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EFEITOS DO TREINAMENTO DE CORRIDA INTERVALADA DE ALTA INTENSIDADE NO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO E FREQUÊNCIA CARDÍACA DE REPOUSO DE INDIVÍDUOS JOVENS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS DO TREINAMENTO DE CORRIDA INTERVALADA DE ALTA 
INTENSIDADE NO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO E FREQUÊNCIA 
CARDÍACA DE REPOUSO DE INDIVÍDUOS JOVENS 
 
 
 
 
Luana Otoni Costa Santos 
Neumir Sales de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diamantina 
2014 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICA E DA SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS DO TREINAMENTO DE CORRIDA INTERVALADA DE ALTA 
INTENSIDADE NO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO E FREQUÊNCIA 
CARDÍACA DE REPOUSO DE INDIVÍDUOS JOVENS 
 
 
Luana Otoni Costa Santos 
Neumir Sales de Lima 
Orientador: Prof. Dr. Fabiano Trigueiro Amorim 
Co-Orientador: Prof. Fernando Joaquim Gripp Lopes 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Departamento de Educação Física, como parte 
dos requisitos exigidos para a conclusão do curso. 
 
 
 
 
 
 
Diamantina 
2014 
EFEITOS DO TREINAMENTO DE CORRIDA INTERVALADA DE ALTA 
INTENSIDADE NO CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO E FREQUÊNCIA 
CARDÍACA DE REPOUSO DE INDIVÍDUOS JOVENS. 
 
 
Luana Otoni Costa Santos 
 
Neumir Sales de Lima 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Fabiano Trigueiro Amorim 
 
Co-Orientador: Prof. Fernando Joaquim Gripp Lopes 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Departamento de Educação Física, como 
parte dos requisitos exigidos para a conclusão 
do curso. 
 
APROVADO em 05 / 12 / 2014 
 
_______________________________ 
Dr. Marco Fabrício Dias Peixoto – UFVJM 
 
_______________________________ 
Mª Mariana Aguiar de Matos – UFVJM 
 
_______________________________ 
Dr. Fabiano Trigueiro Amorim – UFVJM 
Agradecimentos 
 
 
Agradecemos aos nossos orientadores pelo apoio incondicional e atenção dedicada, pela 
enorme colaboração na realização desse projeto, sem eles não seria possível chegarmos 
aqui; 
Aos voluntários da pesquisa que dedicadamente contribuíram para que o estudo pudesse 
ser concluído; 
Aos professores que durante esta caminhada souberam ser suporte para esta jornada; 
Aos nossos colegas, que escolheram seguir conosco esta caminhada. 
 
Luana e Neumir 
 
Agradeço aos meus Pais, que incessantemente me apoiaram nesta jornada, mesmo nas 
dificuldades da vida me apoiaram sendo alicerce em todos os momentos; 
Às minhas irmãs que me auxiliaram por todo caminho sendo incentivo e força; 
Aos meus sobrinhos: Miguel, que por muitas vezes foi fonte de ânimo e esperança, e 
Heitor, nosso pequeno exemplo que já no final desta caminhada nos presenteou com sua 
vinda trazendo um pouco de Deus para nós; 
Ao meu namorado que esteve ao meu lado nesta batalha incessante em nossas vidas; 
E a Deus que me deu o Dom da vida e permitiu-me chegar até aqui. 
 
Luana Otoni Costa Santos 
 
Aos meus irmãos, sim todos os 15, que sempre foram presença dos meus pais em mim, 
e sempre estiveram ao meu lado, mesmo que não fisicamente; 
A Luana, um anjo que Deus colocou em minha vida, que desde o segundo período 
marcou a minha história, namorada, amiga, alicerce, companheira. Muitos foram os 
nossos momentos juntos, sobretudo na produção desse trabalho. Quantas brigas, quantos 
acordos quanta luta junta meu amor; 
Agradeço a Deus, Pai de infinita bondade, que trilhou nossos caminhos conduzindo 
nossos passos. 
Neumir Sales de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico essa conquista a toda a minha família, meus queridos pais que foram apoio e 
incentivo nesta jornada, que mesmo com a distância foram presença em viva mim. 
Minha queria mãe que mesmo no seu silencio me ensinava a importância do ouvir. Meu 
pai que me ensinou a importância do respeito com as pessoas e de poder ajudar. 
 
Luana 
 
 
Dedico essa vitória aos meus pais: meu querido Pai que não pôde estar presente 
fisicamente para ver o início desta jornada, porém esteve comigo presente em meu 
coração trazendo serenidade, discernimento e sabedoria; Minha querida mãe que no 
meio de minha formação foi retirada por um trágico acidente, meu alicerce, presença de 
Deus em mim, exemplo de humildade, serenidade, sabedoria... Amor na sua forma mais 
pura. Que soube me deixar uma das mais importantes lições, pois sempre dizia: “Meu 
filho, é muito bom ser importante, mas o mais importante é ser bom.” D. Ilma, minha 
querida mãe me ensinou a ser do bem, buscar o bem e lutar por minhas conquistas. 
 
Neumir 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Feliz do homem que entende que é preciso mudar muito para ser sempre o 
mesmo.” 
Dom Helder Câmara 
 
 
 
RESUMO 
 
O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT, High Intensity Interval Trainng), 
que consiste em atividades de estímulos curtos com uma intensidade próxima a 100% 
da capacidade aeróbica do indivíduo, tem sido utilizado para aumentar de forma eficaz a 
capacidade cardiorrespiratória (VO2máx) dos indivíduos. Vários estudos demonstraram 
a eficiência do método para melhora do desempenho físico e inclusive da saúde. Porém 
a maioria dos estudos utilizaram como protocolo o teste do Wingate ou testes que 
utilizam de ergômetros, principalmente os cicloergômetros, para realização do 
treinamento, o que além de demandar um esforço físico máximo, causando desconforto, 
implica na utilização de equipamento específico. Sendo assim, é necessário oferecer 
uma alternativa de aplicação do HIIT em que não há dependência de ergômetros e 
equipamentos sofisticados. O presente estudo tem o objetivo avaliar os efeitos de quatro 
semanas de treinamento de corrida intervalada de alta intensidade e curta duração sobre 
o consumo máximo de oxigênio e frequência cardíaca de repouso de indivíduos jovens. 
19 jovens saudáveis, sedentários e fisicamente ativos participaram do estudo. 
Inicialmente foram tomados todos os cuidados éticos e posteriormente os voluntários 
foram avaliados quanto às medidas antropométricas, sendo em seguida submetidos a um 
teste para avaliação do (VO2máx) que identificou parâmetros para prescrição do 
treinamento. Os voluntários treinaram num período de 4 semanas, com 3 sessões de 
treinamento por semana, totalizando 12 sessões. Houve uma melhora significativa no 
(VO2máx) dos indivíduos de 37,10± 11,00 mlO2.kg-1.min-1 para 39,49± 10,37 
mlO2.kg-1.min-1, bem como uma melhora na distância final percorrida de 1053± 613 m 
para 1186± 597,96 m, e uma diminuição da frequência cardíaca de repouso de 68± 12 
bpm para 63± 10 bpm. Em conclusão, o HIIT se mostrou capaz de provocar adaptações 
positivas no consumo máximo de oxigênio de indivíduos jovens sedentários e 
fisicamente ativos. Adicionalmente, o protocolo de exercício baseado no teste Yo-Yo 
foi eficaz, produzindo nos voluntários um aumento que correspondeu a 7,3 ± 5,5 % do 
(VO2máx) e diminuição da frequência cardíaca de repouso. 
 
Palavras-Chave: alta intensidade; intervalado; treinamento; VO2máx. 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ················································································ 08 
METODOLOGIA ·············································································· 11 
 Cuidados éticos ··········································································· 11 
 Amostra ··················································································· 11 
 Procedimentos experimentais ··························································11 
 Análise estatística ········································································ 13 
RESULTADOS ················································································· 14 
DISCUSSÃO ···················································································· 17 
CONCLUSÃO··················································································· 20 
REFERÊNCIAS ················································································· 21 
APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido ··························· 23 
APÊNDICE B – Questionário de prontidão para atividade física ······················· 27 
APÊNDICE C – Questionário de fatores de risco coronariano ·························· 29 
APÊNDICE D – Ficha de controle do Teste de Vai-e-vem de 20 metros ·············· 32 
AUTORIZAÇÃO ··············································································· 34 
 
 
8 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) caracteriza-se por breves 
estímulos de atividade vigorosa, intercalado por pausas de descanso ativas ou passivas 
(GIBALA, 2012). Este tipo de treinamento tem sido considerado um método eficaz em 
aumentar a capacidade cardiorrespiratória e o desempenho físico de atletas. Recentemente, 
diversos estudos têm demonstrado que o HIIT é eficaz e seguro para ser aplicado em 
indivíduos sedentários ou não treinados e em populações de indivíduos não saudáveis 
(obesos, hipertensos). Por exemplo, o estudo realizado por Gibala (2011), com oito voluntário 
portadores de Diabetes tipo 2, demonstrou que seis sessões de HIIT compostas por dez 
estímulos de 60 segundos em cicloergômetro, intercalados por 60 segundos de recuperação, a 
90% da frequência cardíaca máxima, durante duas semanas, foi suficiente para aumentar o 
consumo de oxigênio máximo (VO2máx) e diminuir a glicose no sangue dos indivíduos. 
Outro estudo realizado por Wisløff et al. (2007) demonstrou que 12 semanas de treinamento 
de HIIT foram suficientes para aumentar o VO2máx de voluntários, com idade entre 50 a 80 
anos, com insuficiência cardiovascular. Neste estudo 27 voluntários foram divididos em dois 
grupos, treinamento e controle. O grupo controle se reunia uma vez a cada 3 semanas e não 
realizaram um programa de treinamento físico. O grupo treinamento realizou 3 sessões por 
semana de HIIT, na esteira, a aproximadamente 90% da frequência cardíaca máxima. O 
VO2máx foi avaliado antes e após o treinamento utilizando o protocolo de rampa. 
Um dos parâmetros avaliados nos estudos anteriores foi a medida do VO2máx, que 
representa a capacidade cardiorrespiratória dos indivíduos e pode ser considerado um 
parâmetro importante para se avaliar os riscos de doenças cardiovasculares e de mortalidade. 
Em recente artigo de revisão, Sloth et al. (2013) compilaram informações de estudos 
anteriores sobre a eficiência do HIIT na melhora da capacidade cardiorrespiratória. 21 estudos 
se enquadraram nos critérios da pesquisa que era ter acima de duas semanas de intervenção e 
conter somente indivíduos saudáveis. Dos estudos citados, 13 investigaram a ação do HIIT na 
melhora do VO2máx e, em todos eles, foi observado um aumento, numa variação de 4,2% a 
13,4%, apresentando um aumento médio de 8,54% do VO2máx. 
Outro método de treinamento, que está entre os mais utilizados, é o treinamento 
contínuo. De um modo geral, este modelo se caracteriza pela realização de exercício de 
intensidade moderada a vigorosa onde não há interrupção do estímulo por pausas. 
9 
 
 
 
Usualmente, o treinamento contínuo busca uma melhora na resistência aeróbia. Este é 
comumente prescrito em ambiente clínico quando o objetivo é melhorar a aptidão física, e é 
bastante praticado pela maioria da população em busca de melhor qualidade de vida. Tal 
modelo tem como um de seus aspectos principais a duração de tempo entre 20 a 60 
(GAESSER E ANGAD 2011). 
Visto que a falta de tempo é uma das principais barreiras para a adoção de um estilo de 
vida ativo, uma das vantagens do HIIT, baseado no protocolo do Beep teste, para a população 
de sedentários e não atletas é o baixo comprometimento de tempo, usualmente de 15-20 
minutos por sessão de exercício, que pode ser considerado um dos principais motivos para 
que as pessoas realizem atividade física. Em um estudo, Burgomaster et al. (2006) foram 
recrutados 16 homens jovens saudáveis e a realização teve duração de duas semanas de 
treinamento, realizando seis sessões de 4 a 7 sprints de 30 segundos com quatro minutos de 
recuperação. Os resultados demonstraram um aumento de 5,5% no VO2máx, e comprovaram 
a eficiência de poucos segundos de HIIT para aumentos significativos do VO2máx. 
Embora a eficiência do HIIT seja comprovada por estudos anteriores, uma dificuldade 
em sua aplicação é, sobretudo, a demanda de ergômetros (usualmente cicloergômetros) e 
controle dos parâmetros de intensidade do exercício. Além disso, diversos estudos basearam a 
prescrição do exercício no protocolo do teste de Wingate que é conhecido por provocar alguns 
desconfortos após a sua realização como náuseas e cansaço generalizado. Estes fatores 
dificultam a popularização e a possibilidade de execução em locais sem estrutura de 
equipamentos, e diminuem a aderência ao treinamento devido aos desconfortos. Outro ponto é 
que o controle da intensidade de treinamento é baseado em parâmetros observados nos 
ergômetros (ex. potência). Sendo assim, a execução do HIIT sem a necessidade de ergômetros 
pode universalizar a sua prática e possibilitar a execução do treinamento. 
Nesse sentido, um estudo anterior realizado por Delahunt et al. (2013) delineou um 
protocolo de corrida baseado no teste de corrida intermitente máximo (teste do Yo-Yo). Neste 
estudo, trinta e duas mulheres sedentárias foram dividas em dois grupos (HIIT e controle) e 
treinaram durante seis semanas utilizando o HIIT. A prescrição do HIIT foi baseada na 
velocidade máxima de corrida obtida no teste do Yo-Yo. Após o treinamento os autores 
observaram que houve melhora no desempenho físico das voluntárias do grupo HIIT. No 
entanto, o estudo foi conduzido com a participação específica de mulheres jovens sedentárias 
e o protocolo de treinamento não foi bem descrito, o que dificulta sua reaplicação. Dessa 
10 
 
 
 
forma, não se sabe se a realização de quatro semanas de HIIT, baseado no protocolo do beep 
teste, aumentaria o VO2máx e diminuiria a frequência cardíaca de repouso de uma amostra de 
indivíduos sedentários ou treinados de ambos os sexos. 
Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de quatro semanas de 
treinamento de corrida intervalada de alta intensidade e curta duração, baseada no protocolo 
do beep teste, sobre o consumo máximo de oxigênio e frequência cardíaca de repouso de 
indivíduos jovens. A nossa hipótese é que o HIIT aumentará tanto o VO2máx quanto a 
frequência cardíaca de repouso desses indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
2. METODOLOGIA 
 
 
2.1 Cuidados éticos 
 
Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal 
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, conforme parecer nº 667.788 de 25/07/2014. Ao 
apresentarem-se como voluntários, os indivíduos foram informados sobre os objetivos e 
procedimentos metodológicos do estudo, bem como sobre os possíveis riscos, desconfortos e 
benefícios relacionados à participação na pesquisa. A assinatura do termo de consentimento 
livre esclarecido (APÊNDICE A) pelo voluntário foi condição indispensável para a sua 
participação no estudo.2.2 Amostra 
 
Para participar como voluntários deste estudo foram recrutados 19 indivíduos, sendo 7 
do sexo masculino e 12 do sexo feminino, estudantes universitários, com idade entre 20 e 35 
anos. Foram excluídos da amostra os sujeitos que responderam positivamente a uma das 
perguntas do questionário de prontidão para a atividade física (APÊNDICE B) ou que 
apresentaram no mínimo dois fatores de risco cardíaco, conforme questionário específico 
(APÊNDICE C). Como critérios para inclusão foram excluídos indivíduos que apresentavam 
Índice de Massa Corporal (IMC) > 30 Kg/m
2
 e fumantes. 
 
 
2.3 Procedimentos experimentais 
 
12 
 
 
 
Inicialmente os voluntários foram orientados quanto à alimentação e procedimentos do 
dia anterior ao teste e posteriormente submetidos a avaliações antropométricas e medida do 
VO2máx. O peso e a estatura foram medidos em uma balança com estadiômetro acoplado 
(marca Welmy). O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado a partir da seguinte 
equação: peso (em kg) dividido pela estatura ao quadrado (m
2
). Em seguida, os voluntários 
foram submetidos à avaliação do percentual de gordura através da Absortometria Radiológica 
de Dupla Energia (DEXA). Nos dias que antecedem as sessões experimentais, os voluntários 
foram orientados a evitar a prática de atividade física moderada a intensa, dormir no mínimo 
oito horas e não ingerir cafeína, álcool e diuréticos 24 horas antes das sessões experimentais. 
Para garantir o estado de hidratação inicial os voluntários foram orientados a ingerir 500 mL 
de água duas horas antes do início de cada sessão experimental. 
O VO2máx foi estimado a partir da realização do teste de Shuttle Run, descrito por 
Leger e Lambert (1982), aplicado nos voluntários antes e após o período de treinamento. 
Utilizou-se o software TEAM beep TEST 20 METRES Version 4.0, (Bitworks Cheltenham-
Uk) que para o cálculo do VO2máx usou a fórmula Vo2máx (ml/kgmin)=-24,4+ 6,0 X, sendo 
x= velocidade final obtida no teste em km/h. O protocolo do Beep teste consiste em realizar 
corridas de 20 metros com intensidade progressiva controlada por bips sonoros. A cada sinal 
sonoro emitido pelo sistema de som, o avaliado atingiu um dos cones que delimitam o início 
ou o fim da pista. A velocidade inicial foi de 8,5 km/h sendo aumentada progressivamente em 
0,5 km/h a cada estágio conforme descrito na ficha de controle do teste (APÊNDICE D). O 
teste foi encerrado pelo avaliador quando o participante não conseguiu alcançar um dos cones 
pela segunda vez antes do bip sonoro. A frequência cardíaca antes e após o teste foram 
monitoradas através de um monitor de frequência cardíaca (Polar, RS800). 
O treinamento se deu em um ginásio poliesportivo onde cones foram colocados a 
distância de 20 metros um do outro. A prática consistiu de séries de corridas intervaladas de 
alta intensidade em percurso de 20 metros controladas por um bipe sonoro (denominado 
BEEP HIIT). Ao voluntário foi fornecido fones de ouvido com gravações pré-estabelecidas 
com os bips sonoros padronizados de acordo com o percentual da velocidade máxima obtida 
no teste, com período pré-definidos de recuperação passiva com duração de um minuto. O 
controle da velocidade também foi supervisionado por um membro da equipe do projeto por 
meio da cronometragem digital do tempo de cada exercício. A periodização dos programas de 
13 
 
 
 
treinamento dos indivíduos foi conduzida conforme a Tabela 1. Os voluntários treinaram na 
frequência de três vezes por semana (segundas, quartas e sextas-feiras). 
 
Tabela 1 – Periodização do treinamento de, para os grupos de corrida intervalada de alta 
intensidade (BEEP HIT). 
Semanas BEEP HIT (n=16) Distância Tempo médio 
1ª 6 repetições de 200m - 90%* 1200m 12 min 
2ª 7 repetições de 200m - 90%* 1400m 14,5 min 
3ª 7 repetições de 200m - 95%* 1400m 11 min 
4ª 8 repetições de 200m - 95%* 1600m 15 min 
* Percentual da Velocidade Máxima obtida no teste 
 
Nem todos os voluntários completaram os testes e o treinamento. Três voluntários não 
completaram o programa de treinamento por questões pessoais e externas ao programa de 
exercício. Os indivíduos que por algum motivo não completaram foram excluídos das 
análises. Ao final do estudo 16 voluntários dos 19 iniciais completaram todas as etapas com 
uma frequência de 100% dos treinamentos, e estes foram reavaliados 48 horas após a ultima 
sessão de treinamento. 
 
 
Análise estatística 
 
Para a análise estatística descritiva das variáveis estudadas foram utilizadas a média, 
desvio padrão e o coeficiente de variação. O teste t de student foi utilizado para comparar a 
diferença entre o consumo máximo de oxigênio, distância percorrida, frequência cardíaca de 
repouso e final, antes e após o treinamento. O nível de significância adotado foi de α ≤ 0,05. 
 
 
14 
 
 
 
RESULTADOS 
Os resultados das variáveis idade, massa corporal, estatura e índice de massa corpórea, 
distância total percorrida, consumo máximo de oxigênio, frequência cardíaca máxima e de 
repouso, estão apresentados na Tabela 2 e nas figuras abaixo. 
 
Tabela 2 – Valores médios e desvios padrões da idade, massa corporal, estatura, IMC e % de 
gordura total dos voluntários (n=16). 
 
Idade 
(anos) 
Massa 
Corporal 
(kg) 
Estatura 
(metros) 
IMC 
(kg/m
2
) 
Gordura 
Total 
(%) 
Média 25,70 66,00 1,69 22,80 28,39 
DP 4,80 16,30 0,10 3,30 8,17 
 
As distâncias percorridas no beep teste pré e pós quatro semanas de treinamento do 
BEP HIIT estão ilustradas na Figura 1. Como podemos observar na figura, os voluntários 
percorreram uma distância maior após quatro semanas de treinamento (p< 0,0001). 
 
P
ré
P
ó
s
0
5 0 0
1 0 0 0
1 5 0 0
2 0 0 0
D
is
tâ
n
c
ia
 p
e
rc
o
rr
id
a
 (
m
e
tr
o
s
)
*
 
Figura 1 – Valores de distância total percorrida pré e pós quatro semanas de BEEP HIIT 
(*indica P< 0,05, média ± desvio padrão). 
Os valores de VO2máx estão dispostos na Figura 2. Todos os voluntários tiveram o 
VO2máx estimado pelo beep teste, pré e pós as sessões de treinamento. Em média o VO2máx 
15 
 
 
 
dos indivíduos apresentou um aumento significativo (p<0,0001) após o treinamento. Este 
aumento correspondeu a 7,3 ± 5,5 % como representado graficamente. 
 
 
P
ré
P
ó
s
0
3 0
3 5
4 0
4 5
5 0
5 5
V
O
2
m
á
x
(m
L
O
2
.k
g
-1
.m
in
-1
)
*
 
Figura 2 – Valores de VO2max pré e pós quatro semanas de BEEP HIIT (* indica p< 0,05, 
média ± desvio padrão). 
 
Na Figura 3 os valores de Frequência Cardíaca Final (FCfinal) estão apresentados pré 
e pós treinamento, indicando que os voluntários atingiram o mesmo esforço nas duas 
ocasiões. (p>0,05). 
 
P
ré
P
ó
s
0
1 2 5
1 5 0
1 7 5
2 0 0
F
re
q
u
ê
n
c
ia
 C
a
rd
ía
c
a
 (
b
p
m
)
 
Figura 3 – Valores de Frequência cardíaca final pré e pós quatro semanas de BEEP HIIT (média 
± desvio padrão). 
16 
 
 
 
A Figura 4 apresenta os valores de frequência cardíaca de repouso (FCrepouso). Esta 
variável apresentou uma diminuição significativa após quatro semanas de treinamento. 
(p<0,0024). 
P
ré
P
ó
s
0
4 0
5 0
6 0
7 0
8 0
F
re
q
u
ê
n
c
ia
 C
a
rd
ía
c
a
 (
B
p
m
)
*
 
Figura 4 – Frequência cardíaca de repouso pré e pós quatro semanas de BEEP HIIT (* indica 
p< 0,05, média ± desvio padrão). 
 
A Figura 5 apresenta correlação linear dos valores de VO2máx e o Delta VO2máx 
(antes e após BEEP HIIT). Não observamoscorrelação significativa (p=0,089), porém o 
sentido da reta indica que há uma tendência que esta relação seja negativa, ou seja, quanto 
maior o VO2máx pré treino menor a sua variabilidade durante o período de treinamento. 
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
0
1 0
2 0
3 0
4 0
5 0
6 0
D e lta V O 2 m áx
V
O
2
m
á
x
y = -2 ,4 6 8 4 x + 4 3 ,0 0 1
R ² = 0 ,1 9 2 8
 
Figura 5 – Correlação linear dos valores de VO2máx e o Delta VO2máx, antes e após BEEP 
HIIT.(média ± desvio padrão). 
17 
 
 
 
DISCUSSÃO 
 
O principal objetivo do presente estudo foi o de investigar os efeitos de um programa 
de treinamento de corrida de quatro semanas utilizando o BEEP HIIT sobre o VO2máx e a 
frequência cardíaca de repouso de indivíduos jovens. Paralelamente, testar a prescrição do 
exercício baseado no beep teste. Os resultados observados indicam que o protocolo utilizado 
foi eficaz em aumentar o VO2máx (figura 1). 
No presente estudo, o aumento de VO2máx observado foi em média 7,3 ± 5,5 %. 
Outros estudos apontam para uma melhora do VO2máx, embora o estudo realizado por Aguiar 
et al. (2013), que recrutou oito indivíduos fisicamente ativos, com idade entre 23 e 26 anos, e 
que foram alocados em três grupos, tenha resultado diverso. Um grupo realizou treinamento 
de corridas em esteira a 100%, outro a 110% e o terceiro 120% do VO2máx durante duas 
semanas (estímulo de 30s com 15s de recuperação). Os autores não observaram melhora 
significativa do VO2máx, possivelmente pelo reduzido tamanho da amostra, a curta duração 
do treinamento e por se tratar de indivíduos fisicamente ativos. 
Em um estudo realizado por Bayati et al. (2011), com 24 voluntários jovens saudáveis, 
com duração de quatro semanas, baseado no teste de Wingate, ficou constatada uma melhora 
de 9,6% no VO2máx. Outro estudo desenvolvido por Trilk et al. (2011), com 28 mulheres, 
durante quatro semanas, utilizando o protocolo de Wingate, apresentou como resultado um 
aumento de 13,4% no VO2máx. Estes resultados estão de acordo com os observados no 
presente estudo. O estudo realizado por Delahunt et al. (2013) investigou os efeitos do HIIT 
com treinamento de corrida, baseado no protocolo do teste YoYo, com duração de 6 semanas, 
apenas em indivíduos do sexo feminino e sedentários. Os autores encontraram melhoras no 
desempenho, avaliado pela distância percorrida no teste. Assim como no presente estudo, 
houve melhora na distância percorrida. Uma observação sobre a metodologia daquele estudo é 
que as voluntárias treinaram inicialmente a 75% da frequência máxima, o que nos deixa a 
dúvida da qualificação como HIIT uma vez que esta intensidade se enquadra como uma 
atividade de intensidade moderada. 
O mecanismo de ação que possibilitou os aumentos do VO2máx ocorreu 
provavelmente a partir de adaptações centrais e periféricas. Embora nós não tenhamos 
avaliado estas adaptações, especulamos que houve um maior débito cárdico, aumentos no 
volume de sangue, câmaras cardíacas, aumento de número de hemoglobina (adaptações 
18 
 
 
 
centrais) (MCARDLE, 2011). Perifericamente, deve ter ocorrido a biogênese mitocondrial 
que propicia um aumento da quantidade de mitocôndria intramuscular, e o potencial oxidativo 
do músculo, refletida por um aumento da atividade e/ou o teor das enzimas oxidativas. Estas 
adaptações foram bem descritas por Sloth et al. (2013) e Gibala (2012), que utilizaram 
estímulos de exercício similares aos usados neste estudo (HIIT). 
No presente estudo foi utilizado o beep test para prescrever a velocidade de corrida 
dos voluntários. Este procedimento permite maior controle do treino uma vez que demanda 
pouco material e espaço físico limitado, com equipamentos simples. A partir dele, portanto, 
pode-se estimar a velocidade e o VO2máx de indivíduos. Sendo assim, é possível avaliar 
vários indivíduos simultaneamente em curto lapso temporal. 
Diversos estudos têm baseado o seu protocolo de treinamento no teste de Wingate. Tal 
procedimento de treinamento é comum em gerar desconforto ao indivíduo, pois a carga de 
trabalho é supramáxima (7,5% do peso corporal). No estudo proposto, nós tivemos o relato de 
uma voluntária que se queixou de fadiga aguda nas primeiras sessões do HIIT. No entanto, 
após duas semanas de treinamento a voluntária conseguiu realizar o protocolo sem queixas. 
Ocorreu uma diminuição na frequência cardíaca de repouso dos voluntários. Estas 
modificações têm sido justificadas por alterações na estimulação parassimpática do coração. 
Em um estudo anterior realizado por Trilk et al. (2011), com 28 mulheres sobrepeso/obesas e 
sedentárias, durante quatro semanas, realizaram o HIIT utilizando do protocolo de Wingate. 
Os autores observaram uma redução na frequência cardíaca de repouso com o protocolo. 
Similar ao estudo anterior observamos alterações na frequência cardíaca de repouso, 
possivelmente por maior ativação do sistema parassimpático. 
Já na variável Frequência Cardíaca Final (FCfinal) não havia expectativa de variação, 
pois estudos anteriores realizados com maior tempo de duração já não apresentaram 
resultados significativos para esta variável. Uma informação importante é que, como não 
houve diferença nos valores de frequência cardíaca máxima, os voluntários não atingiram 
estresses cardiovasculares diferentes antes e após o treinamento. No estudo proposto por Trilk 
et al. (2011), com 28 mulheres sedentárias e duração de quatro semanas, não se encontrou 
alterações significativas na melhora da FCfinal das voluntárias. 
O presente estudo encontra uma limitação quanto à familiarização dos indivíduos ao 
Beep teste. Os voluntários realizaram a primeira avaliação sem terem sido familiarizados com 
19 
 
 
 
o protocolo do teste. As sessões de treinamento foram baseadas no protocolo do Beep teste 
(corridas de 20 metros) que pode ter influenciado o resultado na avaliação final. 
Espera-se que o estudo proposto possa facilitar a adesão e aderência das pessoas ao 
treinamento físico, reduzindo os níveis de sedentarismo da população em geral. O presente 
protocolo de treinamento e avaliação aplicado se destaca pela fácil replicação e não 
necessidade de equipamentos específicos. A simplificação do treinamento permite que ele 
ocorra inclusive no ambiente escolar, e que pessoas possam treinar até mesmo na rua, nas 
portas de suas casas. Porém sugerimos que estudos futuros sejam realizados por um período 
de tempo maior para saber se há melhoras progressivas com o BEEP HIIT e se o mesmo é 
seguro para ser realizado em outras populações, como indivíduos hipertensos, diabéticos, 
entre outros. 
 
20 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Os resultados do presente estudo demonstram que um programa de treinamento 
baseado no BEEP HIIT, e com duração de 4 semanas, é capaz de provocar adaptações 
positivas no consumo máximo de oxigênio de indivíduos jovens sedentários e fisicamente 
ativos. Adicionalmente, o protocolo de exercício baseado no teste Yo-Yo foi eficaz, 
produzindo nos voluntários um aumento que correspondeu a 7,3 ± 5,5 % do VO2máx e uma 
diminuição de da Frequência cardíaca de repouso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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exercício de corrida intermitente 30s:15s no tempo de manutenção no ou próximo do 
VO2max. Motriz rev. educ. fís.(Impr.), v. 19, n. 1, p. 207-216, 2013 
 
BANGSBO, J.; IAIA, F.M.; KRUSTRUP, P. The Yo-Yo Intermittent Recovery Test. A 
useful tool for evaluation of physical performance in intermittent sports. SportsMed. v. 38, 
p.37-51, 2008. 
 
BAYATI, M.; FARZAD, B.; GHARAKHANLOU, R.; AGHA-ALINEJAD, H. A practical 
model of low-volume high-intensity interval training induces performance and metabolic 
adaptations that resemble “all-out” sprint interval training. J Sports Sci Med, v. 10, p.571-
576, 2011. 
 
BURGOMASTER, K.A.; HEIGENHAUSER, G.J.; GIBALA, M. Effect of short-term sprint 
interval training on human skeletal muscle carbohydrate metabolism during exercise and 
time-trial performance. J Appl Physiol, v. 100, p.2.041-2.047, 2006. 
 
DELAHUNT, E.; CALLAN, L.; DONOHOE, J.; MELICAN, R.; HOLDEN, S. The Yo-Yo 
intermittent recovery test level 1 as a high intensity training tool: Aerobic and anaerobic 
responses. Preventive Medicine, v. 56, p. 278–282, 2013. 
 
GAESSER, G.; ANGADI, S. High-intensity interval training for health and fitness: can less 
be more? J Appl Physiol, v. 111, p. 1540-41, 2011. 
 
GIBALA, M.; LITTLE, J.; MACDONALD, M.; HAWLEY, J. Physiological adaptations to 
low-volume, high-intensity interval training in health and disease. J Physiol, v.590, nº5, 
p.1.077-84, 2012. 
 
LEGER, L, A.; LAMBERT, J. A Maximal.Multistage 20-m Shuttle Run Test to Predict VO2 
max*. Eur J Appl Physiol, v. 49, n. 1, p. 1-12, 1982. 
 
LITTLE, J.; GILLEN, J.B.; PERCIVAL, M.; SAFDAR, A.; TARNOPOLSKY, M.A.; 
PUNTHAKEE, Z.; JUNG, M.E.; GIBALA, M. Low-volume high-intensity interval training 
reduces hyperglycemia and increases muscle mitochondrial capacity in patients with type 2 
diabetes. J Appl Physiol, v. 111, n. 6, p. 1554-1560, 2011. 
 
McARDLE, W.D.; KATH, F.K.I.; KATH, V.L. Fisiologiado Exercício, energia nutrição e 
desempenho humano, 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
 
SLOTH, M.; SLOTH, D.; OVERGAARD, K.; DALGAS, U. Effects of sprint interval training 
on VO2max and aerobic exercise performance: A systematic review and meta-analysis. 
Scand J Med Sci Sports, v. 23, n. 6, p. e341-e352, 2013. 
22 
 
 
 
TRILK, J.L.; SINGHAL, A.; BIGELMAN, K.A.; CURETON, K.J. Effect of sprint interval 
training on circulatory function during exercise in sedentary, overweight/obese women. Eur J 
Appl Physiol, v. 111, n. 8, p. 1591-1597, 2011. 
 
WISLØFF, U.; STØYLEN, A.; LOENNECHE, J.; BRUVOLD, M.; ROGNMO, Ø.; 
HARAM, P.; TJØNNA, A.; HELGERUD, J.; SLØRDAHL, S.; LEE, S.; VIDEM, V.; BYE, 
A.; SMITH, G.; NAJJAR, S.; SKJÆRPE, T. Superior Cardiovascular Effect of Aerobic 
Interval Training Versus Moderate Continuous Training in Heart Failure Patients. 
Circulation, v. 115, n. 24, p. 3086-3094, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
 
APÊNDICE A 
 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
Você está sendo convidado para participar como voluntário da pesquisa 
“Aplicabilidade do “beep test” como ferramenta de prescrição e controle do treinamento 
intervalado de corrida para indivíduos adultos sedentários”. Você foi selecionado por ter 
idade entre 25 e 40 anos, não praticar atividade física regularmente e não fumar. 
O objetivo do estudo é verificar a aplicabilidade de um protocolo de treinamento 
de corrida utilizando o método intervalado. Antes, durante e depois das fases de treinamento 
e destreinamento você será submetido a avaliações para estudarmos as adaptações fisiológicas 
em seu organismo. 
Sua participação na pesquisa consistirá na realização de testes de corrida com 
aumentos progressivos de velocidade. Em seguida, para avaliar a quantidade de gordura em 
seu corpo, você deitará em uma maca vestindo apenas um calção e camisa, seu corpo será 
escaneado por um aparelho que emite raios indolores e inofensivos para sua saúde. Sua 
frequência cardíaca e pressão arterial serão monitorados durante o repouso, durante e após os 
exercícios físicos. Também serão feitas medidas do seu peso, altura e circunferências 
corporais. Você também será submetido a exames de sangue em um laboratório. Você não 
terá nenhum gasto com os exames, e eles ocorrerão em datas e horários combinados de acordo 
com sua disponibilidade. Você deverá comparecer ao laboratório após fazer um jejum de 12 
horas. Será feita a coleta de uma pequena quantidade de sangue com você em jejum. Durante 
toda a sua participação no estudo você será supervisionado por uma nutricionista que 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO 
JEQUITINHONHA E MUCURI 
DIAMANTINA – MINAS GERAIS 
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA 
 
24 
 
 
 
registrará a sua dieta alimentar. Este acompanhamento será feito por meio da aplicação de 
questionários específicos. 
Estas avaliações serão feitas antes e após as um programa de exercícios físicos de 
corrida com duração de quatro semanas. 
Todos os dados coletados serão confidencias e sua identidade não será revelada 
publicamente em hipótese alguma. Somente os pesquisadores envolvidos no projeto terão 
acesso aos dados, que serão utilizados apenas para fins de pesquisa e divulgação científica em 
congressos, livros e revistas. 
Os possíveis riscos deste estudo estão relacionados com o exercício físico: lesões 
nos músculos e ossos, náuseas, vertigens, dores musculares e articulares após o exercício. 
Estas situações são raras e você será acompanhado todo o tempo por profissionais treinados. 
Qualquer desconforto durante e após os exercícios deverá ser avisado aos pesquisadores para 
que estes possam tomar as providências devidas (interromper o treinamento ou encaminhar 
você para o médico). Também existe risco de hematomas decorrentes da coleta de sangue e de 
desmaio ou tontura durante o procedimento, de desconforto durante e após a biopsia e do 
desenvolvimento de uma pequena cicatriz no local da biopsia. A coleta de sangue será 
realizada em ambiente adequado, com materiais descartáveis, e por médico devidamente 
treinado. As avaliações serão feitas em salas especificamente reservadas para tal fim e estarão 
presentes somente pessoas da equipe de pesquisa necessárias naquele momento. 
Com a participação no estudo você será beneficiado com informações sobre a sua 
saúde e com a melhora de sua condição física devido ao programam de exercícios de corrida. 
Não está prevista qualquer forma de remuneração (pagamento) para você. Você também não 
terá nenhum gasto com sua participação nesta pesquisa (todos os exames/consultas serão 
arcados pelo projeto). 
Você poderá recusar e/ou deixar de participar deste estudo a qualquer momento, 
sem nenhum constrangimento, sem prejuízo em sua relação com a UFVJM e os pesquisadores. 
Os pesquisadores responsáveis por este projeto podem decidir sobre a sua exclusão do estudo 
por razões científicas, a respeito das quais você deverá ser devidamente informado. 
Em caso de qualquer dúvida você poderá entrar em contato a qualquer hora com os 
pesquisadores responsáveis pelo projeto: Prof. Fabiano Trigueiro Amorim(38) 8838-3441 ou 
25 
 
 
 
Prof. Fernando Gripp (38) 8837-4650. Informações também podem ser obtidas diretamente no 
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade (3532-1240). 
Termo de livre consentimento pós-informado 
Eu discuti os riscos e benefícios da minha participação no estudo intitulado 
“Aplicabilidade do “beep test” como ferramenta de prescrição e controle do treinamento 
intervalado de corrida para indivíduos adultos sedentários” com os pesquisadores 
envolvidos. Eu li e compreendi todos os procedimentos que envolvem esta pesquisa e tive 
tempo suficiente para considerar a minha participação no estudo. Eu perguntei e obtive as 
respostas para todas as minhas dúvidas. Eu sei que posso me recusar aparticipar deste estudo 
ou que posso abandoná-lo a qualquer momento sem qualquer constrangimento. Eu também 
compreendo que os pesquisadores podem decidir a minha exclusão do estudo por razões 
científicas, sobre as quais eu serei devidamente informado. Tenho uma cópia deste formulário, 
o qual foi assinado em duas vias idênticas e rubricadas. 
Portanto, aqui forneço o meu consentimento para participar do estudo intitulado 
“Aplicabilidade do “beep test” como ferramenta de prescrição e controle do treinamento 
intervalado de corrida para indivíduos adultos sedentários” durante todos os testes 
realizados. 
Diamantina, _____ de______________________________ de 2014. 
Assinatura do voluntário: 
Assinatura do Responsável Civil: _____________________________ 
 
Testemunha: ___________________________________________ 
Testemunha: ___________________________________________ 
 
Declaro que expliquei todos os objetivos, benefícios e riscos deste estudo ao 
voluntário, dentro dos limites de meus conhecimentos científicos. 
Pesquisador responsável: 
26 
 
 
 
Comitê de Ética em Pesquisa 
Campus JK - Rodovia MGT 367 - Km 583 - nº 5000 - Alto da Jacuba 
CEP 39100-000 
Diamantina - MG 
Telefone: 55 xx (38) 3532-1240 
Prof.ª Dr.ª Thais Peixoto Gaiad Machado (Coordenadora) 
Prof.ª Dr.ª Rosamary Aparecida Garcia Stuchi. (Vice-coordenadora) 
Dione Conceição de Paula (secretária) 
Tel: 55 xx (38) 3532-1240 e 3532-1200 
 Ramal 1240 
E-mail: cep.secretaria@ufvjm.edu.br 
27 
 
 
 
APÊNDICE B 
Voluntário: ___________________________________________________ID___________ 
PAR Q & VOCÊ 
 O PAR Q foi elaborado para auxiliar você a se auto-ajudar. Os exercícios 
praticados regularmente estão associados a muitos benefícios de saúde. Completar o PAR Q 
representa o primeiro passo racional a ser tomado, caso você esteja interessado a aumentar a 
quantidade de atividade física em sua vida. 
 Para a maioria dos indivíduos, a atividade física não deve trazer qualquer 
problema ou prejuízo. O PAR Q foi elaborado para ajudar a identificar o pequeno número de 
adultos, para quem a prática de exercícios pode ser inadequada ou aqueles que devem buscar 
aconselhamento médico acerca do tipo de atividade que seria mais apropriado para eles. 
 O bom senso é a melhor tática a ser adotada para responder a estas perguntas. Por 
favor, leia-as com atenção e marque SIM ou NÃO nos parênteses correspondentes que 
antecedem cada pergunta, caso esta se aplique a você. 
Sim Não 
( ) ( ) O seu médico já lhe disse alguma vez que você apresenta um problema 
cardíaco? 
( ) ( ) Você apresenta dores no peito com frequência? 
( ) ( ) Você apresenta episódios frequentes de tonteira ou sensação de 
desmaio? 
( ) ( ) Seu médico já lhe disse alguma vez que sua pressão sanguínea era muito 
alta? 
28 
 
 
 
( ) ( ) Seu médico já lhe disse alguma vez que você apresenta algum problema 
ósseo ou articular como uma artrite, que tenha sido agravado pela 
prática de exercícios, ou que possa ser por eles agravado? 
( ) ( ) Existe alguma boa razão física, não mencionada aqui, para que você não 
siga um programa de atividade física, se desejar fazê-lo? 
( ) ( ) Você tem mais de 65 anos e não está acostumado a se exercitar 
vigorosamente? 
 
 
Assinatura: ______________________________________________ 
 
Data:___/____/______ 
 
 
 
 
29 
 
 
 
APÊNDICE C 
Voluntário: ___________________________________________________ID___________ 
QUESTIONÁRIO DE FATORES DE RISCO CORONARIANO 
Possui pai, irmão ou filho com menos de 55 anos e que teve infarto do miocárdio 
(infarto no coração), revascularização coronariana (cirurgia de pontes de safena e/ou 
mamária 
) ou morte súbita (morte inesperada e rápida) 
 Sim Não 
 
Possui mãe, irmã ou filha com menos de 65 anos e que teve infarto do miocárdio 
(infarto no coração), revascularização coronariana (cirurgia de pontes de safena e/ou 
mamária) ou morte súbita (morte inesperada e rápida) 
 Sim Não 
 
É fumante ou deixou de fumar há menos de 6 meses 
 Sim Não 
 
Pressão arterial sistólica ≥ 140 ou diastólica ≥ 90 mmHg, confirmadas por mensurações 
feitas em duas ocasiões diferentes, ou sob medicação anti-hipertensiva 
30 
 
 
 
 Sim Não 
 
Colesterol total (limite ≥ 200 mg/dl) (+) 
Colesterol HDL (“bom”: < 35 mg/dl) (+) 
Tem colesterol LDL (“ruim”: ≥ 130 mg/dl) (+) 
Está usando remédio para redução de colesterol 
 Sim Não 
 
Tem glicose de jejum ≥ 110 mg/dl em duas medidas diferentes. Sabendo o valor 
exato, favor informar no campo ao lado. 
 Sim Não 
 
IMC ≥ 30 Kg/m2 ou circunferência da cintura ≥ 102 cm/homens e ≥ 88 cm/mulheres 
 Sim Não 
 
 
Não participa de programa regular de exercícios ou não acumula o mínimo de 30 
minutos de atividade física por dia, no mínimo 5 dias por semana? 
31 
 
 
 
 Sim Não 
 
 IMC ≥ 30 Kg/m2 ou circunferência da cintura ≥ 102 cm/homens e ≥ 88 cm/mulheres 
ou RCQ ≥ 0,95 homenes e ≥ 0,86 mulheres. 
 Sim Não 
 
Colesterol HDL sérico alto > 60 mg/dL 
 Sim Não 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
APÊNDICE D 
FICHA DE CONTROLE DO TESTE DE VAI-E-VEM DE 20 METROS 
Voluntário: ____________________________________________ ID: ______________ 
 
Data: ___/___/___ 
Hora: __________ 
FCincial: ________ bpm 
FCfinal: _________ bpm 
VO2max: ________ mL/Kg/min 
Distância total percorrida: ________ m 
 
Km/h Nível 
8.5 1 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ 
9.0 2 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ 
9.5 3 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ 
10.0 4 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ 
10.5 5 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ 
11.0 6 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ 
11.5 7 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ 
12.0 8 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ 
12.5 9 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ 
33 
 
 
 
13.0 10 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ 
13.5 11 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ 
14.0 12 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ 
14.5 13 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ 
15.0 14 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ 
15.5 15 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ 
16.0 16 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ 
16.5 17 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ ⑭ 
17.0 18 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ ⑭ 
17.5 19 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ ⑭ ⑮ 
18.0 20 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ ⑭ ⑮ 
18.5 21 ① ② ③ ④ ⑤ ⑥ ⑦ ⑧ ⑨ ⑩ ⑪ ⑫ ⑬ ⑭ ⑮ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
AUTORIZAÇÃO 
 
 
Autorizo a reprodução e/ou divulgação total ou parcial do presente trabalho, por 
qualquer meio convencional ou eletrônico, desde que citada a fonte. 
 
 
_________________________________ 
Luana Otoni Costa Santos 
luana_otoni@hotmail.com 
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri 
Campus JK - Rodovia MGT 367 – Km 583, Nº 5000 
Bairro Alto da Jacuba - Diamantina/MG CEP 39100-000 
 
 
_________________________________ 
Neumir Sales de Lima 
luana_otoni@hotmail.com 
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri 
Campus JK - Rodovia MGT 367 – Km 583, Nº 5000 
Bairro Alto da Jacuba - Diamantina/MG CEP 39100-000

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