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Psicologia Consutiva
NP2
Piaget – nasceu em 1896 em Neuchatel, Suíça, foi menino prodígio, com 10 anos 
interessou-se por história natural e escreveu sobre pardal albino, se formou em 
Biologia e Filosofia , foi para Zurique em 1919 trabalhar como psicólogo experimental 
observou seus 3 filhos e as crianças nas fases sensório-motor e pré-operatória Não 
criou nenhum método, ele estudou e realizou teorias epistemológicas do aprendizado 
dos ESTÁGIOS do desenvolvimento da infância até a adolescência.
Realismo
A criança pequena acredita que tudo o que ela pensa ou sente é real.
 Exemplo: Ela acha que o desenho que fez é de verdade. Ou que a lua está seguindo 
ela na rua.
Animismo
Ela acha que objetos têm sentimentos e vida.
 Exemplo: Se tropeçar num banco, pode bater no banco como se ele tivesse feito 
de propósito.
Visões de inteligência e Modelos Pedagógicos (pautado por modelo epistemológico) 
 MODELOS DE COMO APRENDEMOS
INATISTA ou APRIORISTA
Símbolo: S → O
Ideia central: o sujeito já nasce com a inteligência pronta.
O que esse modelo acredita:
• A inteligência já nasce com a pessoa.
• Ela é herdada geneticamente.
• O ambiente (como escola, família, experiências) não influencia.
• Quem é inteligente, nasceu assim; quem não é, não vai mudar.
• Frase que representa essa ideia: “Pau que nasce torto, morre torto.”
O
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Na educação: PEDAGOGIA NÃO DIRETIVA / CENTRADA NO ALUNO (A → P)
• O aluno é o centro.
• O professor apenas observa e interfere o mínimo possível.
• O conhecimento vem de dentro do aluno. Ele já tem tudo em si, só precisa de 
espaço e liberdade.
Exemplo: Uma criança que gosta de desenhar, nesse modelo, não precisa de aula. O 
talento já está dentro dela, e só precisa se expressar naturalmente.
EMPIRISTA
Símbolo: S ← O
Ideia central: o sujeito aprende tudo a partir do ambiente.
O que esse modelo acredita:
• A criança nasce como uma folha em branco.
• Ela vai aprendendo com base nas experiências que vive.
• O ambiente ensina tudo.
• O conhecimento vem de fora para dentro.
• Essa visão acredita que quanto mais a pessoa vive experiências, mais 
aprende.
Na educação: PEDAGOGIA DIRETIVA / CENTRADA NO PROFESSOR (P → A)
• O professor é quem ensina, com autoridade.
• O aluno escuta, copia, memoriza.
• O professor é a fonte do saber, o aluno é passivo.
• É a escola tradicional, em que o professor fala e o aluno apenas absorve.
Exemplo: Numa aula de ciências, o professor ensina que o gelo derrete em 
temperatura ambiente. O aluno apenas anota isso e repete na prova, sem refletir 
muito.
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CONSTRUTIVISTA ou INTERACIONISTA (modelo de Piaget)
Símbolo: S O
Ideia central: o sujeito constrói o conhecimento nas trocas com o ambiente.
O que esse modelo acredita:
• A inteligência vai sendo construída.
• A criança aprende a partir da interação entre o que ela já sabe e o que 
encontra no ambiente.
• O conhecimento não é pronto e acabado. Está em construção constante.
• O aprendizado vem do conflito entre o que a criança pensa e o que ela 
descobre no mundo.
Na educação: PEDAGOGIA RELACIONAL / CENTRADA NA RELAÇÃO (P A)
• Professor e aluno têm papéis importantes.
• O professor propõe atividades, estimula o pensamento.
• O aluno constrói o conhecimento, participa, questiona.
• Há diálogo e respeito mútuo. Ambos aprendem na relação.
Exemplo: A criança é apresentada a dois copos com a mesma quantidade de 
água, um fino e alto e outro baixo e largo. Ela acha que o mais alto tem mais 
água. O professor questiona e propõe reflexão. A criança pensa, compara, 
experimenta e aprende a ideia de conservação.
Segundo Piaget:
A inteligência é uma forma de adaptação.
O sujeito se adapta ao mundo, construindo conhecimento com base nas interações 
com o ambiente e com outras pessoas.
Resumo da visão construtivista:
• O conhecimento é construído, não vem pronto.
• Ele surge da troca entre sujeito e meio.
• O desenvolvimento é constante e nunca termina.
• Quando o que a criança sabe não dá conta de algo novo, ela reorganiza seu 
pensamento.
• Isso gera uma nova estrutura mental, mais avançada.
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O
&
S → O: Sujeito age sobre o objeto (visão inatista).
S ← O: Sujeito é moldado pelo objeto (visão empirista).
S O: Sujeito e objeto trocam influências (visão construtivista).
A → P: Aluno é o centro, professor é facilitador (não diretiva).
P → A: Professor ensina, aluno absorve (diretiva).
P A: Professor e aluno aprendem em troca mútua (relacional).
PRINCIPAIS CONCEITOS DA TEORIA PIAGETIANA
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Estádios do Desenvolvimento da Teoria de Piaget
0 a 2 anos - Sensório Motor
2 a 6 anos - Pré-Operatório
7 a 11 anos - Operatório Concreto
12 a 15 - Operatório Formal
Estádio Sensório-Motor (0 a 2 anos)
O que acontece:
• O bebê age com base em reflexos automáticos (como sugar, agarrar).
• Aprende através do corpo e dos sentidos (visão, tato, audição).
• Começa a formar esquemas mentais simples.
• A ação é a base do pensamento nesse período.
Tipos de assimilação:
• Funcional: repete o que gosta (chacoalhar um brinquedo que faz som).
• Generalizada: usa o mesmo movimento em objetos diferentes.
• Recognitiva: reconhece padrões e objetos (identifica a mamadeira).
Exemplo:
O bebê descobre que, ao bater uma colher na mesa, ela faz barulho. Ele repete 
essa ação várias vezes, aprendendo que pode causar esse som.
&
&
Estádio Pré-Operatório (2 a 6/7 anos)
O que acontece:
• A criança começa a usar símbolos, imagens mentais e linguagem.
• Imita, desenha, brinca de faz de conta.
• Ainda não tem lógica concreta; o pensamento é mágico e egocêntrico.
• Não entende bem causa e efeito nem consegue se colocar no lugar do outro.
Características principais:
• Egocentrismo: vê o mundo só do seu ponto de vista.
• Animismo: acredita que objetos têm sentimentos (acha que a bola “chorou” ao 
ser chutada).
• Finalismo: acha que tudo tem um propósito para ela (a noite existe "para ela 
dormir").
• Centramento: foca em apenas um aspecto da situação (acha que o copo 
mais alto tem mais água, mesmo sendo a mesma quantidade).
• Irreversibilidade: não consegue entender que ações podem ser desfeitas 
mentalmente (se bagunça um brinquedo, não sabe como voltar ao que era).
• Pensamento Transdutivo: faz ligações sem lógica (como “eu dormi com o tênis 
e choveu, então chover foi minha culpa”).
Tipos de representação:
• Imitação diferida: imita depois que viu algo (vê alguém varrendo e imita 
sozinha depois).
• Jogo simbólico: brinca de casinha, usa uma caixa como carro.
• Desenho: representa o que sente ou imagina, não necessariamente a 
realidade.
• Imagem mental e linguagem: usa palavras e imagens para representar o 
mundo.
Exemplo:
A criança brinca de médico com uma colher como se fosse uma seringa. Ela 
representa mentalmente e simbolicamente o que viu.
·
Estádio Operatório-Concreto (7 a 11/12 anos)
O que acontece:
• A criança começa a pensar de forma lógica, mas apenas sobre situações 
concretas (coisas que pode ver ou tocar).
• Desenvolve a capacidade de conservação, reversibilidade e compreensão do 
tempo.
Características principais:
• Conservação: entende que a quantidade não muda mesmo que a forma 
mude (água em copos diferentes continua sendo a mesma).
• Reversibilidade: entende que uma ação pode ser desfeita (se 3 + 2 = 5, então 5 
- 2 = 3).
• Pensamento Indutivo: parte do particular para o geral (observa que todas as 
folhas caem e conclui que é outono).
• Autonomia moral crescente: começa a seguir regras por entender seu valor, 
não por medo.
• Respeito mútuo: entende o ponto de vista do outro e aceita diferenças.
• Reflexão: pensa antes de agir, consegue planejar.
Exemplo:
A criança vê dois pedaços de massinha. Um é achatado e o outro é uma bola. Ela 
entende que é a mesma quantidade, mesmo em formas diferentes.
Estádio Operatório-Formal (12 a 15 anos)
O que acontece:
• O adolescente desenvolve pensamento abstrato, reflexivo e lógico.
• Pode pensar sobre ideias como justiça, liberdade, futuro.
• Usa o pensamentohipotético-dedutivo (consegue fazer hipóteses e testar 
mentalmente).
·
 Características principais:
• Lógica dedutiva: "Se todos os humanos são mortais e João é humano, então João 
é mortal".
• Pensamento hipotético-dedutivo: imagina cenários, cria hipóteses (“Se eu estudar 
mais, posso melhorar minhas notas”).
• Abstração: pensa sobre conceitos que não são concretos (como amor ou 
amizade).
• Egocentrismo messiânico: pode se achar o centro do mundo, capaz de resolver 
todos os problemas.
• Criação de identidade e valores próprios: começa a pensar com mais autonomia.
• Idealismo: quer mudar o mundo, mas começa a entender os limites práticos.
• Maior autocrítica: começa a se preocupar com a opinião dos outros e com a 
imagem pessoal.
Exemplo:
Um adolescente pensa sobre como resolver um problema ambiental, propõe soluções 
imaginárias e pondera sobre as consequências sociais, econômicas e morais.
Estágios do Desenho Infantil: Luquet x Lowenfeld
&
Estágios do Desenho Segundo Lowenfeld

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