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Morfologia básica

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	Morfologia, Fonética e Fonologia do Português
3º Bimestre/2012
Profa. Sanimar Busse
	MORFOLOGIA
TAREFA:
Conceito de Morfologia
	
	
	
	
	
	
	
	
	NÍVEIS DE ANÁLISE
	Quanto aos níveis de análise linguística, têm-se: o fonético-fonológico (2ª articulação da língua), o morfológico (1ª articulação), o sintático e o semântico.
no nível fonético/fonológico estudam-se os sons articulados da linguagem e os sons de uma determinada língua.
no nível morfológico estudam-se os critérios: nocional (refere-se à definição e ao conceito), formal (forma - refere-se ao processo de formação dos vocábulos) e funcional (função - refere-se ao emprego) de classificação das palavras.
no nível sintático estudam-se as relações dos termos da oração, dentro de um determinado contexto e as regras combinatórias utilizadas.
no nível semântico estudam-se o valor, o sentido, a significação contida em uma palavra, frase ou texto. A significação varia de acordo com o lugar, a época, o falante, a intenção, a sintaxe da frase etc...
	MORFOLOGIA
 “A morfologia tem como objeto o estudo da palavra: suas flexões, seus sufixos e a diferença entre estes e aqueles; os tipos de estrutura das palavras: se subordinação ou coordenação de elementos; a classificação das palavras; os tipos de formação de palavras: a derivação prefixal, sufixal e parassintética, a composição, a conversão, a elipse, e os tipos especiais de formação de palavras: cruzamento vocabular, analogia, abreviação e reduplicação.” (SANDMANN, 1993, p. 61-62)
“Morfologia é o estudo da forma (do grego morphé, forma); portanto, mesmo reconhecendo que forma e sentido se completam, não podemos desconsiderar o aspecto mórfico dos termos a serem analisados” (GUIMARÃES, 1997, p. 50).
	MORFEMA
 “Unidade mínima significativa, que tem a propriedade de se articular com outras unidades de seu nível [...]”.
“O morfema é, pois, uma abstração que envolve significados e possibilidades combinatórias” (CARONE, 1995, p.23).
“O morfema é um signo mínimo, quer dizer, uma entidade composta de significante e significado indissoluvelmente unidos. O termo mínimo refere-se, naturalmente, à extensão do seu plano de expressão” (LOPES, 2006, p.151)
Ex.: menino-s
 menin-ada
	DEPREENSÃO DOS MORFEMAS
A depreensão dos morfemas realiza-se a partir da cadeia sintagmática, ou seja, unidades articuladas entre si que formam um todo maior, seja ele vocábulo ou frase. Por um processo de seleção e exclusão em um paradigma.
	Ex:
 in – feliz – mente SINTAGMA
Ø – feliz – es
O PROCESSO DE ANÁLISE MORFOLÓGICA OU MÓRFICA tem o mesmo procedimento da análise fonológica, ou seja, confrontam-se duas palavras que diferem apenas em um segmento, nesse caso, um morfe. O processo de análise segue duas etapas: SEGMENTAÇÃO e COMUTAÇÃO. 
	SEGMENTAÇÃO: cada uma das partes que o todo pode ser dividido. A segmentação ocorre no eixo horizontal, na cadeia SINTAGMÁTICA.
	COMUTAÇÃO é a troca de um segmento do plano da expressão, que tem como resultado uma alteração no campo do conteúdo. A comutação ocorre no eixo vertical, na cadeia 
 SINTAGMÁTICO
Ex.: Sapat – EIRO 
 
 Jardin - EIRO 
 
 Leit - EIRO	
Comutando-se, nesse exemplo, obtêm-se os morfemas: sapat-, jardin-, leit-; além disso, percebe-se o morfe – eiro, pela sua recorrência (diferentes ocorrências, em diferentes contextos, mantendo um mesmo significado) quer dizer profissão, quem trabalha com...
	CLASSIFICAÇÃO DOS MORFEMAS
Há vários critérios para a classificação dos morfemas, dos quais se destacam quatro:
quanto à posição que ocupam na frase, ou a ocorrência;
quanto ao tipo de significação que encerram;
quanto à função que exercem;
quanto aos processos pelos quais se combinam.
QUANTO À OCORRÊNCIA – os morfemas, segundo o linguista norte-americano Leonard Bloomfield, classificam-se em:
FORMAS LIVRES: são aquelas capazes de, sozinhas, constituírem frase.
Ex.: Sim. Eu. Mar.
FORMAS PRESAS: são aquelas que só ocorrem combinadas com outras.
Ex.: INfeliz; amO/ familiAR. Tais formas têm uma posição pré-estabelecida.
O linguista brasileiro Joaquim Mattoso Câmara Jr. Sentiu a necessidade de acrescentar:
c) FORMAS DEPENDENTES: não são livres, pois não podem, por si, constituir frase; nem são presas, pois têm possibilidade de ocorrer em diferentes posições. São geralmente chamadas de clíticos: proclíticos, enclíticos e mesoclíticos; geralmente são monossílabos átomos, que se apóiam a outra palavra, formando com ela um único vocábulo fonológico (ou fonético). Trata-se, geralmente, de: pronomes pessoais átonos, preposições, conjunções, artigos.
Ex.: Amo-TE = Não TE amo (posição/ocorrência alterada - clítico)
 O livro – O belo livro (posição alterada entre O e livro admite-se a intersecção de outro elemento belo).
Livro DE Geografia (preposição)
Exercícios:
Classifique os morfemas sublinhados, quanto à ocorrência/posição:
 a) Nós/ não / a/s conhec/emos!
Aqui / est/á o result/ado
Dir-te-ei a verdade
QUANTO AO TIPO DE SIGNIFICAÇÃO – todo morfema tem significado:
- Extralinguístico, ou seja, fora da língua. Chama-se LEXEMA. O lexema ou morfema lexical pode referir-se a seres, neste caso, o lexema é um substantivo; qualidades atribuídas a esses seres, neste caso, o lexema é um adjetivo; processos que ocorrem, é o caso dos verbos. Os lexemas constituem um inventário aberto, uma lista virtualmente infinita de léxico na língua.
- Intralinguístico, isto é, dentro da língua, tem-se o GRAMEMA. O gramema ou morfema gramatical é um morfema que tem apenas significação intralingüística gramatical. Os gramemas constituem uma lista fechada na língua, pois constituem a gramática.
Os LEXEMAS (L) são radicais das palavras, seu centro, enquanto os GRAMEMAS (G) estão na periferia: são prefixos, sufixos, desinências... 
Ex.: O vizinh- o morr-eu de velh-o.
 (G) (L) (G) (L) (G) (G) (L) (G)
Bernad Pottier usa os termos lexema e gramema. Para Verdyès, é semantema e o morfema; a linguística norte-americana chama de “root” (raiz) e “non-root”(não-raiz), enquanto que para Martinet, tudo é monema (unidade significativa).
Exercícios:
1. Marque, abaixo de cada morfema/morfe grifado, L (Lexema) e G (Gramema), ou seja, classifique quanto ao tipo de significação (se lexical ou gramatical):
Eu quer/ o aquel/e /s livr / inh / o /s !
A/s bel/ a/ s crianças brinc/a /vam perto d/o parqu/e.
Observando o exercício anterior, quais as classes de palavras constituem o lexema (significação lexical, apoiada no mundo referencial)?
a.____________________________________________________________________
b.____________________________________________________________________
c.______________________________________________________________
�
3. QUANTO À FUNÇÃO – que os morfemas exercem, podem ser:
a) CLASSIFICATÓRIOS: enquadram as palavras em classes: substantivos/adjetivos e verbos. São as vogais temáticas (VT), que subdividem em: nominais e verbais.
* VT Nominais: enquadram as palavras na classe dos nomes: substantivos e adjetivos. São elas A, E, O = átonos. 
Ex.: faca, casa; ouro, caso; pente, couve; belo, inteligente. 
Os nomes (substantivo e adjetivo) que NÃO terminam em A, E, O átonos, ou seja, tônicos e os terminados em consoante são nomes atemáticos.
Ex.: cará (a tônico); ipê (i tônico); tricô; saci; urubu = vogais tônicas
casal; feliz; mar... = consoantes.
* VT Verbais: enquadram as palavras na classe dos verbos. São elas A, E, I:
- A – amar, falar, cantava, falarei – 1ª. conjugação.
- E – vender, comer, comerei – 2ª. conjugação.
- I – partir, sorrir,sorrimos – 3ª. conjugação.
TEMA: é o radical acrescido de vogal temática. Ex.: canta, vende, parti. A vogal temática, portanto, amplia o radical em tema, ficando este pronto para receber a desinência ou sufixo.
b) RELACIONAIS: São os únicos morfemas gramaticais que funcionam como palavra. Sua função é estabelecem relação entre: palavras ou orações.
Ex.: doce de coco = preposição = relaciona palavras.
 Eu quero que você fique = conjunção = relaciona orações.
 O aluno que chegou é ótimo = pronome relativo = relaciona orações.
c) FLEXIONAIS: flexionam as palavras, desdobram a palavra. São as desinências: verbais e nominais.
Ex.: menin-o; menin-a; menin-o-s = são desinências nominais, que dão as categorias de gênero: masculino e feminino e número: singular e plural.
 am-o; am-a-s; am-a-rei, am-a-sse: são desinências verbais, que dão as categorias de pessoa: 1ª., 2ª. e 3ª.; número: singular e plural; tempo (presente, pretérito, futuro) e modo (indicativo, subjuntivo, imperativo).
d) DERIVACIONAIS: são os morfemas que servem para derivar palavras, formar novas palavras a partir de outra. São morfemas que funcionam como produtores de palavras, fixando-se a uma raiz. São conhecidos como afixos: prefixo (antes do lexema) e sufixos (depois do lexema).
Ex.: des-fazer; pre-ver = prefixos real-mente; garot-inho= sufixos.
Exercícios:
Classifique quanto à função os morfemas grifados (observe que são gramemas):
a) calar= ________________________________________________________
b) doce= ________________________________________________________
c) doer= ________________________________________________________
d) pizza com guaraná=______________________________________________
e) Perguntou-me que horas são?_______________________________________
f) refazer = ______________________________________________________
g) desnacionalizar=_________________________________________________
h) enfermos=_____________________________________________________
i) contarão=______________________________________________________
j) cadeira=_______________________________________________________
l) tapete = _______________________________________________________
m) sinto=_________________________________________________________
n) sorrindo=_______________________________________________________
4. QUANTO AO PROCESSO COMBINATÓRIO ou processo pelos quais os morfemas se combinam, há:
a) ADITIVOS (=afixos): acrescentam-se elementos fônicos ao lexema, sendo a sua presença responsável pela idéia de determinada categoria gramatical: desleal, lealmente, meninos, doutora.
b) SUBTRATIVOS: consistem na supressão (retirada) de uma desinência (ou VT) ou elementos fônicos da palavra.
Ex: o réu–a ré__; mau-má__; irmão-irmã__.
c) ALTERNATIVOS: consistem na alternância entre fonemas, ou entre as posições do acento tônico. Subdividem-se em: alternância vocálica, consonantal e de acento. 
* alternância vocálica: 
formoso /o/ - formosa /c/ = categoria de gênero (masculino/feminino).
porco /o/ - porca /c/ = categoria de gênero (masculino/feminino).
ele /e/ - ela /ε/; aquele /e/- aquela /ε/ = categoria de número (singular/plural).
gostoso /o/ - gostosos /c/ = categoria de número (singular/plural).
avô /o/ - avó /c/ = categoria de gênero (masculino/feminino).
Observa-se que todos os exemplos acima, com exceção de avô/avó são redundantes, ou seja, além deles, para dar a categoria de gênero ou de número, há a desinência. Avô/avó, por outro lado, é uma alternância que constitui, sozinha, um verdadeiro morfema de gênero.
* alternância consonantal:
digo / dizes – faço/fazes – posso/podes. São redundantes, existem ao lado das desinências.
* alternância de acento;
fábrica/ (ele) fabrica; datilógrafo/ (eu) datilografo.
d) MORFEMA ZERO (Ø): é uma ausência significativa, ele se opõe a uma presença.
Livro ø = ausência de morfema de número. Livros = presença de morfema de pl.
e) MORFEMA LATENTE: só se evidencia no contexto, as categorias gramaticais de gênero e número não são percebidas fora do contexto.
O pires / os pires – um lápis/uns lápis = categoria de número.
O artista/ a artista – aquele tenista/aquela lápis = categoria de gênero.
f) MORFEMA SUPLENTE: ao invés de marcar a categoria de gênero (feminino) por meio de um morfema –a (menino/menina), essa categoria é dada por uma outra palavra, diferente do lexema. 
Bode/cabra; boi/vaca; homem/mulher; pai/mãe.
g) MORFEMA REDOBRO ou REDUPLICAÇÃO: em português, aparece na linguagem infantil e na linguagem afetiva.
mamãe, papai, titio, vovô, dodói.
h) MORFEMA DE AUMENTO:
tarde – entardecer; branco-embranquecer; mudo-emudecer; verde-esverdear. O sufixo verbal (-ecer, -ear) que indica mudança de estado só se acrescenta a uma base iniciada por vogal: este aumento vocálico (em-, es-) não tem valor semântico (não tem significado).
i) MORFEMA TÁTICO ou MORFEMA SEM FORMA: a ordem de colocação dos elementos distingue sentidos diferentes.
Ex.: um bom médico / um médico bom.
 Pobre menino rico/ rico menino pobre.	
Exercícios:
Faça a classificação dos morfemas abaixo assinalados, de acordo com os processos combinatórios:
a) pastora = __________________________________________________
b)(alemão)/ alemã__=___________________________________________
c) (corpo) corpos=______________________________________________
d)fiz/fez=____________________________________________________
e)(um) ourives/ (uns) ourives=______________________________________
f) (cavalo)/égua=_______________________________________________
g) vovó/titio=_________________________________________________
h) (saltar) saltitar; (pular) pulular=__________________________________
i) avervelhar, enriquecer, enegrecer = _______________________________
j) o__ livro___/os livros=________________________________________
k) urso amigo/amigo urso=________________________________________
l) (eu) meço/ (tu) medes__________________________________________
m) impopular = _________________________________________________
n) professoras=________________________________________________
o) lealmente=_________________________________________________
�
	ALOMORFIA: situação que um mesmo morfema ao pertencer a contextos distintos possui diferentes configurações fonêmicas (diferentes formas de escrever, mas com o mesmo significado). 
“Os alomorfes são variações de um mesmo morfema, que se acham em distribuição complementar, não ocorrendo jamais na mesma situação” (CAMARA JR.).
Ex.: infeliz – impossível = negação (-in/-im) 
 cidade – citadino = local urbano (cidad-/citad-)
Exercícios:
1. Dadas as palavras abaixo, perceba que em cada contexto o morfema /in/ se realiza com alomorfes: in-, im- e i-.
____amistoso ____culto ____discreto ___eficaz ___feliz ____grato
___humano ___justo ___legal ___moral ___perícia ___real ___útil
___satisfeito ____tangível ___verídico.
2. Qual a regra para colocação dos morfemas in, im e i?
3. Para cada palavra abaixo, indique outra/as que contenha/m alomorfe lexical.
Petição= PERDÃO________________________________________________________
Dúvida= DÚBIA__________________________________________________________
Visão VER______________________________________________________________
Bandido= BANDITÍSMO__________________________________________________________
Felicidade= FELIZ________________________________________________________
�
�
�
Exercícios:
1. Classifique os morfemas flexionais encontrados em cada par de vocábulos.
a)freguês/freguesa=________________ b)bisavô/bisavó=________________
c) o/a pianista=____________________ d) cirugião/cirugiã=______________
e) sogro/sogra=____________________ f) mão/mãos=__________________
g) o pires/os pires=_________________ h) comprará/comprar=____________i) menina/meninas=_________________ j) secretária/secretaria=__________
2. Coloque no quadro os morfemas lexicais separados dos morfemas gramaticais.
	VOCÁBULO
	MORFEMA LEXICAL
	MORFEMA GRAMATICAL
	CASAS
	
	
	EXTRAORDINÁRIO
	
	
	RASURAMOS
	
	
	NOVAMENTE
	
	
	RECONTAMOS
	
	
	PRESENTES
	
	
3. Classifique os morfemas gramaticais do exercício anterior.
	
VOCÁBULO
	MORFEMA LEXICAL
	MORFEMA GRAMATICAL
	
	
	DERIVACIONAL
	CLASSIFICATÓRIO
	FLEXIONAL
	CASAS
	
	
	
	
	EXTRAORDINÁRIO
	
	
	
	
	RASURAMOS
	
	
	
	
	NOVAMENTE
	
	
	
	
	RECONTAMOS
	
	
	
	
	PRESENTES
	
	
	
	
4. Dadas as formas verbais, complete o quadro:
	VOCÁBULO
	ML-RAIZ
	VT
	SUFIXO MODO/TEMPO
	SUFIXO NÚMERO/PESSOA
	CHORAVA
	
	
	
	
	CHORAVAS
	
	
	
	
	CHORAVA
	
	
	
	
	CHORÁVAMOS
	
	
	
	
	CHORA
	
	
	
	
	CHORAS
	
	
	
	
	CHORAM
	
	
	
	
5. Qual o morfema indicador de tempo presente do indicativo?______________
6. Identifique a vogal temática das formas verbais e a conjugação a que pertence cada verbo.
PERDERÍAMOS=______________________________________________
ESTUDARAM=_______________________________________________
PEDIRAM=__________________________________________________
CALAMOS=_________________________________________________
CORRÊSSEIS=_________________________________________________
COMESTE=___________________________________________________
CAÍRAS=_____________________________________________________
7. As desinências nominais são usadas para indicar o quê?
____________________________________________________________
8. Separe os elementos mórficos dos nomes abaixo, colocando-os no quadro abaixo:
	VOCÁBULO NOMINAL
	LEXEMA/RADICAL
	DESINÊNCIA DE GÊNERO
	DESINÊNCIA DE NÚMERO
	Altos
	
	
	
	Moça
	
	
	
	Baixas
	
	
	
	Negras
	
	
	
	Bonitos
	
	
	
	Belas
	
	
	
	Loiros
	
	
	
	meninas
	
	
	
9. As desinências verbais são usadas para indicar o quê?
____________________________________________________________
10. Segmente os vocábulos estruturais abaixo, colocando-os no quadro seus elementos estruturais.
	VOCÁBULO VERBAL
	LEXEMA/RADICAL
	VT
	DESINÊNCIA MODO/TEMPO
	DESINÊNCIA NÚMERO/PESSOA
	Vendêssemos
	
	
	
	
	Sonhavam
	
	
	
	
	Partirão
	
	
	
	
	Sofreríeis
	
	
	
	
	Falo 
	
	
	
	
�
	Os morfemas de uma língua, juntamente com seus processos combinatórios, têm dupla finalidade: a) estruturar e enriquecer o léxico; b) indicar os valores gramaticais, ou as categorias. Assim, a morfologia divide-se em dois ramos básicos: MORFOLOGIA LEXICAL OU DERIVACIONAL = cria novas unidades e MORFOLOGIA FLEXIONAL = flexões de gênero, número, pessoa, tempo e modo.
	MORFOLOGIA DERIVACIONAL (OU LEXICAL)
Para criar uma nova unidade lexical, uma nova palavra, a partir de outra já existente, o mecanismo mais freqüente é o da derivação, o uso de morfemas aditivos ou afixos: prefixos e sufixos, em português, que se combinam com o lexema ( = o centro, a base, o radical) e funciona, então, como a palavra primitiva, e a nova palavra é a derivada.
Ex.: terr – a = palavra primitiva des – terr – ar = palavra derivada
 
 L/R G G L/R G
 				prefixo radical sufixo
�
	PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: DERIVAÇÃO E COMPOSIÇÃO
Como dissemos, o principal mecanismo, aqui, é a derivação, mas ela figura ao lado da composição, além de outros menos produtivos. Resumidamente, temos:
1) DERIVAÇÃO: é a afixação (adição) de um ou mais gramemas derivacionais a um lexema. Assim, vemos:
a) DERIVAÇÃO PREFIXAL OU PREFIXAÇÃO: prefixo + L.
	VOCÁBULO
	PREFIXO
	LEXEMA
	infiel
	in-
	-fiel
	desfazer
	des-
	-fazer
	repor
	re-
	-por
	prever
	pré-
	-ver
	antiético
	anti-
	-ético
b) DERIVAÇÃO SUFIXAL OU SUFIXAÇÃO: L + sufixo.
	VOCÁBULO
	LEXEMA
	SUFIXO
	nobreza
	nobr-
	-eza
	feiúra
	fei-
	-úra
	utilidade
	util-
	(i)-dade
	florescer
	flor-
	-escer
	amável
	am-
	-ável
c) DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL ou PREFIXAÇÃO E SUFIXAÇÃO: prefixo + L + sufixo.
	VOCÁBULO
	PREFIXO
	LEXEMA
	SUFIXO
	infidelidade
	in-
	-fiel(d)-
	-(i)dade
	deslealdade
	des-
	-leal-
	-dade
	desonestamente
	des-
	-onesta-
	-mente
OBS.: VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO ou INTERFIXOS= são elementos que intercalam a certos elementos mórficos a fim de facilitar a pronúncia da palavra. Podem ser vogais e consoantes.
Ex.: café + cultura = café – i – cultura
 (L) (L) vogal de ligação
 
 chá + eira = cha - l – eira
 (L) (S) consoante de ligação
d) DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA ou PARASSÍNTESE: prefixo + L + sufixo, sendo o acréscimo do prefixo simultâneo ao do sufixo; um pressupõe o outro. Ex.: es- farel – ar . Ao substantivo farelo acrescenta-se, simultaneamente, o prefixo es- e o sufixo –ar. O acréscimo de um nos obriga ao acréscimo do outro, pois não existe o substantivo: esfarelo, nem o verbo farelar.
	VOCÁBULO
	PREFIXO
	LEXEMA
	SUFIXO
	expatriar
	ex-
	-patri-
	-ar
	desterrar
	des-
	-terr-
	-ar
	emagrecer
	e-
	-magr-
	-ecer
	desalmado
	des-
	-alm-
	-ado
	enriquecer
	en-
	-ri(que)-
	-cer
	ajoelhar
	a-
	-joelh-
	-ar
e) DERIVAÇÃO REGRESSIVA: é um processo oposto aos anteriores, pois, ao invés de se acrescentar um afixo ao L, subtraem-se morfemas.
	VOCÁBULO VERBAL
	LEXEMA
	SUFIXO
	VOCÁBULO DEVERBAL
	caçar
	caç-
	-a-r-
	caç-a
	comprar
	compr-
	-a-r-
	compr-a
	vender
	vend-
	-e-r-
	vend-a
	trocar
	troc-
	-a-r-
	troc-a
	tossir
	toss-
	-i-r-
	toss-e
	tocar
	toc-
	-a-r-
	toqu-e
Vemos que, a partir de um verbo, cria-se um substantivo abstrato: subtrai-se o morfema verbal: -a-, -e-, -i- (VT verbal) e o –r (infinitivo), e acrescenta-se a VT nominal: -a, -e, -o átonas. Tais substantivos abstratos, assim criados, denominam-se deverbais.
	VOCÁBULO NOMINAL
	LEXEMA
	SUFIXO
	VOCÁBULO 
	balzaquiana
	balzaqu-
	-ian-a
	balzaca
	comunista
	comum-
	-ist-a
	comuna
	português
	portugu-
	-ês
	portuga
	chinês
	chin-
	-ês
	china
	malandrim
	malan-
	-drim
	malandro
	botequim
	botequ-
	-im
	boteco
f) DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA: cria-se uma nova palavra simplesmente pela mudança de classe de uma palavra já existente.
Ex.: rosa/Rosa = de substantivo comum a próprio.
 manga rosa= de substantivo a adjetivo.
 comício monstro= de substantivo a adjetivo.
 Ler alto, falar baixo, vender barato: de adjetivo a advérbio.
 O belo, o porquê....: substantivação de qualquer palavra, pelo simples uso do artigo.
OBS.: a derivação imprópria trata-se mais de um processo sintático-semântico e não morfológico.
Exercícios:
1. Forme verbos colocando afixos (prefixos e sufixos) aos nomes.
Noite=_________________ rico=___________________ gesso=__________
Tarde=_________________ verde=_________________
2. Destaque a vogal ou consoante de ligação.
CAFETEIRA – INSETICIDA – PEZINHO – PAULADA.
3. Dadas as palavras: casinha, florzinha, mesinha, sozinha, pezinho, princesinha.
a) Quais os alomorfes para o diminutivo?__________ e _______________
b) Qual a regra de colocação de –inh e –zinh?________________________
4. Que tipos de morfemas são adicionados aos lexemas de:
entardecer (de tarde) e lenta (de lento)?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Classifique os vocábulos abaixo, conforme uma das derivações estudadas: prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética, regressiva, imprópria.
a) atacar(v)/ataque(s)=___________________________________________b) Caxias(s)/caxias(adj)=_________________________________________
c) embarcar=_________________________________________________
d) beliscar=__________________________________________________
e) maldade=__________________________________________________
f) ultravioleta=_______________________________________________
g) deslealdade=________________________________________________
h) benção/bença=______________________________________________
i) japonês/japa=_______________________________________________
6. Todas as palavras abaixo são formadas com prefixos latinos. Indique-os e dê o seu significado.
a) benevolência=____________________ b) desfazer=__________________
c) supracitado=_____________________ d) admirar=____________________
e) adjunto=________________________ f) cisalpino=___________________
g) extraordinário=__________________ h) justaposição=_________________
i) ultrapassar=_____________________ j) anteontem=__________________
k) extrair=________________________ l) ambivalência=_________________
m) imigrar=_______________________ n) retrógrado=__________________
o) posposto=______________________ p) bilíngüe=____________________
q) circunvizinhança=________________ r) subsolo=_____________________
7. Todas as palavras abaixo são formadas com prefixos gregos. Indique-os e dê o seu significado.
a) êxodo=______________________ b) acéfalo=______________________
c) eufemismo=___________________ d) encéfalo=______________________
e) sincrônico=___________________ f) hiperácido=_____________________
g) metamorfose=_________________ h) próclise=______________________
i) disfonia=_____________________ j) endotérmico=____________________
k) diagrama=____________________ l) arquidiocese=____________________
m) antiaéreo=___________________ n) perímetro=_____________________
o) hipotenusa=__________________ p) parágrafo=_____________________
q) epiderme=___________________ r) diacronia=______________________
8. Dê o sentido do sufixo das palavras:
a) bebedouro = ___________________ b) professor=___________________
c) gastrite=______________________ d) folhagem=____________________
e) italiana=_______________________ f) balaço=______________________
g) beleza=_______________________ h) corpúsculo=___________________
9. Forme palavras derivadas com os sufixos: - aça, -iço, -al, -ose, -udo, - ura.
10. Identifique os sufixos e classifique-os em nominais ou verbais.
aromático=___________________ republicano=____________________
humanizar=__________________ bebericar=_______________________
saltitar=____________________ faminto=_________________________
espernear__________________ apedrejar=________________________
espiritual___________________ florescer=________________________
11. Separe os radicais e dê o significado de cada um:
Pentágono=__________________________________________________
Megalomania=________________________________________________
Cronômetro=________________________________________________
Filosofia=___________________________________________________
Democracia=_________________________________________________
Hidrofobia=_________________________________________________
Necrofobia=________________________________________________
Xenofobia=__________________________________________________
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2. COMPOSIÇÃO: é a formação de uma palavra pela combinação de outras já existentes, dando origem a um novo significado. Trata-se de L +L.
Ex.: guarda + chuva = guarda-chuva= novo significado.
A composição subdivide-se em:
a) JUSTAPOSIÇÃO: colocam-se, lado a lado, as palavras, mantendo sua autonomia fonética, e também sua integridade fonética.
Ex.: guarda - sol pé – de - moleque girassol (gira + ssol)
 (L) + (L) (L) (G) (L) (L) + (L)
b) AGLUTINAÇÃO: um dos elementos perde sua autonomia fonética, isto é, sua tonicidade, e sua integridade fonética, ou seja, perde um ou mais fonemas.
Ex.: plano + alto > planalto ponta + aguda > pontiaguda água + ardente > aguardente.
Exercícios:
1. Utilizando as palavras abaixo, forme outras a partir do processo de composição por justaposição: 
a) 1º. elemento: passa – sempre- gira – beija - vai.
b) 2º. elemento: sol – vem – tempo – viva – flor.
2. Forme palavras pelo processo de composição por aglutinação:
Água + ardente=____________________perna + alta=__________________
Em + boa + hora=_____________________filho + algo=___________________
Pedra + óleo=_______________________vinho + acre=___________________
3. As palavras desfazer e mestre-sala são, respectivamente, formadas pelos processos______________________e ___________________________ 
4. Mariana, Marinês e girassol são respectivamente, formadas pelos processos ____________________________e ______________________________
	OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
1. ABREVIAÇÃO ou REDUÇÃO: usada por economia. É o emprego de uma parte da palavra pelo todo.
Ex.: fotografia > foto pneumático > pneu motocicleta > moto avenida < av. antes de Cristo > a.C. televisão > tevê quilograma > quilo.
2. REDUPLICAÇÃO: repetição de uma sílaba.
Ex.: Zezé, Juju.
3. ONOMATOPÉIA: é uma palavra que procura imitar sons ou vozes de animais.
Ex.: tique-taque, zum-zum, pingue-pongue, miau, frufru, tilintar,cacarejar, ronronar, pá!, pow!, zás-trás!
4. SIGLA: é o emprego das letras ou sílabas iniciais de títulos. Podemos dizer que as siglas, uma vez criadas, adquirem estatuto de verdadeiras palavras, com função sintática. 
Ex.: O INSS (presta um péssimo serviço = sujeito).
A sigla pode funcionar como palavra primitiva, tornando-se capaz, portanto, de formar derivado:
Ex.: Partido Trabalhista > PT = petista.
Às vezes, as siglas provêm de outras línguas:
Ex.: Compact Disc > CD Acquired Immunological Deficiency Syndrome> AIDS.
5. HIBRIDISMO: a formação de palavras (por derivação ou por composição) mediante a reunião de elementos provenientes de línguas diferentes denomina-se hibridismo.
Ex.: automóvel (grego+português) burocracia (francês+grego).
6. EMPRÉSTIMOS ou ESTRANGEIRISMO: são palavras estrangeiras que penetram na língua por meio de contatos sociais entre os povos. Alguns desses empréstimos se aportuguesaram, como, por exemplo, iogurte (do turco yoghurt), chisbúrguer (do inglês cheeseburger), chique (do francês chic). Outros mantêm sua grafia original, como, por exemplo, apartheid, diesel, shopping center, outdoor e office-boy (do inglês), telex, bom vivant e belle époque (do francês). 
No padrão culto, recomenda-se o emprego de estrangeirismo só quando necessário, ou seja, quando não houver em língua portuguesa uma palavra correspondente ou aportuguesada. Assim, deve-se empregar fim de semana em vez de week-end (do inglês) e encenação em vez de mise-en-scène (do francês) que são palavras portuguesas correspondentes às estrangeiras. E devem-se empregar também formas aportuguesadas, como abajur, xampu, recorde, em vez de abat-jour, shampoo, record.
O estrangeirismo procedente do inglês é chamado de anglicismo; o do francês, galicismo; o do espanhol, espanholismo etc.
7. GÍRIAS: são palavras ou expressões de criação popular que nascem em determinados grupos sociais ou profissionais e que, às vezes, por sua expressividade, acabam se estendendo à linguagem de todas as camadas sociais. Uma das características dessa variedade lingüística é seu caráter passageiro; algumas não chegam a durar mais do que alguns meses.
Ex.: bulhufas > nada), carango> carro, cricri > chato, gaita > dinheiro (gírias dos anos 60 e 70).
 chaveco > cantada, queimar o filme > perderuma oportunidade ou deixar de cumprir um compromisso; prejudicar a própria imagem, roubada > alguma coisa ruim que aconteceu de forma imprevista (gírias dos anos 80 e 90).é : usada por economia. adas pelos processos ____________________________e ______________________________�����������������������
Exercícios:
1. Qual o processo formador das palavras abaixo:
a) pumba!___________________________b) cine=____________________
c) televisão (tele=grego; visão=latim)=_________________________________
d) CIC (Cartão de Identificação do Contribuinte)=_______________________
e) pl. _______________________f) malmequer=_______________________
g) maldade=___________________h) bem-me-quer=____________________
i) ajuda (=ajudar)=_______________j) acalmar=_______________________
l) belo (substantivo)=____________________m) mouse=_________________
n) Lulu=____________________________o) caramba!_________________
e) engarrafada=_____________________ f) outrora=__________________
 2. Separe em dois grupos as palavras compostas abaixo. Veja se o processo foi por justaposição ou por aglutinação:
Pernalta – sangue-frio – chapéu-de-sol – arco-íris- petróleo- passatempo - boquiaberto.
3. As siglas seguintes referem-se a:
OEA = ____________________________________________________
ONU=_____________________________________________________
RG=________________________________________________________
IBGE=_______________________________________________________
DDD=________________________________________________________
FAE=________________________________________________________
PIS=________________________________________________________
FGTS=______________________________________________________
4. As abreviaturas abaixo referem-se:
BR._________________m2 ________________Sr.___________________
V. Sa._______________ p._________________h ____________________
jun. ________________dz.________________min___________________
DD.________________ ap.________________p.ex.___________________
d.C.________________obs.________________i.é.____________________
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	MORFOLOGIA FLEXIONAL
Para expressar as categorias gramaticais (gênero, número, pessoa, modo...), os morfemas flexionam, “fletem”, se desdobram em palavras. Ex.:
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NOMES 
Rat-O
Rat-A
Rat-A-S
Rat-O-S
VERBOS:
Cant-A-MOS
Cant-EI
Cant-Á-VA-MOS
Cant-A-REI
�
As classes de palavras ou categorias nominais que admitem a flexão, ou seja, aquelas que variam são:
A. OS NOMES: 
- SUBSTANTIVOS; 
- ADJETIVOS;
- ARTIGOS;
- alguns PRONOMES (ele-S, el-A, el-AS, meu-S, aquel-A-S); 
- alguns NUMERAIS (um-A, dois/dua-S, duzent-A-S).
A flexão ou variação desses nomes ocorrem no gênero (masculino e feminino) e no número (singular e plural). 
Quanto ao processo combinatório usados para se expressar as flexões, o mais comum é o acréscimo, o morfema aditivo, que recebe o nome de DESINÊNCIA: de gênero, de número, de modo, tempo, de pessoa.
DESINÊNCIA DE GÊNERO: dividem os nomes em classes que variam muito de língua para língua. Nas línguas ingo-européias (inclui-se aqui o português), essa classificação baseia-se no sexo, tendo duas sub-classes: o masculino (não-marcado ø ) e o feminino (marcado pelo morfe –a). Ex.:
Alun-o (VTN) , suprime-se a VT:
Alun- ø; acrescenta-se –a:
Alun-a.
E assim ocorrem em outros nomes que tenham VTN: cas-a, crianç-a, cônjug-e, livr-o, menin-o..., as vogais finais NÃO são morfemas de gênero, mas sim VTN (-A,-E-O). Todavia, essas palavras pertencem a um gênero: mas. ou fem., determinado pelo artigo: A casa, O livro, A criança, O cônjuge...
Quando a forma masculina é atemática (sem VT), simplesmente acrescenta-se –a:
Ex.: doutorø doutor-a.
DESINÊNCIA DE NÚMERO: indica a quantificação dos seres, podente estes serem quantificados em:
-UM: categoria de singular ø;
-MAIS DE UM: plural -s.
Ex.: disco ø disco-s
O morfema –s de plural, em certos contextos, sofre variações, ou seja, apresenta-se na forma de alomorfes (variantes dos morfemas). 
Ex.: ALOMORFE - ES: bar-es, feliz-es (depois de –r ou –z).
 ALOMORFE – IS: lençol – lençóis (após a queda do –l)
OBS.: São invariáveis, ou seja, palavras que não admitem flexão: ADVÉRBIOS, PREPOSIÇÕES, CONJUNÇÕES e INTERJEIÇÕES.
B. OS VERBOS:
Na língua portuguesa, há quatro categorias verbais que se expressam morfologicamente, são chamadas de DESINÊNCIAS: PESSOA, NÚMERO, MODO e TEMPO.
Há, ainda, as categorias de VOZ (ATIVA, PASSIVA, RELFEXIVA) e de ASPECTO (INCONCLUSO, CONCLUSO, CONTINUO, etc.); porém, a manifestação destas categorias é sintática (na frase) e não morfológica (não depende da flexão).
DESINÊNCIA DE PESSOA: essa categoria indica a posição dos participantes no ato da fala. Assim, temos:
- o falante: 1ª. pessoa (alguém fala de si mesmo): EU, NÓS (?);
- o ouvinte: 2ª. pessoa (a quem se fala):TU, VÓS;
- o assunto: 3ª. pessoa ( de quem se fala, não participa da situação do discurso): ELE/A, ELES/AS.
DESINÊNCIA DE NÚMERO: a rigor, o número, como categoria verbal, atinge apenas a 2ª. e 3ª. pessoas:
- UM OUVINTE: TU - 2ª pessoa do singular;
- MAIS DE UM OUVINTE: VÓS – 2ª. pessoa do plural;
UM REFERENTE: ELE(ELA) – 3ª. pessoa do singular;
MAIS DE UM REFERENTE: ELES (ELAS) – 3ª. pessoa do plural.
A primeira pessoa EU só se encontra no singular, já que NÓS, impropriamente chamada de 1ª. pessoa do plural, refere-se a EU (falante) mais alguém (tu, vós, ele/s...).
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Morfologicamente, essas categorias se manifestam por meio da desinência, um morfe de número-pessoa ou número-pessoal.
Cant- a – m = 3ª. pes. pl.
Cant – a - s = 2ª. pes. sing.
Cant – a – is = 2ª. pes.pl.
Cant – a – mos = 1a. pes. pl.
DESINÊNCIA DE MODO: indica a atitude do falante em relação ao processo:
- INDICATIVO: indica certeza do falante acerca do processo. Ex.: Ele escreve.
- SUBJUNTIVO: exprime atitude de incerteza, possibilidade, dúvida. Ex.: Talvez chova. Se ele vier, irei com ele.
- IMPERATIVO: atitude de ordem, pedido, súplica, convite. Ex.: Fique quieto! Não fume! Ajude-me!
Além desses três modos, há, ainda, as formas nominais do verbo:
- INFINITIVO: anda-R, come-R, sorri-R;
- PARTICÍPIO: fal-ADO, corr-IDO, fug-IDO;
- GERÚNDIO: fal-ANDO, corr-ENDO, fug-INDO.
DESINÊNCIA DE TEMPO: indica o momento em que ocorre o processo verbal:
- PRESENTE: momento da fala (agora).
- PRETÉRITO: anterior ao momento fala (antes) – PASSADO.
- FUTURO: posterior ao momento da fala (depois).
MODO INDICATIVO tem-se os seguintes tempos verbais:
- PRESENTE;
- PRETÉRITO: PERFEITO (fato acabado: cantei), IMPERFEITO (fato inacabado, contínuo no passado: ele vendia frutas), e PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFIETO (anterior a outro fato do passado: Ela notou [pret.perf.] que ninguém a ajudara (=tinha ajudado).
- FUTURO: PRESENTE (posterior ao presente: Estudaremos [vamos estudar] com ela); PRETÉRITO (posterior a um fato passado: Ela disse [ontem] que viria [hoje]).
MODO SUBJUNTIVO embora haja três tempos, a noção temporal não é tão nítida quanto no modo indicativo. Temos:
- PRESENTE (ele quer que eu seja seu par);
- PRETÉRITO IMPERFEITO (ele queria que eu fosse seu para; seu eu fosse seu par, estaria feliz);
- FUTURO (quando eu tiver dinheiro, vou a Paris).
Para exemplificar melhor os morfemas modo-temporal, favor verificar a tabela dos verbos.
Esquema comparativo: Morfologia Lexical e Morfologia Flexional:
	MORFOLOGIA LEXICAL OU DERIVACIONAL
	MORFOLOGIA FLEXIONAL
	Cria novas palavras.
	Não cria novas palavras, apenas flexiona.
	Emprega afixos: prefixos e sufixos.
	Emprega desinências.
	Pode fazer mudar a classe da palavra (manhã- sub. Amanhecer-verbo)
	Mantém a palavra na mesma classe (menin-o, -a, -os, -as).
	Depende da criatividade do falante.
	Não depende da criatividade do falante, é automática.
	Pertence a um inventárioaberto, infinito.
	Pertence a uma lista fechada.
	É assistemática, imprevisível (belo – beleza, nobre – nobreza, magro-magreza, feiro – feiúra).
	É sistemática, previsível, pois todo nome tem flexão de gênero e número, os verbos regulares flexionam em modo-tempo e número-pessoal, já os irregulares e anômalos... são tratados a parte.
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Exercícios:
1. Quais palavras abaixo admitem flexões nominais:
 até – que – gato – ver – gostoso- rei – cabeleireiro – ontem – para – passeio – ladrão.
2. Marque a alternativa incorreta:
( ) A palavra corrida é um nome: é feminina (a corrida), aceita flexão de número (corridas).
( ) A palavra corri é um verbo: está flexionada em tempo (passado), em pessoa (1ª. pessoa, quem fala), em número (singular: uma só pessoa).
( ) A palavra saída é um nome. Na frase: Fecharam todas as saídas de incêndio, encontra-se no plural.
( ) Em saio do trabalho às 18h, temos o verbo sair, flexionado na 1ª. pessoa do singular, no tempo presente.
( ) Em Canto tem-se o radical cant– e o morfe –o é uma flexão de gênero masculino.
3. Leia o poema “Autopsicografia”de Fernando Pessoa:
“O poeta é um fingidor./ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente.”
a. Indique o infinitivo das formas verbais destacadas e a conjugação a que pertencem tais verbos:
é:_________________________conjugação_________________________
chega:_____________________conjugação__________________________
sente:_____________________conjugação__________________________
4. Quais classes de palavras não admitem flexão?Dê um exemplo de cada.
5. Qual alternativa apresenta todos os nomes com desinência ø de gênero:
( ) estudante – ator – professora.
( ) cantor- sofá – boneca.
( ) coelho – chefe – boneco.
 6. Relacione os morfemas à sua classificação:
ELEGANTÍSSIMAS
elegant - radical
-íssim- desinência de número plural
-a- sufixo de superlativo
-s desinência de gênero feminino
Tu compras
compr- vogal temática
-a- radical
-ø- desinência de número e de pessoa (2ª. p.sing.)
-s desinência de modo e de tempo (pres. do ind.) 
Lobos
Lob - desinência de gênero masculino
-o- vogal temática
-ø- desinência de número plural
-s radical
PARADIGMA
P
A
R
A
D
I
G
M
Á
T
I
C
O
MORFEMA
LEXICAL
(LEXEMA)
GRAMATICAL
(GRAMEMA)
CLASSIFICATÓRIOS
COMBINATÓRIOS
VT = NOMES
VT= VERBOS
DERIVACIONAIS
RELACIONAIS
RAIZ/RADICAL
ADITIVOS
SUBTRATIVOS
ALTERNATIVOS
MORFEMA ZERO
LATENTES
SUPLENTES
REDOBROS OU REDUPLICAÇÃO
AUMENTOS
AFIXOS
PREFIXOS OU PREFIXAL
SUFIXOS
OU SUFIXAL
PREPOSIÇOES
CONJUNÇÕES
PRONOMES RELATIVOS
TÁTICOS
PREFIXO E SUFIXO
PARASSINTÉTICA OU PARASSÍNTESE
REGRESSIVA
IMPRÓPRIA

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