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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: A prova deve ser respondida de caneta na cor AZUL ou PRETA As respostas devem estar em letra legível. Não exceder os espaços de resposta. A prova terá duração de 30 minutos. Prova sem qualquer tipo de consulta. As questões rasuradas serão anuladas. Proibido o uso de canetas com tinta apagável. ________________________________________________________________________________________ 1. Criança de 11 anos chega ao Ambulatório com queixas de tosse improdutiva, febre diária, baixa e vespertina (aferida) e perda de peso há três semanas. A mãe refere que a criança fez uso de Eritromicina regularmente por 8 dias (terminou há dois dias), mas a criança não teve melhora. Ao exame o estado geral é decaído, subfebril, dispnéica leve, FR = 64 irpm, FC = 80 bpm, ausculta pulmonar com subcrepitos finos em ápice do hemitórax direito e com desnutrição protéico-calórica do 2º grau. Diga o diagnóstico mais provável. a) Pneumonia por Pneumococcus. b) Tuberculose Pulmonar. c) Bronquiolite Viral Aguda. d) Pneumonia Viral. RESPOSTA COMENTADA: Tosse, emagrecimento e febre diária HÁ 3 SEMANAS. Paciente já foi tratado com antibiótico sem melhora. A tuberculose é um grande problema de saúde pública no Brasil. Acomete principalmente as crianças menores de 5 anos e os adolescentes. A transmissão direta dos bacilos ocorre pela via respiratória. As crianças, na maioria dos casos, são paucibacilíferas, dificultando o diagnóstico bacteriológico de certeza. Assim, a anamnese torna-se de extrema importância. As manifestações clínicas mais frequentes são a febre vespertina e tosse por mais de 15 dias, irritabilidade, sudorese e perda de peso. Suspeitar de crianças que estão em tratamento para Pneumonia e não melhoram, mesmo após tratamento adequado. Pela variedade de manifestações clínicas em adolescentes e crianças, recomenda-se que o diagnóstico seja feito por meio de um score. FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA CURSO DE MEDICINA – TERCEIRO PERÍODO SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS – SOI III 2º AVALIAÇÃO PROGRAMADA SOI III ALUNO (A): _________________________________________________________ VALOR: 4 PONTOS NOTA Fonte: MANUAL DE RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE NO BRASIL, Ministério da Saúde, 2ª Edição atualizada. O sintoma mais relatado na tuberculose pulmonar é a tosse persistente que, em geral, embora nem sempre, é produtora de muco e pode conter sangue. Em pessoas com tuberculose, a tosse é frequentemente acompanhada por sintomas sistêmicos, tais como febre, sudorese noturna e perda de peso. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico mais comum é a febre, habitualmente moderada, que persiste por 15 dias ou mais e é frequentemente vespertina. Outras manifestações são a perda de peso, que é significativa quando maior ou igual a 10% do peso cor-poral em período de 3 meses, e a sudorese noturna (que faz diagnóstico diferencial com linfoma), podendo a tosse estar ou não presente e ser seca ou produtiva, sendo rara a hemoptise. Muitas vezes, há suspeita de TB em crianças com diagnóstico de pneumonia de resolução prolongada sem melhora com o uso de antimicrobianos para bactérias comuns. As manifestações clínicas podem ser variadas. O achado clínico mais comum é a febre, habitualmente moderada, que persiste por 15 dias ou mais e é frequentemente vespertina. Outras manifestações são a perda de peso, que é significativa quando maior ou igual a 10% do peso cor-poral em período de 3 meses, e a sudorese noturna (que faz diagnóstico diferencial com linfoma), podendo a tosse estar ou não presente e ser seca ou produtiva, sendo rara a hemoptise. Muitas vezes, há suspeita de TB em crianças com diagnóstico de pneumonia de resolução prolongada sem melhora com o uso de antimicrobianos para bactérias comuns. Referências Bibliográficas 1. BEZERRA, Patrícia Gomes de M.; BRITTO, Rita de Cássia Coelho Moraes de; BRITTO, Murilo Carlos A. Pneumologia Pediátrica. Rio de Janeiro: MedBook Editora, 2016. E-book. p.140. ISBN 9786557830451. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786557830451/. Acesso em: 16 abr. 2025. 2. BROADDUS, V.Courtney. Murray & Nadel Tratado de Medicina Respiratória. 6. ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2017. E-book. p.607. ISBN 9788595156869. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595156869/. Acesso em: 16 abr. 2025. 2. Um paciente, 45 anos, sexo masculino, previamente hígido, vítima de acidente automobilístico, encontra-se internado no hospital há cerca de 15 dias, em tratamento de fratura de tíbia esquerda, com fixação de fratura exposta. No 16° dia de admissão hospitalar, durante a rotina médica, refere dor torácica ventilatória-dependente e dispnéia grau I. Não apresenta nenhum outro comemorativo associado. O residente observa, durante o exame físico, a presença de taquicardia e taquipneia, e diante desses sinais e sintomas, elabora hipótese diagnóstica principal e exame complementar para fundamentar sua hipótese. Marque a hipótese CORRETA e o respectivo exame complementar indicado neste caso clínico. a) Síndrome Coronariana Aguda e Eletrocardiograma (ECG). Incorreta. A dor do tipo isquêmica, característica no Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) caracteriza-se por ser retroesternal com irradiação para membro superior esquerdo, em aperto ou queimação, sem relação com a respiração, intensa, associado a náuseas, vômitos e diaforese, em paciente previamente hipertenso, diabético, com histórico de coronariopatia na família ou eventualmente com histórico de dor prévia do tipo angina em crescente, características não apresentadas no enunciado sobre nosso paciente. Portanto, alternativa incorreta. b) Tromboembolismo Pulmonar e Angiotomografia de Tórax. Correta. Paciente com diversas características clínicas que nos fazem pensar em TEP, como: fratura de tíbia esquerda, dor torácica ventilatória-dependente e dispnéia grau I, taquicardia e taquipneia, por isso, a angiotomografia pode ser solicitada diretamente. c) Pneumonia Nosocomial e Raio-X de Tórax. Incorreta. Veja, o examinador não nos fornece outros subsídios para pensarmos em pneumonia nosocomial, como tosse com expectoração purulenta e febre. Ademais, os únicos achados na propedêutica respiratória de nosso paciente foram taquipneia, sem crepitações finas localizadas, que seriam sugestivas de síndrome de consolidação pulmonar. Por isso, o quadro clínico de nosso paciente fala a favor de TEP. d) Pericardite e Ecocardiograma Transtorácico. Incorreta. O sintoma mais frequente presente na pericardite é a dor torácica, de início súbito e retroesternal, contínua, pleurítica, que MELHORA NA POSIÇÃO SENTADA e quando o paciente inclina o corpo para frente ou abraça um travesseiro. A dispneia pode ocorrer, geralmente associada à dor pleurítica, por hipoventilação, e o atrito pericárdico é altamente específico, que é um ruído mais intenso na borda esternal esquerda, em tom áspero, presente tanto na sístole quanto na diástole. Perceba que nosso paciente apresenta um quadro clínico muito mais compatível com TEP do que com os outros diagnósticos apresentados nas demais alternativas. RESPOSTA COMENTADA: Paciente 45 anos, vítima de POLITRAUMA, INTERNADO HÁ 15 DIAS, submetido a CIRURGIA RECENTE, cursou com DISPNEIA e TAQUICARDIA. Doença que cursa com dispneia SÚBITA e TAQUICARDIA em paciente com INTERNAÇÃO PROLONGADA, vítima de POLITRAUMA e com FRATURA DE MEMBRO INFERIOR, pensa em Tromboembolismo Pulmonar (TEP). O diagnóstico de TEP deve ser pautado na probabilidade pré teste, e os critérios mais utilizados são os Critérios de Wells (tabela ao lado). • TEP é o diagnóstico mais provável, visto quadro clínico-laboratorial (3 pontos)+ • Taquicardia – (1,5 ponto) + • Imobilização (paciente internado para tratamento(1,5 pontos) + Somatório = 6,0 pontos (2-6 pontos – probabilidade intermediária / > 4 pontos = TEP provável). Após o cálculo do Escore de Wells, inferimos que nosso paciente é de TEP provável, sendo assim, veja o fluxograma: Da mesma forma, o diagnóstico de EP não pode ser confirmado ou excluído unicamente com base clínica.105-107 Entretanto, o reconhecimento dos sinais clínicos e sintomas associados com a EP é valioso, porque os achados clínicos e a suspeita clínica representam um primeiro passo essencial na trajetória diagnóstica. Embora seja uma classificação um tanto arbitrária, porque os sinais e sintomas de apresentação da embolia frequentemente se sobrepõem, a apresentação de EP pode ser classificada em uma das três síndromes clínicas: (1) dispneia isolada; (2) dor pleurítica ou hemoptise; e (3) colapso circulatório.108 Entre os pacientes sem doença cardiopulmonar prévia no estudo Investigação Prospectiva de Diagnóstico de Embolia Pulmonar (PIOPED, do termo em inglês), a síndrome de dor pleurítica ou hemoptise foi o modo mais comum de apresentação, sendo observada em aproximadamente 60% dos pacientes; a dispneia isolada foi observada em cerca de 25% e o colapso circulatório, em 10%. O sintoma de apresentação mais comum de embolia aguda é o aparecimento súbito de dispneia. Referências Bibliográficas 3. Durante uma aula sobre microbiologia e a coloração de Gram em amostras bacterianas, o professor propõe uma discussão sobre como a estrutura da parede celular influencia na classificação e resposta ao tratamento antimicrobiano. Analise as alternativas e assinale a que descreve corretamente uma característica estrutural e funcional das bactérias Gram-negativas que as diferencia das Gram-positivas. a) Possuem uma parede celular composta principalmente por uma espessa camada de peptideoglicanos. b) São mais suscetíveis à penicilina devido à ausência de membrana externa. c) Apresentam membrana externa contendo lipopolissacarídeos, responsáveis por efeitos endotóxicos. d) São classificadas como cocos em forma de bastonetes. Resposta Comentada: a) Incorreta: Essa é uma característica típica das Gram-positivas, não das Gram-negativas. Gram- negativas possuem camada fina de peptideoglicanos. b) Incorreta: As Gram-negativas são menos suscetíveis à penicilina justamente por possuírem membrana externa, que dificulta a penetração do antibiótico. c) Correta: As bactérias Gram-negativas possuem membrana externa com lipopolissacarídeos (LPS), que atuam como endotoxinas, desencadeando respostas inflamatórias intensas. d) Incorreta: "Cocos em forma de bastonetes" é uma contradição morfológica. Cocos são esféricos e bacilos (bastonetes) têm forma alongada. Referências Bibliográficas: 1. Murray, P. R., Rosenthal, K. S., & Pfaller, M. A. Microbiologia Médica (9ª edição). Elsevier. 2. Tortora, G. J., Funke, B. R., & Case, C. L. Microbiologia (12ª edição). Artmed. 4. Paciente de 64 anos, diabético e com histórico de dislipidemia, relata dor progressiva em membro inferior esquerdo, mesmo em repouso, além de presença de úlcera em dorso do pé com má cicatrização há 3 meses. Ao exame, há pele fria, unhas espessadas, ausência de pelos e pulso tibial posterior imperceptível. Considerando o quadro clínico e os aspectos fisiopatológicos da DAOP, qual das alternativas apresenta a complicação mais frequente associada à evolução do quadro? a) Isquemia crítica com risco de amputação e dor contínua por necrose tecidual. b) Formação de trombos venosos profundos associados à hipercoagulabilidade secundária. c) Desenvolvimento de aneurisma pulsáteis em mebros inferiores com risco de ruptura. d) Insuficiência venosa crônica com edema e pigmentação ocre no tornozelo. Resposta Comentada: Resposta correta: A Justificativa: A isquemia crítica representa o estágio avançado da DAOP, caracterizado por dor em repouso, úlceras e risco elevado de necrose e amputação. A fisiopatologia envolve obstrução arterial progressiva, que compromete a perfusão tecidual, especialmente em pacientes com fatores de risco como diabetes. Referências JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Manual de medicina de Harrison. 20. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2021. E-book. p.i. ISBN 9786558040040. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786558040040/. Acesso em: 22 abr. 2025. GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2022. E-book. p. Capa. ISBN 9788595159297. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595159297/. Acesso em: 22 abr. 2025. 5. Doenças pulmonares obstrutivas são entidades clínico-patológicas que têm em comum obstrução crônica ao fluxo aéreo, em qualquer nível da árvore respiratória, e se manifestam com sinais e sintomas respiratórios persistentes. As duas principais doenças obstrutivas são bronquite crônica e enfisema pulmonar. Sobre a Bronquite crônica analise as afirmativas abaixo: I. Bronquite crônica é definida clinicamente como tosse persistente com produção excessiva de muco na maioria dos dias de um período de 3 meses, por pelo menos 2 anos consecutivos. II. Além de tosse e hipersecreção de muco, que são constantes na bronquite crônica, outras manifestações aparecem com a continuidade do hábito de fumar, como dispneia, hipercapnia, hipoxemia e cianose. III. Inflamação das vias aéreas e do parênquima pulmonar secundária aos agentes irritantes inalados é a grande responsável pelas alterações estruturais, clínicas e funcionais encontradas na doença. IV. Nas vias aéreas centrais, a limitação ao fluxo aéreo associa-se a aumento do número de linfócitos T na parede brônquica e de neutrófilos na luz das vias aéreas. Predominam linfócitos T CD8+ (supressores) sobre linfócitos T CD4+ (auxiliares). É correto: a) Apenas I, II e III estão corretas. b) Apenas III e IV estão corretas. c) Apenas II, III e IV estão corretas. d) I, II, III e IV estão corretas. Resposta Comentada: RESPOSTA COMENTADA: Resposta correta letra D - I, II, III e IV estão corretas. A bronquite crônica é uma das principais doenças pulmonares obstrutivas, frequentemente associada ao tabagismo e caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas, hipersecreção de muco e obstrução ao fluxo aéreo. Vamos analisar cada afirmativa: Afirmativa I – Correta A bronquite crônica é definida criticamente pela presença de tosse produtiva (com muco) na maioria dos dias por pelo menos 3 meses em 2 anos consecutivos, excluindo outras causas. Essa é a definição clássica (ex.: critérios da OMS e GOLD), confirmando que a afirmativa está correta. Afirmativa II – Correta Além da tosse e hipersecreção de muco (sintomas típicos), a progressão da doença leva a complicações como: Dispneia (falta de ar) devido à obstrução das vias aéreas. Hipercapnia (aumento de CO₂ no sangue) e hipoxemia (baixo O₂ no sangue) por falha nas trocas gasosas. Cianose (coloração azulada da pele) por hipoxemia crônica. Essas manifestações são comuns em fumantes com doença avançada, confirmando a veracidade da afirmativa. Afirmativa III – Correta A inflamação crônica desencadeada por agentes irritantes (como fumaça do cigarro) é o mecanismo central da bronquite crônica. Essa inflamação causa: Alterações estruturais: Hipertrofia de glândulas mucosas, metaplasia escamosa e fibrose brônquica. Alterações funcionais: Limitação do fluxo aéreo e redução da capacidade respiratória. Portanto, a afirmativa está correta. Afirmativa IV – Correta Na bronquite crônica, há um padrão inflamatório característico: Linfócitos T CD8+ (supressores) predominam sobre os CD4+ (auxiliares) na parede brônquica, indicando uma resposta imune específica. Neutrófilos acumulam-se na luz das vias aéreas, contribuindo para a secreção excessiva demuco e dano tecidual. Esses achados são bem documentados na fisiopatologia da doença, validando a afirmativa. REFERÊNCIAS FILHO, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. E-book. p.479. ISBN 9788527738378. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527738378/. Acesso em: 24 abril. 2025. 6. Durante o atendimento de um adolescente de 14 anos com quadro de febre, artrite migratória e sopro cardíaco recente, o médico assistente levanta a suspeita de febre reumática e orienta o início do tratamento. Marque a alternativa que representa uma conduta farmacológica adequada no manejo da febre reumática aguda com comprometimento articular. a) Uso de ácido acetilsalicílico para alívio da artrite e penicilina benzantina para erradicação do agente infeccioso. b) Administração de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e antibióticos de amplo espectro por 21 dias. c) Suspensão de antibióticos após 7 dias e manutenção de anti-inflamatórios por tempo indefinido. d) Prescrição de paracetamol e hidratação oral, pois não há necessidade de antibiótico no quadro atual. Resposta Comentada: a) Correta: A conduta inclui ácido acetilsalicílico, ou outros AINES, para a artrite e penicilina benzatina para erradicação do estreptococo. b) Incorreta: AINEs podem ser usados, mas antibióticos de amplo espectro não são necessários; a escolha é dirigida (penicilina). c) Incorreta: O tratamento antibiótico não deve ser suspenso precocemente e o uso de anti- inflamatórios deve ser monitorado. d) Incorreta: O tratamento antibiótico é essencial, mesmo que o foco infeccioso primário não esteja mais presente. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527738378/ REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para diagnóstico, tratamento e prevenção da febre reumática. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde. JAMESON, J. L. et al. Harrison: princípios de medicina interna. 21. ed. Porto Alegre: AMGH, 2022. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; ASTER, J. C. Robbins e Cotran: bases patológicas das doenças. 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021. BEERS, M. H.; PORTER, R. S. (Ed.). Manual Merck de diagnóstico e tratamento. 19. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 7. Um homem de 66 anos, hipertenso, diabético e tabagista, procura atendimento médico referindo dor em panturrilha direita ao caminhar por cerca de 120 metros, com melhora em repouso. Relata ainda sensação de frio e cansaço nos membros inferiores. Ao exame físico, observa-se pele seca, unhas espessadas e pulsos tibiais diminuídos bilateralmente. O índice tornozelo-braço (ITB) foi de 0,62. Considerando o caso, explique como o tabagismo e a diabetes mellitus contribuem com a progressão da DAOP. Resposta Comentada: Os principais fatores de risco para DAOP são: tabagismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial, dislipidemia, idade avançada e sedentarismo. O tabagismo acelera a lesão endotelial e a formação de placas ateroscleróticas. O diabetes contribui para o processo inflamatório vascular e compromete a cicatrização tecidual, aumentando o risco de úlceras e amputações. O controle desses fatores reduz a progressão da aterosclerose, melhora a perfusão, e previne complicações. Referências Bibliográficas: JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Manual de medicina de Harrison. 20. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2021. E-book. p.i. ISBN 9786558040040. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786558040040/. Acesso em: 22 abr. 2025. GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. 26. ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2022. E-book. p. Capa. ISBN 9788595159297. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595159297/. Acesso em: 22 abr. 2025. 8. Durante o exame físico de um paciente, um acadêmico do terceiro período de medicina ausculta um sopro sistólico no foco mitral. O preceptor propõe uma reflexão: “Considere o papel das valvas cardíacas no ciclo cardíaco e relacione com possíveis alterações funcionais que causam esse achado.” Disserte sobre a função das valvas cardíacas durante o ciclo cardíaco. Resposta Comentada: As valvas cardíacas controlam o fluxo unidirecional do sangue no coração, abrindo e fechando em resposta às diferenças de pressão durante o ciclo cardíaco. Referências Bibliográficas: Guyton, A. C., & Hall, J. E. Tratado de Fisiologia Médica (14ª edição). Elsevier, 2021.