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REVISÃO - dispositivos e proteses auditivas

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REVISÃO – PRÓTESES AUDITIVAS E DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS
Dispositivos Eletrônicos: História e Avanços Tecnológicos
O que são Dispositivos Eletrônicos?
· Definição: Equipamentos que utilizam circuitos elétricos para desempenhar funções específicas, controlando, processando ou transmitindo sinais.
· Presença na vida cotidiana: Comunicação (celulares, internet), saúde (próteses auditivas, marca-passos), educação (tablets, lousas digitais), entretenimento (televisores, videogames).
· Exemplo aplicado à saúde auditiva: os AASI – Aparelhos de Amplificação Sonora Individual, fundamentais para a reabilitação auditiva.
Breve História dos Dispositivos Eletrônicos
· Século XIX: a eletricidade começa a ser aplicada em larga escala.
· Telefone (1876) e rádio (1895): marcos que abriram espaço para o desenvolvimento da comunicação eletrônica.
· Amplificadores analógicos: possibilitaram o aumento do volume e a transmissão de sinais sonoros.
· Transistores (1947): substituíram as válvulas, trazendo mais eficiência, menor tamanho e maior durabilidade.
· Circuitos integrados (década de 1950/60): permitiram a miniaturização e a sofisticação dos dispositivos.
Avanços Tecnológicos
· Era Digital: introdução dos microprocessadores e softwares embarcados, que processam sinais de forma inteligente.
· Miniaturização: dispositivos cada vez menores, mais leves, discretos e confortáveis (fundamental para os AASI modernos).
· Qualidade sonora: filtros digitais, algoritmos de compressão e ajustes automáticos que melhoram a clareza e reduzem o ruído.
· Conectividade: integração com smartphones, televisores e computadores, possibilitando personalização e controle remoto.
Aplicações em Saúde Auditiva
· Desenvolvimento dos AASI: do formato analógico (simples amplificação) ao digital (processamento complexo e adaptativo).
· Tecnologia digital: permite adaptar o som ao ambiente auditivo e ao perfil audiométrico individual.
· Diagnóstico e reabilitação: maior precisão nos testes auditivos e na programação dos aparelhos.
· Impacto social: inclusão, autonomia e melhora significativa na qualidade de vida dos usuários.
Dispositivos Eletrônicos: História e Avanços Tecnológicos – Aplicações em Saúde Auditiva
· Nas últimas décadas, os dispositivos eletrônicos evoluíram de forma acelerada, permitindo que a área da saúde auditiva tivesse avanços significativos.
· Essa evolução possibilitou a criação de soluções eficazes e altamente personalizadas, adaptando-se às necessidades de cada indivíduo.
· Atualmente, a tecnologia digital nos AASI e implantes cocleares é capaz de:
· Mapear e processar sons de acordo com o ambiente sonoro.
· Ajustar parâmetros individualizados, considerando a audiometria de cada paciente.
· Favorecer a acessibilidade, possibilitando melhor participação social.
· Promover autonomia, ampliando qualidade de vida e integração social.
· Assim, os dispositivos eletrônicos são hoje aliados indispensáveis da fonoaudiologia e da medicina audiológica.
Parâmetros Auditivos: Limiar e Conforto na Audição
Limiar Mínimo de Audição
· Também conhecido como limiar auditivo.
· É o nível mais baixo de intensidade sonora (em decibéis) que uma pessoa consegue detectar em determinada frequência.
· Representa o ponto inicial da percepção auditiva.
· É identificado em exames como a audiometria tonal limiar, em cabine acústica.
· Exemplo clínico:
· Um paciente com limiar de 10 dB NA em 1000 Hz possui uma audição muito sensível naquela frequência.
· Já um limiar de 60 dB NA indica perda auditiva moderada nessa faixa.
Faixa Dinâmica de Audição
· Definida como a diferença entre o limiar mínimo de detecção e o limiar de desconforto auditivo (nível em que o som passa a ser incômodo).
· Representa a janela auditiva útil para percepção confortável dos sons.
· Valores típicos:
· Em indivíduos com audição normal: entre 0 dB e 100–120 dB.
· Em pessoas com perda auditiva: a faixa é reduzida, o que dificulta ouvir sons suaves e tolerar sons intensos.
· Importância clínica:
· É um parâmetro essencial na programação dos AASI, pois orienta os ajustes de ganho e compressão.
· Ajuda a garantir que os sons sejam audíveis, mas sem ultrapassar o limite de desconforto.
Parâmetros Auditivos: Limiar e Conforto na Audição
Limiar Máximo de Conforto (MCL – Most Comfortable Level)
· Refere-se ao nível de intensidade sonora que o paciente percebe como ideal ou agradável.
· É um parâmetro subjetivo, determinado individualmente durante a avaliação audiológica.
· Utilidades clínicas:
· Base para o ajuste das próteses auditivas, definindo o ganho ideal sem causar incômodo.
· Referência nos testes de discriminação de fala, garantindo que o paciente escute claramente em nível confortável.
· Importante lembrar: varia de pessoa para pessoa, não sendo possível adotar valores fixos.
Limiar de Desconforto Auditivo (LD / UCL – Uncomfortable Loudness Level)
· Corresponde ao nível de intensidade sonora em que o som passa a ser desagradável ou incômodo para o paciente.
· Valores típicos:
· Entre 90 e 120 dB em pessoas com audição normal.
· Em indivíduos com perda auditiva, o LD pode ser significativamente mais baixo, aumentando a sensibilidade a sons fortes.
· Importância clínica:
· Evitar que o AASI amplifique sons acima desse limite, prevenindo incômodo ou dor.
· Fundamental para definir a faixa dinâmica útil do paciente.
Síntese Clínica dos Parâmetros Auditivos
· O conhecimento dos diferentes limiares (mínimo, máximo de conforto e desconforto) permite:
· Avaliação audiológica mais precisa, auxiliando na caracterização da perda auditiva.
· Indicação e adaptação adequadas das próteses auditivas, considerando os limites auditivos individuais.
· Garantia de conforto e segurança, evitando tanto a subamplificação quanto a sobrecarga sonora.
· Individualização da programação dos AASI, essencial para o sucesso da reabilitação auditiva.
Dispositivos Eletrônicos e Próteses Auditivas: Características Físicas e Eletroacústicas
O que são Próteses Auditivas?
· Dispositivos eletrônicos destinados a amplificar e processar sons para pessoas com perda auditiva.
· Denominados AASI – Aparelhos de Amplificação Sonora Individual.
· Evoluíram dos modelos analógicos para os digitais atuais, que oferecem maior qualidade sonora e personalização.
Componentes Principais de um AASI
1. Microfone
· Capta os sons do ambiente e os transforma em sinais elétricos.
· Pode ser omnidirecional (capta sons de todas as direções) ou direcional (foca na fala e reduz ruído).
2. Amplificador
· Aumenta a intensidade do sinal elétrico, controlando o nível de amplificação conforme a necessidade auditiva do usuário.
· Nos modelos digitais, é substituído pelo processador digital de sinais (DSP), que realiza ajustes sofisticados.
3. Receptor (Alto-falante)
· Converte novamente o sinal elétrico em som amplificado, enviado para o canal auditivo.
4. Fonte de Energia
· Pode ser bateria descartável (tamanhos padronizados) ou bateria recarregável nos modelos mais modernos.
5. Processador Digital (DSP)
· Presente nos modelos atuais.
· Permite recursos como:
· Filtragem de ruído,
· Redução de microfonia,
· Compressão de sinais (ajuste entre sons fracos e fortes),
· Conectividade sem fio (Bluetooth, aplicativos de controle).
· 
Dispositivos Eletrônicos e Próteses Auditivas: Características Físicas e Eletroacústicas
Características Físicas
· Fonte de energia:
· Baterias de zinco-ar: descartáveis, ativadas pelo contato com o oxigênio.
· Baterias recarregáveis (íon-lítio): oferecem praticidade e sustentabilidade, cada vez mais presentes nos modelos atuais.
· Microfones:
· Omnidirecional: capta sons de todas as direções (útil em ambientes calmos).
· Direcional: foca em uma fonte sonora, reduzindo ruído (ideal para ambientes ruidosos).
· Tamanho e formato:
· Retroauriculares (BTE/RIC) – ficam atrás da orelha, discretos e potentes, comum em perdas severas.
· Intracanais (ITC/ITE) – moldados para o canal auditivo, mais estéticos.
· Completamente no canal (CIC/IIC) – modelos invisíveis, maior discrição.
· Ancorados no osso (BAHA) – para perdascondutivas e mistas.
· Próteses com conectividade – Integração com smartphones e acessórios via Bluetooth
· Tecnologias das Próteses Auditivas 
Tecnologia analógica: 
· Amplifica todos os sons igualmente 
· Menor custo, menos flexível 
Tecnologia digital:
· Processamento do som em tempo real
· Redução de ruídos, compressão, múltiplos programas 
Recursos avançados: 
· Conectividade sem fio (Bluetooth)
· IA para adaptação automática
· Aplicativos para ajuste remoto
· Controles:
· Podem ser físicos (botões, roda de volume) ou automáticos/digitais (controlados por software ou aplicativo).
· Design:
· Opções em cores discretas, formatos anatômicos, priorizando estética, conforto e discrição.
· Importância clínica: fatores físicos influenciam diretamente a aceitação e adesão ao uso do AASI.
Características Eletroacústicas
· Ganho: quantidade de amplificação fornecida pelo aparelho, medida em decibéis (dB).
· Resposta em frequência: capacidade de amplificar seletivamente sons graves, médios e agudos, ajustando-se ao perfil audiométrico do usuário.
· Nível de saída máximo (OSPL90): maior intensidade sonora que o aparelho pode emitir sem causar distorção.
· Distorção harmônica total: indica o quanto o som amplificado se mantém fiel ao original; valores mais baixos = melhor qualidade sonora.
· Compressão: recurso que controla automaticamente sons fracos (tornando-os audíveis) e sons fortes (evitando desconforto).
Recursos Avançados dos Dispositivos Digitais
· Redução de ruído adaptativa: identifica ruídos constantes e os reduz sem comprometer a fala.
· Cancelamento de microfonia (feedback): evita o apito característico causado pelo retorno de som.
· Direcionalidade automática: ajusta o microfone de acordo com a posição da fala ou do ruído.
· Conectividade Bluetooth: permite pareamento com smartphones, TVs e computadores, possibilitando controle via aplicativos.
· Inteligência artificial: alguns modelos aprendem com os ambientes frequentados pelo usuário e ajustam os parâmetros automaticamente.
Integração essencial:
· As características físicas → influenciam o conforto, estética e adaptação.
· As características eletroacústicas → garantem qualidade, personalização e segurança auditiva.
· A combinação de ambas → determina o sucesso do uso da prótese auditiva.
Aparelhos Auditivos: Necessidade, Grau da Perda e Desempenho Auditivo Social
Necessidade do uso de aparelhos auditivos
· A perda auditiva não afeta apenas a percepção sonora, mas também:
· A comunicação oral.
· A socialização (interações familiares, profissionais e sociais).
· A qualidade de vida como um todo.
· Benefícios do AASI:
· Melhora significativa na percepção da fala, inclusive em ambientes ruidosos.
· Estimula a participação social ativa, evitando exclusão.
· Previne consequências secundárias da perda auditiva:
· Isolamento social.
· Depressão.
· Declínio cognitivo acelerado (associado ao desuso auditivo).
Reabilitação auditiva
· Vai além da simples amplificação do som.
· Inclui:
· Ajuste personalizado do AASI, respeitando o perfil auditivo individual.
· Acompanhamento fonoaudiológico contínuo, garantindo adaptação e sucesso no uso.
· É um processo que envolve tecnologia + suporte clínico + engajamento do paciente.
Aparelhos Auditivos: Necessidade, Grau da Perda e Desempenho Auditivo Social
Grau da Perda Auditiva
· A classificação do grau da perda auditiva é baseada no nível de intensidade sonora (dB NA) necessário para que a pessoa perceba o som:
· Leve (26–40 dB) → dificuldades em ouvir sons suaves, fala em ambiente ruidoso.
· Moderada (41–55 dB) → prejuízo na conversação sem esforço visual.
· Moderadamente severa (56–70 dB) → necessidade de fala em tom elevado; sem AASI, há grandes restrições comunicativas.
· Severa (71–90 dB) → dependência quase total de amplificação.
· Profunda (>90 dB) → percepção limitada; pode ser indicada tecnologia combinada (AASI + implante coclear).
· Relevância clínica: quanto maior a perda, maior a necessidade de recursos tecnológicos avançados no AASI, como compressão multicanal, microfones direcionais e conectividade.
Desempenho Auditivo Social
· O sucesso do AASI vai além da audição em cabine. Depende de:
· Compreensão da fala em diferentes ambientes (silenciosos, ruidosos, reverberantes).
· Adaptação auditiva progressiva, permitindo o cérebro se acostumar ao novo estímulo sonoro.
· Participação social ativa, prevenindo isolamento.
· Formas de avaliação clínica:
· Questionários de autopercepção (HHIE, IOI-HA).
· Testes de reconhecimento de fala com AASI.
· Observação clínica e relato familiar.
· Importante: monitorar o impacto funcional e emocional da reabilitação, não apenas os limiares audiométricos.
Integração clínica 
· O uso de AASI é fundamental para restaurar a função auditiva e promover inclusão social.
· O grau da perda auditiva orienta a seleção do modelo, potência e configuração do aparelho.
· O desempenho auditivo social deve ser acompanhado continuamente para garantir benefícios reais e evitar abandono do uso.
Próteses Auditivas: Definição, Tipos, Tecnologias e Adaptação
Tipos de Próteses Auditivas
1. Retroauriculares (BTE / RIC)
· Ficam atrás da orelha, conectados por tubo ou fio ao receptor.
· Indicação: perdas moderadas a profundas.
· Vantagens: maior potência, durabilidade, facilidade de manuseio.
2. Intracanais (ITE, ITC, CIC, IIC)
· Moldadas para o canal auditivo, com diferentes níveis de profundidade.
· Indicação: perdas leves a moderadas.
· Vantagens: estética e discrição.
· Limitações: menor potência, suscetíveis a cerume e umidade.
3. Ancoradas no osso (BAHA)
· Transmitem o som por vibração óssea.
· Indicação: perdas condutivas/mistas severas ou em casos de atresia de conduto auditivo.
4. Próteses com conectividade
· Integram-se a smartphones, TVs e acessórios via Bluetooth.
· Possibilitam controle remoto e transmissão direta de áudio.
Tecnologias das Próteses Auditivas
1. Analógica
· Amplifica todos os sons igualmente.
· Mais barata, mas pouco flexível.
· Atualmente em desuso, substituída pela digital.
2. Digital
· Processa o som em tempo real, com filtros e compressão multicanal.
· Permite redução de ruído, programas personalizados e ajustes finos.
· Representa a tecnologia padrão atual.
3. Recursos avançados
· Conectividade sem fio (Bluetooth) → integração multimídia.
· IA (inteligência artificial) → adaptação automática ao ambiente.
· Aplicativos móveis → ajuste remoto, monitoramento em tempo real.
Adaptação Monoaural
· Uso de apenas uma prótese auditiva.
· Indicações:
· Perda auditiva unilateral.
· Contraindicação médica para uso bilateral.
· Recusa do paciente ao uso em ambos os ouvidos.
· Limitações:
· Perda da localização sonora (difícil identificar direção da fala/ruído).
· Dificuldade em ambientes ruidosos, devido à ausência de binauralidade.
· Menor percepção espacial, comprometendo a experiência auditiva.
Adaptação Binaural
Uso de próteses auditivas nos dois ouvidos.
Vantagens:
· Melhor compreensão da fala
· Localização sonora precisa
· Redução do esforço auditivo
· Estímulo bilateral favorece plasticidade auditiva
Observações:
A adaptação binaural é considerada padrão-ouro para perdas auditivas bilaterais. Mesmo em perdas assimétricas, ela costuma ser indicada, pois equilibra a percepção sonora e melhora a qualidade de vida. A estimulação bilateral também previne a privação auditiva em um dos ouvidos, o que poderia comprometer a adaptação futura.
Monoaural x Binaural
Próteses auditivas evoluíram em forma e tecnologia.
A escolha entre monoaural e binaural depende de fatores clínicos e pessoais.
Objetivo final: otimizar a audição e promover inclusão social/comunicativa.
Observações:
Ainda que existam casos de contraindicação para binauralidade, como perdas auditivas unilaterais profundas ou dificuldades econômicas do paciente, a indicação clínica deve sempre priorizar a adaptação binaural. O papel do fonoaudiólogo é explicar os benefícios e riscos de cada opção para apoiar a decisão do paciente.
Ganho nas Próteses Auditivas
· Ganho = diferença entre intensidadede entrada e saída.
· Ajustado para compensar a perda auditiva.
· Considera: tipo/grau da perda, limiares de conforto, preferência do usuário.
Exemplo: som de entrada 40 dB → saída 70 dB → ganho 30 dB.
Observações:
O ganho não deve ser padronizado, mas individualizado conforme o audiograma e as necessidades do paciente. Ajustes mal calibrados podem gerar desconforto ou até rejeição do aparelho. Ganho excessivo também aumenta o risco de danos auditivos.
Saída Máxima (OSPL90)
· OSPL90 = maior intensidade que o aparelho pode emitir.
· Medido com som de 90 dB SPL.
· Deve estar abaixo do limiar de desconforto auditivo.
Observações:
Esse parâmetro é essencial para proteger o paciente contra sons dolorosos ou incômodos. Uma saída máxima mal ajustada pode causar fadiga auditiva, dor e até lesão coclear. Por isso, a verificação deve ser feita em condições reais (in situ), garantindo adaptação segura.
Compressão
· Ajusta diferentes níveis sonoros dentro da faixa auditiva.
· Comprime sons fortes e amplifica sons fracos.
· Promove audição natural e confortável.
Observações:
A compressão é indispensável nos aparelhos digitais atuais. Ela permite que o usuário perceba sons suaves, como sussurros, sem que ruídos intensos (como trânsito ou vozes altas) causem incômodo. Essa tecnologia é especialmente útil em perdas auditivas neurossensoriais.
Resposta em Frequência
· Define a amplificação em cada faixa de frequência.
· Personalizada segundo: audiograma, conforto e discriminação de fala.
· Deve fornecer amplificação suficiente sem distorção.
Observações:
A resposta em frequência deve priorizar inteligibilidade da fala, já que os sons da fala concentram-se entre 250 Hz e 6000 Hz. A programação precisa garantir acesso tanto aos sons graves (importantes para a prosódia) quanto aos agudos (essenciais para a inteligibilidade).
Verificação da Saída Máxima
· Métodos: acoplador acústico (2cc) e medidas in situ.
· Objetivo:
· Garantir que não ultrapasse o limiar de desconforto.
· Prevenir dor, rejeição do aparelho e aversão ao som.
Observações:
A verificação é parte obrigatória do processo de adaptação. O uso apenas de medidas em acoplador é limitado, pois não reflete a acústica real do meato auditivo. As medidas in situ são mais fiéis e aumentam a segurança do ajuste.
Ganho, Saída, Compressão e Seleção Prescritiva nas Próteses Auditivas
O ajuste correto de ganho, saída e compressão é essencial para a eficácia e aceitação das próteses auditivas.
Métodos prescritivos e medidas de verificação garantem segurança, conforto e desempenho auditivo funcional.
Cada configuração deve ser personalizada para o perfil auditivo do paciente.
Explicação:
· O ganho precisa compensar a perda auditiva de forma adequada, sem ultrapassar limites de desconforto.
· A saída máxima (OSPL90) deve proteger o paciente contra sons muito fortes.
· A compressão ajusta a intensidade dos sons fracos e fortes, permitindo uma percepção mais natural.
· Métodos prescritivos (como NAL-NL2 e DSL v5) fornecem parâmetros científicos para definir a amplificação adequada.
· As medidas de verificação, como a audiometria com prótese e as medidas in situ, confirmam se os ajustes estão corretos.
Observações:
Esse equilíbrio técnico é decisivo para a aceitação do AASI. Um ajuste mal realizado pode levar a desconforto, fadiga auditiva e até rejeição da prótese. O acompanhamento contínuo é indispensável.
Moldes Auriculares: Definição e Funções
O que são moldes auriculares?
· Peças feitas sob medida para o ouvido do paciente.
· Conectam o aparelho auditivo (geralmente retroauricular) ao conduto auditivo.
Funções principais:
· Direcionar o som amplificado ao ouvido.
· Garantir retenção e conforto.
· Reduzir microfonia (feedback sonoro).
· Melhorar a qualidade acústica.
Explicação:
O molde é parte fundamental do sistema acústico da prótese. Sua anatomia influencia diretamente o ganho, a resposta em frequência e o risco de feedback. Além disso, a adaptação anatômica é decisiva para a aceitação estética e funcional do aparelho.
Observações:
Na prática clínica, a escolha do molde deve considerar o grau da perda, o formato do conduto auditivo e a idade do paciente.
Tipos de Moldes: Oclusivos
· Vedam completamente o canal auditivo.
· Reduzem vazamento de som e feedback.
· Indicados em perdas moderadas a severas.
Explicação:
O fechamento do canal auditivo evita que o som amplificado retorne ao microfone (realimentação). Isso permite maior ganho, principalmente em altas frequências.
Observações:
Apesar da boa vedação, podem causar efeito de oclusão (sensação de voz abafada), exigindo ajuste fino ou uso de estratégias de ventilação.
Tipos de Moldes: Ventilados
· Contêm orifícios de ventilação.
· Melhoram o conforto e reduzem o efeito de oclusão.
· Indicados em perdas leves a moderadas.
Explicação:
Os orifícios permitem a passagem do som natural e da ventilação do conduto, reduzindo a sensação de “ouvido tampado”.
Observações:
Por permitirem maior vazamento acústico, não são recomendados em perdas severas, pois aumentam o risco de microfonia.
Tipos de Moldes: Canal Estreito ou Amplo
· Ajustam a resposta em frequências agudas e graves.
· Usados para equalizar a resposta sonora.
Explicação:
A largura do canal de saída influencia diretamente a transmissão de frequências:
· Canal estreito → reforça graves.
· Canal amplo → favorece agudos.
Observações:
A escolha do diâmetro do canal é parte estratégica da programação da prótese. Muitas vezes, pequenos ajustes na anatomia do molde otimizam o desempenho sem necessidade de reprogramação eletrônica.
Materiais dos Moldes Auriculares
Acrílico (rígido):
· Durável, fácil de limpar.
· Boa vedação.
· Indicado para adultos e perdas severas.
Vinil (semirrígido):
· Mais confortável que o acrílico.
· Boa adaptação anatômica.
Silicone (flexível):
· Macio e confortável.
· Ideal para crianças e idosos.
· Útil em condutos com formato irregular.
Explicação:
O material influencia tanto no conforto quanto na eficiência acústica do molde. O silicone, por exemplo, é preferido em populações mais sensíveis (crianças, idosos), enquanto o acrílico é indicado quando é necessária maior durabilidade e vedação.
Observações:
A escolha do material deve ser individualizada, considerando o perfil auditivo, a idade e até a destreza manual do paciente (acrílico é mais fácil de inserir e retirar).
Moldes Auriculares: Tipos, Materiais e Indicações
Indicações Clínicas 
A escolha do molde auricular deve considerar não apenas o tipo de perda auditiva, mas também fatores individuais, como idade, mobilidade manual e características anatômicas do conduto auditivo.
· Perda auditiva severa a profunda: requer vedação total e maior ganho, para evitar escape sonoro e microfonia.
· Idosos com mobilidade reduzida: devem utilizar moldes de materiais confortáveis, leves e de fácil manuseio.
· Crianças: recomendam-se moldes de silicone, mais maleáveis e adaptáveis, com substituições frequentes devido ao crescimento anatômico.
· Condutos com formatos atípicos: demandam moldes personalizados em materiais flexíveis, garantindo vedação e conforto.
Critérios de Escolha 
O processo de seleção do molde deve considerar múltiplos aspectos:
· Formato anatômico: garante conforto e retenção adequada.
· Tipo e grau da perda auditiva: influencia no tamanho, material e na presença de ventilação.
· Perfil e preferência do paciente: deve ser respeitado para aumentar adesão ao uso.
Um molde bem adaptado é determinante para o desempenho do AASI, promovendo conforto acústico, redução de microfonia e melhor qualidade de amplificação.
Técnicas de Pré-Moldagem Auricular
Definição 
A pré-moldagem consiste na obtenção de uma impressão fiel do conduto auditivo externo e da concha auricular. É a primeira etapa para a confecção de moldes personalizados.
· Funções principais:
· Garantir ajuste anatômico.
· Evitar vazamento sonoro e microfonia.
· Proporcionar conforto e eficiência acústica.
Materiais e Equipamentos 
· Materiais de moldagem:
· Silicone de adição → mais utilizado atualmente.
· Materiais à basede cera ou alginato → em desuso, mas ainda possíveis em casos específicos.
· Lubrificante auricular: facilita inserção e remoção da impressão.
· Otoblock (bloqueador de cera): protege a membrana timpânica, evitando extravasamento de material.
· Seringa manual ou pistola de moldagem: permitem a injeção do material no conduto auditivo.
Cuidados e Considerações (Slide 41)
Antes da moldagem, é indispensável a avaliação criteriosa do conduto auditivo.
Não realizar moldagem em casos de:
· Infecção ativa.
· Perfuração timpânica.
· Cirurgias recentes.
Aspectos fundamentais da moldagem:
· Impressão completa da concha e do canal auditivo.
· Ausência de bolhas, falhas ou deformidades.
· Garantia de conforto durante o procedimento.
Importância da Técnica Correta 
Moldagens mal executadas podem comprometer totalmente a adaptação da prótese auditiva.
· Problemas decorrentes de erros técnicos:
· Vazamento de som.
· Desconforto ao usuário.
· Microfonia (realimentação acústica).
· Benefícios da moldagem adequada:
· Retenção segura do molde.
· Melhor desempenho acústico.
· Aumento da satisfação e adesão do paciente ao uso do AASI.
· 
Técnicas de Pré-Moldagem e Características Estruturais e Estéticas dos Moldes Auriculares
Pré-Moldagem Auricular: Importância Clínica 
A pré-moldagem é uma etapa clínica essencial na adaptação de próteses auditivas, servindo como base para toda a confecção do molde definitivo.
· Requer habilidade profissional, atenção ao paciente, higiene rigorosa e conhecimento anatômico do conduto auditivo.
· Uma moldagem de qualidade garante:
· Retenção adequada do molde.
· Eficiência acústica e redução de microfonia.
· Conforto e adesão ao uso do AASI.
Resumo: Sem uma pré-moldagem bem feita, todo o processo de adaptação da prótese pode ser comprometido.
Moldes e Pré-Moldes Auriculares: Definição 
· Pré-molde: impressão do conduto auditivo feita com material moldável, etapa inicial da confecção.
· Molde: peça final confeccionada a partir do pré-molde, que será conectada ao aparelho auditivo.
Características estruturais dos moldes:
· Formato anatômico: reproduz fielmente a concha e o conduto auditivo.
· Vedação acústica: evita escape sonoro e realimentação (feedback).
· Canal sonoro: direciona o som amplificado pelo receptor ao tímpano.
· Ventilação (respiro): alivia sensação de oclusão do ouvido.
· Tubinho acústico: conecta o molde ao aparelho retroauricular, garantindo transmissão sonora eficiente.
Características Estéticas dos Moldes 
· Cores: discretas (tons de pele) ou lúdicas (uso pediátrico).
· Acabamento: polido ou fosco, influenciando conforto e aparência.
· Tamanho e visibilidade: moldes menores são mais discretos, exigindo maior precisão na adaptação.
· Modelos infantis: mais coloridos, com elementos lúdicos (glitter, desenhos ou personagens) para aumentar aceitação.
Estrutura dos pré-moldes:
· Reproduzem fielmente canal auditivo e concha.
· Devem ser íntegros e bem definidos, sem bolhas ou áreas borradas, servindo como base para o molde definitivo.
Escolhas baseadas no usuário:
· Adultos: preferência por modelos discretos, translúcidos ou da cor da pele.
· Crianças: preferência por moldes coloridos, com figuras ou personagens.
· Condutos estreitos ou irregulares: moldes de silicone flexível, adaptados à anatomia do paciente.
Considerações Finais 
· Características estruturais: garantem vedação, conforto e desempenho acústico do aparelho auditivo.
· Características estéticas: influenciam aceitação, autoestima e adesão ao uso contínuo do AASI.
· Síntese: A combinação entre pré-moldagem correta, molde bem adaptado e escolha adequada de material/estética é determinante para o sucesso da adaptação protética auditiva.

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