens materiais. Exemplos: 1 – no maior sinistro 
pago no Brasil, do segurado CSN, foram indenizados mais de US$ 500 
milhões, e a parte relativa à cobertura de Lucros Cessantes representou 
quase 90% desse valor; e 2 – na grande tragédia ocorrida em Mariana 
(MG), além dos danos ambientais que são enormes (difíceis de mensurar, 
de tão grandes), a maior perda da própria Samarco foi de Lucros Cessan-
tes, pois as atividades foram totalmente paralisadas há muito tempo e 
parece que não voltará a funcionar tão cedo (as perdas de lucros cessan-
tes podem superar US$ 1 bilhão).
Comentário
Os sinistros não geram apenas 
danos ao patrimônio físico 
das empresas, pois o reparo 
desses danos demandará 
algum tempo e, durante 
esse tempo, as atividades 
das empresas poderão ser 
reduzidas ou paralisadas. 
Com a paralisação de suas 
atividades, as empresas sofrem 
perdas financeiras que podem, 
inclusive, gerar sua falência.
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UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
O Seguro de Lucros Cessantes tem sua origem nessa constatação: a ocor-
rência de sinistros pode gerar, além de danos materiais, prejuízos financei-
ros consequentes da paralisação ou diminuição das atividades das empre-
sas industriais ou comerciais.
Então, a finalidade do Seguro de Lucros Cessantes é garantir a situação 
financeira da empresa após um sinistro de Danos Materiais que tenha 
perturbado ou paralisado o movimento normal de seus negócios.
 O SEGURO DE LUCROS CESSANTES 
 NO MERCADO BRASILEIRO 
O Seguro de Lucros Cessantes foi regulamentado em 1948, pela Por-
taria 5 do extinto DNSPC, atual Susep, tendo o IRB – atual IRB-Brasil 
Resseguros S.A. – começado a operar na carteira em 1951, época em 
que, efetivamente, o seguro foi introduzido no mercado brasileiro. O mode-
lo adotado foi a apólice standard utilizada pelos ingleses, bem como suas 
reformulações, devidamente adaptadas às condições do nosso mercado.
Os seguros de proteção às receitas das empresas (entre os quais se insere 
o de Lucros Cessantes) foram modernizados, aperfeiçoados e ampliados. 
Até poucos anos atrás, o único ramo destinado a proteger receitas era o 
de Lucros Cessantes. Quando muito, tínhamos algumas coberturas aces-
sórias em ramos específicos, que protegiam, em caráter particularíssimo 
com óbvia limitação de amplitude, determinadas receitas.
A partir do final da década de 1980, foi implementado pelo então Instituto 
de Resseguros do Brasil (IRB), mediante cobertura facultativa de resseguro, 
o Seguro de Lucros Cessantes Decorrentes de Quebra de Máquinas, cujas 
apólices eram emitidas no Ramo Riscos de Engenharia e conjugavam, num 
único contrato, a cobertura de Danos Materiais de Quebra de Máquinas e 
os Lucros Cessantes decorrentes.
Embora, em teoria, representasse um grande avanço, esse seguro infeliz- 
mente foi inviabilizado comercialmente, pois a quantidade de documentos 
e de informações exigidas era muito extensa.
Atualmente, o ramo Lucros Cessantes (código Susep 01.41) é responsável 
por menos de 1% dos prêmios arrecadados pelo mercado segurador 
 brasileiro. Essa inexpressiva participação deve-se a diversas razões, 
entre as quais podemos citar:
Importante
Um dos principais fatores 
que dificulta a correta 
mensuração dos prêmios 
emitidos pela carteira de 
seguros de Lucros Cessantes, 
é a contração dessa cobertura 
como garantia adicional 
inserida em outros ramos, 
como por exemplo: Seguros 
Compreensivos (Multirriscos 
Empresariais e Condomínios), 
Riscos Nomeados e Riscos 
Operacionais, e Riscos de 
Engenharia.
11
UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 ■ falta de programas de divulgação e esclarecimentos sobre as van-
tagens da contratação desse tipo de seguro; 
 ■ conjuntura econômica do país
 ■ falta de pessoal tecnicamente habilitado;
 ■ dificuldades de obter informações fidedignas da contabilidade das 
empresas;
 ■ complexidade e dificuldades nas regulações de sinistros. 
 EVENTOS COBERTOS 
De acordo com as novas regras divulgadas pela Susep – Circular nº 
620/2020, mencionada anteriormente, a definição de eventos cobertos 
nos seguros de Lucros Cessantes, passa a ter a seguinte redação:
“O seguro de lucros cessantes visa garantir indenização pelos prejuízos 
resultantes da interrupção parcial ou total ou perturbação no movimento 
de negócios do segurado, causada pela ocorrência de riscos cobertos na 
apólice, não restritos a riscos patrimoniais”.
Os prejuizos decorrentes da pertubação no giro de negócios da empresa 
(movimento de negócios), continua sendo o principal objetivo da garantia 
definida pelo seguro, o que muda é o conceito da causa (riscos) desses 
prejuízos, que chamamos de “fato gerador”.
As seguradoras poderão desenvolver produtos que garantam a indeni-
zação pela interrupção das atividades do segurado, em decorrência de 
outros eventos não diretamente relacionados à ocorrência de um dano 
material. Será possível criar um seguro que garanta indenização pela para-
lisação do negócio do segurado, decorrente, por exemplo, do afastamento 
dos seus funcionários em razão do acometimento de algum tipo específico 
de doença, por exemplo, a Covid-19, ou a decretação de uma quarentena 
pelo Estado.
É evidente que o desenvolvimento desse tipo de cobertura, quer seja para 
eventos pandêmicos ou qualquer outro não relacionado à ocorrência de um 
dano material, não deverá ocorrer de forma imediata e, certamente, depen-
derá de estudos técnicos. De qualquer forma, a possibilidade agora existe.
A cobertura do Seguro de Lucros Cessantes é fundamental para as empre-
sas. Os corretores de seguros devem analisar com muita atenção as 
necessidades de seus clientes, pois as perdas financeiras decorrentes da 
paralisação dos negócios de uma empresa podem ser enormes, e, se não 
forem indenizadas, podem gerar até a falência dessa empresa.
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UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Durante o processo de comercialização, é aconselhável que os corretores 
de seguros ofereçam aos seus clientes, preferencialmente por escrito, a 
contratação do seguro de Lucros Cessantes como instrumento garantidor 
da continuidade dos negócios da empresa.
 REQUISITOS BÁSICOS 
 PARA CONTRATAÇÃO 
A empresa que pretende contratar o Seguro de Lucros Cessantes, 
 deverá atender aos seguintes requisitos:
 ■ estar inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ/MF);
 ■ possuir contabilidade organizada; e
 ■ possuir seguro de danos, normalmente o de danos materiais, 
A organização contábil é aspecto fundamental na contratação desse seguro, 
pois, através dos dados contábeis, são fixados os valores seguráveis e, em 
caso de ocorrência de sinistro, apuradas as perdas decorrentes. É imprescin-
dível, portanto, que os registros contábeis estejam organizados e acessíveis.
A exigência do Seguro de Danos, feita pelo segurador, visa garantir a repo-
sição das perdas sofridas e assim permitir ao segurado retornar mais facil-
mente, e com maior rapidez, ao ritmo normal das suas atividades.
No caso do seguro de danos materiais, a reposição dos bens patrimoniais, 
assume papel fundamental para essa rápida retomada das atividades.
 CONDIÇÕES 
 CONTRATUAIS 
As Condições Contratuais dos Seguros de Lucros Cessantes, podem ago-
ra seguir regras mais flexíveis de formatação estabelecidas pela Circular 
Susep nº 621/2021, de 12/02/2021, respeitados, é claro, todos os deveres e 
as obrigações contratuais estabelecidos pelo Código Civil Brasileiro, con-
forme já abordado na apostila de Introdução aoSeguro de Danos, inte-
grante deste curso de formação de corretores.
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UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Todavia, pela necessidade de acomodação e interpretação das novas 
regras, é provável que a maioria das seguradoras ainda continue a praticar 
a segmentação de seus clausulados na formatação antiga, apresentando 
Condições Gerais, como as cláusulas comuns a toda e qualquer apólice 
de seguro daquele tipo de produto compreensivo; Condições Especiais, 
sendo as cláusulas específicas das coberturas contratadas e Condições 
Particulares, onde eventualmente se particulariza alguma condição para 
apólice específica.
É importante registrar que a referida Circular Susep nº 621/2021 represen-
tou um avanço na obrigatoriedade de uniformização das condições con-
tratuais dos produtos de danos, na medida em que transfere ao mercado 
uma maior responsabilidade em razão da liberdade para criação de seus 
contratos. Contudo, não eliminou a manutenção de algumas cláusulas obri-
gatórias que devem constar dos contratos dos seguros de Lucros Cessan-
tes, também apresentadas na cadeira de Introdução a Seguro de Danos, 
deste curso. São elas:
 ■ Objetivo do Seguro;
 ■ Definições;
 ■ Forma de contratação;
 ■ Âmbito geográfico;
 ■ Coberturas;
 ■ Riscos excluídos;
 ■ Aceitação;
 ■ Vigência e renovação;
 ■ Concorrência de apólices e bilhetes;
 ■ Franquias e participações obrigatórias do segurado;
 ■ Atualização a alteração de valores;
 ■ Pagamento de prêmios;
 ■ Indenização;
 ■ Comunicação, regulação e liquidação de sinistros;
 ■ Reintegração;
 ■ Perda de direitos;
 ■ Cancelamento e rescisão contratual;
 ■ Beneficiário;
 ■ Sub-rogação.
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UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 FATO GERADOR DO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES 
O fato gerador, para definição da cobertura do seguro, esteve sempre atre-
lado, exclusiva e obrigatoriamente, à ocorrência de “danos materiais”. Toda-
via, de acordo com a nova definição, essa condição passa a ser ampliada 
com objetivo de garantir a pertubação no movimento de negócios decor-
rente de qualquer risco, desde que coberto na apólice.
A condição prévia de ocorrência de um dano, para caracterizar a cobertura 
do seguro de Lucros Cessantes, deixa de ser apenas os danos mate-
riais, passando a admitir, para essa caracterização, a ocorrência de qual-
quer tipo de dano, desde que descrito e garantido por apólice de seguro, 
abrangendo, inclusive, riscos garantidos por ramos não apenas do grupo 
de seguros patrimoniais.
Conforme já explicado, durante determinado período de tempo, o mer-
cado continuará atrelando a caracterização da cobertura do seguro de 
Lucros Cessantes à ocorrência de Danos Materiais e, dessa forma, todos 
os exemplos que vamos estudar nas unidades desta apostila, levará em 
conta essa condição. 
O segurado, para garantir a reposição das perdas financeiras consequen-
tes da paralisação das atividades da empresa e ficar plenamente protegi-
do, além do seguro de Lucros Cessantes, deve antes contratar também 
um Seguro de Danos, normalmente o de danos materiais, que garante a 
reposição dos bens patrimoniais que possam ser atingidos pela ocorrência 
de um evento aleatório.
Sinistro de Danos Materiais Danos no Patrimônio Físico
Seguro de Danos MateriaisPerturbação ou Paralisação 
do Movimento de Negócios
Perda Financeira
Seguro de Lucros Cessantes
PROTEÇÃO
PROTEÇÃO
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UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Conclusão: 
O Seguro de Lucros Cessantes somente será acionado se ocorrer sinistro, 
causado pelos eventos previstos na apólice e que provoquem paralisação 
ou redução do movimento de negócios, quando então ficará caracterizada 
a perda de lucro bruto da empresa. 
Portanto, o Seguro de Lucros Cessantes não deve ser considerado um 
“ramo isolado”, pois não pode ser contratado sem estar atrelado à cober-
tura de um risco, normalmente o risco de Danos Materiais. 
A empresa que desejar contratar o Seguro de Lucros Cessantes para 
determinado evento deverá ter apólice de seguro que garanta os danos 
materiais que possam ser causados por esses eventos.
Exemplo: uma empresa, para contratar uma apólice de Lucros Cessantes 
em decorrência de incêndio, deverá possuir cobertura de incêndio, ampa-
rando o seu patrimônio físico contra este evento.
Assim sendo, os eventos que dão origem a cobertura do seguro de Lucros 
Cessantes são acidentes aos quais estão sujeitos os bens da empresa cuja 
ocorrência podem causar perturbações no giro de seus negócios.
 RISCOS GARANTIDOS NOS 
 SEGUROS DE DANOS MATERIAIS 
Os eventos cuja ocorrência acionam as coberturas do seguro de Lucros 
Cessantes são os riscos normalmente de danos materiais a que estão 
sujeitos os bens da empresa segurada. Esses eventos, quando ocorridos, 
podem causar a paralisação das atividades da empresa segurada ou cau-
sar perturbações no seu movimento de negócios.
O segurado deverá definir, na apólice, os eventos que deseja garantir para 
o acionamento das coberturas do seguro de Lucros Cessantes.
Nas apólices atuais, os eventos (riscos) mais utilizadas são:
 ■ Incêndio/Queda de Raio/Explosão de Qualquer Natureza;
 ■ Danos Elétricos;
 ■ Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado, Granizo, Queda de Aerona-
ves, Impacto de Veículos Terrestres e Fumaça;
 ■ Tumultos (podendo-se optar pela inclusão de Atos Dolosos);
 ■ Alagamento;
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UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 ■ Quebra de Máquinas;
 ■ Desmoronamento;
 ■ Deterioração de Mercadorias em Ambiente Frigorificados;
 ■ Derrame ou Vazamento de Sprinklers.
A cobertura do seguro de Lucros Cessantes poderá se dar por meio de 
apólices específicas ou em conjunto com uma apólice, por exemplo, de 
Danos Materiais.
É aconselhável que seja emitida uma única apólice, nesses caso, a cober-
tura de Lucros Cessantes será considerada cobertura adicional ou uma 
segunda seção dessas apólices específicas de danos. Todavia, se forem 
emitidas apólices distintas, recomenda-se a emissão na mesma Segurado-
ra, pois isso facilitará a regulação e a liquidação de um eventual sinistro.
 — Principais Modalidades de 
Seguros de Danos Materiais
Vamos conhecer um pouco mais sobre algumas modalidades de seguros 
de Danos Materiais e os tipos de riscos possíveis de serem garantidos:
Seguros Compreensivos (Multirriscos)
São os seguros que oferecem diversas coberturas, sendo a cober-
tura principal também chamada de básica, que garante os riscos 
de: Incêndio, Queda de Raio e Explosão de Qualquer Natureza. 
Os Seguros Compreensivos integram o grupo de seguros classifi-
cados como “patrimoniais”, juntamente com o próprio Seguro de 
Lucros Cessantes. 
Nos Seguros Compreensivos, os produtos que apresentam, no 
seu leque de coberturas, garantias relacionadas a Lucros Cessan-
tes são o Compreensivo Empresarial e Compreensivo Condomí-
nios Comerciais. 
Riscos Nomeados
Seguros que oferecem coberturas concedidas pelos diversos 
ramos de seguro, nos quais há clara identificação dos riscos, pos-
sibilitando a enumeração das garantias oferecidas. Nesse tipo de 
seguro, a exemplo das demais modalidades, a cobertura principal 
(básica) garante os riscos de Incêndio, Queda de Raio e Explosão 
de Qualquer Natureza.
Riscos Operacionais
Os Seguros de Riscos Operacionais se caracterizam por serem con-
tratados com cobertura do tipo All Risks, que se caracteriza por abran-
17
UNIDADE 1
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
ger todas as perdas e os danos materiais causados aos bens segu-
rados, exceto os formalmente excluídos em suas condições, sem a 
necessidade de mencionar quais os riscos que encontram cobertos.
Exemplo de Contratação de 
Seguro de Danos Materiais: 
Uma empresa que necessite contratar o Seguro de Lucros Cessantes, 
decorrente do risco de alagamento, deverá ter seu patrimônio físico ampa-
rado por um Seguro de Danos Materiais. Nesse caso, a cobertura de ala-
gamento poderá ser contratada por meio de uma apólice de Seguro Riscos 
Diversos, na modalidadeespecífica de alagamento,como cobertura adicio-
nal nos seguros Compreensivo Empresarial ou Multirriscos ou, ainda, pelos 
seguros de Riscos Nomeados ou Riscos Operacionais.
Considerações Importantes sobre os 
Seguros Compreensivos e Multirriscos
A cobertura de Lucros Cessantes, nos seguros Compreensivos Empresa-
riais/Condomínios, será aquela com que a maioria dos corretores terá con-
tato na sua vida profissional, haja vista que os condomínios comerciais/ 
shopping centers, as micro, as pequenas e as médias empresas contratam 
este tipo de apólice para se proteger das perdas em seu patrimônio físico, 
bem como nos lucros gerados por suas atividades.
A garantia de Lucros Cessantes é uma das coberturas adicionais faculta-
tivas, oferecidas pelos Seguros Compreensivos Multirriscos, sob diversas 
denominações (Diária de Interrupção de Atividade, Despesas Fixas, Lucros 
Cessantes, entre outras) e são oferecidas, em sua maioria, para garantir 
somente as despesas fixas ou parte delas – nesse caso, despesas fixas 
especificadas. 
Usualmente, a cobertura de Despesas Fixas é oferecida a Risco Absoluto 
(sem aplicação da cláusula de rateio). Já a cobertura de Lucros Cessantes 
costuma ser oferecida a Risco Absoluto ou Risco Relativo, dependendo 
do produto de cada Seguradora e dos valores envolvidos.
Lembre-se
Sem sombra de dúvida, 
a introdução dos Seguros 
Compreensivos e Multirriscos 
no mercado brasileiro, 
popularizou a cobertura de 
Lucros Cessantes. Entretanto, 
essa massificação ocorreu 
somente através da garantia 
para as despesas fixas, 
normalmente oferecida 
nesses produtos..
18
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 FIXANDO CONCEITOS 1 
Marque a alternativa correta
1. Com relação ao Seguro de Lucros Cessantes, as ocorrências de sinistros 
de Danos Materiais podem ser entendidas como sendo:
(a) As perdas decorrentes da paralisação ou redução das atividades.
(b) Algo neutro em relação às perdas decorrentes da paralisação ou da 
redução das atividades.
(c) Amparados pela cobertura de Lucros Cessantes.
(d) O fato gerador do risco de Lucros Cessantes.
(e) A diferença entre perdas e prejuízos relativos à deficiência de seguro.
2. Os acidentes a que estão sujeitos os bens da empresa segurada, que 
podem provocar a paralisação no seu movimento de negócios, são defini-
dos em Lucros Cessantes como:
(a) Eventos cobertos 
(b) Riscos excluídos 
(c) Prejuízos não indenizáveis
(d) Perdas Financeiras
(e) Bens Cobertos
3. A exigência que se faz às empresas que desejam contratar o Seguro 
de Lucros Cessantes, de que possuam Seguro de Danos Materiais, tem 
por objetivo:
(a) Vender mais uma apólice de seguro, gerando, assim, maior receita 
para as seguradoras.
(b) Preservar o patrimônio do acionista da empresa, pois, se não for 
feito o seguro, a empresa pagará vultosas multas.
(c) Garantir a reposição dos bens imóveis e móveis atingidos em caso 
de sinistro, permitindo ao segurado retornar mais facilmente, e com 
maior rapidez, ao ritmo normal de suas atividades.
(d) Aumentar o valor da importância segurada total, para gerar uma 
indenização maior que as perdas sofridas em caso de sinistro.
(e) Permitir à empresa escolher entre a reposição das perdas ocorridas 
com os danos materiais e as perdas decorrentes da paralisação de 
suas atividades.
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FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
4. A apólice de Lucros Cessantes será acionada sempre que:
(a) Houver queda de vendas, tanto em consequência de sinistro cober-
to quanto de alterações na conjuntura econômica.
(b) Houver um dano material, garantido por apólice própria, cujo even-
to seja coberto e que conduza a uma redução no giro de negócios 
do segurado.
(c) O período indenitário se encerrar antes do término de vigência do 
contrato.
(d) Houver um dano material, garantido por apólice própria, mesmo 
que o evento ocorrido não esteja coberto por essa apólice.
(e) Não houver franquia na apólice de danos materiais.
5. A cobertura de Lucros Cessantes pode ser contratada:
(a) Somente no Ramo de Lucros Cessantes.
(b) De forma independente, não sendo necessária a contratação do 
dano material.
(c) Somente para empresas pertencentes a grandes complexos industriais.
(d) No ramo específico, nos seguros compreensivos, multirriscos, riscos 
nomeados e operacionais.
(e) Inclusive para pessoas físicas desempregadas.
Consulte o gabarito clicando aqui.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
02
GARANTIAS 
do SEGURO 
 ■ Entender como é formado 
o lucro segurável e como 
a condição econômico-
financeira da empresa 
pode influenciar na 
contratação do seguro 
de lucro cessantes, 
considerando a literatura 
especializada em análise 
de casos práticos.
 ■ Compreender o objeto 
do Seguro de Lucros 
Cessantes, considerando 
situações práticas do ramo 
de seguros.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ OBJETO DO SEGURO
⊲ RISCOS COBERTOS – 
 COBERTURA BÁSICA
⊲ CONDIÇÃO ECONÔMICO-
FINANCEIRA DE UMA EMPRESA
⊲ PARTICIPAÇÃO DO LUCRO BRUTO 
NO MOVIMENTO DE 
NEGÓCIOS DA EMPRESA
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
de LUCROS CESSANTES
 ■ Reconhecer as garantias 
abrangidas pela cobertura 
básica dos Seguros 
de Lucros Cessantes, 
considerando as práticas 
vigentes de mercado.
 ■ Entender os principais 
conceitos relacionados 
à condição econômico-
financeira de negócio da 
empresa, considerando 
a importância desses 
conceitos no âmbito do 
mercado de seguros.
21
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Nesta unidade, serão apresentados os diversos conceitos que caracteri-
zam o seguro de Lucros Cessantes, com destaque para a definição do 
objeto do seguro, que apresenta a finalidade da cobertura e a composição 
dos riscos cobertos.
A formatação do Seguro de Lucros Cessantes apresentada nesta unidade 
tem como origem os mesmos conceitos praticados no Seguro de Lucros 
Cessantes Tradicional (código do ramo 01.41). Por essa razão, algumas 
interpretações equivocadas dão conta de que tais conceitos se encontram 
ultrapassados e sem aplicabilidade. No entanto, isso não procede, uma vez 
que todos eles são normalmente dotados nos produtos compreensivos, 
assim como nos Seguros de Riscos Nomeados e Operacionais, que agre-
gam, em suas estruturas, parte das garantias da tarifa do Seguro de Lucros 
Cessantes Tradicional.
 OBJETO DO SEGURO 
No Seguro de Lucros Cessantes, o objeto a ser garantido é a manutenção 
da operacionalidade e lucratividade da empresa, sendo as perdas ocorridas 
identificadas através da análise dos relatórios financeiros.
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UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 RISCOS COBERTOS – 
 COBERTURA BÁSICA 
A cobertura básica do Seguro de Lucros Cessantes abrange as seguintes 
garantias:
 ■ Perdas do Lucro Bruto;
 ■ Realização de gastos adicionais;
 ■ Impedimento de acesso.
 — Lucro Bruto
O principal risco normalmente coberto pelo Seguro de Lucros Cessantes 
é a perda de lucro bruto gerada pela paralisação total ou parcial dos 
negócios da empresa, em virtude de danos causados por eventos cober-
tos, exemplo, Danos Materiais.
A responsabilidade no Seguro de Lucros Cessantes estará sempre condi-
cionada às limitações ou às restrições impostas pelas condições dos segu-
ros que garantem os eventos cobertos. Desse modo, se o evento ocorrido 
não estiver coberto pelo seguro específico, o Seguro de Lucros Cessantes 
poderá também não conceder a cobertura.
O conceito de lucro bruto, garantido pelo seguro de Lucros Cessantes, 
não é, necessariamente, o mesmo daquele apresentado na Contabilidade 
da empresa.
O lucro bruto contábil é a simples diferença entre as recitas líquidas de 
vendas e os custos dos produtos ou mercadorias vendidos ou serviços 
prestados, enquanto que nas condições do seguro de lucros cessantes, 
lucro bruto é tradicionalmente definido como a soma do Lucro Líquido mais 
as Despesas Fixas.
Como fixas consideram-se aquelas despesas que precisam ser realizadas 
mesmo duranteo período de paralisação das atividade, não importando se 
haverá ou não receitas para financiá-las.
Portanto, a soma do lucro líquido mais as despesas fixas, será considerada 
como Lucro Bruto Segurável gerado diretamente pelas atividades opera-
cionais da empresa.
O esquema a seguir nos permite uma visualização melhor dos conceitos 
apresentados.
Lucro Bruto = Lucro Líquido + Despesas Fixas
23
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Despesas Fixas
Lucro Líquido
Despesas Variáveis
Preço de Venda
Despesas Fixas Despesas Fixas
Despesas Variáveis
Preço Total de Custo Lucro Bruto Segurável
Lucro Líquido
Lucro Líquido 
As condições dos seguros de Lucros Cessantes, também de forma tradicio-
nal, considera como Lucro Líquido o resultado da diferença entre o total das 
receitas geradas pela venda dos produtos, mercadorias ou serviços pres-
tados e o total das despesas realizadas pela empresa em sua operação.
Normalmente, não são computados na apuração do Lucro Líquido, as ren-
das de capital e as despesas a elas atribuíveis, justamente por não 
serem oriundas diretamente das atividades operacionais das empresas. 
Simplificadamente, podemos definir Lucro Líquido para fins do seguro 
de Lucros Cessantes, como lucro líquido operacional que consta das 
demonstrações contábeis das empresas.
Despesas Fixas
São as despesas realizadas pela empresa, durante cada exercício finan-
ceiro, e que perduram mesmo após a ocorrência de sinistro que para-
lise ou reduza suas atividades, independentemente do volume produzido 
ou negociado.
A definição das despesas fixas a serem incluídas no seguro, exige prévia 
e criteriosa análise contábil do plano de contas da empresa, já esses gas-
tos fixos, muitas vezes, estão incluídos sob títulos gerais no plano contábil. 
Não é aconselhável a exclusão de quaisquer despesas fixas da cobertura 
do seguro de Lucros Cessantes. O ideal é que seja garantida a totalidade 
dessas despesas e nesse caso não é necessário discriminá-las.
Porém, se o cliente optar pela contratação somente de parte de suas des-
pesas fixas, estas devem então ser identificadas na apólice com o mesmo 
nome constante do plano de contas da empresa. 
O conjunto dessas despesas fixas seguradas pela apólice é chamado de 
despesas fixas especificadas.
Saiba mais
Rendas de capital
São os resultados positivos 
de investimentos realizados. 
Também são chamadas de 
ganhos financeiros.
Despesas atribuíveis
São as despesas decorrentes 
da realização de investimentos. 
Exemplos: comissões pagas, 
taxas de administração financeira.
Lembre-se
As depesas fixas nem 
sempre guardam relação de 
proporcionalidade com o 
volume de bens produzidos ou 
comercializados.
Independentemente de uma 
empresa estar funcionando ou 
não à plena carga ou mesmo 
que ela esteja paralisada, 
boa parte das despesas 
fixas precisam e devem ser 
realizadas.
24
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
São exemplos de despesas fixas:
 ■ salários e ordenados;
 ■ honorários;
 ■ FGTS;
 ■ indenizações;
 ■ aviso prévio;
 ■ contribuições para a Previdência Social (INSS);
 ■ Seguros;
 ■ energia elétrica (quando despesa não ligada à produção/venda); 
 ■ gás (quando despesa não ligada à produção/venda); 
 ■ água (quando despesa não ligada à produção/venda);
 ■ telefone;
 ■ portes e telegramas, telex;
 ■ despesas com limpeza;
 ■ assistência: médico-hospitalar, jurídica, contábil, administrativa e 
técnica;
 ■ contribuições e associações;
 ■ impostos não ligados à produção/venda, como IPTU e IPVA;
 ■ propaganda e publicidade;
 ■ revistas, jornais e livros técnicos;
 ■ despesas da área de Relações Públicas;
 ■ conservação e manutenção;
 ■ aluguéis;
 ■ vigilância;
 ■ juros sobre empréstimos;
 ■ depreciação do ativo; 
 ■ amortizações.
No seguro de Lucros Cessantes, o segurado poderá optar por garantir 
apenas parte do Lucro Líquido, das Despesa Fixas (neste caso, devendo 
especificá-las) ou parte do Lucro Bruto.
No entanto, a escolha desejável é segurar a totalidade desses componen-
tes, pois, em caso de sinistro e respeitado o limite de importância segu-
rada, o segurado será indenizado pela totalidade das perdas oriundas da 
paralisação das suas atividades.
Depreciação 
Fator contábil redutor do 
Ativo Permanente Imobilizado, 
baseado na existência, no uso 
e na conservação dos bens 
relacionados nesse ativo.
Amortização
 Parcela dos gastos alocados no 
exercício financeiro decorrente
de fator redutor do Ativo Diferido, 
ou seja, gastos/investimentos 
realizados em outros exercícios 
que são pulverizados em vários 
exercícios financeiros, devido 
ao seu vulto e porque servirá 
à empresa por vários anos, 
como, por exemplo, despesas 
pré-operacionais, gastos com 
pesquisas e desenvolvimento de 
produtos, dentre outros.
25
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Despesas Variáveis
Antes de explicarmos o conceito de despesas variáveis, é preciso lembrar 
que, de acordo com as normas estabelecidas pela circular Susep 620/2020, 
nada impede que as seguradoras, em caso especiais, estudem formas de 
garantir cobertura no seguro de Lucros Cessantes para essas despesas, 
desde que seja demonstrado que elas podem contribuir de forma mais rápi-
da para o restabelecimento normal das atividades da empresa.
Assim, tradicionalmente, são definidas como despesas variáveis, aquelas 
que sofrem variação proporcional ao volume de bens produzidos ou vendi-
dos e que não perduram após a ocorrência de sinistro coberto.
Atualmente, como exemplos de despesas variáveis, temos:
 ■ consumo de matérias-primas;
 ■ fretes;
 ■ ICMS, IPI, ISS;
 ■ em geral, os tributos ligados - produção/venda, como PIS, COFINS, 
Imposto de Renda e outros.
 ■ Despesas de energia elétrica, gás e água quando ligadas à produ-
ção/venda.
 — Gastos Adicionais
Gastos Adicionais são as despesas extraordinárias realizadas pelo segurado 
com o objetivo de eliminar ou reduzir a queda no movimento de negócios 
durante o período de paralisação das atividades da empresa e, assim, evitar 
ou atenuar as perdas de lucro bruto consequentes de um sinistro, restabele-
cendo o ritmo normal de suas atividades o mais rapidamente possível.
A cobertura básica de Gastos Adicionais, incluída no seguro de Lucros 
Cessantes, normalmente não acarreta cobrança de prêmio adicional.
Podemos caracterizar como Gastos Adicionais as despesas não previstas 
nos custos operacionais da empresa, realizadas quando da ocorrência de 
sinistros, como o aluguel de equipamentos para substituir, temporariamen-
te, aqueles que foram danificados e a contratação de mão de obra para 
jornadas extras de trabalho.
Essas despesas, para que sejam indenizadas pela seguradora, devem ser 
realizadas pelo segurado exclusivamente para produzir resultados efetivos 
na redução do tempo de paralisação e, por consequência, nos prejuízos 
indenizáveis.
Lembre-se
As despesas variáveis 
não estão abrangidas pelo 
Seguro tradicional de Lucros 
Cessantes, uma vez que, como 
deixam de existir quando 
ocorre um sinistro que paralise 
a atividade do segurado, não 
terão de ser realizadas e, 
assim, não serão consideradas 
na composição do lucro bruto 
segurável. 
26
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Limitações de Gastos Adicionais
Ressaltamos que, para a efetiva cobertura de gastos adicionais, deverá 
ocorrer o que se chama de relação custo x benefício, conforme demons-
trada pela figura a seguir:
Perturbação ou 
paralisação do 
movimento de 
negócios, 
em consequência 
de sinistros de 
danos materiais 
de evento 
amparado pelo 
Seguro de Lucros 
Cessantes
Queda do 
movimento 
de negócios 
Perda do 
Lucro Bruto
GASTOS 
(DESPESAS 
EXTRAORDINÁRIAS)
Redução da queda 
do movimento de 
negócios, 
consequentemente à 
redução da Perda do 
Lucro Bruto
Amparado pela 
cobertura básica, sob 
o título de gastos 
adicionais
Sem reflexo na 
queda do movimento 
de negócios
Não será 
amparado pelo Seguro 
deLucros Cessantes
 — Impedimento de Acesso
A cobertura de Impedimento de Acesso garante a perturbação ou parali-
sação no giro de negócios da empresa, quando provocada pela interdição 
do estabelecimento ou do logradouro onde a empresa está localizada, em 
virtude de ocorrência de evento previsto na apólice, porém ocorrido em 
outro local da vizinhança. 
Dessa forma, por meio dessa garantia, o seguro de Lucros Cessantes 
garante cobertura mesmo que nenhum dos locais mencionados na apólice 
tenha sofrido qualquer dano material. 
Normalmente, a cobertura exige que o período de interdição do estabele-
cimento ou logradouro seja superior a 48 horas e tenha sido determinado 
por autoridade competente.
Pela prática atual do mercado, que poderá ser entendida de forma diferen-
te no futuro próximo, em razão da mencionada circular Susep 620/2020, 
para caracterização da cobertura de impedimento de acesso, é 
necessário que:
 ■ os danos materiais ocorram na vizinhança do local segurado, cau-
sando-lhes perdas materiais;
 ■ o evento causador do dano material na vizinhança esteja garantido 
pela apólice do segurado;
 ■ a interdição do local seja decretada por autoridade competente;
 ■ o período de interdição seja superior a 48 horas.
27
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
A cobertura de impedimento de acesso funciona independentemente 
do fato de nenhum dos locais segurados ter sofrido dano material (apenas 
seus vizinhos). É uma garantia compreendida na cobertura básica do Segu-
ro de Lucros Cessantes, portanto, não há necessidade de pagamento de 
prêmio adicional nem de se estabelecer verba específica.
Exemplo
Um posto de gasolina, vizinho ao local segurado, sofreu um alagamento, e todo o 
logradouro (inclusive o local segurado) foi interditado pela Defesa Civil, paralisando as 
atividades do segurado por 7 dias.
Situação 1: O segurado contratou o Seguro de Lucros Cessantes decorrente dos even-
tos de Incêndio e Alagamento.
Neste caso, a cobertura de impedimento de acesso será normalmente garantida pelo 
seguro de Lucros Cessantes, uma vez que o evento que originou a paralisação das 
atividades da empresa – alagamento, encontram-se especificado na apólice.
Situação 2: O segurado contratou o Seguro de Lucros Cessantes decorrente apenas 
do evento de Incêndio 
Neste caso, pelas praticas atuais de mercado, a cobertura de impedimento de acesso 
não seria garantida pelo seguro de Lucros Cessantes segurado, pois somente o risco 
de incêndio encontra-se especificado na apólice.
 CONDIÇÃO 
 ECONÔMICO-FINANCEIRA 
 DE UMA EMPRESA 
A análise econômico-financeira de uma empresa é realizada através de 
suas demonstrações contábeis: 
 ■ Balanço Patrimonial: retrato da situação econômico-financeira 
em determinado momento.
 ■ Demonstração do Resultado do Exercício: receitas e despesas 
auferidas pela empresa em determinado período. 
 ■ Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos: varia-
ções do capital de giro ou capital circulante. 
 ■ Fluxo de Caixa: movimentação (entradas e saídas) de recursos 
financeiros da empresa. 
28
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
A condição econômico-financeira de uma empresa em funcionamento 
só pode apresentar uma das três situações abaixo:
 ■ a empresa opera com lucro;
 ■ a empresa opera com resultado nulo; ou
 ■ a empresa opera com prejuízo.
É com base nessas possíveis situações que o Seguro de Lucros Ces-
santes opera.
 — A Empresa Opera com Lucro Líquido
É a situação ideal, pretendida por todos os empresários.
Nesse caso, a cobertura do Seguro de Lucros Cessantes tem por objetivo 
indenizar o lucro bruto que a empresa obteria em condições normais 
de funcionamento, ou seja, o lucro líquido somado às despesas fixas.
Lucro Bruto Segurável = Lucro Líquido + Despesas Fixas
Despesas Fixas
Lucro Líquido
Despesas 
Variáveis
Preço de Venda
Despesas Fixas Despesas Fixas
Despesas
Variáveis Total
Preço Total de Custo Lucro Bruto Segurável
Lucro Líquido
29
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Estudo de Caso 1
Dados apurados pela Contabilidade da Empresa A
Movimento de Negócios (Vendas) R$ 100.000,00
Despesas Fixas (R$ 30.000,00)
Despesas Variáveis (R$ 60.000,00)
Total das Despesas (R$ 90.000,00)
Lucro Líquido R$ 10.000,00
Lucro Bruto Segurável = R$ 10.000,00 + R$ 30.000,00 = R$ 40.000,00
R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
R$ 10.000,00 R$ 10.000,00
R$ 60.000,00 R$ 60.000,00
Preço Total de Custo Preço de Venda Lucro Bruto Segurável
 — A Empresa Opera com 
Resultado Nulo
A situação, embora difícil de ocorrer na prática, é bastante didática para o 
estudo desse seguro.
Caracteriza-se pelo preço de venda ser equivalente ao preço total de 
custo. No caso, a cobertura tem por objetivo indenizar as despesas 
fixas (pois não há lucro líquido).
Lucro Bruto Segurável = Despesas Fixas
Despesas Fixas Despesas Fixas Despesas Fixas
Despesas Variáveis Despesas Variáveis
Preço Total de Custo Preço de Venda Lucro Bruto Segurável
30
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Estudo de Caso 2
Dados apurados pela Contabilidade da Empresa B
Movimento de Negócios (Vendas) R$ 100.000,00
Despesas Fixas (R$ 30.000,00)
Despesas Variáveis (R$ 70.000,00)
Total das Despesas R$ 100.000,00
Lucro Líquido Zero
Lucro Bruto Segurável = R$ 30.000,00
R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 R$ 30.000,00
R$ 70.000,00 R$ 70.000,00
Preço Total de Custo Preço de Venda Lucro Bruto Segurável
 — A Empresa Opera com Prejuízo
Podemos afirmar que, se a empresa opera com prejuízo, os custos são 
superiores às vendas; logo o lucro líquido é negativo (representação mate-
mática para o prejuízo, em que a empresa estava).
É a situação empresarial mais desfavorável, mas nem por isso seria desvan-
tajosa ou desaconselhável a contratação do Seguro de Lucros Cessantes.
Pelo contrário, nesse caso, o objetivo seria o de não permitir o agra-
vamento da situação econômico-financeira da empresa, mantendo o 
mesmo nível de prejuízo que havia antes do sinistro.
Lembre-se de que o seguro jamais pode proporcionar lucro ao segurado. 
Então, se por ocasião do sinistro a empresa atuava com prejuízo, o máximo 
que poderia obter do Seguro de Lucros Cessantes seria a mesma situação 
de prejuízo em que se encontrava antes.
O seguro, nesse caso, terá como objetivo indenizar a diferença entre o 
total das despesas fixas e o prejuízo, ou seja, o objetivo do seguro será 
financiar a parcela das despesas fixas que as vendas financiariam se não 
tivesse ocorrido o sinistro.
Se o lucro líquido é negativo (prejuízo), o lucro bruto é o resultado da 
seguinte equação:
31
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Lucro Bruto = (– Lucro Líquido) + Despesas Fixas
Ou seja: se a empresa apresenta prejuízo, a equação será a seguinte:
Lucro Bruto Segurável = Despesas Fixas – Prejuízo
Verifica-se que assim é alcançado o objetivo do Seguro de Lucros Cessan-
tes, pois, ao indenizar a parte das despesas fixas que são financiadas pelas 
receitas da empresa, evita-se que o segurado obtenha prejuízos maiores 
que ocorreriam em uma situação normal sem sinistros, ou seja, restabelece 
a situação financeira que seria alcançada se não houvesse o sinistro.
Estudo de Caso 3
Dados apurados pela Contabilidade da Empresa C
Movimento de Negócios (Vendas) R$ 100.000,00
Despesas Fixas (R$ 30.000,00)
Despesas Variáveis (R$ 120.000,00)
Total das Despesas (R$ 150.000,00)
Lucro Líquido (R$ 50.000,00)
Lucro Bruto Segurável = R$ 30.000,00 – R$ 50.000,00 = (R$ 20.000,00)
Despesas Fixas 
R$ 30.000
Prejuízo 
R$ 50.000
Despesas Variáveis 
R$ 120.000
Vendas 
R$ 100.000
Preço Total de Custo Preço de Venda Lucro Bruto Segurável
32
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Nesse caso, temos um lucro bruto segurável negativo, o que significa 
que as receitas (vendas) da empresa não conseguem pagar suas despesas 
fixas, ou seja, se a empresa deixar de operar, obterá um melhor resultado 
(seu prejuízo será menor).
A Empresa C não tem lucro aperder, portanto, não deve fazer o Seguro de 
Lucros Cessantes.
Estudo de Caso 4
Dados apurados pela Contabilidade da Empresa D
Movimento de Negócios (Vendas) R$ 100.000,00
Despesas Fixas (R$ 30.000,00)
Despesas Variáveis (R$ 90.000,00)
Total de Despesas (R$ 120.000,00)
Lucro Líquido (Prejuízo) (R$ 20.000,00)
Lucro Bruto Segurável = R$ 30.000,00 – R$ 20.000,00 = R$ 10.000,00
Despesas Fixas 
R$ 30.000
Prejuízo 
R$ 20.000
Despesas Variáveis 
R$ 90.000
Vendas 
R$ 100.000
R$ 10.000
Preço Total de Custo Preço de Venda Lucro Bruto Segurável
Repare que o caso da Empresa D é diferente. Embora suas receitas (ven-
das) não consigam pagar a totalidade das suas despesas fixas, uma parte 
destas despesas é paga. Logo, se houver uma paralisação dos negó-
cios, como a empresa irá pagar esta parte das despesas?
Ou seja, diferentemente da Empresa C, a Empresa D tem lucro a perder. 
Portanto, poderá contratar o Seguro de Lucros Cessantes para cobrir a 
parcela das despesas fixas que suas receitas conseguem pagar quando a 
empresa está operando.
33
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Conclusão
O Seguro de Lucros Cessantes ampara a empresa que opera obtendo lucro líquido 
 (Empresa A), a que opera obtendo nem lucro líquido nem prejuízo (Empresa B), e até a 
que opera obtendo prejuízo (Empresa D).
O lucro bruto segurável é igual à diferença entre o valor das vendas (faturamento) e as 
Despesas Variáveis (incluindo-se nestas despesas os custos de venda, de produção 
ou de prestação de serviços), sempre que o valor das vendas ultrapassar as Despesas 
Variáveis. A empresa será indenizada, em caso de sinistro, das perdas geradas pela 
redução do faturamento, ou seja, do lucro bruto perdido.
No caso de o faturamento (vendas) da empresa ser igual ou inferior às suas despesas 
variáveis, o Seguro de Lucros Cessantes não se aplicará, porque o interesse segurável, 
que é o lucro bruto, não existirá (como é o caso da empresa C).
Não obstante a validade da aplicação prática de todos esses exemplos, mais uma 
vez precisamos lembrar que as normas recentemente publicadas, permitirão estudos 
específicos para possibilitar a garantia de qualquer situação socioeconômica apresen-
tada pela empresa que pretende garantir o seguro de Lucros Cessantes, condicionada, 
sempre, à condição de não proporcionar lucro ao segurado. 
Atenção
O corretor de seguros deve orientar seus clientes a contratar o Seguro de Lucros 
Cessantes para garantir a totalidade do lucro bruto. Caso o segurado opte por garantir 
somente parte desse lucro bruto, o corretor de seguros deve expressar, formalmente, 
qual é a sua recomendação e qual foi a decisão do segurado, para evitar quaisquer 
problemas num sinistro futuro.
 PARTICIPAÇÃO DO LUCRO BRUTO 
 NO MOVIMENTO DE NEGÓCIOS 
 DA EMPRESA 
 — Movimento de Negócios
Movimento de negócios de uma empresa é o total das quantias pagas 
ou devidas por mercadorias ou produtos vendidos ou por serviços pres-
34
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
tados no curso das atividades industriais ou comerciais, realizadas nos 
locais cobertos pelo seguro. 
Movimento de negócios também pode ser entendido como as receitas 
operacionais líquidas ou, simplesmente, o faturamento (vendas líquidas) da 
empresa.
A análise do movimento de negócios da empresa servirá de base para a 
determinação dos valores a segurar, bem como para a apuração das perdas 
financeiras sofridas em decorrência de sinistro.
Dependendo da atividade desenvolvida pelo segurado, faz-se necessário 
incluir, no texto das apólices, especificações (cláusula) sobre os critérios 
que serão utilizados para a apuração do movimento de negócios da empre-
sa (Valor em Risco), bem como quais são as perdas cobertas pela apólice e 
como essas perdas serão apuradas no momento do sinistro.
 — Tipos de Especificações
Movimento de Negócios – Base: Vendas
Como vimos anteriormente, Movimento de Negócios é o total das 
quantias pagas ou devidas ao Segurado por mercadorias vendidas 
ou por serviços prestados, e serve para definir o Valor em Risco 
em caso de sinistros em empresas comerciais e de prestação de 
serviços.
Produção – Base: Unidades Produzidas
Definição utilizada para o cálculo do Valor em Risco com base no 
total de unidades da mesma espécie produzidas no local segurado. 
Tem sua maior aplicação no caso de indústrias que fabricam um 
único tipo de produto.
Produção – Base: Valor de Venda
Definição utilizada para o cálculo do Valor em Risco com base no 
valor total de venda dos produtos produzidas no local segurado.
Tem sua maior aplicação no caso de indústrias que fabricam vários 
produtos e utilizam diversas matérias-primas.
Consumo
Definição utilizada para o cálculo do Valor em Risco com base no 
valor total de unidade de matéria-prima consumida na fabricação 
dos produtos no local segurado.
Tem sua maior aplicação no caso de indústrias que fabricam mais 
de um produto e consomem uma única matéria-prima.
35
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Comentário
As especificações de Produção e Consumo são definições complementares à especi-
ficação Movimento de Negócios e têm por finalidade facilitar o processo de regulação 
de sinistros em indústrias. 
Assim, utilizando-se as definições de produção ou consumo, facilmente poderá ser 
determinado o Valor em Risco a ser utilizado no cálculo da indenização, bastando 
determinar a queda na produção de produtos prontos ou a queda no consumo de 
matérias-primas..
Exemplo
Uma indústria de sapatos contratou uma apólice de Seguro de Lucros Cessantes 
 decorrentes do evento Incêndio. Alguns dias depois, o local segurado foi atingido por um 
sinistro de incêndio, que só causou danos materiais ao setor de produção. 
Em consequência desse sinistro, a indústria passou a produzir apenas 50% dos sapatos 
que produzia normalmente. Todavia, como havia sapatos estocados, que não foram da-
nificados pelo incêndio, as vendas dessa indústria se realizaram normalmente durante os 
meses que foram necessários para o retorno da produção e normalização das atividades. 
Situação 1:
Se a seguradora fizesse a apuração do valor em risco apenas com base na definição 
movimento de negócios, concluiria que não houve perda nesses 3 meses, já que as 
vendas foram realizadas normalmente durante o período de paralisação, o que seria 
injusto com o segurado, que não receberia a indenização.
Situação 2:
Nesse caso, tratando-se de uma indústria, o correto é utilizar as definições produção (uni-
dades ou valor de venda) ou consumo, pois somente por meio da análise da queda na 
fabricação de produtos prontos ou no consumo de matérias-primas é possível determinar 
as perdas financeiras ocorridas que serão cobertas pelo Seguro de Lucros Cessantes.
 — Margem de Lucro Bruto
Margem de lucro bruto é a denominação que se dá a participação propor-
cional do Lucro Bruto Segurável (soma do lucro líquido com as despesas 
fixas) no Movimento de Negócios da empresa, assim representada:
 
Margem de Lucro Bruto = Lucro Bruto Segurável × 100 
 Movimento de Negócios 
36
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Ou por outra leitura, Margem de Lucro Bruto é o percentual que o Lucro 
Bruto Segurável representa no movimento de negócios da empresa e 
corresponde à parcela máxima desse movimento que será garantida pelo 
Seguro de Lucros Cessantes.
A finalidade de se conhecer a Margem de Lucro Bruto da empresa é 
facilitar a determinação da importância segurada e a apuração do valor em 
risco em caso de sinistro.
 — Cálculo da Margem 
de Lucro Bruto
Para a contratação do Seguro de Lucros Cessantes, é fundamental a corre 
ta identificação do lucro bruto (LB), das despesas fixas (DF), do lucro líquido 
(LL) e do movimento de negócios (MN).
Vejamos o seguinte exemplo:
Exemplo
Movimento de Negócios (Vendas) R$ 100.000,00
Despesas Fixas (R$ 20.000,00)
Despesas Variáveis (R$ 70.000,00)Total das Despesas (R$ 90.000,00)
Lucro Líquido (Vendas – Despesas) 
(R$ 100.000 – R$ 90.000) 
R$ 10.000,00
Lucro Bruto Segurável (LL + DF) 
(R$ 10.000 + R$ 20.000)
R$ 30.000,00
Margem de Lucro Bruto = (R$ 30.000,00 ÷ R$ 100.000,00) × 100 = 30%
Neste caso, o lucro bruto segurável representa 30% do movimento de negócios 
(vendas) da empresa, sendo, portanto, a parcela máxima do faturamento que será 
garantida pelo Seguro de Lucros Cessantes.
Lembre-se
O Seguro de Lucros Cessantes 
objetiva restabelecer as 
mesmas condições financeiras 
existentes na empresa 
segurada, antes da ocorrência 
do sinistro.
37
UNIDADE 2
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Aplicação prática
Calcule a margem de lucro bruto para o Seguro de Lucros Cessantes de uma empresa, 
que apresenta os seguintes dados contábeis:
Despesas Fixas: R$ 1.000.000,00
Despesas Variáveis: R$ 1.200.000,00
Prejuízo: R$ 200.000,00
Movimento de Negócios (Vendas): R$ 2.000.000,00
Solução:
1º Passo – Cálculo do Lucro Bruto:
Verifica-se que a empresa não opera com lucro líquido, mas com prejuízo, portanto, o 
seguro irá garantir apenas a parcela das despesas fixas que superam o prejuízo, ou seja:
Lucro Bruto = Despesas Fixas – Prejuízo
Lucro Bruto = R$ 1.000.000,00 – R$ 200.000,00 = R$ 800.000,00
2o Passo – Cálculo da Margem de Lucro Bruto, em que:
Margem de Lucro Bruto = (R$ 800.000,00 ÷ R$ 2.000.000,00) × 100 = 40%
38
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 FIXANDO CONCEITOS 2 
1. A participação do lucro bruto no movimento de negócios da empresa 
é obtida:
(a) Com base nos valores, em estoque, dos produtos acabados na data 
do evento.
(b) Pela soma lucro líquido + despesas fixas, dividida pelo movimento 
de negócios.
(c) Pela soma lucro bruto + despesas fixas, dividida pelo movimento de 
negócios.
(d) Pela soma lucro líquido + despesas variáveis, dividida pelo movi-
mento de negócios.
(e) Pela soma gastos adicionais + despesas com instalação em novo 
local, dividida pelo movimento de negócios.
2. Se uma empresa opera com prejuízo, o objetivo do Seguro de Lucros 
Cessantes é o de indenizar:
(a) A rentabilidade positiva da empresa.
(b) As despesas variáveis.
(c) Somente os gastos adicionais.
(d) A diferença entre as despesas fixas e o prejuízo.
(e) A soma do lucro bruto com as despesas fixas.
Consulte o gabarito clicando aqui.
39
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ PERÍODO INDENITÁRIO
⊲ IMPORTÂNCIA SEGURADA
⊲ PRECIFICAÇÃO
⊲ FRANQUIA DEDUTÍVEL
⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
ELEMENTOS 
DO SEGURO 
e SUAS CARACTERÍSTICAS
03
 ■ Entender as características e o 
funcionamento das coberturas do seguro 
de lucros cessantes, considerando a 
literatura especializada em análises de 
casos práticos.
40
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Nesta unidade, estudaremos as características dos elementos básicos do segu-
ro de Lucros Cessantes, como itens fundamentais para emissão da apólice. 
 PERÍODO INDENITÁRIO 
Após a ocorrência de um evento (fato gerador), haverá a necessidade de 
um tempo para a empresa recuperar o ritmo normal de suas atividades. Esse 
tempo é denominado período indenitário, o qual deverá, obrigatoriamen-
te, ser definido na apólice, estimado pelo segurado, expresso em meses e 
limitado, normalmente, ao máximo de 36 meses.
Período indenitário, portanto, é o tempo necessário para a empresa recu-
perar o ritmo normal de suas atividades, após a ocorrência de um sinistro 
que provoque a paralisação ou a redução de seu movimento de negócios.
O início do período indenitário coincide com a data da ocorrência do evento 
que causou danos ao patrimônio do segurado, por exemplo, o sinistro de 
Danos Materiais, e seu término ocorre com a normalização das atividades 
da empresa ou quando se esgotar o número de meses estabelecido na apó-
lice como período indenitário, prevalecendo o que ocorrer primeiro.
Tendo ainda como base um sinistro de danos materiais, como o período 
indenitário está relacionado ao restabelecimento do movimento de negó-
cios do segurado, e não à reparação do dano material causador da paralisa-
ção, caso esse dano tenha sido reparado, o período indenitário continuará 
sendo considerado até a retomada da situação financeira que a empresa se 
encontrava anteriormente a ocorrência do sinistro de Dano Material.
Esta é uma característica própria do Seguro de Lucros Cessantes: a garantia 
se prolonga no tempo, podendo até ultrapassar a vigência da apólice, 
dependendo da data em que ocorrer o fato gerador do sinistro de Lucros 
Cessantes e do número de meses do período indenitário. Entretanto, é 
necessário que o sinistro causador da paralisação e coberto por apólice 
específica ocorra dentro do período de vigência da apólice do Seguro de 
Lucros Cessantes.
Lembre-se
Normalmente, um incêndio é 
um acidente mais grave do 
que um dano elétrico. Logo, o 
número de meses necessários 
à retomada das atividades 
será maior após um incêndio 
do que após um dano elétrico, 
o que acarreta em períodos 
indenitários diferentes.
41
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
É importante que o período indenitário seja bem dimensionado para 
cada evento (risco) coberto no seguro específico, observando-se as provi-
dências que normalmente são necessárias em caso de sinistros:
 ■ limpeza e remoção de bens destruídos; 
 ■ obtenção das licenças necessárias; 
 ■ tempo de reconstrução dos prédios; 
 ■ reinstalação de equipamentos;
 ■ recuperação do processo produtivo.
Dessa forma, o segurado deverá fixar, na apólice, o período indenitário de cada 
evento contra os quais se deseja a cobertura do seguro de Lucros Cessantes.
Exemplo
Situação hipotética de um sinistro Incêndio numa indústria de autopeças, que atingiu 
os prédios e seus conteúdos (M.M.U e M.M.P), e para o qual foi contratado um período 
indenitário de 15 meses.
SINISTRO
CLIENTELA
Peritos para 
avaliação de 
perdas
Encomendas
Espera
Espera
Recebimento
Retomada 
dos negócios
Acabamentos
Instalação e 
montagem
Testes
Obras
Peritos para 
remoção de 
escombros, 
planejamento, 
licenças
ESTOQUES
MÁQUINAS E 
EQUIPAMENTOS
11o MÊS
RETOMADA DA 
PRODUÇÃO
15o MÊS
FIM DO P.I. 
CONTRATADO 
NA APÓLICE
PRÉDIOS
Normalmente, o período indenitário pode variar de 1 a 36 meses e é um 
dos parâmetros base para a determinação da importância segurada, pois 
quanto maior o período necessário à retomada das atividades, maior será 
o volume de lucro bruto que o segurado poderá perder com a ocorrência 
de um sinistro. 
O período indenitário é também determinante para o cálculo da taxa e, 
consequentemente, do prêmio do seguro de lucros cessantes.
42
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Aplicação prática
Por quanto tempo o segurado teria direito à indenização, pelo Seguro de Lucros Ces-
santes, com base nos dados abaixo?
 ■ Vigência: 01/01/20 a 01/01/21
 ■ Data do sinistro de Dano Material: 01/03/20 
 ■ Data da finalização da reparação do Dano Material: 30/04/20
 ■ Data da normalização das atividades por parte do segurado: 31/05/20 
 ■ Período indenitário fixado na apólice: 5 meses
É importante lembrar que, para fins de sinistro de Lucros Cessantes, não existe 
relação entre o prazo do seguro (vigência) e o período indenitário, pois este começa 
a vigorar a partir da data do sinistro de Dano Material que cause perturbação ou pa-
ralisação no movimento de negócios do segurado. Contudo, é necessário que esse 
sinistro causador do dano material ocorra dentro da vigência da apólice de Lucros 
Cessantes.
Resposta:
 ■ A data do sinistro de Dano Material (01/03/20) ocorreu dentro da vigência da apó-
lice e, considerando que tal sinistro tenha causado perturbação no movimento de 
negócios do segurado, será indenizável pela apólice de Lucros Cessantes.
 ■ Assim, o período indenitário começará a contar a partir da data do sinistro de Danos 
Materiais(01/03/20) e será encerrado quando findar este período (previsto na apó-
lice) ou quando se der a normalização das atividades do segurado (mesma situação 
financeira anterior à ocorrência do sinistro).
 ■ Pelo exemplo, como a normalização das atividades do segurado ocorreu três meses 
após a ocorrência do sinistro de Danos Materiais, o período indenitário coberto será 
de 3 meses (de 01/03/20 a 31/05/20).
INÍCIO DO PI
01/01/20 30/04/20 31/05/20 01/01/2131/07/2001/03/20
FIM DO PI MÁXIMO
(fixado na apólice)
Recuperação 
Dano Material
Recuperação 
do Mercado
E se o segurado viesse a normalizar as suas atividades somente em 30/09/20? 
Nesse caso, seria obedecida a limitação dos meses do período indenitário fixado 
na apólice, de 5 meses, ou seja de 01/03/20 a 31/07/20.
43
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
Para estipular o LMI – Limite Máximo de Indenização (importância segura-
da), que deve ser garantido na apólice de Lucros Cessantes, o segurado 
precisa estimar inicialmente o valor do lucro bruto segurável, correspon-
dente ao período indenitário que será escolhida para a apólice. 
Como vimos, cada evento pode ter um período indenitário diferente, logo, 
teremos também que estimar o LMI – Limite Máximo Indenizável para cada 
evento. 
Para a fixação desse LMI, precisamos passar por mais dua etapas além da 
definição do número de meses do Período Indenitário, a saber:
 I – Cálculo do Lucro Bruto Segurável
II – Cálculo da Margem de Lucro Bruto
 — Cálculo do Lucro Bruto Segurável
Nesta etapa, é necessário definir qual será a abrangência da cobertura, 
ou seja, o que será garantido pelo seguro, se apenas o Lucro Líquido (LL), 
se o Lucro Líquido mais Despesas Fixas (LL + DF) ou somente as Despe-
sas Fixas (DF). Tudo de acordo com os princípios já estudados no capítu-
lo sobre Condição Econômico-Financeira de uma Empresa da Unidade 2, 
que se aplicam, justamente, neste momento.
1ª opção: totalidade do lucro bruto
Somatório do lucro líquido e todas as despesas fixas, que é a 
opção mais aconselhável, haja vista que isso permitirá ao seguro 
cumprir integralmente sua função de restabelecimento da mesma 
situação financeira da empresa segurada.
Lucro Bruto Segurável = Lucro Líquido + Despesas Fixas Totais
2ª opção: somente o lucro líquido
Neste caso, o segurado garantirá, única e exclusivamente, o lucro 
líquido que obteria se não paralisasse suas atividades, ou seja, não 
garante suas despesas fixas.
Lucro Bruto Segurável = Lucro Líquido
Atenção
 ■ A importância segurada 
deve ser igualada ao valor em 
risco, pois se a LMI for igual 
ao VR, não haverá rateio;
 ■ Se forem estipulados perío-
dos indenitários específicos 
para cada evento coberto, 
encontraremos valores em 
riscos diferentes e, con-
sequentemente, devemos 
estipular importâncias segu-
radas diferentes; 
 ■ Se os períodos indenitários 
forem iguais, os valores em 
riscos serão iguais, logo 
as importâncias seguradas 
devem ser as mesmas.
44
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
3ª Opção: somente despesas fixas
Essa condição exige que o segurado reconheça como segurável a 
totalidade das despesas fixas contantes do seu balanço patrimonial.
Lucro Bruto Segurado = Despesas Fixas Totais
4ª opção: somente despesas fixas especificadas
Neste caso, o segurado escolhe algumas de suas despesas fixas 
e as relaciona na apólice. São as chamadas despesas fixas espe-
cificadas, ou seja, as demais despesas fixas não estarão cobertos 
pela apólice.
Lucro Bruto Segurado = Despesas Fixas Especificadas 
5ª Opção: apenas parte das despesas fixas e o 
lucro líquido 
Neste caso, o segurado exclui do seguro algumas despesas fixas, 
garantindo apenas as suas despesas especificadas e o lucro líqui-
do de sua atividade.
Lucro Bruto Segurado = Lucro Líquido + Despesas Fixas Especifi-
cadas
 — Cálculo do Lucro Bruto Segurado 
Após apurado o Lucro Bruto Segurável e a Margem de Lucro Bruto, está na 
hora de determinar o Lucro Bruto Segurado, que irá representar o LMI do 
seguro de Lucros Cessantes.
Para o cálculo do Lucro Bruto Segurado, aplica-se a Margem de Lucro 
Bruto ao maior volume de previsão de vendas (movimento de negócios) 
relativo ao mesmo número de meses futuro do período indenitário (PI)
Assim temos:
 —
LB Segurado ou LMI = Movimento de Negócios Ajustado x Margem de LB
 Resumindo
Para calcular a importância segurada da cobertura básica, temos as seguin-
tes etapas:
I. Definir se será garantido na apólice somente o Lucro Líquido, ape-
nas as Despesas Fixas ou o somatório de ambos, Lucro Bruto;
45
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
II. Definir quais serão os riscos que serão cobertos (danos materiais) 
e respectivos períodos indenitários;
III. Projetar as vendas futuras (de acordo com a tendência dos negó-
cios do segurado) para os mesmos números de meses do período 
indenitário contratado para cada evento.
IV. Determinar a maior perda de lucro bruto possível, ou seja, aplicar 
a margem de lucro bruto ao maior volume de vendas possíveis de 
serem perdidas durante o período indenitário de cada evento. 
46
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 
Aplicação prática
Um depósito de bebidas deseja contratar um Seguro de Lucros Cessantes anual (vigên-
cia de janeiro a dezembro de 2019). Sabendo-se que haverá garantia da cobertura bá-
sica para o lucro líquido e a totalidade das despesas fixas, e que o evento coberto será 
alagamento, com período indenitário de 4 meses, que importância segurada deverá ser 
estipulada para o seguro?
1. Cálculo da Margem de Lucro Bruto (MLB) 
Foram extraídos os seguintes dados do último exercício financeiro encerrado:
 ■ Lucro Líquido: R$ 300.000,00
 ■ Despesas Fixas: R$ 900.000,00
 ■ Movimento de Negócios (faturamento): R$ 3.000.000,00
Então: MLB = [ (R$ 300.000 + R$ 900.000) ÷ R$ 3.000.000 ] × 100 = 40%
2. Previsão de Faturamento (Vendas Futuras)
Como o período indenitário estipulado pelo segurado foi de 4 meses, precisamos ter as 
estimativas de vendas futuras para o período de vigência da apólice ( janeiro a dezem-
bro de 2019) mais os 4 meses subsequentes, ou seja, de janeiro a abril de 2020. Para 
fazer essas estimativas, devem ser aplicados todos os ajustamentos necessários, consi-
derando-se a tendência do negócio. Feito isso, foram encontrados os seguintes valores:
MÊS PREVISÃO DE VENDAS (R$)
Janeiro/19 200.000,00
Fevereiro/19 250.000,00
Março/19 180.000,00
Abril/19 190.000,00
Maio/19 230.000,00
Junho/19 250.000,00
Julho/19 240.000,00
Agosto/19 300.000,00
Setembro/19 320.000,00
Outubro/19 350.000,00
Novembro/19 380.000,00
Dezembro/19 600.000,00
Janeiro/20 300.000,00
Fevereiro/20 320.000,00
Março/20 380.000,00
Abril/20 400.000,00
47
UNIDADE 3
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Deverão ser considerados os 4 meses consecutivos de maior volume de vendas, no caso 
setembro a dezembro de 2019, que, somados, perfazem o total de R$ 1.650.000,00.
3. A Importância Segurada será de: 
Importância Segurada = maior volume de vendas × MLB = R$ 1.650.000 × 40% 
= R$ 660.000,00
 PRECIFICAÇÃO 
Em razão da liberdade tarifária atualmente praticada pelo mercado, a preci-
ficação do Seguro de Lucros Cessantes pode variar de acordo com o tipo 
de produto comercializado por cada seguradora.
De qualquer forma, a taxação dos Seguros de Lucros Cessantes ainda 
sofre grande influência dos Seguros de Danos Materiais, que têm suas 
taxas calculadas em razão da maior ou menor periculosidade oferecida 
pela atividade exercida por cada empresa. 
Outro fator de grande influência na precificação do Seguro de Lucros Ces-
santes continua sendo a aplicação de um coeficiente de agravação sobre 
a taxa do seguro, em razão do maior ou menor prazo de que a empresa 
possa precisar para retomar suas atividades aos níveis anteriores à ocor-
rência de um eventual sinistro, conhecido como Período Indenitário.
 FRANQUIA DEDUTÍVEL 
O Seguro de Lucros Cessantes, normalmente,prevê franquia dedutível, 
por sinistro, que poderá ser fixada em valores monetários ou em tempo.
Alguns produtos adotam a opção de franquia dedutível facultativa, e de 
acordo com a opção adotada para essa franquia, será concedido um des-
conto no prêmio do seguro.
48
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 FIXANDO CONCEITOS 3 
Marque a alternativa correta
1. Nos Seguros de Lucros Cessantes, a Margem de Lucro Bruto e a deno-
minação que se da a participação proporcional do Lucro Bruto Segurável, 
entendido como a soma do lucro líquido com as despesas fixas, no Movi-
mento de Negócios, ambos extraídos do balanco e demais demonstrações 
financeiras de uma empresa. Uma vez apurada a Margem de Lucro Bruto, 
indique, a seguir, qual a sua função no Seguro de Lucros Cessantes::
(a) Utilizada no cálculo do Período Indenitário (PI), representado pelo
 número de meses de maior volume de vendas.
(b) Serve para determinar o maior volume de vendas de uma empresa.
(c) É aplicado para apurar Participação Obrigatória do Segurado nos
 prejuízos apurados em caso de sinistro coberto pela apólice.
(d) Serve para determinar o maior volume de vendas (Movimento de
 Negócios) de uma empresa.
(e) Utilizada no cálculo do Lucro Bruto Segurado (LMI), quando aplica-
da ao maior volume de previsão de vendas (Movimento de Negó-
cios) de uma empresa.
2. No Seguro de Lucros Cessantes, o objetivo da cláusula Tendência dos 
Negócios e Ajustamentos é:
(a) Aumentar a indenização em caso de sinistro.
(b) Aumentar o prêmio a ser pago para a contratação do seguro.
(c) Reajustar os valores a serem indenizados, de acordo com o índice 
de inflação do período indenitário.
(d) Penalizar o segurado que contratar o seguro com importância segu-
rada inferior ao valor em risco, aplicando um duplo rateio.
(e) Ajustar todos os dados (contábeis e outros) de modo que os valores 
assim apurados representem, com a maior aproximação possível, a 
realidade da empresa.
Consulte o gabarito clicando aqui.
49
UNIDADE 4
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ COBERTURAS ADICIONAIS
⊲ COBERTURA ESPECIAL 
INTERRUPÇÃO 
 DE NEGÓCIOS – PERDA 
 DE RECEITA BRUTA
⊲ FIXANDO CONCEITOS 4
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
de LUCROS CESSANTES
04
 ■ Conhecer e entender as coberturas 
adicionais do seguro de lucros cessantes, 
considerando a literatura especializada. 
COBERTURAS 
ADICIONAIS dos SEGUROS 
50
UNIDADE 4
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
O objetivo das coberturas adicionais nos seguros de Lucros Cessantes 
é garantir situações especiais de cobertura ou a realização de despesas 
que possam ser necessárias após a ocorrência de um sinistro.
 COBERTURAS ADICIONAIS 
Ampliar ou não os limites da cobertura básica pela contratação de cober-
turas adicionais é prerrogativa do segurado, que tem a opção de incluir 
condições particulares em sua apólice mediante o pagamento de prê-
mio adicional e de estipulação de verba específica. Trataremos apenas 
das principais coberturas adicionais (que são específicas do Seguro de 
Lucros Cessantes):
 ■ Honorários de Peritos Contadores;
 ■ Despesas com Instalação em Novo Local; 
 ■ Extensão da Cobertura a Fornecedores e/ou Compradores.
Para cada cobertura adicional, são definidas cláusulas específicas que 
estabelecem as condições sob as quais elas são garantidas pela apólice. A 
seguir, apresentamos, resumidamente, cada uma dessas cláusulas.
 — Honorários de peritos contadores 
Essa cobertura permite a definição de uma verba para pagamento de 
honorários a profissionais contadores que venham a ser contratados, 
pelo segurado, para auxiliá-lo na preparação da reclamação de um sinistro 
de Lucros Cessantes.
51
UNIDADE 4
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
A verba definida para as despesas com honorários de peritos contado-
res está limitada, no máximo, a 1% da importância segurada básica 
(lucro bruto). Para definição do prêmio adicional dessa cobertura, apli-
ca-se a mesma taxa básica do evento coberto à verba segurada. Não se 
aplica rateio nessa cobertura, ou seja, ela é a 1o Risco Absoluto.
Vale ressaltar que essa cobertura deverá ser contratada para cada um 
dos eventos previstos na cobertura básica ou na extensão de cober-
tura a fornecedores e/ou compradores, ou seja, deverão ser estipula-
das verbas separadamente, uma para cada evento e, consequentemente, 
serem pagos os respectivos prêmios adicionais.
 — Despesas com instalação 
 em novo local 
Essa cobertura permite a definição de uma verba a ser utilizada pelo segu-
rado que quer se instalar, definitivamente, em outro local, no caso de impos-
sibilidade de continuar suas atividades no local sinistrado. Por meio dessa 
cobertura, o segurado será indenizado das despesas necessárias, conforme 
detalhado a seguir, para se instalar em caráter definitivo em novo local (não 
haverá cobertura se a instalação em novo local for temporária/provisória).
Podem ser cobertas as despesas, por exemplo, de compra de um 
novo ponto comercial, obras de adaptação, balcões, vitrines e outras 
instalações necessárias ao funcionamento da empresa. Entretanto, a 
cobertura não indeniza a aquisição de um novo imóvel nem a despe-
sa com o aluguel desse imóvel.
 — Extensão da cobertura 
 a fornecedores e/ou 
 compradores 
Muitas empresas dependem, fundamentalmente, de alguns fornecedo-
res ou compradores. Nesses casos, a ocorrência de um sinistro no local 
onde estão instalados os fornecedores ou os compradores pode, de algu-
ma forma, refletir no movimento de negócios da empresa segurada.
Essa cobertura é conhecida internacionalmente como CBI (Contingent 
Business Interruption), ou seja, lucros cessantes contingentes. É muito 
importante que o segurado conheça bem sua cadeia de suprimentos e 
seus principais clientes, pois poderá sofrer perdas em seus lucros decor-
rentes da paralisação das atividades desses parceiros.
Lembrete
Embora essa cobertura se pareça 
com a de Gastos Adicionais, difere 
dela pelo fato de o segurado fixar 
uma verba própria e ser cobrado 
dele um prêmio adicional, sendo 
aplicada a mesma taxa do dano 
material (evento coberto).
Essa cobertura adicional também 
é concedida a 1º Risco Absoluto, 
ou seja, não se aplica rateio, e sua 
verba não poderá ultrapassar o 
valor da importância segurada da 
cobertura básica (lucro bruto).
52
UNIDADE 4
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Importante
Essa cobertura permite a definição de uma verba destinada a garantir o segurado con-
tra as perdas de lucro bruto e a realização de gastos adicionais em consequência 
de um sinistro que venha a ocorrer nas instalações (local) de alguns de seus forne-
cedores e/ou compradores.
Portanto, é condição, para que a indenização seja devida, que o sinistro ocorrido no 
endereço do fornecedor ou comprador venha a provocar a paralisação total ou 
parcial no movimento dos negócios do segurado e que o evento causador do sinistro 
(danos materiais) tenha sido contratado para o local sinistrado.
Fornecedor 1
Fornecedor 2
Fornecedor 3
Comprador 1
Comprador 2
Comprador 3
Empresa 
segurada
PERTURBAÇÃO NO 
MOVIMENTO DE NEGÓCIOS 
NA EMPRESA SEGURADA 
OCORRÊNCIA DE SINISTRO 
DE DANOS MATERIAIS NO 
LOCAL DO FORNECEDOR
OCORRÊNCIA DE SINISTRO 
DE DANOS MATERIAIS NO 
LOCAL DO COMPRADOR 
Para contratar a cobertura, o segurado deverá definir em sua apólice:
 ■ os nomes dos fornecedores e/ou compradores para os quais 
deseja extensão de cobertura – o segurado deverá contratar essa 
cobertura somente para aqueles fornecedores e/ou compradores 
que tenham grande influência em seu volume de negócios;
 ■ o percentual de influência de cada fornecedor e/ou comprador no 
movimento de negócios do segurado;
 ■ os locais onde essas empresas (fornecedores e/ou compradores) 
realizam suas atividades e que possam ser atingidos pelos even-
tos cobertos;
 ■ os eventos que deseja garantir (eventos cobertos), referentes a 
cada fornecedor/comprador;■ o período indenitário para cada evento coberto referente a cada 
fornecedor e/ou comprador; 
 ■ a importância segurada para cada evento coberto referente a cada 
fornecedor e/ou comprador
53
UNIDADE 4
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Para calcular a importância segurada, adota-se o mesmo procedimento da 
cobertura básica, sendo que, ao resultado obtido, aplica-se o percentual 
de influência de cada fornecedor e/ou comprador para definir o valor efeti-
vo do lucro bruto que o segurado poderá perder com o sinistro.
Exemplo
Quando uma indústria de grande porte se instala numa região, é comum que várias ou-
tras indústrias de menor porte se instalem próximas a ela, para facilitar o fornecimento 
de suprimentos à primeira. Caso ocorra um incêndio, por exemplo, na fábrica de grande 
porte, como as fábricas que lhe fornecem os suprimentos irão sobreviver, já que o único 
(exclusivo) comprador paralisou sua produção e, consequentemente, suspendeu as 
compras de suprimentos?
Então, seria interessante que essas fábricas fornecedoras de suprimentos fizessem um 
Seguro de Lucros Cessantes para suas instalações e contratassem, também, a cober-
tura adicional de extensão ao comprador (no caso, a indústria de grande porte), para 
garantir uma possível perda de lucro bruto decorrente da redução dos seus negócios, 
causada pela paralisação desse importante comprador, resultante de um dano material 
causado por evento coberto que possa ocorrer no local do comprador.
 COBERTURA ESPECIAL 
 INTERRUPÇÃO DE NEGÓCIOS – 
 PERDA DE RECEITA BRUTA 
Essa cobertura garante ao segurado a indenização corresponde à perda 
da Receita Bruta e Gastos Adicionais, correspondentes ao período de 
paralisação ou interrupção, total ou parcial, do processo de produção, con-
sequente de acidente ocorrido no local segurado e garantido pela cober-
tura de danos materiais. 
Para essa cobertura, as seguradoras normalmente definem como RECEI-
TA BRUTA o valor das vendas líquidas da produção, menos os custos de 
todas as matérias-primas, materiais e insumos usados na fabricação.
O período de interrupção da produção representa o espaço de tempo 
verificado entre o momento da ocorrência do acidente (data do sinistro) 
e o momento que a empresa estiver preparada para retomar o processo 
54
UNIDADE 4
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
produtivo, considerando que o reparo ou a reposição dos bens danifica-
dos, possibilitam o retorno das mesmas condições verificadas antes da 
ocorrência do sinistro. 
A contagem do período de paralisação não se limita à data de vencimento 
da apólice, todavia, não será incluído qualquer tempo adicional para com-
pensar ou justificar a impossibilidade do segurado para o recomeço das 
sua operações. 
A modalidade de contratação dessa cobertura especial, normalmente, é 
concedida a Risco Relativo, mas, em alguns casos, também pode ser ofe-
recida a Risco Absoluto, e sua comercialização é praticamente exclusiva 
dos seguros de Riscos Nomeados e Operacionais, tendo em vista que sua 
aplicação é mais demandada pelos grande complexos industriais.
55
FIXANDO CONCEITOS
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 FIXANDO CONCEITOS 4 
Marque a alternativa correta
1. Com relação à cobertura acessória de Despesas com Instalação em 
Novo Local, de Lucros Cessantes, é correto afirmar que:
(a) Objetiva indenizar as despesas necessárias (como a compra de um 
novo ponto comercial, aluguel) para o segurado se instalar, proviso-
riamente, em novo local.
(b) Tem como finalidade permitir ao segurado adquirir máquinas mais 
novas do que as sinistradas.
(c) Objetiva indenizar a compra de um novo imóvel para o segurado se 
instalar definitivamente.
(d) Tem como objetivo indenizar as despesas de aluguel do novo local 
onde o segurado venha a se instalar definitivamente.
(e) Tem por objetivo indenizar a compra de novo ponto comercial, além 
de outras despesas necessárias, para o segurado se instalar em 
novo local, definitivamente.
2. Em relação à cobertura de Extensão a Fornecedores e/ou Comprado-
res, podemos afirmar que:
(a) Deve ser contratada por toda empresa que possua apólice de 
Lucros Cessantes.
(b) Deve ser contratada por toda empresa, porém somente para um 
único fornecedor/comprador.
(c) Não é necessário definir verba específica, pois a cobertura é dada 
automaticamente, pela cobertura básica.
(d) Deve ser contratada pela empresa que dependa fundamentalmente 
de seus fornecedores/compradores.
(e) Para definir a verba, considera-se o percentual de influência do for-
necedor/comprador sobre o lucro líquido do segurado.
Consulte o gabarito clicando aqui.
56
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ VALOR EM 
 RISCO E RATEIO
⊲ INDENIZAÇÃO
⊲ LIQUIDAÇÃO 
 DO SINISTRO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 5
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
SINISTROS 
nos SEGUROS
de LUCROS CESSANTES
05
 ■ Compreender as etapas do processo 
de regulação de um sinistro de Lucros 
Cessantes, considerando a literatura 
especializada.
57
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 VALOR EM RISCO E RATEIO 
O Seguro de Lucros Cessantes (tradicional) é contratado a risco total, ou 
seja, a importância segurada deverá corresponder ao valor em risco.
O valor em risco, em Lucros Cessantes, representa o volume de despesas 
fixas mais o lucro líquido, ambos apurado durante o período indenitário 
estipulado na apólice. Ou seja, o valor em risco constitui o lucro bruto que 
seria obtido pela empresa durante o período indenitário, caso não tivesse 
ocorrido o sinistro.
Se a apólice contratada cobrir somente as despesas fixas ou somente o lucro 
líquido, o valor em risco será calculado separadamente para cada cobertura.
Então, se por ocasião do sinistro, o valor em risco apurado for superior à 
importância segurada, o segurado será considerado responsável pela dife-
rença existente e estará, portanto, proporcionalmente sujeito ao mesmo 
risco da seguradora, calculado pela relação entre a importância segurada 
e o valor em risco.
Isso se aplica ao Seguro de Lucros Cessantes por se tratar de um seguro 
proporcional (sujeito à cláusula de rateio). 
Indenização = P x IS
 VRA
Onde:
P = Prejuízo Indenizável
IS = Importância Segurada 
VRA = Valor em Risco Apurado
58
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Comentário
Entende-se por cláusula de rateio a cláusula comum aos seguros proporcionais a risco 
total, nos quais a importância segurada deve corresponder ao valor em risco. Determina 
essa cláusula que, se por ocasião do sinistro a importância segurada for inferior ao valor 
em risco, o segurado participará dos prejuízos, na mesma proporção da diferença entre 
aquela importância segurada e o respectivo valor em risco. 
Atualmente, a maioria das apólices são contratadas na modalidade a risco relativo, ou 
seja, o segurado declara o seu valor em risco (VRD) e estipula o LMI – limite máximo de 
indenização. No momento do sinistro, se o valor em risco declarado (VRD) for menor 
que o valor em risco apurado (VRA), será aplicado o rateio: I = P × VRD / VRA.
Na modalidade a risco relativo, não se aplica o rateio se o VRD for maior ou igual a um 
determinado percentual do VRA, normalmente utiliza-se o percentual de 80%. 
Há, também, casos de contratações na modalidade risco absoluto, sem aplicação de rateio.
 A indenização, em qualquer caso, ficará limitada ao LMI contratado na apólice.
Exemplo
1. Seguro a risco total:
Prejuízo Indenizável: R$ 10.000.000.00 LMI = R$ 60.000.000,00
VRA = R$ 240.000.000,00
Como o LMI é menor do que o VRA, aplica-se o rateio:
I = P × LMI/VRA = 10.000.000 × 60.000.000 / 240.000.000 = 2.500.000
Neste caso, a indenização será de R$ 2.500.000,00. 
2. Seguro a risco relativo:
Prejuízo Indenizável: R$ 10.000.000.00 LMI = R$ 100.000.000,00
VRD = R$ 200.000.000,00 VRA = R$ 400.000.000,00
Como o VRD é menor do que 80% do VRA, aplica-se o rateio: (I = P × VRD / VRA) Indeni-
zação= R$ 10.000.000 × R$ 200.000.000 / R$ 400.000.000 = R$ 5.000.000
Neste caso, a indenização será de R$ 5.000.000,00. O valor da indenização é sempre 
limitado ao valor do LMI
59
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 INDENIZAÇÃO 
A ocorrência de danos materiais resultante de qualquer evento contratado 
(fato gerador) que afete o ritmo de atividades de uma empresa deve ser 
mensurada pela redução provocada na receita de vendas, ou seja, na que- 
da do movimento de negócios.
 A responsabilidade, no Seguro de Lucros Cessantes, estará sempre condi-
cionada às limitações ou às restrições impostas pelas condições do Segu-
ro de Danos Materiais, ou seja, antes de tudo, o sinistro de Dano Material 
(fato gerador) ocorrido deverá estar perfeitamente coberto pelo Seguro de 
Danos Materiais.
A partir da constatação da queda no movimento de negócios, o Seguro de 
Lucros Cessantes indenizará a parte proporcional que represente o con-
junto lucro líquido e as despesas fixas dentro do movimento de negócios, 
definido como a margem de lucro bruto.
Os critérios utilizados para a apuração dos prejuízos, em caso de sinistro, 
são regidos pelas especificações correspondentes ao ramo de atividade 
da empresa segurada:
Empresas comerciais e de prestação de serviços
Especificação movimento de negócios (vendas).
Empresas industriais
Especificação movimento de negócios (vendas) e, de acordo com 
o tipo de indústria, especificações produção (unidades ou valor de 
venda) ou consumo (matérias-primas).
A rapidez na liquidação do sinistro dependerá de informações precisas for-
necidas na época da contratação e de uma perfeita organização contábil 
da empresa, que possibilite comprovar as perdas, agilizando o envio da 
documentação exigida pela seguradora.
Antes das definições dos valores correspondentes à indenização a ser 
recebida pelo segurado, devem ser observadas algumas etapas, após a 
ocorrência do sinistro, que veremos a seguir.
Observação do comportamento do 
movimento de negócios (realizado) da 
empresa para a avaliação dos reflexos 
do sinistro de danos materiais.
A observação será realizada durante o período de tempo (período indeni-
tário) em que o movimento de negócios da empresa estiver abalado pelo 
Liquidação de sinistros 
Pagamento da indenização, 
se cabível, ao segurado ou 
beneficiário indicado.
60
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
sinistro de Danos Materiais e constatado por meio da contabilidade da 
empresa.
Portanto, cabe aqui também a determinação do período indenitário.
O início do período indenitário coincide com a data da ocorrência do sinis-
tro de Danos Materiais e seu término ocorre ou com a normalização das 
atividades da empresa ou quando se esgota o número de meses estabele-
cido na apólice para tal período, prevalecendo o fato que ocorrer primeiro.
O movimento de negócios realizado durante o período indenitário repre-
senta o total das quantias pagas ou devidas ao segurado, por mercadorias 
vendidas ou por serviços prestados, no curso de suas atividades, realiza-
das nos locais cobertos pelo seguro. É o resultado monetário bruto da ati-
vidade empresarial, ou seja, o valor que a empresa recebe ou irá receber 
por suas vendas ou prestação de serviços, durante o prazo necessário ao 
restabelecimento do negócio em virtude do sinistro.
Os resultados de atividades, desenvolvidas em locais diferentes dos men-
cionados na apólice, serão computados na apuração dos prejuízos, como 
parte integrante do movimento de negócios do segurado, conforme deter-
minam as condições que regem o seguro através da cláusula Atividades 
em Locais Diferentes dos Mencionados na Apólice. 
Veja no exemplo a seguir:
Exemplo
Podemos imaginar um segurado que seja proprietário de duas lojas próximas e simila-
res (segurados por apólices diferentes). Se uma delas fosse fechada em decorrência de
um sinistro, a outra teria receita extra, decorrente do desvio, para ela, dos negócios que 
normalmente se realizariam na loja sinistrada. Essa receita seria o resultado de Ativi-
dades em Locais Diferentes dos Mencionados na Apólice. A queda no movimento de 
negócios será apurada pela diferença líquida, ou seja, será o montante real da queda 
ocorrida nos negócios do segurado, considerando-se as 2 lojas.
Estabelecimento dos valores que servirão de 
base para a indenização, ou seja: valor em 
risco, margem de lucro bruto, movimento 
de negócios (padrão e padrão ajustado), 
queda do movimento de negócios.
61
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Movimento de Negócios
Para o cálculo do movimento de negócios padrão, temos que 
observar os movimentos de negócios, nos meses corresponden-
tes em anos anteriores ao do sinistro, e os valores desses movi-
mentos nos meses do período indenitário.
O movimento de negócios padrão deve ser ajustado em confor-
midade com a tendência do negócio do segurado para represen-
tar o valor efetivo (ou o mais próximo possível) dos negócios que 
seriam realizados se o sinistro não tivesse ocorrido (o movimento 
de negócios padrão ajustado é o valor que o segurado venderia 
durante o período indenitário).
Queda do Movimento de Negócios
A queda no movimento de negócios é a diferença entre o movi- 
mento de negócios padrão (ajustado) e o movimento de negócios 
efetivamente realizado durante o período indenitário ( já conside-
rados os resultados de Atividades em Locais Diferentes dos Men-
cionados na Apólice).
Queda no Movimento de Negócios = Movimento de Negócios 
Padrão (ajustado) – Movimento de Negócios realizados 
efetivamente durante o Período Indenitário
MOVIMENTO DE 
NEGÓCIOS PADRÃO
(ajustado)
Margem de Lucro Bruto
MOVIMENTO DE 
NEGÓCIOS 
REALIZADO
QUEDA DO 
MOVIMENTO DE 
NEGÓCIOS
62
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Apuração da indenização final, considerando 
os gastos adicionais efetuados e a 
aplicação do rateio, se houver.
Durante o processo de regulação dos sinistros são analisados diversos 
documentos contábeis, como:
Demonstrativos 
de Resultado 
do Exercício.
Síntese das operações da empresa num determinado exercício 
financeiro, destacando o resultado líquido.
Extração do movimento de negócios padrão (Receita Líquida 
Operacional) e do Lucro Líquido/ Prejuízo (Operacional).
Demonstração.
Analítica das Contas 
do Resultado.
Balança Patrimonial.
Identificação do subítens de cada um 
dos itens do Demontrativo de Resultados.
Obtenção dos custos e das despesas relacionados.
Extração das despesas fixas e seguráveis.
Avaliação da situação financeira da empresa e seus estoques.
 — Parcelas Indenizáveis
A cobertura básica do Seguro de Lucros Cessantes abrange duas parce-
las indenizatórias, que veremos a seguir.
Perdas de Lucro Bruto
Para calcular essas perdas, basta multiplicar a margem de lucro 
bruto pela queda no movimento de negócios verificada durante o 
período indenitário.
Gastos Adicionais 
Caso o segurado realize gastos adicionais, o Seguro de Lucros 
Cessantes garantirá seu reembolso desde que a realização de tais 
gastos resulte em redução das perdas de lucro bruto de valor igual 
ou superior ao valor gasto. Ou seja, a indenização estará limitada 
à perda de lucro bruto evitada em virtude dos gastos adicionais 
realizados pelo segurado.
A limitação prevista equivale à aplicação da margem de lucro bruto 
na que- da de movimento de negócios que esses gastos evitaram 
que ocorresse.
Perda do Lucro Bruto = Margem de Lucro Bruto (em %) × Que-
da do Movimento de Negócios
63
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Exemplo
Uma empresa que possua apólice de Lucros Cessantes para o evento explosão sofre um 
sinistro que atinge determinado equipamento (transformador) que estava coberto pela 
apólice de Danos Materiais. Sem esse equipamento, a fábrica ficará parada, aguardando 
a sua reposição. O segurado poderá alugar um transformador substituto, por exemplo, 
por R$ 200.000,00/mês até que o antigo possa voltar a realizar suas funções na fábrica.O valor pago pelo aluguel acrescido de todas as despesas e os custos extraordiná-
rios gastos pelo segurado estão abrangidos pela cobertura básica a título de gastos 
adicionais, desde que esses gastos resultem em redução da queda do movimento de 
negócios e, consequentemente, em redução da perda de lucro.
Nesse caso específico, se o segurado nada fizesse, o negócio ficaria parado até o con-
serto desse equipamento (que poderia demorar 6 meses). Já alugando um outro para 
substituí-lo, ele consegue fazer a fábrica voltar a produzir em 1 mês por exemplo, mas 
precisa pagar uma despesa que não teria se o sinistro não tivesse ocorrido. Esse gasto 
estará coberto pelo Seguro de Lucros Cessantes desde que proporcione redução na 
perda de lucro bruto.
Caso o segurado tenha optado por não segurar todas as suas despesas 
fixas, arcando, consequentemente, em caso de sinistro, com uma das par- 
celas do lucro bruto segurável, ele ficará também responsável por uma 
parte dos gastos adicionais.
Nesse caso, a indenização referente aos gastos adicionais será dada na 
proporção do lucro bruto segurado (lucro líquido mais despesas fixas 
seguradas) e do lucro bruto total (lucro líquido mais totalidade das despe-
sas fixas); ou seja, além da limitação anteriormente indicada, o valor a ser 
indenizado, referente a gastos adicionais, será rateado entre o segurado e 
a seguradora na proporção supracitada.
Então, depois de apurados os valores indenizáveis das parcelas (impor-
tância pagável por perda de lucro bruto e gastos adicionais), procede-se à 
análise da relação importância segurada/valor em risco para aplicar ou não 
o rateio, determinando-se a indenização final.
Este conceito se aplica ao Seguro de Lucros Cessantes por se tratar de um 
seguro proporcional (sujeito à cláusula de rateio).
Limite de Indenização de Gastos Adicionais = Margem de 
Lucro Bruto (em %) × Redução na Queda do Movimento de 
Negócios
64
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
Exemplo Simplificado de Indenização
Considerando um sinistro de Lucros Cessantes devidamente coberto, 
foram apurados:
Movimento de Negócios Padrão (ajustado): R$ 5.000.000,00
Movimento de Negócios no Período Indenitário: R$ 1.000.000,00
Margem de Lucro Bruto: 40%
Gastos Adicionais Realizados: R$ 500.000,00
Valor em Risco Apurado: R$ 10.000.000,00
Obs.: A totalidade dos negócios gerados durante o período indenitário só 
foi viabilizada em virtude dos gastos adicionais realizados pelo segurado.
Dados da apólice:
Importância Segurada: R$ 9.000.000,00, cobrindo a totalidade do Lucro Bruto.
DETALHANDO O EXEMPLO
(A) Movimento Negócios 
Padrão (ajustado)
(B) Movimento de Negócios 
Realizado no Período Indenitário
(C) Queda no Movimento 
de Negócios (A-B)
(D) Margem 
do Lucro Bruto
5.000.000,00 1.000.000,00 4.000.000,00 40%
Perda do Lucro Bruto = C x D (Queda Movimento Negócios x Margem do Lucro Bruto) 
4.000.000,00 x 40% = 1.600.000,00
Limite de Gastos Adicionais = C x B (Margem do Lucro Bruto × Redução da Queda no Movimento de Negócios)
40% x 1.000.000,00 = 400.000,00
Prejuízo Indenizável = Perda Lucro Bruto + Limite de Gastos Adicionais 
1.600.000,00 + 400.000,00 = 2.000.000,00
Aplicação do Rateio
Indenização = Importância Segurada x Prejuízos Indenizáveis /Valor em Risco
Indenização = 9.000.000,00 x 2.000.000,00 / 10.000.000,00
Indenização = 1.800.000,00
65
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 LIQUIDAÇÃO DO SINISTRO 
É importante destacar que o processo de regulação de sinistros de lucros 
cessantes é longo, especialmente quando o segurado não consegue ou 
demora a apresentar os documentos necessários para comprovar as per-
das ocorridas. O sinistro só se encerrará após o fim do período indenitário 
e depois que sejam definidas todas as perdas indenizáveis. 
Desse modo, ao longo do processo, são feitos adiantamentos de indeniza-
ção de parte dos valores já apurados como devidos ao segurado.
Quando for concluída a apuração dos reguladores e peritos contratados, 
e depois de obtida a concordância do segurado com o relatório de regu-
la ção, será realizado o pagamento da indenização final. Neste momento, 
faz-se o encontro de contas, ou seja, será paga a diferença entre o total da 
indenização devida e o total dos valores já adiantados ao segurado.
66
UNIDADE 5
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 FIXANDO CONCEITOS 5 
Marque a alternativa correta
1. Haverá aplicação de rateio no Seguro de Lucros Cessantes se o valor 
em risco for:
(a) Superior ao LMI (importância segurada).
(b) Superior às vendas brutas.
(c) Igual à importância segurada.
(d) Inferior ao lucro líquido.
(e) Superior às despesas variáveis.
2. Aponte qual a consequência direta para o segurado se houver rateio no 
cálculo da indenização de um sinistro de lucros cessante:
(a) O segurado terá reajuste proporcional nos prêmios do seguro quan-
do da renovação da apólice.
(b) Em caso de rateio, o segurado participa nos prejuízos com o dobro 
do valor da franquia.
(c) O segurado participará dos prejuízos na mesma proporção da dife-
rença entre o LMI e o respectivo valor em risco apurado quando da 
ocorrência do sinistro.
(d) Em caso de rateio, o seguro não poderá ser renovado na mesma 
seguradora que realizou o pagamento da indenização.
(e) Em caso de rateio, o segurador será responsabilizado civilmente 
por ter estipulado um LMI inferior ao valor em risco.
Consulte o gabarito clicando aqui.
67
ANEXOS
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 ANEXOS 
 — Anexo 1 – O Seguro de Lucros 
Cessantes por Linha de Negócio
ITENS SEGURO TRADICIONAL
MULTIRRISCOS 
COMPREENSIVOS
RISCOS 
NOMEADOS
RISCOS 
OPERACIONAIS/ 
PERDA DE RECEITA
Público-alvo
Todas 
as empresas
Micro, pequenas e 
médias empresas
Médias e grandes 
empresas
Complexos 
industriais
Cobertura
Lucro Bruto (Lucro Líqui-
do e Despesas Fixas
 ■ Despesas Fixas
 ■ Poucos produtos 
garantem a totalidade 
do Lucro Bruto
Lucro Bruto (Lucro 
Líquido e Despesas 
Fixas)
Lucro Bruto (Lucro 
Líquido e Despesas 
Fixas)
Objetivos
Indenizar as perdas 
financeiras cobertas
Indenizar as perdas 
financeiras cobertas
Indenizar as perdas 
financeiras cobertas
Reconduzir a mesma 
capacidade de produção
Período 
Indenitário
 ■ Fixado na apólice
 ■ Pode variar de 1 a 36 
meses
 ■ Fixado nos produtos 
 ■ Pode variar de 3 a 6 
meses, dependendo 
do produto de cada 
seguradora. Algumas 
permitem até 12 meses
 ■ Fixado na apólice
 ■ Com livre escolha e 
podendo variar de 1 
a 36 meses
Não há. O período de 
 indenização cessará 
quando a empresa 
apresentar a mesma ca-
pacidade de produção 
ou esgotar a Importância 
Segurada
Taxação
Definida pela segurado-
ra, sempre atrelada ao 
Dano Material Coberto e 
Período Indenitário.
Definida pela segurado-
ra, sempre atrelada ao 
Dano Material Coberto 
e Período Indenitário.
Definida pela segura-
dora, sempre atrelada 
ao Dano Material 
Coberto e Período 
Indenitário.
Definida pela segura-
dora, sempre atrelada 
ao Dano Material e à 
retomada da atividade. 
Formas de 
contratação
A Risco Total
Risco Absoluto ou 
Risco Relativo 
Varia de acordo com a 
cobertura e o produto 
da seguradora
 ■ Normalmente a 
Risco Relativo
 ■ Em alguns casos, a 
Risco Absoluto
 ■ Normalmente, 
a Risco Relativo
 ■ Em alguns casos, 
a Risco Absoluto
Franquia
 ■ Facultativa
 ■ Em valor (% da 
Importância Segurada
 ■ Obrigatória
 ■ Em horas ou dias e, 
algumas vezes em 
valores
 ■ Obrigatória
 ■ Em dias ou valores
 ■ Obrigatória
 ■ Em dias ou valores
68
GABARITO
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 GABARITO 
Fixando Conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2
1 – D 1 – B
2 – A 2 – D
3 – C
4 – B
5 – D
UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5
1 – E 1 – E 1 – A
2 – E 2 – D 2 – C
69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEGUROS DE LUCROS CESSANTES
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguro 
de lucros cessantes. Assessoriatécnica de José Carlos de Lacerda Sou-
za. 19. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2015. 110 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguro 
de lucros cessantes. Assessoria técnica de José Carlos de Lacerda Sou-
za. 20. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2016. 110 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Seguro 
de lucros cessantes. Assessoria técnica de José Carlos de Lacerda Sou-
za. 21. ed. Rio de Janeiro: Funenseg, 2017. 110 p.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Segu-
ros de Lucros Cessantes. assessoria técnica de José Eduardo Teixeira 
Arias, Frederico Martins Peres e Cláudio Bizerra de Oliveira. – 24.ed. – Rio 
de Janeiro: ENS, 2021.
ESCOLA DE NEGOCIOS E SEGUROS. Diretoria de Ensino Técnico. Segu-
ros de Lucros Cessantes. Assessoria técnica de José Eduardo Teixeira 
Arias, Frederico Martins Peres e Claudio Bizerra de Oliveira. 25. ed. Rio de 
Janeiro: ENS, 2022.
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS. Seguro de lucros cessantes. Rio de 
Janeiro: Funenseg, 1990 (apostila do Curso de Gerente Técnico de Seguros).
IRB. Tarifa de lucros cessantes. 2. ed. Rio de Janeiro: IRB, 1990.
Manuais Técnicos de Seguros. Manual incêndio e lucros cessantes. São 
Paulo: Editora Manuais Técnicos de Seguros, 1986
LEGISLAÇÃO
Circular Susep 620, de 29 de dezembro de 2020.
Circular Susep 621, de 12 de fevereiro de 2021.
	INTRODUÇÃO 
ao SEGURO
	de LUCROS CESSANTES
	 Considerações iniciais 
	Circular 620/2020
	Qual o objetivo dessa circular?
	Como identificar essas mudanças?
	Circular 642/2021
	 HISTÓRICO DO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES 
	 O SEGURO DE LUCROS CESSANTES 
 NO MERCADO BRASILEIRO 
	 EVENTOS COBERTOS 
	 REQUISITOS BÁSICOS 
 PARA CONTRATAÇÃO 
	 CONDIÇÕES 
 CONTRATUAIS 
	 FATO GERADOR DO SEGURO 
 DE LUCROS CESSANTES 
	 RISCOS GARANTIDOS NOS 
 SEGUROS DE DANOS MATERIAIS 
	Principais Modalidades de Seguros de Danos Materiais
	 Fixando Conceitos 1 
	GARANTIAS 
do SEGURO 
	de LUCROS CESSANTES
	 OBJETO DO SEGURO 
	 RISCOS COBERTOS – 
 COBERTURA BÁSICA 
	Lucro Bruto
	Gastos Adicionais
	Impedimento de Acesso
	 CONDIÇÃO 
 ECONÔMICO-FINANCEIRA 
 DE UMA EMPRESA 
	A Empresa Opera com Lucro Líquido
	A Empresa Opera com Resultado Nulo
	A Empresa Opera com Prejuízo
	 PARTICIPAÇÃO DO LUCRO BRUTO 
 NO MOVIMENTO DE NEGÓCIOS 
 DA EMPRESA 
	Movimento de Negócios
	Tipos de Especificações
	Margem de Lucro Bruto
	Cálculo da Margem de Lucro Bruto
	 Fixando Conceitos 2 
	ELEMENTOS 
DO SEGURO 
	e SUAS CARACTERÍSTICAS
	 PERÍODO INDENITÁRIO 
	 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
	Cálculo do Lucro Bruto Segurável
	Cálculo do Lucro Bruto Segurado 
	 Resumindo
	 PRECIFICAÇÃO 
	 FRANQUIA DEDUTÍVEL 
	 fixando conceitos 3 
	COBERTURAS 
ADICIONAIS dos SEGUROS 
	de LUCROS CESSANTES
	 Coberturas Adicionais 
	 Honorários de peritos contadores 
	 Despesas com instalação 
 em novo local 
	 Extensão da cobertura 
 a fornecedores e/ou 
 compradores 
	 COBERTURA ESPECIAL 
 INTERRUPÇÃO DE NEGÓCIOS – 
 PERDA DE RECEITA BRUTA 
	 FIXANDO CONCEITOS 4 
	SINISTROS 
nos SEGUROS
	de LUCROS CESSANTES
	 VALOR EM RISCO E RATEIO 
	 INDENIZAÇÃO 
	Parcelas Indenizáveis
	 LIQUIDAÇÃO DO SINISTRO 
	 Fixando Conceitos 5 
	 Anexos 
	Anexo 1 – O Seguro de Lucros Cessantes por Linha de Negócio
	 Gabarito 
	 Referências Bibliográficas

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